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Escola Politécnica USP

Departamento de
Engenharia de Energia e
Automação Elétricas
PEA 5009

Tecnologia DRIVE-IN
1. Resumo
O artigo descreve a tecnologia DRIVE-IN (Distributed Routing and Infotainment through
Vehicular Inter-Networking), sistema que está em desenvolvimento na Universidade do Porto,
e os benefícios que o uso dessa ferramenta de ITS (Inteligent Transport System) trará para o
fluxo do trânsito nas grandes cidades e rodovias.
Uma seção do artigo é dedicada à apresentação e definição da tecnologia DRIVE-IN,
explicando os principais conceitos e apresentando a motivação pelo estudo do tema. Em
seguida, o artigo informa o cenário onde a tecnologia será aplicada.
Além disso, o artigo descreve as principais características dessa tecnologia, detalhando a rede
e o protocolo de comunicação utilizada para concepção da tecnologia. Esta seção descreve os
seguintes itens:
 Características das VANETS
 Camadas físicas das VANETS
 Protocolo das VANETS: Algoritmo de rotas distribuídas
Em outra seção, o artigo mostra os principais benefícios do uso da tecnologia DRIVE-IN para
o fluxo do trânsito.
Finalmente, o artigo conclui através de um resumo sobre as características e as técnicas da
tecnologia DRIVE-IN, descrevendo os principais benefícios que o uso dessa ferramenta pode
trazer para a gestão do fluxo do trânsito nas grandes cidades.

PALAVRAS-CHAVE

ITS, trânsito, inteligente, fluxo, gerenciamento, transporte, sistemas, VANETS, DRIVE-IN.


2. Motivação
DRIVE-IN é a sigla para Distributed Routing and Infotainment through Vehicular Inter-
Networking, ou seja, trata-se de um sistema de comunicação carro a carro, por via de
dispositivos conectados através de uma rede sem fio e que permite uma gestão inteligente de
tráfego. Este sistema, que está em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade do
Porto, poderá alertar rapidamente os condutores para diferentes situações na estrada, como
prever a velocidade de outros veículos, ocorrência de acidentes, obras na estrada, informações
de congestionamentos ou indicação de rotas alternativas.
Atualmente, a maioria das aplicações de navegação e de comunicação entre veiculos são
tratadas como recursos separados com pouca ou nenhuma relação entre si. No entanto, com a
evolução dos dispositivos de posicionamento, das tecnologias de sensores e das interfaces
sem fio, será possível que todos os tipos de veículos como carros, ônibus e caminhões sejam
capazes de se comunicar através de uma rede de comunicações. Conseqüentemente, a
conectividade entre os veículos, através de rede sem fio, fornecerá informações, atualizdas
dinamicamente, sobre a posição dos veículos e as características físicas da estrada permitindo
o melhor fluxo do trânsito.
A rede de comunicações entre veiculos pode permitir o compartilhamento de informações, o
que ajudará a navegação e a tomada de decisões de segurança com base nas mensagens que
um veículo recebe dos seus vizinhos. Além disso, comunicação veículo-veículo abre uma
infinidade de novas aplicações, incluindo a divulgação de informação baseados na localização
de veículos através de redes sociais e jogos interativos distribuídos.
Assim, torna-se extremamente importante explorar a interação entre a navegação em tempo
real e a comunicação sem fio entre os veículos para conseguir tráfego estáveis e eficientes e
fluxos de informação.

