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º 90 — 9 de Maio de 2008
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO b) Anexo II, relativo aos critérios de viabilidade econó-
RURAL E DAS PESCAS mica da exploração em primeira instalação;
c) Anexo III, relativo ao cálculo da valia dos jovens
agricultores.
Portaria n.º 357-A/2008
de 9 de Maio Artigo 3.º
A estrutura empresarial dos territórios rurais, a nível A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
nacional, reflecte o envelhecimento da população em geral, da sua publicação.
não tendo sido alvo das acções necessárias ao seu rejuve- O Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
nescimento. Os novos desafios com que se deparam as e das Pescas, Jaime de Jesus Lopes Silva, em 8 de Maio
explorações agrícolas nacionais, reflectindo as influências de 2008.
das tendências globais e europeias, justificam, só por si, a
necessidade de uma acção eficaz sobre o tecido empresarial ANEXO
do sector, possibilitando uma maior e mais sustentável
competitividade.
REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DA ACÇÃO N.º 1.1.3,
Consequentemente, a necessidade de continuar a man-
«INSTALAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES»
ter e atrair recursos humanos para a actividade agrícola
implica a continuação do regime de incentivo à instalação
de jovens agricultores. CAPÍTULO I
Contudo, a experiência e avaliação do passado aponta
para a necessidade de alterações ao modelo utilizado, me- Disposições gerais
lhorando, entre outras, a componente da formação profis-
sional e o sistema de acompanhamento. Artigo 1.º
A instalação, bem sucedida, de jovens agricultores de- Objecto
verá contribuir para a melhoria geral da actividade, induzir
maior dinamismo empresarial baseado em novas compe- O presente Regulamento estabelece o regime de aplica-
tências, melhor adaptabilidade com melhorias na gestão, ção da acção n.º 1.1.3, «Instalação de jovens agricultores»,
níveis de produtividade mais elevada e, consequentemente, da medida n.º 1.1, «Inovação e desenvolvimento empresa-
maior capacidade competitiva. O prémio agora instituído rial», integrada no subprograma n.º 1, «Promoção da com-
insere-se, assim, no eixo da competitividade e pretende petitividade», do Programa de Desenvolvimento Rural do
contribuir para essa renovação e rejuvenescimento sus- Continente, abreviadamente designado por PRODER.
tentado do tecido rural e empresarial.
A concepção desta acção, utilizando um instrumento Artigo 2.º
base do quadro legislativo comunitário, possibilita aos Objectivos
jovens agricultores em primeira instalação apresentar um
pedido de apoio sob a forma de prémio à instalação, fun- O apoio previsto no presente Regulamento, designado
damentado num plano empresarial justificado, coerente «prémio à primeira instalação», prossegue os seguintes
e com potencialidades, elaborado de acordo com as suas objectivos:
características particulares. Procura-se, desta forma, pro- a) Fomentar a renovação e o rejuvenescimento das em-
mover o processo de desenvolvimento e adaptação das presas agrícolas;
explorações, gerando impactes positivos para os sectores b) Promover o processo de instalação de jovens agri-
e as regiões onde se desenvolvem. cultores;
Assim: c) Contribuir para uma adequada formação e qualifica-
Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do ção profissional dos jovens agricultores.
Desenvolvimento Rural e das Pescas, ao abrigo do dis-
posto no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 37-A/2008, de 5 de Artigo 3.º
Março, o seguinte:
Definições
Artigo 1.º a) «Aptidão e competência profissional adequada»,
É aprovado, em anexo à presente portaria, dela fazendo possuir o perfil de qualificação e formação de acordo com
parte integrante, o Regulamento de Aplicação da Acção o disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 5.º
n.º 1.1.3, «Instalação de Jovens Agricultores», da medida b) «Exploração agrícola», o conjunto de unidades de
n.º 1.1, «Inovação e desenvolvimento empresarial», in- produção submetidas a uma gestão única.
tegrada no subprograma n.º 1, «Promoção da competi- c) «Jovem agricultor», o agricultor que, à data da apre-
tividade», do Programa de Desenvolvimento Rural do sentação do pedido, tem mais de 18 e menos de 40 anos
Continente, abreviadamente designado por PRODER. de idade.
d) «Primeira instalação», a situação em que o jovem
Artigo 2.º agricultor assume pela primeira vez a titularidade de uma
exploração agrícola.
