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Novelas de cavalaria

Os romances ou novelas de cavalaria são de origem


medieval, e constituem uma das manifestações literárias de
ficção em prosa mais ricas da literatura peninsular.
Podemos considerá-las, sobretudo as da matéria da
Bretanha (ligadas às aventuras da corte do rei Artur e da
Távola Redonda), verdadeiros códigos de conduta medieval
e cavaleiresca. Costumam agrupar-se em ciclos, isto é,
conjuntos de novelas que giram à volta do mesmo assunto e
movimentam as mesmas personagens. De carácter místico e
simbólico, relatam aventuras penetradas de espiritualidade
cristã e subordinam-se a um ideal místico, que sublima o
amor profano.

Na Península Ibérica, surge no século XIV o Amadis de


Gaula, atribuído a Vasco de Lobeira, mas cuja autoria é
ainda incerta, dado que a primeira versão publicada, mais
tardia, é em castelhano. Este romance oferece-nos o
paradigma do perfeito cavaleiro, destruidor de monstros e
malvados, amador constante e tímido de uma donzela,
Oriana, a Sem Par, que se deixa possuir antes do casamento,
e está na origem do chamado ciclo dos Amadises, um dos de
maior sucesso na literatura peninsular. Este novo
desenvolvimento da matéria da Bretanha foi o ponto de
partida para uma frondosa ramificação do romance de
cavalaria no século XVI, ridicularizada por Miguel de
Cervantes em Dom Quixote.

As principais histórias de cavalaria são: Demanda do Santo


Graal, Arturiano (rei Arthur), e José de Arimatéia.

4. NOVELAS DE CAVALARIA: narrativas literárias em


capítulos que contam os grandes feitos de um herói
(acompanhado de seus cavaleiros), entremeados de célebres
histórias de amor. Tais histórias de amor não são
melancólicas e platônicas como o que aparece nas cantigas:
o herói cultua a amada, mas não se contenta apenas em vê-
la; ele quer é ser correspondido pela amada, que por ser
casada (ou religiosa: "casada com Cristo"), torna-se adúltera
para concretizar o seu amor; os obstáculos incentivam o
herói na fase de conquista (o que é proibido é mais gostoso),
ao invés de torná-lo impotente como acontece nas cantigas;
a esse amor físico, adúltero, presente nas novelas e xácaras
medievais, dá-se o nome de AMOR CORTÊS, em que o casal
central não tem final feliz e é severamente punido pelo
pecado cometido. Nesses episódios eróticos são revelados
até relacionamentos homossexuais (rei Artur e Lancelote,
rei Ricardo Coração de Leão...)

Os heróis medievais não têm a força física exagerada dos


heróis da Antigüidade, mas são sempre jovens, belos e
elegantes. Suas amadas são sempre "as mais belas do
reino". A maioria das novelas de cavalaria portuguesas são
traduções ou adaptações de novelas francesas ou inglesas.
Dependendo de quem é o herói principal da novela, ela faz
parte de um dosseguintes CICLOS:

a) CICLO GRECO-ROMANO OU CLÁSSICO: conjunto de


novelas de cavalaria que narram as façanhas de heróis da
Antigüidade, como Ulisses, por exemplo;

b) CICLO CAROLÍNGEO OU FRANCÊS: novelas cujo herói


é Carlos Magno;

c) CICLO ARTURIANO OU BRETÃO: as novelas deste ciclo


são as mais famosas, adaptadas e traduzidas; o herói dessas
novelas é o Rei Artur , sempre acompanhado de seus
célebres cavaleiros da távola redonda.

Essa "MATÉRIA DA BRETANHA" é uma das fontes que dão


origem às novelas de cavalaria portuguesas: tanto que as
novelas portuguesas mais importantes pertencem ao Ciclo
Arturiano ou Bretão, como "José de Arimatéia", "História
de Merlin", etc. As novelas mais marcantes porém são:
a)"A DEMANDA DO SANTO GRAAL" : narra a busca do
cálice sagrado pelo rei Artur e os cavaleiros da távola
redonda;

b)"AMADIS DE GAULA", de autoria de Vasco ou João da


Lobeira.

As novelas de cavalaria portuguesas também são inspiradas


nas CANÇÕES DE GESTA francesas (cantigas que
homenageavam os heróis e seus feitos). A prosa medieval
portuguesa, como se pode concluir, é predominantemente
do GÊNERO ÉPICO.

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