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A IMPORTÂNCIA DA TEANTROPIA NA VIDA DOS SALVOS

Introdução:

Evidentemente uma pessoa é um ser, todos os seus atos são os atos desse ser,
assim todos os atos de Cristo são os atos de uma pessoa como um todo. Mas, como se
observou antes, os atos de uma pessoa são de três categorias: os que são puramente
mentais, como o pensamento; os que pertencem exclusivamente ao corpo em sua
fisiologia; e os mistos, ou seja, tanto mentais quanto corporais, como sucede com todos
os atos voluntários, como falar, escrever etc., mas todos eles são igualmente atos do
homem. É o homem que pensa, que tem funções fisiológicas e que fala. E assim se dá
com os atos de Cristo. Alguns são puramente divinos, como a criação e a preservação;
outros são puramente humanos, como comer, beber, dormir; alguns são teantrópicos, ou
seja, neles concorrem ambas as naturezas, como na obra da redenção. Mas todos esses
são atos de Cristo, de uma e da mesma pessoa.

Também aqui, como no caso dos atributos de Cristo, sua pessoa pode ser
denominada à luz de uma natureza, quando os atos que lhe são atribuídos pertencem à
outra natureza. Ele é chamado, homem, ou Filho do Homem, em referência àquele que
se entregou à morte. E é chamado o Filho de Deus, o Senhor da Glória, quando os atos
que lhe são atribuídos envolvem o exercício do poder ou autoridade divina. É o Filho de
Deus que perdoa os pecados; que é o Senhor do sábado; que ressuscita os mortos; e que
virá buscar seus eleitos.

Sendo esta a doutrina bíblica sobre a pessoa de Cristo, segue-se que, embora a
natureza divina seja imutável e impassível, e, portanto, que nem a obediência nem o
sofrimento de Cristo tenham sido a obediência ou o sofrimento da natureza divina, eles
foram nada menos que a obediência e o sofrimento de uma pessoa divina. A alma de
uma pessoa não pode ser ferida nem queimada, mas quando o corpo é ferido é a pessoa
quem sofre. Da mesma maneira a obediência de Cristo foi a justiça de Deus, e o sangue
de Cristo era o sangue de Deus. É a este fato que se devem o mérito infinito e a eficácia
de sua obra. Isso é declarado expressamente na Escritura. É impossível diz o autor em
Hebreus 10:4, “que o sangue de touros e de cabritos tire os pecados”. Foi porque Cristo
possuía o Espírito eterno que através daquela oferta única de si mesmo ele tornou
perfeitos para sempre os que são santificados. Esta é a idéia principal em que consiste a
Epístola aos Hebreus. Esta é a razão apresentada porque o sacrifício de Cristo não
precisa ser jamais repetido, e porque é infinitamente mais eficaz do que os da antiga
dispensação. Esta verdade tem sido gravada no coração dos salvos de todas as épocas.
Cada salvo pode dizer de coração ─ “Jesus, meu Deus, só o teu sangue tem suficiente
poder para fazer a expiação”.

A Praticidade da Teantropia a Favor dos Salvos:

A Teantropia no Nome Jesus Cristo.

O que deve passar na mente de um salvo quando diz o nome Jesus Cristo? É
fundamental a compreensão de que o nome Jesus reporta a historicidade do homem,
aquele que nasceu por meio de Maria, cresceu em sabedoria, estatura e graça diante de
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Deus e dos homens, que foi voluntariamente ao madeiro a fim de como homem ser o
sacrifício pelos seus pares.
O nome Cristo compreende a divindade do ser, trata de sua deidade como o Messias
enviado do Pai para resgatar seus eleitos, por meio de um ato completo que só seria
possível se praticado por alguém que tivesse em si a representação real de Deus e do
homem. Esse ser é Cristo Jesus, o Deus-homem.

O Homem Jesus Cristo é o Objeto do Culto.

O culto consiste em atribuir a seu objeto as perfeições divinas. A posse dessas


perfeições é, portanto, a única base correta para tal culto. A humanidade de Cristo,
conseqüentemente, não é a base de culto, mas entra na constituição dessa pessoa que,
sendo Deus acima de todos e bendito eternamente, é o objeto de adoração para os santos
e anjos. Por conseguinte, descobrimos que foi ele, o homem Jesus, que foi visto, sentido
e tocado, e quem, os apóstolos cultuaram como seu Senhor e Deus; quem supremamente
amaram e a quem se consagraram como sacrifício vivo. Foi no homem Jesus que a
pessoa teantrópica pode ser vista, sentida e cultuada.

