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Escola SENAI “Prof. Dr.

Euryclides de Jesus Zerbini”


Campinas – S.P.

2006

Controladores
Programáveis
Controladores Programáveis

 SENAI-SP, 2006

Trabalho elaborado pela


Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”

Coordenação Geral Magno Diaz Gomes

Equipe responsável

Coordenação Geraldo Machado Barbosa

Elaboração Edson Carretoni Júnior

Conteúdo técnico Sérgio Luiz Risso

Versão Preliminar

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”
Avenida da Saudade, 125, Bairro Ponte Preta
CEP 13041-670 - Campinas, SP
senaizer@sp.senai.br
Controladores Programáveis

Sumário

Controladores Programáveis 5

Estrutura Básica 9

Princípio de Funcionamento do CP 21

Programação 25

Anexos
Sistemas Automáticos de Controle 31

Computadores 45

Memórias 51

Microprocessador 57

Lógica Digital 61

Referências Bibliográficas 79

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Controladores Programáveis

Controladores programáveis

Informações gerais

O primeiro CP surgiu na indústria automobilística, até então um usuário em potencial


dos relés eletromagnéticos utilizados para controlar operações seqüenciadas e
repetitivas numa linha de montagem. A primeira geração de CP’s utilizou
componentes discretos, como transistores e Circuitos Integrados (CI’s) com baixa
escala de integração.

Este equipamento foi batizado nos Estados Unidos como PLC (Programable Logic
Control ), em português CLP (Controlador Lógico Programável ) e este termo é
registrado pela Allen Bradley (fabricante de CP’s). Por esta razão usaremos o termo
CP, Controlador Programável.

Definição segundo a ABNT


É um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com
aplicações industriais.

Definição segundo a NEMA


Aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenamento
interno de instruções para implementações específicas, como lógica,
seqüenciamento, temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de
módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos.

Características

Basicamente, um controlador programável apresenta as seguintes características:


• hardware e/ou dispositivo de controle de fácil e rápida programação ou
reprogramação, com a mínima interrupção da produção;
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• capacidade de operação em ambiente industrial;


• sinalizadores de estado e módulos tipo plug-in de fácil manutenção e substituição;
• hardware ocupando espaço reduzido e apresentando baixo consumo de energia;
• possibilidade de monitoração do estado e operação do processo ou sistema,
através da comunicação com computadores;
• compatibilidade com diferentes tipos de sinais de entrada e saída;
• capacidade de alimentar, de forma contínua ou chaveada, cargas que consomem
correntes de até 2 A;
• hardware de controle que permite a expansão dos diversos tipos de módulos, de
acordo com a necessidade;
• custo de compra e instalação competitivo em relação aos sistemas de controle
convencionais;
• possibilidade de expansão da capacidade de memória;
• conexão com outros CP’s através de rede de comunicação.

Histórico

O controlador programável nasceu praticamente dentro da indústria


automobilística americana, especificamente na Hydromic Division da General
Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de se mudar a lógica de controle de
painéis de comando a cada mudança na linha de montagem. Estas mudanças
implicavam altos gastos de tempo e dinheiro.

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma


especificação que refletia os sentimentos de muitos usuários de relés, não só da
indústria automobilística como de toda a indústria manufatureira.

Nascia, assim, a indústria de controladores programáveis, hoje com um mercado


mundial estimado em 4 bilhões de dólares anuais, que no Brasil é estimado em 50
milhões de dólares anuais.

Evolução

Desde o seu aparecimento até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos.
Esta evolução está ligada diretamente ao desenvolvimento tecnológico da
informática em suas características de software e de hardware.

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O que no seu surgimento era executado com componentes discretos, hoje se utiliza
de microprocessadores e microcontroladores de última geração, usando técnicas de
processamento paralelo, inteligência artificial, redes de comunicação, fieldbus, etc.

Até recentemente não havia nenhuma padronização entre fabricantes, apesar da


maioria utilizar as mesmas normas construtivas. Porém, pelo menos no nível de
software aplicativo, os controladores programáveis podem se tornar compatíveis com
a adoção da norma IEC 1131-3, que prevê a padronização da linguagem de
programação e sua portabilidade.

Outra novidade que está sendo incorporada pelos controladores programáveis é o


fieldbus (barramento de campo), que surge como uma proposta de padronização
de sinais em nível de chão-de-fábrica. Este barramento diminui sensivelmente o
número de condutores usados para interligar os sistemas de controle aos sensores
e atuadores, além de propiciar a distribuição da inteligência por todo o processo.

Hoje os CP’s oferecem um considerável número de benefícios para aplicações


industriais, que podem resultar em economia que excede o custo do CP e devem ser
considerados na seleção de um dispositivo de controle industrial.

Vantagens
As vantagens da utilização dos CP's, comparados a outros dispositivos de controle
industrial, são:
• menor espaço ocupado;
• menor potência elétrica requerida;
• reutilização;
• programável:
• maior confiabilidade;
• fácil manutenção;
• maior flexibilidade;
• permite interface através de rede de comunicação com outros CP’s e
microcomputadores;
• projeto mais rápido.
Todos estes aspectos mostram a evolução de tecnologia, tanto de hardware quanto
de software, o que permite acesso a um maior número de pessoas nos projetos de
aplicação de controladores programáveis e na sua programação.

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Aplicações

O controlador programável automatiza processos industriais, de seqüenciamento,


intertravamento, controle de processos, batelada, etc. Este equipamento tem seu uso
na área de automação da manufatura e de processos contínuos.

Praticamente não existem ramos de aplicações industriais onde não se possa aplicar
os CP’s. Por exemplo:
• máquinas industriais (operatrizes, injetoras de plástico, têxteis, calçados);
• equipamentos industriais para processos (siderurgia, papel e celulose,
petroquímica, química, alimentação, mineração, etc);
• equipamentos para controle de energia (demanda, fator de carga);
• controle de processos com realização de sinalização, intertravamento e controle
PID;
• aquisição de dados de supervisão em: fábricas, prédios inteligentes, etc;
• bancadas de teste automático de componentes industriais.

Com a tendência dos CP’s terem baixo custo, muita inteligência, facilidade de uso e
massificação das aplicações, este equipamento pode ser utilizado nos processos e
nos produtos. Poderemos encontrá-lo em produtos eletrodomésticos, eletrônicos,
residências e veículos.

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Estrutura básica do CP

Estrutura básica

O controlador programável tem sua estrutura baseada no hardware de um


computador, dispondo de uma unidade central de processamento (UCP), interfaces
de entrada e saída e memórias.

As principais diferenças em relação a um computador comum estão relacionadas à


qualidade da fonte de alimentação que possui boas condições de filtragem e
estabilização, interfaces de E/S imune a ruídos e invólucro específico para aplicações
industriais.

O diagrama de blocos, a seguir, ilustra a estrutura básica de um controlador


programável:

UCP
Terminal Processador
de
Programação Memória de programa E/S
Entradas
Memória de dados
Saídas
Fonte de
Alimentação Interna Fonte de
Alimentação
Externa

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Dentre as partes integrantes desta estrutura temos:


• UCP;
• Memória;
• E/S (Entradas e Saídas);
• Terminal de Programação.

Unidade central de processamento (UCP)

A Unidade Central de Processamento (UCP) é responsável pelo processamento


do programa, isto é, coleta os dados dos cartões de entrada, efetua o processamento
segundo o programa do usuário, armazenado na memória, e envia o sinal para
os cartões de saída como resposta ao processamento.

Este processamento poderá ter estruturas diferentes para a execução de um


programa:
• processamento cíclico;
• processamento por interrupção;
• processamento comandado por tempo;
• processamento por evento.

Processamento cíclico
É a forma mais comum de execução que predomina em todas as UCP’s conhecidas.
Delas advém o conceito de varredura, ou seja, as instruções de programa, contidas
na memória, são lidas uma após a outra, seqüencialmente, do início ao fim, daí
retornando ao início, ciclicamente.

Início

Fim

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Um dado importante de uma UCP é o seu tempo de ciclo, ou seja, o tempo gasto para
a execução de uma varredura. Este tempo está relacionado com o tamanho do
programa do usuário (em média 1ms a cada 1.000 instruções).

Processamento por interrupção


Certas ocorrências no processo controlado não podem, algumas vezes, aguardar o
ciclo completo de execução do programa. Neste caso, ao reconhecer uma ocorrência
deste tipo, a UCP interrompe o ciclo normal de programa e executa outro programa
chamado rotina de interrupção.

Esta interrupção pode ocorrer a qualquer instante da execução do ciclo de programa.


Ao finalizar esta situação o programa voltará a ser executado do ponto onde ocorreu
a interrupção. Uma interrupção pode ser necessária, por exemplo, numa situação de
emergência.

Início

Fim
Interrupção

Rotina de interrupção

Ciclo normal de programa

Processamento comandado por tempo


Da mesma forma que determinadas execuções não podem ser dependentes do ciclo
normal de programa, algumas devem ocorrer com certos intervalos de tempo, as
vezes muito curto, na ordem de milisegundos.

Esse tipo de processamento também pode ser encarado como um tipo de


interrupção, porém, ocorre com intervalos regulares de tempo dentro do ciclo normal
de programa.

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Processamento por evento


Trata-se de processamento em eventos específicos como no retorno de energia, falha
na bateria e estouro do tempo de supervisão do ciclo da UCP.

Neste último caso temos o chamado Watch Dog Time (WD), que normalmente ocorre
ao se detectar condição de estouro de tempo de ciclo da UCP, parando o
processamento numa condição de falha, indicando-a ao operador através de sinal
visual e às vezes, sonoro.

Memória

O sistema de memória é uma parte de vital importância no processador de um


controlador programável. Armazena todas as instruções e dados necessários para
executá-las.

Existem diferentes tipos de sistemas de memória. A escolha de um determinado tipo


depende:
• Tipo de informação armazenada;
• Forma como a informação será processada pela UCP.

As informações armazenadas num sistema de memória são chamadas palavras de


memória, formadas sempre com o mesmo número de bits.

A capacidade de memória de um CP é definida em função do número de palavras de


memória, previstas para o sistema.

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Mapa de memória
A capacidade de memória de um CP pode ser representada por um mapa, chamado
mapa de memória.
ENDEREÇO DAS PALAVRAS DE MEMÓRIA
8, 16, ou 32 bits
Decimal Octal Hexadecimal

25 377 FF

51 777 1FF

1023 1777 3FF

2047 3777 7FF

4095 7777 FFF

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Tipos de memória de um CP
A arquitetura de memória de um controlador programável pode ser constituída por
diferentes tipos de memória.
Quadro: Tipos de memória
Tipo de Descrição Observação
Memória
RAM Memória de acesso aleatório - Volátil
- Gravada pelo usuário
ROM Memória somente de leitura - Não Volátil
- Não permite apagamento
- Gravada pelo fabricante
PROM Memória programável somente de - Não volátil
leitura - Não permite apagamento
- Gravada pelo usuário
EPROM Memória programável/ - Não Volátil
apagável somente de leitura - Apagamento por
ultravioleta
- Gravada pelo usuário
EPROM Memória programável/ - Não Volátil
EEPROM apagável somente de leitura - Apagável eletricamente
FLASH EPROM - Gravada pelo usuário

Estrutura
Independente dos tipos de memórias utilizadas, o mapa de memória de um
controlador programável pode ser dividido em cinco áreas principais:
• memória executiva;
• memória do sistema;
• memória de status dos cartões de E/S;
• memória de dados;
• memória do usuário.

Memória Executiva - É formada por memórias do tipo ROM ou PROM e em seu


conteúdo está armazenado o sistema operacional responsável por todas as
operações que são realizadas no CP. O usuário não tem acesso a esta área de
memória.

Memória do Sistema - Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá o seu
conteúdo constantemente alterado pelo sistema operacional.

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Armazena resultados e/ou operações intermediárias, geradas pelo sistema, quando


necessário. Pode ser considerada como um tipo de rascunho. Não pode ser acessada
nem alterada pelo usuário.

Memória de Status de E/S - A memória de status dos módulos de E/S são do tipo
RAM. A UCP, após efetuar a leitura dos estados de todas as entradas, armazena
essas informações na área denominada status das entradas ou imagem das
entradas.

Após o processamento dessas informações, os resultados serão armazenados na


área denominada status das saídas ou imagem das saídas.

Memória de Dados - As memórias de dados são do tipo RAM, e armazenam valores


do processamento das instruções utilizadas pelo programa do usuário.

Funções de temporização, contagem, aritméticas e especiais, necessitam de uma


área de memória para armazenamento de dados. Estes dados podem ser:
• Valores pré-selecionados ou acumulados de contagem e temporização;
• Resultados ou variáveis de operações aritméticas;
• Resultados ou dados diversificados a serem utilizados por funções de
manipulação de dados.

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Memória do Usuário - A UCP lê as instruções contidas nesta área a fim de executar


o programa do usuário, de acordo com os procedimentos do sistema operacional.
As memórias destinadas ao usuário podem ser do tipo:
• RAM;
• RAM/EPROM;
• RAM/EEPROM.

Quadro: Tipos de memória de usuário


Tipo de Memória Descrição

A maioria do CP’s utiliza memórias RAM para armazenar


RAM o programa do usuário assim como os dados internos
do sistema.
O usuário desenvolve o programa e efetua testes em
RAM/EPROM RAM. Uma vez checado o programa, este é transferido
para EPROM.
Esta configuração de memória do usuário permite que,
uma vez definido o programa, este seja copiado em
RAM/EEPROM EEPROM. Uma vez efetuada a cópia, o CP poderá
operar tanto em RAM como em EEPROM. Para
qualquer modificação bastará um comando via software,
e este tipo de memória será apagada e gravada
eletricamente.

Módulos de entrada

Os módulos de entrada são interfaces entre os sensores, localizados no campo, e a


lógica de controle de um controlador programável. Esses módulos são constituídos de
cartões eletrônicos, cada qual com capacidade para receber certo número de
variáveis. Pode ser encontrada uma variedade muito grande de tipos de cartões, para
atender as mais variadas aplicações nos ambientes industriais.

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Elementos discretos
Este tipo de entrada trabalha com dois níveis definidos: ligado e desligado (0 ou 1).

BOTÃO
CHAVE
PRESSOSTATO
FLUXOSTATO
CARTÕES
TERMOSTATO
FIM DE CURSO DISCRETOS UCP
TECLADO
CHAVE BCD
FOTOCÉLULA
OUTROS

Elementos analógicos
Este tipo de entrada trabalha numa faixa de valores conhecidos.

TRANSMISSORES C.A.

TACO GERADOR C.A.


TERMO RESISTÊNCIA
C.A.
TERMOPAR
C.A. UCP
SENSOR DE POSIÇÃO

C.A.

OUTROS C.A.

Módulos de saída

Os módulos de saída são elementos que fazem interface entre o processador e os


elementos atuadores. Esses módulos são constituídos de cartões com capacidade de
enviar sinal para atuadores, conforme a lógica de controle.

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Atuadores discretos
Este tipo de saída pode assumir dois estados definidos: ligado e desligado (0 ou 1).
São usados para acionar atuadores, como solenóides, sinalizadores, etc.

Atuadores analógicos
Este tipo de saída atua numa faixa de valores conhecidos. São usados para acionar
dispositivos, como posicionadores, atuadores, indicadores, etc.

Terminal de programação

O terminal de programação é um dispositivo (periférico) que, conectado


temporariamente ao CP permitindo introduzir o programa do usuário e a configuração
do sistema. Pode ser um equipamento dedicado, ou seja, um terminal que só tem
esta utilidade e específico de um fabricante, ou um software que transforma um
computador pessoal em um programador.

Por meio de linguagem de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das
informações vindas do usuário numa informação que possa ser entendida pelo
processador de um CP.

No terminal de programação (TP), poderão ser realizadas funções tais como:


• elaboração do programa do usuário;
• análise do conteúdo dos endereços de memória;
• introdução e modificação de instruções;
• monitoração do programa do usuário;
• cópia do programa do usuário em disco ou impressora.

Terminal portátil dedicado


Geralmente compostos por um teclado dedicado que é utilizado para introduzir o
programa do usuário. Os dados e instruções são apresentados num display que
fornece sua indicação, e a posição da memória endereçada.

A maioria dos programadores portáteis é conectada diretamente ao CP através de


uma interface de comunicação (serial). Pode-se utilizar a fonte interna do CP ou obter
alimentação própria através de bateria.

Com o advento dos computadores pessoais portáteis (Lap-Top), esses terminais


estão perdendo sua função, já que se pode executar todas as funções de
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programação em ambiente mais amigável, com todas as vantagens de equipamento


portátil.

Terminal dedicado TRC


Tem como desvantagens seu custo elevado e sua baixa taxa de utilização, já que sua
maior utilização se dá na fase de projeto e implantação da lógica de controle.
Esses terminais são compostos por um teclado para introdução de dados/instruções e
um monitor (TRC - tubos de raios catódicos). O monitor tem a função de apresentar
as informações e condições do processo a ser controlado.

Como no caso dos terminais portáteis, com o advento da utilização de computadores


pessoais, este tipo está caindo em desuso.

Terminal não dedicado - PC


Pode-se utilizar um computador pessoal (PC) como terminal de programação. Isto é
possível através da utilização de um software aplicativo dedicado a esta função.
O custo do hardware (PC) e software é bem menor do que o de um terminal
dedicado. Além da grande vantagem de ter, após o período de implantação e
eventuais manutenções, o PC disponível para outras aplicações comuns a um
computador pessoal.

Outra vantagem é a utilização de softwares com mais interação com o usuário,


utilizando todo o potencial e recursos de software e hardware, disponíveis nos
computadores pessoais.

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Princípio de funcionamento
de um CP

Um controlador programável tem seu funcionamento baseado num sistema de


microcomputador onde se tem uma estrutura de software que realiza continuamente
ciclos de varredura.

Estados de operação

Basicamente, a UCP de um controlador programável possui dois estados de


operação :
• programação
• execução

A UCP pode assumir, também, o estado de erro, que aponta falhas de operação e
execução do programa.

Programação

Neste estado o CP não executa programa, não assumindo nenhuma lógica de


controle. Ficando preparado para ser configurado, receber novos programas ou
modificações de programas já instalados. Este tipo de programação é chamado off-
line (fora de linha).

Execução
Estado em que o CP assume a função de execução do programa do usuário. Neste
estado, alguns controladores podem sofrer modificações de programa. Este tipo de
programação é chamado on-line (em linha).

SENAI 21
Controladores Programáveis

Funcionamento

Ao ser energizado, o CP, no estado de execução, cumpre uma rotina de inicialização


gravada em seu sistema operacional. Esta rotina realiza as seguintes tarefas :
• limpeza da memória imagem, para operandos não retentivos;
• teste de memória RAM;
• teste de executabilidade do programa.

Após a execução desta rotina, a UCP passa a fazer uma varredura (ciclo) constante,
isto é, uma leitura seqüencial das instruções em loop (laço).

Entrando no loop, o primeiro passo a ser executado é a leitura dos pontos de entrada.
Com a leitura do último ponto ocorre a transferência de todos os valores para a
chamada memória ou tabela imagem das entradas.

Após a gravação dos valores na tabela imagem, o processador inicia a execução do


programa do usuário de acordo com as instruções armazenadas na memória.
Terminando o processamento do programa, os valores obtidos serão transferidos para
a chamada memória ou tabela imagem das saídas. Ocorre também, a transferência
de valores de outros operandos, como resultados aritméticos, contagens, etc.

Ao término da atualização da tabela imagem, será feita a transferência dos valores


desta tabela de saídas para os cartões de saída, fechando o loop. Neste momento, é
iniciado um novo ciclo (loop).

Para a verificação do funcionamento da UCP, é estipulado um tempo de


processamento, cabendo a um circuito, chamado Watch Dog Time, supervisioná-lo.
Ocorrendo a ultrapassagem deste tempo máximo, o funcionamento da UCP será
interrompido, sendo assumido um estado de erro (WD).

O termo varredura ou scan, é usado para dar nome a um ciclo completo de operação
(loop).

O tempo gasto para a execução do ciclo completo é chamado Tempo de Varredura e


depende do tamanho do programa do usuário e da quantidade de pontos de entrada
e saída.

22 SENAI
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Através do fluxograma a seguir e da figura na próxima página, este funcionamento é


demonstrado graficamente.

START
PARTIDA

Limpeza de memória
Teste de RAM
Teste de execução

Não
OK?

Sim

Leitura das
entradas

Atualização da
tabela imagem
das entradas

Execução do
programa do
usuário

Atualização da
tabela imagem
das saídas

Transferência da
tabela para
a saída

Tempo Não
de varredura
OK?
Sim STOP
PARADA

SENAI 23
Controladores Programáveis

Cartão de Entrada

o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07

IN

1 0
E
N
T
R
A
OUT 04 D
A
Memória
S
Imagem
IN 00 IN 04

S
A
Í
D
A
Cartão de Saída S
1
o - 00
o - 01
o - 02
o - 03
o - 04
o - 05
o - 06
o - 07

OUT

24 SENAI
Controladores Programáveis

Programação

Linguagem de programação

Na execução de tarefas ou resolução de problemas com dispositivos


microprocessados, é necessária a utilização de uma linguagem de programação, para
o usuário se comunicar com a máquina.

A linguagem de programação é uma ferramenta necessária para gerar o programa


que vai coordenar e seqüenciar as operações que o microprocessador deve executar.

Classificação
• linguagem de baixo nível
• linguagem de alto nível

Linguagem de baixo nível


Conhecida por linguagem de máquina, é a linguagem corrente de um
microprocessador ou microcontrolador, onde as instruções são escritas em código
binário (bits 0 e 1). Para minimizar as dificuldades de programação usando este
código, pode-se utilizar também o código hexadecimal.

Cada microprocessador ou microcontrolador possui estruturas internas diferentes.


Portanto, seus conjuntos de registros e instruções também são diferentes.

Linguagem de alto nível


É uma linguagem próxima da linguagem corrente, utilizada na comunicação de
pessoas.

SENAI 25
Controladores Programáveis

Quando um microcomputador trabalha com uma linguagem de alto nível, é necessária


a utilização de compiladores e interpretadores para traduzir este programa em
linguagem de máquina.

1111
COMPILADORES 0000
PROGRAMA OU 0101
INTERPRETADORES 0100

Vantagem - Elaboração de programa em tempo menor, não necessitando de


conhecimento da arquitetura do microprocessador.
Desvantagem - Tempo de processamento maior do que o despendido em sistemas
desenvolvidos em linguagens de baixo nível.

Programação de controladores programáveis

Podemos programar um controlador através de um software que possibilita


usualmente quatro formas de apresentação da lógica do usuário:
• diagrama de contatos;
• diagrama de blocos lógicos;
• lista de instruções;
• texto estruturado.

Alguns tipos de software de programação possibilitam a programação em mais de


uma forma. É o caso do STEP 5 da Siemens, como também os baseados na norma
IEC 1331-3

Diagrama de contatos
Também conhecida como:
• diagrama de relés;
• diagrama escada;
• diagrama Ladder.

Esta forma gráfica de apresentação está muito próxima à forma normalmente usada
em diagramas elétricos.

26 SENAI
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Diagrama de blocos lógicos


Mesma linguagem utilizada em lógica digital, onde sua representação gráfica é feita
através das chamadas portas lógicas.

Lista de instrução
Linguagem semelhante à utilizada na elaboração de programas para computadores.

Análise das linguagens de programação

Com o objetivo de ajudar na escolha de um sistema que melhor se adapte às


necessidades de cada usuário, pode-se analisar as características das linguagens de
programação disponíveis em CP’s.

Esta análise se deterá nos seguintes pontos:


• forma de programação;
• forma de representação;
• documentação;
• conjunto de instruções.

Forma de programação

É a maneira pela qual o programa se estrutura. Esta forma pode ser linear ou
estruturada.

Programação Linear - Programa escrito em um único bloco.

Programação Estruturada - Estrutura de programação que


permite:
• organização;
• desenvolvimento de bibliotecas de rotinas utilitárias para uso em vários
programas;
• facilidade de manutenção;
• simplicidade de documentação e fácil entendimento por outras pessoas, além do
autor do software.

Permite também dividir o programa segundo critérios funcionais, operacionais ou


geográficos.

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Forma de representação

Pode-se analisar também quanto à forma de representação:


• diagrama de Contatos;
• diagrama de Blocos;
• lista de Instruções.

Estas três formas são mais usuais e permitem que o usuário se adapte a uma forma
de programar mais próxima do ambiente de projeto usado para desenvolver projetos
de diagramas elétricos.

Documentação
A documentação é mais um recurso de editor de programa que de linguagem de
programação. De qualquer forma, uma abordagem neste sentido torna-se cada vez
mais importante, tendo em vista que um grande número de profissionais está
envolvido no projeto de um sistema de automação que se utiliza de CP’s, desde sua
concepção até a manutenção.

Quanto mais rica em comentários, melhor a documentação que normalmente se


divide em vários níveis.

Conjunto de instruções
É o conjunto de funções que definem o funcionamento e aplicações de um CP.

Podem servir para mera substituição de comandos a relés:


• funções lógicas;
• memorização;
• temporização;
• contagem.

Serve também, para manipulação de variáveis analógicas:


• movimentação de dados;
• funções aritméticas.

Podem ter funções mais complexas como comunicação de dados, conexão com
interfaces homem-máquina (IHM), controle analógico, seqüênciamento, etc:
• saltos controlados;
• indexação de instruções;
• conversão de dados;
28 SENAI
Controladores Programáveis

• PID;
• seqüenciadores;
• aritmética com ponto flutuante.

Normalização

Existe a tendência de utilizar um padrão de linguagem de programação em que é


possível a intercambiabilidade de programas entre modelos de CP’s e até de
fabricantes diferentes.

Essa padronização está de acordo com a norma IEC 1131-3. Este tipo de
padronização é viável, utilizando-se o conceito de linguagem de alto nível. Através de
um chamado compilador pode-se adaptar um programa à linguagem de máquina de
qualquer tipo de microprocessador. Isto é, um programa padrão pode servir tanto para
o CP de um fabricante A como de um fabricante B.

A norma IEC 1131-3 prevê três linguagens de programação e duas formas de


apresentação.

As linguagens são:
• Ladder Diagram - programação como esquemas de relés;
• Boolean Blocks - blocos lógicos representando portas “E”, “OU”, “Negação”, “Ou
exclusivo”, etc;
• Structured Control Language (SCL) - vem a substituir todas as linguagens
declarativas como linguagem de instruções, BASIC estruturado e inglês estruturado.
Esta linguagem, novidade no mercado internacional, é baseada no Pascal.

As formas de representação são :


• programação convencional;
• Sequencial Function Chart (SFC) - evolução do graphcet francês.

A grande vantagem de se ter o software normalizado é que ao se conhecer um,


conhece-se todos, economizando em treinamento e garantindo que, por mais que um
fornecedor deixe o mercado, nunca se fique sem condições de crescer ou de repor
equipamentos.

SENAI 29
Controladores Programáveis

Sistemas automáticos de
controle

A cada dia que passa, os sistemas manuais de controle, ou seja, aqueles comandados
por um operário, vem sendo mais e mais substituídos por sistemas de controle
automáticos.

Estes, por sua vez, vêm apresentando um desenvolvimento que torna necessário seu
estudo pormenorizado, pois são encontrados nos mais diversos setores da indústria
como por exemplo, em controle de máquinas operatrizes, linhas de montagem
automáticas, controle de temperatura e qualidade, robótica e até mesmo em controle
de tráfico urbano.

Estudaremos o sistema de controle automático no que se refere ao subsistema


eletrônico.

Sistema

Sistema é um conjunto de elementos (ou subsistemas) reunidos de forma a executar


uma determinada tarefa, como por exemplo, o comando de uma máquina.

Um sistema comporta vários subsistemas que podem ser, por exemplo mecânico,
hidráulico, pneumático, eletrônico.

Subsistema eletrônico

Um sistema eletrônico é composto por blocos funcionais que, por sua vez, são
formados por agrupamentos de componentes eletrônicos. Ele pode ser analógico,
digital ou híbrido.

SENAI 31
Controladores Programáveis

O subsistema eletrônico analógico é um sistema de controle que trabalha com


circuitos não-lineares ou com tensão analógica e é, na maioria das vezes, construído
com amplificadores operacionais.

O subsistema eletrônico digital é um sistema de controle que opera com portas


lógicas, níveis lógicos definidos e números digitais.

O subsistema eletrônico híbrico é formado por conjuntos lógicos e digitais.

Os sistemas de controle atuais têm no microcomputador seu elemento principal.

Microcomputador como elemento de controle

A utilização do microcomputador como elemento de controle, exige circuitos de


interface para que ele se comunique com o processo controlado. A maioria dos
circuitos interfaceados são analógicos, de forma que os circuitos controlados por
microcomputador são sempre híbricos. A figura a seguir mostra um diagrama de
blocos de um subsistema eletrônico comandado por um microcomputador.

Computador
(micro/mini) ↔ Interface
Conversores AD/DA ↔ Controle
do Processo

Bloco funcional

Bloco funcional é uma das subdivisões do subsistema eletrônico. Ele representa uma
função a ser executada por conjuntos de componentes discretos e pode ser uma porta
lógica, um temporizador, um multivibrador, um oscilador etc.

Diagrama funcional de processo

O diagrama funcional de processo tem com objetivo transmitir informações sobre o


funcionamento do sistema. Ele apresenta o processo de acordo com a função de cada
etapa e as relações existentes entre elas.

Pode ser representado de duas maneiras:


• Por fluxograma
• Por blocos

32 SENAI
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A figura a seguir ilustra as etapas do diagrama funcional de processo.

Apresentação
do
Problema


Esclarecimento
e
análise


Descrição do
funcionamento
desejado
“algoritmo”

Diagrama Fluxograma
de blocos de controle
lógicos de processos

• Apresentação do problema - Esta etapa consiste na descrição do processo ou


sistema que se deseja automatizar. Esta descrição deve ser feita pelo especialista
do processo automatizado. A apresentação deve ser feita numa linguagem
compreensível e objetiva através da qual devem ser observados todos os detalhes
necessários a um bom desempenho do processo.
• Esclarecimento e análise do problema - Nesta etapa, um especialista em
automação faza análise do problema observado e de todos os detalhes citados na
etapa anterior. Dessa análise pode surgir uma melhoria no processo a medida em
que são eliminados passos dispensáveis e acrescentados outros necessários.

• Descrição do funcionamento (algoritmo) - Nesta etapa, faz-se uma descrição


passo a passo do processo e na seqüência correta de execução. A descrição é
basicamente o que foi abordado na primeira etapa, porém os eventos são
seqüenciados e hierarquizados com detalhamento técnico do sistema a ser
automatizado.

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• Diagrama funcional por blocos - É constituído pelos mesmos blocos utilizados


em eletrônica digital. A seguir são detalhadas as regras dessa representação e, em
seguida, dois exemplos de aplicação

⇒ O formato básico é um quadrado com tamanho arbitrário (como uma


porta lógica)

⇒ As entradas e saídas de uma função são colocadas em


lados opostos de modo que as entradas fiquem à esquerda
ou em cima e as saídas à direita ou embaixo.

⇒ Um sinal de entrada ou de saída é negado por um pequeno


círculo entre o fio do sinal e o quadrado da função.

⇒ O estágio de memória é representado dividindo-se um


retângulo ao meio por meio de uma linha tracejada no
sentido das entradas para as saídas o que caracteriza o
comportamento biestável.

⇒ Uma variável de entrada pode ser representada na forma de


palavras ou números, porém, sempre representa a situação
equivalente a um estado, como por exemplo, tanque cheio,
válvula aberta.

⇒A natureza do sinal de saída correspondente deve ser


escrita dentro de um retângulo. No retângulo menor (x),
coloca-se de forma abreviada a natureza da saída:
S - ação memorizada (set);
NS - não - memorizada;
DY - ação dinâmica (impulso);
tc - tempo de controle;
tw - tempo de espera em vista do evento seguinte a ser
executado.

34 SENAI
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⇒ No retângulo maior é colocado a ordem a ser executada,


como por exemplo, abrir válvula, tanque cheio.

⇒ O tempo de duração definido (impulso) em que a saída


permanece no nível lógico 1 é indicado por um sinal de
impulso sobre o qual se escreve a duração (tL)

⇒ A função de temporização é representada por uma barra


indicando à esquerda o retardo na ligação e à direita o
retardo no desligamento.

Exemplo 1: Acionamento de reversão de um motor - Um motor elétrico deve operar


com reversão de sentido de rotação. Cada um dos sentidos é determinado por
comando manual. O desligamento deve desativar o motor em qualquer um dos
sentidos de rotação. Deseja-se evitar que, ao ser desligado quando se encontra em um
sentido de rotação, o motor possa ser religado, principalmente em sentido contrário.
Para isso, o intervalo de tempo entre o desligamento não deve ser inferior a 10s.

O motor não deverá entrar em funcionamento se pelo menos uma dessas condições
estiver presente:
• O desligamento de emergência foi acionado;
• A pressão do óleo lubrificante nos mancais do motor for igual a zero;
• A temperatura da carcaça for superior a 70ºC.

Observação
A ocorrência de uma dessas condições deve levar o motor a se desligar, se ele estiver
em funcionamento.

Solução
O problema pode ser representado em diagrama funcional de blocos dividido em duas
partes: comando e proteção.

Operações de comando:
• Ligar o motor para girar em sentido horário.
• Ligar o motor para girar no sentido anti-horário.

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• Desligar o motor.
A ação de ligar o motor deve se dar através de sinal momentâneo que, adequado ao
estágio memorizador, transforma-se em sinal contínuo. Da mesma forma, o
desligamento deve provocar a desmemorização da ordem de ligação.

Entre o funcionamento do motor em sentido horário e o seu funcionamento em sentido


anti- horário deve existir um bloqueio mútuo, obtido pela associação adequada de
saídas e entradas dos memorizadores.

A proteção requerida implica no desligamento do motor e na inibição de sua ligação.

Todas as funções que executam a proteção devem atuar na desmemorização e


bloqueio das ordens de ligar o motor.

Finalmente, a temporização exigida deve ser de 10s.

O diagrama funcional por blocos resultante é:

Exemplo 2: Iluminação de escadaria - Deseja-se um sistema de iluminação para a


escada de um edifício de três andares. No pavimento térreo e em cada patamar haverá
uma lâmpada e um interruptor ao ser acionado, o interruptor do pavimento térreo ou de

36 SENAI
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qualquer dos três patamares, todas as lâmpadas devem se acender e permanecer


acesas por três minutos ao fim desse tempo, o desligamento se fará automaticamente.

Restrições:
• Acionada por um dos interruptores, a iluminação não deverá ter seu tempo de
permanência prolongado pelo acionamento do próprio interruptor ou por outro,
antes de esgotado o tempo de três minutos, decorrentes do primeiro acionamento.
• A iluminação só deverá funcionar à noite ou no caso de a iluminação natural cair a
um nível compatível ao da noite.

Solução
O processo proposto é relativamente simples e pode ser representado
satisfatoriamente pelo seguinte diagrama funcional de blocos:

Fluxograma de processo

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O fluxograma de processo permite representar as condições do processo. Ele


apresenta os eventos na seqüência definida pelo processo que se deseja controlar e
utiliza a simbologia que é mostrada a seguir.
Nessa representação, “n” indica a posição do evento (1,2,3...n) e no retângulo “x”
indica-se a função do evento, como por exemplo: misturar, esvaziar etc.

As condições de liberação do passo (ou entradas) são indicadas textualmente e de


forma resumida. Exemplo: Válvula V aberta, Válvula S fechada, Bomba B acionada.

As ordens de saída da etapa que são emitidas para os “operadores” (válvulas,


contatores, motores etc.) são colocadas em retângulos à direita do passo. Exemplo:
Desligar transportador ML, Zerar contador T2, Tempo de espera t2.

À esquerda da ordem de saída é colocada a natureza dessa mesma ordem.

À direita estão numeradas as ordens de saída que serão solicitadas pelo passo
seguinte.

A figura a seguir mostra os exemplos citados acima.

Na figura a seguir, as entradas com identificação 1 e 2 no passo 5 indicam que esse


passo depende da execução das ordens de saída do passo 4, identificadas com os
mesmos números. Essa regra só é válida para as ordens usadas nos passos

38 SENAI
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subsequentes. Quando se quer utilizar a mesma ordem em outro passo qualquer,


deve-se acrescentar a esse número de ordem o número do passo ao qual pertence.

Exemplo: 1.5, ou seja, ordem 1, passo 5.

Quando essas ordens não são numeradas, é porque elas não condicionam a liberação
de outros passos. Portanto, na figura acima, a realização do passo 5 independe da
realização da operação zerar contador T2 do passo 4.

Caso seja necessário colocar alguma condição adicional às entradas dos passos da
seqüência, pode-se usar os mesmos símbolos usados em diagramas de blocos
lógicos.

A solução de um comando seqüencial pode sofrer ramificações conforme indicado. A


natureza ou as condições dos eventos são colocadas ao lado da interserção:

⇒ & - todos os ramos são percorridos


⇒ >1 - pelo menos um dos ramos é percorrido
⇒ =1 - exclusivamente um dos ramos é percorrido

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⇒ (n) - dos “n” ramos, “m” são percorridos


m

Passos de funções como memórias, temporizadores, contadores etc, são


representados como na simbologia dos diagramas de blocos lógicos.

Observação
Esse tipo de representação gráfica apresentada se aplica bem para comandos
seqüenciais ou em situações em que o número de variáveis e de etapas do processo é
elevado.

Exemplo: Preparação de solução salina


A figura a seguir mostra o esquema do processo.

Descrição do funcionamento desejado:


a) processo pode ser iniciado manual ou automaticamente.

40 SENAI
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b) No início do processo, a válvula VA se abre, admitindo água no tanque. O volume


QA de água é previamente fixado para a operação e medido por um medidor de
fluxo. O volume QA deve ser superior ao necessário para atingir a nível Nmin do
tanque e igual ou inferior ao necessário para o nível Nmax do tanque.

c) Quando a água atingir o nível Nmin, o motor M1 do agitador deve ser ligado. O
tempo entre a ordem de iniciar o processo e a ligação do motor M1 não deve ser
superior a quinze minutos.

d) Quando o volume pré-fixado da água for atingido, a válvula VA deve ser fechada. O
tempo tQA é necessário para se alcançar o volume Q. Caso ele seja ultrapassado,
deve ser dado alarme.

e) Volume QA de água admitido no tanque determina o volume QS de sal a ser


dissolvido. A proporção QA/QS deve ser constante para qualquer volume de água.
O volume QS é medido por uma balança fotoelétrica de conversão massa-volume,
colocada na saída da válvula VS.

f) A correia transportadora acionada pelo motor M2 é ligada ao se fechar a válvula


VA. Dez segundos após a ligação de M2, a válvula VS deve abrir para a admissão
de sal.

g) Quando o valor QS é atingido, a válvula VS deve ser fechada e o motor M2


desligado 30s após.

h) A partir desse instante, deve transcorrer o tempo tK de agitação (variável conforme


o volume QA de água e QS de sal.

i) Ao final do tempo tK, a correlação entre a condutividade da solução e sua


temperatura deve apresentar um valor K. Caso esse valor não seja alcançado,
deve ser dado aviso de tempo tK ultrapassado.

j) Quando o valor K é atingido, ou através de comando manual, inicia-se a descarga


do tanque de mistura, se o nível do tanque de eletrólise for ND. A descarga do
tanque de mistura é iniciada com a abertura da válvula S. Vinte segundos após a
abertura da válvula S, a bomba B é ligada. O motor M1 deve ser desligado ao ser
atingido o nível Nmin. O tanque deve ser esvaziado até que seja dada a indicação
de tanque vazio No. Nesse instante, deve-se desligar a bomba B e 10s após, a
válvula S deve ser fechada.

SENAI 41
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k) Desligada a bomba B e fechada a válvula S, o sistema deve se manter em repouso


durante 30s. Não ocorrendo ordem manual de desligar, o processo pode ser
automaticamente reiniciado. Antes que isso aconteça, os contadores QA e QS
devem ser levados a zero. Esta deve ser a condição inicial do processo.

Solução
O exemplo apresentado é complexo e sua solução corresponde ao diagrama funcional
por fluxograma de processo mostrado a seguir.

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Localização de defeitos em sistemas de controle

O processo de operação de uma máquina é controlado por um sistema principal e


diversos subsistemas. Na maioria dos processos, o sistema eletroeletrônico é o
sistema principal cuja função é receber informações, processá-las e tomar decisões
que são enviadas ao subsistemas.

Em virtude do sistema ser quase sempre controlado elétrica ou eletronicamente, o


operador tem a tendência de associar qualquer defeito do sistema a uma falha elétrica
ou eletrônica. Isso o leva a requisitar o técnico em manutenção eletroeletrônica para a
correção do defeito.

Por isso, o técnico deve ter uma visão geral do sistema e ser capaz de identificar qual
subsistema está danificado. Para isso, é necessário que ele conheça o funcionamento
da máquina e analise o sistema como um todo. O fluxograma a seguir mostra as
etapas que devem ser seguidas pelo profissional para detectação e eliminação do
defeito.

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Computadores

Este capítulo tem por objetivo apresentar os blocos componentes de um computador,


como eles funcionam e como se relacionam entre si.

O que é um computador

O computador é um equipamento que executa automaticamente uma seqüência de


operações para as quais foi anteriormente programado. Essas operações podem
apresentar a solução de problemas matemáticos ou controle de certas funções como,
por exemplo, o comando de uma máquina.

Os computadores têm a fama de processar muitos dados de uma só vez. Contudo, na


verdade, eles processam apenas um dado de cada vez. O que dá a impressão de que
ele executa muitas funções ao mesmo tempo é alta a velocidade com que essas
operações são realizadas.

O computador é composto basicamente pelo “hardware” e pelo “software”.

“Hardware” é o termo utilizado para designar a parte física do computador, ou seja,


todos os componentes eletrônicos, mecânicos, magnéticos, fios e conexões que são
utilizados na sua fabricação.

O “hardware” se divide em três blocos principais:


• O processador,
• A memória,
• Os dispositivos de entrada e saída.
O processador é o “cérebro” do computador. Ele tem a capacidade de executar as
instruções (programa) enviadas ao computador pelo usuário. Tem também a função de
somar, subtrair e executar operações lógicas.

SENAI 45
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Em um computador de grande porte, o processador é chamado de UCP ou unidade


central de processamento. Em um mini ou microcomputador, o processador é
chamado de microprocessador.

A memória é a área de trabalho do computador e sua capacidade determina o que ele


pode fazer ou não. Por isso, a capacidade de um computador é determinada pela
quantidade de memória que ele possui.

Os dispositivos de entrada e saída (ou I/O do inglês “input/output”) são todas as


formas usadas pelo computador para receber ou enviar dados. Esses dispositivos
incluem a entrada que digitamos pelo teclado e a saída que o computador apresenta
na tela do monitor, imprime na impressora e os conteúdos dos discos de
armazenamento. Esses dispositivos são também chamados de periféricos.

Dentre todos os dispositivos citados, o mais importante e é o “hard disk”, ou disco de


armazenamento, pois é nele que o computador guarda seus dados quando não estão
em uso na memória principal.

“Software” é o termo utilizado para designar o programa dos computadores, ou seja,


uma série de instruções que informam ao computador como ele deve operar.

É o programa que traz o computador “a vida” e o transforma numa poderosa


ferramenta de trabalho.

O computador, portanto, nunca pode ser considerado isoladamente, como estrutura


física (circuitos, componentes, interconexões), mas sim como um conjunto de dois
blocos interdependentes: o “hardware” e o “software”.

Origens do computador

Os computadores começaram a ser usados comercialmente na década de 50. O


avanço da tecnologia empregada na construção dos componentes fez com que estes
ficassem cada vez menores, mais rápidos e econômicos, já que consomem menos
energia.
O desenvolvimento dos computadores aconteceu rapidamente a ponto de se
distinguirem claramente até agora quatro gerações:

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Primeira geração: os computadores da primeira geração funcionavam totalmente a


válvula, portanto seu tamanho físico era muito grande, o consumo de energia era
excessivo e quilômetros de fios eram usados na conexão de seus componentes.

Outra característica dessa geração de computadores era a falta de confiabilidade e o


tempo excessivo para processar as informações.

Nessa geração, a programação era feita em linguagem de máquina, e os programas


eram executados de forma estritamente seqüencial.

Segunda geração: nos computadores da segunda geração, as válvulas foram


substituídas por transistores. Essa inovação levou a uma grande redução no tamanho
físico e no consumo. Além disso, os fios de ligação foram substituídos por placas de
circuito impresso. Desta maneira, os computadores tornaram-se menores, mais
rápidos e mais confiáveis.

A linguagem de programação foi simplificada consideravelmente. Ao invés de se


utilizar linguagem de máquina, podiam ser utilizados comandos alfabéticos abreviados
(linguagem “assembler”).

Terceira geração: os computadores da terceira geração foram marcados pela


utilização de circuito integrados. Essa utilização permitiu um novo e apreciável
aumento da capacidade de trabalho dos computadores, pois aumentou a confiabilidade
e diminuiu o tempo de processamento das informações. A utilização de CLs também
reduziu consideravelmente o tamanho físico dos computadores.

A programação dos computadores é agora realizada com o auxílio de linguagens de


programação orientadas para o problema a ser resolvido. São linguagens de natureza
universal que se assemelham cada vez mais à linguagem humana. As mais
importantes dessa categoria são “fortran” (para problemas científicos) e “cobol” (para
tarefas comerciais e industriais).

Quarta geração: A quarta geração de computadores foi marcada pela larga


integração de componentes em um único circuito integrado que resultou no
microprocessador.

O microprocessador, apesar de seu tamanho (que justifica seu prefixo micro), é muito
mais rápido e possante que os mais populares computadores da geração anterior.

SENAI 47
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A linguagem usada pelos computadores dessa geração é “basic”, especialmente


desenvolvida para os microcomputadores.

Estamos caminhando para a quinta geração de computadores que será provavelmente


caracterizada pela linguagem de programação ainda mais próxima da natural,
processamento paralelo de dados, inteligência artificial, reconhecimento de imagens.

Tipos de computadores

Os computadores podem ser classificados segundo sua capacidade de


armazenamento de dados e a velocidade com que manipulam esses dados. De acordo
com essa classificação, eles se dividem em três grupos:
• Computadores pequenos ou microcomputadores;
• Computadores médios ou microcomputadores;
• Computadores de grande porte ou “mainframes”.

Microcomputadores
Os microcomputadores são capazes de resolver problemas similares aos que os
computadores de grande porte resolvem, porém os problemas devem ser menos
complexos, com menor quantidade de dados e com velocidade maior de
processamento.

Os microcomputadores podem ser classificados de acordo com seu emprego: os de


uso dedicado em aplicações comerciais e os de uso geral, ou microcomputadores
pessoais.

Computadores de médio porte

48 SENAI
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Esses computadores estão numa posição intermediária entre os micros e os


computadores de grande porte. São computadores que possuem uma razoável
quantidade de memória e são capazes, por exemplo, de controlar o processo de
produção de uma indústria.

Computadores de grande porte


Os computadores de grande porte são aqueles empregados para resolver problemas
complexos de ordem técnica e científica, em situações onde exista uma grande
quantidade de dados a serem processados em tarefas que envolvem usualmente um
número extremamente grande de cálculos e dados.

Os computadores de grande porte normalmente trabalham com número elevado de


periféricos que muitas vezes se encontram espalhados geograficamente. O
processamento das informações é extremamente rápido. Um exemplo desse tipo de
computador é o computador usado pelo sistema bancário.

Características dos computadores

Os computadores são caracterizados de uma maneira geral por três aspectos:


• Capacidade de memória, ou seja, o total de memória residente que o computador
possui. É expressa em bytes (kilobytes) ou mbytes (megabytes)
• Tamanho da palavra, ou seja, o número de bits de dados que o computador pode
manusear de uma só vez. Existem computadores de oito, dezesseis, trinta e dois e
sessenta e quatro bits.
• Velocidade de processamento, ou seja, o tempo que o computador leva para
processar as informações.

Acima vimos que para apresentar as características dos computadores, precisamos


empregar algumas palavras novas como “Kbytes e bits”. Vamos, então ver o
significado delas e de mais algumas outras importantes para entender o funcionamento
dos computadores.

Bit, do inglês “binary digit”, é a menor unidade de informação que um computador


pode processar. Os bites são expressos em números binários e podem assumir os
valores zero e um.

SENAI 49
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Palavra - Binária, ou simplesmente palavra é um conjunto de números binários.


Essas palavras têm nomes especiais dependendo do número de bits que ela contenha,
ou seja:
• Byte é uma palavra de oito bits.
• Nibble corresponde a meio byte, isto é, quatro bits.
• Word é uma palavra de dezesseis bits.
• Doubleword (palavra dupla) é uma palavra de trinta e dois bits.

Kylobyte, ou simplesmente Kbyte ou ainda Kb, é múltiplo de byte e corresponde a


1024 bytes. Quando ouvimos falar em 64Kb, isso significa 64 vezes 1024, ou 65 536
bytes.

Megabyte corresponde a 1Kb de 1Kb (1024 x 1024), ou mais exatamente, 1048 576
bytes.

50 SENAI
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Memórias

Em qualquer computador, tanto as instruções quanto os dados do programa devem ser


armazenados a fim de que possam estar disponíveis sempre que o usuário do
equipamento necessitar deles. Essa função imprescindível no sistema é realizada
pelas memórias.

Neste capítulo, estudaremos as operações que as memórias realizam, como essas


operações são realizadas e quais os tipos de memórias que existem para realizá-las.

Armazenamento de dados

Os circuitos integrados de memória têm uma capacidade de armazenamento de um


determinado número de palavras com um determinado número de bits. Assim, um
circuito de memória muito usado tem capacidade de armazenamento de 1 kbyte, ou
seja, 1024 palavras de 8 bits.

Cada unidade de armazenamento da memória pode ser comparada a um registrador


capaz de guardar uma palavra de dados. O número de palavras que pode ser
armazenado é igual ao número de registradores que a memória possui. A “largura” de
cada registrador corresponde ao número de bits que a palavra possui. Observe a figura
a seguir.

