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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Fontes alternativas de Energia e seus Impactos Ambientais

Energia Eólica
e
Pequenas Centrais
Hidrelétricas

DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

PROF: Drª MARIA EMÍLIA TOSTES

ALUNO: RAIDSON JENNER NEGREIROS DE ALENCAR


1. INTRODUÇÃO

O avanço das civilizações traz consigo uma crescente necessidade de


disponibilidade de energia. A disponibilidade de energia é uma das variáveis que
define um país como desenvolvido, pois a energia é um dos fatores determinantes
para o desenvolvimento econômico e social, pois fornece apoio mecânico, térmico e
elétrico às ações humanas. Esta característica faz com que o setor de energia
conviva, historicamente, com dois extremos. Em um deles está o desenvolvimento
tecnológico que visa atingir maior qualidade e eficiência tanto na produção quanto
na aplicação dos recursos energéticos. Na atualidade, o primeiro caso inclui as
pesquisas sobre novas fontes, como geotermia, maré e células de hidrogênio, entre
outras. Do segundo, um exemplo é o automóvel que, após passar décadas
dependentes da gasolina, começa a ser crescentemente abastecido por etanol –
enquanto, no terreno dos projetos pilotos, se movimenta com o estímulo da energia
elétrica.
No outro extremo, há a ação horizontal, que visa a aumentar o número de
pessoas com acesso às fontes mais eficientes de energia que possam causar
menos impactos ambientais e ainda que possam se apresentar com características
mais renováveis, dado que ao longo de milênios de exploração dos recursos
energéticos naturais disponíveis certamente levará as reservas mundiais a exaustão
em um horizonte não muito distante.
O presente trabalho visa apresentar duas alternativas a essa problemática: A
energia elétrica proveniente de aproveitamentos eólicos e a energia elétrica
proveniente de Pequenas Centrais Hidrelétricas.
2. ENERGIA EÓLICA
2.1 – INTRODUÇÃO
Desde as mais remotas eras, os homens conhecem e respeitam o poder dos
ventos. Os antigos gregos cultuavam um deus chamado Éolo, que tinha o poder de
controlar os ventos e a capacidade de desencadear tempestades. Do nome desta
divindade deriva o termo Eólico, adjetivo utilizado a tudo que se relaciona ao vento.
Observando a natureza o homem percebeu que poderia utilizar-se dos ventos
para mover coisas e à medida que a técnica humana foi sendo apurada, este foi
desenvolvendo novos equipamentos que, com o desenvolvimento da agricultura,
foram sendo utilizados com o objetivo de substituir a tração humana ou animal. Por
volta de 200 a.C os Persas desenvolveram uma forma rudimentar de cata-vento
utilizado para moer grãos.

Figura 1 – Vista em perspectiva do moinho de vento persa

Mesmo com baixa eficiência devido a suas características, os cata-ventos


primitivos apresentavam vantagens importantes para o desenvolvimento das
necessidades básicas de bombeamento d’água ou moagem de grãos, substituindo a
força motriz humana ou animal. Pouco se sabe sobre o desenvolvimento e uso dos
cata-ventos primitivos da China e Oriente Médio como também dos cata-ventos
surgidos no Mediterrâneo. Um importante desenvolvimento da tecnologia primitiva
foram os primeiros modelos a utilizarem velas de sustentação em eixo horizontal
encontrados nas ilhas gregas do Mediterrâneo.
Na Europa, acredita-se que os cata-ventos foram introduzidos pelos Cruzados à 900
anos. Os cata-ventos foram largamente utilizados e seu desenvolvimento bem
documentado. As máquinas primitivas persistiram até o século XII quando
começaram a ser utilizados moinhos de eixo horizontal na Inglaterra, França e
Holanda, entre outros países.
No início do século XVI, os moinhos de vento chegaram à América, trazidos pelos
conquistadores espanhóis e colonizadores ingleses. Ao longo da sua história, os
norte-americanos fizeram largo uso dos equipamentos eólicos, introduzindo sensível
aperfeiçoamento tecnológico aos seus processos de produção, que começaram a
mudar suas características artesanais para a produção mais “em série”. O número
de moinhos de vento na Europa nesse período mostra a importância do seu uso em
diversos países como a Bélgica (3.000 moinhos de vento), Inglaterra (10.000
moinhos de vento) e França (650 moinhos de vento na região de Anjou)
Um marco decisivo para a energia eólica foi a Revolução Industrial no final do
século XIX. Com o surgimento da máquina a vapor, iniciou-se o declínio do uso da
energia eólica na Holanda e demais países. Já no início do século XX existiam em
operação apenas 2.500 moinhos de vento, caindo para cerca de 1.000 em 19601.