Cristo Pode Solidarizar-se com o seu Povo.

Tudo o que precisamos, e tudo o que podemos desejar, é um Salvador que seja
ao mesmo tempo Deus e homem em duas naturezas distintas e uma pessoa para sempre.
Como Deus, esta presente em todos os lugares, onipotente e infinito em todos os seus
recursos para salvar e abençoar; e como homem, ou sendo também homem, pôde
compadecer-se de nossas debilidades, foi tentado como nós à nossa semelhança,
excetuando o pecado, sujeitou-se a lei que nós havíamos transgredido, e suportou a pena
em que havíamos incorrido. “Nele habita toda a plenitude da Deidade” (Cl 2:9), em
forma corporal, em forma de homem, para ser-nos acessível, e assim podermos
participar de sua plenitude. Portanto, somos completos nele, sem necessitar de nada
mais.

O Logos Encarnado é a Fonte da Vida.

As Escrituras ensinam que o Logos é a vida eterna, possuindo vida em si


mesmo, e é também a fonte da vida, física, intelectual e espiritual. Ensinam, ainda, que
sua encarnação foi a condição necessária da comunicação da vida espiritual aos filhos
dos homens. Ele, pois, é o único que ressurgiu dos mortos, a única fonte de vida para
nós.
O salvo participa dessa vida através de sua união com ele. A qual é em parte federal
estabelecida nos conselhos eternos; em parte vital pela habitação do Espírito Santo; e
em parte recebida pela fé. Isto é, aos que o recebem como Deus manifestado na carne,
que lhes concede vida eterna. Portanto não são eles quem vivem, mas Cristo vive neles .
A vida do salvo não é uma vida corporativa, condicionada a uma união com alguma
organização externa chamada igreja, porque todo aquele que invoca o nome do Senhor,
ou seja, todo aquele que lhe rende culto de adoração e espera nele como seu Deus e
Salvador, será salvo.

Cristo o Único Mediador.


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Como o desígnio da encarnação do Filho de Deus era reconciliar-nos com Deus,


e como a reconciliação das partes inimizadas é uma obra de mediação, a pessoa
teantrópica de Jesus Cristo é chamada de nosso mediador. É importante observar que
onde a reconciliação envolve a necessidade de satisfação pelo pecado como cometido
contra Deus, então somente ele é o mediador que pode fazer expiação pelo pecado.
Como isso foi e só poderia ser feito por Cristo, segue-se que ele é o único mediador
entre Deus e o homem. Ele é a nossa paz, que reconcilia com Deus judeus e gentios em
um só corpo pela cruz como disse Paulo em Efésios 2:16 “e reconciliasse ambos em um
só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade”. Portanto,
para nós há um só mediador entre Deus e os homens, a pessoa teantrópica de Jesus
Cristo como afirmou Paulo em 1Timóteu 2:5 “Portanto há um só Deus e um só
mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.

Qualificações para a Obra Mediadora.

O que tais qualificações são, as Escrituras claramente nos ensinam:

Ele Teria que Ser um Homem.

Os apóstolos apontam como a razão pela qual Cristo assumiu a nossa natureza e
não a natureza dos anjos, ou seja, para que ele pudesse redimir-nos, disse o autor em
Hebreus 2:14-16 “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue,
destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele
que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte,
estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre
anjos, mas socorre a descendência de Abraão”. Era necessário que ele fosse feito sob a
lei a qual foi quebrada; que ele cumprisse toda a justiça; sofresse e morresse; fosse
capaz de solidarizar-se com o seu povo em todas as suas enfermidades, e que se unisse
com eles relacionando-se em sua natureza. Aquele que santifica e aqueles que são
santificados precisam ser de uma só natureza, a humana.

O Mediador Teria que Ser Isento de Pecado.

Sob a lei, a vítima oferecida sobre o altar precisava ser imaculada. Cristo, que
iria oferecer-se a Deus como sacrifício pelos pecados do mundo, tinha que ser ele
mesmo isento de pecado. Portanto, o sumo sacerdote que nos convém. Aquele que
nossas necessidades demandam, tem que ser santo, inocente, incontaminado e separado
dos pecadores como disse o autor em Hebreus 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo
sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais
alto do que os céus”. Ele foi, portanto, sem pecado como registra Hebreus 4:15 “Porque
não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi
ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” e também 1Pedro
2:22 “o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca”. Um
Salvador do pecado que fosse pecador é uma impossibilidade. Ele não poderia ter
acesso a Deus; não poderia ser um sacrifício pelos pecados; e não poderia ser a fonte de
santidade e vida eterna para seu povo.

