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1- FHE - ESCRITÓRIO REGIONAL NO RIO DE JANEIRO - ESCRJ

Av Duque De Caxias S/N Setor Militar Urbano – Brasília/DF CEP:70630-902

ASBCobranca: Boa tarde! Posso ajudar?


Você: boa tarde
Você: gostaria de saber se tenho algum debito junto a asb
Você: meu cpf eh 02161236741
Você: ...
Você: alguem online????
ASBCobranca: sim
ASBCobranca: Aguarde um momento que vamos verificar seu contrato.
Você: ok
ASBCobranca: contrato - 0010.2069.102-3 - 12 parcelas no valor de R$ 359,70 com 1734 dias de atraso. Para
pagamento à vista sem nenhum encargo e juros, o valor é de R$ 4.316,40 / contrato - 0010.2097.114-9 - 12
parcelas no valor de R$ 321,94 com 1738 dias de atraso. Para pagamento à vista R$ 3.863,28
Você: b\gratto
Você: vc pode me passar um endereço em Campos dos goytacazes no rio de janeiro para eu conversar melhor sobre
esse débito ou mesmo no Rio/RJ
ASBCobranca: Todas as lojas da ASB foram fechadas a nível Brasil, qualquer solicitação deverá ser feita através do
site ou da central de atendimento 0800-722-9799 ou 021 2253-5897.
Você: pow mas eu n tenho nem como enviar uma proposta por escrito a vcs????
ASBCobranca: sim, através do site www.asb.com.br
Você: ok então gratto, vou estudar uma forma de liquidar o deibito e entrar em contatt
ASBCobranca: ok. disponha.
Você: hum....
Você: vc tem o cnpj da asb
Você: poderia me passar
ASBCobranca: 59987370000107
Você: gratto, abs
Você: bom trab
ASBCobranca: disponha
ASBCobranca: Boa tarde
END.: R PORTUGAL 26 BAIRRO: COMERCIO, MUNICIPIO: 3849 SALVADOR/BA

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA


DE SÃO LEOPOLDO (RS).

Com Pedido de Assistência Judiciária Gratuita

....., vem à presença de Vossa Excelência, por seus procuradores


firmatários, Dra. Denise Ballardin, brasileira, advogada, inscrita na
OAB/RS sob o n.º 47.784, e Dr. João Darzone de Melo Rodrigues
Junior, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RS sob o n.º 51.036, ambos
com endereço profissional à Rua Independência, n.º 181, sala 1502,
Centro em São Leopoldo (RS), propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTRO


com pedido liminar ‘inaudita altera parts’

nos termos estabelecidos pelo CPC em seus artigos 273 e 282 e


seguintes, devendo serem citados para responder, CENTRALIZAÇÃO DE
SERVIÇOS DOS BANCOS S/A – (SERASA), com sede na Rua dos
Andradas, n.º 1001, sala 1604/16º andar, Bairro Centro, em Porto Alegre
(RS), e SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO DE PORTO ALEGRE -
(SPC), com sede na Rua Senhor dos Passos, n.º 235/térreo, Bairro Centro,
em Porto Alegre (RS), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir.

I – DA EXPOSIÇÃO FÁTICA

O autor possui registros no SPC referentes a 6 (seis) cheques do


Banco Itaú – agência 0604 conta corrente n. 0272260 - que foram
devolvidos por falta de fundos, sendo que os números dos referidos
cheques são: 055862,055877, 055878, 055880, 867781, 8677182

Tais anotações foram efetuadas no ano de 2000, nas datas de


27.01.00, 13.03.00, 11.04.00, 14.03.00, 07.02.00, e 08.05.00,
respectivamente. Ou seja, todos os cheques foram apresentados há mais
de dois anos.

O autor enfrentou uma série de dificuldades financeiras naquele


ano, visto isto, não teve condições de realizar o pagamento de todos os
cheques. Porém, nenhum dos credores procuraram-lhe afim de saldar a
dívida, tampouco exerceram o seu direito de ação, ou seja, de ajuizarem
ações de execução (conforme pode-se verificar com os documentos em
anexo).

II – DO MÉRITO

A fundamentação jurídica que abaixo se explanará não deixará


dúvidas de que a manutenção do nome do requerente nos cadastros de
inadimplentes por título executório já prescrito ocasionará forte violação
ao direito do mesmo.

A – DO CHEQUE – nulidade dos registros mantidos pela SERASA e


pelo SPC

Nos termos do art. 59 da Lei 7.357/85 o lapso prescricional da


execução do cheque ocorre em seis meses, a partir do escoamento do
prazo de apresentação:

"Art. 59. Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do


prazo de apresentação, a ação que o artigo 47 desta Lei assegura ao
portador."