2.2 – A UTILIZAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA NO SÉCULO XX

No início do século passado iniciou-se um novo desafio: A utilização da


energia dos ventos para gerar energia elétrica. Nos Estados Unidos as pesquisas
centralizavam-se na utilização de Aerogeradores de pequeno porte em fazendas e
propriedades rurais isoladas, enquanto que na Rússia o desafio era a conexão de
aerogeradores de médio e grande porte diretamente na rede elétrica.
Foi em 1888 que Charles F. Bruch, um industrial voltado para a eletrificação
do campo, ergueu na cidade de Cleveland, Ohio, o primeiro cata-vento destinado à
1
(Fonte: CRESESB – Tutorial Energia Eólica)
geração de energia elétrica. Tratava-se de um cata-vento que fornecia 12 kW em
corrente contínua destinado ao fornecimento de energia elétrica a 350 lâmpadas
incandescentes. O cata-vento (Figura 2) possui 144 pás, de 17 metros de diâmetro e
18 metros de altura. Este sistema esteve em operação por cerca de 20 anos, sendo
desativado em 1908. Foi um marco na utilização de cata-ventos na produção de
energia elétrica.

Figura 2 – Cata-ventos de Charles Brush

Em 1931, na Rússia, desenvolveu-se um aerogerador de 100 kW, conectado


por uma linha de transmissão de 6,3 kV e 30 km a uma usina termelétrica de 20 MW.
Foi a primeira tentativa bem sucedida de se conectar um aerogerador de corrente
alternada a uma usina termelétrica.
A Segunda Guerra Mundial contribuiu significativamente para o
desenvolvimento de aerogeradores de médio e grande porte, dado que a maioria
dos países empenhava-se em economizar combustíveis fósseis. Com o fim da
guerra e o fim da escassez de combustíveis fósseis, os aerogeradores deixaram de
ser atrativos e passaram a ser construídos apenas para fins de pesquisa. Países
como Inglaterra, França e Dinamarca empenharam-se em pesquisas na área de
aerogeradores obtendo excelentes resultados. A Alemanha, no período de 1955 a
1968 desenvolveu projetos de aerogeradores que apresentaram avanços
tecnológicos que persistem até hoje, no desenvolvimento de modelos para
operação.

2.2.1 – Evolução de Aerogeradores de Grande Porte

O comércio de aerogeradores no mundo se desenvolveu rapidamente em


tecnologia e tamanhos durante os últimos 15 anos. A figura 3, a seguir, mostra o
impressionante desenvolvimento do tamanho e da potência de aerogeradores desde
1985. Estima-se que nos próximos anos aerogeradores com potência superior a 7
MW e diâmetro de cerca de 140 metros estejam sendo desenvolvidos.

Figura 3 – Evolução dos Aerogeradores de 1985-2005 – Perspectiva para 2010


2.2.2 – A Potência Eólica Instalada no Mundo
O perfil do crescimento da energia eólica na década de 90 indica perspectivas
promissoras para o crescimento da indústria eólica mundial para as próximas
décadas. Mesmo considerando-se uma desaceleração no aumento da potência
instalada nos últimos anos, a procura por novos mercados e o desenvolvimento de
turbinas eólicas de maior porte mostram boas perspectivas para um crescimento
mais sustentável e não tão acelerado para a próxima década. A Figura 4 mostra a
potência eólica instalada em diversos países desde 1982.

2.3 – POTÊNCIA E ENERGIA EXTRAÍDA DOS VENTOS


Embora os ventos sejam uma entidade imprevisível, o estudo de seu
aproveitamento pode ser perfeitamente calculado através de equações
fundamentais. Apesar da imprevisibilidade de seu comportamento, os estudos
teóricos e as experiências acumuladas permitiram que se desenvolvesse pouco a
pouco um novo ramo da Ciência, chamado por alguns autores de Engenharia Eólica.
A energia cinética de uma massa de ar em movimento é dada por:
1 2
ε= mv v (1)
2
Onde:
m - Massa de ar em movimento (kg)
vv -Velocidade do vento (m/s)

Considerando a mesma massa em movimento à mesma velocidade,


perpendicular a uma seção transversal de um cilindro imaginário, conforme figura 5 a
seguir, pode-se demonstrar que a potência disponível no vento que passa pela
seção A , transversal ao fluxo de ar, é dada por:
1 mvv2 1 ρAdvv2
ε m
Pv = = = ∴ ρ=
t 2 t 2 t Ad
d 1
vv = ∴ Pv = ρAv v3 (2)
t 2
Onde:
Pv - Potência do vento (W)

ρ - Massa específica do ar (kg/m3)


A - Área da seção transversal (m2)
Figura 4 – Potência Eólica Instalada no mundo desde 1982 até 20002

2
(Fonte: CRECESB, 2007)
Figura 5 – Fluxo de ar através de um volume imaginário com seção transversal A

2.4 – TIPOS E CONSTITUIÇÃO DOS AEROGERADORES

Os aerogeradores são diferenciados basicamente em função da disposição


do eixo do rotor e podem ser classificados em:

2.4.1 – Rotor de Eixo Vertical

São aqueles cujo eixo de rotação é perpendicular à direção do vento


incidente, e, por conseguinte, ao solo. Este tipo de rotor apresenta a vantagem de
não necessitar de mecanismos adicionais para orientação em função da direção do
vento, podendo os mesmos funcionar em qualquer direção de vento o que reduz a
complexidade do projeto. Os rotores de eixo vertical se subdividem em:

a) Rotor Savonius
b) Rotor Darrieus

As figuras 6 e 7 a seguir ilustram os tipos de rotores.