Seria uma Pessoa Divina.


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O sangue de uma mera criatura não poderia tirar o pecado. É tão-somente porque
nosso Senhor possuía o Espírito eterno, que uma oferenda de si mesmo aperfeiçoou para
sempre os que crêem. Ninguém, senão uma pessoa divina poderia destruir o poder de
satanás e libertar os que eram conduzidos cativos à vontade dele. Ninguém, senão
aquele que tinha vida em si mesmo, poderia ser a fonte de vida, espiritual e eterna, para
seu povo. Ninguém, senão uma pessoa onipotente poderia controlar todos os
acontecimentos até a final consumação do plano da redenção, e poderia ressuscitar dos
mortos; e fazem-se necessários uma sabedoria e um conhecimento infinito naquele que
seria o juiz de todos os homens, e cabeça sobre todas as coisas em prol de sua igreja.
Ninguém, senão um só, em quem habitasse toda a plenitude da Deidade, poderia ser o
objeto, bem como a fonte, da vida espiritual de todos os redimidos.

Visto ser necessário que Cristo fosse tanto Deus quanto homem em duas
naturezas distintas e uma só pessoa, segue-se que sua obra mediadora, que inclui tudo o
que ele fez para a salvação dos homens, é a obra não de sua natureza humana com
exclusão de sua natureza divina, nem desta com exclusão daquela. Mas sim é a obra do
“Theantrôpos” (θεανθρωποσ = Deus homem).

Conclusão:

Visto que é na pessoa teantrópica do Senhor Jesus Cristo que se encontra de


forma clara e precisa todos os elementos necessários para que se torne possível ter o
completo Deus que dá aos seus por meio de sua ação graciosa a segura salvação e ao
longo de suas vidas tem contemplado a esses com incontáveis bênçãos de caráter
espirituais e materiais; bem como o completo homem que por experimentar a vida na
esfera humana sem pecado conhece os eleitos em sua totalidade, podendo assim como
ninguém mais se compadecer de todas as suas fraquezas e prover estes a ajuda
necessária nos momentos próprios. E assim todos que são salvos vivem para louvor de
sua glória.

È próprio dizer ainda que a sublimidade da “União Hipostática de Cristo”,


precisa ser ainda mais ensinada, discutida e apreciada nas igrejas mesmo que de forma
bem mais simples, nem por isso menos importante. A fim de produzir maior segurança
e alegria, bem como maior disposição no meio do povo de Deus, que ao tomar
conhecimento das extraordinárias ferramentas que essa união disponibiliza se encherá
de uma força motriz ainda maior, pois terão a inegável convicção de que é o Deus-
homem que até aqui os tem ajudado, é o Deus-homem que os ajuda e é o Deus-homem
que os conduzirá incólumes para a eternidade futura aonde não haverá luto, nem pranto,
nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

A Ele, o Deus-homem, o Salvador, honra, glória, louvor, domínio e majestade


pelos séculos dos séculos.

 
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emas de sua legitimação : Unidade, Santidade e Catolicidade.

Fundamental expor nestes dias de trevas e de lobos com pele de cordeiro, reforçar a atenção a
leitura patristica, na qual se ensina que é a Igreja fundada por Nosso Senhor não uma
instituição humana, sujeita as mazelas das organizações de tal natureza.

Os atributos da Igreja - Santo Justino Popovich

Os atributos da Igreja são inúmeros pois seus atributos são, na verdade, os


atributos do Senhor Cristo, o Deus-homem, e, através dEle, aqueles do Deus trino.

Entretanto, os sagrados e divinos padres sábios do segundo concílio ecumênico,


guiados e instruídos pelo Espírito Santo, os reduziram no nono artigo do Símbolo da
Fé a quatro – Creio na Igreja una, santa católica e apostólica.

Estes atributos da Igreja – unidade, santidade, catolicidade (subornost) e


apostolicidade – são derivadas da própria natureza da Igreja e do seu propósito.
Eles clara e precisamente definem o caráter da Igreja Ortodoxa do Cristo pois,
como uma instituição e uma comunidade teantropica, é distinguível de toda a
instituição ou comunidade humana.

