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INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA NA QUALIDADE DA VIDA DE

DEFICIENTES FÍSICOS

Débora Lourdes Martins


Graduada em Educação Física pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG
deboraeducadorafisica@yahoo.com.br

Ricardo José Rabelo


Mestre em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília.
Docente do Curso de Educação Física do Unileste-MG
rjrabelo@bol.com.br

RESUMO

O objetivo da pesquisa foi investigar se a atividade física é uma estratégia eficaz


para promover a manutenção e ou melhora na qualidade de vida de portadores de
deficiência física. Foi utilizada para determinar o nível da qualidade de vida a Versão
Brasileira do questionário de Qualidade de Vida – SF 36 no pré e pós-teste. A
amostra foi composta de 20 voluntários, divididos em dois grupos, (GE) composto
por 14 voluntários com idade de 26 a 60 anos e (GC) composto por 6 voluntários
com idade de 25 a 37 anos, todos portadores de deficiência física, sedentários, que
não fazem acompanhamento fisioterápico, membros da Associação de Cooperação
e Integração dos Portadores de Deficiência Física (ACINPODE) da cidade de João
Monlevade-MG. Os voluntários participaram de um programa de natação com
duração de 24 semanas, duas vezes por semana, 50min cada aula,numa piscina
aquecida e coberta. Pode-se conclui que o programa de natação adaptada,
realizado nesta pesquisa colaborou para a melhoria da qualidade de vida dos
deficientes físicos participantes do (GE).

Palavras Chaves: Qualidade de vida. Deficiente físico. Natação adaptada.

The objective of the research went investigate to physical activity it is an effective


strategy to promote the maintenance and or to improve in the quality of life of carriers
of physical deficiency. It was used to determine the level of the life quality the
Brazilian Version of the questionnaire of Quality of Life - SF 36 in the initial and final
tests. The sample was composed of 20 volunteers, divided in two groups, (GE)
composed by 14 volunteers with age of 26 to 60 years and (GC) composed by 6
volunteers with age of 25 to 37 years, everybody physical, sedentary deficiency
carriers, that don't make phisioterapic accompaniment, members of the Association
of Cooperation and Integration of the Carriers of Physical Deficiency (ACINPODE) of
João Monlevade’s city – MG state. The volunteers participated of a swimming
program with 24 weeks duration, twice a week, 50 minutes each class, inside a
warm and covered pool. It was concluded that the adapted swimming program
accomplished in this research collaborated for the improvement of the quality of life
of the volunteers analysed (GE).

Key words: Life quality. Faulty physical. Adapted Swimming.


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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 – Ago/Dez. 2008.
INTRODUÇÃO