Figura 6 – Rotor Savonius (a) Forma Básica (b) Duas Camadas (c) Três Camadas
(d) Projeto Aperfeiçoado do Rotor Savonius

Figura 7 – Rotor Darrieus


2.4.2 – Rotores de Eixo Horizontal

São aqueles cujo eixo de rotação é paralelo à direção do vento e paralelos à


superfície do solo. Os rotores de eixo horizontal são os mais comuns, e grande parte
da experiência mundial está voltada para sua utilização. Podem apresentar-se das
mais variadas formar, podendo possui apenas uma pá, com contrapeso, duas, três
ou múltiplas pás.

Figura 8 – Aerogerador de Eixo Horizontal

Quanto à posição do rotor em relação à torre de sustentação, os


aerogeradores de eixo horizontal podem ser classificados como:

a) A montante (Upwind Rotors): Nos quais as pás se posicionam a frente


da torre de sustentação. Este tipo de aerogerador necessita de
mecanismo adicional que oriente o posicionamento das pás na direção do
vento.
b) A jusante (Downwind Rotors): Nos quais as pás se posicionam atrás da
torre de sutentação.
A figura 9, a seguir ilustra estes tipos de rotores.

Figura 9 – Rotores de Eixo Horizontal (a) Upwind (b) Downwind

2.4.3 – Componentes de um Aerogerador de Eixo Horizontal

As principais configurações de um aerogerador de eixo horizontal podem ser


vistas na figura 14. Estes aerogeradores são diferenciadas pelo tamanho e formato
da nacele, pela presença ou não de uma caixa multiplicadora e pelo tipo de gerador
utilizado (convencional ou multipolos). A seguir são apresentados os principais
componentes do aerogerador que são de uma forma geral, a torre, a nacele e o
rotor.

a) Nacele

É a carcaça montada sobre a torre, onde se situam o gerador, a caixa de


engrenagens (quando utilizada), todo o sistema de controle, medição do vento e
motores para rotação do sistema para o melhor posicionamento em relação ao
vento.
Figura 10 – Partes Constituintes de um Aerogerador de Eixo Horizontal

b) Pás, cubo e eixo


As pás são perfis aerodinâmicos responsáveis pela interação com o vento,
convertendo parte de sua energia cinética em trabalho mecânico. Inicialmente
fabricadas em alumínio, atualmente são fabricadas em fibras de vidro reforçadas
com epóxi. Nos aerogeradores que usam controle de velocidade por passo, a pá
dispõe de rolamentos em sua base para que possa girar, modificando assim seu
ângulo de ataque. As pás são fixadas através de flanges em uma estrutura metálica
a frente do aerogerador denominada cubo. Esta estrutura é construída em aço ou
liga de alta resistência. Para os aerogeradores que utilizem o controle de velocidade
por passo, o cubo, além de apresentar os rolamentos para fixação das pás, também
acomoda os mecanismos e motores para o ajuste do ângulo de ataque de todas as
pás. O eixo é o responsável pelo acoplamento do cubo ao gerador, fazendo a
transferência da energia mecânica da turbina. É construído em aço ou liga metálica
de alta resistência.
c) Transmissão e Caixa Multiplicadora
A transmissão, que engloba a caixa multiplicadora, possui a finalidade de
transmitir a energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até o gerador. É composta
por eixos, mancais, engrenagens de transmissão e acoplamentos.
O projeto tradicional de uma turbina eólica consiste em colocar a caixa de
transmissão mecânica entre o rotor e o gerador, de forma a adaptar a baixa
velocidade do rotor à velocidade de rotação mais elevada dos geradores
convencionais.
A velocidade angular dos rotores geralmente varia na faixa de 20 a 150rpm,
devido às restrições de velocidade na ponta da pá (tip speed). Entretanto, geradores
(sobretudo geradores síncronos) trabalham em rotações muito mais elevadas (em
geral, entre 1.200 a 1.800 rpm), tornando necessária a instalação de um sistema de
multiplicação entre os eixos.
d) Gerador
A transformação da energia mecânica de rotação em energia elétrica através
de equipamentos de conversão eletro-mecânica é um problema tecnologicamente
dominado e, portanto, encontram-se vários fabricantes de geradores disponíveis no
mercado. Atualmente, existem várias alternativas de conjuntos moto-geradores,
entre eles: geradores de corrente contínua, geradores síncronos, geradores
assíncronos, geradores de comutador de corrente alternada. Cada uma delas
apresenta vantagens e desvantagens que devem ser analisadas com cuidado na
sua incorporação ao sistema de conversão de energia eólica.
e) Torre
As torres são necessárias para sustentar e posicionar o rotor a uma altura
conveniente para o seu funcionamento. É um item estrutural de grande porte e de
elevada contribuição no custo do sistema. Inicialmente, as turbinas utilizavam torres
de metal treliçado. Com o uso de geradores com potências cada vez maiores, as
naceles passaram a sustentar um peso muito elevado tanto do gerador quanto das
pás. Desta forma, para dar maior mobilidade e segurança para sustentar toda a
nacele em alturas cada vez maiores, tem-se utilizado torres de metal tubular ou de
concreto que podem ser sustentadas ou não por cabos tensores.

