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NO CAMPO DA VIOLÊNCIA~

A percepção dos significados da palavra violência revela a ambigüidade


característica de um sistema social pouco afeito à democracia
O presente trabalho é uma continuidade serem adotadas. No entanto, nem sempre as
de nossas reflexões sobre o campo da violên- pesquisas confirmam as afirmações genéri-
cia, e tem o Brasil contemporâneo como pa- cas, e por vezes contrariam frontalmente o
no de fundo. Nas nossas pesquisas temos senso comum e o discurso da mídia.
procurado refletir sobre a importância dos di- A nossa percepção sobre a violência é
lemas culturais no complexo conjunto de fe- ainda pouco conhecida. Fato que representa
nômenos que designamos, genericamente, mais uma dificuldade para que os resultados
como violência.Interessa-nos particularmen- das pesquisas possam ser corretamente
te caracterizar a percepção que os sujeitos so- compreendidos e possam apoiar a definição
ciais têm da violência e sua relação com a de políticas públicas eficientes. Luís Eduar-
construção de uma sociedade democrática. do Soares se refere à violência como uma
Lembramos, em primeiro lugar, que a palavra-valise3, porque através dela se pro-
violência é uma construção social ambígua, cessa uma homogeneização de diversos fe-
cujo significado social está em mudança. Ob- nômenos, induzindo a uma simplificação
serva-se atualmente uma ampliação do cam- quanto às suas possíveis causas.
po semântico da palavra violência, o que não Ao falarmos de violência não estamos
corresponde, necessariamente, a um aumento nos referindo apenas a realidades concretas,
das taxas de criminalidade, contra a pessoa mas a um sistema de classificação e de sig-
ou contra o patrimÔnio2. De fato, neste cam- nificação que orienta a nossa percepção dos
po pressupõe-se que haja concordância, seja fenômenos.
quanto ao seu agravamento, seja em relação Quando procuramos circunscrever o
às causas ou no que se refere às soluções a campo semântico da palavra violência, depa-
ramo-nos com um jogo de linguagens onde
O AUTC diferentes tipos de fenômenos são aproxima-
Theophilos Rifiiotis dos, enredados numa teia discursiva cuja am-
Professor do Departam ento de Ano.apologia da Universi- plitude equivale a uma visão de mundo. As-
dade Federal de SantzI Catarina, Ino Programa de Pós-
graduação em Antropoiogia " -.,
aociai
sim, aquilo que chamamos violência recobre
fenômenos muito diferentes que não podem

1. Este texto foi elaborado a partir da comunicação apresentada no Encontro "Tendências Atuais no Estudo da Violência", or-
ganizado pelo Laboratório de Estudos da Violência (LEVIS) do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da
UFSC, em março de 1996, com a participação de pesquisadores da UFRJ e da Universidade de Buenos Aires. Publicado na
Internet: www.cfh.ufsc.br/nucleos-de-pesquisdraivdraiva.html
2. Para evitarmos uma simplificação desta questão, recomenda-se uma leitura dos dados coletados pelo ISER para a cidade do
Rio de Janeiro: SOARES, L.E. e?alii. Violência e política no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume DumardISER (Insti-
tuto Superior de Estudos da Religião), 1996. E, para dados mais gerais, particularmente sobre a Europa: CHESNAIS, J. C.
Histoire de Ia violence en Occident de 1800 à nos jours. Paris: Robert Laffont, 198 1.
3. Entrevista concedida ao Boletim da Associação Brasileira de Antropologia, 1995, n.24. SOARES, L. E. e? alii. op. cit.
Comunicação & Educação, São Paulo, (131: 26 a 32, set./dez. 1998 27

