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UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CT – Centro de Tecnologia

DEQ – Departamento de Engenharia Química

PRÁTICA 02 – DESTILAÇÃO DIFERENCIAL

Disciplina: Laboratório de operações unitárias II (DEQ0516)

Docentes: Eduardo Lins de Barros Neto

Márcia Maria Lima Duarte

Discentes: Aline Mendes Melchuna

Carlos Eduardo de Araújo Padilha

Jéssica Delane Silva Canuto

NATAL – RN

MARÇO 2010

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................
........................... 3
2. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA ................................................................................................. 3
3. METODOLOGIA
EXPERIMENTAL ..........................................................................................
5
4. RESULTADOS E
DISCUSSÃO ................................................................................................
... 5
5. CONCLUSÃO ...............................................................................................
...................8
6. REFERÊNCIAS..............................................................................................
.................... 9
INTRODUÇÃO

A destilação destaca-se nas operações de transferência de massa,


pela larga aplicabilidade nos mais variados sistemas. Sua principal
finalidade é a de segregar componentes de uma mistura tendo por base
alguma de suas propriedades químicas, agregando valor ao produto final
purificado.

Esta é uma técnica inicialmente desenvolvida há muitos séculos,


quando da realização de estudos incentivados por alquimistas durante a
Idade Média. Atualmente, insere-se amplamente no contexto do
processamento de substâncias.

O intuito da prática realizada foi acompanhar a destilação diferencial


(processo em batelada) de uma mistura de água de álcool etílico. Ocorre a
formação sucessiva de vapor, deixando o líquido como resíduo. O processo
transcorre de forma incremental, em termos de temperatura e de
vaporização alcançada. Assim, as temperaturas são diferentes a cada
instante e o líquido coletado atinge sucessivos estados de equilíbrio com o
líquido residual.

Uma vez atingido o equilíbrio geral do sistema, não há estágios de


equilíbrio adicionais. Acrescentando a isso o fato de não haver reciclo, o
grau de separação das fases é baixo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A destilação, também denominada como fracionamento, permite a


separação de constituintes mediante a diferença de volatilidade dos
mesmos. O esquema pode ser expresso basicamente pelo contato entre
uma fase vapor com uma líquida, de modo há transferência de massa do
líquido para o vapor e deste para aquele, através da vaporização e da
condensação.

O líquido, que se encontra no ponto de bolha, e o vapor, que está


situado no ponto de orvalho, contém geralmente os mesmos componentes,
contudo em quantidades relativas diferentes. O efeito final do processo é o
aumento da concentração do componente mais volátil no vapor e do
componente menos volátil no líquido. Como a vaporização e a condensação
envolvem calor latente, o mesmo deve, por exemplo, ser incluído nos
cálculos de dimensionamento de torres de destilação.

Uma vantagem apresentada por esta operação é a não inclusão de


substâncias no meio para efetivar a separação, muito embora em algumas
situações onde o condensado não é totalmente puro, introduzem-se
compostos para uma posterior separação química do destilado. Em
contrapartida, tal operação possui limitações quando se pretende separar
componentes de uma solução com caráter azeotrópico.

Das diversas possibilidades de estudo do equilíbrio de um sistema por


intermédio da destilação, o formato diferencial, que é um processo em
batelada de fácil manejo, possibilita a observação de situações de
equilíbrios sucessivos. Na técnica vaporiza-se o líquido e o vapor é removido
à medida que se forma. A composição do líquido é alterada com o tempo, já
que o vapor gerado é progressivamente enriquecido com o componente
mais volátil, provocando, deste modo, o empobrecimento do mesmo
elemento no líquido que o provém.

Figura 1. Esquematização do sistema de destilação.

Com efeito, as composições do líquido e do vapor são submetidas às


constantes variações durante a operação. Admitindo a condição inicial do
líquido (L) como x e da fase vapor(V) como y. Por um balanço global de
massa sobre um porção infinitesimal, temos:

dL= -dV.

Sendo dV o número de moles formandos na vaporização com a


composição média y, o balanço de massa para o componente mais volátil
resulta

dLx= -ydV

xdL+Ldx= -ydV.
Substituindo,

xdL+Ldx=ydL

dLL= dxy-x

lnL2L1= x1x2dxy-x

A relação exposta acima é chamada de equação de Rayleigh, que nos


proporciona integrar graficamente a partir de um diagrama de equilíbrio
para obter a composição final de uma determinada quantidade de líquido
residual, caso tenhamos conhecimento da interação entre x e y.

Realizando um balanço de matéria sobre os componentes a e c, por


intermédio da relação y=kx, obtemos:

yayc= KaxaKcxc .

Na vaporização diferencial, a redução do número de moles (N) de


qualquer componente no líquido é igual ao número de moles presentes num
dado instante no vapor, o que remete a similaridade entre as relações
impostas às frações molares e aos números de moles.