Com a era da informatização, cada vez menos a população utiliza esforços


físicos para realização de suas tarefas profissionais e diárias. Com isso a população
tem se tornado mais sedentária. O século XX I aponta a importância da construção
da qualidade de vida, valorização da vida ativa, priorizando o combate ao
sedentarismo. O sedentarismo é condição indesejável e representa risco a saúde
(ZUCHETO e CASTRO 2002).
Para Guidi e Moreira (1996), a qualidade de vida está identificada no grau de
autonomia com que o mesmo desempenha as funções do dia a dia, que o fazem
independente dentro do contexto sócio econômico e cultural.
Para Zucheto e Castro (2002), a qualidade de vida está associada ao estado
de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, relação familiar e disposição para a
vida, entre outros.
Estudos recentes têm dado importância significativa à prática regular de
atividade física como melhoria do bem estar do indivíduo e prevenção contra
doenças. Para Guiselim (1996), ao participar de um programa cuja meta é melhorar
a sua qualidade de vida, verifica-se que o exercício ajuda a controlar o estresse e
reduz a tendência a depressão, permite sensação de mais energia auxilia na
realização das atividades diárias, ajuda a dormir melhor e contribui na estrurturação
da auto-imagem.
A atividade física pode proporcionar para os deficientes físicos saúde,
longevidade, autonomia entre outros, já que para Matsudo e Matsudo (2000 ) apud
Assumpção (2002), os principais benefícios a saúde adivindo da prática de atividade
física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e
psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do
volume sistólico, da potência aeróbica, da ventilação pulmonar, a melhora do perfil
lípidico, a diminuição da pressão arterial, melhora da sensibilidade à insulina e a
diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com
relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores,
a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da
densidade óssea e da flexibilidade. Na dimensão psicológica, afirmam que a
atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto-conceito, da imagem
corporal, das funções cognitivas, da socialização, na diminuição do estresse, da
ansiedade e do consumo de medicamentos.
Para Chatard (1992) apud Tsutsumi (2004), a natação é um dos esportes
mais apropriado para o individuo com algum tipo de deficiência, devido aos
benefícios e as facilidades proporcionadas pela execução de movimentos com o
corpo imerso na água. A natação desenvolve coordenação, condicionamento
aeróbico, reduz a espasticidade, e resulta em menos fadiga que outras atividades.
Para a Association of Swimming Therapy (1986), o milagre da água é tornar a
separação ou distinção menos nítida, frequentemente impercebíveis, pois nós todos
somos mais iguais na água; as muletas e as cadeiras são deixadas de lado e
flutuamos, grosseiramente, no mesmo nível e deste modo, desfrutamos de
igualdade de nível e de mesmo nível de fala.
Segundo o autor, a água fornece muito apoio e, quando usada corretamente,
pode estimular ou relaxar o nadador deficiente, proporcionando ao mesmo
autonomia.

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 – Ago/Dez. 2008.
Qualidade de vida

A Organização Mundial de Saúde (1999) apud Assunção (2002), definiu


qualidade de vida como a vida cultural do indivíduo e os valores nos quais eles
vivem, considerando objetivos, expectativa, padrões e preocupações da vida.
Segundo Py e Jaques (1999), qualidade de vida na realidade é o fator que
afeta ou modifica nosso bem-estar vivencial relacionado com o nível de felicidade.
Para o autor, “O lazer tem fundamental importância na qualidade de vida”.
Para Samulski e Lustosa (1996), a expressão qualidade de vida na sua
abrangência aplica-se ao indivíduo saudável e se relaciona com o seu grau de
satisfação com a vida nos seus vários aspectos que a integram: moradia, transporte,
alimentação, lazer, satisfação/ realização profissional, vida sexual e amorosa,
relacionamento com outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança financeira.
Para Zuchetto e Castro (2002), a qualidade de vida está relacionada à saúde
emocional, à auto- estima, à melhor imagem corporal e um estilo de vida mais ativo,
com maior mobilidade física e maior autonomia, refletindo nas realizações de tarefas
diárias e resoluções de problemas pessoais do dia a dia.
Para Barros apud Zuchetto e Castro (2002), a atividade física pode afetar a
qualidade de vida das pessoas, promovendo importantes adaptações fisiológicas,
agudas ou crônicas. Por outro lado a falta de atividade física pode causar redução à
mobilidade, aumento do peso corporal e diminuição a disposições para as tarefas
diárias.

A prática da atividade física adaptada

A busca de um bem estar físico e psicológico, visando uma melhor qualidade


de vida, levou os portadores de deficiência a procurar a prática de diversas
atividades físicas. (BARROS, 2000).
Para Py e Jacques (1999), “a atividade física melhora as condições totais do
organismo. Força, agilidade, coordenação motora, flexibilidade, postura e resistência
física adquiridas com a prática de exercícios são fatores importantes para o
desempenho produtivo do ser humano e que o capacitam a realizar eficientemente
as tarefas impostas pela vida”. Para se promover vida sadia e prevenção a doenças
é importante a conscientização em relação a atividade física.Segundo os autores,
“há uma íntima relação entre doença e estilo de vida, onde a atividade física constitui
fator fundamental”.
Segundo Tsutsumi (2004), a atividade física adaptada contínua estimula a
qualidade de vida, a integração social, prevenindo complicações futuras.
A atividade física regular para Shephvid (1991) apud Tsutsumi (2004), “pode
trazer novas perspectivas para o indivíduo com incapacidade física, incluindo novas
amizades e até oportunidade de emprego, devido ao aumento da produtividade”.
A prática de atividades motoras permite ao portador de deficiência física testar
suas potencialidades, ampliar suas respostas motrizes, prevenir deficiências
secundárias, manter e melhorar as condições fisiológicas e, consequentemente, a
auto-estima, auto-imagem e a integração total do individuo.