SENAI 51
Controladores Programáveis

O conteúdo de cada registrador está sujeito a duas operações possíveis leitura e


escrita.

A leitura é o processo de retirar a palavra armazenada do registrador e enviá-la para


algum outro lugar. Por isso, quando se efetua a leitura de um dado (palavra) na
memória, seu conteúdo se modifica.

A escrita é o processo de colocar uma nova palavra em um determinado registrador.

A operação de escrita apaga a palavra memorizada anteriormente e grava a nova


palavra.

Obsevação
Não são todos os tipos de memória que permitem a escrita de novas palavras como
veremos mais adiante

Endereçamento

Para que o dado que está sendo lido seja encontrado, é preciso que ele tenha um
endereço. Esse endereço tem a forma de um número e cada registrador recebe um
número. Esse número especifica a exata localização do registrador e,
conseqüentemente, da palavra armazenada.

A figura ao lado mostra


a representação
esquemática da
organização interna de
uma memória que
armazena 64 palavras
de 4 bits cada.

52 SENAI
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Seleção da memória

A maioria das memórias têm uma entrada chamada “chip-select” (CS)que é utilizada
para habilitar ou desabilitar as entradas e saídas do CI.

Quando a entrada CS está no modo desabilitado todas as entradas e saídas de dados


do CI estarão desabilitadas. Isso impossibilita qualquer operação de escrita ou leitura.

Operação de leitura ou escrita

A operação de leitura ou escrita é selecionada pela entrada de leitura/escrita (R / W, do


inglês “read/write”). Quando está em nível alto, esta entrada habilita os amplificadores
de saída e faz a leitura do registrador endereçado.

Quando esta entrada está em nível baixo, habilita os amplificadores de entrada e


coloca níveis lógicos no registrador endereçado.

Observação
Para economizar pinos nos CIs, os fabricantes combinam as funções de entrada e
saída de dados em pinos de entrada e saída comuns.

Observe a figura a seguir que mostra os pinos sendo usados como entrada/saída (I/O,
do inglês “input/output”).

SENAI 53
Controladores Programáveis

Tipos de memória

Os CIs de memória se dividem em duas grandes classificações de acordo com as


funções de leitura ou escrita que desempenham.

As memórias em que se pode ler ou escrever dados são chamadas de memórias de


leitura e escrita (RWM, do inglês “read/write memory”). O termo usual para identificar
esse tipo de memória é RAM (do inglês “random access memory” e que quer dizer
memória de acesso aleatório).

Na verdade, o termo RAM define qualquer memória capaz de ter qualquer de seus
registradores acessados sem ter que passar antes por outros registradores.

As RAMs são utilizadas em computadores para o armazenamento temporário de


programas e dados.

A principal característica e desvantagem desse tipo de memória é o fato de serem


“voláteis”, ou seja, elas perdem a informação armazenada ao serem desenergizadas.

Existem dois tipos de memórias RAM: a estática e a dinâmica .

A RAM estática usa flip-flops internos para armazenar os dados. Cada flip-flop
corresponde a um bit de dado, o que limita a capacidade de armazenamento a 64
kbytes por CI.

A vantagem da RAM estática é que a informação armazenada fica no biestável que


permanece travado enquanto a alimentação for mantida constante.

A RAM dinâmica não utiliza flip-flops para o armazenamento de dados, mas


minúsculos capacitores. Essa técnica permite que apenas alguns componentes sejam
utilizados por dado armazenado. Isso aumenta a capacidade de armazenamento do CI
para 64 kbytes.

A RAM dinâmica é assim chamada porque os capacitores tendem a se descarregar e


precisam ser periodicamente recarregados. Essa recarga periódica é chamada de
refrescamento (“refreshing”) da memória. Esse refrescamento é feito a cada 2ms
(milissegundos).

54 SENAI
Controladores Programáveis

Além de maior capacidade de armazenamento, as RAMs dinâmicas têm menor


consumo. Da mesma forma como as RAMs estáticas, as RAMs dinâmicas também
perdem os dados armazenados quando são desenergizadas.

Além das RAMs, existem também as ROMs (do inglês “read only memory”) que são
memórias utilizadas apenas para terem seus dados lidos. Sua principal característica é
ser não-volátil, isto é, ela não perde o dado armazenado mesmo depois de
desenergizada.

Em operação normal, nenhum dado pode ser escrito em uma ROM. O processo de
escrita não é simples e dependendo do tipo de ROM usado, os dados podem ser
escritos apenas uma vez ou quantas vezes for necessário.

Devido à sua característica principal (memória não-volátil), as ROMs são utilizadas


para armazenar dados que não mudam como por exemplo, programas monitores de
computadores ou de controladores lógicos programáveis.

As ROMs podem ser classificadas de acordo com o processo de escrita de dados que
é empregado:
• ROM programável por máscara - a escrita é feita pelo fabricante sob encomenda
do usuário. Durante o processo de fabricação, o fabricante confecciona uma
máscara (ou gabarito fotográfico do circuito) que permite a produção das
memórias. Esse processo, porém tem custo elevado e sua produção só se torna
economicamente viável quando feito em larga escala. Essas ROMs estão
disponíveis pré-programadas com dados que são utilizados comumente como
tabelas matemáticas e códigos geradores de caracteres.
• ROM programável - (PROM do inglês “programmable read only memory” ) permite
que o próprio usuário armazene os dados ou programas desejados. Isso é feito
com o auxílio do programador PROM. A memória contém elos fusíveis que se
queimam à medida que os bits são gravados com os níveis lógicos desejados. Uma
vez completada a gravação, esta não pode mais ser alterada.
• ROM apagável -(EPROM, do inglês “erasable programmable read only memory”)
pode ser apagada e reprogramada um número indefinido de vezes. Uma vez
programada, ela é uma memória não volátil e mantém os dados armazenados
indefinidamente.

Existem dois tipos de EPROMs que são diferenciadas pelo processo de apagamento.

SENAI 55
Controladores Programáveis

O primeiro processo é o que usa exposição à luz ultravioleta através de um janela de


quartzo na face superior do CI.

O segundo processo é utilizado na EEPROM (do inglês “electrically erasable


programmable read only memory”, ou seja, PROM eletricamente apagável). O CI
possui um pino ao qual se aplica determinada tensão que apaga os dados
armazenados.

56 SENAI
Controladores Programáveis

Microprocessador

A UCP controla todas as funções realizadas pelo sistema de um microcomputador.


Nessa tarefa, ela chama as instruções da memória, decodifica-se e executa-as. Além
disso, ela alimenta a memória e as portas de entrada e saída para executar as
diversas instruções recebidas.

Dentro desse sistema, o CI que comanda todas essas funções é o microprocessador


que corresponde à unidade central de processamento. Esse microprocessador possui
algumas características que serão estudadas neste capítulo.

Blocos funcionais do microprocessador

O microprocessador executa um grande número de funções:


• Gera sinais de controle e temporização;
• Busca instruções e dados na memória;
• Transfere dados para dispositivos de entrada/saída;
• Executa operações lógicas e aritméticas;
• Responde a sinais de controle gerados pelos dispositivos de entrada/saída.

Para executar essas funções, o microprocessador possui um circuito lógico completo


que pode ser dividido em três blocos:
1.registradores;
2.temporização e controle;
3.unidade lógica e aritmética.

Os registradores são unidades funcionais usadas para armazenamento temporário


dos bits do microprocessador. Eles também transferem os dados ali armazenados para
a memória ou dispositivo de entrada e saída.

SENAI 57
Controladores Programáveis

A unidade de temporização e controle tem a função de controlar as operações de


todas as unidades do sistema de modo que funcionem numa seqüência lógica e
sincronizada para que cada dispositivo opere no momento correto.

A unidade lógica e aritmética (ULA) executa as operações lógicas e aritméticas do


sistema.

Barramentos

Para que o microprocessador possa se comunicar com as outras unidades do sistema,


ele necessita de vias que transportem as informações e os sinais envolvidos na
operação do sistema. Essas vias são chamadas de barramentos.

Os barramentos têm a função de interligar os blocos funcionais do sistema e cada um


deles tem uma função específica.

58 SENAI
Controladores Programáveis

O barramento de endereço leva as informações para a memória ou para os


dispositivos de entrada e saída. É uma via unidirecional pois os dados só fluem da
UCP para as memórias ou para os dispositivos de entrada e saída.

O barramento de dados é uma via bidirecional pela qual os dados podem entrar ou
sair, dependendo da operação que está sendo realizada (leitura ou escrita). Ele envia
ou recebe informações das posições de memória ou dos dispositivos de entrada e
saída que são selecionados pelas informações geradas pela UCP e enviadas pelo
barramento de endereços.

O número de bits do barramento de dados determina o tamanho da palavra que o


computador manipula.

O barramento de controle também é uma via bidirecional e tem a função de controlar


e coordenar as operações da UCP. Praticamente, o barramento se divide em duas
partes, pois tem algumas vias que recebem sinais e algumas enviam sinais.

Através do barramento de controle, o microprocessador é informado sobre qual a


operação que deve ser efetuada. Em seguida, a UCP gera os sinais de controle e
informa aos blocos funcionais qual é a operação que deve ser efetuada.

SENAI 59
Controladores Programáveis

Lógica Digital

Sistemas de Numeração

Através dos tempos foram criados vários sistemas de numeração para atender
variadas aplicações, dentre os quais se destacam :
• Sistema Decimal;
• Sistema Binário;
• Sistema Octal;
• Sistema Hexadecimal.

Sistema Decimal
O sistema decimal é o mais conhecido e utilizado em nosso dia-a-dia. É formado por
dez símbolos (0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) que através de suas posições terão um
determinado valor. Por possuir dez símbolos possíveis, é chamado sistema de
numeração na base 10.

Representação
Algarismos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9
Base: 10
n
Posição do algarismo no número: potências de 10 ( 10 )
Símbolo: dec

SENAI 61
Controladores Programáveis

Exemplo: 1.99510

Milhar Centena Dezena Unidade


1 9 9 5
3 2 1 0
1 x 10 9 x 10 9 x 10 5 x 10

1.000
900 +
90
5
1.995

Sistema Binário
O sistema binário representado por apenas dois símbolos (0 e 1), que representam
dois estados possíveis em um sistema: aberto/fechado, ligado/desligado, sim/não, etc.

Os números binários são usados para representar o sistema de funcionamento de um


computador, já que este utiliza a característica de chaves elétricas que abrem e
fecham. Aos dois estados possíveis da chave (aberta ou fechada) associam-se os
valores binários (0 e 1).

É um sistema de numeração posicional, isto é, os símbolos têm valores diferentes de


acordo com a posição que ocupam. Como possui dois símbolos é chamado de sistema
de base 2.

Representação
Algarismos: 0 e 1
Base: 2
n
Posição do algarismo no número: potências de 2 ( 2 )
Símbolo: bin
Exemplo: 11012

3 2 1 0
2 2 2 2
1 1 0 1
1x8 1x4 0x2 1x1

(1 x 8) + (1 x 4) + (0 x 2) + (1 x 1) = 8 + 4 + 1 = 13
Logo : 11012 = 1310

62 SENAI
Controladores Programáveis

Sistema Octal
O sistema octal é representado por oito símbolos ( 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 ) e é chamado
de sistema na base 8.

Este sistema é uma boa forma de simplificar a representação de números binários.


Representação
Algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Base: 8
n
Posição do algarismo no número: potências de 8 ( 8 )
Símbolo: oct
Exemplo: 50278

3 2 1 0
8 8 8 8
5 0 2 7
5 x 512 0 x 64 2x8 7x1

(5 x 512 ) + ( 0 x 64 ) + ( 2 x 8 ) + ( 7 x 1 ) = 2.560 + 16 + 7 = 2.583


Logo : 50278 = 2.58310

Sistema hexadecimal
O sistema hexadecimal é representado por dezesseis símbolos ( 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,
8, 9, A, B, C, D, E e F ) e é chamado de sistema na base 16.

Este sistema também é uma boa forma de simplificar a representação de números


binários.

Representação
Algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F
Base: 16
n
Posição do algarismo no número: potências de 16 ( 16 )
Símbolo: hex

SENAI 63
Controladores Programáveis

Exemplo: 19FA16

3 2 1 0
16 16 16 16
1 9 F A
1 x 4096 9 x 256 F(15) x 16 A(10) x 1
* *

( 1 x 4096 ) + ( 9 x 256 ) + ( 15 x 16 ) + ( 10 x 1 ) = 4096 + 2304 + 240 + 10 = 6650

Logo : 19FA16 = 6.65010

Equivalentes entre sistemas numéricos

DEC BIN OCT HEX


0 0000 0 0
1 0001 1 1
2 0010 2 2
3 0011 3 3
4 0100 4 4
5 0101 5 5
6 0110 6 6
7 0111 7 7
8 1000 10 8
9 1001 11 9
10 1010 12 A
11 1011 13 B
12 1100 14 C
13 1101 15 D
14 1110 16 E
15 1111 17 F

64 SENAI
Controladores Programáveis

Conversão entre os sistemas de numeração

Binário para Decimal


Exemplo: 10102

3 2 1 0
2 2 2 2
1 0 1 0
1x8 0x4 1x2 0x1

(1 x 8) + (0 x 4) + (1 x 2) + (0 x 1) = 8 + 2 = 10
Logo : 10102 = 1010

Octal para Decimal


Exemplo: 17508

3 2 1 0
8 8 8 8
1 7 5 0
1 x 512 7 x 64 5x8 0x1

( 1 x 512 ) + ( 7 x 64 ) + ( 5 x 8 ) + ( 0 x 1 ) = 512 + 448 + 40 = 1.000


Logo : 17508 = 1.00010

Hexadecimal para Decimal


Exemplo: 0AFE16

3 2 1 0
16 16 16 16
0 A F E
0 x 4096 A(10) x 256 F(15) x 16 E(14) x 1

( 0 x 4096 ) + ( 10 x 256 ) + ( 15 x 16 ) + ( 14 x 1 ) = 0 + 2560 + 240 + 14 = 2.814


Logo : 0AFE16 = 2.81410

SENAI 65
Controladores Programáveis

Decimal para Binário


Dividir o número sucessivamente por 2 até que o quociente seja 0. A leitura do número
em binário é feita do último resto para o primeiro (vide seta).
Exemplo: 1210 = ?2

1 2
0 6 2
0 3 2
1 1 2
1 0

Logo : 1210 = 11002

Decimal para Octal


Dividir o número sucessivamente por 8 até que o quociente seja 0. A leitura do número
em octal é feita do último resto para o primeiro (vide seta).
Exemplo: 10010 = ?8

100 8
4 1 8
4 1 8
1 0

Logo : 10010 = 1448

Decimal para Hexadecimal

Dividir o número sucessivamente por 16 até que o quociente seja 0. A leitura do


número em hexadecimal é feita do último resto para o primeiro (vide seta).
Exemplo: 25410 = ?16

254 16
14 1 16
1 0

66 SENAI
Controladores Programáveis

15 = F

14 = E

Logo : 25410 = FE16

Representação binária

Os números binários são representados por dígitos que recebem denominações


específicas em função de sua utilização.

Os números binários podem receber as seguintes representações:


• Bit;
• Byte;
• Nibble ou Tétrada.

Bit
É o nome dado a um dígito binário, e pode assumir o valor 0 ou 1.
A palavra Bit vem do inglês Binary digit (dígito binário).
Exemplo:

1 0 1
é um número binário formado por três bits

Nibble ou Tétrada
É um número binário formado pela combinação de 4 bits consecutivos.
Exemplo :

1 0 1 0

Byte
Byte a palavra utilizada para denominar a combinação de 8 bits consecutivos.
Exemplo :
BYTE

1 1 0 1 1 0 0 1

NIBBLE NIBBLE

SENAI 67
Controladores Programáveis

Obs.: um byte é composto por dois nibbles.

Palavra (Word )
Uma palavra é um conjunto de 2 bytes consecutivos, isto é, 16 bits.

PALAVRA

1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1

BYTE BYTE

Números BCD - Decimal Codificado em Binário

É um código que utiliza números binários para representar os dígitos de um número


decimal.
Cada grupo de 4 dígitos binários representa um dígito de um número decimal.

Números Números
Decimais Binários
0 0000
1 0001
2 0010
3 0011
4 0100
5 0101
6 0110
7 0111
8 1000
9 1001

Exemplo :

0010 0101 0001 0011


2 x 103 5 x 102 1 x 101 3 x 100
2000 500 10 3
Milhar Centena Dezena Unidade

68 SENAI
Controladores Programáveis

2000 + 500 + 10 + 3 = 2.513

Fundamentos da lógica digital

O sistema binário tem uma grande aplicação em técnicas digitais e computação, sendo
a base de operações de dispositivos digitais.

No sistema binário só existem duas possibilidades de operação. Esse conceito de dois


estados 1 ou 0, se encaixa no que se conhece como lógica binária.

Dependendo do contexto que for usado, um sinal designado com um valor de 1 ou 0,


também pode ser descrito conforme mostrado abaixo:

Estado 1 Estado 0 Elemento


Ligado Desligado Motor
Avançado Recuado Cilindro
Pneumático
Aberta Fechada Porta
Ligado Desligado Circuito Elétrico
Tocando Muda Buzina
Acesa Apagada Lâmpada
+5V 0V Sinal Digital
+12V 0V Sinal Digital
Aberta Fechada Chave

Obs.: Deve-se notar que a definição de 1 como sendo a condição de ligado e 0 como
desligado, é arbitrária. Em algumas aplicações pode ser conveniente definir 1 como
desligado e 0 como ligado.

Operações lógicas

A relação entre duas variáveis que representam estados binários é estabelecida


através de operações lógicas que são realizadas conforme os princípios da álgebra
booleana.

SENAI 69
Controladores Programáveis

Para realizar uma operação lógica é necessário um arranjo físico que é chamado de
porta lógica.

Dentro da lógica digital pode se fazer arranjos para se obter as seguintes funções:

Portas Lógicas Portas Lógicas


Básicas Derivadas
“E” “NÃO E”
“OU” “NÃO OU”
“NÃO” “OU EXCLUSIVO”
“SIM” “EQUIVALÊNCIA”

Todos os arranjos para se conseguir as funções, terão sempre duas ou mais entradas
e uma saída, com exceção das funções “NÃO” e “SIM” que sempre terão apenas
uma entrada.

Tabela verdade
Para uma melhor análise e compreensão de uma função lógica, se utiliza a tabela
verdade, onde são retratadas as possíveis condições dos elementos de entrada, e
como conseqüência a condição de cada elemento de saída.
Exemplo:
Tabela Verdade da função lógica “E” de duas entradas.

Convenção:
1 - Botão acionado
0 - Botão desacionado
1- Lâmpada acesa
0 - Lâmpada apagada

Tabela Verdade

Entradas Saída

A B Y
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

70 SENAI
Controladores Programáveis

O número de combinações possíveis entre os elementos de entrada pode ser obtido


através da seguinte fórmula:
N° de entradas

2n = X N° de combinações possíveis para a(s) entrada(s)

N° de estados que assumem os elementos de entrada

Exemplo:

2
2 =4
As entradas podem assumir 4 combinações possíveis entre elas.

Simbologia

Porta Lógica “E”


Equação: Y = A . B

SÍMBOLO
Norma ASA

A
Y
B

Norma ABNT

A &
Y

SENAI 71
Controladores Programáveis

Equivalente Elétrico

A B

Porta Lógica “OU”


Equação : Y = A + B
SÍMBOLO
Norma ASA

A
Y
B

Norma ABNT

A >
=

Equivalente Elétrico

72 SENAI
Controladores Programáveis

Porta Lógica “NÃO E”

Equação : Y = A . B
SÍMBOLO
Norma ASA

A
Y
B

Norma ABNT

&
A

Equivalente Elétrico

SENAI 73
Controladores Programáveis

Porta Lógica “NÃO OU”


Equação : Y = A + B
SÍMBOLO

Norma ASA

A
Y
B

Norma ABNT

A >
=

Equivalente Elétrico

A B

74 SENAI
Controladores Programáveis

Porta Lógica “OU Exclusivo”


Equação : Y = A + B
SÍMBOLO
Norma ASA

A
Y
B

Norma ABNT

=1
A

Equivalente Elétrico

A B

A B

SENAI 75
Controladores Programáveis

Porta Lógica “NÃO”


Equação : Y = A
SÍMBOLO

Norma ASA

A Y

Norma ABNT

A Y

Equivalente Elétrico

76 SENAI
Controladores Programáveis

Porta Lógica “SIM”


Equação : Y = A
SÍMBOLO

Norma ASA

A Y

Norma ABNT

A Y

Equivalente Elétrico

SENAI 77
Controladores Programáveis

Referências Bibliográficas

SENAI-SP. Controladores Programáveis - Teoria. São Paulo, 1998.

SENAI-SP. Eletricista de Manutenção IV – Acionamentos – Teoria. São Paulo,


1997.

SILVEIRA, Paulo R. e SANTOS, Winderson E. Automação – Controle Discreto. Ed.


Érica, São Paulo, 2000.

SENAI 79
Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”
Campinas – S.P.

ANEXO

2004

Documentação
CLPs ALTUS
Controladores Programáveis

Formato de uma Lógica

As duas linhas laterais da lógica representam barras de energia entre as


quais são colocadas as instruções a serem executadas.

82 SENAI
Controladores Programáveis

Ordem de Processamento da Lógica

O processamento das instruções de uma lógica é realizado em colunas,


desde a coluna 0 até a 7. Uma coluna é processada na ordem seqüencial de
suas linhas, desde a linha 0 até a linha 3. O número existente dentro de
cada célula indica a sua ordem de processamento.

SENAI 83
Controladores Programáveis

Operandos Simples

Os operandos simples são utilizados como variáveis de armazenamento de


valores no programa aplicativo. Conforme a instrução que os utilizam,
eles podem ser referenciados na sua totalidade ou em uma subdivisão (uma
parte do operando). As subdivisões de operandos podem ser palavra, octeto
, nibble ou ponto.
Formato geral de um operando simples:

Tipo do operando:
%E - entrada
%S - saída
%A - auxiliar
%R - endereço no barramento
%M - memória
%D - decimal
%F - real

Tipo da subdivisão:
. - ponto da palavra baixa (1 ponto)
h - ponto da palavra alta (1 ponto)
n - nibble (4 pontos)
b - octeto (8 pontos)
w - palavra (16 pontos)
Exemplos:
%E0002.3 - ponto 3 do operando de entrada 2
%S0004.7 - ponto 7 do operando de saída 4
%A0039n1 - nibble 1 do operando auxiliar 39
%A0045 - octeto auxiliar 45
%M0205 - operando memória 205
%M0205b0 - octeto 0 da memória 205
%D0029 - operando decimal 29
%D0034w1 - palavra 1 do decimal 34
%F0001 - operando real 1

Ver Também
Lista de Operandos

84 SENAI
Controladores Programáveis

Operandos Constante

Os operandos constante são utilizados para a definição de valores fixos


durante a edição do programa aplicativo.

Formato geral de um operando constante:

Tipo da constante:
%M memória
%D decimal
%F real
Exemplos:
%KM+05172 constante memória positiva
%KD-0974231 constante decimal negativa
%KF+0153.78 constante real positiva

Ver Também
Lista de Operandos

SENAI 85
Controladores Programáveis

Operandos Tabela

Tabelas de operandos são conjuntos de operandos simples, constituindo


arranjos unidimensionais. São utilizados índices para determinar a
posição da tabela que se deseja ler ou alterar. São possíveis tabelas de
operandos memória ou decimal.

Formato geral de um operando tabela:

Tipo da tabela:
%TM memória
%TD decimal
%TF real
Exemplos:
%TM0026 tabela memória 26
%TD0015 tabela decimal 15
%TF0069 tabela real 69

Ver Também
Lista de Operandos

86 SENAI
Controladores Programáveis

Acesso Indireto

Esta forma de acesso é usada em conjunto com um operando memória (%M) para
referenciar indiretamente outros operandos do sistema.
O sinal *, colocado na frente de um tipo de operando, indica que este é
referenciado pelo endereço contido na memória especificada à esquerda do
sinal.

Formatos:

No MASTERTOOL, o acesso indireto às tabelas é representado sem o asterisco.


São utilizados em instruções de movimentação, comparação, contagem e de
temporização.

Exemplos:
%M0043*E octeto de entrada referenciada indiretamente pela
memória 43
%M1824*A octeto auxiliar referenciado indiretamente pela memória
1824
%M0371TD tabela decimal referenciada indiretamente pela memória
371
%M0009*M operando memória referenciado indiretamente pela
memória 9

Esta instrução movimenta o valor +431 para o operando memória cujo


endereço é o valor correntemente armazenado em %M0009. Se %M0009 conter o
valor 32, então o valor +431 será armazenado em %M0032. Se %M0009 contiver
o valor 12 então o valor constante será armazenado em %M0012.
ATENÇÃO:
É responsabilidade do programa aplicativo que o valor contido na memória
de referência (%M0009, no exemplo) represente endereços válidos, não
contendo valores negativos ou muito altos, acima dos endereços existentes
para o tipo de operando referenciado indiretamente. As instruções não
realizam os acessos indiretos inválidos, normalmente possuindo um sinal
de saída para a indicação do erro.
Se no programa do exemplo anterior houvessem sido declarados 256
operandos %M, o valor de %M0009 deveria estar entre 0 e 255 para que a
instrução fosse corretamente executada. Caso o valor não estivesse nesta

SENAI 87
Controladores Programáveis

faixa, o acesso não seria realizado.

88 SENAI
Controladores Programáveis

Operandos Retentivos

Operandos retentivos são operandos que têm seus valores preservados


quando a UCP é desenergizada (desligada). Os operandos não retentivos têm
o seu valor zerado no momento em que o controlador programável é ligado.
Todos os operandos tabela são sempre retentivos. É possível configurar a
quantidade de operandos %M (memória), %D (decimal) , %F (real), %S (saída)
e %A (auxiliar) retentivos.
Os operandos retentivos são configurados a partir dos últimos endereços
até os iniciais, obedecendo a mesma regra dos operandos simples, ou seja,
a reserva é realizada em blocos de 256 bytes para operandos numéricos. A
declaração dos operandos %S e %A é realizada de octeto em octeto.
Por exemplo, se existem 512 operandos %M declarados (%M0000 a %M0511) e
deseja-se que 128 desses operandos sejam retentivos, serão considerados
retentivos os operandos %M0384 ao %M0511.

SENAI 89
Controladores Programáveis

Estruturação do Projeto de Programação

Funcionalmente, um projeto de programação, pode ser visto como uma


coleção de módulos utilizados para realizar uma tarefa especifica, também
conhecido como programa aplicativo. Isto permite uma visão hierárquica do
projeto com a criação de sub-rotinas e funções.
Os módulos são chamados para a execução pelo software executivo (sistema
operacional do CP) ou por outros módulos, através de instruções
apropriadas. Quando armazenado em disquete, o projeto de programação
corresponde a um conjunto de arquivos, onde cada arquivo contém um
módulo, denominados da seguinte forma:

Exemplo: F-PID.033
Na ajuda do MASTERTOOL os módulos de programa são referenciados somente
pelo seu tipo e número, quando não for relevante o nome utilizado no
mesmo.
Exemplo: E018
ATENÇÃO:
O nome do arquivo correspondente a um módulo de programa não deve ser
alterado através de um comando ou utilitário do sistema operacional
(comando REN ou outros). Para alterar o nome de um arquivo, deve-se ler e
salvar o mesmo com o nome desejado através do comando Salvar Como (Menu
Módulo).
Se o nome do arquivo for modificado através de um comando do sistema
operacional, poderá ser atribuído um nome inválido para o mesmo, não
podendo mais ser lido para o MASTERTOOL ou carregado no CP.

90 SENAI
Controladores Programáveis

Módulo E

Os módulos E contêm trechos do programa aplicativo, sendo chamados para a


execução pelo software executivo. Existem diversos módulos E,
diferenciando-se entre si pelo modo que são chamados à execução, conforme
o seu número.
Tipos de módulos E:
E000 - Módulo de Inicialização
É executado uma única vez, ao se energizar o CP ou na passagem de modo
programação para execução com o MASTERTOOL, antes da execução cíclica do
módulo E001.
E001 - Módulo Seqüencial de Programa Aplicativo
Contém o trecho principal do programa aplicativo, sendo executado
ciclicamente.
E018 - Módulo Acionado por Interrupção de Tempo
O trecho de programa aplicativo colocado neste módulo é chamado para a
execução em intervalos de tempo periódicos. Define-se o período de
chamada do mesmo nos parâmetros do módulo C, podendo ser escolhido
entre 50 ms, 25 ms, 10 ms, 5 ms, 3,125 ms, 2,5 ms, 1,25 ms e 0,625 ms.
Ao ser transcorrido o tempo programado, a execução seqüencial do
programa aplicativo é interrompida e o módulo E018 é disparado. Após o
seu final, o sistema retorna a execução para o ponto do processamento
seqüencial onde o módulo havia sido interrompido. O tempo continua a
ser contado durante a chamada do módulo E018, devendo a sua execução
ser o mais breve possível para não haver o aumento excessivo no tempo
de ciclo do módulo E001.

ATENÇÃO:
O tempo de execução do módulo E018 não pode ser maior ou igual ao período
de chamada. Caso isto aconteça, o CP entra em modo erro sendo exibida a
mensagem Reentrada no módulo E018, na janela Informações (comando
Comunicação, Estado, Informações).

E020 - Módulo Acionado pela Entrada de Interrupção


o trecho de programa aplicativo colocado neste módulo é executado com o
acionamento da entrada de interrupção dos CPs AL-600/4, AL-600/8 ou
AL-600/16. Quando ocorrer uma transição de subida no sinal presente
nesta entrada, a execução seqüencial do programa aplicativo é
interrompida e o módulo E020 é disparado. Após o seu final, o sistema
retorna a execução para o ponto do processamento seqüencial onde o
módulo havia sido interrompido. Se a entrada for acionada com muita
freqüência, o tempo de execução do módulo E020 deve ser o mais breve
possível, para não haver o aumento excessivo no tempo de ciclo do
módulo E001.

ATENÇÃO:
O tempo de execução do módulo E018 não pode ser maior ou igual ao período
de chamada. Caso isto aconteça, o CP entra em modo erro sendo exibida a
mensagem Reentrada no módulo E018, na janela Informações (comando
Comunicação, Estado, Informações).

O módulo E020 atua somente nos CPs AL-600/4, AL-600/8 e AL-600/16, a


partir da versão 1.20 do software executivo. Somente estes CPs possuem a
entrada rápida de interrupção que aciona o E020.

DICA
Caso o modelo de CP definido no módulo C permita o uso de determinado
tipo de módulo,mas o MasterTool não esteja habilitando sua criação,
pode-se utilizar o módulo de excução genérico, definindo-se seu número de
acordo com a necessidade (E-018 ou E-020).

SENAI 91
Controladores Programáveis

Módulo P

Os módulos P contêm trechos de programas aplicativos chamados a partir de


módulos E, P ou F através da instrução CHP (CHama Procedimento).
Este tipo de módulo não possui passagem de parâmetros, sendo similar ao
conceito de sub-rotina.
O número máximo de módulos deste tipo é 116 (P000 a P115).
O módulo P é útil para conter trechos de programas aplicativos que devem
ser repetidos várias vezes no programa principal, sendo assim programados
uma só vez e chamados quando necessário, economizando memória de
programa.
Podem ser usados também para uma melhor estruturação do programa
principal, dividindo-o em segmentos de acordo com a sua função e
declarando-os em diversos módulos P. Neste caso, o módulo de execução
contínua E001 somente chama os módulos P na seqüência desejada.
Exemplos:
P-MECAN.000 realiza o intertravamento mecânico da máquina
P-TEMPER.001 realiza o controle de temperaturas
P-VIDEO.002 realiza o interfaceamento homem-máquina
P-IMPRES.003 gerencia a impressão de relatórios

92 SENAI
Controladores Programáveis

Módulo F

Os módulos F contêm trechos de programas aplicativos chamados a partir de


módulos E, P ou F, através da instrução CHF (CHama Função).
Na chamada dos módulos F é possível a passagem de valores como parâmetros
para o módulo chamado. Estes módulos são usualmente escritos de forma
genérica para serem aproveitados por vários programas aplicativos, em
linguagem de relés ou de máquina, sendo semelhantes às instruções da
linguagem de relés. Os valores dos parâmetros são enviados e devolvidos
através de listas de operandos existentes na instrução de chamada e no
módulo F.
Na edição de um instrução CHF, devem ser definidas 2 listas de operandos
que são utilizadas para:
enviar parâmetros para execução do módulo função (Entrada)
receber os valores retornados pelo módulo função (Saída)
Na edição do módulo função, também devem ser definidas 2 listas de
operandos, utilizando o comando Edição, Editar Parâmetros, que são
utilizados para:
receber parâmetros da instrução CHF (Entrada)
enviar valores de retorno para a instrução CHF (Saída)

A passagem de parâmetros é realizada através da cópia dos valores dos


operandos declarados (passagem de parâmetros por valor). A figura a
seguir apresenta o fluxo de dados entre a instrução CHF e o módulo função.

Maiores informações a respeito da passagem de parâmetros podem ser


encontradas na descrição da instrução CHF.
É permitida a passagem de todos os tipos de operandos.

Exemplos:
F-LINEAR.002 executa a linearização de valores lidos de um sensor
F-PID.033 realiza cálculos para implementação de laço PID de
controle

SENAI 93
Controladores Programáveis

Estados de Operação (Projeto Programação)

Existem cinco estados ou modos de operação do CP: inicialização,


execução, programação, ciclado e erro. O estado em que o controlador
programável se encontra é indicado nos LEDs do painel frontal da UCP,
podendo também ser consultado pelo MasterTool, através da caixa de
diálogo Estado (opções Comunicação, Estado, a partir do menu principal).
Para obter informações específicas sobre os modos de operação, consultar
o manual de utilização do controlador utilizado.

Estado Inicialização
Estado Execução
Estado Programação
Estado Ciclado
Estado de Erro
Em condições normais, o controlador programável pode estar nos modos
execução, programação e ciclado, sendo esses modos acionados através de
comandos do MASTERTOOL (opções Execução, Programação e Ciclado do comando
Comunicação, Estado, ou seus atalhos equivalentes na Barra de
Ferramentas) menu principal, ou seus atalhos equivalentes na Barra de
Ferramentas). Na ocorrência de alguma situação de funcionamento errôneo
nestes modos, o CP passa para estado de erro. A recuperação do modo erro
somente é possível passando-se o controlador programável para modo
programação.
A figura a seguir apresenta as possibilidades de troca de estados.

Nos modos execução, programação é possível carregar e ler módulos R pelo


canal serial do roteador, bem como monitorar e forçar quaisquer operandos
utilizados. Essas operações não são possíveis caso o CP esteja em modo
erro.

94 SENAI
Controladores Programáveis

Estado Inicialização

O CP inicializa as diversas estruturas de dados de uso do programa


executivo e realiza consistências no projeto de programação presente na
memória. Este estado ocorre após a energização do controlador, passando
após alguns segundos para o estado execução. Caso não exista programa
aplicativo na memória, o CP passa para modo erro.
Enquanto o CP está inicializando, pode-se acionar o comando Comunicação,
Estado, Programação, ou atalho equivalente na barra de ferramentas, fazendo
com que o CP passe diretamente para o estado de programação, ao invés de
executar o programa aplicativo. Este procedimento é útil para a
reinicialização de CPs com programas contendo erros graves de programação.
Por exemplo, um módulo com um laço infinito de execução, programado com
uma instrução de salto para uma lógica anterior, provoca o acionamento do
circuito de cão-de-guarda da UCP sempre que for ligada, após o estado de
inicialização. Executando-se o procedimento anterior logo após a
energização, o CP passa para o estado programação após inicializar,
permitindo o apagamento ou a substituição do programa.

SENAI 95
Controladores Programáveis

Estado Execução

Normalmente o controlador programável se encontra neste estado, varrendo


continuamente os pontos de entrada e atualizando os pontos de saída de
acordo com a lógica programada. Este estado indica que o CP está
executando corretamente um programa aplicativo.

96 SENAI
Controladores Programáveis

Estado Programação

O programa aplicativo não é executado, não havendo a leitura dos pontos


de entrada, sendo as saídas desativadas e a memória do CP é compactada. O
CP permanece inoperante, esperando comandos do MasterTool. Este modo
normalmente é utilizado para a carga dos módulos do projeto de
programação pelo MasterTool, através do canal serial. Ao passar para
estado execução ou ciclado a partir do estado programação, os operandos
são zerados.

SENAI 97
Controladores Programáveis

Estado Ciclado

Quando em modo ciclado, o controlador programável não executa


ciclicamente o módulo E001, permanecendo à espera de comandos do
MasterTool. Cada comando executa ciclo acionado no MasterTool (opções
Comunicação, Estado, Executa Ciclo a partir do menu principal ou atalho
equivalente) dispara uma única varredura do programa aplicativo (módulo
E001), permanecendo o CP à espera de um novo comando após a execução da
mesma. Quando o CP passa para modo ciclado, a contagem de tempo nos
temporizadores pára, sendo os mesmos incrementados de uma unidade de
tempo a cada duas varreduras executadas. As chamadas para o módulo de
interrupção de tempo E018 não são realizadas neste modo. O módulo E020,
acionado pela entrada de interrupção externa, continua sendo chamado
neste modo.

98 SENAI
Controladores Programáveis

Estado de Erro

Indica que houve alguma anomalia no CP durante o processamento do projeto


de programação. O tipo de erro ocorrido pode ser consultado através da
caixa de diálogo (opções Comunicação, Estado, Informações a partir do menu
principal), enquanto o CP estiver neste estado. A saída do estado de erro
somente é possível passando-se o controlador programável para modo
programação.
Em condições normais, o controlador programável pode estar nos modos
execução, programação e ciclado, sendo esses modos acionados através de
comandos do MasterTool (opções Execução, Programação e Ciclado da caixa de
diálogo Estado, ou seus atalhos equivalentes na Barra de Ferramentas). Na ocorrência
de alguma situação de funcionamento errôneo nestes modos, o CP passa para
estado de erro. A recuperação do modo erro somente é possível passando-se
o controlador programável para modo programação.

SENAI 99
Controladores Programáveis

Execução do Projeto de Programação

Quando o CP é energizado ou após a passagem para modo execução, as


inicializações do sistema são realizadas de acordo com o conteúdo do
módulo C, sendo logo após executado o módulo E000 uma única vez. O
controlador programável passa então para o processamento cíclico do
módulo E001, atualizando as entradas e saídas e chamando o módulo E018,
quando existente, a cada período de tempo de interrupção programado. Nos
CPs AL-600/4, AL-600/8, AL-600/16, QK600, PL102, PL103, PL104 e PL105, o
módulo E020 é chamado, quando existente, com o acionamento da entrada de
interrupção. A figura 2-21 mostra esquematicamente a execução do programa
aplicativo.

100 SENAI
Controladores Programáveis

< - Menor

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução menor realiza a comparação do operando especificado com o


valor previamente carregado no registrador interno com a instrução CAR
(Carrega Operando), fornecendo o resultado da comparação em suas saídas.
Caso algum acesso indireto seja inválido, a saída é desacionada.
A instrução menor energiza a sua saída se o valor contido no registrador
interno previamente carregado com a instrução CAR for menor que o valor
contido no operando OPER fornecido nesta instrução.
Se os operandos a serem comparados são do mesmo tipo, são comparados
conforme o seu formato de armazenamento (considerando o seu sinal). Se
não são do mesmo tipo, são comparados ponto a ponto (como valores
binários sem sinal).

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 101
Controladores Programáveis

= - Igual

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução igual realiza a comparação do operando especificado com o


valor previamente carregado no registrador interno com a instrução CAR
(Carrega Operando), fornecendo o resultado da comparação em suas saídas.
Caso algum acesso indireto seja inválido, a saída é desacionada.
A instrução igual energiza a sua saída se o valor do seu operando for
igual ao valor do operando presente na última instrução CAR ativa.
Se os operandos a serem comparados são do mesmo tipo, são comparados
conforme o seu formato de armazenamento (considerando o seu sinal). Se
não são do mesmo tipo, são comparados ponto a ponto (como valores
binários sem sinal).

Sintaxe da Instrução

Exemplo

102 SENAI
Controladores Programáveis

> - Maior

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução maior realiza a comparação do operando especificado com o


valor previamente carregado no registrador interno com a instrução CAR
(Carrega Operando), fornecendo o resultado da comparação em suas saídas.
Caso algum acesso indireto seja inválido, a saída é desacionada.
A instrução maior energiza a sua saída se o valor contido no registrador
interno previamente carregado com a instrução CAR for maior que o valor
contido no operando OPER fornecido nesta instrução
Se os operandos a serem comparados são do mesmo tipo, são comparados
conforme o seu formato de armazenamento (considerando o seu sinal). Se
não são do mesmo tipo, são comparados ponto a ponto (como valores
binários sem sinal).

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 103
Controladores Programáveis

A/D - Conversão Analógico/Digital

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução converte os valores lidos de um módulo de entrada


analógica para valores numéricos armazenados em operandos.
É possível efetuar a leitura de 1 ou 8 canais alterando-se apenas a
especificação do primeiro operando, o qual indica o endereço no
barramento ocupado pelo módulo A/D. Este módulo deve estar especificado na
declaração do barramento.
O endereço a ser programado em OPER1 pode ser obtido diretamente através
da coluna Endereço na Declaração dos Barramentos. Os valores convertidos
são colocados em operandos do tipo memória, definidos em OPER2.
A conversão é realizada apenas se a entrada habilita estiver energizada.
Caso OPER1 seja especificado com subdivisão do tipo ponto (%RXXXX.X), a
conversão é realizada somente para o canal do módulo relativo ao ponto.
Os pontos .0 a .7 do operando correspondem aos canais 0 a 7 do módulo,
respectivamente. Neste formato, o tempo de execução da instrução é
significativamente menor do que a conversão dos 8 canais, sendo adequada,
por exemplo, para uso em módulos de programa E018, acionados por
interrupção de tempo.
Se OPER1 for especificado como %RXXXX (conversão de 8 canais), os valores
convertidos são colocados na memória declarada em OPER2 e nas 7 memórias
subseqüentes.
Se OPER1 for especificado como %RXXXX.X (conversão de 1 canal), o valor já
convertido é colocado na memória declarada em OPER2.
Os módulos disponíveis para realizar a conversão A/D são mostrados a
seguir. Os valores convertidos pela instrução pertencem a uma faixa
relacionada com a característica de cada módulo:
AL-1103 (10 bits) valores de 0000 a 1023
AL-1116 (12 bits) valores de 0000 a 4095
AL-1119 e QK1119 (12 bits) valores de 0000 a 4095
QK1136 (12 bits): valores de 0000 a 3999, com indicação de overflow
(4000 a 4095)
AL-1139 e QK 1139 (12 bits): valores de 0000 a 3999, com indicação de
overflow (4000 a 4095)
A saída de erro da instrução é ativada em alguma das seguintes situações:

módulo declarado no barramento é inválido para a instrução (não é um


dos módulos relacionados anteriormente)
tentativa de acesso a operandos não declarados
erro de conversão (exceto AL-1103)

Sintaxe da Instrução

104 SENAI
Controladores Programáveis

Exemplo

Esta instrução não é utilizada com Cps da Série Ponto

SENAI 105
Controladores Programáveis

AES - Atualização de Entradas e Saídas

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução executa uma atualização imediata na memória imagem para os


operandos especificados. Sua atuação é idêntica à varredura dos pontos de
E/S realizada pelo programa executivo ao final de cada varredura, porém
com o número de operandos limitados.
O primeiro operando OPER1 contém o primeiro octeto de operandos a ser
atualizado, enquanto que o segundo operando OPER2 indica o número total
de octetos a atualizar.
Os operandos %E (entradas) são lidos do barramento para a memória imagem e
os operandos %S (saídas) são escritos da memória imagem para o barramento
quando a instrução é executada.
Se o número de operandos a atualizar ultrapassar o número de operandos
declarados, são atualizados somente os possíveis dentro do tipo declarado.
Se nenhum octeto for atualizado pela instrução, a saída sucesso é
desenergizada.
A instrução AES deve ser usada somente em processamentos especiais, nos
quais um tempo de resposta muito rápido ou constante é exigido do CP. Em
programas aplicativos relativamente pequenos, com baixo tempo de
varredura e tarefas de controle comuns, a mesma não necessita ser
utilizada.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

Esta instrução não é utilizada com Cps da Série Ponto.

106 SENAI
Controladores Programáveis

AND - "E" Binário entre Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a operação E binário entre os dois primeiros


operandos, armazenando o resultado no terceiro.
A operação é realizada ponto a ponto entre os operandos e seguem a
seguinte tabela verdade:

Ponto Ponto de Resultado


de OPER1 OPER2 em OPER3
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 107
Controladores Programáveis

B/D - Conversão Binário/Decimal

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução converte valores armazenados em formato binário, contidos


em operandos memória (%M), para o formato decimal (BCD), armazenando-os em
operandos decimais (%D).
O valor binário contido em OPER1 é convertido para valor decimal e
armazenado em OPER2.
A saída sucesso é acionada se a conversão for corretamente realizada.
Se algum acesso indireto inválido a operando ocorrer, a saída sucesso não
é energizada.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

108 SENAI
Controladores Programáveis

BBD - Bobina Desliga

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

As instruções bobinas modificam o estado lógico do operando na memória


imagem do controlador programável, conforme o estado da linha de
acionamento das mesmas.
A instrução bobina desliga modifica o estado lógico do operando na
memória imagem do controlador programável, conforme o estado da sua linha
de acionamento.
A instrução bobina desliga, desliga o ponto do operando associado quando
a linha está energizada ("reset").
Esta instrução somente pode ser posicionada na coluna 7 da lógica.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 109
Controladores Programáveis

BBL - Bobina Liga

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

As instruções bobinas modificam o estado lógico do operando na memória


imagem do controlador programável, conforme o estado da linha de
acionamento das mesmas.
A instrução bobina liga, liga o ponto do operando associado quando a
linha está energizada ("set").
Esta instrução somente podem ser posicionada na coluna 7 da lógica.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

110 SENAI
Controladores Programáveis

BOB - Bobina Simples

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

As instruções bobinas modificam o estado lógico do operando na memória


imagem do controlador programável, conforme o estado da linha de
acionamento das mesmas.
A instrução bobina simples liga ou desliga o ponto do operando conforme a
linha de acionamento.
Se a linha de acionamento estiver energizada o ponto do operando
associado é ligado, caso contrário o ponto do operando associado é
desligado.
Esta instrução somente pode ser posicionada na coluna 7 da lógica.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 111
Controladores Programáveis

CAB - Carrega Bloco

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução permite a carga de até 255 valores constantes em um bloco


de operandos ou em tabelas.
O operando inicial ou tabela a ser carregada é especificado em OPER1, o
número de operandos ou posições da tabela a serem carregados em OPER2 e o
valor das constantes em OPER3.
O valor de OPER2 deve ser positivo, menor ou igual a %KM+00255.
O operando OPER3 é composto por uma tabela de valores constantes a serem
carregados. Estes valores são declarados selecionando o botão Bloco,
sendo aberta uma caixa de diálogo no MASTERTOOL. As constantes são do
tipo %KM se o tipo do primeiro operando for %E, %S, %A, %M, %TM ou são do
tipo %KD se o primeiro operando for %D ou %TD, ou são do tipo %KF se o
primeiro operando for %F ou %TF. Caso o primeiro operando seja um octeto
(%E, %S ou %A), somente serão movimentados os valores dos octetos menos
significativos de cada constante declarada.
Quando o botão Bloco é selecionado é exibida a caixa de diálogo
CAB Valores.
Para realizar a edição das constantes
1 Posicionar o cursor no índice a ser editado. Caso seja necessário rolar
as páginas podem ser utilizadas as teclas Page Down e Page Up ou a barra
de rolagem vertical.
2 Digitar o valor da constante.

Para realizar a edição em ASCII


1 Selecionar o botão Edição ASCII. É exibida a caixa de diálogo
CAB Edição em ASCII.
2 Digitar o texto que se deseja carregar nas constantes da CAB e
selecionar o botão OK.

Para inicializar as constantes com um valor específico


1 Selecionar o botão Inicializar. É exibida a janela CAB - Inicializa
tabela.
2 No item Valor, digitar o valor a ser inicializado nas constantes.
3 No item Posição inicial, digitar o número da primeira posição a receber
o valor de inicialização.
4 No item Posição final, digitar o número da última posição a receber o
valor de inicialização.
5 Selecionar o botão OK.