Assim como a pessoa do Cristo-homem é uma e única, assim também o é a Igreja


fundada por Ele, nEle e sobre Ele. A unidade da Igreja procede necessariamente da
unidade da pessoa do Senhor Cristo, o Deus-homem.

Sendo um organismo integral organicamente e teantrópico único em todos os


tempos, a Igreja, de acordo com todas as leis do céu e da terra, é indivisível. Uma
divisão significaria sua morte.

Imersa no Deus-homem, ela é a primeira e principalmente um organismo


teantrópico, e só então uma organização teantrópica.

Nela, tudo é teantrópico: natureza, fé, amor, batismo, a Eucaristia, todos os santos
mistérios e todas as santas virtudes, seus ensinamentos, toda a sua vida, sua
imortalidade, sua eternidade e sua estrutura. Sim, sim, sim; Nela tudo é
teantropicamente integral e indivisível Cristificação, santificação, deificação,
trinitarismo, salvação. Nela, tudo é fundido organicamente e pela graça em um
único corpo teantrópico, sob um único líder – o Deus-homem, o Senhor Cristo.

Todos os seus membros, embora pessoas sempre íntegras e invioladas, ainda,


unidas pela mesma graça do Espírito Santo através dos santos mistérios e santa
virtudes em uma unidade orgânica, compreendem um corpo e confessam a única
fé, que os une uns aos outros e ao Senhor Cristo.

Os apóstolos suportadores do Cristo são inspirados divinamente quando anunciam a


unidade e singularidade da Igreja, baseados na unidade e singularidade de seu
Fundador – o Deus-homem, o Senhor Cristo, e Sua personalidade teantrópica:
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é
Jesus Cristo. (1 Cor 3:11)

Como os santos apóstolos, os santos padres e professores da Igreja confessam a


unidade e singularidade da Igreja ortodoxa com a sabedoria divina dos querubins e
zelo dos serafins.

Compreensivelmente, por isso mesmo, é o impiedoso zelo que anima os santos


padres da Igreja em todos os casos de divisão e afastamento e a severa atitude
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contra heresias e cismas.

Com relação a isso, os santos concílios locais e ecumênicos são preeminentemente


importantes. De acordo com seu espírito e atitude, sábios nas coisas pertencentes a
Cristo, a Igreja não é apenas uma, mas também única.

Assim como o Senhor Cristo não pode ter vários corpos, assim também não
podem haver várias igrejas. De acordo com sua natureza teantrópica, a
Igreja é uma e única, assim como Cristo, o Deus-homem é um e único.

Assim, uma divisão, uma separação da Igreja é ontológica e essencialmente


impossível.

Uma divisão na Igreja nunca ocorreu, e de fato nenhuma nunca ocorrerá, enquanto
a apostasia da Igreja continuar a ocorrer depois da maneira que aqueles galhos
voluntariamente infrutíferos, que tendo secado, caíram da vinha teantrópica da vida
eterna – o Senhor Cristo(João 15:1-6).

De tempos em tempos, hereges e cismáticos se cortaram e caíram da única e


indivisível Igreja do Cristo, dessa forma, eles deixaram de ser membros da Igreja e
partes do corpo teantrópico.

O primeiro a cair foram os gnósticos, então os arianos, depois os macedônios,


então os monofisistas, depois os iconoclastas, depois os católicos romanos, depois
os protestantes, depois os uniatas e por aí vai – todos membros da legião de
hereges e cismáticos.

A Santidade da Igreja

Por sua natureza teantrópica, a Igreja é indubitavelmente a única organização no


mundo. Toda sua santidade reside na sua natureza. De fato, ela é uma oficina
teantrópica de santificação humana e, através dos homens, da santificação do resto
da criação.

Ela é santa enquanto corpo teantrópico do Cristo, cujo líder eterno é o próprio
Senhor Cristo; e cuja alma imortal é o Espírito Santo.

Assim, tudo nela é santo: seus ensinamentos, sua graça, seus mistérios, suas
virtudes, todos seus poderes e todos os seus instrumentos foram depositados nela
para a santificação dos homens e todas as criaturas.