2.5 – SISTEMA ELÉTRICO DE UM AEROGERADOR


2.5.1 – Aerogerador de Velocidade Constante

Figura 11 – Esquema Elétrico de um Gerador de Velocidade Constante


Nos aerogeradores com velocidade constante, o gerador é diretamente
conectado à rede elétrica. A freqüência da rede determina a rotação do gerador e,
portanto, a do aerogerador.
A figura 11 mostra um esquema elétrico de um aerogerador com velocidade
constante. Estas máquinas usam geradores elétricos assíncronos, ou de indução,
cuja maior vantagem é sua construção simples e barata, além de dispensarem
dispositivos de sincronismo. As desvantagens destes geradores são as altas
correntes de partida e sua demanda por potência reativa. As altas correntes de
partida podem ser suavizadas por um tiristor de corrente, ou de partida.
2.5.2 – Aerogerador de Velocidade Variável

Figura 12 – Esquema Elétrico de um Gerador de Velocidade Variável


Os aerogeradores com velocidade variável podem usar geradores síncronos
ou assíncronos como mostra a figura 12. A conexão ao sistema elétrico é feita por
meio de um conversor de freqüência eletrônico, formado por um conjunto
retificador/inversor. A tensão produzida pelo gerador síncrono é retificada e a
corrente contínua resultante é invertida, com o controle da freqüência de saída
sendo feito eletronicamente através dos tiristores. Como a freqüência produzida pelo
gerador depende de sua rotação, esta será variável em função da variação da
rotação da turbina eólica. Entretanto, por meio do conversor, a freqüência da energia
elétrica fornecida pelo aerogerador será constante e sincronizada com o sistema
elétrico.

2.6 – APLICAÇÕES DO SISTEMA EÓLICO


Um sistema eólico pode ser utilizado em três aplicações distintas: sistemas
isolados, sistemas híbridos e sistemas interligados à rede. Os sistemas obedecem a
uma configuração básica, necessitam de uma unidade de controle de potência e, em
determinados casos, de uma unidade de armazenamento.

2.6.1 - Sistemas Isolados


Os sistemas isolados, em geral, utilizam alguma forma de armazenamento de
energia. Este armazenamento pode ser feito através de baterias, com o objetivo de
utilizar aparelhos elétricos, ou na forma de energia gravitacional, com a finalidade de
armazenar a água bombeada em reservatórios para posterior utilização. Alguns
sistemas isolados não necessitam de armazenamento, como no caso dos sistemas
para irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida.
Os sistemas que armazenam energia em baterias necessitam de um
dispositivo para controlar a carga e a descarga da bateria. O controlador de carga
tem como principal objetivo evitar danos à bateria por sobrecarga ou descarga
profunda. Para alimentação de equipamentos que operam com corrente alternada
(CA) é necessário a utilização de um inversor. Este dispositivo geralmente incorpora
um seguidor do ponto de máxima potência necessário para otimização da potência
produzida. Este sistema é usado quando se deseja utilizar eletrodomésticos
convencionais.

Figura 13 – Configuração de um Sistema Eólico Isolado

2.6.2 – Sistemas Híbridos


Os sistemas híbridos são aqueles que, desconectados da rede convencional,
apresentam várias fontes de geração de energia como, por exemplo, turbinas
eólicas, geração diesel, módulos fotovoltaicos, entre outras. A utilização de várias
formas de geração de energia elétrica aumenta a complexidade do sistema e exige a
otimização do uso de cada uma das fontes. Nesses casos, é necessário realizar um
controle de todas as fontes para que haja máxima eficiência na entrega da energia
para o usuário.
2.6.3 – Sistemas Interligados à Rede
Os sistemas interligados à rede utilizam um grande número de aerogeradores e não
necessitam de sistemas de armazenamento de energia, pois toda a geração é
entregue diretamente à rede elétrica. O total de potência instalada no mundo, de
sistemas eólicos interligados à rede, soma aproximadamente 120 GW3.

2.6.4 – Sistemas Off-Shore


As instalações off-shore representa a nova fronteira da utilização da energia
eólica. Embora representem instalações de maior custo de transporte, instalação e
manutenção, as instalações off-shore têm crescido a cada ano principalmente com o
esgotamento de áreas de grande potencial eólico em terra.
A indústria eólica tem investido no desenvolvimento tecnológico da adaptação
das turbinas eólicas convencionais para uso no mar. Além do desenvolvimento
tecnológico, os projetos off-shore necessitam de estratégias especiais quanto ao tipo
de transporte das máquinas, sua instalação e operação. Todo o projeto deve ser
coordenado de forma a utilizarem os períodos onde as condições marítimas
propiciem um deslocamento e uma instalação com segurança.