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Natação Adaptada

Segundo a CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) Apud Tsutsumi (2004), a


natação é uma das modalidades que participa dos jogos Paraolímpicos e o Brasil
possui representantes desta modalidade.
Desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960, a natação está presente no
programa oficial de competições. Na história paraolímpica, homens e mulheres
sempre estiveram nas piscinas na luta pelos melhores tempos. A modalidade atrai
grandes públicos e um expressivo número de atletas. Entre as 106 medalhas do
Brasil nos Jogos, nada menos que 39 (36%) vieram das conquistas da natação. Este
histórico vitorioso foi iniciado em Stoke Mandeville-84, com um ouro, cinco pratas e
um bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul-88, as piscinas renderam ao País um
ouro, uma prata e sete bronzes. Na Paraolimpíada de Barcelona, o esporte obteve
três bronzes. Em Atlanta-96, a performance foi exatamente igual à de Seul. Sydney
marcou o melhor desempenho da natação, que trouxe um ouro, seis pratas e quatro
bronzes para o Brasil.
As regras são as mesmas da natação convencional com alterações apenas
na largada, virada e chegada. As provas são variadas e obedecem aos estilos
oficiais, os atletas são separados de acordo com suas classes, podendo participar
da modalidade esportiva portadores de qualquer deficiência, sendo física, mental,
visual ou auditiva (MELO; LOPES,2002).
Segundo a Association of Swimming Therapy (1986), a iniciação da natação
para pessoas com deficiência física normalmente se dá através do Método Halliwick,
que ensina desde o controle respiratório ate os movimentos básicos de um nado. A
partir daí, são utilizadas técnicas de aprendizagem dos nados como na natação
normal, claro que respeitando a individualidade e a capacidade de cada pessoa.
O método Halliwick foi criado por James McMillan em 1949, na Halliwick
School, em Londres. Esse método baseia-se nos princípios científicos da
hidrostática, da hidrodinâmica e da mecânica dos corpos e seu o objetivo é de
promover todos os aspectos da natação para pessoas com deficiência. As atividades
ensinadas pelo método englobam muitas habilidades, como por exemplo, o
aprendizado de como o empuxo e a turbulência afetam o corpo (e como responder a
isso), o aprendizado do equilíbrio, as “remadas” e o desenvolvimento dos
movimentos da natação básicos.
A água apresenta propriedades que facilitam para o indivíduo sua locomoção
sem grande esforço, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação
quase total da força da gravidade pode, segundo Campion (2002), “aliviar o estresse
sobre as articulações que sustentam o peso do corpo, auxiliando no equilíbrio
estático e dinâmico, propiciando dessa forma maior facilidade de execução de
movimentos que, em terra seriam muito difícil ou impossível de serem executados”.
A natação desenvolve no deficiente físico capacidades para dominar o
elemento água, fazendo com que se torne independente e seguro dentre suas
limitações (GRASSELI; PAULA, 2002).
O objetivo dessa pesquisa foi investigar se a atividade física é uma estratégia
eficaz para promover a manutenção e ou melhora na qualidade de vida de
portadores de deficiência física.