-dNa-dNc=KaNaKcNc ou dNaNa= KadNcKcNc

dln Na= Kad ln NcKc

Podemos ainda submetê-los a modificações, já que a volatilidade


relativa (KaKc) pela lei de Raoult torna-se igual a PaPc, e admitindo que tal
valor permaneça constante,

lnNa2Na1= KaKc lnNc2Nc1

Na2Na2+Nb2+Nc2+…= xa2

METODOLOGIA EXPERIMENTAL

Nesta prática laboratorial fomos incumbidos de analisar o


comportamento de um sistema de destilação aplicado às soluções aquosas
de álcool etílico. Realizamos de modo primário, as medições relativas às
massas do picnômetro vazio e do preenchido com água coletando,
subseqüentemente, os valores observados. Posteriormente, com o aparato
já montado, é preparada uma solução de 200 mL sendo constituída por 50%
de água e 50% de amostra com álcool e a coloca no balão de destilação.

Com o lançamento do experimento, nos atentamos ao início do


gotejamento do destilado para captar a temperatura deste instante. No
decorrer do procedimento, fizemos a coleta periódica de 15 mL de
destilado, o qual será adicionado sempre a massa extraída antecessora
promovendo a formação de um acumulado, que será submetido
paulatinamente à picnometria.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes que haja qualquer exposição de gráficos envolvendo


concentração de álcool, devemos fazer uma curva de calibração que
estabeleça uma conexão entre concentração de álcool e densidade da
solução. Através de dados pesquisados com concentrações determinadas
(0,30,50,75,100%) reproduzimos o gráfico.

Com todos os dados em posse, nos focamos inicialmente ao cálculo


densidades relativas da solução inicial e das amostras de destilado, para em
seguida associá-las a valores de concentração. A picnometria nos fornece
uma relação para tal fim que é dada por:

D=(mamostra- mpicn vazio)(mpicn agua-mpicn vazio) .

Densidade Concentração Temperatura


(g/mL) (0C)

Solução inicial 0,952982 0,275579 -

Amostra 1 0,810581 0,915158 72

Amostra 2 0,808251 0,925622 74

Amostra 3 0,8247 0,851741 76

Amostra 4 0,827392 0,839653 80

Amostra 5 0,828396 0,835143 85

Amostra 6 0,838278 0,79076 90

Amostra 7 0,84589 0,756571 91

Amostra 8 0,868666 0,654275 93

Amostra 9 0,887445 0,569929 94

Amostra 10 0,903975 0,495688 96

Amostra 11 0,910362 0,467001 96,5

Amostra 12 0,922875 0,410801 97

Amostra 13 0,934624 0,358029 97,6


Os dados acima nos permitem demonstrar as flutuações sobre a
concentração pela modificação da temperatura ou pelo acúmulo de massa
de destilado.

Notamos que a concentração do destilado acumulado correspondente


a 40%, é firmada na temperatura de 97 oC a partir da décima segunda
adição de condensado, tendo uma densidade na ordem de 0,92.

Os resultados observados no experimento podem ser estimados a


partir de equações obtidas por relações termodinâmicas de equilíbrio, como
a equação de Rayleigh (já expressa na fundamentação teórica). A aplicação
desses termos para essa problemática só foi possível porque possuímos
uma relação de equilíbrio conectando as frações molares entre o vapor e o
líquido.

lnL0L= x1x2dxy-x

y=0,5204x+0,4038

Neste ponto devemos fazer a conversão da concentração para fração molar,


e para isso temos que aplicar as massas molares de cada componente
Málcool=46,06gmol e Mágua=18gmol.

málcool=Conc.×0,79gmL× 5 mL mágua=1-Conc.×0,997gmL×5 mL

Nálcool= málcoolMálcool Nágua= máguaMágua

y= NálcoolNálcool+ Nágua

Finalmente, podemos solucionar no modo discreto e utilizando o método


integrativo da soma dos retângulos:

x Y 1/(y-x) A

0,702908 0,769593 14,99579 -0,88083

0,749749 0,793969 22,6139 4,136648

0,454178 0,640154 5,377032 0,212516

0,412646 0,618541 4,856848 0,071987

0,397569 0,610695 4,692058 0,568323

0,260233 0,539225 3,584327 0,312808

0,166452 0,490421 3,086708 0,625499


-0,06593 0,369489 2,296629 0,321869

-0,21683 0,29096 1,969304 0,20772

-0,32755 0,233341 1,782866 0,067193

-0,36585 0,213412 1,726338 0,115715

-0,43474 0,177563 1,633188 -1,83104

0 0,147265 6,790502 -1,83104

lnLoL=3,928403 L0=50,8 L

Pelo balanço material sobre o sistema,

L0=L+D D=49,8 L

Como é sabido, foi adicionado ao sistema 200 mL de solução inicial (L0),


logo a massa de destilado acumulado seria 196,1g.

CONCLUSÃO

O processo de destilação mostrou-se eficiente, proporcionando a


plotagem do gráfico que permitiu uma análise coerente do comportamento
da mistura, através da destilação ainda foi possível obter um parâmetro
avaliativo da equação teórica de Rayleigh, oferecendo condições para o
aprofundamento do estudo da destilação diferencial.

A prática no laboratório também teve importância quando se avalia a


aproximação do aluno com operações unitárias, bem como equipamentos
que estarão constantemente presentes ao longo de sua vida profissional.

REFERÊNCIAS

BROWN, George Granger. Operaciones básicas de la ingenieria


química. Barcelona: Editora Marin, 1965.

FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; et al. Princípios das


Operações Unitárias. 1ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982.

PEREIRA, Félix Monteiro. Destilação diferencial. Disponível em


<http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1861690>. Acesso
em 19 de março de 2011.

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