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Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Instituto de História
Disciplina: História da América II
Docente: Thiago Monteiro Bernardo
Discentes: Carla Paternoster DRE: 108090296
Lívia Mourino DRE: 108101788
Melissa Britez DRE: 108134919
Pamela Rodrigues DRE: 107390423

Analise da Declaração de Independência dos Estados Unidos e o Senso Comum, de


Thomas Paine.

Thomas Paine, em seu panfleto "Senso Comum" escrito em 1776, faz uma
exortação à independência dos Estados Unidos, utilizando-se de idéias revolucionárias,
como os ideais de direitos naturais e do liberalismo. O panfleto que conclamava as
colônias americanas a lutarem e tornarem-se um país independente da Grã-Bretanha nos
moldes de uma república. Critica a forma de governar dos ingleses e reflete sobre as
questões americanas para fundamentar a defesa da independência. Com o objetivo de
convencer as pessoas de suas idéias, esse texto não tinha compromisso político. Esse
texto viria a influenciar a Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Diferente do Senso Comum, a Declaração é um texto de caráter político oficial
que tinha como objetivo romper relações com a Inglaterra e conquistar o apoio de
outros Estados. Justamente por essa razão, Paine se permite criticar severamente a
monarquia como forma de governo. Já a declaração, por vários motivos foi menos
severa à monarquia. Um deles é que naquele momento não se pretendia agredir as
outras monarquias, pois seria necessário o apoio das mesmas, a indecisão do modelo
político se instauraria após essa independência, já que a declaração não trata
especificadamente disso, além de que no momento tentavam ser "politicamente correto"
e sua crítica é direcionada à monarquia inglesa, e não as monarquias como um todo.
No panfleto, o autor ataca diretamente o que seria o motivador das tensões
coloniais, ou seja, a própria metrópole. Em seus escritos, o autor alega que Constituição
inglesa por vezes é contraditória, que a divisão dos três poderes, no território inglês, não
funciona de forma justa, que o controle entre os poderes não se efetua de forma
recíproca. Além disso, critica a falta de contribuição para a liberdade do Estado contida
na própria Constituição, afinal de contas, esta, possui resquícios, sobras, da tirania
monárquica e aristocrática, na pessoa do rei e dos nobres, respectivamente. E ainda,
critica a hereditariedade presente nesses resquícios, não tendo este legado nada de
democrático. A declaração também nos apresenta esse panorama de instável na questão
da representatividade. Podemos ver através das criticas formuladas que as treze colônias
estavam contrarias as decisões do Rei, que tentava afastar deles as decisões, recusava-se
a promulgar leis que trariam beneficio ao povo, afastou os órgãos de representação
política e também dificultou a administração da justiça e diminuiu o poder dos juízes. A
citação deixa clara a posição das colônias em relação à situação política: “A história do
atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidos danos e usurpações, tendo todos
por objetivo direto o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados.”
A questão da liberdade permeia ambos os textos. Na Leitura da declaração
podemos ver que essa liberdade é restrita aos colonos. Os índios são vistos como
bárbaros e aliados aos ingleses na tentativa de invadir o território dos Estados; Os
escravos nem ao menos são citados em nenhum ponto do documento. Dessa forma
concluímos que a declaração trata da liberdade apenas pelo prisma dos colonos. Essa
idéia também está presente em Paine. Para ele os homens são originariamente iguais na
ordem da criação. Este, afirma que os vícios como o poder, a avareza e a riqueza são
fatores que perturbam a ordem natural dos homens. Sua crítica à corrupção é notória.
Enxerga na monarquia um antro de corrupções, repletas de suborno e favoritismo, dessa
forma, sustenta sua crítica a sucessões hereditárias, oriundas da monarquia.
Já vimos que o Thomas Paine apresenta motivos de sobra para criticar a
Inglaterra e sua política intervencionista e corrupta sobre as colônias americanas. E é
por isso que dedica uma parte de seu panfleto, para fazer um apelo à união das colônias
para estas enfrentem a metrópole. Alega que esforços de reconciliação foram em vão.
Chega até a concordar, em termos, que uma reconciliação teria suas vantagens, porém