ser reduzidos ao crime e à violência institu- nas relações sociais e no nosso imaginário.
cional. Desse modo, no nosso cotidiano, Essa atitude reflexiva poderia contribuir pa-
referimo-nos à violência no esporte, no trân- ra um melhor conhecimento da nossa socie-
sito, nas ruas, nas prisões, ou ainda com rela- dade, e também para a modulação da pró-
ção às precárias condições de vida, à fome e, pria violências.
evidentemente, com relação à criminalidade; Para analisarmos os dilemas colocados
a violência contra as mulheres, contra as pela violência e traçar-lhes um primeiro per-
crianças, contra a natureza, a violência física, fil, utilizaremos experiências cotidianas e ce-
psicológica, simbólica, cognitiva... Esta sé- nários sociais significativos para a constru-
rie, cuja regra de formação ainda nos é invisí- ção de uma sociedade democrática e plural.
vel, pode englobar as relações de força, as Estes cenários serão extraídos de um
tensões, as hierarquias, as desigualdades so- curta-metragem7, abordando a chamada cri-
ciais e as situações de conflito em geral. se de instituições e a ambigüidade frente à
Acreditamos, portanto, que uma refle- violência. O cenário básico será o conhecido
xão em tomo das bases culturais da nossa refrão "Chame o ladrão, chame o ladrão..."
imagem da violência pode contribuir para da música Acorda amor!, de Chico Buarque.
uma melhor compreensão desta construção
social. Tomamos como ponto de partida
uma linha de pesquisa que definimos provi- SE NON É VER0 É BEN TROVATO
soriamente como aceitabilidade da violên-
cia4. Concretamente, as nossas pesquisas Neste primeiro texto, tomamos como
têm sido orientadas para a caracterização pretexto uma seqüência de cenas do curta-
das atitudes e juízos ambíguos frente à vio- metragem citado anteriormente, cuja discus-
lência e, mais recentemente, com relação à são nos permitirá evidenciar a complexidade
violência policiais no Brasil. dos fenômenos da violência. Para analisar-
Em outros termos, entendemos que a mos este cenário devemos nos colocar numa
violência não pode ser simplesmente nega- posição compreensiva, no sentido da socio-
da, considerada como uma parte maldita da logia de Max Weber, seguindo uma vontade
sociedade, um resquício do passado que de- de saber que se estende para além de um dis-
ve ser eliminado: ela é um dos elementos curso denunciatório e de uma valorização da
vivos de qualquer projeto social. De um violência. Devemos apelar à nossa capacida-
ponto de vista mais amplo, acreditamos que, de subjetiva de vivência, para que possamos
ao invés de negarmos a sua presença e a re- dar visibilidade aos dilemas que a nossa prá-
pudiarmos como um fantasma, deveríamos tica social concreta encerra. Comecemos en-
procurar compreender como ela se inscreve tão pela descrição do cenário.

4. RIFíOTIS, Theophilos. O leitor-modelo do caso da Polícia Militar na favela Naval (Diadema). In: A denúncia da violên-
cia policial na imprensa de São Paulo. Caxambu, XXI Encontro Anual da ANPOCS, 1997. (Mimeo.)
. Nos campos da violência: diferença e positividade. Flonanópolis, 1996. (Publicado na home page da Raiva, a
Rede Aberta de Investigações das Violências:www.cfh.ufsc.br/nucleos-de-pesquisa/raivdraiva.htm)
5. A expressão "violência policial" é amplamente utilizada para designar atos abusivos da prática policial, deixando-se, impli-
citamente, entrever que poderiam ter sido evitados. Acreditamos que uma discussão mais apurada desta noção poderia nos
auxiliar na reflexão sobre o papel da polícia nas sociedades democráticas. (RIFIOTIS, Theophilos, op. cit.)
6. MAF'FESOLI, M. Dinâmica da violência. Revista dos Tribunais. São Paulo: Vértice, 1987.
7. Trata-se de um curta-metragem dirigido por Mauro Batista, apresentado no Seminário Linguagens da violência. Evento
Multimídia sobre Violência, Comunicação e Cultura no Brasil Contemporâneo, realizado pela UFRJICFCWNEPCON, em
novembro de 1995, no Rio de Janeiro.
28 Dilemas éticos no campo da violência