Figura 1 - Comunicação veiculo-veiculo

3. Cenário
A tecnologia DRIVE-IN poderá ser aplicada nos veículos, como carros, ônibus, caminhões e
permitirão que estes troquem informações entre si quando trafegando nas rodovias e vias de
cidades.
4. Tecnologia Drive-IN
1. Caracteristicas das VANETS
As VANETS são as redes formadas por veículos entre si (IVC - inter-vehicle communication)
e por veículos e a estrada (RVC - Road Vehicle Communication). Essas redes têm despertado
grande interesse e despontam como uma das tecnologias fundamentais dos futuros
automóveis. Esse interesse se deve a diversos fatores como prover maior segurança e conforto
ao motorista, aumentar o grau de automação na condução do veículo, prevenção de
engarrafamentos e planejamento de tráfego. Todos esses fatores colaboram para a formação
de um sistema inteligente de transportes (ITS).
Uma VANET é uma rede móvel com algumas características importantes:
 Os veículos da rede se encontram em movimento, muitas vezes com velocidades altas.
Isso faz com que a topologia da rede formada seja bastante dinâmica e o conhecimento
dos vizinhos com os quais um veículo pode interagir mude freqüentemente.
 Nem sempre o tempo de contato entre os veículos é suficientemente grande para
estabelecer uma conexão e transferir dados. Tal característica pode inclusive
fragmentar a rede.
 Essas redes são, obviamente, sem fio e estão sujeitas a interferências provocadas por
prédios e outros obstáculos além de estarem sujeitas a interferências devido à alta
velocidade dos veículos.
 Os dados que são difundidos na rede geralmente são oriundos de sensores presentes
em veículos. Entretanto, ao contrário do que ocorre das redes de sensores sem fio, não
existe uma limitação rígida no consumo de energia visto que os próprios elementos do
veículo (bateria) podem ser utilizados como fonte de energia.
Devido a tais características, as VANETS são redes móveis nas quais os veículos se
comunicam através de ondas de rádio e não existe uma entidade centralizadora que facilite a
troca de informações entre os veículos. O roteamento em redes VANETS é baseado em nós
intermediários que encaminham pacotes da fonte ao destino. Assim, cada nó pode ser
simultaneamente um nó terminal ou um roteador. O roteamento de mensagens tem que ser
dinâmico, ou seja, é preciso determinar rotas sem o estabelecimento de um caminho fim-afim.
Além disso, a rede é tolerante a atrasos e desconexões (DTN) e com isso é uma rede do tipo
armazena-e-encaminha (store-and-forward), ou seja, primeiro a mensagem é recebida
integralmente e armazenada para, depois, ser enviada ao próximo nó, que pode ou não ser o
destino. Como as DTNs não operam sobre enlaces que estão sempre disponíveis, é esperado
que os nós armazenem mensagens durante algum tempo, sendo preciso alguma forma de
armazenamento persistente. Dessa forma é de se esperar que o roteamento de mensagens
apresente altas taxas de atraso e alto jitter de atraso.
2. Camada física das VANETS
As VANETS são redes baseadas em comunicação via rádio, ou seja, os veículos do sistema
são conectados através de uma rede sem fio. No entanto, existem tipos de interfaces para
implementar a conexão física entre os veículos do sistema:
1. WLAN
A tecnologia wi-fi opera com uma taxa de transferência que varia entre 6 e 54Mbps e sua
latência é da ordem de segundos. Foi projetada para trabalhar com um alcance menor do que
100m com uma velocidade menor que 10Km/h. Sua largura de banda nominal é de 20MHz e
ela opera na banda 2.4GHz, 5.2GHz (ISM). Esta tecnologia vem se mostrando possível em