estas se esvaziaram com o tempo e assim lança uma questão direta aos colonos,
interrogando-os sobre a real necessidade da Inglaterra para que o bem-estar dos futuros
estadunidenses fosse assegurado. Na declaração demonstra - se que houve outras
tentativas e que só após o esgotamento de todas as alternativas se buscou a
independência e não mostra nenhuma possibilidade de reatar os laços com a Inglaterra,
pois declaram – se independentes e unidos, livres de quaisquer laços com a Inglaterra.
Outra coisa que influenciou muito foi o consecutivo e irresponsável aumento de
impostos que não foi aceito pelos colonos e provocou um sentimento de indignação
entre eles e mesmo com a vontade inicial de conversar para tentar restabelecer as
relações com o Império Britânico, que por sua vez sufocou os direitos.
Paine rejeita o sentimento afetivo de alguns colonos, que vinculava a Inglaterra,
como um país necessário. Faz lembrar que os primeiros colonos, amantes da liberdade
civil e religiosa, eram em grande parte, perseguidos, fugidos da Inglaterra e que agora,
esta mesma mãe pátria, que os perseguiu, volta a reprimir seus direitos naturais.
Enchendo-os de impostos e cobranças, faltando-lhes com respeito, principalmente frente
às leis. Enquanto isso na declaração há a citação do parentesco comum entre eles e os
britânicos, além de relembrar os motivos pelos quais eles estão ali, como presos
religiosos. O que percebemos é que o laço de identidade não fora rompido, mas a
necessidade de independência e as recusas do governo britânico os levaram a isso. A
declaração pretende nesse ponto convocar a todos os estados da colônia a se unirem e a
se posicionar contra esses abusos e enfrentar o que fosse preciso para afirmar sua
soberania.
A maturidade das colônias já era motivo de observação por parte de Thomas
Paine, tanto que para ele, a independência era um evento que mais cedo ou mais tarde
ocorreria. Seu desejo pela independência é evidente, crê que dessa forma, com um país
unido, paz seria mantida e se preservaria intocado das guerras civis que os ameaçassem.
Aqueles que se opusessem a este processo, dito inevitável, estariam “abrindo uma porta
à tirania eterna”. A declaração é uma forma de fazer a união dessas colônias por um
motivo único, o documento visava acenar para essas colônias que o caminho para o fim
dos abusos contínuos advindos da Inglaterra seria a independência.
Todo ativismo de Paine foi reconhecido por diversos contemporâneos de sua
época. Além de George Washington, já mencionado anteriormente, o segundo
presidente dos EUA, John Adams afirmou nunca ter conhecido nenhum outro homem
no mundo que tenha exercido maior influência nos últimos trinta anos do que Thomas
Paine. Esse panfleto seria usado na luta pelos direitos civis nos Estados unidos, o que
demonstra que a liberdade e os direitos naturais do homem eram seus principais
assuntos. A declaração da independência é um documento que representa o espírito
liberal dos Estados Unidos, que se fundaria a partir desse documento e no segundo
parágrafo podemos ver a união em uma frase de uma teoria política e uma crença, ao
afirmar que as verdades que declarava eram evidentes, indiscutíveis. O que nos leva a
um ponto já discutido anteriormente do caráter universal de suas causas.
Com essa analise podemos observar que em razão da natureza do texto de Paine,
ele se permite criticar severamente a monarquia como forma de governo. Já a
declaração que tem um caráter mais formal busca não agredir diretamente outras
monarquias ou essa forma de governar, mas é direcionada à monarquia inglesa, e aos
abusos que são praticados por ela e sua tirania. Paine não é um defensor da guerra, mas
entende que não fazê-la naquele momento era pior do que fazê-la o que está em
congruência com a declaração que vê essa luta como algo necessário e como a única
forma de se libertar.
Os dois textos tratam de assuntos comuns como a soberania dos povos, o direito
a rebelar-se contra quem os domina. A liberdade do homem é o ponto principal, mas
não podemos esquecer que a declaração diferencia quem teria direto a essa liberdade,
pois nela o índio é visto como bárbaro e aliado a Inglaterra e enquanto aos escravos e
negros não há se quer citações, e essa não liberdade provocaria mais tarde lutas em
buscar deles.

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