Atenção! Câmaras... Ação! dora da narrativas. O discurso construído a


Cena 1: Um rico empresário está sen- partir do caso real é tão exemplar que os
do assaltado na sua casa. lugares e os personagens que lhe dão reali-
Cena 2: Acidentalmente, ele consegue dade são apresentados, genericamente, co-
dominar o assaltante. mo São Paulo e Rio de Janeiro, ou seja, o
Cena 3: Ele é ameaçado pelo assaltan- meio urbano, paradigma da grande cidade
te, que afirma que a sua prisão será tempo- e do rico empresário.
rária e que voltará para se vingar dele e de Transportado para o cinema, este dis-
sua família. curso ganha uma dimensão visual e multi-
Cena 4: O empresário telefona para plica a sua capacidade de interrogativa. Os
um delegado conhecido, que confirma as espectadores são levados a refletirem sobre
palavras do assaltante. uma situação limite. De um lado temos a lei,
Cena 5: Ele é aconselhado, face às cir- a justiça e de outro, a vingança e a defesa da
cunstâncias, a matar o assaltante. vida. Entre um e outro cresce um dilema
Estas cenas foram relatadas e repeti- com que muitas vítimas não tiveram a oca-
das boca-a-boca como sendo um caso real. sião de serem confrontadas e que por esta
Mesmo para aqueles que não ouviram falar mesma razão o curta-metragem se torna um
no caso, ele parece encerrar algo tragica- lugar privilegiado para projeções e afirma-
mente plausível, ainda que inaceitável. A ções de valores. É no amálgama produzido
força expressiva do caso está justamente na por estas projeções e valores que somos co-
sua verossimilhança, que fez dele um objeto locados frente a um discurso que não se pro-
de inquietação para a análise da violência põe a explicitar a sua moral da história,
no Brasil. De fato, ele se transformou em apenas nos pergunta: o que faríamos nós
curta-metragem e está presente nas refle- mesmos naquelas condições?'O
xões sobre violência de dois importantes
psicanalistas: Contardo Calligaris e Jurandir
da Costa Freireg. SIGNIFICADO E CARÁTER SOCIAL
O caso relatado pode ser considerado
como uma narrativa cujo valor emblemáti- Para caracterizar as grandes linhas
co é amplificado pela omissão de nomes e deste discurso, podemos nos valer do mo-
de endereços, que forneceriam uma reali- delo semiótico, no qual elementos narrati-
dade desnecessária, senão excessiva. Po- vos variáveis e que ocupam uma mesma po-
rém, para além do jogo identificatório, a sição na seqüência narrativa, mantendo en-
seleção dos lugares ,e dos personagens é tre si uma homologia, são chamados actan-
uma prova da grande capacidade catalisa- tesll. Neste modelo, a narrativa inicia-se

8. FREIRE, Jurandir da Costa. O medo social. Veja. 25 anos, reflexões para o futuro. São Paulo: Abril, 1993.
CALLIGARIS, Contardo. Hello Brasil! Notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil. São Paulo: Escuta, 1991.
9. Um outro "caso" de uma mulher assaltada por um adolescente que ameaça matar o filho que a acompanhava no carro; e
num outro dia, casualmente, ela vê o assaltante, que ela atropela e mata sob a aprovação dos presentes, é relatado por J. C.
Freire, que considera que ela "( ...) ilustra o que é a cultura da violência, a sua feição no Brasil". C. f. FREIRE, J. C. O me-
do...op. cir. p.83.
10. Conforme nos referimos anteriormente, não se trata de considerar esta interrogação como uma simulação, para a qual de-
venamos mobilizar exclusivamente a nossa racionalidade e os nossos princípios. O interessante para o pesquisador seria
procurar aproximar-se da posição dos agentes sociais, identificando suas motivações e incertezas.
11. GREIMAS, A. J., COURTÉS, J. Sémiotique: Diccionnaire raisonné de Ia théorie du langage. (Semiótica: dicionário expli-
cativo da teoria da linguagem.) Paris: Hachette, 1979.
Comunicação & Educação, São Paulo, ( 131: 26 a 32, set./dez. 1998 29

