Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
PEDAGOGIA
Maceió
2011
CÁTIA CARNEIRO MUNIZ
Maceió
2011
COMO FAZER QUE O ALUNO SE COMPREENDA COMO SUJEITO
CONSTRUTOR E CONSTRUÍDO PELA SOCIEDADE
Para que o aluno faça uma leitura reflexiva e crítica do mundo, saindo da
“menoridade” e tornando-se uma pessoa “esclarecida” (no sentido filosófico destas
palavras) é preciso que o educador considere o desenvolvimento das capacidades
da autonomia e da liberdade e nesse sentido o papel do educador como mediador
do conhecimento é fundamental, sendo a reflexão sobre a prática docente
preponderante e para Ferreira (2009, p.173) a Filosofia atenderá essa necessidade
ao afirmar que “na formação pedagógica de futuros docentes é imprescindível a
reflexão filosófica. Reflexão não só sobre teorias e suas influências, mas sobre a
própria prática docente.”
Falar em autonomia e liberdade do aluno é falar em formar um indivíduo
autônomo e livre da alienação, que perde sua passividade passando a ser sujeito do
processo educativo, o que leva o educador a refletir sobre o processo de
desenvolvimento humano, reflexão esta que pode ser subsidiada na psicologia da
educação, se for considerado que “ao pensar em desenvolvimento humano,
estamos construindo uma relação íntima com a educação que também é vista como
ponto central do processo de formação do homem”. (SILVA, 2009, p.07).
Partindo de uma análise multireferencial do conceito de desenvolvimento,
Silva (2009, p. 08), define desenvolvimento como “todo movimento que o ser
executa durante a vida no caminho de sua formação.” E como fica a postura do
professor neste contexto?
Observa-se, portanto que o educador deve assumir uma nova postura ética
na sua formação, “isso significa que cabe ao professor a postura de investigador do
sujeito humano, e não um simples aplicador de teorias indiscriminadamente”.
(SILVA, 2009, p.10). Dessa forma, considero pertinente a afirmação de Cícera de
Albuquerque e Fadhia El Souki no artigo A prática docente: Ensinar e Aprender1
onde afirmam que “a prática de ensinar dever ser subsidiada pela reflexão-ação-
reflexão, afim de que o educador possa reinventá-la, tendo com sujeito principal o
discente e seus interesses, bem como ter em vista a realidade na qual atua de modo
a adequar suas práticas e seus saberes conforme este contexto.” No cotidiano
escolar o professor pode fazer uso de atividades em grupo promovendo o
entendimento da coletividade, do respeito ao direito de expressão e as diferenças,
pode desenvolver projetos de visitação a parques ambientais, museus e espaços
culturais e históricos de sua cidade. Desta forma, o professor poderá trabalhar a
aprendizagem do conteúdo das disciplinas de forma interdisciplinar. Por exemplo:
durante o percurso da atividade supracitada o professor pode pedir ao aluno que
observe a organização geográfica dos bairros, a escrita dos nomes da rua, a
questão do lixo na cidade, entre outras atividades e promover em sala de aula um
debate sobre o que foi visto.
Enfim, o educador tem um grande desafio nas mãos, desafio que passa pela
questão da qualidade do ensino, da formação do professor e da reflexão sobre suas
práticas docentes, porém sua grande motivação deve ser o seu objeto de trabalho
que é o ser humano, e seu foco deve ser a formação de indivíduos capazes de
trilhar caminhos mais solidários, igualitários e justos, promovendo assim o bem
geral.
1
Artigo está disponível no endereço eletrônico: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital - Artigo produzido
pelas alunas graduandas do Curso de Pedagogia da Universidade da Amazônia para publicação na Revista Lato
& Sensu, sob orientação do Prof. Emmanuel Cunha.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Cícera Maria Gomes de; SOUKI, Fadhia Gonçalves El. A prática
docente: O ensinar e aprender. Disponível em:
<http://www.nead.unama.br/site/bibdigital>. Acesso em: 24 de abr. 2011.