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 – Ago/Dez. 2008.
METODOLOGIA

O presente estudo é composto por 20 voluntários divididos em 2 grupos. O


primeiro, denominado grupo experimental (GE) composto por 14 indivíduos sendo
10 do sexo masculino e 4 do sexo feminino com idade entre 26 a 60 anos e o
segundo, denominado grupo controle (GC), composto por 6 indivíduos, 4 do sexo
masculino e 2 do sexo feminino com idade entre 25 a 37 anos, todos portadores de
deficiência física, sedentários, que não fazem acompanhamento fisioterápico,
membros da Associação de Cooperação e Integração dos Portadores de Deficiência
Física (ACINPODE), da cidade de João Monlevade-MG.
Para determinarmos o nível de Qualidade de Vida dos voluntários foi aplicado
a Versão Brasileira do questionário de Qualidade de Vida – SF- 36, onde os
resultados foram transformados em notas de 8 domínios (Capacidade funcional,
limitação, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos
emocionais,saúde mental).
Após o consentimento do presidente da ACINPODE e de posse do termo de
participação assinados pelos voluntários foi aplicado a versão Brasileira do
questionário de qualidade de vida SF-36 uma semana antes do início das aulas. O
programa de natação foi ministrado pela própria pesquisadora em uma escola de
natação com piscina coberta e aquecida, na cidade de João Monlevade-MG. Teve a
duração de 24 semanas, com aulas duas vezes por semana (Terça e Quinta), no
horário da manhã, e duração de 50 min cada aula. Os voluntários do (GE), não
tinham vivência a pratica da atividade física em meio liquido, nas primeiras 4
semanas, foi trabalhado adaptação ao meio liquido, priorizado a flutuação de costas,
a partir da 5º semana foi iniciado a aprendizagem do nado crawl, numa aula bem
descontraída, com aquecimento, técnicas do nado crawl, brincadeiras e
relaxamento. Após as 24 semanas foi aplicado no pós-teste a versão brasileira do
questionário de qualidade de vida SF-36.
Os dados foram analisados através da estatística descritiva, média, desvio
padrão, porcentagem, teste “t” de Student e apresentação por meio de tabela e
gráficos para melhor compreensão.
Foi solicitada uma autorização ao presidente da ACINPODE, através de um
termo de consentimento da ação envolvida na pesquisa, assim com todos os
voluntários. Todos os objetivos e procedimentos da aula de natação foram
explicados para todos os portadores de deficiência física que participaram de forma
anônima e voluntária da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSÃO

Os resultados foram baseados na comparação dos dados obtidos no pré-teste


e pós-teste de um programa de natação.
Considerando o perfil da amostra, a análise do questionário mostrou que o
(GE) é predominante adulto, com média de idade de 39,6 ±13,8 anos, o (GC) é
predominante jovem com média de idade de 27,8 ± 4,6. O gráfico abaixo apresenta
aos resultados relacionados ao período na qual os entrevistados adquiriram a
deficiência.

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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.3 - N.2 – Ago/Dez. 2008.
Figura 01- Distribuição do Grupo Experimental quanto ao período no qual adquiriu a deficiência.

Grupo Experimental

43% 43% Infância


Adolescência
Idade Adulta
14%

Observando o gráfico verifica-se que 43% da amostra adquiriram a deficiência


na idade adulta por fatores relacionados a acidente no trabalho, acidente
automobilístico e violência urbana, 43% da amostra adquiriu a deficiência na infância
por motivos de paralisia infantil e 14% da amostra adquiriram a deficiência na
adolescência também por motivo de acidente automobilístico.

Figura 02 – Distribuição do Grupo Controle quanto ao período no qual adquiriu a deficiência.

Grupo Controle

0%
0%
Infância
Adolecência
Idade Adulta
100%

Observando o gráfico podemos perceber que todos os participantes do grupo


controle adquiriram a deficiência na fase adulta, por motivo de acidente no trabalho e
acidente automobilístico.

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Figura 03 - Distribuição dos indivíduos segundo o tipo de deficiência física do Grupo Experimental.