No que concerne a manutenção dos registros por cheques


devolvidos, mesmo após decorrido o prazo fixado no artigo acima
transcrito, a jurisprudência já entende ser indevida tal inscrição, in verbis:

"27133555 – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – PEDIDO DE CANCELAMENTO


DE REGISTRO RELATIVO A CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS – Em se tratando de
dívida representada por cheque, cuja ação executiva prescreve em seis meses
(artigo 59 da lei 7357 de 02/09/85), e de ser cancelada a inscrição do nome
da devedora junto ao SERASA, se já decorrido esse prazo prescricional.
Inteligência da Súmula 13 do TJ e do artigo 43, parágrafo 1 e 5, do CDC.
Apelação provida. (4 fls). (TJRS – APC 70001048602 – 11ª C.Cív. – Rel. Des.
Voltaire de Lima Moraes – J. 06.09.2000)"

"27114222 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL – APLICAÇÃO DA SÚMULA
13 DO TJ E DO ART. 43, PAR-1 E PAR-5, DO CDC – Quando não demonstrada pelo
órgão restritivo a natureza do documento que originou o cadastramento, cuja
prescrição e em prazo superior, prevalece o prazo de 03 anos, por mais
benéfico ao consumidor. Com relação aos cheques, incide o prazo
prescricional regulado pelo ART. 59 da Lei nº 7357, de 02/09/85. Apelo
provido. (5 fls.) (TJRS – APC 70000361014 – 19ª C.Cív. – Relª Desª Juíza
Elba Aparecida Nicolli Bastos – J. 04.04.2000)"

Veja-se que não há motivos para o autor permanecer inscrito nos


cadastros restritivos de crédito dos réus, visto que transcorreu o prazo
para o portador exigir judicialmente o pagamento do mesmo.

Em relação a tal assunto, a súmula n.º 13 do Tribunal de Justiça do


Rio Grande do Sul é muito clara e justa em seu conteúdo:

"A inscrição do nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito


(SPC) deve ser cancelada após o decurso do prazo de cinco (5) anos se,
antes disso, não ocorreu a prescrição da ação de cobrança (art. 43, §§ 1º e
5º, da Lei nº 8.078/90), revisada a Súmula nº 11."

Vejamos o que diz o artigo 43, § 5º do Código de Defesa do


Consumidor:

"CONSUMADA A PRESCRIÇÃO RELATIVA Á COBRANÇA DE DÉBITOS DO CONSUMIDOR,


NÃO SERÃO FORNECIDAS, PELOS RESPECTIVOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO,
QUAISQUER INFORMAÇÕES QUE POSSAM IMPEDIR OU DIFICULTAR NOVO ACESSO AO
CRÉDITO JUNTO AOS FORNECEDORES".

Observa-se que o legislador, ao abordar tal matéria, estabeleceu


critérios para não serem violados os direitos do consumidor. Ou seja, não
pode o autor permanecer com seu nome incluído em cadastros restritivos
de crédito por causa de cheques prescritos. Se não foi reclamado
judicialmente tal direito, e transcorreu o prazo, significa que o credor não
possui interesse em resolver tal conflito.

Cristalina também é a jurisprudência que decide de acordo com a


Súmula n.º 13 do Egrégio Tribunal de Justiça gaúcho:

"Súmula n.º 13 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.


Quando a Súmula refere-se à Ação de Cobrança, cuja prescrição pode ocorrer
antes dos cinco anos, está aludindo, também, às ações cambiárias. Não
promovida a execução do cheque, e nem exigido o crédito em ação de
locupletamento indevido (art. 61 de Lei 7.357/85), deve o registro negativo
ser cancelado antes do decurso de 5 anos. Exegese do artigo 43, §§ 1º e 5º,
da Lei n.º 8.078/90. Proveram o Apelo. Unânime" (Apelação Cível n.º
595100280, 8º C. C. do TJRS, julgada em 10/08/1995).

"APELAÇÃO CÍVEL. SERASA. REGISTRO NEGATIVO. CANCELAMENTO, FORTE NA


LEI N.º 8078 E, POR ANALOGIA, NA SÚMULA N.º 13 DESTE TRIBUNAL. PRESCRITA A
PRETENSÃO EXECUTIVA, CANCELA-SE REGISTRO NEGATIVO. APELO PROVIDO. (4FLS.)
(APC N.º 70000383034, SEXTA CÂMARA CÍVEL , TJRS, RELATOR: DES. ANTONIO
JANYR DALL’AGNOL JUNIOR, 22/12/1999)".