por uma ruptura inicial que


leva os personagens a se ali-
nharem em quatro posições
básicas: sujeito e objeto, re-
lacionados pelo desejo de
recuperar um equilíbrio ini-
cial quebrado; e duas posi-
ções, digamos, auxiliares:
adjuvante e opositor, con-
forme o personagernlele-
mento narrativo contribua
ou não para realizar o proje-
to do sujeito de aproximar-
se do objeto.
Para as cenas que esta-
mos discutindo teríamos,
inicialmente, uma ruptura
do equilíbrio da vida do em-
presário rico e os ameaçados
(ele e sua família), e de ou-
tro lado o assaltante (sem
descrição, remetendo ao
desconhecido). Esta situa-
ção inverte-se, colocando a
vítima na posição de poten-
cial agressor, construindo o
momento crucial que é a to-
mada da decisão entre entre-
gar o assaltante para a polí-
cia ou matá-lo.
Neste cenário, o objeto desejado po- O assaltante atuaria como opositor, pois
deria ser traduzido em termos de segurança, rompe com a situação de equilíbrio anterior. É
de defesa do território privado, ou ainda a interessante notar que na narrativa a polícia e o
vingança, ou uma reação contra a impuni- sistema judiciário, uma vez que estão sendo
dade. Poderia ser também qualquer sucedâ- relacionados com a impunidade e a incapaci-
neo correlato a um desejo que na narrativa dade de impedir que se criasse a disjunção ini-
possa ser atribuído ao actante sujeito. Para cial, estariam também na posição de opositol:
definirmos qual é o objeto desejado é preci- Portanto, chegamos a um ponto em
so, antes de mais nada, compreendermos o que não se pode aceitar a idéia simplista de
que na perspectiva do sujeito (rico empre- que matar o assaltante é uma vingança, pois
sário e sua família) corresponde a um retor- para o sujeito este parece ser o único modo
no ao equilíbrio inicial, desfeito pela inter- pelo qual ele prevê a reconquista do equilí-
venção do assaltante. brio perdido.
30 Dilemas éticos n o campo da violência

O recurso à semiótica permite identi- Considero particularmente revelador


ficar as motivações próprias dos persona- dessa postura uma passagem do livro Hello
gens expressas no discurso. Brasil! Notas de um psicanalista europeu
viajando ao Brasil, do psicanalista italiano
Desse ponto de vista, quando é o em- Contardo Calligaris, que serviu de base para
presário que domina o assaltante, ele depen- o nosso trabalho. Na referida passagem, ele
de de um agente da justiça (delegado ou al- relata que frente a uma revolta de presos,
guém ligado ao judiciário) para decidir sobre que terminou com uma violenta ação da
o que fazer com relação à ameaça de vingan- Brigada Militar do Rio Grande do Sul em
ça por parte do assaltantel2. O sujeito recebe 1988, com execução de presos, não houve
o apoio de um adjuvante para realizar uma reações de escândalo como se poderia espe-
suposta volta à situação de equilíbrio, que se- rar e a imprensa publicou a lista de mortos
ria o delegado conhecido, que o aconselha a acompanhada do catálogo dos seus crimes.
matar o assaltante. Calligaris relata a sua reação pessoal frente
a estas execuções e a associação dos mortos
Assim, consideramos que não se trata a seus crimes com grande sinceridade e ex-
de uma narrativa sobre a necessidade, nem trema sensibilidade:
sobre a justeza de fazer justiça com as pró-
prias mãos. Aliás, se colocarmos a ação do
sujeito da narrativa exclusivamente em ter-
mos de justiça pelas próprias mãos, estare-
mos de imediato procedendo a um julga-
mento sumário e proferindo, ao mesmo
tempo, a sentença condenatória.
Procurando não prejulgar neste mo-
mento de análise, estaremos nos aproxi-
mando das vivências concretas e tornando
mais fácil compreender que não se trata de
um simples jogo de princípios, de saber
quais são os valores corretos, ou qual é a
atitude correta, racional a ser adotada. A
complexidade do caso fica evidente quan-
do mobilizamos a nossa capacidade viven-
cial, procurando nos colocar na situação do
outro. Assim, abandonando uma atitude
meramente normativa, passamos a com-
preender melhor as motivações dos atos
que estamos analisando, e podemos alcan-
çar a complexidade dos dilemas que en-
frentamos cotidianamente.

