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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES LIVRES APRESENTADAS NO

II Fórum Ibérico de úlceras e feridas

Évora, 19 de Março de 2011

http://sociedadeferidas.pt/
Conteúdo:

1. CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DE TERAPIA COMPRESSIVA DOS ENFERMEIROS DE


CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Autor: Paulo Jorge de Jesus Martinho (martinho.pj@gmail.com).

2.CUSTO-EFECTIVIDADE DA TERAPIA COMPRESSIVA EM COMPARAÇÃO COM O TRATAMENTO


SEM COMPRESSÃO NO CENTRO DE SAÚDE DE ALCÂNTARA

Autor: António Augusto Silva Sousa (ttoguto@gmail.com).

3. BARREIRAS À IMPLEMENTAÇÃO DA TERAPIA COMPRESSIVA

Autor: Alda Cristina da Silva Pereira (cristina-enf@sapo.pt).

4. LIMPEZA DO LEITO DA FERIDA: RITUAL OU DESAFIO?

Autor: Diana Patrícia César Santos (dianapsantos@gmail.com).

http://sociedadeferidas.pt/
Comunicação Livre (resumo):

CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DE TERAPIA COMPRESSIVA DOS ENFERMEIROS DE CUIDADOS


DE SAÚDE PRIMÁRIOS

Autor: Paulo Jorge de Jesus Martinho (martinho.pj@gmail.com).

Introdução: A TC constitui o tratamento amplamente recomendado para a úlcera venosa, no entanto, não se
encontra muito divulgada e implementada em Portugal. Para a TC ser eficaz e isenta de riscos é exigido ao
enfermeiro conhecimentos e competência técnica.

Objectivos: Identificar o nível de conhecimentos sobre a TC dos enfermeiros de CSP; Descrever a prática de TC
dos enfermeiros de CSP; Relacionar os conhecimentos de TC dos enfermeiros de CSP com outras variáveis como:
experiência profissional, experiência e formação em feridas crónicas, experiência e formação em TC.

Metodologia: Este estudo é observacional, correlacional e transversal e teve como população os enfermeiros de
CSP do Distrito de Leiria. Para a colheita de dados foi aplicado um questionário com a escala de conhecimentos em
terapia compressiva (ECTC) e com um conjunto de questões relativas a práticas em TC.

Desenvolvimento: A amostra é constituída por 112 enfermeiros. O tipo de formação em feridas crónicas e em TC
mais frequentado foi a formação em serviço. No entanto, muitos enfermeiros não apresentam formação adequada
em feridas crónicas (26,13%) e em TC (54,95%). Apenas 28 enfermeiros (25,00%) aplicam TC. A média de
pontuações totais da ECTC foi de 8,973 (DP=4,212) (a pontuação total pode variar entre 0 e 24). Quanto mais anos
de experiência profissional e de experiência em feridas crónicas, menos conhecimentos de TC são reportados. Ao
contrário, consoante aumenta o nível de formação em TC, aumentam os conhecimentos. As más práticas mais
frequentes foram: não avaliar o IPTB antes e/ou durante a TC, evitar aplicar TC a doentes acamados e diagnosticar
a úlcera como venosa baseado apenas nas características da ferida.

Conclusão: Os enfermeiros inquiridos possuem baixos conhecimentos em TC. Os enfermeiros que aplicam TC
reportaram baixos conhecimentos e vários erros na prática.

Referências bibliográficas:

Pina E, Furtado K, Albino AP. Boas Práticas no Tratamento e Prevenção das Úlceras de Perna de Origem
Venosa. Pampilhosa da Serra: GAIF; 2007;

Morison MJ, Moffatt CJ, Franks PJ. Úlceras de Perna - Uma Abordagem de Aprendizagem Baseada na
Resolução de Problemas. Loures: Lusodidacta; 2009.

WUWHS. Compression in Venous Leg Ulcer - A consensus Document. London: MEP, Ltd; 2008.

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Comunicação Livre (resumo):

CUSTO-EFECTIVIDADE DA TERAPIA COMPRESSIVA EM COMPARAÇÃO COM O TRATAMENTO


SEM COMPRESSÃO NO CENTRO DE SAÚDE DE ALCÂNTARA

Autor: António Augusto Silva Sousa (ttoguto@gmail.com).