Figura 14 – Sistema Eólico Off-shore

3
(WWEA,2009).
2.7 – ENERGIA EÓLICA E IMPACTOS AMBIENTAIS

São poucas as referências a problemas ambientais causados pela instalação


de parques eólicos. A utilização da energia eólica não é acompanhada de efeitos
poluidores térmicos, químicos ou nucleares e dependendo do sistema de
implantação deixam muito poucos resíduos sólidos e ainda não necessita ser
acompanhado de desmatamento de grandes áreas verdes. As principais referências
a problemas ambientais causados pelos parques eólicos são:

• Os ruídos de baixa frequência provocados pelo movimento das pás. Nesse


aspecto os aerogeradores de eixo horizontal são mais silenciosos do que os
aerogeradores de eixo vertical;
• O aspecto visual dos parques eólicos é referido como desagradável por
alguns;
• Quando implantados nas rotas migratórias de pássaros tem provocado o
choque e a morte de indivíduos. Nos aerogeradores de grande porte, as pás
giram lentamente, minimizando este inconveniente;
• Destino final das baterias, quando utilizadas tem sido motivo de preocupação.
As baterias empregadas no armazenamento de energia contêm chumbo,
cádmio, lítio, mercúrio etc. Estes materiais, quando sua destinação for correta,
podem ser reciclados não apresentando riscos ao meio ambiente.

Como se vê alguns problemas existem, porém quando comparados aos


impactos causados por outras formas de geração de energia elétrica pode-se dizer
que os impactos causados pelos parques eólicos destinados à geração de
eletricidade são de baixíssimas proporções.
3. PEQUENAS CENTRAIS
HIDRELÉTRICAS
3.1 – INTRODUÇÃO

Há séculos que o homem utiliza-se da força das águas para auxiliá-lo em suas
atividades. Os moinhos de água foram, talvez, a primeira forma de utilização da força
das águas para produção de trabalho. Com o desenvolvimento da eletricidade, o homem
percebeu que poderia utilizar-se da energia produzida pelas quedas de água para mover
o eixo de um gerador e assim produzir energia elétrica.
A água é o recurso natural mais abundante na Terra, é uma das poucas fontes de
produção da energia elétrica que não contribui para o aquecimento global e ainda é
renovável, pois a água pelo efeito da energia solar transforma-se em vapor que se
condensa nas nuvens retornando aos rios através das chuvas. Ainda assim, a utilização
da água na matriz energética mundial é pouco expressiva e na matriz elétrica vem
apresentando decrescimento nos últimos anos. Entre os anos de 1973 e 2006, a
utilização da força das águas na produção total de energia passou de 2,2% para 1,8 %,
conforme figura 15, a seguir.

Figura 15 – Matriz Energética Mundial nos anos de 1973 e 20064

4
Fonte: Atlas de Energia Elétrica do Brasil, 3ª Ed, 2008
No mesmo período, a energia hidrelétrica sofreu um recuo na matriz de energia
elétrica de 21% para 16%, ficando atrás do carvão e do gás natural, ambos
combustíveis fósseis não renováveis, cuja combustão é caracterizada pela liberação de
gases na atmosfera e sujeitos ao esgotamento das reservas em médio e longo prazo.
(ver figura 16).

Figura 16 Matriz de Energia Elétrica dos anos de 1976 e 20065

A primeira hidrelétrica do mundo foi construída no final do século XIX – quando o


carvão era o principal combustível e as pesquisas sobre petróleo ainda engatinhavam –
junto às quedas d’água das Cataratas do Niágara. Até então, a energia hidráulica da
região tinha sido utilizada apenas para a produção de energia mecânica. Na mesma
época, e ainda no reinado de D. Pedro II, o Brasil construiu a primeira hidrelétrica, no
município de Diamantina, utilizando as águas do Ribeirão do Inferno, afluente do rio
Jequitinhonha, com 0,5 MW (megawatt) de potência e linha de transmissão de dois
quilômetros.
A resolução nº 652, de 09 de Dezembro de 2003 estabelece como sendo
Pequenas Centrais Hidrelétricas os aproveitamentos hidrelétricos com potência
compreendida entre 1000 kW e 30.000 kW inclusive e ainda que não possuam
reservatório com área superior a 3 km2.
As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) são uma alternativa à implantação de
grandes barragens para produção de energia elétrica. Além de apresentarem um dos
menores custos de produção se comparada com as outras formas de produção de

5
Fonte: Atlas de Energia Elétrica do Brasil, 3ª Ed, 2008
eletricidade ainda apresenta a vantagem de apresentar impactos ambientais bem mais
reduzidos do que as demais fontes de energia, conforme demonstra a figura 17 a seguir.