Tornando-se a igreja por sua encarnação fora de um amor incomparável para o


homem, o nosso Deus e Senhor Jesus Cristo santificou a igreja por seus
sofrimentos, ressurreição, ascensão, ensino, realização de milagres, oração, jejum,
mistérios, e virtudes; em uma palavra, por toda a sua vida teantrópica, pois o
pronunciamento divinamente inspirado foi dado: “...também Cristo amou a igreja, e
a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da
água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.”(Ef 5:25-27)

O fluxo da história confirma a realdade do Evangelho: A Igreja é cheia de


transbordar de pecadores.
A presença deles na Igreja reduz, viola, ou destrói sua santidade? De jeito algum!

Para seu líder – o Senhor Cristo, e sua alma – o Espírito Santo, e seu divino
ensinamento, seus mistérios e virtudes são indissolúveis e imutavelmente santos.
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A Igreja tolera pecadores, os abriga e os instrui, que eles podem ser despertados e
estimulados ao arrependimento e recuperação espiritual e transfiguração; mas eles
não impedem a Igreja de ser santa.

Apenas pecadores persistentes e maliciosos são cortados da Igreja ou pela ação


visível da autoridade teantrópica da Igreja ou pela ação invisível do julgamento
divino, para que a santidade da Igreja possa ser preservada. “retire do meio de
você a pessoa maliciosa” (1 Cor 5:13)

Nos seus escritos e nos concílios, os santos padres confessaram a santidade da


Igreja por sua qualidade essencial e imutável. Os padres do segundo concílio
ecumênico definiram isso no nono artigo do símbolo da fé. E os concílios
ecumênicos que se sucederam pelo selo de sua aprovação.

A Catolicidade (subornost) da Igreja

A natureza teantrópica da Igrejae inerente e abrangentemente universal e católica:


é teantropicamente universal e teantropicamente católica.

O Senhor Cristo, o Deus-homem, por Ele e nEle uniu perfeitamente e integralmente


Deus e Homem e, através do homem, todos os séculos e todas as criaturas de
Deus. O destino da criação está essencialmente ligado ao do homem (cf. Rom 8:19-
24).

No seu organismo teantrópico, a Igreja engloba “todas as criaturas do céu e da


terra, visíveis e invisíveis, sejam elas tronos, ou dominações, ou principados ou
potestades” (Col 1:16). Tudo está no Deus-homem; Ele é a cabeça e o corpo da
Igreja (Col 1:17-18).

No organismo teantrópio da Igreja todos vivem na plenitude de sua personalidade


como uma célula divina viva.

A lei da catolicidade teantropica engloba tudo e os atos através de tudo.

Desta forma, o equilíbrio teantrópico entre o divino e o humano é sempre


devidamente preservado.

Sendo membros de seu corpo, nós na Igreja experimentamos a plenitude de nossos


seres em todas as suas dimensões divinas.

Além disso: na Igreja do Deus-homem, o homem experimenta seu própria ser


como todo-englobador, como teantropicamente todo-englobador, ele se
experimenta não apenas como completo, mas também como a totalidade da
criação.

Ou seja: ele se experimenta como Deus-homem na graça.

A catolicidade teantrópica da Igreja na verdade é uma cristianização incessante de


muitos pela graça e virtude: tudo está reunido em Cristo o Deus-homem, e todas
as coisas são experimentadas através dEle como delas próprias, como um único e
indivisível organismo teantrópico.

Pois a vida na Igreja é uma catolicização teantrópica, a luta para adquirir por graça
e virtude a semelhança com o Deus-homem, cristificação, theosis, vida na trindade,
santificação, transfiguração, salvação, imortalidade e eclesialidade.
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A Catolicidade teantrópica na igreja é refletida e alcançada pela Pessoa


eternamente viva do Cristo., o Deus-homem que do modo mais perfeito uniu Deus
ao homem e a toda a criação, que foi lavada do pecado, mal e morte pelo precioso
Sangue do Salvador. (cf. Col 1:19-22).

A Pessoa teantrópica do Senhor Cristo é a mesma alma da catolicidade da Igreja.

É o Deus-homem que sempre preserva o equilibrio teantrópico entre o divino e o


huma na vida católica da Igreja. A Igreja está repleta e transbordante do Senhor
Cristo, pois ela é “a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Ef 1:23)

A apostolicidade da Igreja

Os santos apóstolos foram os primeiros deuses-homens pela graça. Como o


apóstolo Paulo como um deles, por sua vida inteira, poderiam dizer de si: “eu vivo,
não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gal 2:20).