Introdução: as úlceras venosas da perna têm uma prevalência elevada, representam uma grande parte das feridas
tratadas em Cuidados de Saúde Primários, têm uma grande importância médico-social, pois para além de serem
extremamente incapacitantes, afectam de modo significativo a produtividade e a qualidade de vida dos utentes,
determinando enormes gastos, quer materiais quer humanos para os serviços de saúde. A Terapia compressiva
(TC) surge como medida terapêutica efectiva no tratamento das úlceras de perna venosas. Neste estudo aborda-se
a relação custo efectividade da TC em comparação com o tratamento sem compressão.
Metodologia: realizou-se um estudo clínico longitudinal, com um desenho quasi experimental, a uma amostra de 16
utentes do Centro de Saúde de Alcântara, divididos num grupo experimental (n=8) em que foi aplicado TC com um
sistema de curta tracção por um período de 12 semanas, e num grupo de controlo não equivalente (n=8) em que se
manteve o tratamento habitual sem compressão. Como medidas de efectividade foram consideradas a taxa de
cicatrização às 12 semanas, a redução da dor e a melhoria da qualidade de vida. A colheita de dados foi feita,
através da aplicação de um formulário construído para o efeito, contemplando aspectos ligados às características
do utente e da úlcera e aspectos ligados aos custos directos do tratamento e ainda através da aplicação da Escala
de Cardiff de Impacto na Ferida para avaliar a qualidade de vida da amostra.
Resultados: os grupos eram similares à partida. Verificou-se uma taxa de cicatrização de 89,72% no grupo
experimental e de 28,50% no grupo de controlo (p <0,01). A dor reduziu em média 3 pontos na escala numérica da
dor no grupo experimental e 0,75 pontos no grupo de controlo (p≤0,05). Relativamente à comparação da percepção
da qualidade de vida entre os dois grupos constatou-se diferenças estatisticamente significativas em todas as
dimensões da escala (p <0,05). No que respeita aos custos totais verificou-se uma média por utente e por 12
semanas de 210,30€ no grupo experimental e de 428,10€ no grupo de controlo (p <0,01).
Conclusão: os resultados indiciam que o sistema de curta tracção pode ser o método mais custo efectivo no
tratamento das úlceras de perna de etiologia venosa.
Referências bibliográficas:
FURTADO, Katia e outros – Qualidade de vida em doentes com úlcera de perna em Portugal. Revista
Portuguesa de Cirurgia Cardio-Torácica e Vascular. Vol.XII, 2005.p.169-174;
FRANKS, PJ e POSNETT, J – El coste-eficacia de la terapia compresiva. In: Comprendiendo la terapia
compresiva. EWMA, Documento de Posicionamento. Londres: Janes Jones, 2003. p. 8-10.;
GASPAR, P.J.S.; COSTA, J.; COSTA, R.; MONGUET, J.M. e OJEDA, J.. Impacto da formação profissional
contínua nos custos do tratamento de feridas crónicas. Revista REFERÊNCIA,3(1), 2010, p.53-62.

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Comunicação Livre (resumo):

BARREIRAS À IMPLEMENTAÇÃO DA TERAPIA COMPRESSIVA

Autor: Alda Cristina da Silva Pereira (cristina-enf@sapo.pt).

Introdução: Apesar de evidenciada cientificamente a efectividade da terapia compressiva no tratamento de úlceras


