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Características da Pós-modernidade - Por Carlos Henrique

Pós-modernidade, Modernidade Vazia, ou Era do Vazio: Um


breve histórico do conceito.
O norte-americano Francis Fukuyama, em 1989, declarou o fim da História, pois
para ele a História havia chegado ao seu final e que todos os países do mundo se
juntariam ao redor de um sistema político e econômico, chamado de democrático,
a qual muitos chamam de neoliberal. O futuro da humanidade teria apenas um
caminho, o pensamento único e que a História teria acabado. Segundo Carlos
Barros a reação de muitos historiadores foi de hostilidade, pois além de não
concordarem com Fukuyama, muitos entenderam que ele exterminou a história
com "h" minúsculo, como sucessão de fatos, e não que exterminou com a História
universal, com H maiúsculo[1]. Fukuyama reviu o seu trabalho e chegou a
desmenti-lo, em 1998, em entrevista ao New York Times, tendo visto as várias
crises econômicas que se seguiram nos anos 90.

- Após o fim da queda do muro, fim dos anos 80, o norte-americano Francis Fukuyama
declara o fim da história.
A história humana não alcançou seu auge como foi previsto, e hoje vivemos a crise da pós-
modernidade. O próprio Fukuyama chegou a retratar sua afirmação no NYT em 1998,
devido às várias crises econômicas ocorridas nos anos 90.

- Esta nova era teve início nos anos 70. Crise dos movimentos culturais de 68, surge uma
nova era do capitalismo que chamamos de sociedade pós-moderna.

Para Nicolau Sevcenko, “... a síncope final e definitiva, o clímax da


aceleração precipitada, sob cuja intensidade extrema relaxamos nosso impulso de
reagir, entregando os pontos entorpecidos, aceitando resignadamente ser
conduzidos até o fim pelo maquinismo titânico. Essa etapa representaria o atual
período, assinalado por um novo surto dramático de transformações, a Revolução
da Microeletrônica”.

Anos 80 – Terceira Revolução Industrial, ou Revolução Científico-Tecnológica.


Política – Ronald Reagan e Margareth Tatcher: Década de 1990 - o ápice do
neoliberalismo, Consenso de Washingtown e suas dez regras básicas:

1. Focalização dos gastos públicos em educação, saúde e infra-estrutura


2. Reforma tributária que amplie a base sobre a qual incide a carga tributário, com
maior peso nos impostos indiretos e menor progressividade nos impostos diretos
3. Liberalização financeira, com o fim de restrições que impeçam instituições
financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e o afastamento
do Estado do setor;
4. Taxa de câmbio competitiva;
5. Liberalização do comércio exterior, com redução de alíquotas de importação e
estímulos á exportação, visando a impulsionar a globalização da economia;
6. Eliminação de restrições ao capital externo, permitindo investimento direto
estrangeiro;
7. Privatização, com a venda de empresas estatais;
8. Desregulação, com redução da legislação de controle do processo econômico e das
relações trabalhistas;
9. Propriedade intelectual.

Conseqüências da ascensão do neol-liberalismo:


- Desmonte do Estado do bem estar social.
- Liberalização total do mercado.
- Queda do socialismo real em 1989.
- Resultado: o Pensamento Único – Segundo Frederic Jameson: “ a emergência da
pós-modernidade está estritamente relacionada à emergência desta nova fase do
capitalismo avançado, multinacional e de consumo”.
- Crises da sociedade Pós-moderna: Crise de transcendência e os novos paradigmas
da pós-modernidade
 1. Era da racionalidade: supremacia da técnica e do cientificismo
 2. Competitividade e a ética narcisista.
 3. “Mercado’: Uma “entidade” abstrata que regula todas as ações.
 4. Crise ideológica: Fim das Utopias.
 5. Megalópoles: Crise de sociabilidade, a humanidade se perde nos
grandes centros urbanos.
 6. Homens massa, indiferentes, niilismo pós-moderno.

O conceito pós-modernidade: Uma breve trajetória.


Oconceito surge no mundo hispânico em 1930. Perry Anderson em “Origens da Pós-
modernidade” (1999), afirma que um amigo de Miguel de Unamuno e Ortega,
Frederico de Onis, foi quem imprimiu o termo.