B - DO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

As normas do Código de Defesa do Consumidor emanadas de


interesse público, acoplam-se no contexto social como instrumentos
efetivos de defesa e proteção do consumidor, especialmente para
assegurar a inviolabilidade dos direitos personalíssimos e preservar os
interesses econômicos envolvidos.

Os direitos dos consumidores serão amparados judicialmente, e


conforme o artigo 6º, VI, reconfirma-se a possibilidade de invocação do
Poder Judiciário por parte do consumidor, no que diz respeito a prevenção
e reparação dos danos por eles sofridos, quer eles sejam patrimoniais,
morais, individuais, coletivos ou difusos.

O caput do artigo 42 do Código, afirma que:

"NA COBRANÇA DE DÉBITOS O CONSUMIDOR INADIMPLENTE NÃO SERÁ EXPOSTO AO


RIDÍCULO, NEM SERÁ SUBMETIDO A QUALQUER TIPO DE CONSTRANGIMENTO OU AMEAÇA"

Trata-se de um dever negativo do fornecedor-credor de não expor o


consumidor inadimplente a ridículo, nem tampouco constrangê-lo ou
ameaça-lo na cobrança de débito. Poderá com isso, o fornecedor valer-se
de todas as garantias proporcionadas juridicamente, mas nunca intimidar
ou ridicularizar o consumidor. Claramente observa-se que o fornecedor
não pode exercer abusivamente a sua posição de credor, devendo
observar com rigor o padrão legalmente previsto para o recebimento do
seu crédito.

O fornecedor possuindo filiação ao réu, pode inscrever


arbitrariamente o nome de seus clientes devedores nos cadastros
restritivos de crédito, não utilizando-se das medidas judiciais cabíveis que
o ordenamento jurídico oferece para determinado caso, onde o
CONSUMIDOR TERÁ O DEREITO DE EXPOR SUA DEFESA, sendo que se
inscrito arbitrariamente nos cadastros restritivos de crédito, já é
condenado a "MAU PAGADOR", tendo privado o seu direito de defesa, e
conseqüentemente estando mau visto perante a sociedade.

É através da jurisdição que se tem uma solução pacífica dos direitos


violados, e por isso, compete a todos invocar a sua atuação, sempre que
houver lesão ou ameaça de direito. Por isso mesmo, o inadimplemento de
obrigação creditícia apenas torna o credor o titular do direito de cobrar a
dívida do devedor, e para isso, deverá valer-se dos meios que a lei
autoriza para realiza-lo. Isto é, deverá submeter a pretensão ao Poder
Judiciário, para realizar seu direito. Somente após a apreciação definitiva
do Poder Judiciário, com o reconhecimento desse direito é que o mesmo
se torna exeqüível pelos meios coercitivos estabelecidos pela lei. Antes
disso, o credor tem apenas uma expectativa desse direito.

No caso em tela, percebe-se que o réu procedeu a inscrição do


autor no cadastro restritivo de crédito e utiliza-se do artigo 43, § 1º que
explicita que os cadastros e dados dos consumidores não podem conter
informações negativas referente ao período superior a 5 (cinco) anos.
Assim, conseguem atingir um número superior de filiados, visto que estes
sabem que o registro de mal pagador do consumidor ficará ativo por um
tempo de cinco anos, imaginando-se assim, que durante este longo
período o consumidor irá saldar a dívida.

Tal procedimento, na maioria das vezes, provoca inércia do


comerciante perante o Órgão Judiciário, já que consegue, junto ao réu,
uma condenação de imediato contra o consumidor, não proporcionando a
ele medida, também administrativa, cabível para sua defesa, podendo
somente saldar a dívida para ter seu nome excluído do cadastro de maus
pagadores.

Ocorre que, se o credor não utilizou as medidas judiciais no tempo


previsto pela legislação, para a resolução de seu problema, não há
motivos para o autor estar incluído nos cadastros do réu, pois tal situação
de inércia, atingindo o período de prescrição, é vista como falta de
interesse em resolver e saldar a dívida com o consumidor, e não pode
este estar condenado, por um meio administrativo a permanecer perante
a sociedade como "mau pagador" durante um período de 5 anos.