A saída índice destino inválido é acionada quando algum operando não


puder ser acessado ou uma posição de tabela não existir. Quando a saída
índice destino inválido é acionada, nenhuma carga de constantes ocorreu.
A saída sucesso é acionada sempre que a instrução for executada
corretamente. A carga dos valores constantes é inteiramente realizada em
uma só varredura do programa aplicativo, podendo ocasionar um tempo de
ciclo excessivo quando o mesmo for extenso. Na maior parte dos programas
aplicativos, a instrução CAB pode ser executada somente na inicialização

112 SENAI
Controladores Programáveis

do mesmo (carga de tabelas cujos conteúdos serão somente lidos) ou em


alguns momentos especiais, não precisando ser chamada em todas as
varreduras. Nestes casos, recomenda-se a sua programação no módulo de
programa aplicativo de inicialização (E000) ou que seja acionada apenas
nos momentos de carga necessários.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Sintaxe 3

Exemplo

SENAI 113
Controladores Programáveis

CAR - Carrega Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução carrega operando realiza a carga do valor do operando


especificado em registrador especial interno ao CP, para subseqüente uso
das instruções de comparação (maior, menor, igual). O operando permanece
carregadp até a próxima instrução de carga, podendo ser utilizado por
várias lógicas, inclusive em ciclos de varredura subseqëntes.
A saída sucesso é acionada se a carga for realizada. Se algum acesso
indireto a operando não for possível (índice inválido), a saída sucesso
não é acionada.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

114 SENAI
Controladores Programáveis

CES - Conversão de Entradas/Saídas

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução é utilizada para a transferência de dados diretamente


entre operandos memória e octetos no barramento, convertendo os valores
de binário para BCD, em caso de escrita no barramento, ou BCD para
binário, em caso de leitura.
Caso se deseje converter octetos do barramento para uma memória, deve-se
programar em OPER1 o octeto inicial e em OPER2 a memória a receber os
valores convertidos.
A instrução concatena o valor do octeto especificado com o octeto
seguinte, converte do formato BCD para binário e armazena o valor
convertido na memória destino.
Caso se deseje converter valores de uma memória ou constante memória para
o barramento, deve-se especificar em OPER1 o valor a ser convertido em
OPER2 o octeto inicial a receber os valores. A instrução converte o valor
para o formato BCD e escreve o mesmo no octeto especificado e no seguinte.
Se o valor movimentado para o barramento possuir mais do que 4 dígitos,
os dígitos mais significativos excedentes serão descartados.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 115
Controladores Programáveis

CHF - Chama Módulo Função

Descrição
Passagem de
Parâmetros
Sintaxe da
Instrução
Exemplo

Descrição

A instrução chama módulo função realiza o desvio do processamento do


módulo corrente para o módulo especificado na mesma, se este estiver
presente no CP. Ao final da execução do módulo chamado, o processamento
retorna para a instrução seguinte à CHF.
Devem ser declarados o nome e o número do módulo como operandos OPER1 e
OPER4, respectivamente, sendo implícito o fato do módulo chamado ser do
tipo função. Caso o módulo chamado não exista no controlador, a execução
continua normalmente após a instrução de chamada, com a saída sucesso da
mesma desligada. O nome do módulo não é levado em consideração pelo CP,
estando no programa aplicativo apenas como referência documentacional,
sendo considerados para a chamada apenas o seu tipo e número. Caso exista
o módulo F com o mesmo número do módulo chamado mas com nome diferente,
este módulo é executado.
É possível a passagem de valores de operandos (parâmetros) para o módulo
chamado e no sentido inverso, após a sua execução. Em OPER5 é
especificada uma lista de operandos a serem enviados para o módulo
chamado. Antes da execução do módulo, os valores destes operandos são
copiados para os operandos especificados na lista de parâmetros de
entrada do módulo F, declarados na opção Editar Parâmetros quando o mesmo
foi programado.
Após a execução do módulo F chamado, os valores dos operandos declarados
na sua lista de parâmetros de saída declarados na opção Editar Parâmetros
são copiados para os operandos declarados na lista de operandos a
retornar da instrução CHF em OPER6
Finalizada a cópia de retorno, o processamento continua na instrução
seguinte à de chamada.

ATENÇÃO:
O MASTERTOOL não realiza nenhuma consistência em relação aos operandos
programados como parâmetros, tanto na instrução CHF como no módulo F.

A lista de operandos a serem enviados para o módulo F deve conter o mesmo


número de operandos com o mesmo tipo dos declarados como parâmetros de
entrada do módulo, para que a cópia dos seus valores seja realizada
corretamente. A cópia dos operandos é realizada na mesma ordem em que os
mesmos estão dispostos nas listas. Caso uma das duas listas possua menos
operandos em relação à outra, os valores dos operandos excedentes não
serão copiados. Se os operandos possuírem tipos diferentes, a cópia dos
valores será realizada com as mesmas regras usadas na instrução MOV -
Movimentação de Operandos Simples. Este princípio é válido também para as
listas de parâmetros de retorno do módulo F.

Passagem de Parâmetros

A passagem de parâmetros é realizada com a cópia dos valores dos


operandos declarados (passagem de parâmetros por valor), embora esses
operandos ainda continuem de uso global, utilizáveis por qualquer módulo

116 SENAI
Controladores Programáveis

presente no CP. Os módulos F podem ser programados de forma genérica, para


serem reutilizados em diversos programas aplicativos como novas
instruções. É aconselhável que os mesmos empreguem operandos próprios,
não usados por nenhum outro módulo presente no programa aplicativo,
evitando alterações inadvertidas em operandos utilizados em outros
módulos.
É possível a passagem de operandos simples e constantes para o módulo F.
A passagem de tabelas como parâmetros não é permitida, devido ao grande
tempo que seria necessário para a cópia do conteúdo das mesmas.
Entretanto, o endereço de uma tabela pode ser passado para o módulo F
contido em um operando memória e dentro deste módulo serem realizados
acessos indiretos à mesma.
Para realizar a edição de parâmetros.
1 Declarar o número de parâmetros a enviar e retornar em OPER2 e OPER3,
limitados em 10 para cada um (%KM+00000 a %KM+00010).
2 Selecionar o botão Entrada. É exibida a janela CHF - Parâmetros de
Entrada.
3 Posicionar o cursor no índice a ser editado e digitar o endereço ou TAG
do operando desejado para aquela posição.
4 Repetir o passo 3 até que todos os operandos utilizados como parâmetros
de entrada tenham sido editados.
5 Selecionar o botão Ok.
6 Para editar os parâmetros de saída da CHF, repetir o passo 2
selecionando o botão Saída, e após repetir os passos 3, 4 e 5.

Caso o valor de OPER2 ou OPER3 seja maior do que 10, o MASTERTOOL considera
tal valor como igual a 10 (%KM+00010).

Ver Editar Parâmetros.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 117
Controladores Programáveis

CHP - Chama Módulo Procedimento

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza o desvio do processamento do módulo corrente para


módulo Procedimento especificado nos seus operandos, se o mesmo estiver
presente no CP.
Ao final da execução do módulo chamado, o processamento retorna para a
instrução seguinte à CHP. Não há passagem de parâmetros para o módulo
chamado.
O conteúdo de OPER1 é documentacional e especifica o nome do módulo a ser
chamado. O conteúdo de OPER2 especifica o número deste módulo, sendo
implícito o fato do módulo chamado ser do tipo procedimento.
Caso o módulo chamado não exista, a saída sucesso é desenergizada e a
execução continua normalmente após a instrução. O nome do módulo não é
considerado pelo CP para a chamada mas apenas o seu número.
Caso exista um módulo P com o mesmo número do módulo chamado, porém com
nome diferente, este módulo mesmo assim é executado.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

118 SENAI
Controladores Programáveis

COB - Contador Bidirecional

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza contagens com o valor de incremento ou decremento


definido por um operando. A instrução contador bidirecional permite
contagens em ambos os sentidos, isto é, incrementa ou decrementa o
conteúdo de um operando do tipo memória.
O operando OPER1 contém a memória acumuladora do valor contado, enquanto
que OPER2 especifica o valor do incremento ou decremento desejado. O
operando OPER3 contém o valor limite da contagem.
A contagem ocorre sempre que a entrada ativa está energizada e as
entradas incrementa ou decrementa sofrerem uma transição de desligadas
para ligadas. Se ambas as entradas sofrem a transição no mesmo ciclo de
varredura do programa, não há incremento nem decremento no valor da
memória declarada em OPER1.
Caso o valor do incremento seja negativo, a entrada incrementa provoca
decrementos e a entrada decremento provoca incrementos no valor da
contagem.
Se o valor de OPER1 tornar-se maior ou igual ao valor de OPER3, a saída
limite superior é energizada, não havendo incremento.
Se o valor de OPER1 tornar-se igual ou inferior a zero, a saída limite
inferior é acionada, sendo armazenado zero em OPER1.
Se o valor de OPER1 está entre zero e o limite, a saída não limite é
acionada. Se a entrada ativa não está energizada, a saída limite inferior
é energizada e o primeiro operando é zerado.
Em caso de acesso indireto inválido para qualquer um dos operandos da
instrução, a saída limite inferior é energizada.

ATENÇÃO:
Com a entrada ativa desativada, a saída limite inferior permanece sempre
energizada, mesmo quando a instrução estiver em um trecho comandado pela
instrução RM (relé mestre). Deve-se ter cuidado para não realizar
acionamentos indesejáveis na lógica devido a este fato.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 119
Controladores Programáveis

120 SENAI
Controladores Programáveis

CON - Contador Simples

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza contagens simples, com o incremento de uma unidade


em cada acionamento.
A instrução contador simples possui dois operandos. OPER1, sempre do tipo
%M, especifica a memória que contabiliza os eventos. OPER2 estabelece o
valor limite de contagem para energização da saída da célula superior e
pode ser do tipo %KM, %M ou operando %M referenciado indiretamente.
Se a entrada ativa esta desenergizada, a memória em OPER1 é zerada, a
saída não limite energizada e a saída limite desenergizada.
Quando a entrada ativa está energizada, cada transição de ligação na
entrada incrementa aumenta o valor do operando contador em OPER1 de uma
unidade.
Se o valor de OPER1 igualar-se ao de OPER2, a saída limite é energizada.
A variável contadora não é incrementada com novas transições na entrada
incrementa, permanecendo com o valor limite. Se for menor, a saída limite
é desenergizada. O estado lógico da saída não limite é exatamente o
oposto da saída limite, mesmo estando a instrução desativada.
Em caso de acesso indireto inválido para o segundo operando da instrução,
a saída não limite é energizada.

Atenção:
Com a entrada ativa desativada, a saída não limite permanece sempre
energizada, mesmo quando a instrução estiver em um trecho comandado pela
instrução RM (relé mestre). Deve-se ter cuidado para não realizar
acionamentos indesejáveis na lógica devido a este fato.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 121
Controladores Programáveis

D/A - Conversão Digital/Analógica

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução converte os valores numéricos de memórias para sinais


analógicos. Os valores são convertidos através dos cartões de saída
analógica AL-1203, AL-1214, AL-1222 ou QK1222, sendo possível a conversão
de 1 ou 4 canais utilizando-se apenas uma instrução D/A.
O primeiro operando especifica a primeira memória com o valor a converter.
O segundo operando indica o endereço do módulo D/A no barramento de
módulos. O módulo deve estar especificado na declaração do barramento. O
endereço a ser programado em OPER2 pode ser obtido diretamente através
desta opção do MASTERTOOL.
A conversão é efetuada apenas se a entrada habilita estiver energizada.
Caso OPER2 seja especificado com subdivisão do tipo ponto (RXXXX.X), a
conversão é realizada do operando declarado em OPER1 para o canal do
módulo correspondente ao ponto. Os pontos .0 a .3 do operando
correspondem aos canais 0 a 3 do módulo, respectivamente.
Se OPER2 for especificado como %RXXXX (conversão de 4 canais), os valores
a serem convertidos são obtidos da memória declarada em OPER1 e das 3
subseqüentes.
Os módulos disponíveis para realizar a conversão D/A são mostrados a
seguir. Os valores convertidos pela instrução pertencem a uma faixa
relacionada com a característica de cada módulo:
Saída em Tensão

Módulo Resolução Normalização Faixa

AL1203 10 bits não 0000 a1000


utilizada
AL1214 10 bits não 0000 a1000
utilizada
AL1222 12 bits desligada 0000 a4000
QK1222
AL1222 12 bits ligada -2000 a
QK1222 +2000
Saída em Corrente
Módulo Resolução Normalização Faixa

AL1203 10 bits não 0000 a 1000


utilizada
AL1214 10 bits não 0000 a 1000
utilizada
AL1222 11 bits desligada 0000 a
QK1222 2000
Os valores convertidos do AL-1222 ou QK1222 dependem ainda da entrada
normaliza, que converte valores simétricos quando energizada. Isto
torna-se útil quando se necessita trabalhar com valores negativos, por
exemplo na faixa de tensão de ±10V.
Não existe normalização para os módulos AL-1203 e AL-1214, apenas para os
AL-1222 e QK1222. Entretanto, a normalização somente é possível para

122 SENAI
Controladores Programáveis

operação em modo tensão.

ATENÇÃO:
Em modo corrente a entrada normaliza não deve ser energizada.

Os AL-1222 e QK1222 pode trabalhar com as 4 saídas em modo tensão ou modo


corrente, ou os dois modos simultaneamente. A seleção do modo de operação
é feita pelo usuário através da programação do endereçamento do módulo em
OPER2:
Se %RXXXX for par, converte corrente
Se %RXXXX for ímpar, converte tensão

Sintaxe da Instrução

Exemplo

Esta instrução não é utilizada com Cps da Série Ponto.

SENAI 123
Controladores Programáveis

D/B - Conversão Decimal/Binário

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução converte valores armazenados em formato decimal, contidos


em operandos decimais (%D), para o formato binário, armazenando-os em
operandos memórias (%M).
O valor decimal contido em OPER1 é convertido para valor binário e
armazenado em OPER2.
A saída sucesso é acionada se a conversão for corretamente realizada. Se
algum acesso indireto inválido a operando ocorrer, a saída sucesso não é
energizada.
Caso o valor convertido resultar em um valor maior do que os máximos
armazenáveis em operandos %M, a saída sucesso não é energizada, sendo
armazenado o valor limite no operando destino. Neste caso, a saída estouro
é energizada.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

124 SENAI
Controladores Programáveis

DIV - Divisão

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a divisão aritmética de operandos.


Quando a entrada habilita está energizada, ocorre a divisão do valor de
OPER1 pelo valor de OPER2, sendo o resultado armazenado na memória
especificada em OPER3 e o resto da operação colocado em OPER4.
Os operandos OPER1 e OPER2 podem ser do tipo memória ou constante.
Se o valor de OPER2 for zero, a saída divisão por zero é acionada e em
OPER3 é colocado o valor máximo ou mínimo armazenável no operando,
conforme o sinal de OPER1. Neste caso, em OPER4 (resto) será armazenado
zero.
As saídas da instrução somente são energizadas se a entrada habilita
estiver acionada. Se não estiver acionada, OPER3 e OPER4 permanecerão
inalterados.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 125
Controladores Programáveis

ECR - Escrita de Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a escrita de valores de operandos do controlador


onde está sendo executada em operandos presentes em outros CPs, através da
rede ALNET II de comunicação. Para o seu uso, portanto, é imprescindível
que o controlador que a execute esteja conectado a outros CPs pela ALNET II
.
Através da ECR podem ser transferidos valores de operandos individuais ou
de conjuntos de operandos, sendo possível a programação de até 6
comunicações diferentes em uma mesma instrução.
A ECR pode ser programada para ser prioritária, enviando uma comunicação
urgente, processada pelos "bridges" e pelo CP destino antes das
comunicações comuns. A ECR prioritária permite somente uma comunicação,
sendo útil para a sinalização de alarmes ou situações de emergência entre
CPs.
Para programar a instrução, deve-se declarar na primeira e segunda
células (OPER1 e OPER2) os endereços de nodo e sub-rede do controlador
programável destino que irá receber os valores escritos. Estes operandos
são programados como constantes do tipo memória (%KM) e possuem o mesmo
significado dos endereços configurados nas opções Comunicação, Endereço,
Sub-rede e Comunicação, Endereço, Nó. A tabela 3-46 apresenta os valores
possíveis para endereços de nó e sub-rede.

O endereço de sub-rede igual a 000 indica que a comunicação é realizada


utilizando a rede ALNET I e que o valor contido na opção Nó indica o nó
que recebe a comunicação.
O endereço do nó 000 determina que todos o CPs na rede ouçam e respondam
ao comando enviado. A especificação do endereço do nó na faixa de 001 a
254 garante que somente o CP correspondente identifique e responda ao
comando.
O endereço de sub-rede entre os valores 001 e 063 indica que a
comunicação é realizada utilizando a rede ALNET II e que é destinada a um
único nó indicado na opção Nó.
O endereço de sub-rede 100 indica que a comunicação é realizada
utilizando a rede ALNET II e destinada a todos os nós de todas as
sub-redes que pertençam ao grupo de multicast especificado na opção Nó
(multicast global).
O endereço de sub-rede entre 101 e 163 indica que a comunicação é
realizada utilizando a rede ALNET II e que é destinada a todos os nós da
sub-rede indicada na opção Subrede menos 100 que pertençam ao grupo de
multicast especificado na opção Nó (multicast local).
O endereço de sub-rede 200 indica que a comunicação é realizada
utilizando a rede ALNET II e é destinado a todos os nós de todas as
sub-redes (broadcast global). O valor contido na opção Nó não é relevante

126 SENAI
Controladores Programáveis

nesta opção.
O endereço de sub-rede entre 201 e 263 indica que a comunicação é
realizada utilizando a rede ALNET II e destinada a todos os nós da
sub-rede indicada na opção Subrede menos 200 (broadcast local). O valor
contido na opção Nó não é relevante nesta opção.

Multicast e Broadcast
Os campos constantes nó e sub-rede, utilizados na instrução LTR, possuem
um siginificado e uma codifucação diferente quando se tratar de
comunicações em multiou broadcast.

Na terceira célula (OPER3) deve ser declarado um operando decimal (%D)


para ser utilizado pela própria instrução no controle do seu
processamento.

ATENÇÃO:
O operando %D programado em OPER3 não pode ter o seu valor modificado em
nenhum outro ponto do programa aplicativo para o correto funcionamento da
ECR. Conseqüentemente, cada nova instrução ECR ou LTR inserida no programa
aplicativo deve utilizar um operando %D diferente das demais. Este
operando não pode ser retentivo.

SENAI 127
Controladores Programáveis

Para realizar a edição dos parâmetros da ECR deve ser escolhido o botão CP
. É exibida a caixa de diálogo ECR - Parâmetros. Esta caixa de diálogo
está dividida em duas partes: CP LOCAL e CP REMOTO, cada qual contendo três
colunas. Nas três colunas que compõem o CP local pode-se definir o
operando ou o grupo de operandos cujos valores serão enviados para o
controlador programável destino. Nas colunas pertencentes ao CP remoto,
são declarados os operandos que irão receber os valores no controlador
destino, podendo ser de tipos diferentes do CP local. A caixa de diálogo
possui seis linhas, permitindo que sejam definidas até seis comunicações
diferentes na mesma instrução ECR para o mesmo controlador destino.
O item Mensagem Prioritária permite a edição de uma ECR prioritária quando
estiver selecionado.
Na edição de uma ECR prioritária, somente a linha para a edição da
comunicação, reconhecida pela inicial P/1 é válida, enquanto que em uma
ECR não prioritária as comunicações P/1, 2, 3, 4, 5 e 6 são válidas. Se
durante a troca entre ECR prioritária e não prioritária já existam
operandos editados, a comunicação de número P/1 passa a ser a comunicação
da ECR prioritária e vice-e-versa. Os demais operandos são editados da
mesma maneira que em uma ECR não prioritária.
Os operandos especificados para o CP local são consistidos pelo MASTERTOOL
de acordo com as declarações constantes no módulo C presente no mesmo,
por pertencerem ao programa aplicativo que está sendo editado. Os
operandos declarados para o CP remoto não sofrem consistências quanto a
tipo e endereços, por pertencerem a um programa aplicativo de outro
controlador programável. Entretanto, o número de bytes ocupados pelo
bloco de operandos declarados no CP local deve ser igual ao número de
bytes ocupado pelos operandos do CP remoto em cada comunicação, para que a
escrita seja realizada corretamente. O número máximo de bytes possível de
ser ocupado por um bloco de operandos em cada comunicação é limitado em
220.
A seguir estão relacionados os tipos de operandos possíveis de serem
programados para o CP local e remoto, com a disposição correta dos mesmos
nas colunas de edição e os seus respectivos significados.

CP LOCAL ou CP REMOTO Significado


%EXXXX Operando individual %EXXXX
%SXXXX Operando individual %SXXXX
%AXXXX Operando individual %AXXXX
%MXXXX Operando individual %MXXXX
%DXXXX Operando individual %DXXXX
%FXXXX Operando individual %FXXXX

%EXXXX .. %EYYYY Grupo de operandos %EXXXX a %EYYYY


%SXXXX .. %SYYYY Grupo de operandos %SXXXX a %SYYYY
%AXXXX .. %AYYYY Grupo de operandos %AXXXX a %AYYYY
%MXXXX .. %MYYYY Grupo de operandos %MXXXX a %MYYYY
%DXXXX .. %DYYYY Grupo de operandos %DXXXX a %DYYYY
%FXXXX .. %FYYYY Grupo de operandos %FXXXX a %FYYYY

%TMXXXX YYY Tabela %TMXXXX posição YYY


%TDXXXX YYY Tabela %TDXXXX posição YYY
%TFXXXX YYY Tabela %TFXXXX posição YYY
%TMXXXX III .. FFF Tabela %TMXXXX posições III a FFF
%TDXXXX III .. FFF Tabela %TDXXXX posições III a FFF
%TFXXXX III .. FFF Tabela %TFXXXX posições III a FFF

O MASTERTOOL permite a livre edição dos operandos dentro de uma mesma


linha, possibilitando a troca de colunas com o auxílio das teclas de
setas de movimentação horizontais. As consistências são realizadas na
tentativa de troca de linha (setas verticais) ou confirmação do conteúdo
editado na janela com a tecla ENTER. Pode-se desistir das alterações
realizadas acionando-se a tecla ESC, permanecendo a instrução com o
conteúdo anterior à abertura da janela de edição.

128 SENAI
Controladores Programáveis

A tabela seguinte mostra o número de octetos ocupado por cada tipo de


operando possível de ser programado nas definições de escritas.

Operando Número de
bytes
%E 1
%S 1
%A 1
%M 2
%D 4
%F 4
%TM 2 por
posição
%TD 4 por
posição
%TF 4 por
posição
O cálculo do número de bytes ocupado nas declarações de CP local e remoto
é realizado multiplicando-se o número de operandos declarados pelo número
de octetos do tipo correspondente. Na tabela a seguir são mostrados
alguns exemplos.

CP LOCAL ou CP REMOTO Cálculo Bytes


%E0004 1 operando x 1 byte 1
%S0020 1 operando x 1 byte 1
%A0018 1 operando x 1 byte 1
%M0197 1 operando x 2 byte 2
%D0037 1 operando x 4 byte 4
%E0005 .. %E0008 4 operandos x 1 byte 4
%S0024 .. %S0031 8 operandos x 1 byte 8
%A0089 .. %A0090 2 operandos x 1 byte 2
%M0002 .. %M0040 39 operandos x 2 78
bytes
%D0009 .. %D0018 10 operandos x 4 40
bytes
%TM0031 101 1 posição x 2 bytes 2
%TD0002 043 1 posição x 4 bytes 4
%TM0000 000 .. 002 3 posições x 2 bytes 6
%TD0007 021 .. 025 5 posições x 4 bytes 20

Ao ser acionada a entrada habilita, é disparada a comunicação da primeira


escrita presente na ECR, sendo energizada a saída ocupado da mesma. No
momento em que esta comunicação for completada, a instrução dispara a
próxima escrita, independentemente do estado da entrada de habilitação,
repetindo este procedimento para as demais comunicações existentes nesta
instrução. Ao final da última escrita, a saída ocupado da ECR é
desenergizada, com o disparo de um pulso com duração de uma varredura na
saída erro caso não tenha sido possível realizar alguma comunicação.
Nos seis primeiros nibbles do operando %D programado em OPER3 são
colocados os estados das seis comunicações da instrução. Os últimos dois
nibbles são utilizados para o controle do seu processamento.

Operando %D programado em OPER3 nas instruções ECR e LTR:

SENAI 129
Controladores Programáveis

Estado da comunicação 1 - Nibble 5


Estado da comunicação 2 - Nibble 4
Estado da comunicação 3 - Nibble 3
Estado da comunicação 4 - Nibble 2
Estado da comunicação 5 - Nibble 1
Estado da comunicação 6 - Nibble 0

O estado da comunicação armazenado em cada nibble é codificado da


seguinte forma:
- 0 - comunicação com sucesso
- 1 - operando não definido
- 2 - endereço do controlador local igual ao remoto (comunicação para o
próprio CP)
- 3 - bloco de operando inválido
- 4 - tipo de operando inválido
- 5 - timeout de transmissão de pacote
- 6 - não há espaço na fila de espera de transmissão
- 7 - falta de buffer de transmissão
- 8 - timeout de requisição
- 9 - erro de hardware
- 10 - CP remoto protegido
Em resumo, ao ser disparada a execução de uma instrução ECR todas as
comunicações existentes na mesma são realizadas, mesmo que a sua entrada
de habilitação seja desenergizada. Quando todas as escritas forem
completadas, a próxima instrução ECR ou LTR encontrada no programa
aplicativo com a entrada habilita energizada torna-se ativa, começando a
processar as suas comunicações.

ATENÇÃO:
O programa aplicativo não pode realizar saltos sobre a instrução ECR
ativa ou deixar de executar o módulo que a contém, para assegurar o seu
correto processamento.

Em um programa aplicativo sendo executado no CP, em um dado momento,


somente uma instrução de acesso à rede ALNET II (ECR ou LTR) é considerada
ativa, mesmo que existam várias instruções com entrada habilita
acionadas. A saída ocupado determina qual a instrução ativa, podendo ser
utilizada para sincronizar as comunicações com o programa aplicativo.
Para evitar sobrecargas no tráfego de informações na rede, aconselha-se
disparar as instruções ECR periodicamente, evitando mantê-las
permanentemente habilitadas no programa aplicativo, se possível. Um
procedimento recomendado é desligar a entrada habilita logo que a saída
ocupado for energizada, evitando um novo disparo da instrução após seu
término.
A ECR prioritária não segue a ordem de processamento das ECRs não
prioritárias, sendo processada e transmitindo seus dados o mais rápido
possível, ao ser habilitada. Por esse motivo uma ECR prioritária não deve
ficar permanentemente habilitada, devendo ser disparada somente em
situações de alarme ou periodicamente. Caso contrário, pode impedir que
as demais ECRs do programa realizem as suas comunicações ou causar o
esgotamento de buffers de recepção do CP destino.
Se a instrução for programada especificando-se o endereço de nodo igual
ao endereço do próprio controlador que a executa (escrita de valores de
si próprio), a saída erro é energizada.
Caso nenhum operando tenha sido definido em OPER4, as saídas erro e

130 SENAI
Controladores Programáveis

ocupado ficam desenergizadas.


Informações adicionais podem ser encontradas no manual de utilização da
rede ALNET II.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

Esta instrução não é utilizada com CPs da Série Ponto.

SENAI 131
Controladores Programáveis

FRM - Fim de Relé Mestre

Descrição

Descrição

As instruções relé mestre e fim de relé mestre são utilizadas para


delimitar trechos de programas aplicativos, energizando ou não a barra
lógica de alimentação nos mesmos, conforme o estado da sua linha de
acionamento.
Estas instruções não necessitam de operandos, podendo ser posicionadas
somente na coluna 7 da lógica.
Quando a entrada da instrução RM estiver desenergizada, a barra lógica de
alimentação é desenergizada desde a lógica seguinte até a lógica que
contém a instrução FRM.
Como estas instruções atuam sempre na lógica seguinte a que estão
contidas é aconselhável o seu posicionamento sempre como últimas
instruções da lógica em que estiverem presentes. Assim sendo, o trecho de
programa aplicativo delimitado visualmente pelas instruções no diagrama
corresponde exatamente ao controlado pelas mesmas, evitando assim má
interpretação de seu funcionamento.

ATENÇÃO:
As instruções CON, COB, TEE e TED contém saídas energizadas mesmo sem o
acionamento das suas entradas. Estas saídas permanecem energizadas mesmo
dentro de um trecho sob comando de um relé mestre desenergizado, podendo
causar acionamentos indesejáveis.

132 SENAI
Controladores Programáveis

LAI - Libera Atualização de Imagem dos Operandos

Descrição

Descrição

A instrução libera atualização da imagem de operandos realiza o


processamento das comunicações pendentes da rede ALNET II para o CP local.
Ao retornar para o processamento do software executivo, ao final de cada
varredura, o CP processa as requisições de leitura e outros serviços que
tenham sido solicitados para o mesmo por outros CPs presentes na rede,
durante a execução do programa aplicativo.
O controlador programável possui uma área de memória reservada para o
armazenamento de até 32 comunicações recebidas durante o laço de execução
do programa aplicativo, enquanto o software executivo não as processa.
Caso o programa aplicativo possua tempo de execução relativamente alto e
o controlador programável receba muitas requisições de serviços da rede,
pode ocorrer a situação do CP não conseguir atendê-las, chegando ao
limite de 32 comunicações pendentes à espera de processamento. Neste
caso, o CP devolve uma resposta ao requisitante indicando a
impossibilidade de atender a sua comunicação.
A instrução LAI executa o processamento de recepções e transmissões
pendentes no CP, diminuindo a possibilidade de ocorrência da situação
descrita anteriormente e reduzindo o tempo de atendimento às requisições.
É recomendado o seu uso em programas aplicativos com alto tempo de ciclo,
devendo ser inserida em pontos intermediários dos módulos, dividindo-os
em trechos com aproximadamente 20 ms de tempo de execução.

ATENÇÃO:
Os valores dos operandos do programa aplicativo podem ser modificados
após a execução de uma LAI, pois outro equipamento ligado à rede pode
estar solicitando escritas nos mesmos. Deve-se considerar a influência
deste fato ao se inserir esta instrução no programa aplicativo.

Esta instrução não é utilizada com Cps da Série Ponto.

SENAI 133
Controladores Programáveis

LDI - Liga/Desliga Indexado

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução é utilizada para ligar ou desligar pontos indexados por


uma memória, delimitados por operandos de limite inferior e superior.
Em OPER1 é especificada a memória cujo conteúdo referencia o operando
auxiliar, entrada ou saída a ser ligado ou desligado. Deve ser declarado
como operando de acesso indireto a operando %E ou %A (%MXXXX*E ou %MXXXX*A
). Mesmo quando a instrução for utilizada para ligar ou desligar pontos
de saída (%S), a representação deste operando será como acesso indireto a
entrada (%MXXXX*E).
Em OPER2 é especificado o endereço do primeiro relé de saída ou auxiliar
válido na instrução. Deve ser especificado com subdivisão de ponto (
%EXXXX.X, %SXXXX.X ou %AXXXX.X).
Em OPER3 é especificado o endereço do último relé de saída ou auxiliar
válido na instrução. Deve ser especificado com subdivisão de ponto (
%EXXXX.X, %SXXXX.X ou %AXXXX.X).
Se as entradas liga ou desliga forem acionadas, o ponto especificado pelo
valor contido no operando memória OPER1 é ligado ou desligado se estiver
dentro da área de endereços limitada por OPER2 e OPER3.
Por exemplo, se estes operandos correspondem a %S0003.3 e %S0004.5,
respectivamente, esta instrução só atua para os elementos de %S0003.3 a
%S0003.7 e de %S0004.0 a %S0004.5.
Se o relé ou auxiliar apontado pela memória índice estiver fora dos
limites definidos pelos parâmetros especificados em OPER2 e OPER3, a
saída índice superior inválido ou índice inferior inválido é ligada. A
saída da primeira célula é acionada se qualquer uma das entradas liga ou
desliga é energizada e o acesso for corretamente realizado.
Caso as entradas permaneçam desacionadas, todas as saídas da instrução
permanecem desenergizadas.
Se ambas as entradas forem energizadas simultaneamente, nenhuma operação
é realizada, e todas as saídas da instrução são desenergizadas.
Em OPER1 deve ser carregado um valor que especifique o ponto desejado
para ligar ou desligar, de acordo com a seguinte fórmula:

VALOR OPER1 = (OCTETO * 8) + PONTO

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

134 SENAI
Controladores Programáveis

Sintaxe 3

Exemplo

SENAI 135
Controladores Programáveis

LGH - Ligação Horizontal

A ligação horizontal é um elemento auxiliar na construção dos diagramas


de relés, para interligar as demais instruções.

136 SENAI
Controladores Programáveis

LGN - Ligação Negada

A ligação negada inverte na sua saída o estado lógico da sua entrada.

SENAI 137
Controladores Programáveis

LGV - Ligação Vertical

A ligação vertical é um elemento auxiliar na construção dos diagramas de


relés, para interligar as demais instruções.

138 SENAI
Controladores Programáveis

LTR - Leitura de operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a leitura de valores de operandos presentes em


outros controladores programáveis para operandos do controlador
programável onde está sendo executada, através da rede ALNET II de
comunicação. Para o seu uso, portanto, é imprescindível que o CP que a
execute esteja conectado a outros CPs pela ALNET II.
Através da LTR podem ser lidos valores de operandos individuais ou de
conjuntos de operandos, sendo possível a programação de até 6
comunicações de leitura diferentes em uma mesma instrução.
A programação da instrução LTR é idêntica à ECR - Escrita de Operandos,
observando as mesmas restrições. Na LTR, a transferência dos valores
ocorre dos operandos declarados no CP remoto para o CP local, sendo esta a
única diferença entre ambas.

ATENÇÃO:
A instrução LTR difere da ECR quanto a possibilidade de mensagens
prioritárias, ou seja, não é possível editar uma LTR prioritária.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

Esta instrução não é utilizada com Cps da Série Ponto.

SENAI 139
Controladores Programáveis

MES - Movimentação de Entradas/Saídas

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição
• Para Série Ponto: Esta instrução vai realizar a seguinte operação:
atualizar, da memória imagem (octetos E, S e operandos M) para a
memória GBL, atualizando as entradas e saídas dos módulos. A instrução
será orientada à posição física do módulo e não à octetos.
• Para Série Quark, AL e Piccolo: Esta instrução é utilizada para a
transferência de dados diretamente entre operandos memória e octetos
do barramento de módulos de entrada e saída. É possível realizar
leituras de valores dos octetos do barramento ou escritas no mesmo,
conforme os operandos programados na instrução.
O operando OPER1 é o operando origem, cujo conteúdo será movimentado para
o operando destino especificado em OPER3. OPER2 define o número de
octetos a serem transferidos a partir do primeiro origem e destino
especificados.

ATENÇÃO:
O número de octetos a serem transferidos está limitado em 255.

Caso seja programado uma constante na primeira célula (escrita de valor


no barramento), o seu valor é movido para todos os octetos do barramento
especificados em OPER2 e OPER3.
Os operandos para a Série Ponto possuem finalidades diferentes, o OPER1
(M ou KM) o operando indicará a posição física inicial a ser atualizada.
Os valores aceitos são de 0 a 39. O OPER2 (M ou KM) indicará quantas
posições devem ser atualizadas. Valores aceitos entre 1 a 30. Vale
resaltar que esse operando indica o número de posições a ser atualizadas,
e não quantas posições devem ser atualizadas além da indicada em OPER1.
Por exemplo: o valor %KM0001 em OPER2, por uma questão de conceito, que o
valor KM0000 não será aceito, pois significaria que nenhuma posição
deveria ser atualizada. O OPER3 não é preenchido para CPs da Série Ponto
e no ladder serão preenchidos automaticamente por %KM0000.
Sempre que a entrada habilita está energizada, uma das saídas da
instrução é energizada, conforme as regras a seguir.
A saída índice origem inválido é energizada em 3 situações:

o número de transferências especificado em OPER2 for negativo, zero,


maior do que o número máximo de octetos no barramento do CP utilizado
(leitura do barramento) ou que o limite de memórias configurado
(escrita no barramento)
a primeira posição lida for maior do que o número máximo de octetos no
barramento do CP utilizado (%M*R programado em OPER1)
o primeiro endereço de memória a ser escrito for negativo ou maior do
que o último endereço de memória configurado (%M*M programado em OPER1)

A saída índice destino inválido é energizada quando:

o número de transferências especificado em OPER2 for maior do que o

140 SENAI
Controladores Programáveis

limite de memórias configurado (leitura do barramento) ou que o número


máximo de octetos no barramento do CP utilizado (escrita no barramento)
a primeira posição escrita for maior do que o número máximo de octetos
no barramento do CP utilizado (%M*R programado em OPER3)
o primeiro endereço de memória a ser lido for negativo ou maior do que
o último endereço de memória configurado (%M*M programado em OPER3)

A saída sucesso é energizada quando as saídas índice origem inválido e


índice destino inválido não forem energizadas.
Esta instrução é utilizada somente para acessos especiais ao barramento.
Para o seu uso, deve-se saber exatamente que módulo de E/S está colocado
na posição física do barramento lida ou escrita pela MES e como acessá-lo.
Como os módulos de entrada e saída fornecidos pela ALTUS possuem
instruções específicas para o seu acesso, a instrução MES não é necessária
na maioria dos programas aplicativos.
Não é possível escrever valores em octetos de módulos digitais de entrada
ou ler valores de octetos de módulos digitais de saída com a MES.

Sintaxe da Instrução

Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 141
Controladores Programáveis

MOB - Movimentação de Blocos de Operandos

Descrição
Sintaxe da
Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a cópia dos valores de um bloco de operandos


origem para um bloco destino.
Especifica-se o primeiro operando do bloco origem em OPER1 e o primeiro
operando do bloco destino em OPER4. O número total de transferências a
serem realizadas é declarado no parâmetro OPER2, devendo também ser
especificados o número de transferências por varredura em OPER5 e uma
memória acumuladora para a contagem do número de transferências em OPER3.
Se o bloco origem ou destino for uma tabela, a transferência tem início
na sua primeira posição.
Se o formato do operando destino for menor do que o origem, os octetos
mais significativos do valor origem são desprezados. Caso contrário, os
octetos mais significativos do destino são zerados.
O número de transferências por varredura é limitado em 255 operandos. Na
medida do possível deve-se evitar um número elevado de transferências na
mesma varredura, para diminuir o tempo de execução do programa.
Em cada instrução MOB é utilizada uma memória como operando de controle em
OPER3, que deve estar zerada antes da primeira execução.
ATENÇÃO:
O operando de controle não deve ter seu conteúdo alterado em nenhuma
parte do programa aplicativo, sob pena de prejudicar a execução correta
da instrução. Cada ocorrência desta instrução no programa deve possuir um
operando de controle exclusivo, diferente dos demais. Este operando não
pode ser retentivo.

Quando ligadas, as saídas índice origem inválido e índice destino inválido


indicam, respectivamente, que pelo menos um dos operandos componentes do
bloco origem ou destino tem endereço superior ao número máximo declarado
para o operando ou tabela utilizado, não sendo realizada nenhuma
movimentação. Caso o valor de OPER2 seja negativo, a saída índice origem
inválido é acionada.
A saída movimentação concluída é acionada na varredura em que a
movimentação for completada.

ATENÇÃO:
A entrada habilita deve permanecer ativa até que a movimentação esteja
concluída. Como esta instrução é executada em múltiplos ciclos de
execução, não deve ser saltada enquanto não estiver terminada a
movimentação.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

142 SENAI
Controladores Programáveis

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 143
Controladores Programáveis

MOP - Movimentação de Partes (Subdivisões) de Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução move conteúdos de partes de operandos simples (palavras,


octetos, "nibbles", pontos) quando a entrada habilita é energizada. Não é
realizada a conversão entre tipos de operandos, apenas a movimentação dos
valores.
O operando OPER1 é o operando origem, cujo valor é movimentado para o
operando destino especificado em OPER2. O tipo de subdivisão utilizado em
OPER1 deve ser o mesmo utilizado em OPER2.

ATENÇÃO:
Se a movimentação é realizada de uma constante para um operando, é
considerada sempre a subdivisão menos significativa da constante igual à
declarada no operando destino. Devido a esta característica, sugerese que
sempre seja declarado na constante origem o valor real a ser movimentado,
para maior clareza do programa.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Sintaxe 3

144 SENAI
Controladores Programáveis

Sintaxe 4

Sintaxe 5

Sintaxe 6

Exemplo

SENAI 145
Controladores Programáveis

MOT - Movimentação de Tabelas

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução permite duas operações: transferir o valor de uma posição


de tabela para um operando simples ou de um operando simples para uma
posição de tabela.
O operando OPER1 é o operando origem, cujo valor é movimentado para o
operando destino especificado em OPER3. OPER2 contém a posição da tabela
declarada em OPER1 ou OPER3.
Leitura de conteúdo de tabela:
Permite ler o conteúdo de uma posição de tabela e carregá-lo em um
operando memória ou decimal.
A instrução é programada da seguinte forma:

OPER1 - especifica o endereço da tabela a ser lida (%TM, %M*TM, %TD,


%M*TD, %TF, %M*TF)
OPER2 - especifica a posição (%KM) a ser lida ou a memória (%M) que
contém esta posição
OPER3 - especifica para onde o conteúdo da posição de tabela deve ser
transferido (%M, %M*M, %D, %M*D, %F, %M*F)

Se OPER1 referenciar indiretamente uma tabela não especificada, ou se o


valor de OPER2 for negativo ou maior que a última posição definida para a
tabela, a transferência não é realizada e a saída índice origem inválido
é acionada. Se OPER3 referenciar indiretamente um operando não declarado,
a transferência não é realizada e a saída índice destino inválido é
acionada.
Escrita de valores em tabela:
Permite escrever um valor constante ou o conteúdo de um operando memória
ou decimal em uma posição de tabela.
A instrução é programada da seguinte forma:
OPER1 - especifica o operando origem (%KM, %M, %M*M, %KD, %D, %M*D,
%KF, %F, %M*F)
OPER2 - especifica a posição (%KM) a ser escrita na tabela ou a
memória (%M) que contém esta posição
OPER3 - especifica o endereço da tabela para onde é transferido o
conteúdo (%TM, %M*TM, %TD, %M*TD, %TF, %M*TF)

Se OPER1 referenciar indiretamente um operando não declarado, a


transferência do conteúdo não é realizada e a saída índice origem inválido
é acionada. Se o valor de OPER2 for negativo ou maior que a última
posição definida para a tabela, ou se OPER3 referenciar indiretamente uma
tabela não especificada, a transferência do conteúdo não é realizada e a
saída índice destino inválido é acionada.
Esta instrução simplifica a programação de uma série de algoritmos
envolvendo decodificações, seqüenciamentos, geração de curvas,
armazenamento e comparação de valores, entre outros.
146 SENAI
Controladores Programáveis

Sintaxe da Instrução

Leitura de Conteúdo

Escrita de Conteúdo

Exemplo

SENAI 147
Controladores Programáveis

MOV - Movimentação de Operandos Simples

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução move o conteúdo de operandos simples, sem realizar


conversões entre tipos de operandos diferentes, quando a entrada habilita
é acionada.
O operando que ocupa a primeira célula da instrução OPER1 é o operando
origem, cujo valor é movimentado para o operando destino, especificado na
segunda célula OPER2.
Se o formato do operando destino for menor que o do origem, os octetos
mais significativos do valor origem são desprezados. Se o formato do
destino for maior, seus octetos mais significativos são zerados. Se a
movimentação for realizada, a saída sucesso é acionada.
Se os índices indiretos excederem os limites de operandos declarados no
módulo de configuração, a movimentação não é efetuada e a saída sucesso
não é ligada.
Não é permitida a movimentação de subdivisões de operandos. Para isto,
deve ser usada a instrução MOP.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

148 SENAI
Controladores Programáveis

MUL - Multiplicação

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a multiplicação aritmética de operandos. Quando a


entrada habilita está energizada, ocorre a multiplicação do conteúdo do
operando especificado em OPER1 pelo especificado em OPER2.
O resultado é armazenado na memória especificada em OPER3. Caso este
exceda o valor máximo armazenável em uma memória, o resultado final é
este valor e a saída estouro é energizada.
Se a entrada habilita é desenergizada, nenhuma saída é ligada e OPER3
permanecerá inalterado.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 149
Controladores Programáveis

OR - Ou Binário entre Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a operação OU binário entre os valores de OPER1 e


OPER2, armazenando o resultado em OPER3.
A operação é realizada ponto a ponto entre os operandos e seguem a
seguinte tabela verdade:
Ponto Ponto de Resultado
de OPER1 OPER2 em OPER3
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

150 SENAI
Controladores Programáveis

PLS - Relé de Pulso

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução relé de pulso gera um pulso de uma varredura em sua saída, ou


seja, permanece energizada durante uma varredura do programa aplicativo
quando o estado da sua entrada passar de desenergizado para energizado.
O relé auxiliar declarado serve como memorizador, evitando limitações
quanto ao número de instruções de pulso presentes no programa aplicativo.

ATENÇÃO
O valor do relé auxiliar não deve ser modificado em nenhum outro ponto do
programa aplicativo.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 151
Controladores Programáveis

RM - Relé Mestre

Descrição

Descrição

As instruções relé mestre e fim de relé mestre são utilizadas para


delimitar trechos de programas aplicativos, energizando ou não a barra
lógica de alimentação nos mesmos, conforme o estado da sua linha de
acionamento.
Estas instruções não necessitam de operandos, podendo ser posicionadas
somente na coluna 7 da lógica.
Quando a entrada da instrução RM estiver desenergizada, a barra lógica de
alimentação é desenergizada desde a lógica seguinte até a lógica que
contém a instrução FRM.
Como estas instruções atuam sempre na lógica seguinte a que estão
contidas é aconselhável o seu posicionamento sempre como últimas
instruções da lógica em que estiverem presentes. Assim sendo, o trecho de
programa aplicativo delimitado visualmente pelas instruções no diagrama
corresponde exatamente ao controlado pelas mesmas, evitando assim má
interpretação de seu funcionamento.

ATENÇÃO:
As instruções CON, COB, TEE e TED contém saídas energizadas mesmo sem o
acionamento das suas entradas. Estas saídas permanecem energizadas mesmo
dentro de um trecho sob comando de um relé mestre desenergizado, podendo
causar acionamentos indesejáveis.

152 SENAI
Controladores Programáveis

RNA - Contato Normalmente Aberto

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

Esta instrução reflete, logicamente, o comportamento real de um contato


elétrico de um relé no programa aplicativo.
O contato normalmente aberto fecha conforme o estado do seu operando
associado. Caso o ponto do operando esteja no estado lógico 1 ou 0, o
contato normalmente aberto está fechado ou aberto, respectivamente.
Quando um contato está fechado, a instrução transmite o estado lógico da
sua entrada para a sua saída. Se estiver aberto, o valor da entrada não é
colocado na saída.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 153
Controladores Programáveis

RNF - Contato Normalmente Fechado

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

Esta instrução reflete, logicamente, o comportamento real de um contato


elétrico de um relé no programa aplicativo.
O contato normalmente fechado possui comportamento oposto ao normalmente
aberto. Caso o ponto do operando associado esteja no estado lógico 1 ou 0
, o contato normalmente fechado está aberto ou fechado, respectivamente.
Quando um contato está fechado, a instrução transmite o estado lógico da
sua entrada para a sua saída. Se estiver aberto, o valor da entrada não é
colocado na saída.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

154 SENAI
Controladores Programáveis

SEQ - Seqüenciador

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução permite a programação de seqüenciamentos complexos com


condições de evolução específicas para cada estado. Sua forma de
programação é semelhante a "máquinas de estado".
A instrução pode ser executada em dois modos:
Modo 1000
Modo 3000
Quando a entrada modo está desenergizada, a instrução é executada no modo
1000, e quando ela está energizada, a instrução é executada no modo 3000.
No modo 3000 seqüenciamentos mais complexos podem ser programados.

Modo 1000
Neste modo ocorre uma seqüência de evolução fixa dos estados. A evolução
sempre ocorre do estado atual para o seguinte, e do último para o
primeiro.
O operando OPER1 especifica uma tabela onde cada posição contém o
endereço de um ponto de operando auxiliar que é testado como condição de
evolução para o próximo estado.
O operando OPER2 especifica uma memória que armazena o estado atual e
serve de índice para a tabela especificada no primeiro operando.
O operando OPER3 é irrelevante, porém deve ser especificado um operando
do tipo memória ou auxiliar nesta célula, pois o MASTERTOOL realiza a
consistência conforme o modo 3000.
O operando OPER4 é irrelevante, porém deve ser especificado um operando
do tipo memória ou auxiliar nesta célula, pois o MASTERTOOL realiza a
consistência conforme o modo 3000.
Quando a entrada habilita está desenergizada, as saídas pulso e índice
inválido ficam desenergizadas, independente de qualquer outra condição.
Quando a entrada habilita estiver energizada, a saída de pulso fica
normalmente energizada, e a saída de índice inválido fica normalmente
desenergizada.
Além disso, quando a entrada habilita está energizada, a posição da
tabela OPER1 indexada pelo estado atual OPER2 é acessada e o ponto de
operando auxiliar referenciado nesta posição da tabela é examinado. Se
este ponto estiver energizado, o conteúdo de OPER2 é incrementado (ou
zerado, se estiver apontando para a última posição da tabela OPER1) e na
saída pulso ocorre um pulso de desenergização com duração de um ciclo de
programa. Se o ponto examinado estiver desenergizado nada ocorre e o
valor da memória em OPER2 permanece inalterado.
A saída índice inválido é ativada se a memória OPER2 (estado atual)
contiver um valor que indexa uma posição não existente na tabela
especificada em OPER1. Isto pode ocorrer modificando-se a memória OPER2
em um ponto do programa aplicativo fora da instrução SEQ (na inicialização
de OPER2, por exemplo). Deve-se ter o cuidado de definir e inicializar a
tabela especificada em OPER1 com valores legais. Se a tabela for removida
do projeto esta saída também será acionada.
Na tabela especificada em OPER1 devem ser carregados valores em formato
decimal que especifiquem pontos de operandos auxiliares que devem ser
testados como condições de evolução. O cálculo destes valores é

SENAI 155
Controladores Programáveis

especificado pela equação:


VALOR = (endereço do operando * 8) + endereço da subdivisão

Exemplo Modo 1000


Se %A0030.2 é o ponto que se deseja usar como condição de evolução a
partir do estado 4, então:
Endereço do operando = 30
Endereço da subdivisão = 2
VALOR = (30 * 8) + 2 = 242
O valor a ser carregado na posição 4 da tabela OPER1 deve ser 242 para
que o ponto %A0030.2 cause a evolução para o próximo estado, que é o
estado 5 (ou o estado 0, se a tabela tiver 5 posições).

