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SANTIAGO, Silviano. “O homossexual astucioso” In_: Cosmopolitismo do Pobre.

(Fichamento – Adriana de Azevedo )

1. Intro.: Papel da cultura brasileira ≠ cultura universal → diferença, andar junto

2. Verbo “assumir” → “Nas décadas de 2960 e 2970, um verbo adquiriu enorme


importância ao universo gay brasileiro: assumir (e seus correlatos: desmunhecar, dar
bandeira, etc.).”;
2.1 Tornou-se básico o homossexual se autodenominar bicha ou sapatona → se
assumir publicamente como marginal à norma;
2.2 Visibilidade à dicotomia público / privado;
2.3 Vida de um dos familiares → vida familiar / vida secreta [closet]
2.4 Verbo “assumir” → concepção diferente da vida familiar brasileira tradicional
Declarava incomunicáveis os canais entre homossexualidade /
homossexualidade.

Sob suspeita a verdade do bissexual. → Na verdade tratava-se de um


enrustido.
2.5 Esta época → Interesse crítico na dicotomia público / privado.
2.6 O “assumir” deixa então de ser estritamente parte dos costumes homossexuais:

“À pessoa de comportamento dúbio, em qualquer campo de atividade, exigia-se


que vestisse a camisa. Ao político (ou ao partido político) propenso ao pêndulo
direita-esquerda pede que se desça de cima do muro.” (p. 197)
Relação direta com o mundo das idéias
norte-americano:

® Pode-se elogiar essa produção: “na medida em que trouxe, por ricochete e no plano macro,
uma visão inédita do modo de funcionamento do Estado brasileiro vis-à-vis dos ‘cidadãos’.”
(p. 197)

® Pode-se criticá-la: “alertando para o fato que, mais uma vez, uma cultura periférica adotava
processos de modernização através da cópia, da imitação de problemas levantados, debatidos,
teorizados e em vias de encontrar solução em sociedades cujo passado histórico – mais
precisamente: cujo passado ético / religioso – não apresenta semelhanças com o nosso.”
(p. 197)
3. Privacidade (Huxley) → conceito de classe (Brasil):
3.1. Classes populares → convivência social transparente;
3.2. Não há choque entre marginalidade versus norma;
3.3. O cortiço [1888] → não há lugar para a privacidade
“O homossexual só é espancado no momento em que transpõe a
fronteiras da comunidade popular, para entrar em contato com a burguesia”
(p. 198)
3.3.1. Homossexuais no cortiço:
® Albino → “Era lavadeiro e vivia entre as mulheres [...] que o
tratavam como uma pessoas do mesmo sexo” (p. 199)
® Prostituta Léonie, que “tem especial predileção por Pombinha” (p.
200)
3.3.2. Classes Populares → Relação com o vizinho → quando se vive
com pouco dinheiro, pode-se precisar da ajuda de um vizinho. (≠ dos ricos)
(p. 198)

4. “O casamento heterossexual é uma instituição falida que só ganha sentido na


privacidade perturbadora do quarto de dormir.” (p. 199)
Solidez da família nuclear → “só ganha sentido na medida em que o
dinheiro respalda o comportamento privado.” (p. 199)
5. Suplementar ao exibicionismo público → uma forma astuciosa de exibicionismo
também público, ao gosto da confissão católica secreta – o exibicionismo malantro?
6. Homossexual Malandro → “Trabalhando necessariamente com a ambiguidade de
comportamento, de linguagem, distinguindo lucidamente diferença e conduta e não
marginalidade e norma, não explicitando a própria condição foneticamente ou através
de bottons, slogans, etiquetas etc., o homossexual malandro deixaria também de
explicitar a violência social contra si mesmo.” (p. 200)

“Por exemplo, o homossexual astucioso não diria de si, em público e


abertamente, que é bicha, viado, paraíba, sapatona etc, embora não
queira, ou não tenha a necessidade de travestir os gestos ou esconder
as roupas, característicos de homossexuais. A conduta e a preferência
sexual bicha / sapatona não precisam ser redundantes, não precisam
estar constantemente espelhadas, em público, nas palavras bicha ou
sapatona. Conduta diferente não é motivo de expiação pública.”
(p. 201)

6.1. Explicitar menos a violência social contra si mesmo → Movimento identitário


(foneticamente)
6.2. Formas sutis de militância são mais sutis que formas agressivas?
6.3. Homossexuais → Grupo que se automarginaliza.

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