"A objetividade jurídica da norma visa tutelar a honra, a intimidade,


a privacidade, a liberdade pessoal e a paz do consumidor de produtos e
serviços, garantindo-lhe a tranqüilidade necessária para exercer os seus
direitos, sem que haja a opressão e outros mecanismos inibidores exercidos
pelos mais fortes, contrapondo-se a possibilidade de ser submetido ao
redículo, equivalente a faze-lo merecedor do escárneo, de zombaria; a faze-
lo alvo do riso e do cômico, com sérios danos da ordem material e moral, e
porque não dizer: da própria imagem" (COELHO, Fábio Ulhoa, Comentários ao
Código de Proteção ao Consumidor, Saraiva, página 168.)

O Código de Defesa do Consumidor expressa em seu artigo 39, VII:

"Art. 39- É VEDADO AO FORNECEDOR DE PRODUTOS OU SEVIÇOS, DENTRE


OUTRAS PRÁTICAS ABUSIVAS:

VII-REPASSAR INFORMAÇÃO DEPRECIATIVA REFERENTE A ATO PRATICADO PELO


CONSUMIDOR NO EXERCÍCIO DE SEUS DIREITOS".

O cadastro restritivo de crédito dos réus acumula informações


depreciativas dos consumidores, e repassa-as a sociedade. Ou seja, o
consumidor não possui ao menos chance para apresentar defesa e de
imediato já é visto como mal pagador, ficando impedido assim de realizar
compras e obter crédito. Agravando a situação, o próprio consumidor deve
interpor ação judicial para ver seu nome excluído de tais cadastros por
algo que já prescreveu, sem que tal direito fosse reclamado judicialmente.

O credor que inscreve o nome do devedor nos serviços restritivos


de crédito, prática ato ilegal, pois está agindo de forma contrária ao
direito disponível, visto que ao invés de exercer regularmente o seu
direito de ação prescrito na lei para o recebimento de seu crédito, está por
meio inadequado tentando realiza-lo. O fato de serem passadas
informações negativas do consumidor é ato abusivo, pois tal ação é um
desvio de conduta, vereda que ofende os direitos subjetivos do devedor.

Os fundamentos jurídicos já expostos são reforçados com as


decisões das Câmaras do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

"27128163 JCPC.26 – CANCELAMENTO DE REGISTRO JUNTO AO SERASA – A


prescrição da ação executiva, em se tratando de cheque, opera-se em 6
meses. Art. 59, caput, lei 7357/85. Não tendo o credor exercitado o seu
direito, a permanência do assento constitui-se em abuso, sendo lícito ao
devedor pleitear o seu cancelamento. Inteligência da regra do art. 43, par.
1º e par. 5, do CDC. Súmula 13 do Tribunal de Justiça do Estado. A exclusão
dos registros negativos do autor, pela ré, após o ajuizamento da ação,
traduz autêntico reconhecimento jurídico do pedido. Ônus da sucumbência que
incumbe a apelada. Art. 26, caput, do CPC. Apelo provido. (TJRS – APC
70001144070 – 20ª C.Cív. – Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo – J.
16.08.2000)".

"27133555 – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – PEDIDO DE CANCELAMENTO


DE REGISTRO RELATIVO A CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS – Em se tratando de
dívida representada por cheque, cuja ação executiva prescreve em seis meses
(artigo 59 da lei 7357 de 02/09/85), e de ser cancelada a inscrição do nome
da devedora junto ao SERASA, se já decorrido esse prazo prescricional.
Inteligência da Súmula 13 do TJ e do artigo 43, parágrafo 1 e 5, do CDC.
Apelação provida. (4 fls). (TJRS – APC 70001048602 – 11ª C.Cív. – Rel. Des.
Voltaire de Lima Moraes – J. 06.09.2000)".
"27124331 – AÇÃO DE CANCELAMENTO DE REGISTRO – REGISTRO DO NOME DO
AUTOR NO CADASTRO DO SPC – PRAZO PARA O CANCELAMENTO – Prescrição trienal
das ações cambiárias (Exegese do art. 43, par. 5º, do CDC, e da Súmula nº
13, deste Tribunal). Apelo improvido. (4 fls). (TJRS – APC 70001372796 –
11ª C.Cív. – Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos – J. 27.09.2000)".

"27124697 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Considerando que o débito tem origem em títulos
cambiais, ultrapassado o decurso temporal de três anos – prazo
prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento do registro junto
ao cadastro negativo de devedores. Apelação provida. (07 fls). (TJRS – APC
70001258003 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis Dall´agnol – J.
31.08.2000)".