redes entre veículos e estradas (RVC), no entanto, o desempenho com redes entre veículos
(IVC) não é satisfatório. Isso se deve ao fato dos mecanismos da WLAN não terem sido
projetados para suportar alto grau de mobilidade.
Para que se possa efetivamente utilizar a WLAN em IVC é necessário prover algum nível de
sincronização temporal entre veículos que se movimentam rapidamente. Além disso, é
necessário tratar o problema da alocação distribuída de recurso, alocação das tabelas de
roteamento.
Algumas abordagens têm sido propostas no intuito de adaptar WLAN para IVC:
 A utilização de um protocolo baseado em token ring para resolver o problema da
contenção de recursos via rádio. Apesar de o protocolo ter sido pensado levando em
consideração o contexto de redes dinâmicas, ainda não existem testes que levem em
consideração a mobilidade.
 Utilização de um canal de acesso baseado em localização (LCA). Nessa abordagem,
presume se que todos os veículos possuem um sistema de localização. Dessa forma, o
espaço geográfico é dividido em células e dentro dessas células existe um único canal
associado a elas. Dentro dessas células podem ser utilizados quaisquer protocolos de
acesso ao meio como CSMA, CDMA, TDMA.
2. 3G
A tecnologia baseada em celular opera com uma taxa de transferência menor que 2Mbps e sua
latência é da ordem de segundos. Foi projetada para trabalhar com um alcance menor do que
10Km com uma velocidade maior que 110Km/h. Sua largura de banda nominal é de 3MHz e
ela opera na banda 800MHz, 1.9GHz. Tal tecnologia não tem um padrão associado com a
organização IEEE.
As redes 3G permitem telefonia móvel de longo alcance e evoluíram para incorporar redes de
acesso à Internet em alta velocidade e Vídeo-telefonia.
A aplicação da tecnologia 3G diretamente em RVC parece ser viável visto que em ambos os
casos existe a presença de entidades centralizadoras. Entretanto, justamente por ser uma rede
centralizada, a aplicação de 3G diretamente em IVC é impossível. A solução para esse
problema é prover o controle distribuído de acesso ao meio.
Diversas propostas sugerem o uso do protocolo Reservation ALOHA (R-ALOHA), que
possui uma vazão maior que o Slotted ALOHA(S-ALOHA), no qual um nó que reserva um
quadro em um frame pode utiliza o quadro até que tenha terminado de enviar todos os seus
pacotes.
3. 802.11p ou Wireless Access in Vehicular Environments (WAVE)
Estudos para se adotar um padrão já existente no mercado para VANETS têm mostrado que
nenhum dos padrões está totalmente adaptado. Como conseqüência estão sendo propostas
otimizações para utilização de diferentes protocolos em VANETS. O grupo de trabalho IEEE
802 está trabalhando na adaptação do IEEE 802.11a para as VANETS e o novo padrão foi
chamado IEEE 802.11p [12].
A camada física dessa especificação pode operar em sete canais de 10 MHz de largura de
banda cada. O espectro alocado para a WAVE é numa faixa maior que o 5GHz (ITS-RS)
como mostra a Figura 2 - Banda WAVE. Diferentes canais não podem ser utilizados ao
mesmo tempo, entretanto, cada estação pode alterar constantemente entre o canal de controle
(CCH) e os canais de serviços (SCHs) ou o canal de segurança. Por questões de segurança o
tempo de utilização de um CCH somado a um SCH não pode ser maior que 100ms. A WAVE
trabalha com uma taxa de transferência que varia entre 3 e 27Mbps e foi projetado para
trabalhar com um alcance menor que 1Km. Tal padrão foi pensado considerando-se
velocidade de deslocamento dos nós maior que 110km/h.

