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A dor de cabeça parece que já faz parte do nosso dia a dia.

São tantas as atividades, os


problemas, o estresse e as cobranças que é inevitável sentir, ao final do dia, aquelas
pontadas latejantes lá no fundo. Pior é quando essas dores passam a ser constantes e
intensas. Aí vem aquela sensação de que a cabeça vai explodir, os olhos ficam sensíveis
à luz e a qualidade de vida cai muito. O nome disso? Enxaqueca.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), existem mais de 150
tipos de dor de cabeça. Dentre elas, a enxaqueca é, talvez, a que mais afeta a qualidade
de vida dos pacientes. "A enxaqueca é muito mais que uma dor. Dá a sensação de que a
cabeça está enorme, pulsando, martelando ou que o cérebro está sendo pressionado num
ritmo enlouquecedor. Tudo passa a incomodar: a luz é uma tortura, os odores são um
sacrifício, os sons transformam-se em ruídos ensurdecedores, o estômago revira e os
vômitos são a consequência natural. Esse martírio pode durar dias, num vai e vem de
intensidade maior e menor que impede a realização da maior parte das atividades do
dia", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, da Unifesp.

Segundo a SBC, cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem com esse problema e, dentre
esses, 75% são mulheres. "Muitas podem ser as causas da enxaqueca, desde problemas
tensionais, normalmente associados ao estresse, até resultantes de tumores, aneurismas,
medicamentos fortes e até ressaca", ensina a especialista. Uma pesquisa recente
publicada na Nature Medicine descobriu que o DNA pode fazer umas pessoas serem
mais propícias a ter enxaqueca do que outras. Tudo por conta da presença de um gene
conhecido como Tresk, que faz com que fatores do ambiente ativem áreas do cérebro
que controlam a dor, inativando-as. Os especialistas agora estão focados na formulação
de um medicamento que ative essa área do cérebro.

Quem sofre com a dor insuportável sabe o quanto é difícil ficar simplesmente esperando
que ela passe. Mas, para além dos vários tratamentos para o problema, existem alguns
hábitos que quem quer se livrar de vez da enxaqueca, deve abandonar. Confira a lista
abaixo:

1. Abuso de analgésicos

Quem abusa de analgésicos para se livrar da dor, ou seja, toma mais de um comprimido
por semana corre o risco de alimentar a própria dor. "O analgésico bloqueia todos os
mecanismos de defesa natural para combate da dor de cabeça. O uso prolongado e
indiscriminado desse tipo de medicamento faz com que o corpo fique dependente do
medicamento", explica a neurologista Claudia Klein, especialista do Minha Vida.

Em outras palavras, o organismo fica viciado a tal ponto que passa a "produzir" a dor
para que o analgésico precise agir. Além disso, o analgésico também impede a produção
de serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e
relaxamento, agravando a dor depois de certo tempo. "Muitas pessoas costumam tomar
o analgésico ao menor sinal de dor e, assim, esquecem de tratar o problema. É preciso
buscar tratamentos reais com medicação indicada o médico especialista", aconselha
Claudia Klein.

2. Má alimentação
De acordo com a neurologista, alguns alimentos devem ser evitados por quem sofre de
enxaqueca, como, por exemplo, o aspartame, condimentados, leite e derivados,
alimentos cítricos, chocolate e café. "Esses alimentos contêm substâncias que interagem
com a bioquímica cerebral do organismo, alterando a ação de determinadas enzimas e
diminuindo a quantidade de serotonina, hormônio ligado à enxaqueca", explica Claudia
Klein. Além disso, a especialista afirma que pior do que o consumo desses alimentos, é
ficar em jejum por tempo prolongado - mais de 4 horas sem comer - ou ter uma
alimentação baseada em frituras e doces, por isso, ter um cardápio equilibrado e
controlado é uma ótima medida preventiva.

3. Tabagismo

Que fumar é uma bomba para o organismo, todo mundo já sabe. A novidade é que, além
de todos os males, a nicotina ainda é associada à alteração da circulação sanguínea e
enrijecimento dos vasos sanguíneos, o que, segunda a neurologista Claudia Klein,
também pode acabar provocando a enxaqueca.

Além disso, um recente estudo norueguês publicado pela revista médica Neurology
avaliou 6 mil estudantes e descobriu que o tabagismo, associado ao sobrepeso e ao
sedentarismo, triplica as chances de jovens desenvolverem enxaqueca. Os autores
disseram não ter ficado claro se esses fatores do estilo de vida provocam a cefaleia ou se
eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis. Pelo sim, pelo não, é
melhor prevenir e ficar longe do cigarro.

4. Ser sedentário

Uma pesquisa conduzida na Suécia demonstrou que pessoas que se envolvem em um


programa de atividades aeróbicas apresentam queda significativa na frequência e
intensidade das dores de cabeça crônicas e enxaqueca. O programa de treinamento
aplicado na pesquisa consistia em treino de 40 minutos de bicicleta ergométrica
praticada três vezes por semana.

"A pessoa que sofre de enxaqueca já tem uma produção baixa de serotonina, e os
exercícios físicos estimulam a produção desse hormônio. Se a pessoa não fizer nenhum
tipo de atividade que compense essa baixa, vai ser difícil reverter o quadro", explica a
neurologista Claudia Klein.

5. Consumir álcool

Como a enxaqueca é um problema de origem vascular, cuja dor é provocada pela


contração e dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser
uma opção ruim para quem lida com o problema. A especialista Claudia Klein explica:
"As bebidas alcoólicas quando ingeridas em excesso provocam dilatação dos vasos do
corpo e do cérebro, o que acaba acentuando o incômodo da enxaqueca."

Se render ao estresse
Tudo o que gera estresse e desequilíbrio para o organismo pode agravar a enxaqueca de
quem já tem predisposição. Trabalho em excesso, ficar sem comer por muito tempo,
nervosismo, insônia ou dormir pouco, chateação e outros problemas emocionais podem
ser uma porta aberta para a dor incômoda. Quem sofre com os dramas do estresse, deve
procurar tratamento. Buscar métodos, como massagem e acupuntura, e dar mais valor
ao momentos de lazer e relaxamento são atitudes importantes. "A acupuntura é bem
eficiente, pois provoca microestímulos que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio de
forma natural", garante a neurologista Claudia Klein.

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