Figura 17 – Custos de Produção de Energia Elétrica no Brasil

3.2 – TIPOS DE PCH


3.2.1 – Quanto à Capacidade de Regularização

a) PCH à Fio D´Água: Esse tipo de PCH é empregado quando as vazões de


estiagem do rio são iguais ou maiores que a descarga necessária à potência
a ser instalada para atender à demanda máxima prevista.Nesse caso,
despreza-se o volume do reservatório criado pela barragem. O sistema de
adução deverá ser projetado para conduzir a descarga necessária para
fornecer a potência que atenda à demanda máxima. O aproveitamento
energético local será parcial e o vertedouro funcionará na quase totalidade
do tempo, extravasando o excesso de água.

Esse tipo de PCH apresenta, dentre outras, as seguintes simplificações:

- dispensa estudos de regularização de vazões;

- dispensa estudos de sazonalidade da carga elétrica do consumidor; e

- facilita os estudos e a concepção da tomada d’água.

b) PCH de Acumulação com Regulação Diária: Esse tipo de PCH é


empregado quando as vazões de estiagem do rio são inferiores à
necessária para fornecer a potência para suprir a demanda máxima do
mercado consumidor e ocorrem com risco superior ao adotado no projeto.
Nesse caso, o reservatório fornecerá o adicional necessário de vazão
regularizada.

3.2.2 – Quanto ao sistema de adução

Quanto ao sistema de adução, são considerados dois tipos de PCH:

- adução em baixa pressão com escoamento livre em canal / alta pressão em


conduto forçado;

- adução em baixa pressão por meio de tubulação / alta pressão em conduto


forçado.

A escolha de um ou outro tipo dependerá das condições topográficas e


geológicas que apresente o local do aproveitamento, bem como de estudo econômico
comparativo.

Para sistema de adução longo, quando a inclinação da encosta e as condições de


fundação forem favoráveis à construção de um canal, este tipo, em princípio, deverá ser
a solução mais econômica.

Para sistema de adução curto, a opção por tubulação única, para os trechos de
baixa e alta pressão, deve ser estudada.

3.2.3 – Quanto à Potência Instalada e quanto à Queda de Projeto

As PCH podem ser ainda classificadas quanto à potência instalada e quanto à


queda de projeto, como mostrado na Tabela 1, a seguir, considerando-se os dois
parâmetros conjuntamente, uma vez que um ou outro isoladamente não permite uma
classificação adequada.

Para as centrais com alta e média queda, onde existe um desnível natural
elevado, a casa de força fica situada, normalmente, afastada da estrutura do
barramento. Conseqüentemente, a concepção do circuito hidráulico de adução envolve,
rotineiramente, canal ou conduto de baixa pressão com extensão longa.
Para as centrais de baixa queda, todavia, a casa de força fica, normalmente, junto
da barragem, sendo a adução feita através de uma tomada d’água incorporada ao
barramento.

Tabela 1 - CLASSIFICAÇÃO DAS PCH QUANTO À POTÊNCIA E QUANTO À QUEDA DE PROJETO

CLASSIFICAÇÃO POTÊNCIA - P QUEDA DE PROJETO - Hd (m)

DAS CENTRAIS (kW) BAIXA MÉDIA ALTA

MICRO P < 100 Hd < 15 15 < Hd < 50 Hd > 50

MINI 100 < P < 1.000 Hd < 20 20 < Hd < 100 Hd > 100

PEQUENAS 1.000 < P < 30.000 Hd < 25 25 < Hd < 130 Hd > 130

3.3 – PARTES CONSTITUINTES DE UMA PCH

De uma forma geral, uma PCH apresenta-se fisicamente conforme perfil


esquemático da figura 18.

Basicamente, uma PCH é constituída de:

• Reservatório

• Barragem

• Sistema de Captação e Adução de Água

• Casa de Força

• Vertedouro

Todos estes componente funcionam de forma integrada, cada um exercendo sua


função específica. A seguir descreveremos a função de cada uma destas partes.
Figura 18 – Perfil Esquemático de uma PCH
3.3.1 - Reservatório

O reservatório é a área alagada formada pela interrupção do curso normal do


rio pela barragem, com o objetivo de armazenar energia. Além de “estocar” a água,
esses reservatórios têm outras funções:

• Permitem a formação do desnível necessário para a configuração da energia


hidráulica;
• A captação da água em volume adequado e
• A regularização da vazão dos rios em períodos de chuva ou estiagem.
Algumas usinas hidroelétricas são chamadas “a fio d’água”, ou seja, próximas
à superfície e utilizam turbinas que aproveitam a velocidade do rio para gerar
energia. Essas usinas a fio d’água reduzem as áreas de alagamento e não formam
reservatórios para estocar a água, ou seja, a ausência de reservatório diminui a
capacidade de armazenamento de água, única maneira de poupar energia elétrica
para os períodos de seca.

Para as PCH, o reservatório não pode ultrapassar uma área de 3 km2.

3.3.2 – Barragem

A barragem é a estrutura que tem a função de represar a água, visando, com a


elevação do nível d’água do rio, possibilitar a alimentação da tomada d’água. No
caso de locais de baixa queda, a barragem tem também a função de criar o desnível
necessário à produção da energia desejada.