"27124698 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Considerando que o débito tem origem em títulos
cambiais, ultrapassado o decurso temporal de três anos – prazo
prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento do registro junto
ao cadastro negativo de devedores. Aplicação do artigo 43, parágrafo 1º e
5º, CDC. Apelação desprovida. (6 fls). (TJRS – APC 70001238971 – 2ª
C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis Dall´agnol – J. 31.08.2000)".

"27127259 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO


DO SERASA – PRESCRIÇÃO – FATO SUPERVENIENTE – CANCELAMENTO – É legítima a
pretensão do consumidor em ver cancelado o registro negativo quando escoado
o prazo prescricional relativo a cobrança do débito (Súmula 13 do TJRGS). A
sentença deve refletir o estado de fato da lide no momento da decisão.
Apelos desprovidos. (5 fls.). (TJRS – APC 599420155 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel.
Des. Genaro José Baroni Borges – J. 17.08.2000)".

"27128155 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA


PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo provido para julgar procedente a
ação. (3 fls). (TJRS – APC 70001412980 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla
de Silva – J. 14.09.2000)".

"27128156 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – Ocorrência da


prescrição da pretensão executiva. Apelo improvido. (03 fls). (TJRS – APC
70001662089 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
09.11.2000)".

"27128158 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA


PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo improvido. (3 fls.). (TJRS – APC
70001549179 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
19.10.2000)".

"27133543 – SERASA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVERES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro junto ao
cadastro negativo de credores. Apelação a que se da provimento. (7 fls.).
(TJRS – APC 70000987743 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de
Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133545 – SERASA – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de
três anos – prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro
junto ao cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO
INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título
representativo do débito e da apelante. Inteligência do art. 6, VIII, do
CDC. Apelações desprovidas. (TJRS – APC 70001100254 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133634 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro junto ao
cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO
INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título
representativo do débito e da apelante. Inteligência do art. 6, VII, do
CDC. APELAÇÃO DO RÉU – FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL – Detectada a ausência
de interesse recursal, que e condição de admissibilidade do recurso, não se
conhece da apelação. Provimento da primeira apelação e não conhecimento da
segunda. (8 fls). (TJRS – APC 70001043272 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos
Alberto Álvaro de Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133635 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro junto ao
cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO
INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título
representativo do débito e da apelante. Inteligência do art. 6, VIII, do
CDC. Apelação a que se nega provimento. (6 FLS). (TJRS – APC 70001168152 –
6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J. 16.08.2000)".

"27133636 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – DÉBITO ORIGINADO DE TÍTULOS CAMBIAIS – DECURSO DE TRÊS ANOS –
PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO EXECUTIVA – CANCELAMENTO DO REGISTRO JUNTO AO
CADASTRO NEGATIVO DE CREDORES – ÔNUS DA PROVA DE DEMONSTRAR A NATUREZA DO
TÍTULO REPRESENTATIVO DO DÉBITO E DA APELADA – INTELIGÊNCIA DO ART. 6,
VIII, DO CDC – Apelação a que se da provimento. (6FLS). (TJRS – APC
70001082742 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J.
06.09.2000)".

"27133637 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional da ação executiva. Cancelamento do registro junto ao
cadastro negativo de credores. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO
INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título
representativo do débito e da apelada. Inteligência do art. 6 do CDC.
Apelação a que se da provimento. (06 fls). (TJRS – APC 70001500958 – 6ª
C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J. 18.10.2000)".

"27133638 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – Débito originado de títulos cambiais. Decurso de três anos –
prazo prescricional a ação executiva. Cancelamento do registro junto ao
cadastro negativo de credores. PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO – Afastada,
porquanto o cheque obedece ao prazo prescricional de seis meses, razão pela
qual resta prescrito. ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO INDICATIVO DO
DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título representativo
do débito e da apelada. Inteligência do art. 6 do CDC. Rejeitada a
preliminar, apelação a que se da provimento. (07 fls). (TJRS – APC
70001601343 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J.
25.10.2000)".

"27133639 – SPC – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO NEGATIVO DE


DEVEDORES – DÉBITO ORIGINADO DE TÍTULOS CAMBIAIS – DECURSO DE TRÊS ANOS –
PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO EXECUTIVA – CANCELAMENTO DO REGISTRO JUNTO AO
CADASTRO NEGATIVO DE CREDORES – ÔNUS DA PROVA – NATUREZA DO TÍTULO
INDICATIVO DO DÉBITO – O ônus da prova de demonstrar a natureza do título
representativo do débito e da apelada. Inteligência do art. 6, VIII, do
CDC. Apelação a que se da provimento. (TJRS – APC 70001351279 – 6ª C.Cív. –
Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira – J. 13.09.2000)".