Grupo Experimental

Amputado

14%
29% AVC
14%

Poliomielite
43%
Traumatismoraquio
medular

Observando o gráfico de distribuição dos indivíduos segundo o tipo de


deficiência física do grupo experimental podemos perceber que a poliomielite foi à
causa da deficiência de 43% dos entrevistados. Antigamente essa doença infecciosa
que atinge células motoras não atingindo a sensibilidade era muito temida devido o
fato de que quase sempre trazia seqüelas irreversíveis às crianças
(BRUKHARDT,1985). Hoje essa doença já é controlada no Brasil e no mundo devido
às campanhas de vacinação.
O traumatismo raquiomedular foi à causa de 29% da deficiência dos
entrevistados. Palmer e Tons (1988) apud Almeida e Tonello (2007), relatam que o
trauma é uma das causas mais comuns de lesão medula espinhal, se originando de
ferimentos penetrantes por faca ou bala, fraturas com deslocamento resultando
numa transecção de medula, compressão por tumor, osteofito, aracnoidite, abcesso
extradural, hérnia de disco ou um desabamento vertebral.
No Brasil, há 1.300.000 mil portadores de lesão medular, e cada ano essa
incidência vem aumentando, devido a acidentes automobilísticos e principalmente a
violência.
A amputação é a causa de 14% da deficiência dos entrevistados. Segundo
Carvalho (2003), definiu-se como a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de
um membro. No caso dos entrevistados a deficiência foi causada por acidente
automobilístico, mais pode ocorrer a amputação por doenças como o câncer , o
diabetes e a trombose.
Segundo Camargo e Gonzalez (1996), O AVC acidente vascular cerebral,
conhecido também como derrame faz com que o individuo perca a sensibilidade em
um lado do corpo, sendo possível sua recuperação total ou parcial através de
reabilitação,sendo à causa da deficiência de 14% dos entrevistados.Existem
diversos fatores considerados de risco para a chance de ter um AVC, sendo o
principal a hipertensão arterial sistêmica não controlada e, além dela, também
aumentam a possibilidade o diabetes mellitus, doenças reumáticas, trombose, uma
arritmia cárdia chamada fibrilação atrial, estenose de valva mitral entre outra.

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Figura 04 – Distribuição dos indivíduos segundo o tipo de deficiência física do Grupo Controle.

Grupo Controle

Amputado

33% 34% AVC (Derrame)

Polimielite
0%
33%

Traumatismo
Raquiomedular

Observando o gráfico de distribuição dos indivíduos segundo o tipo de


deficiência física do grupo controle podemos perceber que a Amputação foi à causa
da deficiência de 34% da amostra, o AVC foi à causa de 33% igualando ao
Traumatismo Raquiomedular. No grupo Controle não houve indivíduos com
Poliomielite.

Tabela 01- Comparação do Grupo de Controle e Grupo Experimental no Pré- Teste

Grupo Experimental Grupo Controle


Domínio Valor de p
Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão
Capacidade Funcional 26,0 12,4 29,1 3,7 0,5624
Limitação 39,2 33,5 54,1 18,8 0,3259
Dor 52,7 25,3 59,6 27,0 0,5879
Saúde 58,3 19,6 60,7 27,3 0,8564
Vitalidade 66,4 15,3 60,0 15,4 0,4036
Aspectos Sociais 58,9 26,5 66,6 10,2 0,5035
Aspectos Emocionais 38,0 36,6 61,0 13,5 0,1577
Saúde Mental 68,5 17,1 69,3 13,7 0,9245

Observa-se pelo valor (p≤0,05) que o grupo experimental e controle não


tiveram diferença no Pré-teste, isto é, partiu na mesma condição inicial.