Atualmente, nos projetos de PCH tem-se utilizado dos seguintes tipo de


barragens:

a) Barragem de terra: esse tipo de barragem é apropriado para locais


onde a topografia se apresente suavemente ondulada, nos vales pouco
encaixados, e onde existam áreas de empréstimo de materiais argilosos
ou arenosos suficientes para a construção do maciço compactado.

b) Barragem de enrocamento: Esse tipo de barragem, com espaldares de


rocha e núcleo impermeável, é apropriado para os vales medianamente
encaixados em regiões rochosas, nas quais o capeamento de solo
muitas vezes não existe ou é pouco espesso, onde existam condições
adequadas de fundações e pedreiras facilmente exploráveis a custo
competitivo e/ou excesso de escavações obrigatórias em rocha. A
inexistência de áreas de empréstimo de solos argilosos torna
antieconômica a adoção de barragem de terra nesses locais.

c) Barragem de Concreto: A barragem de concreto considerada nestas


Diretrizes é a do tipo muro-gravidade, capaz de resistir, com seu peso
próprio, à pressão da água do reservatório e à subpressão das águas
que se infiltram pelas fundações. Esse tipo de barragem é recomendado
para vales estreitos, encaixados, em maciço rochoso pouco fraturado e
com boas condições de fundação. A seção da barragem pode incorporar
o vertedouro quando as condições topográficas do local dificultarem a
concepção de vertedouro lateral.

3.3.3 – Sistema de Captação e Adução de Água


Os sistemas de captação e adução são formados por túneis, canais ou
condutos metálicos que têm a função de levar a água até a casa de força.

3.3.4 – Casa de Força

É na casa de força que estão localizados os principais equipamentos da PCH


que são a Turbina e o Gerador. Deverão ser previstas, nas dependências da casa
de força, áreas destinadas aos equipamentos elétricos e mecânicos auxiliares
definidos em cada projeto. Da mesma forma, deverá ser analisada a necessidade de
se prever uma sala para o centro de operação da PCH.

3.3.5 - Vertedouro
Sua função é permitir a saída da água sempre que os níveis do reservatório
ultrapassam os limites recomendados. Uma das razões para a sua abertura é o
excesso de vazão ou de chuva. Outra é a existência de água em quantidade maior
que a necessária para o armazenamento ou a geração de energia. Em períodos de
chuva, o processo de abertura de vertedouros busca evitar enchentes na região de
entorno da usina.
3.4 – EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS DE UMA PCH
Os principais equipamentos eletromecânicos existentes em uma PCH, são a
turbina hidráulica, o gerador e o transformador elevador.

3.4.1 – Turbinas Hidráulicas

As turbinas hidráulicas são equipamentos projetados para transformar a


energia hidráulica (Pressão e cinética) em energia mecânica e transmitir esta
potência ao eixo do gerador. As turbinas hidráulicas se dividem basicamente em
quatro tipos, cada uma com suas particularidades: Pelton, Francis, Kaplan e Bulbo.
A seleção do tipo de turbina que deverá ser utilizada em um aproveitamento
hidrelétrico leva em consideração a vazão de projeto (m3/s) e a queda líquida (m) e
tem por base o gráfico da figura 19.

1000

100
Queda Líquida em m

12500 kW

5000 kW

10

1000 kW

500 kW

1
0 .1 1 10 100
V a z ã o e m m 3/s

P e lto n B u lb o c o m M u ltip lic a d o r


F r a n c is F ra n c is C a ix a A b e r ta
K a p la n S

Figura 19 – Escolha do tipo de Turbina


a) Turbinas Pelton: Na faixa das PCH, a turbina Pelton, no âmbito destas
Diretrizes, atende a quedas de 100 m a 500 m e potências de 500 a 12.500
kW. Possui ótimas características de desempenho sob cargas parciais,
funcionando suavemente e praticamente sem cavitação até 20% da
carga nominal, e mesmo abaixo desse valor quando utilizado um maior
número de jatos. Em geral, é escolhido o arranjo com eixo horizontal, com
um ou dois jatos. Para maiores vazões, e/ou para conseguir velocidades de
rotação maiores, o arranjo poderá ser feito com três (menos utilizado) ou
quatro jatos e o eixo na disposição vertical. Assim, é aconselhável fazer uma
comparação entre os custos do conjunto turbina - gerador para as diversas
opções. A figura 20 ilustra uma turbina tipo Pelton.