"27110393 – AÇÃO EM QUE SE PRETENDE CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – ART. 43, PAR. 1 E 5, CDC – Inscrição que se
vincula a título executivo cambial submisso a prescrição trienal. (6fls)
(TJRS – APC 70001130434 – 20ª C.Cív. – Rel. Des. Armínio José Abreu Lima de
Rosa – J. 28.06.2000)".

"27114219 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO


DO SERASA – PRESCRIÇÃO – CANCELAMENTO – É legítima a pretensão do
consumidor em ver cancelado o registro negativo quando escoado o prazo
prescricional relativo a cobrança do débito (Súmula 13 do TJRGS). Apelo
desprovido. (4 fls.) (TJRS – APC 599441078 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des.
Genaro José Baroni Borges – J. 20.06.2000)".
"27114222 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM
CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL – APLICAÇÃO DA SÚMULA
13 DO TJ E DO ART. 43, PAR-1 E PAR-5, DO CDC – Quando não demonstrada pelo
órgão restritivo a natureza do documento que originou o cadastramento, cuja
prescrição e em prazo superior, prevalece o prazo de 03 anos, por mais
benéfico ao consumidor. Com relação aos cheques, incide o prazo
prescricional regulado pelo ART. 59 da Lei nº 7357, de 02/09/85. Apelo
provido. (5 fls.) (TJRS – APC 70000361014 – 19ª C.Cív. – Relª Desª Juíza
Elba Aparecida Nicolli Bastos – J. 04.04.2000)".

"27114224 – APELAÇÃO – AÇÃO ORDINÁRIA DE CANCELAMENTO DE REGISTROS EM


CADASTRO DE INADIMPLENTES – SPC – PRAZO PRESCRICIONAL - Aplicação da Súmula
13 do TJ e do art. 43, pars. 1 e 5, do CDC. Quando não demonstrada pelo
órgão restritivo a natureza do documento que originou o cadastramento, cuja
prescrição e em prazo superior, prevalece o prazo de 03 anos, por mais
benéfico ao consumidor. APELO DO AUTOR PROVIDO. IMPROVIDO DO SPC. (5FLS)
(TJRS – APC 70000451138 – 19ª C.Cív. – Relª Desª Juíza Elba Aparecida
Nicolli Bastos – J. 23.05.2000)".

"27115842 – CAUTELAR INOMINADA – ANOTAÇÃO EM CADASTRO NEGATIVO DO SPC


– PRESCRIÇÃO – CANCELAMENTO – É legítima a pretensão do consumidor em ver
cancelado o registro negativo tanto quanto escoado o prazo prescricional
relativo a cobrança do débito (Súmula 13, TJRGS). Tratando-se de cheque, o
prazo prescricional e o previsto no ART. 59 da Lei 7357/85. Apelo
Desprovido. (5 fls.) (TJRS – APC 599432325 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des.
Genaro José Baroni Borges – J. 20.06.2000)".

"27115960 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – Ocorrência de


prescrição da pretensão executiva. Apelo improvido. (3fls) (TJRS – APC
70001128685 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sérgio Pilla de Silva – J.
21.06.2000)".

"27117209 – DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE


CANCELAMENTO DE CADASTRO NEGATIVO DE REGISTRO – Determinado o cancelamento
do registro do nome da devedora junto aos cadastros do demandado, forte nas
disposições da Súmula 13 do TJRS e no artigo 43, PAR. 3, da Lei 8078/90,
uma vez que prescritos os títulos em epígrafe. Sentença reformada. Apelação
provida. (TJRS – APC 599442910 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Luis Augusto
Coelho Braga – J. 11.04.2000)".

"27071631 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando que o
débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassando o decurso temporal de
três anos – prazo prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento
do registro junto ao cadastro negativo de devedores. Apelação desprovida.
(TJRS – APC 70.000.620.385 – 2ª C.Cív.Fér. – Rel. Des. Jorge Luis
Dall’agnol – J. 23.03.2000)".

"27071781 – DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando que o
débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassado o decurso temporal de
três anos – prazo prescricional da ação executiva – impõe-se o cancelamento
do registro junto ao cadastro negativo de devedores. Apelação provida.
(TJRS – APC 70.000.639.260 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis
Dall’agnol – J. 23.03.2000)".