venosas, ela não é amplamente usada, sendo portanto o objectivo do estudo, determinar quais as
barreiras/obstáculos à implementação desta.
Metodologia: Identificação de potenciais barreiras a partir de uma pesquisa bibliográfica exaustiva, da qual
surgiram os indicadores iniciais e a tipificação das barreiras. De seguida foi realizado um Painel de Delphi, online,
com duas rondas, envolvendo peritos em úlceras de perna, de várias especialidades, que responderam a
questionários elaborados para o efeito no GoogleDocs, para validação do conteúdo, relativamente à concordância
com as barreiras e quanto ao peso/importância das barreiras identificadas. Seguiu-se a construção validação de um
questionário denominado “Avaliação das Barreiras à Implementação da Terapia Compressiva nas Úlceras Venosas
(ABITCUV)”, destinando-se este à avaliação da importância das barreiras à implementação da terapia compressiva
percepcionadas pelos profissionais de saúde, de Cuidados de Saúde Primários, do Distrito de Leiria.
Discussão: Com os dados do questionário aplicado a uma amostra não aleatória de 241 profissionais de saúde,
validamos a escala ABITCUV. A escala ficou constituída por oito barreiras (deficit de formação; deficit de recursos
materiais e financeiros; ausência de normatização e protocolização de práticas; práticas inadequadas; excesso de
carga de trabalho; recusa do cliente; resistência do profissional à mudança/ novas práticas e falta de motivação e
reconhecimento institucional do profissional), que resultaram da Análise Factorial e explicam 62,99% da variância
total. A consistência interna da escala, avaliada pelo alfa de Cronbach, revelou-se muito boa (0,906).
Conclusões: Constatou-se que o deficit de formação, de recursos materiais e financeiros e a ausência de
normatização e protocolização foram consideradas as barreiras mais importantes, logo seguidas das práticas
inadequadas e de excesso de carga de trabalho. Concluiu-se que existe concordância quanto ao peso/importância
das barreiras e quanto à existência destas tanto por parte dos profissionais como dos peritos do painel.
Bibliografia: Celik, H., Abma, A. A., Widdershoven, G. A., van Wijmen, F. C. B. & Klinge, I. (Novembro 2008).
Implementation of Diversity in Healthcare Practices: Barriers and Opportunities. Patient Education and Counseling,
71: 65-71.; Edwards L. M. (2003). Why patients do not comply with compression bandaging. British Journal of
Nursing (Tissue Viability Supplement), 12: S5-S16.; Hecke A. V., Grypdonck M., Defloor T. (2007). Interventions to
enhance patient compliance with leg ulcer treatment: a review of the literature. Journal of Clinical Nursing, 17: 29-39.
Morison, M. J., Moffatt, C. J., Franks, P. J. (2010). Ulcera de Perna – Uma Abordagem de Aprendizagem Baseada
na Resolução d e Problemas. Loures: Lusodidacta.

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Comunicação Livre (resumo):

LIMPEZA DO LEITO DA FERIDA: RITUAL OU DESAFIO?

Autor: Diana Patrícia César Santos (dianapsantos@gmail.com).

Introdução: A limpeza do leito da ferida crónica permanece envolta em actos ritualistas e empíricos, muitas vezes
não se coadunando com a Enfermagem do séc. XXI, que se pretende uma ciência onde a Prática se baseie na
Evidência. Apesar de existirem vários solutos, Soro Fisiológico, soluções anti-sépticas e água da torneira, em
Cuidados de Saúde Primários, a água da torneira é a solução mais abundante, barata e fácil de manusear. Será, no
entanto, a água uma boa opção para a limpeza das feridas crónicas?

Objectivos: Rever o que de mais recente e evidente se encontra descrito na literatura acerca da limpeza do leito
das feridas. Utilizar este conhecimento contribuindo para a uniformização de práticas e procedimentos da equipa de
enfermagem do meu local de trabalho.

Metodologia: Partindo da questão “Qual a eficácia da água da torneira na limpeza e cicatrização de feridas
crónicas, em comparação com outras soluções de limpeza?”, efectuou-se uma pesquisa nas bases de dados
electrónicas Cinahl Plus with Full Text, Cockrane Database for Systematic Reviews e Medline with Full Text,
Medscape e PubMed, nos sites das revistas científicas Journal of Community Nursing, Best Practice e Wiley On-line
Library e em sites nacionais.

Desenvolvimento: Da análise dos 21 artigos obtidos, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas
que permitam concluir que na limpeza de feridas crónicas, o uso de água da torneira em comparação com o soro
fisiológico aumente o risco de infecção ou o tempo de cicatrização. Alguns estudos documentam que a taxa de
infecção foi menor quando foi usada água da torneira. A literatura é muito escassa em artigos comparando água
com soluções anti-sépticas.

Conclusão: A água da torneira parece ser uma solução eficaz para a limpeza das feridas crónicas.

Referências: (1) Fernandez, R., Griffiths, R. & Ussia, C (2008). Water for Wound Cleansing. Cochrane Database of
Systematic Reviews, Issue 1. Art. No CD003861; (2) Magson-Roberts, S. (2006). Is tap water a safe alternative to
normal saline for wound cleansing? Journal of Community Nursing, Disponível em http://www.jcn.co.uk/journal/08-
2006/wound-management/943-is-tap-water-a-safe-alternative-to-normal-saline-for-wound-
cleansing/?s=is+tap+water+a+safe+alternative+to. Acedido em 11.05.2010; (3) Pina, E. (2004). Pode-se usar água
da torneira para limpar feridas? Disponível em gaif.net/sites/default/files/artrev3.pdf. Acedido a 05.05.2010

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