O Regulamento referido no artigo 1.º contém os seguin-
e) «Titular de uma exploração agrícola», o gestor do
tes anexos, que dele fazem parte integrante:
aparelho produtivo e detentor, a qualquer título legítimo,
a) Anexo I, relativo aos requisitos mínimos de aptidão do património fundiário necessário à produção de um ou
e competência profissional adequada; vários produtos agrícolas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 90 — 9 de Maio de 2008 2516-(3)
de financiamento, o apoio pode ser recuperado, de forma 5 — Candidatos com escolaridade inferior ao 12.º ano,
proporcional ao grau de incumprimento detectado, quando sendo que esta escolaridade é de componente agrícola, mas
este seja superior a 5 %. com experiência no sector agrícola de pelo menos três anos:
a) Formação específica para a orientação produtiva da
CAPÍTULO III instalação, sessenta horas;
b) Formação de gestão da empresa agrícola, quarenta
Disposição transitória e cinco horas;
c) Componente prática em contexto empresarial, ses-
Artigo 16.º senta horas.
Pedidos de apoio apresentados em 2008
6 — Candidatos com escolaridade inferior ao 12.º ano,
Para os pedidos de apoio do ano de 2008, a instalação sendo que esta formação é de componente agrícola, com
dos candidatos que sejam jovens agricultores à data de experiência no sector agrícola de pelo menos três anos
apresentação do pedido pode ter ocorrido após 1 de Ja- e com experiência de três anos na área de actividade da
neiro de 2007. primeira instalação:
ANEXO I a) Formação de gestão da empresa agrícola, quarenta
e cinco horas.
Requisitos mínimos de aptidão e competência
profissional adequada 7 — Candidatos com escolaridade de nível igual ou
superior ao 12.º ano e níveis de qualificação 3, 4 e 5, de
[a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 5.º]
áreas de formação não agrícola [doutoramento, mestrado,
1 — Candidatos com escolaridade inferior ao 12.º ano, licenciatura, bacharelato, curso de especialização tecnoló-
sendo que esta formação não é de componente agrícola e gica (CET), técnico de nível 3] e sem experiência agrícola
sem experiência agrícola de três anos: de pelo menos três anos:
a) Formação básica de agricultura, quarenta e oito horas; a) Aplicável de acordo com o referencial do n.º 1.
b) Formação específica para a orientação produtiva da
instalação, até sessenta horas; 8 — Candidatos com escolaridade de nível igual ou
c) Formação de gestão da empresa agrícola, quarenta superior ao 12.º ano e níveis de qualificação 3, 4 e 5, de
e cinco horas; áreas de formação não agrícola (doutoramento, mestrado,
d) Componente prática em contexto empresarial, ses- licenciatura, bacharelato, CET, técnico de nível 3), com
senta horas. experiência no sector agrícola de pelo menos três anos.
a) Aplicável de acordo com o referencial do n.º 2.
2 — Candidatos com escolaridade inferior ao 12.º ano, 9 — Candidatos com escolaridade de nível igual ou
sendo que esta escolaridade não é de componente agrícola, superior ao 12.º ano e níveis de qualificação 3, 4 e 5, de
mas com experiência no sector agrícola de pelo menos áreas de formação não agrícola (doutoramento, mestrado,
três anos: licenciatura, bacharelato, CET, técnico de nível 3), com
experiência no sector de pelo menos três anos e experiência
a) Formação específica para a orientação produtiva da de pelo menos três anos na área de investimento.
instalação, até sessenta horas; a) Aplicável de acordo com o n.º 6.
b) Formação de gestão da empresa agrícola, quarenta 10 — Candidatos com escolaridade de nível igual ou
e cinco horas;
superior ao 12.º ano e níveis de qualificação 3, 4 e 5, de
c) Componente prática em contexto empresarial, ses-
áreas de formação agrícola (doutoramento, mestrado, licen-
senta horas.
ciatura, bacharelato, CET, técnico de nível 3) ou curso de
empresário agrícola homologado pelo Ministério da Agri-
3 — Candidatos com escolaridade inferior ao 12.º ano, cultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP),
sendo que esta formação não é de componente agrícola, independentemente dos níveis de experiência — reúnem os
com experiência no sector agrícola de pelo menos três
requisitos de aptidão e competência profissional adequada,
anos e com experiência de três anos na área de actividade
não sendo necessária formação obrigatória.
da primeira instalação:
11 — Candidatos com curso de empresário agrícola
a) Formação de gestão da empresa agrícola, quarenta homologado pelo MADRP, independentemente dos níveis
e cinco horas; de escolaridade e dos níveis de experiência — reúnem os
b) Formação específica para a orientação produtiva da requisitos de aptidão e competência profissional adequada,
instalação, sessenta horas. não sendo necessária formação obrigatória.
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