Cada um deles é um Cristo repetido; ou, para ser mais exato, uma continuação do
Cristo.

Tudo neles é teantrópico porque tudo foi recebido do Deus-homem.

Apostolicidade não é outra coisa senão Deus-humanidade do Senhor Cristo,


livremente assimilada através da luta das santas virtudes: fé, amor, esperança,
oração, jejum, etc.

Isso significa que tudo que é do homem vive neles livremente através do Deus-
homem, pensa através do Deus-homem, sente através do Deus-homem, age
através do Deus-homem e arbitra através do Deus-homem.

Para eles, o histórico Deus-homem, o Senhor Jesus Cristo é o valor e critério


supremo.
Tudo neles é do Deus-homem, pelo amor do Deus-homem, e no Deus-homem.

E é sempre e em todo lugar assim. Para eles isto é imortalidade no tempo e no


espaço deste mundo. Deste modo eles são compartilhadores da eternidade
teantrópica do Cristo.

Esta apostolicidade teantropica é integralmente continuada nos sucessores


mundanos dos apóstolos sustentadores do Cristo: nos santos padres.

Entre eles, em essência, não há diferença: o mesmo Deus-homem Cristo vive, age,
dá vida e faz deles todos eternos em medidas iguais, Ele, que é o mesmo ontem,
hoje e sempre (Heb. 13:8).

Através dos antos padres, os santos apóstolos continuam vivendo com suas
riquezas teantrópicas, mundos teantrópicos, coisas sagradas teantrópicas, mistérios
teantrópicos e virtudes teantrópicas.

Os santos padres de fato estão constantemente apostalando, tanto como


personalidades divinas distintas, ou como bispos das Igrejas locais, ou como
membros dos santos concílios locais ou ecumênicos.

Para todos eles há apenas uma vedade, uma transcendente verdade: o Deus-
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homem, o Senhor Jesus Cristo. Veja, os santos concílios ecumênicos, do primeiro


ao último, confessam, defendem, crêem, anunciam e vigilantemente preservam um
único valor supremo: o Deus-homem, o Senhor Jesus Cristo.

A tradição principal, a tradição transcendente, da Igreja Ortodoxa é o Deus-homem


Cristo vivo, inteiro no corpo teantrópico da Igreja no qual Ele é o imortal, eterno
líder.

Isto não é meramente uma mensagem, mas a mensagem transcendente dos santos
apóstolos e dos santos padres.

Eles conhecem o Cristo crucificado, Cristo ressuscitado, Cristo que ascendeu. Todos
eles, em todas suas vidas e ensinamentos, em uma só alma e uma só voz
confessam que Cristo o Deus-homem é completo em Sua Igreja e em Seu Corpo.
Cada um dos santos padres pode corretamente repetir com São Maximo, o
confessor: “De forma alguma estou expondo minha própria opinião, mas aquela
que eu fui ensinado pelo padres, sem mudar nada de seu ensinamento”.

“O que nos foi transmitido através da lei e dos profetas e dos apóstolos e dos
evangelistas, nós recebemos e conhecemos e estimamos altamente.

E além disso nós não pedimos nada mais....deixe-nos ser completamente satisfeitos
com isso e repousar nisso, sem remover os limites antigos (Prov. 22:28), nem
violando a divina tradição”.

E então a tocante, paterna admonição do santo Damasceno, dirigida a todos os


cristãos ortodoxos: “Então, irmãos, deixe-nos plantar-nos na rocha da fé e tradição
da Igreja, sem remover os limites impostos por nossos santos padres, nem dar
espaço àqueles que estão ansiosos por introduzir novidades e por minar a estrutura
da santa ecumênica e apostólica Igreja e Deus. Pois se fosse permitida a todos
carta branca, pouco a pouco todo o corpo da Igreja seria destruído.”

A santa Tradição é inteiramente do Deus-homem, inteiramente dos santos


apóstolos, inteiramente dos santos padres, inteiramente da Igreja, inteiramente na
Igreja e inteiramente pela Igreja.

Os santos padres não são outros senão os “guardiões da tradição apostólica”. Todos
eles, como os próprios santos apóstolos, são “testemunhas” de uma e única
verdade: a Verdade transcendente de Cristo, o Deus-homem.

Eles pregam e confessam isso sem descanso, eles, as “bocas douradas da Palavra”.