Figura 20 – Turbina tipo Pelton

b) Turbina tipo Francis: A faixa de aplicação da turbina Francis é bem mais


abrangente. No âmbito destas Diretrizes, a turbina Francis atende a quedas
de 15 a 250 m e potências de 500 a 15000 kW possuindo ótimas
características de desempenho sob cargas parciais de até 70% da carga
nominal, funcionando ainda adequadamente entre 70 e 50 % da carga,
embora com perda progressiva do rendimento. Não é aconselhável o
funcionamento da turbina abaixo de 50% da vazão nominal, devendo ser
consultado o Fabricante, caso necessário, que poderá propor soluções
específicas para o caso. A figura 21, a seguir, ilustra uma turbina tipo
Francis.
Figura 21 – Turbina tipo Francis
c) Turbina tipo Kaplan: Esta turbina, por sua semelhança, é também
denominada de turbina hélice. São adequadas para operar em quedas
até 60 m. A única diferença entre as turbinas Kaplan e Francis é o rotor.
Este se assemelha a um propulsor de navio (similar a uma hélice). Um
servomotor montado normalmente dentro do cubo do rotor é responsável
pela variação do ângulo de inclinação das pás. O óleo é injetado por um
sistema de bombeamento localizado fora da turbina, e conduzido até o
rotor por um conjunto de tubulações rotativas que passam por dentro do
eixo. A figura 22, a seguir, ilustra este tipo de turbina. As turbinas tipo
bulbo são uma aplicação diferenciada das turbinas tipo Kaplan

Figura 22 – Turbina tipo Kaplan


3.4.2 – Gerador Elétrico

O gerador elétrico é o equipamento responsável pela conversão da energia


mecânica, proveniente das turbinas hidráulicas, em energia elétrica. O eixo do
gerador elétrico é solidariamente conectado ao eixo das turbinas, dessa forma,
dispondo do movimento necessário para a geração de energia. Normalmente o tipo
de gerador utilizado nas centrais hidrelétricas é do tipo Síncrono. A figura 23, a
seguir ilustra um gerador elétrico usado em uma usina hidrelétrica.

Figura 23 – Gerador e turbina hidráulica

3.4.3 – Transformador Elevador

Os transformadores elevadores são utilizados em PCH quando se faz


necessária a elevação da tensão de geração para que a energia seja transmitida,
quando o centro de consumo da carga é distante do local de instalação da PCH.
Normalmente os transformadores utilizados são trifásicos. A figura 24, a seguir,
ilustra a disposição de um transformador dentro da casa de força de uma central
hidrelétrica.
Figura 24 – Transformador em uma PCH

3.5 – PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS E IMPACTOS AMBIENTAIS

Apesar de proporcionar a geração de um tipo de energia bastante renovável,


a instalação de centrais hidrelétricas apresenta alguns impactos ambientais que
precisam ser bastante avaliados na etapa de planejamento para se verificar a
viabilidade do empreendimento, levando em conta a relação custo x benefício da
construção.

No caso mais específico das PCH, dependendo do tipo de reservatório e


capacidade do reservatório este impacto poderá ser maior ou menor, no entanto,
sem dúvidas, as PCH apresentam impactos ambientais bastante inferiores aos das
grandes hidrelétricas.

A resolução CONAMA nº 001, de 23/01/1986 estabelece no artigo 2º que


barragens para fins hidrelétricos com potência superior a 10 MW necessitam da
elaboração de estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental
(EIA/RIMA) para licenciamento.
Os impactos da construção de uma PCH devem ser bem documentados,
estes impactos estão relacionados ao tamanho, volume, tempo de retenção do
reservatório, localização geográfica e localização no continuum do rio. Os principais
impactos detectados são:

• Inundação de áreas agricultáveis;

• Perda de vegetação e da fauna terrestres;

• Interferência na migração dos peixes;

• Mudanças hidrológicas a jusante da represa;

• Alterações na fauna do rio;

• Interferências no transporte de sedimentos;

• Aumento da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica;

• Perdas de heranças históricas e culturais, alterações em atividades


econômicas e usos tradicionais da terra;

• Problemas de saúde pública, devido à deterioração ambiental;

• Perda da biodiversidade, terrestre e aquática;

• Efeitos sociais por realocação;


4. Bibliografia

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil), Atlas de Energia Elétrica do


Brasil, Ed. 2008, Brasília.

Neves, E. G. C.; Damé, R. C. F.; Münchov, R. 2009. Caderno Didático – Introdução


ao Estudo de Energia Eólica, Universidade Federal de Pelotas, 2009.

Rosas, P. A. C.; Estanqueiro, A. I. 2003, Guia de Projeto Elétrico de Centrais


Eólicas, Volume I, Centro Brasileiro de Energia Eólica, Recife 2003.

CRESESB, Centro de Referência par Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito,
Energia Eólica – Princípios e Tecnologias - Tutorial, 2010.

Guena, A. M. O. Avaliação Ambiental de Diferentes Formas de Geração de Energia


Elétrica, Dissertação de Mestrado, IPEN-USP, 2007.

Nilton, C. L. O Impacto das Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHS no Meio


Ambiente, Monografia de Especialização, UFLA, 2009.

ELETROBRAS, Centrais Elétricas Brasileiras S.A, Diretrizes para Estudos e Projetos


de Pequenas Centrais Hidrelétricas, Brasília, 2000.

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil), Resolução nº 394, de


04/12/1998, Brasília 1998.

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil), Resolução nº 652, de


09/12/2003, Brasília 2003.

Lima, R. S. Padronização de Projetos Elétricos de Pequenas Centrais Hidrelétricas,


Dissertação de Mestrado, UNIFEI, 2002.

Portal PCH, http://www.portalpch.com.br, Acesso em 22/05/2011.

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