Modo 3000
Neste modo é possível definir a seqüência de evolução e escolher um entre
dois caminhos a partir do estado atual. Portanto, 2 graus de liberdade a
mais são oferecidos em relação ao modo 1000, permitindo-se implementar
máquinas de estado bem mais complexas.
Existe, entretanto, menos liberdade para escolher as condições de
evolução em relação ao modo 1000, além de ser necessário o uso de mais
memória (tabelas) no modo 3000.
O operando OPER1 especifica a primeira de duas tabelas subseqüentes que
são utilizadas pela instrução. As duas tabelas devem ter o mesmo tamanho.
Cada posição da primeira tabela contém o próximo estado caso a condição
associada a OPER3 esteja energizada. Cada posição da segunda tabela
contém o próximo estado caso a condição associada a OPER4 esteja
energizada.
O operando OPER2 especifica uma memória que indica qual o estado atual e
serve de índice para as tabelas especificadas em OPER1.
O operando OPER3 especifica um operando que serve de base para determinar
a condição de evolução a partir do estado OPER2 para o estado indexado
por OPER2 na primeira tabela.
O operando OPER4 especifica um operando que serve de base para determinar
a condição de evolução a partir do estado OPER2 para o estado indexado
por OPER2 na segunda tabela.
Quando a entrada habilita está desenergizada, as saídas pulso e índice
inválido ficam desenergizadas, independente de qualquer outra condição.
Quando a entrada habilita está energizada, a saída de pulso fica
normalmente energizada, e a saída de índice inválido fica normalmente
desenergizada.
Além disso, quando a entrada habilita está energizada, a instrução busca
o valor da memória OPER2 (estado atual) e testa a respectiva condição de
evolução com base em OPER3. Se esta condição estiver energizada, o
operando OPER2 é carregado com um novo estado, indexado pelo próprio
operando OPER2 na primeira tabela especificada por OPER1. Caso a condição
de evolução associada a OPER2 e com base em OPER3 estiver desenergizada,
testa-se a condição de evolução associada a OPER2 e com base em OPER4. Se
esta última condição estiver energizada, o operando OPER2 é carregado com
um novo estado, indexado pelo próprio operando OPER2 na segunda tabela
especificada por OPER1. Se pelo menos uma das 2 condições acima estiver
energizada, uma transição de estado ocorrerá, e um pulso de
desenergização com duração de um ciclo de programa aplicativo ocorrerá na
saída pulso da instrução. Se nenhuma das 2 condições estiver energizada,
nada acontece, e o valor da memória OPER2 (estado atual) permanece
inalterado, bem como a saída pulso continua energizada.
A saída índice inválido é ativada se a memória OPER2 contiver um valor
que indexa uma posição não existente nas tabelas especificadas em OPER1.
Isto pode ocorrer modificando-se a memória OPER2 em um ponto do programa
aplicativo fora da instrução SEQ (na inicialização de OPER2, por exemplo)

156 SENAI
Controladores Programáveis

ou dentro da própria instrução SEQ, caso algumas das posições das tabelas
especificadas em OPER1 contenham valores inválidos para serem o próximo
estado. Deve-se ter o cuidado de definir as 2 tabelas especificadas por
OPER1 com o mesmo tamanho, e deve-se inicializá-las com valores legais
(exemplo: se as tabelas tiverem 10 posições, somente valores entre 0 e 9
devem ser carregados em posições desta tabela, pois somente estes podem
ser estados legais). Se a tabela for removida do projeto esta saída
também será acionada.
As condições de evolução associadas ao estado atual OPER2 são
determinadas com base em OPER3 (próximo estado é carregado a partir da
primeira tabela) ou com base em OPER4 (próximo estado é carregado a
partir da segunda tabela). Sabendo-se que os operandos OPER3 e OPER4 são
do tipo memória (16 bits) ou do tipo auxiliar (8 bits), suponha-se o
seguinte:
ESTADO = conteúdo do operando OPER2 (estado atual)
END3 = endereço de OPER3
END4 = endereço de OPER4
END1 = endereço do ponto a ser testado, com base em OPER3
SUB1 = subdivisão do ponto a ser testado, com base em OPER3
END2 = endereço do ponto a ser testado, com base em OPER4
SUB2 = subdivisão do ponto a ser testado, com base em OPER4
Os pontos testados como condição de evolução associada a cada tabela
serão:
%M<END1>.<SUB1> ou %A<END1>.<SUB1> (primeira tabela) e
%M<END2>.<SUB2> ou %A<END2>.<SUB2> (segunda tabela)

onde:

END1 = END3 + ESTADO / 16 (se operando %M)


END1 = END3 + ESTADO / 8 (se operando %A)
SUB1 = RESTO (ESTADO / 16) (se operando %M)
SUB1 = RESTO (ESTADO / 8) (se operando %A)
END2 = END4 + ESTADO / 16 (se operando %M)
END2 = END4 + ESTADO / 8 (se operando %A)
SUB2 = RESTO (ESTADO / 16) (se operando %M)
SUB2 = RESTO (ESTADO / 8) (se operando %A)

Exemplo Modo 3000


Sejam:
OPER2 = %M0015*M
%M0015 = 35
%M0035 = 43
OPER3 = %M0060
OPER4 = %A0070

Então:
ESTADO = 43
END3 = 60
END4 = 70
END1 = 60 + 43 / 16 = 62
SUB1 = RESTO (43 / 16) = 11
END2 = 70 + 43 / 8 = 75
SUB2 = RESTO (43 / 8) = 3

Portanto, as condições de evolução a partir do estado 43 serão:


%M0062.B para a primeira tabela
%A0075.3 para a tabela segunda

Sintaxe da Instrução

SENAI 157
Controladores Programáveis

Exemplo

158 SENAI
Controladores Programáveis

SLT - Bobina de Salto

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo
Descrição

A instrução bobina de salto serve para controlar a seqüência de execução


de um programa aplicativo, sendo usada para desviar o processamento do
mesmo para uma lógica determinada.
Seu operando é uma constante que determina o número de lógicas a serem
saltadas a partir da energização da bobina.
A determinação da lógica destino é realizada pela soma da constante que
acompanha a instrução com o número da lógica onde a mesma se encontra.
Quando a linha de acionamento da bobina de salto estiver desenergizada, o
salto não ocorre, e a instrução seguinte àquela em que esta bobina está
declarada é executada.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 159
Controladores Programáveis

SOM - Soma

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a soma aritmética de operandos. Quando a entrada


habilita é energizada, os valores dos operandos especificados em OPER1 e
OPER2 são somados e o resultado armazenado em OPER3.
Se o resultado da operação for maior ou menor do que o armazenável, a
saída estouro é energizada e o máximo ou mínimo valor armazenável é
atribuído a OPER3 como resultado.
Se a entrada habilita não está energizada, todas as saídas são
desenergizadas e o valor de OPER3 não é alterado.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Sintaxe 3

Exemplo

160 SENAI
Controladores Programáveis

SUB - Subtração

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a subtração aritmética entre operandos. Quando


habilita é energizada, o valor de OPER2 é subtraído do valor de OPER1. O
resultado é armazenado na memória especificada em OPER3.
As linhas de saída resultado > 0, resultado = 0 e resultado < 0 podem ser
usadas para comparações e são acionadas de acordo com o resultado da
subtração.
Se a entrada habilita não está energizada, todas as saídas são
desenergizadas e OPER3 permanece inalterado.
Se o resultado da operação excede o maior ou menor valor armazenável no
operando, o respectivo valor limite é considerado como resultado.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Sintaxe 3

Exemplo

SENAI 161
Controladores Programáveis

162 SENAI
Controladores Programáveis

TED - Temporizador na Desenergização

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza contagens de tempo com a desenenergização da sua


entrada de acionamento.
A instrução TED possui dois operandos. O primeiro OPER1 especifica a
memória acumuladora da contagem de tempo. O segundo operando OPER2 indica
o tempo máximo a ser acumulado. A contagem de tempo é realizada em
décimos de segundos, ou seja, cada unidade incrementada em OPER1
corresponde a 0,1 segundo.
Enquanto a entrada ativa estiver energizada e a entrada bloqueia
desenergizada, o operando OPER1 é incrementado a cada décimo de segundo.
Quando OPER1 for maior ou igual a OPER2, a saída Q é desenergizada e -Q
energizada, permanecendo OPER1 com o mesmo valor de OPER2.
A saída Q fica energizada sempre que a entrada ativa estiver energizada e
OPER1 for menor do que OPER2.
Acionando-se a entrada bloqueia, há a interrupção na contagem do tempo,
enquanto que desacionando a entrada ativa, o tempo do acumulador é zerado
e a saída Q é desacionada.
Se OPER2 for negativo ou o acesso indireto for inválido, OPER1 é zerado e
a saída Q é energizada.
O estado lógico da saída -Q é exatamente o oposto da saída Q, mesmo
estando a instrução desativada.

ATENÇÃO:
Com a entrada ativa desativada, a saída -Q permanece sempre energizada,
mesmo quando a instrução estiver em um trecho comandado pela instrução RM
(relé mestre). Deve-se ter cuidado para não realizar acionamentos
indesejáveis na lógica devido a este fato.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

SENAI 163
Controladores Programáveis

TEE - Temporizador na Energização

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza contagens de tempo com a energização das suas


entradas de acionamento.
A instrução TEE possui dois operandos. O primeiro OPER1 especifica a
memória acumuladora da contagem de tempo. O segundo operando OPER2 indica
o tempo máximo a ser acumulado. A contagem de tempo é realizada em
décimos de segundos, ou seja, cada unidade incrementada em OPER1
corresponde a 0,1 segundo.
Enquanto as entradas libera e ativa estiverem simultaneamente
energizadas, o operando OPER1 é incrementado a cada décimo de segundo.
Quando OPER1 for maior ou igual a OPER2, a saída Q é energizada e -Q
desenergizada, permanecendo OPER1 com o mesmo valor de OPER2.
Desacionando-se a entrada libera, há a interrupção na contagem do tempo,
permanecendo OPER1 com o mesmo valor. Desacionando-se a entrada ativa, o
valor em OPER1 é zerado.
Se OPER2 for negativo ou o acesso indireto for inválido, OPER1 é zerado e
a saída -Q é energizada.
O estado lógico da saída Q é exatamente o oposto da saída -Q, mesmo
estando a instrução desativada.

ATENÇÃO:
Com a entrada ativa desativada, a saída -Q permanece sempre energizada,
mesmo quando a instrução estiver em um trecho comandado pela instrução RM
(relé mestre). Deve-se ter cuidado para não realizar acionamentos
indesejáveis na lógica devido a este fato.

Sintaxe da Instrução

Exemplo

164 SENAI
Controladores Programáveis

TEI - Teste de Estado Indexado

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução é utilizada para testar o estado de pontos indexados por


uma memória, delimitados por operandos de limite inferior e superior.
O primeiro operando especifica a memória cujo conteúdo referencia o
operando auxiliar ou relé de saída a ser testado. Deve ser declarado como
operando de acesso indireto a operando %E ou %A (%MXXXX*E ou %MXXXX*A).
Mesmo quando a instrução for utilizada para testar pontos de saída (%S), a
representação deste operando será como acesso indireto a entrada (%MXXXX*E
).
O segundo operando especifica o endereço do primeiro relé de saída ou
auxiliar válido na instrução. Deve ser especificado com subdivisão de
ponto (%EXXXX.X, %SXXXX.X ou %AXXXX.X).
O terceiro operando especifica o endereço do último relé de saída ou
auxiliar válido na instrução. Deve ser especificado com subdivisão de
ponto (%EXXXX.X, %SXXXX.X ou %AXXXX.X).
Se a entrada habilita estiver energizada, o estado do relé ou auxiliar
especificado pelo valor contido na memória índice OPER1 é examinado.
Conforme esteja em 1 ou 0, a saída resposta é ligada ou não.
O ponto indexado pela memória é testado se estiver dentro da área de
endereços limitada por OPER2 e OPER3. Por exemplo, se estes operandos
correspondem a %S0003.3 e %S0004.5, respectivamente, esta instrução só atua
para os elementos de %S0003.3 a %S0003.7 e de %S0004.0 a %S0004.5.
Se o relé ou auxiliar apontado pela memória índice estiver fora dos
limites definidos pelos parâmetros da segunda e terceira células, a saída
índice superior inválido ou índice inferior inválido é ligada e a saída
da primeira célula desligada. Esta verificação é feita somente no momento
em que a entrada habilita é energizada.
O cálculo do valor a ser armazenado no primeiro operando, para referência
do ponto desejado, é o mesmo especificado na instrução LDI.

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Sintaxe 3
SENAI 165
Controladores Programáveis

Exemplo

166 SENAI
Controladores Programáveis

XOR - "OU EXCLUSIVO" Binário entre Operandos

Descrição
Sintaxe da Instrução
Exemplo

Descrição

Esta instrução realiza a operação OU EXCLUSIVO binário entre os valores


de OPER1 e OPER2, armazenando o resultado em OPER3.
A operação é realizada ponto a ponto entre os operandos e seguem a
seguinte tabela verdade:
Ponto Ponto de Resultado
de OPER1 OPER2 em OPER3
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Sintaxe da Instrução
Sintaxe 1

Sintaxe 2

Exemplo

SENAI 167
Controladores Programáveis

F-PT100.002 - Função para Leitura de Módulo Pt-100

Introdução
Programação
Operandos
Entradas e Saídas
Utilização

Introdução
A função F-PT100.002 realiza a leitura de temperaturas fornecidas pelos
módulos AL-1117 e QK1117, módulo interface com até 4 sensores do tipo
Pt-100. Os valores lidos podem ser linearizados ou não, sendo possível a
leitura de 1 ou 4 canais, alterando-se apenas a programação dos
parâmetros utilizados na sua chamada.

Programação
Operandos
As células da instrução CHF utilizada para a chamada da função são
programadas do seguinte modo:
- OPER1 - Especifica o número de parâmetros que são passados para a função
em OPER3. Este operando deve ser obrigatoriamente uma constante
memória com valor 4 (%KM+00004).
- OPER2 - Deve ser um operando do tipo constante memória com valor 0 (
%KM+00000). Determina o número de parâmetros possíveis de serem
programados na janela de edição de OPER4. Como esta função não
necessita de nenhum parâmetro em OPER4, o valor de OPER2 é 0.
- OPER3 - Contém os parâmetros que são passados para a função, declarados
quando a instrução CHF for editada. O número de parâmetros editáveis é
especificado em OPER1, sendo fixo em 4 para este módulo:

%RXXXX ou %RXXXX.X - Endereço do barramento onde está alojado o módulo


AL-1117 ou QK1117. Caso seja especificado com subdivisão de ponto (
%RXXXX.X), a leitura é realizada somente para o canal do módulo
correspondente ao ponto (pontos .0 a .3 do operando correspondendo
aos canais 0 a 3 do módulo, respectivamente). No caso de não ser
feita a especificação com subdivisão de ponto (%RXXXX), todos os 4
canais serão lidos (0 a 3).

%KM+XXXXX - Especificação do tipo de linearização a ser executada (ver


tabela 6-2 para ajuste do módulo AL-1117 ou QK1117). Os seguintes
tipos são válidos:

%KM+00000 - a função não executa qualquer linearização,


apresentando como resultado a saída do conversor com valores
entre 0 e 4095.

%KM+00001 - a função executa linearização para a faixa de


temperatura de -30,00 a +50,00 oC, representada em valores de
+0000 a +8000 (Valor armazenado = (T + 30) x 100).

%KM+00002 - a função executa linearização para a faixa de


temperatura de -30,00 a +370,00 oC, representada em valores de
+0000 a +4000 (Valor armazenado = (T + 30) x 10).

%KM+00003 - a função executa linearização para a faixa de

168 SENAI
Controladores Programáveis

temperatura de -30,00 a +770,00 oC, representada em valores de


+0000 a +8000 (Valor armazenado = (T + 30) x 10).

%KM+00004 - a função executa linearização para a faixa de


temperatura de -30,00 a +50,00 oC, representada em valores de
-3000 a +5000.

%KM+00005 - a função executa linearização para a faixa de


temperatura de -30,00 a +370,00 oC, representada em valores de
-0300 a +3700.

%KM+00006 - a função executa linearização para a faixa de


temperatura de -30,00 a +770,00 oC, representada em valores de
-0300 a +7700.

Constante Faixa de Medida Valor PA5 PA6


de Armazenado
Linearização
%KM+00000 qualquer 0000 a +4095 0/1 0/1
%KM+00001 -30 oC a +50 oC
0000 a +8000 0 0
%KM+00002 -30 oC a +370 oC
0000 a +4000 1 1
%KM+00003 -30 oC a +770 oC
0000 a +8000 2 1
%KM+00004 -30 oC a +50 oC
-3000 a 0 0
+5000
%KM+00005 -30 oC a +370 oC -0300 a 1 1
+3700
%KM+00006 -30 oC a +770 oC -0300 a 2 1
+7700

ATENÇÃO:
Caso a temperatura do sensor exceda a faixa de medida, o valor 9999 será
armazenado no canal correspondente.

%MXXXX - Especificação do operando onde são armazenados os valores dos


canais após a leitura e linearização. Se o primeiro parâmetro for
especificado como %RXXXX.X (leitura de um canal), apenas a posição
de memória declarada no parâmetro 3 é atualizada. Se o primeiro
parâmetro for especificado como %RXXXX (leitura de 4 canais), é
utilizada a memória declarada no parâmetro 3 e as 3 consecutivas à
mesma.

%MXXXX - Operando utilizado pela função para o controle interno do seu


processamento.

ATENÇÃO:
O operando de controle não deve ter seu conteúdo alterado em nenhuma
parte do programa aplicativo, sob pena de prejudicar a execução correta
da função. Cada CHF para este módulo F deve possuir um operando de
controle exclusivo, diferente dos demais. O operando de controle não deve
ser retentivo.
- OPER4 - Não utilizado.

Entradas e Saídas
Descrição das entradas:
- habilita - quando esta entrada está energizada a função é chamada,
sendo analisados os parâmetros programados na instrução CHF.

SENAI 169
Controladores Programáveis

Descrição das saídas:


- sucesso - é energizada quando a função foi corretamente executada.
- erro - esta saída é energizada sempre que ocorre um dos seguintes erros:

- ruptura da ligação com o sensor Pt-100

- curto-circuito na ligação com o sensor Pt-100

- o módulo declarado no barramento não é AL-1117 ou QK1117

- erro na especificação dos operandos ou tentativa de acesso a


operandos não declarados

Nos dois primeiros erros, o valor do operando correspondente ao canal


recebe o valor 9999.

ATENÇÃO:
A saída de erro está implementada a partir da versão 1.10 de F-PT100.002.

Utilização
Esta função pode ser utilizado nas UCPs das séries AL-600, AL-2002/MSP,
AL-2003, AL-2004, QK800, QK801 E QK2000/MSP.

ATENÇÃO:
O tempo de atualização para cada canal é de 400 ms. Este tempo é
contabilizado pela própria função. Desta forma, a instrução CHF utilizada
para a chamada do módulo F não deve ser saltada, sob pena de aumentar-se
o tempo de conversão.

A função não pode ser chamada para um outro canal antes de ser encerrada
a conversão do canal corrente.

170 SENAI
Controladores Programáveis

F-ANLOG.006 - Função para Conversão A/D ou D/A Integrados


Introdução
A função F-ANLOG.006 realiza a conversão A/D (analógico/digital) ou D/A
(digital/analógico) dos dois canais analógicos disponíveis na UCP AL-600,
QK600, PL102, PL103 e PL104 (canal 0 e canal 1).
Utilizando-se duas instruções CHF, é possível realizar a conversão A/D em
um dos canais e D/A no outro ou o mesmo tipo de conversão em ambos.

Programação
Operandos

As células da instrução CHF utilizada para a chamada da função são


programadas do seguinte modo:
- OPER1 - Especifica o número de parâmetros que são passados para a função
em OPER3. Este operando deve ser obrigatoriamente uma constante
memória com valor 3 (%KM+00003).
- OPER2 - Deve ser um operando do tipo constante memória com valor 0 (
%KM+00000). Determina o número de parâmetros possíveis de serem
programados na janela de edição de OPER4. Como esta função não
necessita de nenhum parâmetro em OPER4, o valor de OPER2 é 0.
- OPER3 - Contém os parâmetros que são passados para a função, declarados
quando a instrução CHF for editada. O número de parâmetros editáveis é
especificado em OPER1, sendo fixo em 3 para este módulo:

%KM+XXXXX - Especificação do canal a ser convertido. Deve-se utilizar


%KM+00000 para DAC 1 e %KM+00001 para DAC 2.

%KM+XXXXX - Tipo de conversão a ser realizada no canal definido pelo


parâmetro anterior. Deve-se utilizar %KM+00000 para conversão A/D e
%KM+00001 para conversão D/A.

%MXXXX - Especificação do operando onde é armazenado o valor a ser


escrito no conversor em caso de conversão D/A ou valor lido em
caso de conversão A/D.
- OPER 4 - Não utilizado.

Entradas e Saídas
Descrição das entradas:
- habilita - quando esta entrada está energizada a função é chamada,
sendo analisados os parâmetros programados na instrução CHF.
Descrição das saídas:
- sucesso - é energizada quando a função foi corretamente executada.
- erro - é energizada caso ocorra erro na especificação dos operandos ou
tentativa de acesso a operandos não declarados.

Utilização

Esta função pode ser utilizada somente nas UCPs AL-600, QK , PL102,
PL103 e PL104 .

SENAI 171
Controladores Programáveis

F-PID.033 - Função Controle PID

Introdução
Programação
Operandos
Entradas e Saídas
Parâmetros
Adicionais
Utilização
Características do
Funcionamento
Introdução
A função F-PID.033 implementa o algoritmo de controle proporcional,
integral e derivativo. A partir de um valor medido (VM) e do ponto de
ajuste desejado (PA) a função calcula o valor de atuação (VA) para o
sistema controlado. Este valor é calculado periodicamente, levando em
consideração os fatores proporcionais, integrais e derivativos
programados. O diagrama em blocos da função é mostrado na figura abaixo.
As características mais importantes apresentadas pelo laço de controle
implementado são:
- desaturação da ação integral (anti-reset windup)
- acompanhamento da saída no modo manual e comutação manual/automática
balanceada (output tracking e bumpless transfer)
- ação direta ou reversa
- limites de saída máximo e mínimo ajustáveis
- ação derivativa calculada sobre várias amostragens
- capacidade de realizar integral discreta
- deslocamento com sinal
- tempo de execução de 1,6 ms no pior caso
- resolução de saída de 1:1000

Diagrama em Blocos da Função PID

O uso da função PID no programa aplicativo permite uma série de


facilidades que são facilmente integradas ao sistema, sem o uso de
controladores externos. Por exemplo:
- função automático/manual
- inibição do fator integral ou derivativo
- laços cascateados
-geração de curvas de ponto de ajuste

172 SENAI
Controladores Programáveis

-modificação dos parâmetros de controle pelo programa


-modificação da política de controle em função do estado do processo

Programação
Operandos
As células da instrução CHF utilizada para a chamada da função são
programadas do seguinte modo:
- OPER1 - Especifica o número de parâmetros que são passados para a função
em OPER3. Este operando deverá ser obrigatoriamente uma constante
memória com valor 5 (%KM+00005).
- OPER2 - Especifica o número de parâmetros que são passados para a função
em OPER4. Este operando deverá ser obrigatoriamente uma constante
memória com valor 0 (%KM+00000).
- OPER3 - Contém os parâmetros que são passados para a função, declarados
quando a instrução CHF for editada. O número de parâmetros editáveis é
especificado em OPER1, sendo fixo em 5 para este módulo:

%TMXXXX - Tabela que contém os parâmetros utilizados pelo algoritmo de


controle. Deve conter 16 posições.

%MXXXX - Memória que contém o valor medido do processo, normalmente


obtido através de uma instrução A/D.

%MXXXX - Contém o ponto de ajuste (set point), que é o valor desejado


para a variável medida. O seu valor pode ser modificado conforme a
política de controle desejada.

%MXXXX - Memória que contém o valor de atuação no processo, geralmente


acionando uma instrução D/A.

%AXXXX - Octeto auxiliar que contém pontos de controle da função PID.


- OPER4 - Não utilizado.

Entradas e Saídas
Descrição das entradas:
- habilita - quando esta entrada está energizada a função é chamada,
sendo analisados os parâmetros programados na instrução CHF. Caso o
número de parâmetros ou seu tipo sejam diferentes das necessidades da
função, haverá a energização da saída de indicação de erro. Se
estiverem corretos, o cálculo do controle PID é realizado.
- automático(0)/manual(1) - quando energizada, o operando de atuação não
recebe o valor calculado pela função (modo manual).
- direta(0)/reversa(1) - especifica a forma de ação do controle.
Descrição das saídas:
- sucesso - é energizada quando a função foi corretamente executada.
- erro - é energizada caso ocorra erro na especificação dos operandos ou
tentativa de acesso a operandos não declarados.

Parâmetros Adicionais
Além dos operandos programados na instrução de chamada CHF, outros
parâmetros devem ser carregados na tabela declarada em OPER3. Esta tabela
deve conter 16 posições, sendo utilizada para definir os parâmetros
utilizados pelo algoritmo de controle e armazenar resultados
intermediários. A tabela abaixo apresenta os parâmetros que devem ser

SENAI 173
Controladores Programáveis

carregados em cada posição de tabela, bem como seus valores mínimos e


máximos.

Po Parâmetro armazenado Fórm. Variação Valor tab


permitida

00 Ganho proporcional X GPX10 GP: 1,0 a 10 a


10 100,0 1000
01 Fat integral - parte dt/GI GI: 1 a 1000 0,0001 a
frac s/rep 10,000
02 Fat integral - parte dt: 0,1 a 10
int s
03 Fat derivativo - parte GD/3dt GD: 1 a 1000 0,0333 a
frac s 3333,3333
04 Fat derivativo - parte dt: 0,1 a 10
int s
05 Deslocamento DE 0 a 0 a
1000 1000
06 Valor mínimo da 0 a 0 a
saída 1000 1000
07 Valor máximo da 0 a 0 a
saída 1000 1000
08 Reservada
09 Variável medida N - 0 a
1 1000
10 Variável medida N - 0 a
2 1000
11 Variável medida N - 0 a
3 1000
12 Erro 0 a
1000
13 Ação proporcional X 0 a
10 65535
14 Ação integral-parte 0 a
frac X10 65535
15 Ação integral-parte 0 a
int X10 65535

Para possibilitar uma maior velocidade de execução, alguns parâmetros


devem ser carregados na tabela já précalculados. Sendo valores
relativamente fixos, evita-se desta forma que sejam recalculados a cada
chamada da função.
Os parâmetros que devem ser pré-calculados são:
- Ganho proporcional X 10 (posição 0) - É calculado multiplicando-se o
ganho proporcional desejado por 10.
- Fator multiplicativo integral (posições 1 e 2) - É calculado
dividindo-se o intervalo de amostragem (dt) pelo ganho integral
desejado. A unidade de dt é segundos, sendo o seu valor mínimo de 0,1
segundos e máximo de 10,0 segundos e deve ser igual ao intervalo de
tempo em que a rotina é executada. A unidade de GI é
segundos/repetição, podendo variar de 1 até 1000 segundos/repetição.
GI igual a 1 segundo/repetição significa o máximo efeito integral.
- Fator multiplicativo derivativo (posições 3 e 4) - É calculado
dividindo-se o ganho derivativo (GD) pelo intervalo de amostragem (dt)
e pelo valor 3. A unidade de GD é segundos, podendo variar de 1 até
1000 segundos. GD igual a 1000 segundos significa máximo efeito
derivativo. Recomenda-se que quanto maior o valor de GD, maior deve
ser o intervalo de amostragem. Mesmo para valores de GD = 1 segundo, o
intervalo de amostragem deve ser maior que 0,2 segundos. Caso não seja

174 SENAI
Controladores Programáveis

tomado este cuidado, o termo derivativo produzirá apenas "ruído" e a


ação de controle será muito brusca.
- Deslocamento (posição 5) - Permite que seja introduzido um deslocamento
("bias") no valor de atuação, evitando que erros negativos causem
saturação no valor mínimo de saída. Geralmente este valor é ajustado
para 50% (500) ou igual ao ponto de ajuste, se o ganho proporcional é
pequeno.
- Valores mínimo e máximo de saída (posições 6 e 7) - São valores
opcionais que limitam a excursão do valor de atuação, podendo serem
modificados dinamicamente em função das condições operacionais. Se o
valor máximo for maior ou igual a 1000 e o valor mínimo igual a 0, não
é realizada nenhuma limitação.
O valor medido, o valor de atuação, o deslocamento, os valores máximo e
mínimo têm como variação a faixa de 0 a 1000, o que corresponde a uma
variação de 0 a 100% nas variáveis do processo.
As demais posições da tabela são utilizadas exclusivamente pela função PID
, não devendo ser modificadas pelo programa aplicativo. A posição 12
(erro) pode ser consultada pelo programa. As posições 14 e 15 acumulam o
fator integral, podendo serem zeradas, se necessário. Recomenda-se que
estas posições estejam zeradas no início do processamento para evitar que
valores aleatórios fiquem armazenados.
Além da tabela de parâmetros, alguns pontos de controle são utilizados
pela função, contidos no octeto auxiliar especificado (%AXXXX).
- %AXXXX.4 - Sinal da ação integral - É utilizado pela função PID. Quando
desenergizado, o termo integral é positivo, caso contrário é negativo.
Pode ser lido pelo programa, se desejado.
- %AXXXX.5 - Sinal do deslocamento Indica para a função qual é o sinal do
deslocamento, devendo ser acionado pelo programa. O ponto
desenergizado indica deslocamento positivo. Quando energizado, o
deslocamento é negativo.
- %AXXXX.6 - Inibe ação derivativa - Quando energizado, a função não
executa a ação derivativa.
- %AXXXX.7 - Inibe ação integral - Quando energizado, a ação integral não
é calculada, permanecendo a sua atribuição como o último valor
calculado antes da inibição, a menos que os valores limites sejam
excedidos.

Utilização
Esta função pode ser utilizada nas UCPs das séries AL-600, AL-2000/MSP,
AL-2002/MSP, AL-2003, AL-2004, QK800, QK801, QK2000/MSP, PL102, PL103,
PL104, PL105 e Série Ponto.

ATENÇÃO:
O módulo F-PID.033 pode ser utilizado no CP AL-2000/MSP somente a partir
da versão 1.10 do software executivo.

Características do Funcionamento
A desaturação da ação integral (anti-reset windup) é feita de modo a
evitar que o termo integral continue a acumular erro quando um distúrbio
no processo causa a saturação da saída do controlador em alguns dos
limites. No momento em que o valor de saída atinge algum dos limites
(máximo ou mínimo), o termo integral é fixado em seu valor corrente,
impedindo o seu crescimento indefinido, sem influenciar na saída. Isto
assegura que haverá uma resposta do controlador tão logo desapareça o
distúrbio que o levou a saturar a saída.

SENAI 175
Controladores Programáveis

A função pode ser executada em modo manual, energizandose a segunda


entrada da instrução CHF. Neste modo, a rotina não mais modifica o valor
da saída de atuação, mas o acompanha (output tracking). Isto é, em função
do valor da saída fixo e do valor medido do processo, os termos
proporcional e derivativo são calculados e o termo integral é forçado
para um valor adequado, de modo que, quando ocorrer a transição de manual
para automático, a rotina possa reassumir o controle com o valor inicial
da saída igual ao último valor da saída no modo manual. Chama-se este
fato de comutação manual/automática balanceada (bumpless transfer).
A forma de controle pode ser direta ou reversa. Esta seleção é realizada
desenergizando ou energizando a terceira entrada da instrução CHF. Caso o
processo seja tal que o valor medido cresce quando o valor da saída de
atuação cresce, a ação direta deve ser selecionada. Se o valor medido
decresce com o aumento da saída de atuação, então a ação reversa deve ser
utilizada.
O intervalo entre amostragens de um laço PID pode variar de 0,1 a 10,0
segundos. É de responsabilidade do usuário programar um "disparador" da
função, ou seja, um trecho de programa aplicativo que somente habilite a
rotina PID nos intervalos de tempo desejados. Note-se ainda que o valor do
intervalo de amostragem usado para o cálculo dos fatores multiplicativos
integral e derivativo deve coincidir com o intervalo de tempo das
chamadas do "disparador". Como cada execução da rotina pode dispender até
3 ms, é aconselhável que cada laço de controle diferente seja disparado
em diferentes varreduras do programa.

Exemplo de Aplicação
Como exemplo de utilização, sejam os seguintes valores de ajuste
desejados para um laço de controle:
- PA = 62
- GP = 5 (GP = 100 / banda proporcional em %)
- GI = 100 segundos/repetição
- GD = 5 segundos
- dt = 1 segundo
- DES = 50%
- MAX = 80%
- MIN = 0%
Os valores que devem ser carregados na tabela de parâmetros são:
Posição Valor

0 50 GP X 10 (50)
1 100 dt / GI (0,0100)
2 0
3 6666 GD / 3dt (1,6666)
4 1
5 500 DES
6 0 MIN
7 800 MAX
8 620 PA

176 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Descrição do Produto
As UCPs da Série Ponto se caracterizam por uma altíssima
integração de funções, programação on-line, alta capacidade de
memória e vários canais seriais integrados.
O modelo PO3145 possui três interfaces seriais para as funções
de interface de programação, IHM local e redes MODBUS.
Conectam-se diretamente ao barramento GBL, criando sistemas
muito compactos de controle e supervisão. Com o uso de
interfaces de rede de campo as UCPs tornam-se poderosos
controladores com capacidade de 4.096 pontos de E/S.

Tem como principais características:


• Acesso direto a 30 módulos de E/S através do barramento da
Série Ponto
• Capacidade de 4.096 pontos de E/S
• Alta velocidade de processamento, adequada a sistemas de
grande porte
• Conectividade a barramentos de campo PROFIBUS, DEVICENET
e AS-i
• 2 canais seriais RS232, com protocolos configuráveis e
programáveis, inclusive MODBUS mestre ou escravo
• 1 canal serial RS485 isolado, com protocolos configuráveis e
programáveis, inclusive MODBUS mestre ou escravo
• Grande capacidade de memória Flash: até 512 Kbytes para
programa aplicativo
• Diagnóstico e estados de operação local via Leds no painel
• Diagnóstico via operandos
• Etiqueta no painel para identificação do equipamento

As características acima se referem ao modelo mais completo PO3145. Os demais possuem subconjunto destas características.

Dados para Compra


Itens Integrantes
A embalagem do produto contém os seguintes itens:
• UCP PO3045 ou PO3145.
• Guia de instalação

Altus Sistemas de Informática S. A. 1

SENAI 177
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Código do Produto
Os seguintes códigos devem ser usados para compra do produto:

Código Denominação
PO3045 UCP 128K Flash, 16 Módulos E/S, 2 Seriais
PO3145 UCP 256K Flash, 30 Módulos E/S, 2 Seriais + 1 com MODBUS

Produtos Relacionados
Os seguintes produtos devem ser adquiridos separadamente quando necessário:

Código Denominação
PO6305 Base UCP PO3045
PO8085 Fonte Alimentação
PO6800 Base Fonte
MT4100 MasterTool Programming MT4100
MT6000 MasterTool ProPonto c/ Manuais
AL-2700 Funções Matemáticas
AL-2702 Funções Mestre Comunic. ALNET I
AL-2703 Módulos F de Comunicação
AL-2711 Função para comunicação com medidores de energia
AL-1715 Cabo RJ45-CFDB9
AL-1719 Cabo RJ45-CMDB9 RS232
AL-1720 Cabo RJ45-CMDB9 RS232 / RS485
AL-1717 Cabo RJ45 - MODBUS
AL-2600 Derivador e Terminação
PO8510 10 Folhas de 14 etiquetas de 16 tags p/ impressora
PO8530 Bateria de Lítio ( reposição )
PO8524 Terminação de Barramento ( reposição )

PO6305: Esta base é comum a todas as UCPs da série

AL-1715: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 fêmea padrão IBM/PC. Pode ser utilizado nas interface
seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a IHMs com conectores compatíveis com o padrão IBM/PC para supervisão local do processo
• Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC com software de supervisão.
• Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC para programação da UCP, via software MasterTool

AL-1719: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 macho com pinagem padrão Altus. Pode ser utilizado
nas interface seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a uma IHM do tipo Foton 5 ou Foton 10

AL-1720: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232/ RS485 macho com pinagem padrão Altus. Pode ser
utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a uma IHM do tipo Foton 1 ou Foton 3

AL-1717: Este cabo possui um conector RJ45 e na outra ponta terminais individuais para bornes. É usado na interface serial
RS485 , COM 2.

AL-2600: Este módulo é um meio prático de fazer a interligação de uma rede padrão RS485 ( cabo AL-2301) ao cabo AL-1717. É
um módulo totalmente passivo possuindo apenas conectores para a derivação e resistores para terminação da rede.

Altus Sistemas de Informática S. A. 2

178 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

MT6000 –MasterTool ProPonto


O software MasterTool ProPonto tem como função facilitar o projeto de um barramento Ponto. Suas principais funções são:

• Projeto e visualização do
barramento de maneira
gráfica
• Verificação da validade da
configuração, conferindo
itens tais como: consumo,
bases compatíveis e limites
de projeto
• Atribuição de Tags aos
pontos do sistema.
Geração de etiquetas para
identificação dos módulos
• Geração de lista de
materiais
• Impressão das etiquetas
com os tags de
identificação dos pontos
O software é executado em
ambiente Windows 32 bits.

Altus Sistemas de Informática S. A. 3

SENAI 179
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Características

As UCPs da Série Ponto distinguem-se pelas seguintes características:

PO3045 PO3145
Denominação UCP 128K Flash, 16 UCP 256K Flash, 30
Módulos E/S, 2 Módulos E/S, 3
Interfaces Seriais Interfaces Seriais
Memória para programa aplicativo 128K 256K
tipo Flash
Memória para programa aplicativo 256K 256K
tipo RAM
Número de Módulos 16 30
Número máximo de segmentos 4 4
Número máximo de pontos de E/S 256 com módulos de 480 com módulos de
digitais no barramento local 16 pontos 16 pontos
512 com módulos de 960 com módulos de
32 pontos 32 pontos
Número máximo de pontos de E/S 128 com módulos de 240 com módulos de
analógicos no barramento local 8 pontos 8 pontos
Número máximo de pontos de E/S 4096 4096
digitais, utilizando redes de
campo
Suporta Interface de Redes de Sim Sim
Campo
Suporta Interface de Rede Não Não
Multimestre Ethernet TCP/IP
( com módulo PO7091)
WebServer Não Não
( com módulo PO7091)
Interfaces Seriais 2 x RS232 2 x RS232
1 x RS485
Protocolo MODBUS Mestre e Não Sim
Escravo
Fonte de alimentação PO8085 PO8085
c/ a base PO6800 c/ a base PO6800

Altus Sistemas de Informática S. A. 4

180 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Características Gerais Comuns

PO3045, PO3145
Tipo de módulo UCP
Troca a quente Sim, para todos os módulos de E/S
Número máximo de pontos de E/S analógicos Limitado pelas características de cada barramento de campo. Um
sistema de 1000 pontos exige, por exemplo, 11 remotas
PROFIBUS analógicas
Tempo de varredura do barramento local 0,5 ms com 480 pontos E/S digitais
Velocidade do barramento local 12 Mbaud
Capacidade de interligação a redes de campo Sim, via interfaces de rede de campo
Memória para operandos retentivos 48 Kbytes
Programação on-line Sim
Tempo médio de processamento 1,6 ms
para 1024 instruções contato
Canal serial RS232 ( COM 1 ) TX, RX, RTS e CTS com protocolo ALNET I escravo
Canal serial RS232 ( COM 3 ) TX, RX, RTS, CTS, DSR e DTR com protocolos diversos
Canal serial RS485 isolado ( COM 2 ) Protocolos MODBUS Mestre, Escravo e outros.
Relógio de tempo real Sim
Circuito de supervisão de cão-de-guarda Sim
Bateria para retenção de operandos Alojada na base, troca a quente
Configuração dos bornes 1 conector RJ45 para COM 1
Base PO6305 1 conector RJ45 para COM 2
1 conector RJ45 para COM 3
Indicação de estado Leds EX, PG, ER, WD, TX, RX
Indicação de diagnóstico Led DG multifuncional
Isolação
Canal serial RS485 isolado 1500 Vac por 1 minuto
Potência dissipada 4,5 W
o
Temperatura máxima de operação 60 C

Dimensões 99 x 49 x 81 mm
Bases compatíveis PO6305

Canais Seriais

As UCPs Ponto caracterizam-se pela alta capacidade de comunicação, possuindo até 3 canais seriais e um canal Ethernet.
A tabela a seguir indica quais protocolos são disponíveis para cada canal de comunicação. Note-se que é possível usar
SIMULTANEAMENTE o mesmo ou diferentes protocolos nos canais de comunicação.
Os protocolos são incluídos nas UCPs ou vendidos separadamente conforme indicado na tabela.

Altus Sistemas de Informática S. A. 5

SENAI 181
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

COM 1 COM 2 COM 3


RS232 RS485 RS232
com TX, RX, isolado com TX, RX,
RTS,CTS RTS,CTS, DSR,
DTR
Alnet I escravo Sim Sim Sim
Incluído em todas UCPs
completo, com todos os comandos,
inclusive carga de programas

Funções Mestre Comunic. ALNET I Sim Sim


Produto: AL-2702
somente escrita e leitura de tabelas tipo M

Módulos F de Comunicação Sim Sim


Produto: AL-2703
permite implementar qualquer protocolo
serial assíncrono - Ver CT
MODBUS mestre Sim Sim
Incluído na UCP PO3145

MODBUS escravo Sim Sim


Incluído na UCP PO3145

Função Comunicação por linha discada Sim


Produto:
Permite comunicação via modem, linha
discada, Somente com modems Digitel
DT22B
Função para Comunicação com Sim
medidores de energia
AL-2711
Permite comunicação com medidores ELO
e outros. Protocolo REP

Para mais detalhes consultar o Manual de Utilização das UCPs e CTs dos protocolos.

As seguintes combinações de protocolo, por exemplo, são possíveis:

COM 1: Alnet I escravo COM 2: MODBUS mestre COM 3: MODBUS escravo


COM 1: Alnet I escravo COM 2: MODBUS mestre COM 3: Alnet I mestre
COM 1: Alnet I escravo COM 2: MODBUS escravo COM 3: AL-2703
COM 1: Alnet I escravo COM 2: F-Modem COM 3: Alnet I escravo

Altus Sistemas de Informática S. A. 6

182 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Os 3 canais seriais podem ser usados, por exemplo, da seguinte forma:

• Canal serial RS232 ( COM 1 ) :


Interligação um microcomputador com o software de programação MasterTool, ou uma IHM local.
• Canal serial RS485 isolado ( COM 2 ):
Interligação a um ou mais equipamentos compatíveis com o protocolo MODBUS, tais como sensores inteligentes e inversores de
freqüência. O canal é isolado, devendo ser usado cabo adequado para a implementação de rede.
• Canal serial RS232 ( COM 3 ) :
Interligação a uma IHM local.

Nos canais COM 1 e COM 3 é possível a utilização de modems ou rádio modems. Algumas opções de IHMs para estes canais
são:
- FOTON 1, FOTON 3, FOTON 5 e FOTON 10
- Softwares de supervisão: qualquer software de supervisão compatível com protocolo ALNET I v2.0

PO8085

CPU POWER SUPLLY

BAT

COM 1
RS232

COM 3
RS232

COM 2
RS485

MODBUS

Altus Sistemas de Informática S. A. 7

SENAI 183
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Capacidade de E/S no barramento local


Uma UCP tem sua capacidade de E/S local
determinada pelos seguintes valores ( no caso 10
do PO3145 ) :
• número máximo total de módulos: 30
• número máximo de segmentos de barramento: 4
• número máximo de módulos num segmento: 10
• O número máximo de pontos depende do tipo de
pontos utilizados. O limite para pontos somente
digitais é de 960 ( 30 módulos de 32 pontos). O
limite para pontos somente analógicos é de 240 (
30 módulos de 8 pontos).
4
Para maiores detalhes sugerimos consultar o
manual de Utilização da Série Ponto.

Tempo de varredura do barramento local


A comunicação entre a UCP ou cabeça do barramento é feita por um barramento de alta velocidade, implementado em hardware
por um único chip, obtendo-se velocidades de aquisição e
parametrização inigualáveis. Algumas características alcançadas 12Mbaud
por este sistema são:
• Barramento serial de 12Mbaud, varredura de 0,5 ms para 480
pontos digitais
• Endereçamento e identificação automática de módulos
• Troca quente de qualquer módulo de E/S

Alimentação

As UCPs são alimentadas pela fonte PO8085, receber alimentação de 24 Vdc. A figura mostra a fonte , UCP e bases necessárias
para uma configuração.
O conjunto formado pela fonte PO8085 e UCPs podem alimentar até 12 módulos de E/S distribuídos em até dois segmentos no
máximo
UCP PO3045 Fonte PO8085 Módulos E/S Com a utilização do software MasterTool ProPonto é possível efetuar
uma configuração com um número superior de módulos, visto que é
considerado o consumo de corrente individual de cada módulo.
Caso existam módulos de interface, ou outros de maior consumo, o
número máximo de módulos poderá ser menor, devendo
obrigatoriamente utilizar o software MasterTool ProPonto para avaliar
Base PO6305 Base PO6800 o número máximo de módulos.

Altus Sistemas de Informática S. A. 8

184 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Características do Software

PO3045 , PO3145
Linguagem de programação Diagrama de relés e blocos lógicos,
estruturada em módulos com funções e sub-
rotinas
Programação on-line Via COM 1, COM 2, COM 3
Total de operandos tipo Entradas (E) e tipo Saída 4096
(S)
Número de operandos tipo Auxiliares 4096 (512 octetos)
Número de operandos tipo memória (M): Até 9984
valor armazenado em 16 bits, formato
complemento de 2
Número de operandos tipo memória decimal (D): Até 9984
valor armazenado em 32 bits, formato BCD com
sinal
Número de operandos tipo tabela memória (TM): Até 255 tabelas com até 255 posições cada
mesmo formato de um operando M uma
Número de operandos tipo tabela memória Até 255 tabelas com até 255 posições cada
decimal(TD): uma
mesmo formato de um operando D
Constante memória (KM): Armazenadas no programa aplicativo
valor de 16 bits, formato complemento de 2
Constante decimal (KD): Armazenadas no programa aplicativo
valor de 32 bits, formato BCD com sinal
Ocupação média de memória por instrução 7 bytes
contato
Retentividade Configurável para operandos S, A, M, D
Sempre ativa para TM e TD
Instrução arquivo Permite o armazenamento de grande volume
de dados, em blocos de até 32 Kbytes

• O número total de 4096 pontos de E/S inclui entradas e saídas digitais de barramentos locais e remotos, ou seja, a soma do
número de pontos nos operandos E com S deve ser menor ou igual a este limite.
• Todos os operandos numéricos (KM, KD, M, D, TM e TD) permitem sinal aritmético na representação de valores. O número de
operandos simples e tabelas (M, D, TM, TD) é configurável para cada programa, sendo limitado pela capacidade de memória de
operandos disponível (48 Kbytes).
• Aos operandos S, A, M e D pode ser atribuída a característica de retentividade através do programador. Os operandos retentivos
têm seus valores preservados na queda de energia, enquanto que os não retentivos têm seus valores zerados. Os operandos
tabela são todos retentivos.

Altus Sistemas de Informática S. A. 9

SENAI 185
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145


Cód. Doc.: CT109100 Revisão: A

Instalação
A instalação destas UCPs é descrita no Manual de Utilização da UCP PO3045

Dimensões Físicas
Dimensões em mm.

O Manual de Instalação da Série Ponto deve ser consultado para dimensionamento geral do painel.

Manuais
O Manual de Utilização PO3045 - UCP Série Ponto deve ser consultado para uso do produto.
Para maiores detalhes técnicos, configuração, instalação e programação dos produtos da série Ponto, os seguintes documentos
devem ser consultados:

Código do Documento Descrição


CT109000 Características e Configuração da Série Ponto
MU209000 Manual de Utilização da Série Ponto IP20
MU209002 Manual de Utilização PO3045 - UCP
MAN/MT4100 Manual de Utilização MasterTool MT4100
MU299040 Manual de Utilização MasterTool ProPonto MT6000
Cts dos Módulos pertencentes a Série Ponto

Altus Sistemas de Informática S. A. 10

186 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Descrição do Produto
As UCPs da Série Ponto se caracterizam por uma altíssima
integração de funções, programação on-line, alta capacidade de
memória e vários canais seriais integrados.
O modelo PO3345 possui três interfaces seriais para as funções
de interface de programação, IHM local e redes MODBUS. Além
disto é disponível uma interface Ethernet, possibilitando a
interligação a redes TCP/IP de controle e supervisão. Seu
software inclui um WebServer, permitindo o acesso via Internet a
páginas HTML do controlador, por meio de “browser”
convencional.
Conectam-se diretamente ao barramento GBL, criando sistemas
muito compactos de controle e supervisão. Com o uso de
interfaces de rede de campo as UCPs tornam-se poderosos controladores com capacidade de 4.096 pontos de E/S.

Tem como principais características:


• Acesso direto a 30 módulos de E/S através do barramento da
Série Ponto
• Capacidade de 4.096 pontos de E/S
• Conectividade a barramentos de campo PROFIBUS, DEVICENET
e AS-i
• Rede de comunicação Ethernet TCP/IP, multimestre, com
coprocessador independente
• WebPLC: pode ser conectado à Internet e acessado via “browser”,
possui protocolos HTTP, FTP, SMTP e outros.
• 2 canais seriais ALNET I escravos
• 1 canal serial RS485 isolado, MODBUS mestre ou escravo
• Memória Flash até 512 Kbytes para programa aplicativo
• Diagnóstico e estados de operação local via Leds no painel
• Diagnóstico via operandos
• Etiqueta no painel para identificação do equipamento

As características acima se referem ao modelo mais completo


PO3345. Os demais possuem subconjunto destas características.