Figura 2 - Banda WAVE

A camada MAC em WAVE funciona de forma equivalente ao padrão 802.11e Enhanced


Distributed Channel Access (EDCA) que agrega qualidade de serviço às redes 802.11.
Conseqüentemente, as mensagens da aplicação são categorizadas em diferentes ACs, onde
uma mensagem AC0 tem a menor prioridade e uma mensagem AC3 tem a maior prioridade.
Na camada MAC existe uma fila para cada AC.

4. Protocolo das VANETS: Algoritmo de rotas distribuídas


O protocolo de comunicação de uma rede consiste no conjunto de regras lógicas que definem
e codificam uma transmissão de dados, permitindo que as mensagens sejam corretamente
interpretadas na fonte a partir de sua emissão na origem.
Em uma rede VANET, o protocolo de comunicação deve utilizar um algoritmo capaz de
rotear pacotes de uma máquina origem para uma ou mais máquinas destino, garantindo assim
a melhor decisão sobre a linha de saída a ser usada na transmissão do pacote de entrada.
Funcionamento correto, simplicidade, robustez, escalabilidade, convergência para ma rota
ótima, aceitação de parâmetros QoS, Adaptabilidade, independência da tecnologia de redes e
“Fairness” (justiça ou eqüitatividade), são todas características desejáveis para um algoritmo
de roteamento.
Para tecnologia DRIVE-IN, ainda está sendo discutido o melhor protocolo de comunicação a
para gerenciar a troca de mensagens na rede VANET. Atualmente, um protótipo utiliza um
protocolo proprietário que implementa um algoritmo de rota distribuída e atende os requisitos
descritos anteriormente. No entanto, muito deve se evoluir neste tema.
5. Benefícios
O uso da tecnologia DRIVE-IN nos veículos gera um grande leque de aplicações que devem
contribuir gerando inúmeros benefícios para os condutores, para o tráfego das grandes cidades
e das rodovias.
Entre os principais, destaca-se:
 Possibilidade de manter os condutores constantemente informados sobre as condições
de vias e estradas;
 Possibilidade de informar os condutores, em tempo real, sobre rotas alternativas
garantindo melhor fluxo do trânsito;
 Indicação em tempo real das condições do trânsito, com indicação sobre quais as vias
congestionadas;
 Possibilidade de informar a um condutor sobre a velocidade de outro veículo, evitando
acidentes;
 Difusão da informação sobre acidentes nas vias e nas estradas;
 Informação sobre a posição de outro veículo, contribuindo para a supressão de
semáforos nas vias e garantindo o fluxo inteligente do trânsito;
 Integração de veículos e passageiros através da disponibilização de redes sociais e
jogos interativos;
 Em caso de colisão inevitável, o sistema pode informar ao condutor sobre o acidente e
abrir dispositivos como “air bag” segundos antes do acidente;
 No caso de um chamado de taxi, existe a possibilidade de se enviar uma mensagem
“sms” para a rede e o veículo que está mais próximo recebe a mensagem com a
posição do passageiro;
 Devido ao melhor fluxo, existe a possibilidade de se gerar economia de combustível e
conseqüentemente contribuir para a diminuição da emissão de CO2 nas grandes
cidades;
5. Conclusões
Com a evolução dos dispositivos de posicionamento, das tecnologias de sensores e das
interfaces sem fio, a implantação da tecnologia DRIVE-IN, que permitirá o estabelecimento
de um sistema de comunicação wireless veículo a veículo, aparece com uma boa alternativa
para a gestão inteligente do fluxo do trânsito nas grandes cidades e rodovias.
Atualmente, a tecnologia encontra-se em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade
do Porto e é baseada na conexão sem fio entre veículos, através de redes chamadas VANETS,
que são as redes, via rádio, formadas por veículos entre si (IVC - inter-vehicle
communication) e por veículos e a estrada (RVC - Road Vehicle Communication). As
VANETS apresentam alguns desafios, pelo fato de apresentar características particulares
como a troca de informações entre elementos móveis e que se movimentam em alta
velocidade. Para promover a integração física das VANETS existem algumas tecnologias já
conhecidas como WLAN e 3G, que apresentam algumas restrições pelo fato de não terem
sido projetadas para atender tais requisitos. O caminho parece ser o padrão WAVE, que será
uma tecnologia derivada de um padrão já existente, o IEEE 802.11a, e deve ser aperfeiçoada
no decorrer no desenvolvimento da tecnologia DRIVE-IN, para funcionar sob controle de um
protocolo proprietário, que funcionará com base em algoritmo de rotas distribuídas, para
gerenciar o envio de mensagens.
Com a implantação da tecnologia DRIVE-IN nos veículos, nas vias e estradas, surgem alguns
benefícios derivados da grande variedade das aplicações dessas redes, sendo os principais:
informação sobre vias e estradas, informação sobre rotas alternativas, indicação sobre vias
congestionadas, informações sobre a velocidade e a posição de outro veículo, informação
sobre acidentes, integração de veículos e passageiros através de redes sociais e jogos
interativos, atuação prévia de sistemas de segurança em caso de acidentes, possibilidade de
chamar taxis por mensagem “sms”, economia de combustível e conseqüente diminuição da
emissão de CO2 nas grandes cidades.
Logo, a tecnologia DRIVE-IN caracteriza-se como importante ferramenta de ITS (Inteligent
Transport System) e aparece como uma solução para ajudar o melhor fluxo do trânsito nas
grandes cidades e rodovias.
6. Referencias Bibliográficas
 http://www.redeinteligente.com/2011/03/11/porto-testa-projeto-que-coloca-carros-em-
comunicacao/
 http://www.it.up.pt/projects/current_prjects/current-projects
 http://www.greensavers.pt/2011/03/11/porto-testa-projecto-que-coloca-carros-a-falar-
entre-si/
 http://aeiou.exameinformatica.pt/investigadores-do-porto-querem-colocar-semaforos-
dentro-dos-carros-video=f1007039
 http://www.itsb.org.br/its-tecnologianostransp.html
 Rafael A.C.Silva, Um Estudo Geral sobre VANETs

7. Dados Bibliográficos
Bruno Chueiri Musarra é natural de Guaxupé, MG, graduado em Engenharia de Controle e
Automação, em 2006 pela Universidade Federal de Itajubá, mestrando pela Universidade de
São Paulo. Atualmente é diretor da Energia Automação, empresa especializada em softwares
SCADA/IHM.

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