"27072353 – AÇÃO DECLARATÓRIA – CANCELAMENTO DE REGISTRO NO CADASTRO


NEGATIVO DE DEVEDORES – SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – Considerando que o
débito tem origem em títulos cambiais, ultrapassado o decurso temporal de
três anos, prazo prescricional da ação executiva, impõe-se o cancelamento
do registro junto ao cadastro negativo de devedores. Apelação desprovida.
(TJRS – AC 70.000.702.167 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luis Dall´agnol
– J. 23.03.2000)".

"27076312 – CANCELAMENTO DE CADASTRO NO SPC – OCORRÊNCIA DA


PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTIVA – Apelo improvido. (TJRS – AC
70.000.822.072 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Sergio Pilla de Silva – J.
30.03.2000)".

C - DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA EXCLUSÃO DOS REGISTROS


NOS BANCOS DE DADOS DE AMBAS AS RÉS

Conforme fica demonstrado o autor é pessoa carente de recursos, e


que atualmente encontra-se passando por grandes dificuldades
financeiras, e qualquer vedação a seu crédito se constitui em prejuízos
irreparáveis a seu próprio sustento e de sua família.

A par dos fundamentos esposados anteriormente, a necessidade da


antecipação de tutela é o receio de lesão ao direito de crédito da autor,
fato este que se concretiza desde que expirado prazo prescricional dos
registros dos títulos sendo imperativo sua imediata exclusão, tendo em
vista que até a presente data não tira cheques, não pode comprar, não
sequer agir de acordo com a normalidade, tendo em vista que em nossa
sociedade consumerista, registro positivo nos bancos de dados das rés, é
mesmo que sentença condenatória transitada em julgado, marcando de
forma cruel e discriminatória o indivíduo.

Também, milita em prol do autor o ‘periculum in mora’, consistente


na difícil reparação da lesão patrimonial resultante da permanência de
tais restrições, sendo que não haverá nenhum prejuízo as rés, eis, que não
existe nenhuma obrigação entre as partes, apenas que a situação surreal
de condenação do autor imposta pelas rés, pelas restrições constantes em
seus bancos de dados.

Presentes no caso em tela as prerrogativas para antecipação de


tutela, antes elencadas e demonstradas, qual sejam o ‘receio de lesão’ e
‘periculum in mora’, demonstradas as provas inequívocas, necessária se
faz a aplicação do disposto 273, I do Código de Processo Civil, que assim
dispõe:

"Art. 273. O juiz poderá a requerimento da parte, antecipar total ou


parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que,
existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:

I – haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;"

Ainda que colacionados precedentes jurisprudenciais do Colendo


TJRS Corte, a exemplo disto a Sexta Câmara Cível, afirmou em julgado
recente que "Consumada a prescrição relativa à cobrança de
débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos
Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que
possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos
fornecedores", mas também em face da correta exegese da Súmula
referida, que delimitou a matéria prescrevendo que "A inscrição do
nome do devedor no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) deve
ser cancelada após o decurso do prazo de cinco (5) anos, se,
antes disso, não ocorreu a prescrição da ação de cobrança (art.
43, pars. 1º e 5º, da Lei 8078/90), revisada a súmula 11".

Mostra-se clara a redação do enunciado que, após mencionar o


prazo de cinco anos, utiliza-se da expressão se antes disso não
ocorreu a prescrição da ação de cobrança, evidenciando tratar-se do
prazo para o aforamento da ação executiva cambial, uma vez que
somente esta poderia ocorrer antes do prazo qüinqüenal.
Forçoso, pois, reconhecer a perfeita sintonia entre a a possibilidade
de liminar para exclusão dos registros apontados como ilegais, e o
disposto no referido verbete, bem como no Código de Defesa do
Consumidor.

Não obstante, para a obtenção da tutela jurisdicional buscada pelo


autor, estão presentes os requisitos do artigo 273 do CPC. Ou seja, a
plausabilidade do direito a que se embasa a pretensão deduzida, ou seja,
demonstração concreta de que a pretensão se encontra revestida de
razoabilidade jurídica, e o perigo de dano irreparável, ou de difícil
reparação ao invocado direito.

Requisitos que presentes se encontram no caso sob exame.

A respeito da matéria discutida, cito ementa proveniente do


julgamento do Agravo de Instrumento n.º 195199922, pela Quinta Câmara
Cível, Relator o eminente Desembargador João Carlos Branco Cardoso:

"ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. ART. 273 DO CPC. DISCUSSÃO DA DÍVIDA.