Dados para Compra


Itens Integrantes
A embalagem do produto contém os seguintes itens:
• UCP PO3045 ou PO3145 ou PO3245 ou PO3345.
• Guia de instalação

Código do Produto
Os seguintes códigos devem ser usados para compra do produto:

Código Denominação
PO3045 UCP 128K Flash, 16 Módulos E/S, 2 Seriais
PO3145 UCP 256K Flash, 30 Módulos E/S, 3 Seriais com MODBUS
PO3245 UCP 512K Flash, 16 Módulos E/S, 3 Interfaces Seriais e Software para
Interface Ethernet TCP/IP
PO3345 UCP 512K Flash, 30 Módulos E/S, 3 Interfaces Seriais e Software para
Interface Ethernet TCP/IP com WebServer

As UCPs PO3245 e PO3345 encontram-se em fase de desenvolvimento, não estando disponíveis para fornecimento
imediato.

Altus Sistemas de Informática S. A. 1

SENAI 187
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Produtos Relacionados
Os seguintes produtos devem ser adquiridos separadamente quando necessário:

Código Denominação
PO6305 Base UCP PO3045
PO7091 Interface Industrial Ethernet
PO6401 Base Interface de Rede Ethernet
PO8085 Fonte Alimentação
PO6800 Base Fonte
MT4100 MasterTool Programming MT4100
MT6000 Master Tool ProPonto c/ Manuais
AL-1715 Cabo RJ45-CFDB9
AL-1719 Cabo RJ45-CMDB9 RS232
AL-1720 Cabo RJ45-CMDB9 RS232 / RS485
AL-1717 Cabo RJ45 - MODBUS
AL-2600 Derivador e Terminação
PO8510 10 Folhas de 14 etiquetas de 16 tags p/ impressora
PO8530 Bateria de Lítio ( reposição )
PO8524 Terminação de Barramento ( reposição )

PO6305: Esta base é comum a todas as UCPs da série

AL-1715: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 fêmea padrão IBM/PC. Pode ser utilizado nas interface
seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a IHMs com conectores compatíveis com o padrão IBM/PC para supervisão local do processo
• Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC com software de supervisão.
• Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC para programação da UCP, via software MasterTool

AL-1719: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 macho com pinagem padrão Altus. Pode ser utilizado
nas interface seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a uma IHM do tipo Foton 5 ou Foton 10

AL-1720: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232/ RS485 macho com pinagem padrão Altus. Pode ser
utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para:
• Interligação a uma IHM do tipo Foton 1 ou Foton 3

AL-1717: Este cabo possui um conector RJ45 e na outra ponta terminais individuais para bornes. É usado na interface serial
RS485 , COM 2.

AL-2600: Este módulo é um meio prático de fazer a interligação de uma rede padrão RS485 ( cabo AL-2301) ao cabo AL-1717. É
um módulo totalmente passivo possuindo apenas conectores para a derivação e resistores para casamento de impedância.

Altus Sistemas de Informática S. A. 2

188 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

MT6000 –MasterTool ProPonto


O software MasterTool ProPonto tem como função facilitar o projeto de um barramento Ponto. Suas principais funções são:

• Projeto e visualização do
barramento de maneira
gráfica
• Verificação da validade da
configuração, conferindo
itens tais como: consumo,
bases compatíveis e limites
de projeto
• Atribuição de Tags aos
pontos do sistema.
Geração de etiquetas para
identificação dos módulos
• Geração de lista de
materiais
• Impressão das etiquetas
com os tags de
identificação dos pontos
O software é executado em
ambiente Windows 32 bits.

Altus Sistemas de Informática S. A. 3

SENAI 189
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Características
As diferentes UCPs da Série Ponto distinguem-se pelas seguintes características:

PO3045 PO3145 PO3245 PO3345


Denominação UCP 128K Flash, 16 UCP 256K Flash, 30 UCP 512K Flash, 16 UCP 512K Flash, 30
Módulos E/S, 2 Módulos E/S, 3 Módulos E/S, 3 Módulos E/S, 3
Interfaces Seriais Interfaces Seriais Interfaces Seriais, Interfaces Seriais,
Interface Ethernet interface Ethernet
TCP/IP TCP/IP com
WebServer
Memória para programa 128K 256K 512K 512K
aplicativo
Suporta Interface de Não Não Sim Sim
Rede Multimestre
Ethernet TCP/IP
Suporta Interface de Não Não Não Sim
Rede com WebServer
Interfaces Seriais 2 x RS232 2 x RS232 + 1 x RS485 2 x RS232 + 1 x RS485 2 x RS232 + 1 x RS485
MODBUS Mestre e Não Sim Sim Sim
Escravo
Número de Módulos 16 30 16 30
Fontes Compatíveis PO8085 PO8085 PO8085 e PO7091 PO8085 e PO7091
Base de Fontes PO6800 PO6800 PO6800 e PO6401 PO6800 e PO6401

Canais Seriais
Os canais seriais disponíveis são usados tipicamente da seguinte forma:

• Canal Ethernet TCP/IP : Interligação a


outros controladores, interligação à
estações de supervisão e à Internet. O
canal é disponível no módulo PO7091,
que é uma fonte de alimentação com o TCP/IP
canal Ethernet integrado. Ethernet
• Canal serial RS232 ( COM 1 ) :
Interligação um microcomputador com o
software de programação MasterTool, ou
uma IHM local. Os sinais disponíveis são
TX, RX, RTS e CTS com protocolo
ALNET I v2.0 Escravo.
• Canal serial RS485 isolado ( COM 2 ):
Interligação a um ou mais equipamentos
compatíveis com o protocolo MODBUS, BAT
tais como sensores inteligentes e
inversores de freqüência. O canal é
isolado, devendo ser usado cabo
adequado para a implementação de rede.
O protocolo MODBUS escravo também COM 1
é disponível, permitindo a ligação da RS232
UCP como escravo.
• Canal serial RS232 ( COM 3 ) : COM 3
Interligação a uma IHM local. Os sinais RS232
disponíveis são TX, RX, RTS,CTS, DSR
e DTR . O software de programação COM 2
MasterTool também pode ser usado
neste canal. O protocolo é ALNET I v2.0 RS485
Escravo.
MODBUS

Altus Sistemas de Informática S. A. 4

190 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Nos canais COM 1 e COM 3 é possível a utilização de modems ou rádio modems. Algumas opções de IHMs para estes canais
são:
- FOTON 1, FOTON3, FOTON 5 e FOTON 10
- Softwares de supervisão: Qualquer software de supervisão compatível com protocolo ALNET I v2.0

Para mais detalhes consultar o Manual de Utilização das UCPs.

Altus Sistemas de Informática S. A. 5

SENAI 191
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Características Gerais

PO3045, PO3245 PO3145, PO3345


Tipo de módulo UCP
Número máximo de módulos de E/S 16 módulos 30 módulos
Troca a quente Sim, para todos os módulos de E/S
Número máximo de segmentos 4
Número máximo de pontos de E/S digitais 4096
Número máximo de pontos de E/S digitais no 256 com módulos de 480 com módulos de
barramento local 16 pontos 16 pontos
512 com módulos de 960 com módulos de
32 pontos 32 pontos
Número máximo de pontos de E/S analógicos Limitado pelas características de cada
barramento de campo. Um sistema de 1000
pontos exige, por exemplo, 11 remotas
PROFIBUS analógicas
Número máximo de pontos de E/S analógicos no 128 com módulos de 240 com módulos de 8
barramento local 8 pontos pontos
Tempo de varredura do barramento local 0,5 ms com 480 pontos E/S digitais
Velocidade do barramento local 12 Mbaud
Capacidade de interligação a redes de campo Sim, via interfaces de rede de campo
Memória Flash para programa aplicativo 128 Kbytes na PO3045
256 Kbytes na PO3145
512 Kbytes na PO3245
512 Kbytes na PO3345
Memória RAM para programa aplicativo 256 Kbytes
Memória para operandos retentiva 48 Kbytes
Programação on-line Sim
Tempo médio de processamento 1,6 ms
para 1024 instruções contato
Rede de comunicação multimestre Não Ethernet TP,
protocolo TCP/IP com
ALNET II
Canal serial RS232 ( COM 1 ) TX, RX, RTS e CTS com protocolo ALNET I
v2.0 Escravo
Canal serial RS232 ( COM 3 ) TX, RX, RTS, CTS, DSR e DTR com
protocolo ALNET I v2.0 Escravo
Canal serial RS485 isolado ( COM 2 ) Protocolos MODBUS Mestre, Escravo ou
outros sob consulta, com exceção do
PO3045.
Relógio de tempo real Sim
Circuito de supervisão de cão-de-guarda Sim
Bateria para retenção de operandos Alojada na base, troca a quente
Configuração dos bornes 1 conector RJ45 para COM 1
Base PO6305 1 conector RJ45 para COM 2
1 conector RJ45 para serial RS485
Indicação de estado Leds EX, PG, ER, WD, TX, RX e NET
Indicação de diagnóstico Led DG multifuncional
Alimentação PO8085 PO7091
Fonte de Fonte com Interface
Alimentação Ethernet
c/ a base PO6800 c/ a base PO4051

Altus Sistemas de Informática S. A. 6

192 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Isolação
Canal serial RS485 isolado 1500 Vac por 1 minuto
Canal Ethernet 1500 Vac por 1 minuto
Potência dissipada 4,5 W
o
Temperatura máxima de operação 60 C
Dimensões 99 x 49 x 81 mm
Bases compatíveis PO6503

Altus Sistemas de Informática S. A. 7

SENAI 193
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Capacidade de E/S no barramento


local 10
Uma UCP tem sua capacidade de E/S local
determinada pelos seguintes valores :
• número máximo total de módulos: 30
• número máximo de segmentos de barramento: 4
• número máximo de módulos num segmento: 10
• O número máximo de pontos depende do tipo de
pontos utilizados. O limite para pontos somente
digitais é de 960 ( 30 módulos de 32 pontos). O
limite para pontos somente analógicos é de 240 (
30 módulos de 8 pontos). 4

Para maiores detalhes sugerimos consultar o


manual de Utilização da Série Ponto.

Tempo de varredura do barramento local


A comunicação entre a UCP ou cabeça do barramento é feita por um barramento de alta velocidade, implementado em hardware
por um único chip, obtendo-se velocidades de aquisição e
parametrização inigualáveis. Algumas características alcançadas 12Mbaud
por este sistema são:
• Barramento serial de 12Mbaud, varredura de 0,5 ms para 480
pontos
• Endereçamento e identificação automática de módulos
• Troca quente de qualquer módulo

Alimentação

As UCPs são alimentadas pela fonte PO8085 ou pelo Módulo de Interface Industrial Ethernet PO7091, que deve receber
alimentação de 24 Vdc. A figura mostra a fonte , UCP e bases necessárias para uma configuração.
O conjunto formado pela fonte PO8085 e UCPs podem alimentar até 12 módulos de E/S distribuídos em até dois segmentos no
máximo
UCP PO3045 Fonte PO8085 Módulos E/S Com a utilização do software MasterTool ProPonto é possível efetuar
uma configuração com um número superior de módulos, visto que é
considerado o consumo de corrente individual de cada módulo.
Caso existam módulos de interface, ou outros de maior consumo, o
número máximo de módulos poderá ser menor, devendo
obrigatoriamente utilizar o software Masters Tool ProPonto para
Base PO6305 Base PO6800 avaliar o número máximo de módulos.

Altus Sistemas de Informática S. A. 8

194 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Características da Rede de comunicação multimestre

PO3245 ou PO3345
Nível físico Ethernet 10BaseT ( par trançado ) 10Mhz
Nível enlace Ethernet DIX2
Nível rede IP
Nível transporte TCP e UDP
Nível aplicação ALNET II
Instruções de rede disponíveis na UCP Leitura e escrita de operandos em qualquer
controlador da rede
Comandos aceitos Leitura e escrita de operandos
Forçamento e liberação de operandos
Leitura de estado
Carga e leitura de programas
e outros comandos ALNET II
Programação on-line Sim
Sistemas de senhas Sim
Número de requisições simultâneas 16
Número de conexões abertas simultaneamente 64

Time-out de conexão 1 min

Características dos protocolos WebPLC

PO3345
WebServer Protocolo Http 1.0

Browser compatível Internet Explorer 5.0 ou superior


Netscape 6 ou superior
Comandos XML disponíveis Leitura e escrita de operandos
Leitura de estado
Sistema de segurança de acesso Usuários com diferentes direitos de acesso
Senha criptografia
Número de sessões abertas simultaneamente 16
Memória Flash para páginas locais 150 Kbytes
FTP Sim
SMTP Sim
Formatos suportados HTML, XML, JAVA, JAVA SCRIPT, FLASH e
outros

Utilização do canal Ethernet TCP/IP


O canal Ethernet TCP/IP da UCP PO3045 tem duas funções distintas e com funcionamento simultâneo:
• Rede de comunicação multimestre para a troca de dados ENTRE controladores e estações de supervisão. Neste caso o protocolo
utilizado é o TCP/IP, com camada de aplicação ALNET II, compatível com a interface AL-3405 dos controladores AL-2003
• Canal de acesso com protocolos da Internet, permitindo acesso aos dados de processo via um browser convencional. Desta
maneira é possível o acesso a páginas armazenadas no próprio controlador, de qualquer computador conectado à Internet, sem
nenhuma programação específica no mesmo.

Altus Sistemas de Informática S. A. 9

SENAI 195
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

ATENÇÃO:
O nível físico da interface Ethernet é o par trançado ( 10BaseT ) sendo necessário a utilização de
HUBs ou SWITCHs para a implementação da rede. A vantagem deste tipo de arquitetura é a fácil
identificação de links defeituosos. O eventual rompimento de um cabo TP não prejudica o
funcionamento de rede como um todo.

A rede de comunicação multimestre permite que os controladores programáveis leiam ou escrevam variáveis ( operandos ) em
outros controladores compatíveis com o protocolo TCP/IP/ALNET II. Os computadores com software de supervisão podem
acessar simultaneamente os mesmos controladores. Com a utilização do produto WebGate, PO9900, os controladores PO3345
podem acessar qualquer outro controlador ou equipamento que implemente o protocolo ALNET I escravo. A figura abaixo
representa algumas das possibilidades de comunicação.

Browser Supervisório

Browser Supervisório

PO3345

WebGate PO3345
ou
Série Piccolo AL2003
ou Quark

A capacidade de armazenamento de telas em formato HTML da UCP PO3345 permite a implementação de sistemas
supervisórios simples, acessados via um browser convencional, sem qualquer configuração ou software especial no computador
remoto. É possível o uso das tecnologias XML, Flash, Java, JavaScript e VBScript.
Com o uso da tecnologia XML é possível a construção de páginas dinâmicas com os operandos do controlador, bem como a
modificação dos mesmos. O formato de apresentação das informações é configurável com a utilização de folhas de estilos. O
acesso de banco de dados diretamente ao controlador também é facilitado pela utilização dos comandos XML.
A atualização de páginas é feita remotamente, utilizando o protocolo FTP.
A capacidade de armazenamento de páginas HTML na estrutura interna de arquivos é de 150Kbytes, podendo ser expandida
usando-se links com um servidor Web alocado para este fim.
A integração com a Internet é possível, porém não é obrigatória. O acesso via browser pode ser limitado à rede local de
supervisão.
A segurança de acesso é feita por um sistema de senhas para usuários com diferentes direitos. Caso, por exemplo, o direito à
escritas em operandos não for dado a nenhum usuário será impossível a modificação de parâmetros do controlador via rede.

ATENÇÃO:
Caso o equipamento seja utilizado numa ligação com a Internet, a recomenda-se a instalação de um
sistema de firewall, de forma a ter maior controle sobre o acesso aos controladores, aumentando
assim a segurança já fornecida pelo sistema de senhas.

Altus Sistemas de Informática S. A. 10

196 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Características do Software

PO3045 , PO3145, PO3245 ou PO3345


Linguagem de programação Diagrama de relés e blocos lógicos,
estruturada em módulos com funções e sub-
rotinas
Programação on-line Via COM 1, COM 3 e rede Ethernet
Total de operandos tipo Entradas (E) e tipo Saída 4096
(S)
Número de operandos tipo Auxiliares 4096 (512 octetos)
Número de operandos tipo memória (M): Até 9984
valor armazenado em 16 bits, formato
complemento de 2
Número de operandos tipo memória decimal (D): Até 9984
valor armazenado em 32 bits, formato BCD com
sinal
Número de operandos tipo tabela memória (TM): Até 255 tabelas com até 255 posições cada
mesmo formato de um operando M uma
Número de operandos tipo tabela memória Até 255 tabelas com até 255 posições cada
decimal(TD): uma
mesmo formato de um operando D
Constante memória (KM): Armazenadas no programa aplicativo
valor de 16 bits, formato complemento de 2
Constante decimal (KD): Armazenadas no programa aplicativo
valor de 32 bits, formato BCD com sinal
Ocupação média de memória por instrução 7 bytes
contato
Retentividade Configurável para operandos S, A, M, D
Sempre ativa para TM e TD
Instrução arquivo Permite o armazenamento de grande volume
de dados, em blocos de até 32 Kbytes

• O número total de 4096 pontos de E/S inclui entradas e saídas digitais de barramentos locais e remotos, ou seja, a soma do
número de pontos nos operandos E com S deve ser menor ou igual a este limite.
• Todos os operandos numéricos (KM, KD, M, D, TM e TD) permitem sinal aritmético na representação de valores. O número de
operandos simples e tabelas (M, D, TM, TD) é configurável para cada programa, sendo limitado pela capacidade de memória de
operandos disponível (48 Kbytes).
• Aos operandos S, A, M e D pode ser atribuída a característica de retentividade através do programador. Os operandos retentivos
têm seus valores preservados na queda de energia, enquanto que os não retentivos têm seus valores zerados. Os operandos
tabela são todos retentivos.

Altus Sistemas de Informática S. A. 11

SENAI 197
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Instalação
A instalação destas UCPs é descrita no Manual de Utilização da UCP PO3045

Dimensões Físicas
Dimensões em mm.

O Manual de Instalação da Série Ponto deve ser consultado para dimensionamento geral do painel.

Manuais
O Manual de Utilização PO3145-UCP deve ser consultado para uso do produto.
Para maiores detalhes técnicos, configuração, instalação e programação dos produtos da série Ponto, os seguintes documentos
devem ser consultados:

Código do Documento Descrição


CT109000 Características e Configuração da Série Ponto
MU209000 Manual de Utilização da Série Ponto IP20
MU209002 Manual de Utilização PO3145 - UCP
MAN/MT4100 Manual de Utilização MasterTool MT4100
MU299040 Manual de Utilização MT6000 - MasterTool ProPonto
Cts dos Módulos pertencentes a Série Ponto

Altus Sistemas de Informática S. A. 12

198 SENAI
Controladores Programáveis

UCPs Série Ponto PO3045, PO3145, PO3245 e PO3345


Cód. Doc.: CT109102 Revisão: E

Revisões
Esta CT, de revisão A, é válida a partir da revisão A do módulo PO3045.
A revisão deste documento é mostrada na margem superior, indicando alterações no conteúdo ou melhorias no formato.
Para melhorias do Produto, a Altus reserva-se o direito de alterar esta CT sem prévio aviso.
Histórico das revisões:

Revisão: A Data: 01/11/2000


Aprovação: Luiz Gerbase – DIR
Autor: Gustavo Campos Velho Castro

Observações:
• Versão Inicial

Revisão: B Data: 20/ 03/2001


Aprovação: Luiz Gerbase – DIR
Autor: Leonel Poltosi

Observações:
• Revisão Geral

Revisão: C Data: 8/ 05/2001


Aprovação: Luiz Gerbase – DIR
Autor: Leonel Poltosi

Observações:
• Atualização das Características Técnicas da CPUs.

Revisão: D Data: 9/ 06/2001


Aprovação: Luiz Gerbase – DIR
Autor: Leonel Poltosi

Observações:
• Atualização das Características Técnicas da CPUs quanto à interface Ethernet

Revisão: E Data: 27/ 06/2001


Aprovação: Luiz Gerbase – DIR
Autor: Leonel Poltosi

Observações:
• Atualização código de produtos.

Altus Sistemas de Informática S. A. 13

SENAI 199
Manual de Utilização
PO3045 / PO3145
UCP Série PONTO
Rev. A 05/2002
Cód. Doc: MU209100

altus
Condições Gerais de Fornecimento

Nenhuma parte deste documento pode ser copiada ou reproduzida de alguma forma sem o
consentimento prévio e por escrito da ALTUS S.A., que reserva-se o direito de efetuar alterações sem
prévio comunicado.
Conforme legislação vigente no Brasil, do Código de Defesa do Consumidor, informamos os
seguintes aspectos relacionados com a segurança de pessoas e instalações do cliente:
Os equipamentos de automação industrial, fabricados pela ALTUS, são robustos e confiáveis devido
ao rígido controle de qualidade a que são submetidos. No entanto, equipamentos eletrônicos de
controle industrial (controladores programáveis, comandos numéricos, etc.) podem causar danos às
máquinas ou processos por eles controlados, no caso de defeito em suas partes e peças, erros de
programação ou instalação, podendo inclusive colocar em risco vidas humanas.
O usuário deve analisar as possíveis conseqüências destes defeitos e providenciar instalações
adicionais externas de segurança que, em caso de necessidade, atuem no sentido de preservar a
segurança do sistema, principalmente nos casos da instalação inicial e de testes.
É imprescindível a leitura completa dos manuais e/ou características técnicas do produto, antes da
instalação ou utilização do mesmo.
A ALTUS garante os seus equipamentos contra defeitos reais de fabricação pelo prazo de doze meses
a partir da data da emissão da nota fiscal. Esta garantia é dada em termos de manutenção de fábrica,
ou seja, o transporte de envio e retorno do equipamento até a fábrica da ALTUS, em Porto Alegre,
RS, Brasil, ocorrerá por conta do cliente. A garantia será automaticamente suspensa caso sejam
introduzidas modificações nos equipamentos por pessoal não autorizado pela ALTUS. A ALTUS
exime-se de quaisquer ônus referentes a reparos ou substituições em virtude de falhas provocadas por
agentes externos aos equipamentos, pelo uso indevido dos mesmos, bem como resultantes de caso
fortuito ou por força maior.
A ALTUS garante que seus equipamentos funcionam de acordo com as descrições contidas
explicitamente em seus manuais e/ou características técnicas, não garantindo a satisfação de algum
tipo particular de aplicação dos equipamentos.
A ALTUS desconsiderará qualquer outra garantia, direta ou implícita, principalmente quando se
tratar de fornecimento de terceiros.
Pedidos de informações adicionais sobre o fornecimento e/ou características dos equipamentos e
serviços ALTUS, devem ser feitos por escrito. A ALTUS não se responsabiliza por informações
fornecidas sobre seus equipamentos sem registro formal.

DIREITOS AUTORAIS

Série Ponto, MasterTool e QUARK são marcas registradas da ALTUS S.A.


IBM é marca registrada da International Business Machines Corporation.

i
Sumário

Sumário

PREFÁCIO ..................................................................................................................................................... V

DESCRIÇÃO DESTE MANUAL ............................................................................................................................ V


DOCUMENTOS DA SÉRIE PONTO ......................................................................................................................VI
TERMINOLOGIA ...............................................................................................................................................VI
CONVENÇÕES UTILIZADAS ............................................................................................................................ VII
SUPORTE TÉCNICO ....................................................................................................................................... VIII
REVISÕES DESTE MANUAL ............................................................................................................................. IX

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 1

DESCRIÇÃO TÉCNICA................................................................................................................................. 2

AS UCPS PO3045 E PO3145............................................................................................................................. 2


CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................................... 4
CARACTERÍSTICAS GERAIS COMUNS ............................................................................................................... 6
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS.......................................................................................................................... 7
BARRAMENTO LOCAL ........................................................................................................................................ 7
VARREDURA DE E/S RÁPIDA .............................................................................................................................. 7
DIAGNÓSTICOS DE MÓDULOS ............................................................................................................................. 7
DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DO CP ...................................................................................................................... 7
PARAMETRIZAÇÃO ............................................................................................................................................. 7
CARACTERÍSTICAS DO SOFTWARE ................................................................................................................... 8
CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO ................................................................................................................... 9
MODOS DE OPERAÇÃO DA UCP.......................................................................................................................... 9
CANAIS SERIAIS .............................................................................................................................................. 11
EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO DOS CANAIS SERIAIS ......................................................................................... 12
CAPACIDADE DE E/S NO BARRAMENTO LOCAL .............................................................................................. 13
ELEMENTOS DOS CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS ........................................................................................ 13
ARQUITETURAS DOS CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS .................................................................................. 14
ARQUITETURA INTERNA ................................................................................................................................. 16
PROCESSADOR ................................................................................................................................................. 17
CONTROLE DO BARRAMENTO PONTO ............................................................................................................... 17
MEMÓRIA RAM ............................................................................................................................................... 18
MEMÓRIA FLASH EPROM ............................................................................................................................... 18
INTERFACES DE COMUNICAÇÃO ....................................................................................................................... 18
RELÓGIO DE TEMPO REAL ................................................................................................................................ 18
MAPA DE MEMÓRIAS...................................................................................................................................... 19
SISTEMAS DE PROTEÇÃO ................................................................................................................................ 19
CÃO-DE-GUARDA............................................................................................................................................. 19
PROTEÇÃO PARA FALTA DE ENERGIA ............................................................................................................... 19
BATERIA .......................................................................................................................................................... 20
SUPERCAP ........................................................................................................................................................ 20
MT6000 - MASTERTOOL PROPONTO ............................................................................................................ 20
TEMPO DE VARREDURA DO BARRAMENTO LOCAL ......................................................................................... 21
DESEMPENHO DAS UCPS PO3045 E PO3145 ................................................................................................. 21

ii
Sumário

ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 23
DIMENSÕES FÍSICAS ....................................................................................................................................... 23
DADOS PARA COMPRA .................................................................................................................................... 23
ITENS INTEGRANTES......................................................................................................................................... 23
CÓDIGO DO PRODUTO ...................................................................................................................................... 24
PRODUTOS RELACIONADOS .............................................................................................................................. 24

CONFIGURAÇÃO ........................................................................................................................................ 26

OPERANDOS DE E/S E DE DIAGNÓSTICOS ...................................................................................................... 26


TROCA A QUENTE ........................................................................................................................................... 27
TROCA A QUENTE DESABILITADA .................................................................................................................... 27
TROCA A QUENTE HABILITADA COM CONSISTÊNCIA NA PARTIDA .................................................................... 27
TROCA A QUENTE HABILITADA SEM CONSISTÊNCIA NA PARTIDA ..................................................................... 28
CANAL SERIAL PRINCIPAL – COM1 .............................................................................................................. 28
CANAIS SERIAIS AUXILIARES – COM2 E COM3 ........................................................................................... 29
ALNET I ESCRAVO ........................................................................................................................................ 30
MODBUS RTU ESCRAVO.............................................................................................................................. 31
CONFIGURAÇÃO DO MODBUS RTU ESCRAVO ................................................................................................ 31
RELAÇÕES MODBUS / ALTUS ....................................................................................................................... 31
MODBUS RTU MESTRE ............................................................................................................................... 33
CONFIGURAÇÃO DO MODBUS RTU MESTRE .................................................................................................. 33
PARÂMETROS GERAIS DO MODBUS RTU MESTRE ......................................................................................... 34
CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES ............................................................................................................................ 35
CONFIGURAÇÃO DAS RELAÇÕES GENÉRICAS ................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
CONVERSÃO DE CÓDIGO AL-2002 - PO3045/3145 ........................................................................................ 41
CONVERSÃO DE CÓDIGO AL-2003 - PO3045/3145 ........................................................................................ 41

INSTALAÇÃO............................................................................................................................................... 42

INSPEÇÃO VISUAL........................................................................................................................................... 42
INSTALAÇÃO MECÂNICA ................................................................................................................................ 42
MONTAGEM DOS TRILHOS ................................................................................................................................ 42
MONTAGEM DAS BASES ................................................................................................................................... 42
INSTALAÇÃO ELÉTRICA ................................................................................................................................. 44
BORNES COM MOLA ......................................................................................................................................... 44
CONEXÕES ....................................................................................................................................................... 45
ALIMENTAÇÕES ............................................................................................................................................... 45
FUSÍVEIS .......................................................................................................................................................... 45

MANUTENÇÃO............................................................................................................................................ 46

DIAGNÓSTICOS ............................................................................................................................................... 46
DIAGNÓSTICOS DO PAINEL ............................................................................................................................. 46
DIAGNÓSTICOS VIA OPERANDOS .................................................................................................................... 48
DIAGNÓSTICOS DO SISTEMA ............................................................................................................................. 48
DIAGNÓSTICOS DO MÓDULO ............................................................................................................................ 53
LED DE DIAGNÓSTICO ...................................................................................................................................... 53
PALAVRAS DE DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................ 53
ERROS NA OPERAÇÃO .................................................................................................................................... 54
OUTRAS SITUAÇÕES DE ERRO .......................................................................................................................... 56
TROCA DA BATERIA ....................................................................................................................................... 57

iii
Sumário

MANUTENÇÃO PREVENTIVA........................................................................................................................... 57
57TROCA A QUENTE.................................................................................................................................. 58

COMUNICAÇÃO MODBUS ........................................................................................................................ 59

REDES MODBUS............................................................................................................................................ 59
FLUXO DE OPERAÇÃO DO MESTRE - PO3145 ................................................................................................ 60
FLUXO DE OPERAÇÃO DO ESCRAVO - PO3145 .............................................................................................. 60

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................. 61

GLOSSÁRIO DA SÉRIE PONTO ......................................................................................................................... 61


GLOSSÁRIO DE REDES .................................................................................................................................... 61
GLOSSÁRIO GERAL......................................................................................................................................... 62
PRINCIPAIS ABREVIATURAS ........................................................................................................................... 65

........................................................................................................................................................................ 67

iv
Prefácio

Prefácio
A seguir, é apresentado o conteúdo dos capítulos deste manual, das convenções adotadas, bem como
uma relação dos manuais de referência para os produtos da Série Ponto.

Descrição deste Manual


Este manual descreve as UCPs PO3045 e PO3145 Série Ponto de controladores programáveis e está
dividido em 6 capítulos e 2 apêndices.
O capítulo 1, Introdução, apresenta os controladores, suas principais características e aplicações.
O capítulo 2, Descrição Técnica, contém as características detalhadas das UCPs PO3045 e PO3145 e
seus limites de operação.
O capítulo 3, Configuração, mostra como configurar a UCP e os módulos de entrada e saída através
do software programador.
O capítulo 4, Instalação, informa como instalar corretamente a UCP com instruções sobre instalação
física, conexões dos módulos ao barramento, instalação elétrica e cuidados gerais com condições
ambientais e aterramento.
O capítulo 5, Manutenção, contém os procedimentos que devem ser realizados para a verificação do
bom funcionamento da UCP, instruções para a substituição da bateria e fusível, bem como
informações sobre manutenção preventiva.
O capítulo 6, Troca a Quente, descreve os procedimentos para a realização de troca a quente de
módulos de E/S do controlador programável.
O apêndice A, Comunicação MODBUS, descreve a arquitetura e o funcionamento do protocolo
MODBUS implementado na UCP PO3145.
O apêndice B, Glossário, relaciona as expressões e abreviaturas utilizadas neste manual.
Este manual está disponível na página da Altus www.altus.com.br. Caso queira adquirir impresso,
entre em contato com o departamento de vendas da Altus ou seus distribuidores.

v
Prefácio

Documentos da Série Ponto


Para obter informações adicionais sobre a Série Ponto podem ser consultados outros documentos
(manuais e características técnicas) além deste. Estes documentos encontram-se disponíveis em
www.altus.com.br
Cada produto possui um documento denominado Característica Técnica (CT), e é neste documento
que encontram-se as características do produto em questão. Caso o produto possua mais informações,
ele pode ter também um manual de utilização (o código do manual é citado na CT).
Por exemplo, o módulo PO2022 tem todos as informações de caraterísticas, de utilização e de
compra, na sua CT. Por outro lado, o PO5063 possui, além da CT, um manual de utilização.
• Aconselha-se os seguintes documentos como fonte de informação adicional:
• Características técnicas de cada produto
• Manual de Utilização da Série Ponto
• MasterTool Programming Manual de Programação para Série Ponto
• Manual de Utilização do MasterTool ProPonto - MT6000
• Manual de Utilização da Cabeça PROFIBUS

Terminologia
Neste manual, as palavras “software” e “hardware” são empregadas livremente, por sua generalidade
e freqüência de uso. Por este motivo, apesar de serem vocábulos em inglês, aparecerão no texto sem
aspas.
As seguintes expressões são empregadas com freqüência no texto do manual. Por isso, a necessidade
de serem conhecidas para uma melhor compreensão.
CP: Controlador Programável - entendido como um equipamento composto por uma UCP, módulos
de entrada e saída e fonte de alimentação
UCP: Unidade Central de Processamento, é o módulo principal do CP, que realiza o processamento
dos dados
MasterTool: identifica o programa ALTUS para microcomputador padrão IBM-PC® ou compatível,
executável em ambiente WINDOWS®, que permite o desenvolvimento de aplicativos para os CPs
das séries Ponto, PICCOLO, AL-2000, AL-3000 e QUARK. Ao longo do manual, este programa
será referido pela própria sigla ou como "programador MasterTool"
Outras expressões podem ser encontradas no apêndice A, Glossário.

vi
Prefácio

Convenções Utilizadas
Os símbolos utilizados ao longo deste manual possuem os seguintes significados:
• Este marcador indica uma lista de itens ou tópicos.
maiúsculas PEQUENAS indicam nomes de teclas, por exemplo ENTER.
TECLA1+TECLA2 é usado para teclas a serem pressionadas simultaneamente. Por exemplo, a digitação
simultânea das teclas CTRL e END é indicada como CTRL+END.
TECLA1, TECLA2 é usado para teclas a serem pressionadas seqüencialmente. Por exemplo, a
mensagem “Digite ALT, F10” significa que a tecla ALT deve ser pressionada e liberada e então a tecla
F10 pressionada e liberada.

MAIÚSCULAS GRANDES indicam nomes de arquivos e diretórios.


Itálico indica palavras e caracteres que são digitados no teclado ou vistos na tela. Por exemplo, se for
solicitado a digitar A:MasterTool, estes caracteres devem ser digitados exatamente como aparecem
no manual.
NEGRITO é usado para nomes de comandos ou opções, ou para enfatizar partes importantes do
texto.
As mensagens de advertência apresentam os seguintes formatos e significados:

PERIGO:
O rótulo PERIGO indica que risco de vida, danos pessoais graves ou prejuízos materiais
substanciais resultarão se as precauções necessárias não forem tomadas.

CUIDADO:
O rótulo CUIDADO indica que risco de vida, danos pessoais graves ou prejuízos materiais
substanciais podem resultar se as precauções necessárias não forem tomadas.

ATENÇÃO:
O rótulo ATENÇÃO indica que danos pessoais ou prejuízos materiais mínimos podem
resultar se as precauções necessárias não forem tomadas.

vii
Prefácio

Suporte Técnico
Para acessar o Suporte Técnico ligue para (51) 589-9500 em São Leopoldo, RS, ou para o Suporte
Técnico mais próximo conforme a página da Altus na INTERNET:
• www.altus.com.br
• E-MAIL: altus@altus.com.br
Caso o equipamento já esteja instalado, é aconselhável providenciar as seguintes informações antes
de entrar em contato:
• Modelos de equipamentos utilizados e configuração do sistema instalado
• Número de série da UCP, revisão do equipamento e versão do software executivo, constantes na
etiqueta fixada na sua lateral
• Informações do modo de operação da UCP, obtidas através do programador MasterTool
• Conteúdo do programa aplicativo (módulos), obtido através do programador MasterTool
• Versão do programador utilizado

viii
Prefácio

Revisões deste Manual


O código de referência, da revisão e a data do presente manual estão indicados na capa. A mudança
da revisão pode significar alterações da especificação funcional ou melhorias no manual.
O histórico a seguir lista as alterações correspondentes a cada revisão deste manual:

Revisão: A Data: 03/2002


Aprovação: Luiz Gerbase
Autor: Gustavo Castro

Observações:
• Versão inicial

ix
Capítulo 1 Introdução

Introdução
As UCPs da Série Ponto se caracterizam por uma
altíssima integração de funções, programação on-line,
alta capacidade de memória e vários canais seriais
integrados.
O modelo PO3145 possui três interfaces seriais para as
funções de interface de programação, IHM local e redes
MODBUS.
São conectadas diretamente ao barramento GBL, criando
sistemas compactos de controle e supervisão. Com o uso
de interfaces de rede de campo as UCPs tornam-se
poderosos controladores com capacidade de 4.096
pontos de E/S.

Tem como principais características:


• Acesso direto a 30 módulos de E/S através do barramento da Série Ponto.
• Capacidade de 4.096 pontos de E/S.
• Alta velocidade de processamento, adequada a sistemas de grande porte.
• Conectividade a barramentos de campo PROFIBUS, DEVICENET e AS-i.
• 2 canais seriais RS232, sendo que, um destes com protocolos configuráveis e programáveis,
inclusive MODBUS RTU Mestre ou Escravo.
• 1 canal serial RS485 isolado, com protocolos configuráveis e programáveis, inclusive MODBUS
RTU mestre ou escravo.
• Grande capacidade de memória Flash: até 256 Kbytes para programa aplicativo.
• Diagnóstico e estados de operação local via LEDs no painel.
• Diagnóstico via operandos.
• Etiqueta no painel para identificação do equipamento.

As características acima se referem ao modelo mais completo PO3145. O modelo PO3045 possui um
subconjunto destas características.

1
Capítulo 2 Descrição Técnica

Descrição Técnica
Este capítulo apresenta as características técnicas dos controladores programáveis PO3045 e PO3145,
abordando as partes integrantes do sistema, as características gerais e elétricas.

As UCPs PO3045 e PO3145


Esta seção apresenta a descrição dos módulos UCPs PO3045 e PO3145.
A figura 2-1 mostra os painéis frontais do PO3045 e do PO3145.

Figura 2-1 Painéis das UCPs PO3045 e PO3145

A parte superior de ambos os painéis contém 6 LEDs indicadores das condições de operação. Na
parte inferior existem leds que indicam a atividade de comunicação das UCPs.
Os LEDS que indicam condições de operação estão na tabela 2-1 :
LED Estado Significado
Indica que a UCP está executando corretamente o programa aplicativo. Normalmente
EX Execução o equipamento encontra-se neste estado, varrendo continuamente as entradas e
atualizando as saídas de acordo com a lógica programada.
Indica que a UCP está em modo de programação. Neste estado, a UCP fica somente
PG Programação aguardando os comandos a serem enviados pelo programador, sem executar o
programa aplicativo.
Em combinação com outros LEDs indica várias condições diferentes, para entender a
DG Diagnóstico
ver o item Diagnóstico via LEDs na seção Manutenção.
Este LED indica que o processador da UCP detectou alguma anomalia de
ER Erro
funcionamento no seu hardware ou software.
indica que o circuito de cão-de-quarda está acionado. Este circuito monitora
WD Watchdog continuamente a execução do microcontrolador principal da UCP, desabilitando o
mesmo em caso de falhas.
Indica o estado da bateria que mantém a memória não volátil (operandos retentivos).
BT Bateria
O LED aceso indica que a bateria está com a tensão normal.
Indica que a UCP está transmitindo bytes no canal serial da rede ALNET I (conector
COM1 TX Transmite
COM1 da base).
Indica que a UCP está recebendo bytes no canal serial da rede ALNET I (conector
COM1 RX Recebe
COM1 da base).
Indica que a UCP está transmitindo bytes no canal serial RS-485 (conector COM2 da
COM2 TX Transmite
base). Este LED somente existe na UCP PO3145
Indica que a UCP está recebendo bytes no canal serial RS-485 (conector COM2 da
COM2 RX Recebe
base). Este LED somente existe na UCP PO3145.
o
Indica que a UCP está transmitindo mensagem no 3 canal serial RS-232 (conector
COM3 TX Transmite
COM3 da base).
o
Indica que a UCP está recebendo mensagem no 3 canal serial RS-232 (conector
COM3 RX Recebe
COM3 da base).
Tabela 2-1 LEDs do Painel

2
Capítulo 2 Descrição Técnica

Figura 2-2 PO3145 na Base PO6301

A figura 2-2 mostra a base das UCPs, PO6301 e suas conexões. A base possui 3 conectores padrão
RJ45 fêmea:
LED UCPs Descrição

Conector de comunicação ALNET I escravo no padrão RS-232C, permite a conexão


PO3045 e dos programadores MasterTool e ProPonto para a carga, depuração do programa
COM1
PO3145 aplicativo e configuração do barramento. Este canal permite também a ligação em
rede de comunicação ALNET I.

Conector auxiliar de comunicação, existente somente na UCP PO3145, com o


padrão elétrico RS-485. Permite a comunicação ponto a ponto ou em rede no
protocolo ALNET I escravo, MODBUS RTU Escravo ou MODBUS RTU Mestre.
COM2 PO3145 Pode também ser utilizada para outros protocolos, processados através da
execução de módulos F especiais no programa aplicativo.
Ver Canais Seriais Auxiliares.
Conector auxiliar de comunicação com o padrão elétrico RS-232. Permite a
comunicação ponto a ponto ou em rede no protocolo ALNET I para PO3045 e para
PO3145.
PO3045 e Pode também ser utilizada para outros protocolos, processados através da
COM3 execução de módulos F especiais no programa aplicativo.
PO3145
No caso do PO3145 também possui os protocolos MODBUS RTU Escravo ou
MODBUS RTU Mestre.
Ver Canais Seriais Auxiliares.
Tabela 2-2 Canais Seriais PO3045 e PO3145

3
Capítulo 2 Descrição Técnica

Características
As diferentes UCPs da Série Ponto distinguem-se pelas seguintes características:
PO3045 PO3145
Denominação UCP 128K Flash, 16 Módulos E/S, 2 UCP 256K Flash, 30 Módulos E/S, 3
Interfaces Seriais Interfaces Seriais
Memória para programa aplicativo
128K 256K
tipo Flash
Memória para programa aplicativo
256K 256K
tipo RAM
Número de Módulos 16 30
Número máximo de segmentos 4 4
Número máximo de pontos de E/S 256 com módulos de 16 pontos 480 com módulos de 16 pontos
digitais no barramento local 512 com módulos de 32 pontos 960 com módulos de 32 pontos
Número máximo de pontos de E/S
128 com módulos de 8 pontos 240 com módulos de 8 pontos
analógicos no barramento local
Número máximo de pontos de E/S
4096 4096
digitais, utilizando redes de campo
Suporta Interface de Redes de
Sim Sim
Campo
Suporta Interface de Rede
Multimestre Ethernet TCP/IP Não Não
(com módulo PO7091)
WebServer
Não Não
(com módulo PO7091)
Interfaces Seriais 2 x RS232
2 x RS232
1 x RS485
Protocolo MODBUS RTU Mestre e
Não Sim
Escravo
Retentividade Com bateria na base Com bateria na base e “Supercap”
Fonte de alimentação PO8085 PO8085
c/ a base PO6800 c/ a base PO6800

4
Capítulo 2 Descrição Técnica

PO3045 PO3145
Denominação UCP 128K Flash, 16 Módulos E/S, 2 UCP 256K Flash, 30 Módulos E/S, 3
Interfaces Seriais Interfaces Seriais
Memória para programa aplicativo
128K 256K
tipo Flash
Memória para programa aplicativo
256K 256K
tipo RAM
Número de Módulos 16 30
Número máximo de segmentos 4 4
Número máximo de pontos de E/S 256 com módulos de 16 pontos 480 com módulos de 16 pontos
digitais no barramento local 512 com módulos de 32 pontos 960 com módulos de 32 pontos
Número máximo de pontos de E/S
128 com módulos de 8 pontos 240 com módulos de 8 pontos
analógicos no barramento local
Número máximo de pontos de E/S
4096 4096
digitais, utilizando redes de campo
Suporta Interface de Redes de
Sim Sim
Campo
Suporta Interface de Rede
Multimestre Ethernet TCP/IP Não Não
(com módulo PO7091)
WebServer
Não Não
(com módulo PO7091)
Interfaces Seriais 2 x RS232
2 x RS232
1 x RS485
Protocolo MODBUS RTU Mestre e
Não Sim
Escravo
Retentividade Com bateria na base Com bateria na base e “Supercap”
Fonte de alimentação PO8085 PO8085
c/ a base PO6800 c/ a base PO6800
Tabela 2-3 Características das UCPs PO3045 e PO3145

5
Capítulo 2 Descrição Técnica

Características Gerais Comuns

PO3045, PO3145
Tipo de módulo UCP
Troca a quente Sim, para todos os módulos de E/S
Número máximo de pontos de E/S Limitado pelas características de cada barramento de campo. Um sistema
analógicos de 1000 pontos exige, por exemplo, 11 remotas PROFIBUS analógicas
Tempo de varredura do
0,5 ms com 480 pontos E/S digitais
barramento local
Velocidade do barramento local 12 Mbaud
Capacidade de interligação a
Sim, via interfaces de rede de campo
redes de campo
Memória para operandos
48 Kbytes
retentivos
Programação on-line Sim
Tempo médio de processamento
1,6 ms
para 1024 instruções contato
Relógio de tempo real Sim
Circuito de supervisão de cão-
Sim
de-guarda
Bateria para retenção de
Alojada na base, troca a quente
operandos
1 conector RJ45 para COM 1
Configuração dos bornes
1 conector RJ45 para COM 2
Base PO6305
1 conector RJ45 para COM 3
Indicação de estado Leds EX, PG, ER, WD, TX, RX, BT
Indicação de diagnóstico Led DG multifuncional
Isolação
Canal serial RS485 isolado 1500 Vac por 1 minuto
Potência dissipada 4,5 W
o
Temperatura máxima de operação 60 C
Dimensões 99 x 49 x 81 mm
Bases compatíveis PO6305
Tabela 2-4 Características Comuns das UCPs PO3045 e PO3145

6
Capítulo 2 Descrição Técnica

Características Especiais
As novas características incorporadas as UCPs da série PONTO proporcionam um diferencial para os
CPs PO3045 e PO3145. Estas novas características se apresentam na seguintes partes dos sistemas da
série PONTO:

Barramento Local
Com seu barramento GBL de alta velocidade, a UCP se comunica com os módulos de forma
bidirecional. Além da comunicação de dados é possível a transferência de parâmetros e a recepção de
diagnósticos.

Varredura de E/S Rápida


Com o barramento GBL de alta velocidade, a leitura de entradas e atualização de saídas tornou-se
mas rápida. Permitindo que módulos analógicos utilizem operandos memória (%M)
automaticamente, sem a necessidade da programação destes no programa aplicativo.

Diagnósticos de Módulos
Os diagnóstico individuais podem ser visualizado através do LED DG presente em todos os módulos
da série e também são enviados para operandos memória (%M) permitindo assim que estes sejam
acessados pelo programa aplicativo e/ou por um software de supervisão.

Diagnóstico do sistema do CP
As UCPs informam seu estado de operação, situações de erros internos, estado geral do barramento,
permitindo que a aplicação identifique problemas com o sistema e gere alarmes. Estes diagnósticos
são visualizados em operandos memória (%M).

Parametrização
Com o software programador MasterTool é possível parametrizar individualmente cada módulo,
mudando sua configuração sem a necessidade de mudar chaves ou pontes de ajustes.
Todos os parâmetros são enviados dinamicamente aos módulos durante a inicialização e ciclicamente
na execução, caso os mesmos mudem o módulo tem a capacidade de identificar e se reconfigurar,
permitido a mudança dos parâmetros a quente.

7
Capítulo 2 Descrição Técnica

Características do Software

PO3045, PO3145
Diagrama de relés e blocos lógicos, estruturada em módulos com funções e
Linguagem de programação
sub-rotinas
Programação on-line Via COM 1, COM 2(*), COM 3 com ALNET I
Total de operandos tipo Entradas
4096
(E) e tipo Saída (S)
Número de operandos tipo
4096 (512 octetos)
Auxiliares
Número de operandos tipo
memória (M):
Até 9984
valor armazenado em 16 bits,
formato complemento de 2
Número de operandos tipo
memória decimal (D):
Até 9984
valor armazenado em 32 bits,
formato BCD com sinal
Número de operandos tipo tabela
memória (TM): Até 255 tabelas com até 255 posições cada uma
mesmo formato de um operando M
Número de operandos tipo tabela
memória decimal(TD): Até 255 tabelas com até 255 posições cada uma
mesmo formato de um operando D
Constante memória (KM):
valor de 16 bits, formato Armazenadas no programa aplicativo
complemento de 2
Constante decimal (KD):
valor de 32 bits, formato BCD com Armazenadas no programa aplicativo
sinal
Ocupação média de memória por
7 bytes
instrução contato
Configurável para operandos S, A, M, D
Retentividade
Sempre ativa para TM e TD
Permite o armazenamento de grande volume de dados, em blocos de até 31
Instrução arquivo
Kbytes
(*) somente PO3145
Tabela 2-5 Características do Software das UCPs PO3045 e PO3145

• O número total de 4096 pontos de E/S inclui entradas e saídas digitais de barramentos locais e
remotos, ou seja, a soma do número de pontos nos operandos E com S deve ser menor ou igual a
este limite.
• Todos os operandos numéricos (KM, KD, M, D, TM e TD) permitem sinal aritmético na
representação de valores. O número de operandos simples e tabelas (M, D, TM, TD) é
configurável para cada programa, sendo limitado pela capacidade de memória de operandos
disponível (48 Kbytes).
• Aos operandos S, A, M e D pode ser atribuída a característica de retentividade através do
programador. Os operandos retentivos têm seus valores preservados na queda de energia,
enquanto que os não retentivos têm seus valores zerados. Os operandos tabela são todos
retentivos.

8
Capítulo 2 Descrição Técnica

Características de Operação
Modos de Operação da UCP
As UCPs, quando em operação, podem encontrar-se em cinco modos diferentes:
• modo inicialização
• modo execução
• modo ciclado
• modo programação
• modo erro
A figura 2-3 apresenta um diagrama com os modos de operação e as possibilidades de mudança de
um modo para outro.