12. Notamos que quando mãe e filho são assaltados, náo existe a possibilidade de vingança por parte do assaltante e mesmo
assim, a mãe, ao encontrar casualmente o assaltante, num outro dia, o atropela.
Comunicação & Educação, São Paulo, 1131: 2 6 a 32, set./dez. 1998 31

"A coisa me indigna tanto menos pois denciou ter feito o conhecido psicanalista,
eu mesmo me surpreendi a pensar que não seriam condenados pela sua mentalidade
há que se preocupar com os direitos civis de autoritária e direitista.
um bando de assassinos reincidentes. Sur-
preendi-me porque normalmente, em épo- Cada um de nós sabe que no cotidia-
cas européias, não teria espontaneamente no das práticas culturais a polaridade en-
subordinado o respeito da lei à natureza do tre certo e errado não é absoluta nem
crime do culpado, por atroz que fosse, con- constante. Muitas vezes nos encontramos
vencido automaticamente de que o meu de- frente a dilemas e os comportamentos so-
ver cívico está do lado do direito indepen- ciais parecem mostrar-se irredutivelmen-
dentemente do fato."l3 te ambíguos.
Esta declaração tomada pública pelo
próprio autor, uma pessoa reconhecida co- A reação, digamos, nativa de Calliga-
mo defensor dos direitos humanos e civis, ris, que afirma ter agido como um brasilei-
mostra uma faceta invisível, raramente ro, o faz relacionar suas declarações
admitida. A atitude politicamente correta pessoais com as cenas do caso real que dis-
frente a este tipo de fenômeno seria essen- cutimos no início do texto, afirmando o seu
cialmente normativa, ou seja, rechaçar a caráter revelador da sociedade brasileira,
matança. Aqueles que fizessem qualquer pois elas descrevem um caso que, como ele
comentário próximo daquele que nos confi- diz, si non é ver0 é ben trovato.

O autoritarismo impregnou-se na sociedade brasileira e manifesta-se através da confusão e conflito de valores.

13. CALLIGARIS, C. Hello Brasil! op. cit.


32 Dilemas éticos no campo da violência

Resumo: Este artigo é o primeiro de uma sé- Abstract This article is the first of a series
rie através da qual pretendemos discutir as through which we intend to discuss the cultu-
bases culturais, atitudes e juízos que funda- ral basis, attitudes and judgements that sup-
mentam a nossa percepção atual no campo port our current perception in the fields of sa-
da segurança e da justiça. Iniciamos o nosso fety and justice. We begin our text showing
texto mostrando que a violência é uma noção that violence is a generic and homogenizing
genérica e homogeneizadora que recobre di- notion that covers different social phenom-
ferentes fenômenos sociais. A seguir exami- ena. We will, then, examine, in detail, a para-
namos detalhadamente um caso paradigmá- digmatic case that allows us t o evidence the
tico, que nos permite evidenciar os dilemas social dilemma that is confronted in the con-
sociais que enfrentamos na construçáo de struction of a democratic society.
uma sociedade democrática.

Palavras-chave: violência, cultura, segurança, Key words: violence, culture, safety, justice,
justiça, ética ethics

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