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- Após o fim da queda do muro, fim dos anos 80, o norte-americano Francis Fukuyama
declara o fim da história.
A história humana não alcançou seu auge como foi previsto, e hoje vivemos a crise da pós-
modernidade. O próprio Fukuyama chegou a retratar sua afirmação no NYT em 1998,
devido às várias crises econômicas ocorridas nos anos 90.
- Esta nova era teve início nos anos 70. Crise dos movimentos culturais de 68, surge uma
nova era do capitalismo que chamamos de sociedade pós-moderna.
Mas a tarefa ficou nas mãos do francês François Lyotard, em sua obra “A Condição Pós-
moderna”, aparece o termo “pós-modernidade”. Segundo o filósofo, é a incredulidade em
relação às Metanarrativas, perda da crença em visões totalizantes da história, prescritoras
de regras de conduta política e ética para toda a humanidade.
Questão central: Surge o local x global.
- Falência dos consensos universais.
- Do progresso positivista ao marxismo: ambos cumpriram suas promessas.
Perry Anderson,
“... o modernismo era tomado por imagens de máquinas [as indústrias] enquanto que o pós-
modernismo é usualmente tomado por “máquinas de imagens” (p.105) da televisão, do
computador, da Internet e do shopping centers.
Esquerda e a pós-modernidade:
A esquerda tradicional, no Brasil, torce o nariz.
O historiador Ciro Flamarion Cardoso (1994), diz que o “paradigma pós-moderno” é
fundado no anti-racionalismo subjetivista, “desconstrutivista”, na denuncia dos
excessos da ciência. Desconfia da retórica dos pós-modernistas, por vezes, apodíticas,
com afirmações apresentadas como se fossem axiomáticas e auto-evidentes. Reclama,
ainda, do desleixo teórico e metodológico de seus argumentos.
Também Dermerval Saviani (1992 e 1997), que é um dos expoentes da filosofia da
educação brasileira, na sua pedagogia histórico-crítica, de fundamentação marxista,
reconhece no pós-moderno tão somente efeitos de uma época de “fragmentação” e
“superficialidade”, um período de “decadência da cultura”, de “esvaziamento do
trabalho pedagógico na escola”, enfim, seria mais um meio ardiloso da produção
ideológica ‘pós-capitalista’ para encobrir a percepção dos homens a respeito do
desenvolvimento histórico. Jameson também teria “identificado firmemente o pós-
modernismo com um estágio do capitalismo, entendido segundo os clássicos termos
marxistas”[2].
- Os sinais do pós-modernismo que mais parecem incomodar a esquerda
tradicional e a direita reacionária, resumindo, são:
Pós-1989: A crise do mundo comunista não poderá ser lembrado daqui a cinqüenta anos como também a crise
do Ocidente?
- Não chegaremos a conclusão de que devemos pensar a nossa civilização industrial, agora que o
velho sistema da sociedade industrializada está se desmoronando?
A Modernização Reflexiva significa a possibilidade de uma (auto)destruição criativa para toda uma era:
aquela da sociedade industrial. O sujeito dessa destruição criativa não é a revolução, não é a crise, mas a
vitória da modernização ocidental.
A sociedade moderna está acabando com seus paradigmas: família nuclear, agricultura, setores empresariais,
etc.
A sociedade do risco:
1. Problemas de relacionamento com os recursos naturais e a natureza das relações humanas.
2. Abalos provocados pelas contradições internas.
3. Exaustão das fontes de significação coletivas e específicas de grupos (classe, crença no progresso).
O Processo de Individualização: Simmel, Durkheim, Weber, libertação das certezas feudais; hoje, da
sociedade industrial para a sociedade do risco global.
O retorno da incerteza: a sociedade de risco se torna um tema e um problema para ela própria.
(Falta concluir...)
Bibliografia:
DE LIMA, Raymundo. Para entender o pós-modernismo: [notas de pesquisa] in: Revista
Espaço Acadêmico, n.º 35, abril, 2004.
http://www.espacoacademico.com.br/035/35eraylima.htm [Acessado em 26/05/09].