Figura 2-3 Modos de Operação do CP

Maiores informações a respeito dos modos de operação do controlador e o significado das


sinalizações do painel, bem como os procedimentos para as situações de erro mais comuns, podem
ser encontrados na seção Diagnósticos do Painel do capítulo 5, Manutenção.

9
Capítulo 2 Descrição Técnica

Modo Inicialização
Identificado pelos LEDs EX, PG, DG e ER do painel ligados, este modo indica que o CP está
inicializando as variáveis do programa executivo e verificando a validade do programa aplicativo.
Este estado ocorre logo que se energiza o controlador programável, estendendo-se por alguns
segundos, passando em seguida para o modo execução.

Modo Execução
Normalmente o controlador programável encontra-se neste modo, varrendo continuamente as
entradas e atualizando as saídas de acordo com a lógica programada.
Identificado pelo LED EX do painel frontal ligado, este modo indica que o CP está executando
corretamente o programa aplicativo.

Modo Ciclado
Caracteriza-se pela execução de uma varredura do programa aplicativo, seguida de uma paralisação
do CP, que passa a esperar novo comando do programador para executar uma nova varredura.
Quando a UCP do controlador programável passa para o modo ciclado, a execução para, bem como a
contagem de tempo nos temporizadores. Os temporizadores contam uma unidade de tempo a cada
dois ciclos executados.
Identificado pelos LEDs EX e PG ligados, este modo, em conjunto com a monitoração e forçamento
dos operandos, facilita a depuração do programa aplicativo.

Modo Programação
O programa aplicativo não é executado, não havendo atualização de entradas ou saídas. O CP
aguarda comandos do programador. É identificado pelo LED PG ligado.
Apesar de não ocorrer atualização dos pontos de entrada e saída, a UCP continua se comunicando
com o módulo, esta caraterísticas permite que módulos especiais troque informações com a UCP
mesmo que não esteja ocorrendo a execução de um programa aplicativo.

Modo Erro
É identificado pelo LED ER ligado. Indica que houve alguma anomalia no CP durante o
processamento ou na preparação para o mesmo.

10
Capítulo 2 Descrição Técnica

Canais Seriais
As UCPs Ponto caracterizam-se pela alta capacidade de comunicação, possuindo até 3 canais seriais.
A tabela 2-6 indica quais protocolos são disponíveis para cada canal de comunicação. Note-se que é
possível usar SIMULTANEAMENTE o mesmo ou diferentes protocolos nos canais de comunicação.
Os protocolos são incluídos nas UCPs ou vendidos separadamente conforme indicado na tabela 2-6.

COM 3 - RS232
COM 1 - RS232 COM 2 - RS485
PROTOCOLO TX, RX, RTS,CTS,
TX, RX, RTS,CTS Isolado
DSR, DTR

Alnet I escravo
Incluído em todas UCPs
Sim Sim Sim
completo, com todos os comandos, inclusive
carga de programas

Funções Mestre Comunicação ALNET I


Produto: AL-2702 Não Sim Sim
somente escrita e leitura de tabelas tipo M
Módulos F de Comunicação
Produto: AL-2703
Não Sim Sim
permite implementar qualquer protocolo serial
assíncrono - Ver CT
MODBUS RTU Mestre
Não Sim Sim
Incluído na UCP PO3145
MODBUS RTU Escravo
Não Sim Sim
Incluído na UCP PO3145
Função para Comunicação com medidores de
energia AL-2711
Não Sim Sim
Permite comunicação com medidores ELO e
outros. Protocolo REP
Tabela 2-6 Protocolos Seriais

As seguintes combinações de protocolo, por exemplo, são possíveis:


COM1: ALNET I escravo COM 2: MODBUS RTU Mestre COM 3: MODBUS RTU Escravo
COM1: ALNET I escravo COM 2: MODBUS RTU Mestre COM 3: ALNET I Mestre
COM1: ALNET I escravo COM 2: MODBUS RTU Escravo COM 3: MODBUS RTU Mestre
Qualquer combinação de protocolo é possível, dentro das possibilidades oferecidas por cada canal.

11
Capítulo 2 Descrição Técnica

Exemplo de Configuração dos Canais Seriais


Os 3 canais seriais podem ser usados, por exemplo, da seguinte forma:
• Canal serial RS232 (COM 1) :
Interligação um microcomputador com o software de programação MasterTool, ou uma IHM local.
• Canal serial RS485 isolado (COM 2):
Interligação a um ou mais equipamentos compatíveis com o protocolo MODBUS, tais como sensores
inteligentes e inversores de freqüência. O canal é isolado, devendo ser usado cabo adequado para a
implementação de rede.
• Canal serial RS232 (COM 3) :
Interligação a uma IHM local.

PO3145 PO8085

CPU POWER SUPLLY

BAT

COM 1
RS232

COM 3
RS232

COM 2
RS485

MODBUS

Figura 2-4 Exemplo de Configuração dos Canais Seriais

Nos canais seriais é possível a utilização de modems ou rádio modems.


Além de modens outros podem ser utilizados nas portas seriais como:
- As IHMs FOTON 1, FOTON 3, FOTON 5 e FOTON 10
- Softwares de supervisão: qualquer software de supervisão compatível com protocolo ALNET I v2.0

12
Capítulo 2 Descrição Técnica

Capacidade de E/S no 10
barramento local
Uma UCP tem sua capacidade de
E/S local determinada pelos
seguintes valores (no caso do
PO3145):
número máximo total de módulos: 4
16 para PO3045 e 30 para PO3145.
número máximo de segmentos de
barramento: 4
número máximo de módulos num
segmento: 10
O número máximo de pontos depende do tipo de pontos utilizados. O limite para pontos somente
digitais é de 960 (30 módulos de 32 pontos). O limite para pontos somente analógicos é de 240 (30
módulos de 8 pontos).
Para maiores detalhes sugerimos consultar o manual de Utilização da Série Ponto.

Elementos dos Controladores Programáveis


As UCPs PO3045 e PO3145 quando acrescentadas a outros elementos compõem uma arquitetura de
controle. A figura 2-5 apresenta os elementos básicos para a composição de sistemas, sendo cada
elemento descrito a seguir.
• UCP PO3045 ou PO3145 - a UCP é responsável pelas funções de controle, realizando o ciclo
básico de leitura dos módulos de entrada, execução do programa de controle do usuário
(programa aplicativo) e atualização dos módulos de saída, além de várias outras funções
auxiliares.
• Fonte de alimentação principal PO8085 - é a responsável por prover as tensões reguladas e livres
de transientes para a operação da UCP e demais módulos presentes no barramento. A fonte de
alimentação PO8085 possibilita a alimentação de até 12 módulos de E/S distribuídos no máximo
em dois segmentos. Se este limite for excedido, é necessário o emprego de outra fonte
suplementar no início do segmento do barramento. O software MasterTool ProPonto – MT6000
auxilia na construção do barramento indicando, caso ocorra, a necessidade de fontes adicionais.

Figura 2-5 Controlador Programável PO3045 ou PO3145

13
Capítulo 2 Descrição Técnica

• Barramento – o barramento é o elemento de interconexão da UCP e fonte aos módulos. O


barramento Ponto é constituído pela justaposição de suas bases.
• Segmentos – o barramento Ponto é constituído de até 4 segmentos, cada um podendo conter 10
módulos e no total do barramento o máximo de 30 módulos (ver Manual de Utilização da Série
Ponto).

Arquiteturas dos Controladores Programáveis


Os elementos básicos descritos na seção anterior permitem a configuração dos controladores
programáveis nas seguintes arquiteturas:
• sistemas com E/S locais
• sistemas com E/S remotas

Sistemas com E/S Locais


Este é o tipo mais freqüente de configuração, apresentando apenas módulos de E/S locais alojados no
barramento, como o mostrado na figura 2-6.
As UCPs PO3045 e PO3145 permitem endereçar até 4096 pontos digitais de E/S, além dos pontos
analógicos. Em ambos os casos o limite real é determinado pelo número de módulos possíveis de
serem configurados no barramento, 16 módulos para PO3045 e 30 módulos para PO3145.

PO3145 PO8085 PO1010 PO2020 PO1112 PO2132

Figura 2-6 Arquitetura com E/S Locais

Sistemas com E/S Remotas


Através da utilização de módulos de interface de rede as UCPs PO3045 e PO3145 podem controlar
módulos remotos. Os módulos interfaces utilizam as seguintes redes:
• PROFIBUS – interface de rede de campo PO4053
• ETHERNET – interface industrial PO7091
• MODBUS – através de uma porta serial da UCP
Os módulos das redes remotas são mapeados nos operandos da UCP permitindo ao acesso à dados,
parâmetros e diagnósticos dos módulos remotos. O número de total de pontos de E/S possível de ser
controlado pela UCP permanece inalterado, devendo ser dividido entre as E/S locais e remotas.
Para informações mais detalhadas devem ser consultados os manuais dos módulos interfaces de rede
correspondentes.
A abaixo ilustra uma configuração com pontos de E/S remotos utilizando uma interface PO4053
PROFIBUS DP mestre.

14
Capítulo 2 Descrição Técnica

PROFIBUS
MASTER

PO3145 PO8085 PO1010 PO4053 PO1112 PO2132

PO5063 PO2022 PO1010 PO1112 PO5063


PROFIBUS
SLAVE
PROFIBUS
SLAVE

PO5063 PO2022 PO1010 PO1112 PO5063


PROFIBUS
SLAVE

PROFIBUS
SLAVE

PO5063 PO2022 PO1010 PO1112 PO5063


PROFIBUS
SLAVE

Figura 2-7 Arquitetura com E/S Remotas

15
Capítulo 2 Descrição Técnica

Arquitetura Interna
Esta seção apresenta os elementos da arquitetura interna das UCPs. As figuras abaixo mostram
respectivamente as UCP PO3045 e a UCP PO3145, ambas representadas no formato de diagrama em
blocos.

Interface
COM 3
COM3

BARR
CONTROLE PONTO
COM 1 PROCESSADOR BARRAMENTO
PONTO

RELÓGIO
TEMPO REAL

FLASH
EPROM

BAT

+ RAM

Figura 2-8 Diagrama de Blocos da UCP PO3045

16
Capítulo 2 Descrição Técnica

Interface
COM 2 COM2

Interface
COM 3
COM3

BARR
CONTROLE PONTO
COM 1 PROCESSADOR BARRAMENTO
PONTO

RELÓGIO
TEMPO REAL

FLASH
EPROM

CAP BAT

RAM

Figura 2-9 Diagrama de Blocos da UCP PO3145

Processador
O processador é o responsável pela execução do programa aplicativo, baseado nos valores dos
operandos de entrada, gerando os valores dos operandos de saída. Realiza também a leitura e escrita
dos valores dos operandos dos módulos de entrada e saída no barramento, processa os comandos
recebidos pelos canais de comunicação serial e executa diversas outras tarefas auxiliares ao
processamento do programa aplicativo.
As tarefas do processador são realizadas por um programa permanentemente gravado em memória
EPROM, denominado programa executivo, que corresponde ao sistema operacional da UCP.
Além de gerenciar a UCP, o programa executivo contém uma biblioteca de instruções utilizadas pelo
programa aplicativo, relacionadas no item Programação deste capítulo.

Controle do Barramento Ponto


O bloco controle do barramento Ponto é o hardware responsável pela varredura do barramento e
gerenciamento da memória “espelho” do barramento. A memória “espelho” é uma memória de dupla
porta acessada pelo programa executivo da UCP e pelo hardware. Esta memória contém todas as
informações do barramento tais como dados, parâmetros, diagnósticos e controle de todos os
módulos. Serve como conexão entre o programa executivo e o barramento.

17
Capítulo 2 Descrição Técnica

O controle do barramento também gerencia o acesso do microprocessador aos seus periféricos e


memórias.

Memória RAM
A memórias RAM permite a escrita e leitura de dados, armazenando o programa aplicativo e os
valores dos operandos da UCP. Com o equipamento desenergizado, os valores dos operandos
retentivos, as tabelas e o programa aplicativo em RAM, são mantidos através da bateria e/ou do
Supercap.

ATENÇÃO:
O módulo PO3045 não possui Supercap, como a bateria está presente na base, a
retentividade só existe enquanto a UCP PO3045 estiver montado em sua base.
O módulo PO3145 possui o Supercap permitindo que o módulo seja retirado da base,
mantendo a retentividade enquanto o Supercap estiver carregado. Este tempo é de duas
horas.

Memória Flash EPROM


A memória Flash permite a escrita e leitura de dados, armazenando os programas executivo e
aplicativo, mantendo-os sem a necessidade de alimentação da bateria. Possui uma vida útil de 10.000
ciclos de gravação de dados.
O programa executivo pode ser gravado na memória Flash através do protocolo ALNET I (ver cap.
Manutenção).

Interfaces de Comunicação
A UCP PO3045 possui dois canais de comunicação RS-232 (COM 1 e COM 3) e a UCP PO3145
possui 2 canais RS-232 e um RS-485 isolado (COM 1, COM 3 e COM 2, respectivamente).
Todos os canais de comunicação serial utilizam o protocolo ALNET I v2.0 para comunicação do CP
com equipamentos mestres (programadores, supervisórios, etc.).
Os canais COM 2 e COM 3 suportam também o protocolo MODBUS RTU Mestre ou Escravo e
ainda podem ser programados para outros protocolos através de funções especiais (módulos F).
Informações sobre os cabos utilizados nas interfaces de comunicação podem ser encontrados no
capítulo Instalação.

Relógio de Tempo Real


As UCPs têm integrado um relógio de tempo real que mantém a hora mesmo quando falta energia,
mantendo-se através da bateria incorporada a base. O relógio pode ser acessado através do módulo
função F-RELOG.

18
Capítulo 2 Descrição Técnica

Mapa de Memórias
As figuras 2-12 e 2-13 apresentam os mapas de memória das UCPs PO3045 e PO3145.

Programa Aplicativo

Flash EPROM RAM

64K 64K 64K 64K 64K 64K

Figura 2-10 Mapa de Memória da UCP PO3045

Programa Aplicativo

Flash EPROM RAM

64K 64K 64K 64K 64K 64K 64K 64K

Figura 2-11 Mapa de Memória do PO3145

Os mapas acima mostram a alocação de memória para o programa aplicativo. A RAM utilizada para
o programa aplicativo é retentiva e seu contudo mantém-se durante uma queda de energia.
O programa executivo e os operandos residem em outras áreas de memória RAM e Flash Eprom não
mostradas nos mapas.

Sistemas de Proteção
Cão-de-Guarda
É um circuito que monitora continuamente a execução correta das funções do controlador
programável. Uma vez detectado algum tipo de falha, o circuito de cão-de-guarda desativa o
processador, desenergiza os pontos de saída e liga o LED WD no painel frontal do CP, garantindo
um procedimento de falha seguro, o tempo até o reset do processador está entre 1 e 2 segundos.

Proteção para Falta de Energia


As UCPs possuem um circuito sensor que verifica continuamente o estado da tensão de alimentação.
Em caso de falha na alimentação, um sinal avisa a UCP, que é interrompida para a execução de uma

19
Capítulo 2 Descrição Técnica

rotina de que termina a execução de modo seguro. O circuito de falta de energia garante a
alimentação das UCPs por tempo suficiente para que esta rotina seja executada.

Bateria
A base das UCPs contém uma bateria de lítio para a alimentação da RAM e relógio de tempo real
durante falhas na alimentação do CP. A RAM mantém os módulos do programa aplicativo e os
valores dos operandos retentivos. A bateria também permite que o relógio continue registrando a
hora e calendário durante a falta de energia.
O estado da bateria é monitorado por hardware, é mostrado em LED do painel (BT) e verificado pelo
programa executivo que exibe uma mensagem de advertência na janela de verificação do estado do
CP, nos softwares programadores. A bateria tem vida útil estimada a 1 ano a temperatura de 60ºC.

Supercap
O Supercap é um capacitor de grande capacitância que auxilia a bateria a manter a memória e
relógio. O Supercap permite que a UCP possa ser retirada de sua base por pelo menos 2 horas sem
que o conteúdo da memória ou o tempo/calendário seja perdido. Somente a UCP PO3145 é fornecida
com o Supercap.

MT6000 - MasterTool ProPonto


O software MasterTool ProPonto tem como função facilitar o projeto de um barramento Ponto. Suas
principais funções são:
Projeto e visualização do barramento de maneira gráfica.
Verificação da validade da
configuração, conferindo
itens tais como: consumo,
bases compatíveis e limites
de projeto.
Atribuição de Tags aos
pontos do sistema. Geração
de etiquetas para
identificação dos módulos.
Geração de lista de
materiais.
Impressão das etiquetas
com os tags de
identificação dos pontos.
O software é executado em
ambiente Windows 32 bits.

20
Capítulo 2 Descrição Técnica

Tempo de varredura do barramento local


A comunicação entre a UCP ou cabeça do barramento é feita por um barramento de alta velocidade,
implementado em hardware por um único chip,
12Mbaud
obtendo-se velocidades de aquisição e
parametrização inigualáveis. Algumas
características alcançadas por este sistema são:
• Barramento serial de 12Mbaud, varredura de
0,5 ms para 480 pontos digitais
• Endereçamento e identificação automática de módulos
• Troca quente de qualquer módulo de E/S

Desempenho das UCPs PO3045 e PO3145


O desempenho das UCPs é medido como tempo de resposta que é o tempo decorrido entre a detecção
de uma variação no valor de uma entrada até a alteração do ponto de saída correspondente.
O tempo de resposta de um sistema de controle depende do tempo de execução da varredura da
aplicação (ladder) e o tempo de atualização das entradas e saídas, locais ou remotas. Nesta análise
vamos discutir o tempo de resposta das UCPs para o sistema de E/S local.
Para calcular o tempo máximo de resposta, supõe-se que sejam necessárias duas varreduras da
aplicação, pois, no pior caso, existe a latência de uma varredura em relação à alterações das entradas.
Fórmula Geral:
Tempo de Resposta =
Tempo de atraso do módulo de entrada +
n X ciclo de varredura do barramento Ponto +
2 X tempo de execução do programa aplicativo +
n X ciclo de varredura do barramento Ponto +
tempo de atraso do módulo de saída

n = número de varreduras para acesso do módulo + 1.

Análise dos componentes:


Atraso nos módulo de Entrada e Saída: este tempo depende do módulo de E/S e está especificado
em sua respectiva Características Técnicas.
Varredura do Barramento Ponto: o barramento Ponto varre os módulos em seqüência, de modo
que o módulo é consultado a cada varredura. Entre os módulos Ponto, existem os que são lidos em
uma varredura e os que são lidos em mais de uma varredura.
Exemplo:

21
Capítulo 2 Descrição Técnica

Número de Número de Número de Tempo de


Tipo de Entrada
entradas canais Varreduras acesso
Digital 16 1 1 16µs
Digital 32 2 2 16µs
Entrada analógica 8 18 16µs
Saída analógica 4 10 16µs
Bloco 1 73µs
Tabela 2-7 Exemplos de Módulos Ponto

Os módulos digitais são lidos em uma ou duas varreduras; os módulos analógicos em duas varreduras
por canal mais duas de parametrização; e os módulos tipo bloco, transferem os dados em apenas uma
varredura.
O tempo da varredura do barramento Ponto é a soma do tempo de acesso a cada módulo.
Como existe a probabilidade de esperar ou não uma varredura, o tempo de acesso dos módulos varia
entre 1 ou mais varreduras. Por exemplo, um módulo digital pode ser acessado em uma ou no
máximo em duas varreduras. Um módulo analógico de 8 canais é acessado em 18 varreduras.
Exemplo:
Barramento com 5 módulos de 16 entradas, dois módulos analógicos de oito entradas e um módulo
bloco:
Tv = 5 X 16 + 2 X 16 + 1 X 73 = 185 µs (tempo de uma varredura)
Tempos acesso máximos:
Módulos de 16 entradas: 2 X 185 = 370 µs
Módulos de 8 canais: 18 X 185 = 3330 µs
Tempos acesso mínimos:
Módulos de 16 entradas: 1 X 185 = 185 µs
Módulos de 8 canais: 9 X 185 = 1665 µs
O tempo de processamento do programa depende da aplicação e pode ser calculado utilizando-se o
tempo de execução das instruções conforme o manual do MasterTool. O Programador MasterTool
informa os tempos de execução mínimo, médio e máximo do programa durante sua depuração.

Exemplo de Cálculo de Tempo de Resposta


Sendo:
Tempo da Aplicação: 50 ms
Tempo de atraso do módulo de entrada: 150 µs
Tempo de atraso do módulo de saída: 10 µs
Tempo de varredura no barramento Ponto: 185 µs
Número de varreduras para acesso do módulo de entrada: 2
Número de varreduras para acesso do módulo de saída: 1
Tem-se que:
TRmáx = 150 + 3X 185 + 2 X 50000 + 2 X 185 + 10 = 51.085 µs

22
Capítulo 2 Descrição Técnica

Alimentação
As UCPs são alimentadas pela fonte PO8085, que deve receber alimentação de 24 Vdc (de 19 a 30
Vdc, incluindo ripple). A figura mostra a fonte, UCP e bases necessárias para uma configuração.
O conjunto formado pela fonte PO8085 e UCPs podem alimentar até 12 módulos de E/S distribuídos
em até dois segmentos no máximo
UCP PO3045 Fonte PO8085 Módulos E/S
Com a utilização do software MasterTool ProPonto é
possível efetuar uma configuração com um número
superior de módulos, visto que é considerado o
consumo de corrente individual de cada módulo.
Base PO6305 Base PO6800
Caso existam módulos de interface, ou outros de maior
consumo, o número máximo de módulos poderá ser menor, devendo obrigatoriamente utilizar o
software MasterTool ProPonto para avaliar o número máximo de módulos.

Dimensões Físicas
O Manual de Instalação da Série Ponto deve ser consultado para dimensionamento geral do painel.

00120707

Figura 3-1 Dimensões Físicas

Dados para Compra


Itens Integrantes
A embalagem do produto contém os seguintes itens:
• UCP PO3045 ou PO3145
• Guia de instalação

23
Capítulo 2 Descrição Técnica

Código do Produto
Os seguintes códigos devem ser usados para compra do produto:

Código Denominação
PO3045 UCP 128K Flash, 16 Módulos E/S, 2 Seriais
PO3145 UCP 256K Flash, 30 Módulos E/S, 3 Seriais com MODBUS
Tabela 2-8 Códigos UCPs PO3045 e PO3145

Produtos Relacionados
Os seguintes produtos devem ser adquiridos separadamente quando necessário:
Código Denominação
PO6305 Base UCP PO3045
PO8085 Fonte Alimentação
PO6800 Base Fonte
MT4100 MasterTool Programming MT4100
MT6000 MasterTool ProPonto c/ Manuais
AL-2700 Funções Matemáticas
AL-2702 Funções Mestre Comunicação ALNET I
AL-2703 Módulos F de Comunicação
AL-2711 Função para comunicação com medidores de energia
AL-1715 Cabo RJ45-CFDB9
AL-1717 Cabo RJ45 – MODBUS
AL-1719 Cabo RJ45-CMDB9 RS232
AL-1720 Cabo RJ45-CMDB9 RS232 / RS485
AL-1726 Cabo RJ45-CMDB9 RS232 (WebGate)
AL-2306 Cabo para Rede RS-485
PO8500 Cabo de Expansão 0.4 m
PO8510 10 Folhas de 14 etiquetas de 16 tags p/ impressora
PO8522 Trava para Montagem em Trilho TS35
PO8524 Terminação de Barramento (reposição)
PO8525 Derivador e Terminação p/ Rede RS485
PO8530 Bateria de Lítio (reposição)

Tabela 2-9 Produtos Relacionados

PO6305: Esta base é comum a todas as UCPs da série.

AL-1715: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 fêmea padrão IBM/PC.
Pode ser utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para interligação a IHMs com conectores
compatíveis com o padrão IBM/PC para supervisão local do processo.
Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC com software de supervisão.
Interligação a um microcomputador padrão IBM/PC para programação da UCP, via software
MasterTool.

24
Capítulo 2 Descrição Técnica

AL-1717: Este cabo possui um conector RJ45 e na outra ponta terminais individuais para bornes. É
usado na interface serial RS485 , COM 2.

AL-1718 – Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 macho, para conexão com
o conversor AL-1413.

AL-1719: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 macho com pinagem padrão
Altus. Pode ser utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para interligação a uma IHM do tipo
Foton 5 ou Foton 10.

AL-1720: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 macho com pinagem padrão Altus.
Pode ser utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para interligação a uma IHM do tipo Foton
1 ou Foton 3.

AL-1715: Este cabo possui um conector serial RJ45 e outro DB9 RS232 fêmea padrão IBM/PC.
Pode ser utilizado nas interface seriais COM 1 e COM 3 para interligação com o PO9900 –
WebGate.

AL-1726: Este cabo permite a interligação de uma das interfaces seriais RS232 das UCPs PO3045 ou
PO3145 com o WebGate PO9900.

AL-2604: Este cabo permite a montagem de uma rede RS485

PO8525: Este módulo é um meio prático de interligar uma UCP PO3045 ou PO3145 a uma rede
padrão RS485. A rede padrão RS485 (cabo AL-2604) é interligada com a interface serial COM2
(RS-485) por meio do cabo PO8500 e o módulo derivador PO8525. Este módulo possui bornes tipo
parafuso para conexão da rede nos extremos ou em posições intermediárias e uma chave para
ativação da terminação para casamento de impedância quando nas extremidades da rede. É
obrigatória a utilização deste módulo mesmo que a rede RS485 tenha apenas dois elementos.

PO8500: Este cabo permite a conexão entre a interface serial COM2 (RS-485) e o módulo derivador
e terminação PO8525.

Para maiores informações quanto a aplicação dos dispositivos acima relacionados, sugerimos a
consulta dos respectivos documentos de Características Técnicas disponíveis no site da Altus.

25
Capítulo 3 Configuração

Configuração
As UCPs PO3045 e PO3145 são configuradas e programadas através do software MasterTool. A
configuração realizada define o comportamento das UCPs. A programação representa a aplicação
desenvolvida pelo usuário em linguagem de relés, também chamada de programa aplicativo.
Para informações de como configurar as UCPs ver o MasterTool Programming Manual de Utilização
(MU299025), a forma de programar e a sintaxe da linguagem Ladder esta presente no MasterTool
Programming Manual de Programação (MP399101).
Este capítulo apresenta o comportamento das opções configuradas no software MasterTool. Os itens
abordados aqui serão:
• Mapa de memória
• Troca a quente
• Canal Serial
• Alnet I
• MODBUS escravo
• MODBUS mestre
• Instruções permitidas pelas UCPs
• Conversão de código

Operandos de E/S e de Diagnósticos


Nos CPs PO3045 e PO3145, o programador permite que o usuário forneça o início da faixa de
operandos dos módulos de E/S.
Os operandos de E/S são de 4 (quatro) tipos:
• Entrada Digital
• Saída Digital
• Memória de Entrada (utilizado para módulos não digitais, ex: PO1112: 8 entradas analógicas)
• Memória de Saída (utilizado para módulos não digitais, ex: PO2132: 4 saídas analógicas)
O primeiro octeto de entrada digital é sempre o %E0000, já os outros operandos o usuário define
como melhor convier em função do seu programa aplicativo.
Para pontos digitais a regra de alocação de operandos (%E e %S) é fixa, ou seja, os pontos são
alocados conforme a sua posição no barramento, o primeiro ponto de entrada digital é %E0000.0, o
segundo %E0000.1, e assim sucessivamente até que todos os pontos de entradas tenham sido
alocados, sem ultrapassar o Primeiro Octeto de Saída Digital. Os pontos digitais de saída começam
com o Primeiro Octeto de Saída Digital e seguem até o operando %S0511, esta opção pode ser
modificada pelo usuário.
Os módulos analógicos são processados automaticamente pela UCP, em operandos memória
(%Mxxxx), a informação de Primeiro Operando Memória de Entrada e Primeiro Operando
Memória de Saída fornecem ao programador uma referência para alocar.
É possível, ao usuário, a modificação dos operandos de um módulo analógico. Esta característica
permite ao usuário aumentar ou modificar o número de pontos analógicos, sem que a aplicação tenha
que ser modificada.

26
Capítulo 3 Configuração

Um operando %E não pode ter o mesmo número de octeto de um operando %S, ou seja não podem
existir o %E0023 e o %S0023, como os dois tipos de operandos são octetos, a soma dos operandos
%E e %S tem o limite estipulado de 512.
A maioria dos módulos da série Ponto fornecem diagnósticos, estes diagnósticos são lidos
ciclicamente pela UCP e disponibilizados em operados %M, o Primeiro Operando Memória de
Diagnóstico sugere ao programador onde iniciar a alocação destes.
A UCP e os módulos terão uma faixa de operandos que define onde a UCP irá colocar os
diagnósticos obtidos dos módulos do barramento. Para entender estes diagnóstico é necessário
consultar as respectivas CTs dos módulos.

Troca a Quente
As UCPs PO3045 e PO3145 disponibilizam a possibilidade do usuário trocar os módulos de E/S do
barramento sem a necessidade de desligar o sistema em funcionamento, esta característica chama-se
Troca a Quente.
O comportamento do sistema relacionado a Troca a Quente se modifica conforma a configuração
definida pelo usuário. Entra as opções de comportamento do sistema relacionado a Troca a Quente
são:
• Desabilitada
• Habilitada com consistência na partida
• Habilitada sem consistência na partida
Estes comportamentos valem caso ocorra uma situação anormal de barramento e o CP esteja em
estado de Execução. A tabela 3-1 lista as possíveis situações anormal de barramento.

Situação Possíveis Causas


Módulo foi retirado do barramento
Módulo ausente Algum módulo não responde a UCP por estar com defeito
Alguma base de módulo está com defeito

Módulo está presente no barramento e não está declarado da


Módulo excedente
configuração

Algum módulo que está presente no barramento é diferente da


Módulo Diferente da declaração
declaração da configuração

Tabela 3-1 Situações Anormais de Barramento

Troca a Quente Desabilitada


Com esta configuração o usuário informa que o CP deve entrar imediatamente em estado de erro,
quando ocorrer uma situação anormal de barramento (tabela 3-1).

Troca a quente habilitada COM consistência na partida


Verifica se ocorreu uma situação anormal de barramento (tabela 3-1) durante a partida. É considerada
partida a primeira vez que a UCP entra em modo de execução, após ser alimentada.
Após a partida, caso algum módulo entre em alguma das situações da tabela 3-1, o sistema continua
trabalhando e sinaliza via diagnóstico.

27
Capítulo 3 Configuração

ATENÇÃO:
Quando ocorrer uma falta de alimentação, mesmo que temporária, e algum módulo estiver
em uma situação anormal de barramento (tabela 3-1) a UCP entra em erro, pois esta é
considerada uma situação de partida.

ATENÇÃO:
A opção “Troca a quente habilitada COM consistência na partida” é a mais recomendada
pois garante a integridade do sistema na sua inicialização e permite a troca de módulos com
o sistema funcionando.

Troca a quente habilitada SEM consistência na partida


Permite que o sistema rode mesmo se algum módulo estiver em uma situação anormal de barramento
(tabela 3-1). Estas situações são relatadas via diagnóstico.

ATENÇÃO:
Esta opção é recomendada para a fase de implantação do sistema, pois permite que sejam
feitas trocas de módulos e desligamento da alimentação sem a necessidade da presença de
todos os módulos configurados.

Canal Serial Principal – COM1


Este canal implementa o protocolo ALNET I Escravo. A tabela 3-2 a seguir demonstra as
possibilidades de configuração deste canal:

Configuração Descrição Possibilidades

0: Comunicação ponto-a-ponto (utilizada pelo


Endereço da Endereço do nó na rede
programador ou por algumas IHMs)
Estação ALNET I
1 a 254: Comunicação em rede mestre-escravo

Velocidade da porta de
Velocidade 300 bps a 9600 bps
comunicação serial

Sem Modem: O sinal de RTS nunca é acionado e o


CTS não é monitorado.
Configura o comportamento
Half Duplex: antes de iniciar a transmissão a UCP
que os sinais CTS/RTS
Tipo de Modem aciona o sinal de RTS e monitora o CTS, quando este
terão durante a
chega inicia a transmissão. Caso não obtenha CTS não
comunicação
transmite.
Full Duplex: Não implementado
Tabela 3-2 Protocolos de Comunicação Serial COM1

28
Capítulo 3 Configuração

Canais Seriais Auxiliares – COM2 e COM3


Os canais auxiliares possuem uma versatilidade maior que o canal principal, permitindo selecionar
entre vários protocolos diferentes.
A tabela 3-3 demonstra as possibilidades de configuração destes canais.

Configuração Descrição Possibilidades


Velocidade da porta de
Velocidade 300 bps a 19200 bps
comunicação serial

A faixa de valores permitidos para campo depende diretamente do


protocolo selecionado.
Endereço do CP na rede ALNET I Escravo: 0 a 254
Endereço
conectada ao canal MODBUS RTU Escravo: 1 a 247
Configurado por Módulo F: 0 a 255
MODBUS RTU Mestre: Sem aplicação

Sem RTS/CTS: estes sinais não são manipulados durante a


comunicação permanecendo o RTS desacionado.
Com RTS/CTS: antes de iniciar a transmissão o RTS é acionado e é
Comportamento dos monitorado o CTS, quando este chega então a transmissão é
Sinais de Modem sinais RTS/CTS durante executada, ao término da transmissão o RTS é desacionado.
a comunicação Com RTS sem CTS: o RTS é acionado antes da transmissão e
desacionado após o término, não havendo o monitoramento do sinal
de CTS.
Com RTS sempre ligado: o sinal de RTS permanece sempre ligado.

ALNET I Escravo
MODBUS RTU Escravo
Protocolo que o canal se
Protocolo MODBUS RTU Mestre
comunica
Configurado por Módulo F (libera o canal para o uso com módulos F
de comunicação, como por exemplo AL-2702, AL-2703, ...)

No caso do Protocolo MODBUS Mestre configura as relações de


troca de dados entre o mestre e o escravo, ver neste capítulo o item
Permite configurar as
Configuração MODBUS RTU Mestre.
relações de comunicação
MODBUS Para MODBUS Escravo configura as relações entra operandos Altus
via MODBUS
e as áreas de operandos MODBUS, ver neste capítulo o item
MODBUS RTU Escravo.
Sem paridade
Paridade par
Configura a paridade da
Paridade impar
porta serial
Configuração Serial Paridade sempre 0
Paridade e StopBits Paridade sempre 1
Configura os StopBits da 1 StopBit
porta serial 2 StopBits

Tabela 3-3 Configuração dos Canais Seriais COM2 e COM3

29
Capítulo 3 Configuração

Os protocolos que as UCP PO3045 e PO3145, implementam dependente do modelo, como mostrado
na tabela 3-4:

Serial PO3045 PO3145


COM1
ALNET I escravo ALNET I escravo
RS-232

ALNET I escravo
MODBUS RTU Mestre
MODBUS RTU Escravo
COM2
- AL-2702 – Mestre ALNET I
RS-485
AL-2703 – Comunicação Genérica
AL-2711 – Comunicação com medidores de
energia (REP)

ALNET I escravo
ALNET I escravo MODBUS RTU Mestre
AL-2702 – Mestre ALNET I MODBUS RTU Escravo
COM3
AL-2703 – Comunicação Genérica AL-2702 – Mestre ALNET I
RS-232
AL-2711 – Comunicação com AL-2703 – Comunicação Genérica
medidores de energia (REP) AL-2711 – Comunicação com medidores de
energia (REP)

Tabela 3-4 Protocolos de Comunicação Serial

Os protocolos disponíveis são de dois tipos: internos ou carregáveis.


Os protocolos carregáveis necessitam que o módulo F correspondente seja carregado no CP para que
funcione. Entre os disponíveis para as UCPs Ponto estão o AL-2702 (mestre ALNET I), AL-2703
(comunicação genérica) e AL-2711 (REP). Estes protocolos são módulos função e poderão ser
implementados outros protocolos carregáveis.
A configuração dos protocolos carregáveis ocorre na edição das lógicas na instrução CHF, para
maiores informações consulte o manual do programador e o manual do protocolo.

ATENÇÃO:
Para que os protocolos carregáveis funcionem é necessário configurar no programador a
porta serial auxiliar o item Protocolo com a opção Configurado no módulo F.
Protocolos internos são aqueles integrantes da UCP, sua configuração é integrada ao programador.
Nas próximas sessões veremos estes protocolos.

ALNET I Escravo
Este é o protocolo presente em todos os canais seriais das UCPs da série Ponto. A principal função
deste protocolo é a interligação com o programador permitindo a total configuração e programação
da UCP. Outras funções disponibilizadas são forçamento de pontos de E/S, monitoração de
operandos, etc... Para maiores detalhe ver o Manual de Utilização e o Manual de Programação do
MasterTool.
Com estas características é possível conectar o CP a IHMs, supervisórios e interligação com outros
CPs que implementem o protocolo ALNET I Mestre.
É possível que se coloque o CP em rede ALNET I ou mista ALNET I e ALNET II, para isto é
necessário respeitar as regras de construção dos endereços de rede.

30
Capítulo 3 Configuração

MODBUS RTU Escravo


Este protocolo está implementado somente na UCP PO3145, nos seus canais auxiliares, permitindo
que dispositivos mestres MODBUS RTU sejam conectados ao CP.
Por possuir dois canais auxiliares é possível que a UCP PO3145 conecte-se a duas redes MODBUS
diferentes, um em cada canal auxiliar.

Configuração do MODBUS RTU Escravo


Para configurar este protocolo é necessário executar os seguintes passos:
• Selecionar o canal auxiliar COM2 ou COM3 com o protocolo MODBUS RTU Escravo
• Escolher a velocidade de comunicação
• Escolher o comportamento dos sinais RTS/CTS
• Setar paridade e Stop Bit do canal
• Definir o endereço do nó na rede
• Definir as relações caso seja necessário

Relações MODBUS
As relações servem como um conversor de operandos do CP para operandos MODBUS permitindo
ao usuário identificar e/ou informar quais áreas do CP poderão ser manipuladas via rede MODBUS.
Para configurá-las entre em Relações MODBUS.
Para o mapeamento das relações entre operandos do CP e MODBUS, a UCP PO3145 fornece para o
usuário duas formas de configurar. Uma é simplesmente utilizar as relações padrões que já estão
configuradas e outra o usuário pode fornecer as suas próprias relações.

Relações Padrão
O protocolo MODBUS RTU Escravo, na UCP PO3145, possui duas relações padrões, permitindo
que o mestre MODBUS tenha acesso a todos operandos auxiliares do CP como Coil (%A0000.0 a
%A0511.7 = Coil 1 a 4096) e aos primeiros 1000 operandos memória como Holding Register
(%M0000 a %M0999 = Holding Register 1 a 1000).

Operandos do CP ALTUS Operandos MODBUS

%A0000.0 até %A0511.7 Coil 1 até 4096

%M0000 até %M0999 Holding Register 1 até 1000.

Tabela 3-5 Relações Padrão do Protocolo MODBUS RTU Escravo

Relações Definidas pelo Usuário


A norma do protocolo MODBUS define 4 áreas de manipulação de dados. Permitindo leitura ou
escrita em bits ou palavras (16 bits).
Os operandos MODBUS estão divididos nas áreas de: Input, Coil, Input Register e Holding Register,
que acessam bits (coil ou input) ou palavras de 16 bits (input register ou holding register ).
Dependendo das áreas são permitidos relaciona-los com certos tipos de operandos do CP, como
demonstra a tabela 3-6.

31
Capítulo 3 Configuração

Área MODBUS Operandos do CP ALTUS Permitidos Descrição

Coil %E, %S, %A, %M Bits ou pontos de Saída


Input %E, %S, %A, %M Bits ou pontos de Entrada
Input Register %M, %TM, %D, %TD Registradores de Entrada
Holding Register %M, %TM, %D, %TD Registradores de Saída
Tabela 3-6 Tipos de Operandos Permitidos

Para construir uma relação deve ser definida a área de dados a que se refere, o operando MODBUS
inicial, a quantidade de operandos da relação e o operando inicial no CP.
Na tabela 3-7 tem-se uma visão clara de como os operandos no CP são interpretados e transmitido
pela rede MODBUS.
Área de Dados Operandos MODBUS Qtde Operandos ALTUS
Input 0001 a 0032 32 %E0010.0 a %E0013.7
Input 0033 a 0672 640 %M0500.0 a %M0539.F
Coil 0001 a 4096 4096 %A0000.0 a %A0511.7
Input Register 0001 a 0076 76 %D0000 a %D0037
Input Register 1001 a 1100 100 %M0100 a %M0199
Holding Register 4097 a 4350 254 %TM10
Holding Register 0255 a 0500 246 %D0038 a %D00160
Holding Register 0501 a 2500 2000 %M0600 a %M2599
Tabela 3-7 Exemplo de Relações dos Operandos ALTUS e Operandos MODBUS

Ao montar as relações deve-se priorizar relações contínuas como no caso de Coil que relaciona os
operandos MODBUS de 0001 a 1000 a todos os 512 operandos %A do CP, disponibilizado assim
todos estes operandos via rede MODBUS. Com esta abordagem obtém-se uma melhor performance
do protocolo MODBUS RTU Escravo.

As funções que o protocolo MODBUS RTU Escravo processa são descritas na tabela 3-8.

Área
Função Descrição Descrição Limite Broadcast
MODBUS
Leitura de N pontos definidos nas relações
01 Leitura de Coil Coil 2000 Não
como Coil.

Leitura de N pontos definidos nas relações


02 Leitura de Input Input 2000 Não
como Input.
Leitura de Holding Leitura de N operandos definidos nas Holding
03 125 Não
Register relações como Holding Register. Register

Leitura de Input Leitura de N operandos definidos nas Input


04 125 Não
Register relações como Input Register Register

Escrita de 1 ponto definido nas relações


05 Escrita de 1 Coil Coil 1 Sim
como Coil.

Escrita de 1 Escrita de 1 operandos definido nas relações Holding


06 1 Sim
Holding Register como Holding Register. Register

Escrita de N pontos definidos nas relações


15 Escrita de Coil Coil 1976 Sim
como Coil.

Escrita de Holding Escrita de N operandos definidos nas Holding


16 123 Sim
Register relações como Holding Register. Register

32
Capítulo 3 Configuração
Aplicação de máscaras em 1 Holding
Aplicação de
Register, permitindo a manipulação de parte Holding
22 máscara em 1 1 Não
do Holding Register permanecendo o resto Register
Holding Register
inalterado.
O mestre envia ao escravo N Holding
Leitura e escrita Register para escrita e recebe como resposta
Holding 121 (escrita)
23 combinada em outros Holding Register, esta função pode ser Não
Register 125 (leitura)
Holding Register usada para otimizar a leituras e escritas
cíclicas.
Tabela 3-8 Funções Suportadas pelo Protocolo MODBUS RTU Escravo

A última coluna da tabela 3-8, com título Broadcast, informa se a função do protocolo suporta
endereçamento em Broadcast (00 no caso MODBUS). Ou seja, nas funções assinaladas com a opção
“Sim”, caso receba um comando com endereço 0 (zero) o CP executa o comando mas não responde
ao mestre.

MODBUS RTU Mestre


Ao selecionar esta opção o CP passa ser mestre da comunicação MODBUS, possibilitando acesso a
outros dispositivos com o protocolo MODBUS (somente em Modo Execução).

Configuração do MODBUS RTU Mestre


Para configurar este protocolo é necessário executar os seguintes passos:
• Selecionar o canal auxiliar COM2 ou COM3 com o protocolo MODBUS RTU Mestre
• Escolher a velocidade de comunicação
• Escolher o comportamento dos sinais RTS/CTS
• Setar paridade e Stop Bit do canal
• Definir as relações entre operandos ALTUS e operandos MODBUS
Um mestre MODBUS não possui endereço, assim o campo Endereço na configuração do canal
auxiliar não tem aplicação.
O conceito de relação, no Protocolo MODBUS Mestre, não está associado a uma área de dados mas
sim ao nó escravo e a uma função.
Na configuração das relações é necessário configurar os seguintes parâmetros gerais:
• Timeout Escravo
• Número de Retentativas
• Número de Relações
• Operandos de Diagnóstico do Protocolo Mestre MODBUS
• Operandos de Controle das Relações do Protocolo Mestre MODBUS
• Habilitação de Relação Prioritária
Uma relação do MODBUS Mestre é composta pelos seguintes campos:
• Nó do escravo
• Função MODBUS
• Operando MODBUS
• Quantidade de operandos a comunicar
• Operando de Origem (Leitura)
• Operando de Destino (Escrita)
• Operando de Status

33
Capítulo 3 Configuração

• Poolling da Relação

Parâmetros Gerais do MODBUS RTU Mestre


Timeout de Comunicação
Define o tempo (em unidades de 100 milisegundos) que o mestre irá esperar pela resposta do
escravo. Este tempo de espera é medido entre o final da requisição do mestre e o início da resposta do
escravo.
Caso decorra este tempo o mestre incrementa o número de retentativas e retransmite a pergunta e
assim sucessivamente até que as retentativas se esgotem, após isto ele passa para a próxima relação.
Este parâmetro pode variar entre 1 e 100, resultando em tempos de 100ms até 10 segundos.
O Timeout de Comunicação deve conter o maior tempo que um escravo pode levar para responder,
considerando o tempo de processamento do comando (pelo escravo) e atrasos inseridos pelo meio
físico.

ATENÇÃO:
No caso do PO3145 configurado como escravo, deve ser computado também o tempo de
ciclo máximo.

Número de Retentativas
Informa ao mestre o número de vezes que deve ser repetida a transmissão após um dos seguintes
problemas de comunicação ocorrerem:
• Timeout (tempo máximo esperado)
• Endereço da resposta errado
• Função da resposta errada
• Erro de CRC na resposta
• Número de bytes da resposta maior que 255
O número de retentativas pode variar entre 0 e 20. No caso de zero (0) o mestre não irá retransmitir a
pergunta, passando para a próxima relação.

Número de Relações
Permite ao usuário definir o número de relações que ele irá utilizar, estando limitado a 63 relações
para cada canal auxiliar de comunicação.

Operandos de Diagnóstico do Protocolo MODBUS Mestre


Estes dois operandos demonstram o estado geral do canal com Protocolo MODBUS RTU Mestre.

Operando Descrição
Bit 15: Este bit ,caso ligado, indica que o protocolo
%Mxxxx
não foi configurado corretamente

Contador de relações executadas, este operando é


%Mxxxx + 1
incrementado cada vez que uma relação é disparada

Tabela 3-9 Operandos de Diagnóstico

34
Capítulo 3 Configuração

Operandos de Controle das Relações do Protocolo Mestre MODBUS


Estes operandos são do tipo %A e cada bit representa uma relação, permitindo assim que o usuário
ou a aplicação habilite ou desabilite uma relação.
Caso sejam configuradas, por exemplo, 12 relações e o operando %A0500 como operando de
controle, o mapa das relações ficaria assim:

Bit de Operando Relação associada


%A500.0 Controle da 1ª relação
%A500.1 Controle da 2ª relação
%A500.2 Controle da 3ª relação
%A500.3 Controle da 4ª relação
%A500.4 Controle da 5ª relação
%A500.5 Controle da 6ª relação
%A500.6 Controle da 7ª relação
%A500.7 Controle da 8ª relação
%A501.0 Controle da 9ª relação
%A501.1 Controle da 10ª relação
%A501.2 Controle da 11ª relação
%A501.3 Controle da 12ª relação
Tabela 3-10 Exemplo de Operandos de Controle de Relações

Para desabilitar uma relação colocar o bit do operando %A correspondente em um (1). Caso contrario
a relação será executada normalmente.

Habilitação de Relação Prioritária


Relação prioritária é aquela que é colocada na frente das outras na fila de relações prontas para
execução, permitindo que uma comunicação seja transmitida o mais rápido possível.
É opcional definir a primeira relação como prioritária. Para isto habilitar a opção Relação 1
Prioritária.

Construção de Relações
Endereço do Nó Escravo
Para cada relação é necessário informar o endereço do nó escravo. Este endereço é utilizado pelo
mestre e pelos escravos para identificar a quem pertence a pergunta do mestre. Somente o nó com
este endereço responde a esta pergunta. São permitidas várias relações para um mesmo escravo.
Caso o endereço seja 0 (zero), esta é considerada uma comunicação em “Broadcast”, ou seja, todos
os escravos irão receber e processar esta pergunta, mas nenhum irá responder.

ATENÇÃO:
Não é possível que dois escravos diferentes possuam o mesmo endereço do nó.

Função MODBUS
Nesta coluna deve ser informado qual função será executada por esta relação. A escolha da função
depende de qual operação o mestre deve executar no escravo e quais o escravo suporta.
As funções que o protocolo MODBUS RTU Mestre envia aos escravos são descritas a seguir:

35
Capítulo 3 Configuração

Área
Função Descrição Descrição Limite Broadcast
MODBUS
Leitura de N pontos definidos no escravo
01 Leitura de Coil Coil 2000 Não
como Coil.

Leitura de N pontos definidos no escravo


02 Leitura de Input Input 2000 Não
como Input
Leitura de Holding Leitura de N operandos definidos no escravo Holding
03 125 Não
Register como Holding Register. Register

Leitura de Input Leitura de N operandos definidos no escravo Input


04 125 Não
Register como Input Register. Register

Escrita de 1 ponto definido no escravo como


05 Escrita de 1 Coil Coil 1 Sim
Coil.

Escrita de 1 Holding Escrita de 1 operando definido no escravo Holding


06 1 Sim
Register como Holding Register. Register

Escrita de N pontos definidos no escravo


15 Escrita de Coil Coil 1976 Sim
como Coil.

Escrita de Holding Escrita de N operandos definidos no escravo Holding


16 123 Sim
Register como Holding Register. Register

Permite que o usuário monte funções que


XX Relação Genérica -- -- Sim
não estão implementadas.

