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Tendências em EaD
Deste ponto de vista a sociedade é a protagonista da mudança uma vez que toda opção
tecnológica é social. Entre outros fatores as novas tecnologias da informação possibilitaram
o desenvolvimento acelerado do conhecimento na sociedade.
Segundo Gimeno SACRISTÁN (1992, p. 20), o mundo da economia parece requerer, tanto
na formação de idéias como no desenvolvimento de disposições e condutas, exigências
diferentes das que demanda a esfera política na sociedade formalmente democrática onde
todos os indivíduos, por direito, são iguais ante a lei e as instituições.
Atualmente, tem surgido várias definições do campo nas quais coexistem diversas
concepções e versões da Tecnologia Educacional que, ao mesmo tempo, poderiam ser
enquadradas em momentos particulares de seu desenvolvimento. Entre os especialistas
espanhóis, Sarramona LÓPEZ (1994), afirma que Tecnologia Educacional é aquela que
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Litwin na Argentina (1993) propõe uma conceitualização do campo que recupera sua
especificidade:
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Nos anos 70, a tecnologia parece estar caracterizada em dois pontos de vista: um restrito e
outro amplo (DÍAZ BARRIGA, 1994). A versão restrita aparece vinculada ao emprego de
novas tecnologias, mas continua sendo o limite dos aparelhos, da utilização de meios, que
caracteriza o campo. Esta visão tem escasso desenvolvimento na América Latina devido
aos custos que implica a tecnologização dos sistemas educacionais. Na visão ampla, a
Tecnologia Educacional é caracterizada como conjunto de procedimentos, princípios e
lógicas para atender os problemas da educação.
"O eixo desta visão ampliada foi a de buscar solução para os problemas, antes de
estabelecer uma conceitualização dos mesmos, e no plano teleológico se reivindicou a
importância dos meios para a solução dos referidos problemas".
Para POLONIATO (1994), a visão ampla enquadra-se numa linha dominante iniciada no
começo de 1960, que se reafirma na década de 1970, e marca a Tecnologia Educacional,
baseando-se no desenvolvimento e na administração de elementos sistêmicos.
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As respostas frente a estas perguntas estão ainda pendentes devido as resistências culturais
do ensino acadêmico convencional existente há quase cem anos nas universidades de nosso
país.
Pela primeira vez, e de forma explícita e inquestionável, a EAD consegue, com a Lei 9.394,
de dezembro de 96, o status de modalidade plenamente integrada ao sistema de ensino.
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Conforme W. GARCIA (2000, p. 81), a EAD tende a ser vista apenas como um meio novo
de fazer educação, ao mencionar (artigo 80 e parágrafos) aspectos relacionados aos meios
modernos de comunicação embora esta direção, pelos custos que envolve, parece estar
sendo mais buscada para projetos de educação continuada – TV Escola, por exemplo, ou
por atividades mais especializadas relativas a programas de pós-graduação.
Esses dispositivos colocam em evidência algumas questões básicas sobre EAD. São elas: os
sistemas estaduais e municipais podem legislar sobre o ensino fundamental e médio a
distância, incluindo-se a educação de jovens e adultos e a educação profissional de nível
técnico.
Na UFPR entendemos que uma das características mais importantes da EAD é sua
flexibilidade a qual possibilita definir espaços geográficos, imaginários e simbólicos nos
quais os estudantes encontram segurança, consistência teórica e qualidade, reduzindo assim
a taxa de exclusão ao ensino universitário, percentual bastante considerável em nossa
instituição até o ano de 1995.
Segundo FERNÁNDEZ (1996) as instituições como objetos culturais expressam uma certa
parcela de poder social. Implicam a existência de amplos conjuntos de sujeitos humanos
organizados e de produções culturais que sustentam mediante processos diversos de
produção culturais que sustentam tanto as próprias instituições como as tensões oriundas
das aspirações opostas dos indivíduos que atuam no coletivo docente, discente e
administrativo.
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Segundo a ANFOPE (Brasília, 2000, p. 230), a formação continuada é uma das dimensões
importantes para a articulação de uma política global para o profissional de educação, na
medida em que exige uma busca constante de capacitação.
Durante o X Encontro foi discutida a política de formação continuada dos docentes, bem
como a necessidade de provocar mudanças nas práticas e concepções de todos os que
participam do projeto pedagógico escolar visando a superação das dificuldades da escola e
sua transformação qualitativa.
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Ainda que a defesa preferencial da ANFOPE seja de que a formação inicial deva ser
presencial, ela não descarta a Educação a Distância, desde que a mesma possua um
suporte teórico, e se preocupe com a formação e preparação dos profissionais e dos
materiais didáticos bem como de outros recursos que possam garantir a qualidade
social (ANFOPE, 2000, p. 26).
A partir destas considerações, parece ser cada vez maior o número de instituições de
nível superior de todo o mundo que implementam estudos a distância.
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A nova perspectiva de EAD alerta que não são apenas as tecnologias que
importam, mas sobretudo os processos de comunicação que se transformam no
contexto de uma determinada cultura que vão ocorrer numa relação
espaço/temporal diferenciada.
A atuação docente em EAD, exige que o educador adicione ao seu perfil novas
exigências mais complexas, tais como: saber lidar com os ritmos individuais
diferentes de seus alunos, apropriar-se de técnicas novas de elaboração do material
didático produzido por meios eletrônicos, habilidades de investigação e de avaliação
da aprendizagem etc, apresentar um referencial teórico consistente embasado nas
teorias de educação, de aprendizagem e de comunicação que constituem o suporte
da Pedagogia Diferencial dos estudante, adotar novos esquemas mentais para
ensinar e aprender, utilizar uma cultura indagadora, colaborativa e interativa com os
alunos.
Tudo isso nada tem de mágico mas exige um trabalho considerável de concepção,
organização de acompanhamento e de avaliação dos estudantes. Infere-se do
exposto que atualmente uma das principais competências de um educador presencial
e ou a distância, segundo P. PERRENOUD (2000, p.134), é ser:
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Cabe ressaltar ainda que é a Didática como disciplina que aborda o ensino como
objeto (CONTRERAS, 1990; Gimeno SACRISTÁN e Pérez GÓMEZ, 1992). A
preocupação sobre o ensino remete a seu caráter normativo, por sua articulação
fundamental com os fins da educação. Hoje em dia a produção do conhecimento
sobre o ensino se nutre com trabalhos de investigação e implica na construção de
uma prática reflexiva, de acordo com as finalidades educativas.
O desafio para a universidade consiste hoje em oferecer novas formas de acesso aos
conhecimentos que possibilitem a compreensão das idéias e o pensamento analítico
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REFERÊNCIAS
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MEIRIEU. Aprender sim, mas como? 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
SANTOS, Boaventura. de Souza. Pela mão de Alice. 3.ed. São Paulo : Cortez,
1997.