Mas a tarefa ficou nas mãos do francês François Lyotard, em sua obra “A Condição Pós-
moderna”, aparece o termo “pós-modernidade”. Segundo o filósofo, é a incredulidade em
relação às Metanarrativas, perda da crença em visões totalizantes da história, prescritoras
de regras de conduta política e ética para toda a humanidade.
Questão central: Surge o local x global.
- Falência dos consensos universais.
- Do progresso positivista ao marxismo: ambos cumpriram suas promessas.

As teses de Lyotard são:


1. O Saber Pós-Moderno: Não há mais acordo entre os valores (mundo líquido).
2. As metanarrativas não podem mais ser aceitas: Permanece o pluralismo.
3. Os saberes se afirmam de forma local, estão contextualizados.
4. Os saberes possuem consensos provisórios e parciais.
5. Bom é o saber que produz melhores resultados.
6. A ciência é reduzida a uma pura forma de saber, industrializado, comercial e
lucrativo.

Perry Anderson,

“... o modernismo era tomado por imagens de máquinas [as indústrias] enquanto que o pós-
modernismo é usualmente tomado por “máquinas de imagens” (p.105) da televisão, do
computador, da Internet e do shopping centers.

Para Gianni Vattino (2001)


“a chamada "pós-modernidade"
- Renascimento dos ideais banidos e cassados por nossa modernidade
racionalizadora. Esta modernidade teria terminado a partir do momento em que não
podemos mais falar da história como algo de unitário e quando morre o mito do
Progresso.
- Onda de comportamentos e de atitudes irracionais e desencantados em relação à
política e pelo crescimento do ceticismo face aos valores fundamentais da
modernidade.
- Estaríamos dando Adeus à modernidade, à Razão (Feyerabend) Quem acredita
ainda que "todo real é racional e que todo real é racional"(Hegel)? Que esperança
podemos depositar no projeto da Razão emancipada, quando sabemos que se
financeiro submetido ao jogo cego do mercado? Como pode o homem ser feliz no
interior da lógica do sistema, onde só tem valor o que funciona segundo previsões,
onde seus desejos, suas paixões, necessidades e aspirações passam a ser
racionalmente administrados e manipulados pela lógica da eficácia econômica que
o reduz ao papel de simples consumidor”.
O pensador brasileiro Sérgio Paulo Rouanet no seu estudo “As origens do Iluminismo”
(1987)
- o prefixo pós tem muito mais o sentido de exorcizar o velho (a modernidade) do que
de articular o novo (o pós-moderno).
- O que há é uma “consciência de ruptura”, que o autor não considera uma “ruptura
real”. Rouanet escreve:
“depois da experiência de duas guerras mundiais, depois de Auschwitz, depois de
Hiroshima, vivendo num mundo ameaçado pela aniquilação atômica, pela
ressurreição dos velhos fanatismos políticos e religiosos e pela degradação dos
ecossistemas, o homem contemporâneo está cansado da modernidade. Todos esses
males são atribuídos ao mundo moderno. Essa atitude de rejeição se traduz na
convicção de que estamos transitando para um novo paradigma. O desejo de ruptura
leva à convicção de que essa ruptura já ocorreu, ou está em vias de ocorrer (...). O
pós-moderno é muito mais a fadiga crepuscular de uma época que parece extinguir-
se ingloriosamente que o hino de júbilo de amanhãs que despontam. À consciência
pós-moderna não corresponde uma realidade pós-moderna. Nesse sentido, ela é um
simples mal-estar da modernidade, um sonho da modernidade. É literalmente, falsa
consciência, porque consciência de uma ruptura que não houve, ao mesmo tempo, é
também consciência verdadeira, porque alude, de algum modo, às deformações da
modernidade”.

Esquerda e a pós-modernidade:
A esquerda tradicional, no Brasil, torce o nariz.
O historiador Ciro Flamarion Cardoso (1994), diz que o “paradigma pós-moderno” é
fundado no anti-racionalismo subjetivista, “desconstrutivista”, na denuncia dos
excessos da ciência. Desconfia da retórica dos pós-modernistas, por vezes, apodíticas,
com afirmações apresentadas como se fossem axiomáticas e auto-evidentes. Reclama,
ainda, do desleixo teórico e metodológico de seus argumentos.
Também Dermerval Saviani (1992 e 1997), que é um dos expoentes da filosofia da
educação brasileira, na sua pedagogia histórico-crítica, de fundamentação marxista,
reconhece no pós-moderno tão somente efeitos de uma época de “fragmentação” e
“superficialidade”, um período de “decadência da cultura”, de “esvaziamento do
trabalho pedagógico na escola”, enfim, seria mais um meio ardiloso da produção
ideológica ‘pós-capitalista’ para encobrir a percepção dos homens a respeito do
desenvolvimento histórico. Jameson também teria “identificado firmemente o pós-
modernismo com um estágio do capitalismo, entendido segundo os clássicos termos
marxistas”[2].
- Os sinais do pós-modernismo que mais parecem incomodar a esquerda
tradicional e a direita reacionária, resumindo, são:

- no campo político, a atitude desinteressada, despolitizada (no sentido


tradicional); os pós-modernos, aparentemente falam e agem sem o peso da
“angústia de influencia” (Bloom).
- Também são avessos aos extremismos clássicos, do tipo “esquerda-
progressista” e “direita-conservadora”, uma vez que acreditam estarem estas
definitivamente superadas. Os pós-modernistas, como já foi dito, descartam a
idéia de revolução como passaporte necessário para uma “nova sociedade", um
"novo homem” e uma “nova felicidade realista” “sem classes” e “sem
desigualdade”.
- Valer dizer que além da descrença, existe o fato das revoluções ocorridas no
socialismo real, resultaram em totalitarismos, fracasso econômico e decepção
da população obrigada a conviver com a falta de liberdade.

- No campo da arte e na estética, parece incomodar a “emancipação do vulgar”


e a mistura de gêneros.

- No campo da moral, existe a tendência a tolerância, o respeito às diferenças


humanas, o pluralismo radical, ou seja, “sem inimigos a derrotar”; por vezes,
também parecem se posicionar numa atitude de neutralidade moral frente às
discussões que se encaminham para polarizações que cheiram ao maniqueísmo.

- No campo da educação, existe o discurso por um ensino e uma pesquisa inter


ou transdisciplinar. Aqui, a crítica maior é dirigida ao ensino cientificista,
especializado, que teima em fazer apologia do progresso, cego aos seus ‘efeitos
colaterais’. O culto ao progresso, o culto da ciência e o culto da razão[3], e o
desprezo às outras formas de conhecimento, são características da
modernidade, do iluminismo, cujos efeitos colaterais pudemos sentir ao longo
do século 20. Na verdade, o progresso científico e da industrialização, fez abrir
a caixa de Pandora, cujos efeitos são visíveis nos dados ao meio ambiente, na
violência urbana e na pobreza dos homens.

- Na filosofia, aparece à oposição a tradição essencialista, a adoção pela


pluralidade de argumentos, com a proliferação de paradoxos e do paralogismo
– antecipadas na filosofia de Nietzsche, Wittgenstein e Levinas.

- No campo epistemológico, o sujeito pós-moderno desconfia dos “grandes


sistemas teóricos” ou da “grande idéia”, que, no fundo é de inspiração religiosa
– visto que são as religiões que sempre prometem a felicidade (uma “idade de
ouro”) num tempo futuro[4]. As religiões vivem deste tipo de propaganda
enganosa.

Uma leitura da pós-modernidade: Ulrich Beck e a Modernização Reflexiva.

Pós-1989: A crise do mundo comunista não poderá ser lembrado daqui a cinqüenta anos como também a crise
do Ocidente?

- Não chegaremos a conclusão de que devemos pensar a nossa civilização industrial, agora que o
velho sistema da sociedade industrializada está se desmoronando?

A Modernização Reflexiva significa a possibilidade de uma (auto)destruição criativa para toda uma era:
aquela da sociedade industrial. O sujeito dessa destruição criativa não é a revolução, não é a crise, mas a
vitória da modernização ocidental.

A sociedade moderna está acabando com seus paradigmas: família nuclear, agricultura, setores empresariais,
etc.

A sociedade do risco:
1. Problemas de relacionamento com os recursos naturais e a natureza das relações humanas.
2. Abalos provocados pelas contradições internas.
3. Exaustão das fontes de significação coletivas e específicas de grupos (classe, crença no progresso).

O Processo de Individualização: Simmel, Durkheim, Weber, libertação das certezas feudais; hoje, da
sociedade industrial para a sociedade do risco global.

O retorno da incerteza: a sociedade de risco se torna um tema e um problema para ela própria.

As questões de risco colocam em discussão a lógica instrumental do controle racional da ordem.

(Falta concluir...)

Bibliografia:
DE LIMA, Raymundo. Para entender o pós-modernismo: [notas de pesquisa] in: Revista
Espaço Acadêmico, n.º 35, abril, 2004.
http://www.espacoacademico.com.br/035/35eraylima.htm [Acessado em 26/05/09].

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