Tabela 3-11 Funções Suportadas pelo Protocolo MODBUS RTU Mestre

A tabela 3-11 apresenta, na sua última linha, a relação genérica. Esta é uma opção para implementar
comandos em que o escravo necessite alguma função diferente das geradas pelo mestre (01, 02, 03,
04, 05, 06, 15 e 16). O item Configuração das Relações Genéricas esclarece como utilizar este
recurso.

Operando MODBUS
Um operando MODBUS é o endereço de uma informação dentro do escravo MODBUS. É utilizado
para referenciar dados que se desejam ler (funções 01, 02, 03 ou 04) ou escrever (funções 05, 06, 15
ou 16).
Exemplos de endereçamentos nas áreas MODBUS:
• 00001 - Coil 1
• 35000 - Coil 35000
• 00100 - Input 100
• 00005 - Input 5
• 01253 - Input Register 1253
• 10050 - Input Register 10050
• 00001 - Holding Register 1
• 00100 - Holding Register 100
Os operando MODBUS são independentes entre si em função da área, por exemplo o Coil 15 é
diferente do Input 15, que é diferente do Holding Register 15, que é diferente do Input Register 15.
Os valores permitidos para representar estes operandos está na faixa compreendida entre 1 e 65536.
Cada escravo possui o seu mapa de operandos, portanto é necessário ler o manual do escravo para
identificar os operandos pertinentes aos dados fornecidos pelo escravo.

36
Capítulo 3 Configuração

ATENÇÃO:
Para a relação genérica este campo não é utilizado.

Quantidade de Operandos Comunicados


Este parâmetro configura a quantidade de operandos MODBUS que serão lidos do dispositivo
escravo.
Também fornece o número de operandos MODBUS que serão enviados ao escravo, em uma função
de escrita.
No caso de uma relação genérica, este campo informa a quantidade de bytes que serão enviados para
o escravo, sem considerar os bytes de endereço, número da função e CRC (para maiores informações
sobre a relação genérica ver o item Configuração das Relações Genéricas)

Operando de Origem
Este operando é a origem dos dados a serem enviados ao escravo, no caso de configurar uma função
de escrita ou uma relação genérica. Utiliza um operando do tipo: %E, %S, %A, %M, %D, %TM,
%TD.
O operando de origem deve ser representado por subdivisão em bits, no caso das funções 05 ou 15,
por exemplo: %A0045.0, %A0199.3, %E0000.5, %S0032.4, %M0100.A, %M2500.6.
O operando de origem deve ser representado sem subdivisão, no caso das funções 06 ou 16, por
exemplo: %M0100, %D0007, %TM003, %TD000.
Para as relações genéricas o operando do CP de origem deve ser representado exclusivamente por
tabelas do tipo %TM por exemplo: %TM0035.
Caso a função seja de leitura este campo não é utilizado.

Operando de Destino
Este operando é o destino dos dados recebidos do escravo, quando for configurado uma função de
leitura ou uma relação genérica. É necessariamente um destes: %E, %S, %A, %M, %D, %TM, %TD.
O operando de destino deve ser representado por subdivisão em bits para as funções 01 ou 02, por
exemplo: %A0054.0, %A0991.4, %E0010.2, %S0023.4, %M1000.A, %M0025.6.
O operando de destino deve ser representado sem subdivisão para as funções 03 ou 04, por exemplo:
%M0700, %D0077, TM015, TD023.
Para as relações genéricas o operando destino deve ser representado exclusivamente por tabelas do
tipo %TM por exemplo: TM0035.
No caso de uma função de escrita este campo não é utilizado.

Operando de Status da Relação


Este é um operando memória (%M), que fornece informação sobre o estado da relação, permitindo
que o usuário e/ou a aplicação recebe os estados da relação, podendo tomar ações em caso de erro.
A tabela 3-12 demonstra os bits deste operando.

37
Capítulo 3 Configuração

Primeiro Operando de Status da Relação - %MXXXX


Descrição
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
1 Relação inválida
1 Relação desabilitada pelo usuário
1 Relação disparada
1 Relação executada com sucesso na última varredura
Ocorreu erro na recepção da resposta na última
1
varredura
x x x x x x x x x x x Não utilizados
Segundo Operando de Status da Relação - %MXXXX + 1
Descrição
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
1 Ocorreu erro de Timeout.
1 Ocorreu erro de CRC na resposta.
Ocorreu um erro no frame da resposta (total de bytes
1
excede 255, erro de paridade, erro de caracter, etc)
x x x x x x x x Código do erro MODBUS
x x x x x Não utilizados
Tabela 3-12 Operandos de Status da Relação

Polling da Relação
Com este parâmetro é informado ao Protocolo MODBUS Mestre o período de tempo mínimo entre
duas execuções de uma relação. Este tempo é descrido em unidades de 100 milisegundos e pode
variar entre 0 e 200.
Caso seja programado o valor 0 (zero) a relação será sempre inserida na lista de prontas para
comunicação após sua execução. Caso seja configurado valores entre 1 e 200, a relação só entrará na
fila de prontos para comunicar após tenha decorrido o tempo programado neste campo.

Configuração das Relações Genéricas


Esta opção deve ser utilizada caso o escravo necessite uma função que não está implementada no
Protocolo MODBUS RTU Mestre da UCP PO3145 (01, 02, 03, 04, 05, 06, 15 e 16). O usuário deve
construir a pergunta e tratar a resposta no programa aplicativo.
Os campos de uma Relação Genérica são os seguintes:
• Nó do escravo
• Função MODBUS (no caso Relação Genérica)
• Número da função (preenchido pelo usuário)
• Operando MODBUS
• Quantidade de Operandos
• Operando de Origem
• Operando de Destino
• Operando de Status
• Polling da Relação
Observar que o campo Operando MODBUS não é utilizado neste caso. Os campos Nó do Escravo,
Operando de Status e Polling da Relação, possuem as mesmas caraterísticas de uma relação
normal.

38
Capítulo 3 Configuração

A Função MODBUS deve ser escolhida como Genérica e após informado o número desta função. O
campo Quantidade de Operandos informa quantos bytes serão inseridos na pergunta a ser enviada
ao escravo.
O Operando de Origem, Operando de Destino deve ser preenchido somente com um operando do
tipo %TM com no mínimo 130 posições.
A relação genérica monta uma pergunta com o seguinte formato:
• Endereço do nó escravo (informado pelo usuário no programador)
• Número da função (informado pelo usuário no programador)
• Operando de origem (informado pelo usuário no programador), o número de bytes a serem
inseridos na pergunta está descrito no campo quantidade (informada pelo usuário no
programador)
• CRC (calculado pelo Protocolo MODBUS Mestre)
A resposta desta pergunta é recebida pelo Protocolo MODBUS Mestre, que consiste o endereço e a
função, que deve ser igual à pergunta e verifica o CRC, caso esteja correto, coloca os bytes da
resposta no operando de destino, exceto os campos de endereço do nó, da função e do CRC.

Exemplo de Relação Genérica


Para exemplificar uma relação genérica o exemplo usa como base a função 23 da norma MODBUS.
Apesar desta função não estar implementada no Protocolo MODBUS Mestre, pode ser utilizada uma
relação genérica para implementá-la.
A função 23 permite a leitura e escrita combinada de Holding Register no escravo, o seu formato está
descrito na tabela 3-13, juntamente com os valores usados no exemplo.
Formato da Pergunta Valores do Exemplo
Endereço do nó escravo 15
Função MODBUS 23
Holding Register inicial de Leitura (2 bytes) 1256 (04E8h)
Quantidade de operandos de leitura (2 bytes) 1
Holding Register inicial de Escrita (2 bytes) 0500 (01F4h)
Quantidade de operandos de escrita (2 bytes) 3
Número de bytes ocupados pelos operandos de escrita (1 byte) 6
Operando 4-0500 (2 bytes) 125
Operando 4-0501 (2 bytes) 40
Operando 4-0502 (2 bytes) 05
CRC (2 bytes) Calculado pelo Protocolo
Tabela 3-13 Formato da Função 23 e Exemplo de Pergunta

A declaração da relação genérica de exemplo:


• Endereço do nó: escravo 15
• Função MODBUS: 23 (leitura e escrita combinada)
• Quantidade de Operandos: 15 bytes (não considera endereço, comando e CRC – 4 bytes)
• Operando de Origem: %TM0010
• Operando de Destino: %TM0011
• Operando de Status: %M0015
• Polling da Relação: 10 (x 100ms = 1 segundo)
O Protocolo MODBUS Mestre irá enviar os bytes da tabela %TM0010, para isto é necessário
preencher a tabela/operando de origem (%TM0010) no programa aplicativo. Isto deve ser feito com
as instruções disponíveis para manipular operandos do CP, também pode ser utilizado comandos via

39
Capítulo 3 Configuração

rede para modificar o conteúdo da tabela/operando de origem (%TM0010), por exemplo um


supervisório poderia por outro canal serial, manipular os operandos de origem da relação genérica.
A tabela 3-14 mostra como deve ser preenchida a tabela %TM0010 para o exemplo. Em cada posição
da tabela o primeiro e segundo bytes são respectivamente as partes High e Low.

Posição da
Valor Observação
Tabela Origem
04h Endereço do primeiro operando de leitura. O endereço 1256
00
E8h referencia o Holding Register 1257.
00
01 Número de operandos de leitura
01
01h Endereço do primeiro operando de escrita. O endereço 500
02
F4h referencia o Holding Register 501.
00
03 Número de operandos de escrita
03
06 Número de bytes ocupados pelos operandos
04
00 Valor do Holding Register 501 High
125 Valor do Holding Register 501 Low
05
00 Valor do Holding Register 502 High
40 Valor do Holding Register 502 Low
06
00 Valor do Holding Register 503 High
05 Valor do Holding Register 503 Low
07
Não utilizado neste comando
Tabela 3-14 Tabela de Origem para Relação Genérica de Exemplo

A seguir como fica a pergunta para o escravo.


Pergunta de Exemplo Observação
15 Endereço do Nó
23 Função MODBUS 23
04h Endereço do primeiro operando de leitura. O endereço 1256 referencia o
E8h Holding Register 1257.
00
Número de operandos de leitura
01
01h Endereço do primeiro operando de escrita. O endereço 500 referencia o
F4h Holding Register 501.
00
Número de operandos de escrita
03
00
Valor do Holding Register 501
125
00
Valor do Holding Register 502
40
00
Valor do Holding Register 503
05
Calculado pelo Protocolo CRC byte High
Calculado pelo Protocolo CRC byte Low
Tabela 3-15 Pergunta da Relação Genérica Exemplo

40
Capítulo 3 Configuração

Após o envio da pergunta o escravo irá processar e enviar a resposta:


Pergunta de Exemplo Observação
15 Endereço do Nó
23 Função MODBUS 23
XX Código ACK ok
00
Número de bytes do bloco de dados
02
00
Valor do Holding Register 1257
56
Calculado pelo Protocolo CRC byte High
Calculado pelo Protocolo CRC byte Low
Tabela 3-16 Resposta do Escravo para a Pergunta da Relação Genérica Exemplo

Após receber a resposta e verificar o endereço do nó, a função e o CRC, então repassa os bytes para a
tabela (operando) de destino, retirando os campos já verificados, como mostra a tabela 3-17.
Posição da
Valor Observação
Tabela Destino
00 XX Código ACK ok
01 00
Número de bytes do bloco de dados
02 02
03 00
Valor do Holding Register 1257
04 56
Tabela 3-17 Resposta da Relação Genérica Exemplo

Após isto liga o bit que indica “Relação executada com sucesso na última varredura” do operando
de status da relação.

Conversão de Código AL-2002 - PO3045/3145


Embora utilizem o mesmo conjunto de instruções, os módulos que compõem o programa aplicativo
(C000, E001, etc) não são compatíveis entre a UCP AL-2002 e PO3045. Portanto, não é possível a
carga de um programa aplicativo elaborado para uma UCP PO3045 em uma UCP AL-2002 e
vice-versa.
Contudo, é possível a conversão de um programa aplicativo da UCP AL-2002 para ser utilizado na
UCP PO3045 com o programador MasterTool. Na janela de definição do módulo C no programador,
ao trocar o modelo de UCP de AL-2002 para PO3045, os módulos componentes do projeto
programados em linguagem de diagrama de relés são convertidos para o formato de código da UCP
PO3045, operação que é executada em poucos minutos. Caso o programa utilize módulos F
programados em linguagem assembly, estes não são convertidos, devendo ser substituídos pelos
equivalentes que acompanham o disquete do programador programados para o PO3045.
Para maiores detalhes, consultar o MasterTool Programming – Manual de Utilização do MasterTool.

Conversão de Código AL-2003 - PO3045/3145


A conversão de um programa aplicativo desenvolvido para a UCP AL-2003 para as UCPs PO3045 ou
PO3145 é feita diretamente pela ferramenta de programação MasterTool. Para isto, basta o programa
ser carregado e com a posterior declaração da UCP PO3045 ou PO3145.

41
Capítulo 4 Instalação

Instalação
Este capítulo apresenta os procedimentos para a instalação física das UCPs PO3045 e PO3145.
Adicionalmente, são relacionados cuidados com as outras instalações existentes no armário elétrico
ocupado pelo CP.

Inspeção Visual
Antes de proceder a instalação, é recomendável fazer uma inspeção visual cuidadosa dos
equipamentos, verificando se não há danos causados pelo transporte nos mesmos. Verifique se todos
os componentes de seu pedido estão em perfeito estado e qualquer problema detectado deve ser
informado à companhia transportadora e ao representante ou distribuidor ALTUS mais próximo.

CUIDADO:
Antes de retirar os módulos da embalagem, é importante a descarga de eventuais potenciais
estáticos acumulados no corpo. Para isso deve-se tocar (com as mãos nuas) em uma superfície
metálica aterrada qualquer, antes de manipular os módulos. Tal procedimento garante que os
níveis de eletricidade estática suportados pelo módulo não serão ultrapassados.

É importante registrar o número de série de cada equipamento recebido, bem como as revisões de
software, caso existentes. Essas informações serão necessárias caso necessite contatar o Suporte da
Altus.

Instalação Mecânica
Montagem dos Trilhos
Os trilhos devem ser condutivos (metálicos) e resistentes a corrosão. Os trilhos devem ser aterrados
para a proteção contra EMI. Eles devem estar de acordo com a norma DIN EN 50032, principalmente
no que se refere dimensões, e serem de boa qualidade. Recomendamos o emprego dos trilhos
QK1500.
A adequada fixação através de parafusos é necessária para resistir a vibrações mecânicas, ver figura
4-1.

Montagem das Bases


A partir do trilho devidamente instalado, procede-se a instalação das bases conforme os passos a
seguir, respeitando-se a ordem definida no projeto:
1. encostar a base na superfície do painel de montagem, conforme figura 4-1;
2. deslizar a base em direção ao trilho, até atingir o mesmo;
3. rotacionar a base em direção ao trilho até ocorrer o encaixe da trava deslizante (ver figura 4-1);
4. a partir da segunda base, deve-se recolher o conector deslizante (figura 4-2), e executar os passos
1, 2 e 3, até que a base esteja firmemente encaixada no trilho;
5. certificar-se que o gancho, existente no lado esquerdo das bases, esteja engatado na base à
esquerda (ver figura 4-2);
6. ao final, conecte o barramento, deslocando o conector deslizante totalmente para a esquerda, em
direção a base vizinha.
42
Capítulo 4 Instalação

Figura 4-1 Instalação da Base

Figura 4-2 Instalação da Base - Gancho

43
Capítulo 4 Instalação

Instalação Elétrica

PERIGO:
Ao realizar qualquer instalação em um painel elétrico, certifique-se de que a alimentação geral
do armário esteja DESLIGADA.

Bornes com Mola


Este tipo de borne possui um sistema de fixação baseado em uma mola, de elevada confiabilidade,
mesmo em ambientes sujeitos a vibração (ver figura 4-3). Para sua montagem, deve ser utilizada a
chave PO8523 (ver figura 4-3). A vantagem de seu emprego é a facilidade e rapidez de montagem
dos cabos elétricos . A capacidade de máxima de corrente deste borne é de 12 Ampéres por ponto, no
entanto, esta capacidade é limitada conforme a corrente máxima especificada pelo módulo
empregado.

ATENÇÃO:
Desaconselha-se usar terminais nos fios. O adequado contato elétrico é garantido
diretamente com o fio decapado; aconselha-se o uso de fios com acabamento estanhado.

Figura 4-3 Borne Mola

44
Capítulo 4 Instalação

Figura 4-4 Borne Mola

Para montar o fio no borne:


1. Inserir a chave PO8523 no orifício logo acima do borne para abrir a mola do borne.
2. Inserir o fio decapado no borne.
3. retirar a chave para fechar o borne

Conexões
A correta fixação dos cabos das UCPs e dos módulos do sistema garantem a segurança do
equipamento e seu correto funcionamento. Para isso, devem ser verificados os seguintes pontos:
• os cabos junto aos bornes de ligação do painel de montagem devem estar com conexão segura e
firme
• os bornes de alimentação e aterramento das partes do sistema devem estar firmes e bem
conectados, assegurando boa passagem de corrente
• a conexão do terra dos equipamentos ao terra do painel de montagem deve estar firme e com a
bitola de cabo correta, para garantir bom aterramento e imunidade à ruído

Alimentações
Conferir se as tensões das alimentações estão dentro dos valores especificados nas características
técnicas.

ATENÇÃO:
Onde houver alta tensão, colocar etiqueta de aviso e proteções que não permitam o fácil
acesso.

Fusíveis
Recomenda-se verificar os fusíveis do sistema, certificando-se que os mesmos estejam em bom
estado e com valor e tipo correto, antes de energizar o sistema.

ATENÇÃO:
Nunca se deve substituir um fusível por outro de maior valor de corrente, sob pena de causar
sérios danos ao equipamento.

45
Capítulo 5 Manutenção

Manutenção
Este capítulo trata da manutenção do sistema. Nele estão contidas informações sobre os problemas
mais comuns encontrados pelo usuário e procedimentos a serem tomados em caso de erros.

Diagnósticos
Existem três formar de identificar situações de diagnóstico, estas maneiras são as seguintes:
• Diagnósticos do Painel - Visual: observar os LEDs de indicação de estado.
• Diagnósticos via Operandos – Monitoração de operandos de diagnósticos do CP.
• Diagnósticos via Operandos no Ladder – o usuário pode programar via Ladder o tratamento de
diagnósticos gerados pelo CP, que estão disponíveis em operandos.

Diagnósticos do Painel
As UCPs PO3045 e PO3145 possuem LEDs no seu painel frontal para indicar diferentes modos de
operação, atividade da comunicação serial e carga da bateria, auxiliando também no diagnóstico de
possíveis erros. Estes LEDs são mostrados na figura 5-1.

Figura 5-1 LEDs de Indicação de Estado do CP

As tabelas a seguir que informam estados de LEDs seguem a seguinte representação:

Estado Representação
Ligado z
Piscando Intermitente X
Piscando 1 vez 1X
Piscando 2 vezes 2X
Piscando 3 vezes 3X
Piscando 4 vezes 4X
Desligado {
Qualquer Estado -

A tabela 5-1 apresenta os estados possíveis de serem visualizados nos LEDs EX, PG, ER e WD das
UCPs, o LED DG será visto na tabela 5-2.

46
Capítulo 5 Manutenção

Estado dos LEDs


Modo de Operação
EX PG DG ER WD
Execução z { - { {
Programação { z - { {
Ciclado z z - { {
Erro { { - z {
Erro de cão-de-guarda - - - - z
Tabela 5-1 LEDs de Identificação do Estado de Operação do CP

O LED DG tem a função de informar visualmente diagnósticos que estejam ocorrendo no momento,
a tabela 5-2 demonstra todas a possibilidades deste LED:

EX PG DG ER Estado Causa
Carregando módulo via serial
z { X { Execução Transferência de módulos entre RAM / Flash
Compactando RAM
Erro de declaração de módulos no barramento ou erro de
z { 1X {
parâmetros
z { 2X { Saídas desabilitadas

z { 3X { Ponto forçado

z { 4X { Módulo com diagnóstico

{ z X { Programação Carregando módulo / transferência


Erro de declaração de módulos no barramento ou erro de
{ z 1X {
parâmetros
{ z 4X { Módulo com diagnóstico

z z X { Ciclado Carregando módulo / transferência


Erro de declaração de módulos no barramento ou erro de
z z 1X {
parâmetros
z z 2X { Saídas desabilitadas

z z 3X { Ponto forçado

z z 4X { Módulo com diagnóstico

{ 1X { z Erro Erro sem módulo C000 e/ou E001

1X { { z Tempo de ciclo excedido

{ { 1X z Terminação ausente
Erro de configuração
{ { 2X z - Módulo sem parâmetros ou módulo exige parâmetros
- Erro de consistência no módulo C001
Módulo diferente do declarado na partida com consistência
{ { 3X z
ou com a troca a quente desabilitada
Módulo ausente ou excedente na partida com consistência
{ { 4X z
ou com troca a quente desabilitada
Tabela 5-2 Diagnósticos do LED DG

47
Capítulo 5 Manutenção

A tabela 5-3 apresenta os estados possíveis de serem visualizados nos LEDs que indicam a atividade
dos canais seriais. A figura 5-2 mostra a posição destes LEDs no painel frontal.

Atividade dos Canais Seriais Estado dos LEDs


COM1 / COM2 / COM3 TX RX
Sem atividade no canal { {
CP transmitindo mensagem X {
CP recebendo mensagem { X
CP transmitindo e recebendo mensagem continuamente X X
Tabela 5-3 LEDs de Transmissão e Recepção dos Canais Seriais

Figura 5-2 LEDs de Atividade da Comunicação Serial

O LED BT ao ligar indica a bateria está sem carga .

Figura 5-3 LED de Carga da Bateria

Diagnósticos via Operandos


Esta é uma característica que permite que o usuário tenha em operandos diagnósticos importantes do
sistema e dos módulos.
Para maiores detalhes da configuração dos operandos de diagnósticos, ver MasterTool Programming
Manual de Utilização (MU299025).
O diagnóstico em operandos permite ao usuário obter informações sobre o sistema ou sobre os
módulos, através de um supervisório, IHM ou mesmo dentro do programa aplicativo.
O diagnóstico do sistema informa status e erros gerais. O diagnóstico de módulos informa os status
dos módulos individualmente.

Diagnósticos do Sistema
Entende-se como diagnóstico do sistema todo a informação geral de status e erros do sistema.

48
Capítulo 5 Manutenção

Os diagnósticos fornecidos pelo sistema estão apresentados a seguir.

Modelo da UCP
Com este diagnóstico é possível identificar qual modelo da UCP.

Versão Executivo
Informa a versão do software executivo.

Configuração de troca a quente


Apresenta qual configuração de troca a quente foi definida (ver Configuração – Troca a Quente).

Estado de operação
Informa o estado em que a UCP se encontra, (ver Características de Operação - Modos de Operação
da UCP).

Diagnósticos Gerais
Permite identificar a ocorrência de situações diversas:
• Barramento com módulo não declarado: existe um ou mais módulos presentes no barramento
que não foram declarados na configuração (verificar os bytes 18 .. 37 do diagnóstico para
identificar qual módulo gerou esta ocorrência).
• Barramento com módulo ausente: existe um ou mais módulos declarados na configuração que
não estão sendo acessados. Isto ocorre caso o módulo tenha sido retirado em uma operação de
troca a quente, não está alimentado ou está com defeito (verificar os bytes 18 .. 37 do diagnóstico
para identificar qual módulo gerou esta ocorrência).
• Barramento com módulo trocado: existe um ou mais módulos que estão diferentes da
declaração (verificar os bytes 18 .. 37 do diagnóstico para identificar qual módulo gerou esta
ocorrência).
• Barramento com módulo em erro de parâmetros: existe um ou mais módulos que receberam
parâmetros e não os utilizam, ou não receberam parâmetros e os exigem (verificar os bytes 18 ..
37 do diagnóstico para identificar qual módulo gerou esta ocorrência). Para identificar
parâmetros errados é necessário analisar os diagnósticos individuais de cada módulo.
• Barramento com módulo em diagnóstico: existe um ou mais módulos que estão sinalizando
diagnóstico. Para identificar qual módulo está gerando esta ocorrência é necessário analisar os
diagnósticos individuais de cada módulo.
• Saídas desabilitadas: todos os pontos de saídas estão desligados, isto ocorre quando a UCP
recebe um comando de desabilitação das saídas ver o MasterTool Programming Manual de
Utilização (MU299025).
• Pontos de E/S forçados: existe pontos de E/S forçados na UCP, isto ocorre quando a UCP
recebe um comando de forçamento ver o MasterTool Programming Manual de Utilização
(MU299025).
• Movimentação de programa aplicativo: existe uma das seguintes operações ocorrendo: carga
de programa, leitura de programa, transferência de programa entra a RAM/Flash, apagando
Flash, compactando RAM ver o MasterTool Programming Manual de Utilização (MU299025).

Diagnósticos de Hardware Geral


• Perda de horário no relógio de tempo real: o relógio de tempo real do CP perdeu o horário,
possivelmente a bateria está descarrega ou não está colocada na base.
• Bateria descarregada / sem bateria: a bateria não possui mais carga para manter a
retentividade e o relógio de tempo real do CP ou não está colocada na base.

49
Capítulo 5 Manutenção

Contadores de erro do canal serial COM2 e COM3


• Erros da serial COM2: a cada erro ocorrido na comunicação serial este contador é
incrementado. Os tipos de erros computados neste contador são: overrun, paridade, framming.
Este são erros específicos de comunicação, caso este contador esteja sendo incrementado muitas
vezes por ciclo pode indicar problemas de qualidade na linha de comunicação na serial COM2.
• Erros da serial COM3: a cada erro ocorrido na comunicação serial este contador é
incrementado. Os tipos de erros computados neste contador são: overrun, paridade, framming.
Este são erros específicos de comunicação, caso este contador esteja sendo incrementado muitas
vezes por ciclo pode indicar problemas de qualidade na linha de comunicação na serial COM3.

Tempo Ciclo do CP
Informa os tempos de ciclo do CP (tempo do programa aplicativo).
Os tempo informados são os seguintes:
• Tempo de execução médio
• Tempo de execução máximo
• Tempo de execução mínimo
• Tempo de execução instantâneo

Estado dos Módulos


Os bytes de diagnósticos 18 – 37, que representam status dos módulos, podem assumir os valores
individuais por módulo, demonstrados na tabela 5-4

Estados dos
Descrição
módulos
0 0 0 0 Módulo na posição XX OK ou Posição vazia

0 0 0 1 Módulo na posição XX foi encontrado no barramento e não está declarado

0 0 1 0 Módulo na posição XX não responde ou está ausente

0 0 1 1 Identificação do módulo na posição XX é diferente do programado

0 1 0 0 Módulo na posição XX está trancado


Erro de envio de parâmetros para módulo não parametrizável, ou, erro de não
0 1 0 1
envio de parâmetros para módulo parametrizável.
0 1 1 0 O módulo na posição XX estava inativo na verificação anterior

Tabela 5-4 Estados de Módulos

Byte 0 – Modelo da UCP


Descrição
7 6 5 4 3 2 1 0
1 1 0 0 0 1 1 0 PO3045
1 1 0 0 0 1 1 1 PO3145
1 1 0 0 1 0 0 0 PO3245
1 1 0 0 1 0 0 1 PO3345
Byte 1 – Reservado Descrição
x x x x x x x x Reservado
Byte 2 – Versão do Executivo H Descrição
x x x x x x x x Byte alto da versão do executivo
Byte 3 – Versão do Executivo L Descrição
x x x x x x x x Byte baixo da versão do executivo
Byte 4 – Configuração de Troca a Quente Descrição
0 0 Troca a quente desabilitada
0 1 Habilita troca a quente sem consistência na partida

50
Capítulo 5 Manutenção

1 0 Valor inválido
1 1 Habilita troca a quente com consistência na partida
X x x x x x Reservado
Byte 5 – Estado de Operação Descrição
0 0 0 1 Modo TESTE
0 0 1 0 Modo CICLADO
0 1 0 0 Modo PROGRAMAÇÂO
1 0 0 0 Modo EXECUÇÂO
x x x x Reservado
Byte 6 – Diagnósticos Gerais Descrição
0 Não há módulos não declarados no barramento
1 Barramento com módulo não declarado
0 Não há módulos ausentes no barramento
1 Barramento com módulo ausente
0 Não há módulos trocados no barramento
1 Barramento com módulo trocado
0 Não há módulos com erro nos parâmetros no barramento
1 Barramento com módulo em erro de parâmetros
0 Não há módulo em diagnóstico no barramento
1 Barramento com módulo em diagnóstico
0 Saídas estão habilitadas
1 Saídas estão desabilitadas
0 Não há pontos de E/S forçados
1 Pontos de E/S forçados
0 Não há movimentação de programa aplicativo
1 Movimentação de programa aplicativo
Byte 7 – Diagnóstico Hardware Geral Descrição
1 Perda de horário no relógio de tempo real
0 Dados no relógio não foram perdidos
1 Bateria descarregada / sem bateria
0 Bateria OK
x x x x x x Reservado
Byte 8 – Contador de erros COM2 Descrição
x x x x x x x x Erros da serial COM2
Byte 9 – Contador de erros COM3 Descrição
x x x x x x x x Erros da serial COM3

Byte 10 – Tempo de execução médio H Descrição


x x x x x x x x Tempo de execução médio H
Byte 11 – Tempo de execução médio L Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução médio L
Byte 12 – Tempo de execução máximo H Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução máximo H
Byte 13 – Tempo de execução máximo L Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução máximo L
Byte 14 – Tempo de execução mínimo H Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução mínimo H
Byte 15 – Tempo de execução mínimo L Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução mínimo L
Byte 16 – Tempo de execução instantâneo H Descrição

51
Capítulo 5 Manutenção

x x x x x x x x Tempo de execução instantâneo H


Byte 17 – Tempo de execução instantâneo L Descrição
x x x x x x x x Tempo de execução instantâneo L
Byte 18 – Estado dos módulos 0-1 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 00
x x x x Estado do módulo na posição 01
Byte 19 – Estado dos módulos 2-3 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 02
x x x x Estado do módulo na posição 03
Byte 20 – Estado dos módulos 4-5 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 04
x x x x Estado do módulo na posição 05
Byte 21 – Estado dos módulos 6-7 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 06
x x x x Estado do módulo na posição 07
Byte 22 – Estado dos módulos 8-9 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 08
x x x x Estado do módulo na posição 09
Byte 23 – Estado dos módulos 10-11 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 10
x x x x Estado do módulo na posição 11
Byte 24 – Estado dos módulos 12-13 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 12
x x x x Estado do módulo na posição 13
Byte 25 – Estado dos módulos 14-15 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 14
x x x x Estado do módulo na posição 15
Byte 26 – Estado dos módulos 16-17 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 16
x x x x Estado do módulo na posição 17
Byte 27 – Estado dos módulos 18-19 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 18
x x x x Estado do módulo na posição 19

Byte 28 – Estado dos módulos 10-11 Descrição


x x x x Estado do módulo na posição 20
x x x x Estado do módulo na posição 21
Byte 29 – Estado dos módulos 12-13 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 22
x x x x Estado do módulo na posição 23
Byte 30 – Estado dos módulos 14-15 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 24
x x x x Estado do módulo na posição 25
Byte 31 – Estado dos módulos 16-17 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 26
x x x x Estado do módulo na posição 27
Byte 32 – Estado dos módulos 18-19 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 28

52
Capítulo 5 Manutenção

x x x x Estado do módulo na posição 29


Byte 33 – Estado dos módulos 10-11 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 30
x x x x Estado do módulo na posição 31
Byte 34 – Estado dos módulos 12-13 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 32
x x x x Estado do módulo na posição 33
Byte 35 – Estado dos módulos 14-15 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 34
x x x x Estado do módulo na posição 35
Byte 36 – Estado dos módulos 16-17 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 36
x x x x Estado do módulo na posição 37
Byte 37 – Estado dos módulos 18-19 Descrição
x x x x Estado do módulo na posição 38
x x x x Estado do módulo na posição 39
Tabela 5-5 Diagnósticos em Operandos

Diagnósticos do Módulo
Uma das características da Série Ponto é a geração de diagnósticos de anormalidades, sejam elas
falhas, erros ou modos de operação, possibilitando ao usuário identificar e solucionar problemas, que
venham a ocorrer com o sistema, com grande facilidade.
Os diagnósticos dos módulos são referente ao módulo, que ao declarar no barramento o usuário
informa quais operandos armazenam as respectivas palavras de diagnósticos.

Led de Diagnóstico
Todos os módulos da Série Ponto possuem LEDs de diagnóstico para informar visualmente e de
forma rápida, sem o uso de ferramentas, o estado de funcionamento dos mesmos.
Existe um LED em especial, identificado por DG, presente em todos os módulos da Série Ponto, que
indica qualquer anormalidade ou funcionamento excepcional que esteja ocorrendo, através de um
código intermitente (pisca).
A permanência do LED DG aceso indica a ausência de diagnóstico e que o módulo está sendo
regularmente acessado. Os sintomas são identificados através de seqüências de piscadas rápidas, de
uma até quatro, intercaladas por intervalos maiores (LED apagado), e classificadas por prioridade:
caso exista mais de uma indicação para fazer, somente o de mais alta prioridade (quatro piscadas)
será visualizado no LED; a indicação de mais baixa prioridade só será visualizada quando a causa da
indicação de prioridade superior for resolvida.

ATENÇÃO:
Consultar a Característica Técnica (CT) ou o Manual de Utilização (MU) do módulo, para
identificar a causa e a solução do diagnóstico indicado pelos LEDs do painel.

Palavras de Diagnóstico
O estado de funcionamento dos módulos também pode ser obtida com a leitura do diagnóstico
(palavras de diagnóstico) através de ferramentas como o MasterTool e supervisórios, ou IHMs como
a Série FOTON, utilizando-se o canal serial do módulo.
Em alguns casos a indicação de diagnóstico através de palavras pode ser mais específica que através
dos LEDs, pois esta última permite somente quatro tipos de indicações (de uma até quatro piscadas),
enquanto que através de palavras pode ser listada uma grande quantidade de informação.

53
Capítulo 5 Manutenção

Consultar a Característica Técnica (CT) ou o Manual de Utilização (MU) do módulo para identificar
os endereços de leitura das palavras de diagnóstico, bem como a causa e a solução dos diagnósticos
indicados pelas palavras.

Erros na Operação
Esta seção lista anormalidades mais comuns encontradas na operação dos CPs PO3045 e PO3145.
Nela estão incluídas explicações sobre a identificação de cada tipo de erro e procedimentos a serem
executados a fim de corrigi-lo.
EX PG DG ER WD Estado Significado Causa
Circuito de cão-de-guarda Erro no programa aplicativo
- - - - z Watchdog
da UCP ativo UCP está com defeito
Não existe os módulos de programa
indispensáveis (C-.000 e/ou E-.001)
{ 1X { z { Erro Erro de programa na UCP O programa aplicativo está com erro ou o
"Checksum" de algum módulo de programa
está incorreto.
Erro de execução do Durante a execução do programa aplicativo
1X { { z { Erro
programa ou de E/S o tempo de ciclo foi excedido.
A terminação não está presente na última
base do barramento
{ { 1X z { Erro Terminação ausente
Terminação está invertida
Barramento com defeito
Um módulo exigia parâmetros e não
recebeu ou recebeu parâmetros e não
{ { 2X z { Erro Erro de configuração exigia.
Houve um erro de consistência no módulo
C001.
Módulo diferente do configurado caso a
{ { 3X z { Erro Declaração errada troca a quente esteja desabilitada, ou
durante a partida com consistência

Módulo ausente ou excedente caso a troca


{ { 4X z { Erro Barramento com erro a quente esteja desabilitada, ou durante a
partida com consistência.

{ 1X { { { Carga UCP em modo de carga A chave CH2 está ma posição errada

O software executivo não esta presente na


1X 1X { { { Teste UCP em modo de teste
Flash

Tabela 5-6 Situações de Erros da UCP

54
Capítulo 5 Manutenção

Significado Ação
Desligar e religar a alimentação AC do sistema.
Se o erro persistir, conectar o programador e passar o CP para modo programação,
Circuito de cão-de-guarda da disparando o comando nos três segundos iniciais após a energização. Se a UCP passar
UCP ativo para modo programação, existe algum erro no programa aplicativo, devendo o mesmo ser
analisado.
Caso não seja possível entrara em programação, a UCP está com defeito.
Consultar a causa do erro com o programador na janela de informações de estado do CP.
Se o programa aplicativo está correto ou a causa do erro foi "Checksum" incorreto, passar
Erro de programa na UCP para modo programação, remover todos os módulos de programa e carregar novamente
todo o programa aplicativo.
Caso persista o erro, a UCP está com defeito.
Consultar a causa do erro com o programador na janela de informações de estado do CP.
Observar o LED de diagnóstico ou monitorar os operandos de diagnóstico do sistema. Se o
Erro de execução do
erro for de tempo de ciclo, deve-se reduzir o programa até atingir o tempo de ciclo desejado
programa ou de E/S
ou aumentar o tempo máximo de ciclo no programador. Para maiores informações,
consultar o manual de utilização do software programador utilizado.
Verifique se a terminação está presente e colocada na posição correta (com a etiqueta
visível e na última base do barramento). Caso esteja, verifique se as bases estão
Terminação ausente
corretamente conectadas entre si. Caso se tenha módulos de expansão PO7078 verificar
se os cabos PO8500 e PO8501 estão conectados as expansões.
A UCP recebeu uma configuração inválida de parâmetros para módulos, onde um módulo
que não possuía parâmetros recebeu, ou um módulo que exigia não os recebeu.
Houve um erro de consistência no módulo C001, um módulo de configuração com
Erro de configuração
informações inválidas.
Isto pode ocorrer caso o módulo C001 tenha sido modificado por alguma aplicação
diferente do programador ou por um programador com uma versão muito antiga.
A UCP detectou um módulo diferente do configurado caso a troca a quente esteja
desabilitada, ou ainda ocorrer o mesmo erro de detecção durante a sua partida com
Declaração errada
consistência.
Verifique a configuração no programador.
Caso todos os módulos estejam no barramento e mesmo assim o CP está entrando em
erro, pode haver algum módulo ou base com defeito.
Para solucionar retirar todos os módulos do barramento e inseri-los um a um, a cada
Barramento com erro módulo colocado inserir na configuração também, testar o funcionamento do CP até voltar
a configuração completa. No caso de identificar um módulo com problema substituir este
módulo, caso não solucione substituir a base, não havendo solução do problema, substituir
um a um os módulos de E/S e finalmente a UCP.

Neste modo a UCP não tem as funcionalidades de CP.


UCP em modo de carga Para retirar a UCP deste modo a chave CH2 deve estar na posição 3.
A chave CH2 está na parte inferior do módulo UCP PO3045 ou PO3145.

Neste modo a UCP não tem as funcionalidades de CP.


UCP em modo de teste Não é possível retirar a UCP deste modo contate o suporte e encaminhe o módulo para
manutenção.

55
Capítulo 5 Manutenção

Outras Situações de Erro


Situação Ação
Verificar o modelo e as condições do cabo de interligação do
microcomputador e a UCP.
Conferir se o canal de comunicação utilizado no microcomputador é o
LED RX ALNET I não pisca quando se selecionado pelo programador.
buscam informações do CP com o Verificar o aterramento entre os equipamentos.
programador através de canal serial Caso persista o erro, provavelmente a porta serial do microcomputador ou do
CP estão danificadas.
Substituir a UCP e utilizar outro microcomputador ou outra porta serial com o
software programador

Verificar as condições do cabo de interligação do microcomputador e a UCP.


LED RX pisca e LED TX não pisca
Verificar a velocidade de comunicação, habilitação dos sinais de modem, no
quando se buscam informações do CP
caso da PO3145 verificar se o canal esta configurado como ALNET I.
com o software programador através
Para protocolos diferente do ALNET I, verificar as configurações. Persistindo
deste canal serial
o erro, substituir a UCP

LED BATT LOW ligado: A bateria da


Substituir a bateria da fonte pelo modelo especificado na CT do módulo, na
fonte de alimentação está
seção correspondente ao modelo de fonte utilizado
descarregada ou não está instalada
Os módulos podem piscar o LED DG em freqüências diferentes para indicar
LED DG em algum módulo de E/S está algum diagnóstico.
ligado Para solucionar deve-se ler a CT do módulo para identificar o motivo do
diagnóstico e soluciona-lo.
LED DG em algum módulo de E/S não
Verificar na CT as conexões de alimentação
acende
Pontos de entrada ou saída analógica Verificar se os cabos e as instalações respeitam as especificações descritas
com leituras erradas na CT do módulo.

Tabela 5-7 Outras Situações de Erros da UCP

ATENÇÃO:
Nunca se deve substituir um fusível por outro de maior valor de corrente, sob pena de causar
sérios danos ao equipamento.

ATENÇÃO:
Se após a execução destes procedimentos o problema não for resolvido, recomenda-se
anotar os procedimentos executados, substituir os equipamentos avariados e entrar em
contato com o Departamento de Suporte da ALTUS para manutenção do sistema.

Troca da Bateria
A bateria tem uma vida útil estimada em um ano, ou mais em função da temperatura ambiente. A
necessidade da troca da mesma é indicada pelo LED BT de diagnóstico no painel ativado ou via
operandos conforme tabela 5.5.
A troca deve ser efetuada, conforme descrito nas etapas abaixo.
1. Antes de manusear a UCP para efetuar a troca da bateria, medidas preventivas devem ser
tomadas, visto que o sistema é sensível a cargas eletrostáticas. Desta forma, recomenda-se tocar
em algum objeto metálico aterrado antes da troca da bateria.

56
Capítulo 5 Manutenção

2. A tampa do compartimento da bateria, situada na base do módulo PO6500, deve ser aberta. Para
isto, a tampa deve ser deslocada em direção indicada pela seta Open.
3. A bateria será retirada, comprimindo com a ponta do dedo, a parte superior, como indicado em
(1) na figura 5.4, a mesma se deslizará para baixo.
4. A nova bateria deve ser posicionada com a polaridade positiva (+) voltada para o lado externo da
base. A mesma deve ser colocada, deslizando-a de baixo para cima, conforme indicado em (2) na
figura 5.4.
5. Verifique se o LED de indicação da bateria desliga após a instalação da bateria nova. Isto
indicará que a bateria possui a tensão adequada para funcionamento.

Figura 5-4 Troca da Bateria

Para troca da bateria, recomendamos o emprego da peça de reposição referenciada como PO8530.
A UCP poderá estar energizada e em modo de execução, durante a troca da bateria.

PERIGO:
A instalação da bateria com a polaridade invertida poderá causar a explosão da mesma e danos ao
produto.

Manutenção Preventiva
• Deve-se verificar, a cada ano, se os cabos de interligação estão com as conexões firmes, sem
depósitos de poeira, principalmente os dispositivos de proteção
• Em ambientes sujeitos a extrema contaminação, deve ser efetuada limpeza periódica e preventiva
no equipamento, retirando-se resíduos, poeira, etc.

57
Capítulo 6 Troca a Quente

Troca a Quente
A troca à quente de módulos de E/S é uma característica necessária nos sistemas de controle para
diversos tipos de processos, presentes nos controladores programáveis PO3045 e PO3145. Ela
consiste na substituição de módulos de E/S sem interromper a execução do controle do sistema.
O comportamento do sistema durante uma troca a quente pode ser configurado através de um
parâmetro. O sistema pode dois tipos de comportamento ao ser removido um módulo:
• o sistema gera um diagnóstico de módulo ausente e os outros módulos continuam funcionando
normalmente
• o sistema gera um diagnóstico de módulo ausente e os outros módulos são desligados
Detalhes sobre esta parametrização são encontrados nos item

CUIDADO:
Antes de qualquer manutenção, é importante a descarga de eventuais potenciais estáticos
acumulados no corpo. Para isso deve-se tocar (com as mãos nuas) em uma superfície metálica
aterrada qualquer, antes de manipular os módulos. Tal procedimento garante que os níveis de
eletricidade estática suportados pelo módulo não serão ultrapassados.

O procedimento para troca a quente de módulos é descrito a seguir:


1. Afastar a trava que prende o módulo a base;
2. Retirar o módulo puxando-o firmemente;
3. Colocar o novo módulo, empurrando-o perpendicularmente em direção a base, através de um
movimento único;
4. Certificar-se que a trava que prende o módulo na base está totalmente conectada no módulo; caso
necessário, empurre-a em direção ao módulo;
No caso de módulos de saída é conveniente que os pontos estejam desligados por ocasião da troca.
Isto pode ser feito pelo desligamento da fonte de campo ou pelo forçamento dos pontos via
ferramentas de software. Este procedimento tem o fim de reduzir a geração de arcos no conector do
módulo. Se a carga for pequena não há necessidade de desligar os pontos.

ATENÇÃO:
Proceda sempre a substituição de um módulo por vez, para que a UCP atualize o estados dos
módulos.

58
Apêndice A Comunicação MODBUS

Comunicação MODBUS

Redes MODBUS
A filosofia de funcionamento de uma rede MODBUS é Mestre-Escravo, ou seja, o mestre, que é
único, toma a iniciativa da comunicação com os escravos.
Os dispositivos escravos, que podem ser até 247, sempre estão escutando a rede, caso seja recebido
uma requisição com seu endereço processa e responde. Caso seja Broadcast só processa e não
fornece resposta.
A rede MODBUS pode ser utilizada para busca de pontos de entrada e saída (E/S) nos escravos,
como mostra a figura A-1.

Figura A-1 Arquitetura da Rede MODBUS

Também se utiliza o protocolo MODBUS para troca de dados entre dispositivos, exemplo CPs, como
mostra a figura A-2.

Figura A-2 Rede MODBUS para Troca de Dados entre CPs

59
Apêndice A Comunicação MODBUS

Fluxo de Operação do Mestre - PO3145


O Protocolo MODBUS Mestre processa as requisições da seguinte forma:
Para cada relação existe um contador de tempo, esta parte do controle verifica se uma relação já teve
o seu tempo de Polling decorrido, e as relações nesta condição na fila de envio de relações.
Fila de Relações é uma estrutura que contem quais e em qual ordem as relações serão transmitidas.
O processo de transmissão inicia verificando se possui alguma relação na fila de relações. Caso tenha
então executa o interpretador de relações que monta um frame para transmissão e envia via rede.
Caso a opção relação prioritária esteja habilitada, será enviado uma relação da lista de relações e a
relação 1 (um) que é a prioritária, alternadamente.
Após a transmissão, espera o frame de resposta. Caso não receba antes que o timeout espire, envia a
pergunta novamente e decrementa o contador de retentativas, até que este seja esgotado. Quando
ocorrer um erro na comunicação (paridade, framing, CRC, etc) também o frame é retransmitido e o
contador de retentativas é decrementado.
Quando recebe um frame com endereço, função e CRC corretos, chama o interpretador de relações
para processar a resposta e atualiza os operandos de status da relação.
Este ciclo é executado a cada varredura do programa aplicativo. Caso durante a execução do
programa aplicativo duas ou mais relações estejam prontas, a primeira que foi declarada será
executada e a outra irá para a fila de relações prontas sendo atendida somente no próximo ciclo do
programa aplicativo.
Caso uma relação fique pronta e já exista relações na fila, então está irá para o final da fila, pois
relações que fiquem prontas antes são executadas primeiro.

Qualquer relação pode ser habilitada ou desabilitada durante a execução do programa


aplicativo, inclusive a relação prioritária.

As relações configuradas como “Broadcast” são executadas somente até a sua transmissão e
não esperam resposta nem consideram retentativas.

Fluxo de Operação do Escravo - PO3145


Protocolo MODBUS Escravo é executado a cada ciclo do programa aplicativo e procede da seguinte
forma:
O Protocolo MODBUS Escravo verifica se existe algum frame recebido via serial. Se houver testa se
é um frame para o seu endereço de nó, testa o CRC e verifica se é uma das funções suportada por seu
interpretador.
Sendo válida a função, executa o interpretador que processa o frame e monta a resposta. O envio da
resposta depende se o frame recebido é um comando Broadcast ou não. Se for, não transmite a
resposta.
Recebendo um frame inválido ou que não seja para seu endereço de nó, descarta o mesmo e não
transmite nada via rede.

60
Glossário

Glossário da Série Ponto


• Barramento: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma UCP ou Cabeça de Rede de
Campo.
• Barramento Local: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma UCP.
• Barramento Remoto: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma cabeça de rede de campo.
• Base : Componente onde são inseridos os módulos de E/S, UCPs, fontes e demais módulos da
Série Ponto.
• Cabeça de Rede de Campo: Módulo escravo de uma rede de campo. É responsável pela troca
de dados entre seus módulos e com um mestre de rede de campo.
• Cabo de Expansão: Cabo que interliga os expansores de barramento.
• Cabo da Rede de Campo: Cabo que conecta os nós de uma rede de campo, tal como a Interface
de Rede de Campo e as Cabeça de Rede de Campo.
• Código Chave Mecânica: Dois dígitos que são definidos por meio de chaves mecânicas,
programáveis na base com objetivo de impedir a montagem de módulos não compatíveis.
• Código Comercial: É o código do produto, formado pelas letras PO e seguidos por quatro
números.
• Endereço da Cabeça de Rede de Campo: É o endereço de um nó da rede de campo. É ajustado
na base do módulo de cabeça de rede de campo.
• Expansor de Barramento: Módulo que interliga um segmento de barramento em outro
• Fiação de campo: Cabos que conectam sensores, atuadores e outros dispositivos do
processo/máquina nos módulos de E/S da Série Ponto.
• Interface de Rede de Campo: Módulo mestre de redes de campo, localizado no barramento
local destinado a fazer a comunicação com cabeças de rede de campo.
• Segmento de barramento: Parte de um barramento. Um barramento local ou remoto pode ser
dividido em no máximo quatro segmentos de barramento.
• Terminação de Barramento: Componente que deve ser conectado no último módulo de um
barramento.
• Trilho: Elemento metálico com perfil normalizado segundo a norma DIN50032, também
chamado de trilho TS35.
• UCP: Unidade Central de Processamento, responsável pela execução do programa aplicativo.