SUSPENSÃO DE INFORMAÇÕES NEGATIVAS. A provisoriedade é inerente a tutela
antecipada, que se funda em cognição sumária, que não prevalecera ao
reconhecimento de realidades antes não conhecidas com a instrução. Com
esta, poderá, em qualquer tempo, ser revogada ou modificada a antecipação.
As matérias propostas em juízo são discutíveis, tendo decisões favoráveis
nesta Corte à tese dos devedores, o que já é motivo para antecipação
parcial de tutela por fundado receio ou dano irreparável. O débito está
sendo discutido em juízo. Conhecidos os efeitos da negativação do devedor
em órgãos de que se valem os comerciantes e instituições financeiras para
buscar informações sobre os pretendentes a um crédito, justifica-se a
concessão da liminar pleiteada. AGRAVO DESPROVIDO."

Ademais, a posição do Superior Tribunal de Justiça se mostra


por demais elucidativa, sendo o diferencial necessário para a manutenção
da liminar concedida em primeiro grau:

"BANCO DE DADOS – SERASA – SPC – ACIPREVE – Cabe o deferimento de


liminar para impedir a inscrição do nome do devedor em cadastros de
inadimplência enquanto tramita ação para definir a amplitude do débito.
Art. 461, § 3º, do CPC. Recurso conhecido, mas improvido. (STJ – REsp
190.616 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – DJU 15.03.1999 – p.
252)."

Se o raciocínio vale para impedir a inscrição negativa, com mais


razão para a abstenção das informações no banco de dados já constantes.

Ainda, lição do eminente Des. Antonio Janyr Dall´Agnol Junior: "para


o fim de concessão de liminar, impeditiva de lançamento do nome de
sedizente devedor em rol de inadimplentes, há de o magistrado,
presente a verossimilhança das alegações, pesar os interesses
em jogo, favorecendo aquele objetivamente mais valioso, ainda que em
cognição sumaria e superficial" (AGI n.º 597131309, j. 02/09/97, com
grifos meus).

Mostra-se, portanto, evidente que a inscrição do nome de alguém


em tal instituição causa mais prejuízos ao cadastrado que a sua não
inclusão às empresas de crédito, motivo pelo qual urge o deferimento da
liminar pleiteada.

III – DOS PEDIDOS


ANTE TODO O EXPOSTO, REQUER:

A. a concessão ao autor do BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


GRATUITA, nos termos da Lei n. 1060/50, tendo que vista que o mesmo não possui
recursos suficientes para arcar com custas e despesas processuais sem o prejuízo de
seu próprio sustento e de sua família, a teor do que se demonstra com os documentos
em anexo;
B. a concessão de MEDIDA LIMINAR, fulcro no art. 273 e/ou artigos 798 e 799
do CPC, bem como, pela posição jurisprudencial do Egrégio TJRS, para que os réus
excluam imediatamente o nome do autor dos cadastros restritivos referentes a 6 (seis)
cheques do Banco Itaú – agência 0604 conta corrente n. 0272260, visto que não
existem motivos para tal permanência, já que seu objeto está prescrito, não podendo
mais sofrer Ação de Execução.

REQUER, outrossim, por fim a TOTAL PROCEDÊNCIA da presente


demanda nos seguintes termos:
1 – seja determinada a citação dos requeridos por correio, em
conformidade com o artigo 221, I do CPC, nos endereços declinados no
preâmbulo, onde possuem sede, para que querendo, contestem a
presente demanda, sob pena de revelia;
2 – seja RECONHECIDA a violação praticada pelos requeridos no
que tange às regras do Código de Defesa do Consumidor e legislação
aplicável, em conformidade com as razões supra expostas, bem como seja
determinada por Vossa Excelência o DECLARE O IMEDIATO
CANCELAMENTO DOS REGISTROS referentes a 6 (seis) cheques do
Banco Itaú – agência 0604 conta corrente n. 0272260 - que foram
devolvidos por falta de fundos, sendo que os números dos
referidos cheques são: 055862,055877, 055878, 055880, 867781,
8677182, em função de que as rés possuem o dever de informação do
consumidor, conforme artigo 43 caput do Código de Defesa do
Consumidor.
3– requer a produção de todos os meios de prova em direito
admitidos;
4 – a condenação dos requeridos nos ônus decorrentes da
sucumbência, tais como honorários advocatícios, levando em conta para
tanto o trabalho realizado pelos procuradores do autor, mais custas
processuais e outros.
Dá a causa para os efeitos fiscais o valor de Alçada.
Nestes Termos,
Pede e Espera Deferimento.


o
Le
op
old
o
(R
S),
12
de
set
em
bro
de
20
02.

pp. DENISE BALLARDIN


OAB/RS 47.784
pp. JOÃO DARZONE M.R. JUNIOR
OAB/RS 51.036

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