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2- O Empirismo de David Hume

Esclarecer a resposta de Hume à questão da origem do conhecimento

2.1.1. Justificar: «Todo o conteúdo da consciência se reduz a percepções»


Hume, como empirista que é, afirma que a única origem ou fonte do conhecimento é a
experiência/sentidos, dizendo que esta também é o seu limite. Nada existe no pensamento
que não tenha passado primeiro pelos sentidos, ou seja, não existem ideias inatas (a priori),
todas são a posteriori e o conhecimento metafísico não existe, por isso o conteúdo dessa
consciência reduz-se a percepções - organização das informações provenientes dos sentidos;
estas dividem-se em dois tipos: as impressões – conhecimento que deriva directa e
imediatamente dos sentidos (percepções vivas e fortes); as ideias – representações, cópias das
impressões no pensamento (percepções débeis e menos vivas).
Isto porque Hume parte do pressuposto que as impressões causam as ideias e impressões
simples (percepção de um carro), originam ideias simples (recordação do carro) e percepções
complexas (percepção da rua toda), originam ideias complexas (ideia da rua toda). Assim
Hume defende o cepticismo moderado e o que lhe permitirá dizer que um conhecimento ou
ideia é verdadeira é o facto de ela ter origem numa impressão sensível.

2.1.2. e 2.1.3 Justificar e inferir conclusões da seguinte premissa: «As impressões precedem
as ideias. As ideias procedem das impressões»
As impressões são as sensações (cor, forma, ruído), enquanto as ideias são imagens
enfraquecidas dessas impressões na memória; são portanto marcas deixadas pelas impressões
no entendimento, depois de estas desaparecerem. Por isso, «as impressões precedem as
ideias» - estas são cópias daquelas.
Assim são as ideias que procedem das impressões e não o contrário – por isso só podemos
conhecer o que pudermos sentir (nada existe no pensamento que não tenha passado primeiro
pelos sentidos, logo não existem ideias inatas, a priori) e, então, o conhecimento metafísico
não é possível.
Hume afirma que à nascença a consciência cognoscente é semelhante a uma folha em branco
ou uma tábua sem qualquer inscrição. Tal folha, ou tábua, vai sendo escrita à medida que o
indivíduo vai experimentando (TEORIA DA TABUA RASA).

2.1.4. Distinguir os 2 tipos de conhecimento: Conhecimentos de facto e relações de ideias:


Hume defende que o conteúdo da consciência cognoscente se reduz a percepções e distingue
dois tipos: Impressões (o que sentimos) e ideias (o que pensamos); diz que as primeiras
permitem conhecimento de facto e as segundas permitem outro tipo de conhecimento –
relação de ideias.
Conhecimento de facto é por exemplo a física – “esta pena é leve” é um juízo deste tipo de
conhecimento, pois o seu valor de verdade só pode ser descoberto recorrendo à experiencia –
são contingentes, prováveis, porque a posteriori. A negação de uma proposição que expresse
um conhecimento de facto não implica uma contradição, precisamente porque este
conhecimento é contingente, apenas provável.
Relação de ideias é por exemplo a matemática – “O triângulo (SUJEITO) tem três ângulos
(PREDICADO) ” é um juízo deste tipo de conhecimento, pois tal conhecimento retira-se da
simples análise do significado dos termos (SUJEITO E PREDICADO) de uma proposição: Aquilo
que se afirma do sujeito nada acrescenta à sua definição, mas resulta apenas da análise do seu
significado.
As proposições que traduzem relação de ideias (ex: “O triângulo tem três ângulos” ) são
tautológicas – sempre verdadeiras e a sua negação implica contradição, pois são
constringentes, mas não traduzem acréscimo de conhecimento, pois o predicado já esta
contido na definição do sujeito.
Este conhecimento significa que podemos conhecer sem recorrer às impressões, isto é, ao
confronto com a experiência, embora todas as ideias tenham origem nas impressões – há
conhecimento a priori (tipo de conhecimento que não exige o confronto com a experiência
para se decidir se é verdadeiro ou falso), mas não há ideias a priori, pois todo o conteúdo da
consciência são percepções e são as impressões que causam as ideias e não o contrário.

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