Tabela 02 – Comparação entre o Pré-Teste e Pós-Teste no Grupo Controle

Pré-Teste Pós-Teste
Domínio Valor de p
Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão
Capacidade Funcional 29,1 3,7 32,5 5,2 0,101939
Limitação 54,1 18,8 54,1 18,8 0,285384
Dor 59,6 27,0 65,8 21,2 0,130335
Saúde 60,7 27,3 67,0 21,6 0,120435
Vitalidade 60,0 15,4 63,3 10,8 0,235387
Aspectos Sociais 66,6 10,2 70,8 10,2 0,174688
Aspectos Emocionais 61,0 13,5 66,6 1,56 0,363217
Saúde Mental 69,3 13,7 70,0 14,0 0,363217

Observa-se pelo valor (p≤0,05) que o grupo controle não teve diferença no
Pré- teste e Pós-teste, o que já era esperado pois esse grupo não participou de
nenhum programa durante as 24 semanas.
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Tabela 03- Comparação entre o Pré-Teste e Pós-Teste no Grupo Experimental

Pré-Teste Pós-Teste
Domínio Valor de p
Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão
Capacidade Funcional 26,0 12,4 32,5 15,0 0,008089 *
Limitação 39,2 33,5 60,7 30,5 0,001113 *
Dor 52,7 25,3 66,4 27,0 1,770933
Saúde 58,3 19,6 64,7 18,3 0,019467 *
Vitalidade 66,4 15,3 74,2 11,7 0,016538 *
Aspectos Sociais 58,9 26,5 75,8 19,2 0,015463 *
Aspectos Emocionais 38,0 36,6 73,7 32,5 0,000324 *
Saúde Mental 68,5 17,1 76,6 7,3 0,059849

Através dos valores (p≤0,05), pode-se verificar que hove uma melhora entre o
pré-teste e o pós-teste nos domínios: capacidade funcional, limitação, saúde,
vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais. Não havendo melhora nos
domínios: dor e saúde mental.
Almeida e Tonello (2007), ao estudar um grupo de 10 alunos com lesão
medular, com idades de 13 a 46 anos, que praticam natação (iniciantes,
aperfeiçoamento e treinamento), observaram que em relação à qualidade de vida
concordaram com as afirmativas a respeito dos benefícios físicos, atingindo 92,50%
do total das respostas e a respeito dos benefícios sociais atingiram 82,73% do total
das respostas.
Estudos como o de Sampaio (2001) apud Franco (2005), demonstram uma
melhora na funcionalidade de pacientes que sofreram traumatismo raquiomedular, o
que proporciona diretamente melhoria na qualidade de vida, estando relacionada
com independência nas AVDs, melhora da auto- estima, melhora da auto-imagem e
da auto-confiança.
Franco (2005), ao estudar dois voluntários paraplégicos, vitima de acidente
automobilístico, um do sexo masculino com 26 anos e um do sexo feminino com 23
anos, durante 6 semanas, 3 vezes por semana, 45 mim cada aula, submetidos a um
programa de atividades física moderada, observou através da escala de Nonthing,
em que a qualidade de vida foi avaliada, o numero de respostas “não”, que é vista
como bom critério evidenciou n=52 antes e n= 67 depois do programa de atividade
física. Este resultado vem ao encontro dos resultados obtidos neste estudo, que
também obteve resultados na qualidade de vida dos portadores de deficiência física
no pós-teste do grupo experimental.
Para Grasseli e Paula (2002), a atividade aquática satisfaz as necessidades
do deficiente físico, especialmente a necessidades de ação, por isso ela deve ser
vista como fator de desenvolvimento tanto fisiológico, psicológico e cognitivo.

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO

Pode-se concluir que o programa de natação adaptada realizado nesta


pesquisa, colaborou para a melhoria da qualidade de vida dos deficientes físicos
participantes do (GE). A prática regular de natação adaptada por deficientes físicos
pode influência em suas vidas de forma positiva, contribuindo para uma maior
autonomia e independência se tornando pessoas mais capazes e mais felizes.

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Entretanto, há necessidade de um número maior de estudos, com um número
maior de amostra, que avalie a influência da natação na qualidade de vida de
deficientes físicos aqui abordados.

REFERÊNCIAS

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