O Deus-homem, o Senhor Cristo é um, único e indivisível. Então a Igreja é única e


indivisível, pois ela é a encarnação do Cristo Teantropos, continuando pelas era e
por toda eternidade.

A sucessão apostólica, a herança apostolica, é teantrópica do primeiro ao último.

O que é isso que os santos apóstolos estão transmitindo aos seus sucessores como
sua herança?

O Senhor Cristo, o próprio Deus-homem com todas as imperecíveis riquezas e sua


extraordinária personalidade teantrópica, Cristo – o chefe da Igreja, sua única
cabeça. Se isso não for transmitido, a sucessão apostólica deixa de ser apostólica ,
a tradição apostólica e perdida e não haverá mais uma hierarquia apostólica e uma
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Igreja apostólica.

A santa Tradição é o Evangelho do Senhor Cristo, e o próprio Senhor Cristo, que é


incutido pelo Espírito Santo em cada e todo alma crente, em toda a Igreja.

O que for de Cristo, pelo poder do Espírito Santo se torna nosso, humano; mas
apenas dentro do corpo da Igreja. O Espírito Santo – a alma da Igreja, , incorpora
cada crente, como uma pequena célula, ao corpo da Igreja e faz dele um “co-
herdeiro” do Deus-homem (Ef. 3:6).

Na verdade, o Espírito Santo faz cada crente ser um Deus-homem pela graça. E o
que é a vida na Igreja? Nada mais que a transfiguração de cada crente em Deus-
homem pela graça através de suas virtudes pessoais, angelicais; é o seu
crescimento no Cristo, se colocar no Cristo pelo crescimento na Igreja e ser um
membro da Igreja.

Uma vida de um cristão é uma incessante teofania centrada no Cristo: o Espírito


Santo, através dos santos mistérios e das santas virtudes, transmite Cristo
Salvador a cada crente, dá a ele uma tradição viva, uma vida viva: “Cristo que é a
sua vida” (Col. 3:4) Tudo que é de Cristo de torna nosso, nosso para toda a
eternidade: Sua verdade, sua retidão, seu amor, sua via, sua inteira hipostasia
divina.

Santa tradição? É o Senhor Jesus Cristo, o próprio Deus-homem, com toda a


riqueza de sua hipostasia divina e, através dEle e por seu amor, aqueles da
santíssima Trindade.

É mais completamente dado e articulado na Santa Eucaristia, onde, por amor a


nós, e nossa salvação, toda a economia teantrópica de salvação do Salvador é
realizada e repetida.

Nisso reside completamente o Deus-homem com todos seus dons maravilhosos e


miraculosos; Ele está lá, e na vida de oração e liturgia da Igreja.

Com tudo isso, a proclamação filantrópica do Salvador incessantemente ressoa: “e


eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt
28:20): Ele está com os apóstolos e através dos apóstolos, com todos os fiéis,
infinitamente.

Esse é o todo da santa Tradição da Igreja Ortodoxa dos apóstolos: vida no Cristo =
vida na Santíssima Trindade; crescimento em Cristo = crescimento na trindade (cf.
Mt. 28:19-20)

De extraordinária importância é o seguinte: a Igreja Ortodoxa do Cristo, a santa


Tradição, sempre viva e dispensadora da vida, compreende: a sagrada liturgia,
todos os serviços divinos, todos os santos mistéios, todas as santas virtudes, a
totalidade da verdade eterna e retidão eterna, tomo amor, toda vida eterna, o todo
do Deus-homem, o Senhor Cristo, a inteira Santíssima Trindade, a inteira vida
teantrópica da Igreja em sua plenitude teantrópica, com toda Santa Theotokos e
todos os santos.

A personalidade do Senhor Cristo, o Deus-homem, transfigurado na Igreja, imersa


no dedicado em oração, litúrgico, e profundo mar de graça, totalmente contido na
Eucaristia, e totalmente na Igreja – esta é a santa tradição.

Esta autêntica boa nova é confessada pelos santos padres e os santos concílios
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ecumênicos. Pela oração e piedade a santa tradição é preservada do todo


demonismo humano e humanismo maligno, e nisto é preservado todo o Senhor
Cristo, Ele, que é a eterna tradição da Igreja.

“Grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne”. (1 Tim 3:16): Ele


foi manifestado como homem, como um Deus-homem, como a Igreja, e pelo seu
ato filantrópico de salvação e deificação da humanidade Ele magnificou e exaltou o
homem acima do santo querubim e do mais santo serafim.

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