Glossário de Redes
• Acesso ao meio: Método utilizado por todos os nós de uma rede de comunicação para
sincronizar as transmissões de dados e resolver possíveis conflitos de transmissões simultâneas.
• Backoff: Tempo que um nó de uma rede tipo CSMA/CD aguarda antes de voltar a transmitir
dados após a ocorrência de colisão no meio físico.
• Baud rate: Taxa com que os bits de informação são transmitidos através de uma interface serial
ou rede de comunicação. (medido em Bits/segundo)

61
• Bridge (ponte) : Equipamento para conexão de duas redes de comunicação dentro de um mesmo
protocolo.
• Broadcast: Disseminação simultânea de informação a todos os nós interligados a uma rede de
comunicação.
• Canal serial: Interface de um equipamento que transfere dados no modo serial.
• CSMA/CD. Disciplina de acesso ao meio físico, baseada na colisão de dados, utilizada pelas
redes ETEHRNET.
• EIA RS-485: Padrão industrial (nível físico) para comunicação de dados.
• Escravo: Equipamento ligado a uma rede de comunicação que só transmite dados se for
solicitado por outro equipamento denominado mestre.
• Frame: Uma unidade de informação transmitida na rede.
• Gateway: Equipamento para a conexão de duas redes de comunicação com diferentes
protocolos.
• Mestre: Equipamento ligado a uma rede de comunicação de onde se originam solicitações de
comandos para outros equipamentos da rede.
• Multicast: Disseminação simultânea de informação a um determinado grupo de nós interligados
a uma rede de comunicação.
• Nó ou nodo: Qualquer estação de uma rede com capacidade de comunicação utilizando um
protocolo estabelecido.
• Peer to peer: é um tipo de comunicação onde dois parceiros trocam dados e/ou avisos sem
depender de um mestre.
• Protocolo: Regras de procedimentos e formatos convencionais que, mediante sinais de controle,
permitem o estabelecimento de uma transmissão de dados e a recuperação de erros entre
equipamentos.
• Rede de comunicação determinística: Rede de comunicação onde a transmissão e recepção de
informações entre os diversos nós é garantida com um tempo máximo conhecido.
• Rede de comunicação mestre-escravo: Rede de comunicação onde as transferências de
informações são iniciadas somente a partir de um único nó (o mestre da rede) ligado ao
barramento de dados. Os demais nós da rede (escravos) apenas respondem quando solicitados.
• Rede de comunicação multimestre. Rede de comunicação onde as transferências de
informações são iniciadas por qualquer nó ligado ao barramento de dados.
• Rede de comunicação: Conjunto de equipamentos (nós) interconectados por canais de
comunicação.
• Sub rede: Segmento de uma rede de comunicação que interliga um grupo de equipamentos (nós)
com o objetivo de isolar o tráfego local ou utilizar diferentes protocolos ou meio físicos.
• Time-out: Tempo preestabelecido máximo para que uma comunicação seja completada, que, se
for excedido, provoca a ocorrência de um erro de comunicação.
• Token: é uma marca que indica quem é o mestre do barramento no momento.

Glossário Geral
• Algoritmo: Seqüência finita de instruções bem definidas objetivando a resolução de problemas.
• Arrestor: Dispositivo de proteção contra raios carregado com gás inerte.
• Barramento: Conjunto de sinais elétricos agrupados logicamente com a função de transferir
informação e controle entre diferentes elementos de um subsistema.
• Bit: Unidade básica de informação, podendo estar no estado 0 ou 1.

62
• Byte: Unidade de informação composta por oito bits.
• Ciclo de varredura: Uma execução completa do programa aplicativo de um controlador
programável.
• Circuito de cão-de-guarda: Circuito eletrônico destinado a verificar a integridade no
funcionamento de um equipamento.
• Controlador Programável: Equipamento que realiza controle sob o comando de um programa
aplicativo escrito em linguagem de relés e blocos. Compõe se de uma UCP, fonte de alimentação
e estrutura de entrada/saída.
• Database: banco de dados.
• Default: valor pré-definido para uma variável, utilizado em caso de não haver definição.
• Diagnóstico. Procedimento utilizado para detectar e isolar falhas. É também o conjunto de dados
usados para tal determinação, que serve para a análise e correção de problemas.
• Download: carga de programa ou configuração nos módulos.
• Encoder: transdutor para medidas de posição.
• Endereço de módulo: Endereço pelo qual o CP realiza acessos a um determinado módulo de
E/S colocado no barramento.
• EPROM (Erasable Programmable Read Only Memory) : Memória somente de leitura,
apagável e programável. Não perde seu conteúdo quando desenergizada.
• Estação de supervisão: Equipamento ligado a uma rede de CPs ou instrumentação com a
finalidade de monitorar ou controlar variáveis de um processo.
• E2PROM: Memória não volátil, que pode ser apagada eletricamente.
• E/S (entrada/saída): Dispositivos de entrada e/ou saída de dados de um sistema. No caso de
CPs, correspondem tipicamente a módulos digitais ou analógicos de entrada ou saída, que
monitoram ou acionam o dispositivo controlado.
• Flash EPROM. Memória não volátil que pode ser apagada eletricamente.
• Hardkey: Conector normalmente ligado à interface paralela do microcomputador com a
finalidade de impedir a execução de cópias ilegais de um software.
• Hardware: Equipamentos físicos usados em processamento de dados, onde normalmente são
executados programas (software).
• IEC Pub. 144 (1963): norma para proteção contra acesso incidentais ao equipamento e vedação
para água, pó ou outros objetos estranhos ao equipamento.
• IEC 1131: Norma genérica para operação e utilização de Controladores Programáveis.
• IEC-536-1976: Norma para proteção contra choque elétrico
• IEC-801-4: norma para testes de imunidade a intefer6encias por trem de pulsos
• IEEE C37.90.1 (SWC- Surge Withstand Capability): norma para proteção contra ruídos tipo
onda oscilatória.
• Interface: Dispositivo que adapta elétrica e/ou logicamente a transferência de sinais entre dois
equipamentos.
• Interrupção: Evento com atendimento prioritário que temporariamente suspende a execução de
um programa.
• Kbytes: Unidade representativa de quantidade de memória. Representa 1024 bytes.
• LED (Light Emitting Diode): Tipo de diodo semicondutor que emite luz quando estimulado por
eletricidade. Utilizado como indicador luminoso.
• Linguagem Assembly: Linguagem de programação do microprocessador, também conhecida
como linguagem de máquina.

63
• Linguagem de programação: Um conjunto de regras, de convenções e de sintaxe utilizado para
a elaboração de um programa.
• Linguagem de Relés e Blocos ALTUS: Conjunto de instruções e operandos que permitem a
edição de um programa aplicativo para ser utilizado em um CP.
• Lógica: Matriz gráfica onde são inseridas as instruções da linguagem de diagrama de relés que
compõem um programa aplicativo. Um conjunto de lógicas ordenadas seqüencialmente constitui
um módulo de programa.
• Menu: Conjunto de opções disponíveis e exibidas no vídeo por um programa, a serem
selecionadas pelo usuário a fim de ativar ou executar uma determinada tarefa.
• Módulo de configuração (Módulo C) : Módulo único em um programa de CP que contém
diversos parâmetros necessários ao funcionamento do controlador, tais como a quantidade de
operandos e a disposição dos módulos de E/S no barramento.
• Módulo de E/S: Módulo pertencente ao subsistema de Entradas e Saídas.
• Módulo função (Módulo F): Módulo de um programa de CP que é chamado a partir do módulo
principal (módulo E) ou a partir de outro módulo função ou procedimento, com passagem de
parâmetros e retorno de valores, servindo como uma sub-rotina.
• Módulo procedimento (Módulo P): Módulo de um programa de CP que é chamado a partir do
módulo principal (módulo E) ou a partir de outro módulo procedimento ou função, sem a
passagem de parâmetros.
• Módulo (quando se referir a hardware): Elemento básico de um sistema completo que possui
funções bem definidas. Normalmente é ligado ao sistema por conectores podendo ser facilmente
substituído.
• Módulo (quando se referir a software): Parte de um programa aplicativo capaz de realizar uma
função específica. Pode ser executado independentemente ou em conjunto com outros módulos
trocando informações através da passagem de parâmetros.
• Módulos execução (Módulo E): Módulos que contêm o programa aplicativo, podendo ser de
três tipos: E000, E001 e E018. O módulo E000 é executado uma única vez na energização do CP
ou na passagem de programação para execução. O módulo E001 contém o trecho principal do
programa que é executado ciclicamente, enquanto que o módulo E018 é acionado por interrupção
de tempo.
• Nibble: Unidade de informação composta por quatro bits.
• Octeto: Conjunto de oito bits numerados de 0 a 7.
• Operandos: Elementos sobre os quais as instruções atuam. Podem representar constantes,
variáveis ou conjunto de variáveis.
• PC (Programmable Controller): Abreviatura de Controlador Programável em inglês.
• Ponte-de-ajuste: Chave de seleção de endereços ou configuração, composta por pinos presentes
na placa do circuito e um pequeno conector removível, utilizado para a seleção.
• Posta-em-marcha: Procedimento de depuração final do sistema de controle, quando os
programas de todas as estações remotas e UCPs são executados em conjunto, após terem sido
desenvolvidos e verificados individualmente.
• Programa aplicativo: É o programa carregado em um CP, que determina o funcionamento de
uma máquina ou processo.
• Programa executivo: Sistema operacional de um controlador programável; controla as funções
básicas do controlador e a execução de programas aplicativos.
• RAM (Random Access Memory): Memória onde todos os endereços podem ser acessados
diretamente de forma aleatória e a mesma velocidade. É volátil, ou seja, seu conteúdo é perdido
quando desenergizada, a menos que possua bateria para retenção dos valores.
• Ripple: Ondulação presente em tensão de alimentação contínua.

64
• Sistema redundante: Sistema que contém elementos de reserva ou duplicados para executar
determinada tarefa, que podem tolerar determinados tipos de falha sem que execução da tarefa
seja comprometida.
• Software: Programas de computador, procedimentos e regras relacionadas à operação de um
sistema de processamento de dados.
• Soquete: Dispositivo no qual se encaixam circuitos integrados ou outros componentes,
facilitando a substituição dos mesmos e simplificando a manutenção.
• Subsistema de E/S: Conjunto de módulos de E/S digitais ou analógicos e interfaces de um
Controlador Programável.
• Tag: Nome associado a um operando ou a uma lógica que permite uma identificação resumida
de seu conteúdo.
• Toggle. Elemento que possui dois estados estáveis, trocados alternadamente a cada ativação.
• Troca a quente: Procedimento de substituição de módulos de um sistema sem a necessidade de
desenergização do mesmo. Normalmente utilizado em trocas de módulos de E/S.
• UCP ativa: Em um sistema redundante, é a UCP que realiza o controle do sistema, lendo os
valores dos pontos de entrada, executando o programa aplicativo e acionando os valores das
saídas.
• UCP inoperante: UCP que não está no estado ativo (controlando o sistema) nem no estado
reserva (supervisionando a UCP ativa), não podendo assumir o controle do sistema.
• UCP redundante: Corresponde à outra UCP do sistema, em relação à que o texto do manual
está se referindo. Por exemplo, a UCP redundante da UCP 2 é a UCP 1 e vice versa.
• UCP reserva: Em um sistema redundante, é a UCP que supervisiona a UCP ativa, não
realizando o controle do sistema, estando pronta para assumir o controle em caso de falha na
UCP ativa.
• UCP: Unidade central de processamento. Controla o fluxo de informações, interpreta e executa
as instruções do programa e monitora os dispositivos do sistema.
• Upload: leitura de programa ou configuração dos módulos.
• Varistor: Dispositivo de proteção contra surto de tensão.
• Word: Unidade de informação composta por dezesseis bits.

Principais Abreviaturas
• BAT: Bateria
• BT: Teste de Bateria, do inglês "Battery Test"
• CT: Características Técnicas
• CP: Controlador Programável
• DP: Abreviatura para Decentralized Periphery
• EEPROM: "Eletric Erasable Programmable Read Only Memory"
• EMI: Electromagnetic Interference. Interferência Eletromagnética
• EPROM: "Erasable Programmable Read Only Memory"
• ER: Erro
• ESD: ElectroStatic Discharge. Descarga devida a eletricidade estática.
• EX: Execução
• E2PROM: “Eletric Erasable Programmable Read Only Memory”
• E/S: Entradas e Saídas
65
• FC: Forçamento
• Flash EPROM: "Flash Erase Programmable Read Only Memory"
• FMS: Abreviatura para Fieldbus Message System
• INTERF.: Interface
• ISOL.: Isolado(s), Isolamento
• LED: diodo emissor de luz, do inglês "Light Emitting Diode"
• Máx.: máximo ou máxima
• Mín.: mínimo ou mínima
• Obs.: observação ou observações
• PAs: Pontes de Ajuste
• PA: Abreviatura para Process Automation
• PG: Programação
• PID: controle Proporcional, Integral e Derivativo.
• RAM: "Random Access Memory"
• ref.: referência
• RX: Recepção Serial
• SELEC.: Selecionável
• TX: Transmissão serial
• UCP: Unidade Central de Processamento
• UTIL.: Utilização
• WD: cão-de-guarda , do inglês "watchdog".

66
67
Manual de Utilização
MT6000 MasterTool
ProPonto
Rev. B 10/2001
Cód. Doc: 6299-040.3

altus
Condições Gerais de Fornecimento

Nenhuma parte deste documento pode ser copiada ou reproduzida de alguma forma sem o
consentimento prévio e por escrito da ALTUS Sistemas de Informática S.A., que reserva-se o direito
de efetuar alterações sem prévio comunicado.
Conforme legislação vigente no Brasil, do Código de Defesa do Consumidor, informamos os
seguintes aspectos relacionados com a segurança de pessoas e instalações do cliente:
Os equipamentos de automação industrial, fabricados pela ALTUS, são robustos e confiáveis devido
ao rígido controle de qualidade a que são submetidos. No entanto, equipamentos eletrônicos de
controle industrial (controladores programáveis, comandos numéricos, etc.) podem causar danos às
máquinas ou processos por eles controlados, no caso de defeito em suas partes e peças, erros de
programação ou instalação, podendo inclusive colocar em risco vidas humanas.
O usuário deve analisar as possíveis conseqüências destes defeitos e providenciar instalações
adicionais externas de segurança que, em caso de necessidade, atuem no sentido de preservar a
segurança do sistema, principalmente nos casos da instalação inicial e de testes.
É imprescindível a leitura completa dos manuais e/ou características técnicas do produto, antes da
instalação ou utilização do mesmo.
A ALTUS garante os seus equipamentos contra defeitos reais de fabricação pelo prazo de doze meses
a partir da data da emissão da nota fiscal. Esta garantia é dada em termos de manutenção de fábrica,
ou seja, o transporte de envio e retorno do equipamento até a fábrica da ALTUS, em Porto Alegre,
RS, Brasil, ocorrerá por conta do cliente. A garantia será automaticamente suspensa caso sejam
introduzidas modificações nos equipamentos por pessoal não autorizado pela ALTUS. A ALTUS
exime-se de quaisquer ônus referentes a reparos ou substituições em virtude de falhas provocadas por
agentes externos aos equipamentos, pelo uso indevido dos mesmos, bem como resultantes de caso
fortuito ou por força maior.
A ALTUS garante que seus equipamentos funcionam de acordo com as descrições contidas
explicitamente em seus manuais e/ou características técnicas, não garantindo a satisfação de algum
tipo particular de aplicação dos equipamentos.
A ALTUS desconsiderará qualquer outra garantia, direta ou implícita, principalmente quando se
tratar de fornecimento de terceiros.
Pedidos de informações adicionais sobre o fornecimento e/ou características dos equipamentos e
serviços ALTUS, devem ser feitos por escrito. A ALTUS não se responsabiliza por informações
fornecidas sobre seus equipamentos sem registro formal.

DIREITOS AUTORAIS

Série Ponto, MasterTool e QUARK são marcas registradas da ALTUS Sistemas de Informática S.A.
IBM é marca registrada da International Business Machines Corporation.

i
Sumário

Sumário

PREFÁCIO 1

DESCRIÇÃO DESTE MANUAL 1


DOCUMENTOS RELACIONADOS 1
TERMINOLOGIA 2
CONVENÇÕES UTILIZADAS 3
SUPORTE TÉCNICO 4
REVISÕES DESTE MANUAL 5

O MASTERTOOL PROPONTO MT6000 6

INSTALAÇÃO 7

O CD DE DISTRIBUIÇÃO 7
REQUISITOS DE HARDWARE E SOFTWARE 7
INSTALANDO O PROPONTO 8
INSTALANDO O ACROBAT READER 8
INICIANDO O PROPONTO 9
LICENÇA DE SOFTWARE 9
MODO DEMONSTRAÇÃO 9
DESINSTALAÇÃO 10

FUNÇÕES DO PRODUTO 11

ORGANIZAÇÃO EM PROJETO 11
COMPONENTES DO BARRAMENTO 11
TELA DE DESENHO POR SEGMENTO 11
ÁRVORE DE COMPONENTES 11
VISUALIZAÇÃO DAS CTS E MANUAIS 12
VERIFICAÇÃO DO BARRAMENTO 12
GERAÇÃO DE ETIQUETAS 12
LISTA DE MATERIAL 12

COMANDOS 13

MENU ARQUIVO 13
NOVO BARRAMENTO 13
ABRIR BARRAMENTO 13
SALVAR 13
SALVAR COMO 13
FECHAR 13
INFORMAÇÕES DO PROJETO 14
IMPRIMIR 14
SAIR 15

ii
Sumário

MENU EDITAR 15
RECORTAR 15
COPIAR 15
COLAR 15
MENU DESENHO 15
INSERIR 15
REMOVER 15
MOVER P/ DIREITA 15
MOVER P/ ESQUERDA 15
TELA DE DESENHO 15
TELA DE COMPONENTES 16
TELA DE DOCUMENTAÇÃO 16
TELA DE PARÂMETROS 16
MENU FERRAMENTAS 16
VERIFICAR BARRAMENTO 16
GERAR ETIQUETAS 16
OPÇÕES 16
MENU AJUDA 16
CONTEÚDO E ÍNDICE 16
INFORMAÇÕES DO COMPONENTE 16
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 16
MANUAL 16
OUTROS MANUAIS 16
BASES COMPATÍVEIS 17
SOBRE O PROPONTO 17

PROCEDIMENTOS 18

PROJETO DE BARRAMENTO DE FORMA GRÁFICA 18


A TELA DE COMPONENTES 18
A TELA DE DESENHO 20
A TELA DE BASES COMPATÍVEIS 23
PARAMETRIZAÇÃO 24
VERIFICAÇÃO DA VALIDADE DA CONFIGURAÇÃO 25
ATRIBUIÇÃO DE TAGS AOS PONTOS DO SISTEMA 28
GERAÇÃO DE ETIQUETAS DE IDENTIFICAÇÃO DOS MÓDULOS 29
FORMATO DAS ETIQUETAS 29
CHAMANDO A PLANILHA DE ETIQUETAS 31
CONFIGURANDO A PLANILHA DE ETIQUETAS 32
CONFIGURANDO A IMPRESSÃO DA PLANILHA DE ETIQUETAS 32
PREENCHENDO A PLANILHA DE ETIQUETAS 33
IMPRIMINDO AS ETIQUETAS 35
RELATÓRIOS 35
RELATÓRIO DE PROJETO 36
LISTA DE MATERIAIS 38
RELATÓRIO DE VERIFICAÇÃO DE BARRAMENTO 39

GLOSSÁRIO 40

GLOSSÁRIO DA SÉRIE PONTO 40


GLOSSÁRIO DE REDES 40
GLOSSÁRIO GERAL 41

iii
Prefácio

Prefácio
A seguir, é apresentado o conteúdo dos capítulos deste manual, das convenções adotadas, bem como
uma relação dos manuais de referência relacionados com este software.

Descrição deste Manual


Este manual descreve o MasterTool ProPonto MT6000, às vezes referido apenas como ProPonto, e
está dividido em cinco capítulos e um apêndice.
O capítulo 1, O MasterTool ProPonto MT6000, apresenta uma descrição do ProPonto, suas
principais características e funções.
O capítulo 2, Instalação, descreve o CD de distribuição e a instalação do ProPonto.
O capítulo 3, Funções do Produto, apresenta, de forma detalhada, a funcionalidade do ProPonto.
O capítulo 4, Comandos, apresenta de maneira seqüencial todos os comandos do menu do ProPonto.
O capítulo 5, Procedimentos, descreve os principais procedimentos efetuados com o ProPonto,
usando exemplos.
O apêndice A, Glossário, relaciona as expressões e abreviaturas utilizadas neste manual.

Documentos Relacionados
Para obter informações adicionais sobre o ProPonto e sobre a Série Ponto, podem ser consultados
outros documentos disponíveis no CD de distribuição deste produto e no site da Altus na Internet,
www.altus.com.br
Código Denominação
MU209000 Manual de Utilização da Série Ponto
MU299026 Manual de Utilização da Rede PROFIBUS
CT109000 Características Gerais da Série
CT109001 Configuração da cabeça PROFIBUS
MU209100 Manual de Utilização PO3045 – UCP
MU203028 Manual de Utilização MasterTool MT4100
MU203026 Manual de Utilização ProfiTool - AL3865

1
Prefácio

Terminologia
Neste manual, as palavras “software” e “hardware” são empregadas livremente, por sua generalidade
e freqüência de uso. Por este motivo, apesar de serem vocábulos em inglês, aparecerão no texto sem
aspas.
As seguintes expressões são empregadas com freqüência no texto do manual. Por isso, a necessidade
de serem conhecidas para uma melhor compreensão.
• CP: Controlador Programável - entendido como um equipamento composto por uma UCP,
módulos de entrada e saída e fonte de alimentação
• UCP: Unidade Central de Processamento, é o módulo principal do CP, que realiza o
processamento dos dados
• MasterTool: identifica o programa ALTUS para microcomputador padrão IBM-PC® ou
compatível, executável em ambiente WINDOWS®, que permite o desenvolvimento de
aplicativos para os CPs das séries Ponto, PICCOLO, AL-2000, AL-3000 e QUARK. Ao longo
do manual, este programa será referido pela própria sigla ou como "programador MasterTool"
• Browser: Interface de visualização de páginas HTML via protocolo HTTP.
Outras expressões podem ser encontradas no apêndice A, Glossário.

2
Prefácio

Convenções Utilizadas
Os símbolos utilizados ao longo deste manual possuem os seguintes significados:
• Este marcador indica uma lista de itens ou tópicos.
maiúsculas PEQUENAS indicam nomes de teclas, por exemplo ENTER.
TECLA1+TECLA2 é usado para teclas a serem pressionadas simultaneamente. Por exemplo, a digitação
simultânea das teclas CTRL e END é indicada como CTRL+END.
TECLA1, TECLA2 é usado para teclas a serem pressionadas seqüencialmente. Por exemplo, a
mensagem “Digite ALT, F10” significa que a tecla ALT deve ser pressionada e liberada e então a tecla
F10 pressionada e liberada.

MAIÚSCULAS GRANDES indicam nomes de arquivos e diretórios.


Itálico indica palavras e caracteres que são digitados no teclado ou vistos na tela. Por exemplo, se for
solicitado a digitar A:MASTERTOOL, estes caracteres devem ser digitados exatamente como
aparecem no manual.
NEGRITO é usado para nomes de comandos ou opções, ou para enfatizar partes importantes do
texto.
As mensagens de advertência apresentam os seguintes formatos e significados:

PERIGO:
O rótulo PERIGO indica que risco de vida, danos pessoais graves ou prejuízos materiais
substanciais resultarão se as precauções necessárias não forem tomadas.

CUIDADO:
O rótulo CUIDADO indica que risco de vida, danos pessoais graves ou prejuízos materiais
substanciais podem resultar se as precauções necessárias não forem tomadas.

ATENÇÃO:
O rótulo ATENÇÃO indica que danos pessoais ou prejuízos materiais mínimos podem resultar se as
precauções necessárias não forem tomadas.

3
Prefácio

Suporte Técnico
Para acessar o Suporte Técnico ligue para (51) 3337-3633 em Porto Alegre, RS, ou para o Suporte
Técnico mais próximo conforme a página da Altus na INTERNET:
• www.altus.com.br
• E-MAIL: altus@altus.com.br
Caso o equipamento já esteja instalado, é aconselhável providenciar as seguintes informações antes
de entrar em contato:
• Modelos de equipamentos utilizados e configuração do sistema instalado
• Número de série da UCP, revisão do equipamento e versão do software executivo, constantes na
etiqueta fixada na sua lateral
• Informações do modo de operação da UCP, obtidas através do programador MASTERTOOL
• Conteúdo do programa aplicativo (módulos), obtido através do programador MASTERTOOL
• Versão do programador utilizado

4
Prefácio

Revisões deste Manual


O código de referência, da revisão e a data do presente manual estão indicados na capa. A mudança
da revisão pode significar alterações da especificação funcional ou melhorias no manual.
O histórico a seguir lista as alterações correspondentes a cada revisão deste manual:

Revisão: A Data: 10/2001


Aprovação: Luiz Gerbase
Autor: Joaquim Souza

Observações:
• Versão inicial

Revisão: B Data: 10/2001


Aprovação: Luiz Gerbase
Autor: Luciano Bueno

Observações:
• Formatação do manual para o novo modelo.

5
Capítulo 1 O MasterTool ProPonto MT6000

O MasterTool ProPonto MT6000


A Série Ponto é um sistema para controladores programáveis, utilizando as redes de campo padrão,
tal como o PROFIBUS e DEVICENET. Desta maneira, garante-se a compatibilidade com qualquer
UCP que siga estes padrões.
A série possui também UCPs de alta capacidade interligadas diretamente ao módulos de E/S.
Recomenda-se a leitura da Característica Técnica geral da Série Ponto (CT109000) para mais
detalhes.
O software MasterTool ProPonto MT6000 é uma ferramenta de auxílio ao projeto de um barramento
da Série Ponto.
Possui as seguintes funções:
• Projeto dos barramentos de módulos de maneira gráfica, através de uma tela de desenho na qual
se pode inserir e visualizar os módulos e bases da Série Ponto. Esta tela de desenho do
barramento é dividida em quatro segmentos, exatamente igual a um barramento físico.
• Verificação da validade da configuração conferindo itens tais como: consumo de corrente,
compatibilidade de bases e limites de projeto. Caso ocorra algum tipo de erro (incompatibilidade
entre módulo e base, falta de terminador etc.) ele será apresentado em uma tela de mensagens de
erros, informando também a posição onde ocorreu o erro para que se possa localizá-lo facilmente
e corrigi-lo.
• Consulta a toda documentação técnica dos produtos da Série Ponto de uma maneira rápida e
integrada (CTs e manuais).
• Atribuição de Tags aos pontos do sistema e uso destes tags no MasterTool.
• Geração de etiquetas para identificação dos módulos.
• Geração de lista de materiais.
• Configuração a partir de uma lista de módulos e bases disponíveis na "árvore dos componentes".

O software é executado nos ambientes WINDOWS 95/98/ME ou WINDOWS NT/2000, podendo ser
operado por mouse e/ou teclado.
O software está disponível nas versões português e inglês.

6
Capítulo 2 Instalação

Instalação
Este capítulo descreve como é distribuído o ProPonto, os requisitos de hardware e software
necessários a sua execução, o procedimento para a sua instalação em disco rígido e como iniciar sua
execução.

O CD de Distribuição
O ProPonto é distribuído em um CD contendo os arquivos e diretórios listados a seguir .
Arquivos:
• INSTALL.EXE : Instalador, deve ser executado para iniciar a instalação
• LEIAME.TXT : Informações recentes, não incluídas no manual do produto
• CONTRATO.TXT : Contrato de Licença de Software Altus
• README.TXT : Versão do arquivo Leiame.txt em Inglês
• CONTRACT.TXT : Versão do arquivo Contrato.txt em Inglês

Diretórios:
• [GSD] : Arquivos GSD
• [PUBLICP] : Manuais e CTs da Série Ponto
• [PUBLICI] : Manuais e CTs em inglês da Série Ponto
• [ACROB95] : Acrobat Reader, deve ser instalado para se visualizar as CTs
• [WORDVIEW] : Word Viewer
• [PowerPoint] : Power Point Viewer
• [Apresentacoes] : Apresentações de produtos da Série Ponto
• [MATR_POR] : Arquivos de instalação em português
• [MATR_ING] : Arquivos de instalação em inglês

Requisitos de Hardware e Software


Para a instalação e utilização do ProPonto, são necessários os seguintes requisitos mínimos de
hardware e software:
Plataforma PC com Windows 95/98/ME ou NT/2000
Processador Pentium 100 MHz (mínimo)
Espaço em Disco 50 MB (mínimo)
Memória RAM 64 MB (mínimo)
Vídeo Super VGA
Resolução 800x600 (recomendável)
Idioma Português e Inglês
Browser compatível Internet Explorer 3.0 ou superior
Netscape 4.6 ou superior

7
Capítulo 2 Instalação

Instalando o ProPonto
Para instalar o ProPonto, deve-se executar o programa Install.exe na raiz CDROM. Inicialmente
deve-se selecionar o idioma desejado, através da seguinte tela:

Figura 2-1 Tela de seleção da linguagem

Após o idioma ter sido escolhido, a instalação continua a partir do respectivo programa instalador,
que apresenta na seqüência as seguintes telas:
• Welcome: apresenta a janela de boas vindas;
• Software Licence Agreement: apresenta o Contrato de Licença de Software Altus. Estando de
acordo com os termos do contrato, deve-se aceitá-lo para que a instalação prossiga;
• Readme Information: apresenta o arquivo “Readme.txt”;
• Choose Destination Location: nesta tela, deve-se selecionar o diretório onde vai ser instalado o
ProPonto;
• Select Program Folder: nesta tela, deve-se selecionar o nome do “folder” a ser criado no menu
“Iniciar”;
• Start Copying Files: a cópia dos arquivos para o disco rígido se inicia a partir desta tela.
Ao final da instalação, é apresentada uma tela confirmando ou não o sucesso da operação.

Instalando o Acrobat Reader


Os arquivos de CTs e manuais neste CD encontram-se no formato “pdf” , e necessitam do
visualizador “Acrobat Reader” ou compatível para serem visualizados.
O visualizador “Acrobat Reader” pode ser instalado executando-se o arquivo “Ar32e301.exe” , que
encontra-se no diretório “[acrob95]” na raiz do CD .

8
Capítulo 2 Instalação

Iniciando o ProPonto
Após a instalação, o ProPonto pode ser executado a partir do menu "Iniciar \ Programas \ ProPonto".

Quando utilizado em conjunto com o MasterTool Programming MT4000 ou MT4100, para a


configuração de um barramento de uma CPU da Série Ponto, o ProPonto não deve ser executado a
partir do menu Iniciar, e sim a partir do próprio MasterTool, conforme explicado no Manual de
Utilização MasterTool MT4100.

Licença de Software
Ao ser executado pela primeira vez, o ProPonto solicita que o usuário preencha os dados do Contrato
de Licença de Software: nome da empresa, número de série e chave de software. O número de série e
a chave de software encontram-se no encarte frontal da caixa do CD.
A figura a seguir mostra a tela de preenchimento da licença de Software:

Figura 2-2 Tela de Licença de Software


Após o preenchimento correto destas informações, pode-se utilizar normalmente o programa.

Modo Demonstração
Pode-se executar o ProPonto em modo demonstração. Neste modo de operação, não é necessário
preencher os dados do contrato de licença de software, mas a funcionalidade do produto fica
reduzida, pois apenas os três primeiros componentes do segmento zero serão salvos.
Para se executar o ProPonto em modo demonstração, deve-se pressionar o botão “Sair” na tela de
preenchimento de licença de software, e confirmar a execução neste modo.

9
Capítulo 2 Instalação

Desinstalação
Para se desinstalar o ProPonto, deve-se seguir os seguintes passos:
• Fechar todos os programas.
• Clicar no botão Iniciar do Windows, apontar para Configurações e, em seguida, clicar em Painel
de controle.
• Clicar duas vezes no ícone Adicionar/remover programas .
• Clicar em “MasterTool ProPonto MT6000”na guia Instalar/desinstalar e, em seguida, em
Adicionar/remover.
• Seguir as instruções na tela.

10
Capítulo 3 Funções do Produto

Funções do Produto
Este capítulo apresenta as funções do produto. O detalhamento da operação é feito nos capítulos
“Comandos” e “Procedimentos” .

Organização em Projeto
O ProPonto utiliza o conceito de projeto, que estabelece uma relação entre vários arquivos formando
um ambiente de trabalho. Um único projeto poderá ser aberto por vez, e suas informações serão
salvas em um arquivo com a extensão “.GBL”.

Componentes do Barramento
Um barramento da Série Ponto é composto de um módulo mestre (UCP ou cabeça remota de rede de
campo) e diversos módulos escravos (tipicamente módulos de E/S). Um barramento pode se dividir
em até 4 segmentos de barramento.
O ProPonto possui os seguintes componentes de um barramento:
• Componentes que formam o meio físico: bases, expansores de barramento, cabos de expansão
e terminadores
• Componentes conectados sobre bases, ou módulos: cabeças remotas, CPUs, módulos de E/S,
fontes de alimentação
Recomenda-se a leitura da Característica Técnica geral da Série Ponto (CT109000) e do Manual de
Utilização da Série Ponto (MU209000) para mais detalhes.

Tela de Desenho por Segmento


A tela de desenho do ProPonto permite criar um barramento, inserindo-se os componentes (bases e
módulos) sobre o barramento, de maneira gráfica. No capítulo Procedimentos é mostrado um
exemplo desta tela (figura 5-3), para o segmento zero. É possível selecionar qual dos 4 segmentos (0
a 3) será exibido.
Em cada segmento, existem 14 áreas reservadas para posições físicas. Em cada posição física pode se
inserir até dois componentes: uma base (área inferior da posição física) e um módulo (área superior
da posição física). As duas posições iniciais devem ser utilizadas para cabeças remotas, CPUs e/ou
fontes de alimentação. As duas posições finais devem ser utilizadas para expansores de barramento,
cabos de expansão de barramento e terminadores. As dez posições centrais devem ser utilizadas
apenas para os módulos de E/S e interfaces de rede.

Árvore de componentes
A área a esquerda da tela mostra uma “árvore de componentes” com pastas que classificam os
componentes entre Fontes, CPUs, Cabeças Remotas, Interfaces de Rede, Módulos de E/S, Bases,
Expansores, Cabos e Terminador. Esta árvore pode ser expandida até o nível de componente (um
módulo ou uma base). Esta organização facilita o trabalho de inserção dos componentes no
barramento, pois permite que eles sejam encontrados mais facilmente.
O ProPonto possui uma lista das bases compatíveis com cada módulo, facilitando a inserção de
bases. O usuário não precisará ficar procurando por uma que seja compatível com o módulo já

11
Capítulo 3 Funções do Produto

inserido. Ele poderá simplesmente escolher apenas entre bases que já serão compatíveis com o
módulo da mesma posição.

Visualização das CTs e Manuais


O ProPonto permite a visualização do arquivo de características técnicas (CT) e/ou do manual de
qualquer componente de forma bastante simples: basta selecionar o componente e pressionar o botão
“CT” ou “MAN”. Os arquivos de CT e os manuais são fornecidos no CDROM ou podem ser obtidos
por download na Internet. São distribuídas no formato “.pdf” , e para que possam ser corretamente
apresentadas, o respectivo visualizador (Acrobat Reader, disponível no CDROM) precisa estar
instalado no micro que estiver executando o ProPonto.
O ProPonto permite também que se apresente informações resumidas sobre estes componentes:
código de almoxarifado, código comercial e descrição comercial. Isto facilita a identificação das
características do módulo, por exemplo, se é uma entrada ou uma saída, quantos pontos, qual a
tensão/corrente de trabalho, etc.

Verificação do Barramento
O ProPonto permite que se verifique a correção do barramento do ponto de vista da topologia e do
balanço de energia.

Geração de Etiquetas
O ProPonto permite a criação de etiquetas para identificação do módulo e seus pontos de E/S. Cada
etiqueta possui de uma a três linhas para identificar o módulo, e diversas linhas para identificar os
pontos de E/S.
A primeira linha de identificação do módulo é composta de 5 dígitos numéricos: três que identificam
o painel elétrico no qual o barramento é montado, e duas que identificam o módulo de forma única
no painel. Esta identificação do módulo pode ser utilizada, em conjunto com o número do ponto, nas
anilhas da fiação de campo. As linhas de identificação dos pontos de E/S na etiqueta correspondem
aos tags dos pontos no campo.

ATENÇÃO:
Maiores detalhes sobre as etiquetas de identificação de módulos podem ser obtidas no capítulo 5,
“Procedimentos” .

Lista de Material
O ProPonto possibilita a geração da lista de material, contendo todos os componentes ALTUS
necessários para a construção do barramento (módulos, bases, cabos, terminadores, expansores,
fontes, etc).

12
Capítulo 4 Comandos

Comandos
Nesta seção descreve-se em detalhes todos os comandos de menu disponíveis no ProPonto. Estão
disponíveis os seguintes itens no menu do ProPonto:
• Arquivo
• Editar:
• Desenho
• Ferramentas
• Ajuda

Menu Arquivo
Novo Barramento
Cria um novo projeto de barramento Ponto. Se houver outro projeto aberto, solicita confirmação para
fechar este projeto, e também para salvá-lo, se existirem alterações não salvas. O novo projeto
receberá provisoriamente o nome de “NoName.GBL” . Quando o projeto for salvo, um novo nome
deverá ser fornecido.

Abrir Barramento
Abre um projeto existente de barramento Ponto. Solicita o nome do arquivo, com a extensão “.
GBL”, e permite definir um caminho, digitando diretamente, ou fazendo um "browse". Se houver
outro projeto aberto, solicitar confirmação para fechar este projeto, e também para salvá-lo, se
existirem alterações não salvas.

Salvar
Salva o arquivo de projeto. Se o nome ou o caminho ainda não estão definidos solicita sua definição.
O caminho poderá ser definido fazendo um "browse" ou digitando-se manualmente.

Salvar Como
Salva o projeto solicitando que o usuário confirme o nome de arquivo ou selecione um novo nome
para o arquivo de projeto.
O caminho poderá ser definido fazendo um "browse" ou digitando-se manualmente.

Fechar
Fecha o projeto, solicitando confirmação para salvar projeto, se existirem alterações não salvas.

13
Capítulo 4 Comandos

Informações do Projeto
Abre uma tela que contêm informações gerais do projeto, digitadas pelo usuário, conforme mostra a
seguinte figura:

Figura 4-1 Tela Informações do Projeto


Os campos desta tela são:
• Título do Projeto: texto com até 64 caracteres
• Empresa: texto com até 64 caracteres
• Versão do Projeto: texto com até 8 caracteres
• Data: data do projeto
• Técnico: texto com até 32 caracteres
• Observações: cinco linhas com breve descrição do projeto
• Prefixo de Etiquetas de Módulos: valor numérico de 3 dígitos, utilizado para gerar etiquetas para
módulos deste barramento
• Número Máximo de Caracteres do Programador: valor numérico de 2 dígitos, utilizado para
limitar o tamanho dos tags na tela de documentação. O valor default para projetos novos é de 7
caracteres

Imprimir
Imprime os relatórios do ProPonto:
• Projeto: imprime toda a estrutura do projeto projeto;
• Lista Material : imprime todos os componentes ALTUS necessários para construir o
barramento;
• Verificação de Barramento : imprime as mensagens de erro e/ou warning do comando
“Verificar Barramento”.
Todas as impressões podem ser realizadas numa impressora local, ou numa impressora de rede. Os
relatórios podem ser disponibilizados de três maneiras distintas:

14
Capítulo 4 Comandos

• na impressora
• na tela (apenas visualiza, sem imprimir)
• em arquivo

Sair
Encerra o ProPonto, solicitando confirmação para salvar projeto, se existirem alterações não salvas.

Menu Editar
Recortar
Remove o componente selecionado e o coloca na área de transferência

Copiar
Copia o componente selecionado para a área de transferência

Colar
Insere o componente da área de transferência na posição selecionada

Menu Desenho
Inserir
Insere um componente, módulo ou base, na posição selecionada no desenho do barramento.

Remover
Remove o componente selecionado, módulo ou base.

Mover p/ Direita
Move todos os componentes, módulos ou bases, de uma posição para a direita, a partir do
componente selecionado, dentro da área reservada para módulos (as 10 posições centrais de cada
segmento). O último módulo ou base, se existir, é perdido.

Mover p/ Esquerda
Move todos os componentes, módulos ou bases, de uma posição para a esquerda, a partir do
componente selecionado, dentro da área reservada para módulos (as 10 posições centrais de cada
segmento). O primeiro módulo ou base, se existir, é perdido.

Tela de Desenho
Chama a tela de desenho.

15
Capítulo 4 Comandos

Tela de Componentes
Chama a “tree-view” de componentes.

Tela de Documentação
Chama a tela de documentação para o módulo selecionado.

Tela de Parâmetros
Chama a tela de parâmetros para o módulo selecionado.

Menu Ferramentas
Verificar Barramento
Verifica a correção do barramento do ponto de vista da topologia e do balanço de energia (suficiência
de corrente fornecida pelas fontes) e mostra a tela com os resultados encontrados.

Gerar Etiquetas
Chama a planilha Excel utilizada para se gerar e imprimir as etiquetas dos módulos do barramento.

Opções
Chama a tela de configurações do ProPonto, onde se define os diretórios dos ícones e imagens, o
diretório dos arquivos de características técnicas dos componentes e o idioma utilizado pelo software.

Menu Ajuda
Conteúdo e Índice
Apresenta um help resumido sobre o uso do ProPonto, no formato HTML. É necessário um browser
tipo Internet Explorer ou Netscape para visualizá-lo.

Informações do Componente
Mostra informações resumidas sobre o componente selecionado (código comercial, código de
almoxarifado e descrição comercial). O componente pode ser selecionado na árvore de componentes
ou no desenho do barramento.

Características Técnicas
Invoca o visualizador para exibir a Característica Técnica do componente selecionado. O
componente pode ser selecionado na árvore de componentes ou no desenho do barramento.

Manual
Invoca o visualizador para exibir o manual do componente selecionado.

Outros Manuais
Invoca o visualizador para exibir outros manuais genéricos da Série Ponto.
16
Capítulo 4 Comandos

Bases Compatíveis
Mostra uma lista de todas as bases compatíveis com o componente, caso o componente seja um
módulo. O componente pode ser selecionado na árvore de componentes ou no desenho do
barramento

Sobre o ProPonto
Mostra a tela de identificação e versão do software.

17
Capítulo 5 Procedimentos

Procedimentos
Este capítulo descreve os procedimentos para a utilização do software ProPonto.

Projeto de Barramento de Forma Gráfica


Para se realizar o projeto de um novo barramento, primeiramente deve-se entrar no menu arquivo e
executar a opção Novo Barramento. Dessa forma, será criado um novo barramento, vazio. A Tela de
Desenho, e a Tela de Componentes abrem automaticamente.

Figura 5-1 Novo Barramento

Em seguida devem ser escolhidos na árvore de componentes os componentes de barramento que


serão inseridos no projeto. Para isto, deve-se selecionar o componente na árvore de componentes e
arrastá-lo para posição desejada na tela de desenho, na qual ele será inserido. Caso o componente
não possa ser inserido naquela posição, uma mensagem de erro correspondente será apresentada.
Existem algumas restrições quanto a posição que o componente é inserido no barramento. Estas
restrições são verificadas em dois instantes distintos: na inserção do componente e na verificação de
barramento, descrita adiante.

A Tela de Componentes
Esta tela possui uma "árvore de componentes" com todos os componentes que podem ser inseridos
em um barramento da Série Ponto, conforme mostra a figura abaixo:

18
Capítulo 5 Procedimentos

Figura 5-2 A Tela de Componentes


O usuário poderá apenas selecionar os componentes, somente um por vez, mas não poderá editá-los
ou apagá-los. Existem apenas dois níveis na árvore: o primeiro representa os grupos, o segundo os
componentes.
Esta tela possui os seguintes botões na sua parte inferior :
• Botão "Info": chama a tela com as informações do respectivo item selecionado na árvore de
componentes;
• Botão "CT": apresenta o arquivo contendo as características técnicas do respectivo item
selecionado na árvore de componentes. Fica desabilitado se o item selecionado não possuir um
arquivo de características técnicas.
• Botão "MAN": apresenta o arquivo contendo o manual do respectivo item selecionado na árvore
de componentes. Fica desabilitado se o item selecionado não possuir um arquivo de manual
associado.
• Botão "Bases": chama a tela contendo as Bases Compatíveis do respectivo módulo selecionado
na árvore de componentes. Fica desabilitado se o item não for um módulo.

Observar que os botões “Info” , “CT” , “MAN” e “Bases” desta tela possuem botões equivalentes na
Tela de Desenho. Os botões desta tela atuam sobre o componente selecionado nesta tela, enquanto
que os botões da Tela de Desenho atuam sobre o componente lá selecionado.

19
Capítulo 5 Procedimentos

A Tela de Desenho
Esta tela representa um barramento da Série Ponto. O barramento é montado de forma gráfica,
inserindo-se os componentes (bases e módulos) sobre o barramento, conforme a figura a seguir:

Selecionar
segmento

Posições
reservadas
p/ módulos

Posições
reservadas
p/ bases

Figura 5-3 A Tela de Desenho


Esta figura representa um dos quatro segmentos do barramento. Para selecionar o segmento a ser
apresentado, deve-se utilizar os botões tipo “guia” , na parte superior esquerda da tela.
Em cada segmento, existem 14 posições reservadas para componentes. Em cada posição pode-se
inserir um base (área inferior da posição) e um módulo (área superior da posição). A numeração das
posições é fixa, será sempre a mesma para cada segmento, e correspondem ao "Código do
Componente", mostrados logo abaixo das bases.
As posições do segmento zero são definidas como 0A, 0B, 00, 01, ... , 09, 0C e 0D, sempre iniciando
com 0. As posições do segmento 1 são 1A, 1B, 10, 11, ... , 19, 1C e 1D, sempre iniciando com 1. As
posições dos segmentos dois e três são definidas desta mesma forma.
As 10 posições centrais de cada segmento são reservadas para serem utilizadas apenas por Módulos
de E/S ou Interfaces de Rede. As duas posições iniciais de cada segmento poderão ser utilizadas por
Fontes, CPUs, Cabeças Remotas e Expansores. As duas posições finais de cada segmento poderão
ser utilizadas por Expansores, Cabos e pelo Terminador. A definição exata de quais componentes
podem ser inseridos em quais posições é feita na tabela 5-1, mais adiante neste mesmo capítulo

20
Capítulo 5 Procedimentos

Para inserir um componente (módulo ou base) numa posição, deve-se:


• Selecionar o componente na árvore de componentes (pressionar botão esquerdo do mouse)
• Selecionar a posição desejada na área de base ou na área de módulo (pressionar botão esquerdo
do mouse)
• Pressionar o botão "Inserir" ou a tecla INS

Outra maneira de realizar inserções é arrastar o módulo ou base desejado da árvore de componentes
para a posição desejada na Tela de Desenho. Para arrastar, deve-se pressionar o botão esquerdo do
mouse sobre o componente desejado, movimentar o mouse (mantendo-se o botão esquerdo
pressionado) até a posição desejada e soltar o botão.

Antes de inserir, o ProPonto classifica o componente como base ou como módulo, e faz as seguintes
consistências:
• Se o componente for uma base e se tenta inserir em uma área de módulo, o ProPonto emitirá
uma mensagem de erro: "Você está tentando inserir uma base no local de um módulo" ;
• Se o componente for um módulo e se tenta inserir em uma área de base, o ProPonto emitirá uma
mensagem de erro: "Você está tentando inserir um módulo no local de uma base " ;
• Se o componente for inserido em uma área inválida (nem base, nem módulo), nada acontece ;
• Se o componente for inserido em uma área correta mas não vazia, o ProPonto alertará o usuário:
"Esta posição já está ocupada. Deseja substituir ?", e aguardar confirmação ou cancelamento da
ação ;
• Se o componente for inserido em uma área correta e vazia, ele será inserido nesta área .
A tabela a seguir define quais tipos de módulos e bases podem ser inseridos em quais posições, para
cada um dos quatro segmentos :
Segmento 0: 0A 0B 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 0C 0D
M Fonte 9 9 - - - - - - - - - - - -
Ó CPU 9 9 - - - - - - - - - - - -
D Cabeça Remota - 9 - - - - - - - - - - - -
. Interface de Rede - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
Módulo - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
B Base 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
A Expansor - - - - - - - - - - - - 9 -
S Cabo - - - - - - - - - - - - - 9
E Terminador - - - - - - - - - - - - 9 -

Segmento 1: 1A 1B 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 1C 1D
M Fonte - 9 - - - - - - - - - - - -
Ó CPU - - - - - - - - - - - - - -
D Cabeça Remota - - - - - - - - - - - - - -
. Interface de Rede - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
Módulo - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
B Base - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
A Expansor - 9 - - - - - - - - - - 9 -
S Cabo - - - - - - - - - - - - - 9
E Terminador - - - - - - - - - - - - 9 -

Segmento 2: 2A 2B 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 2C 2D
M Fonte - 9 - - - - - - - - - - - -
Ó CPU - - - - - - - - - - - - - -
D
.
21
Capítulo 5 Procedimentos

Cabeça Remota - - - - - - - - - - - - - -
Interface de Rede - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
Módulo - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
B Base - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
A Expansor - 9 - - - - - - - - - - 9 -
S Cabo - - - - - - - - - - - - - 9
Terminador - - - - - - - - - - - - 9 -

Segmento 3: 3A 3B 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 3C 3D
M Fonte - 9 - - - - - - - - - - - -
Ó CPU - - - - - - - - - - - - - -
D Cabeça Remota - - - - - - - - - - - - - -
. Interface de Rede - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
Módulo - - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
B Base - 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 - -
A Expansor - 9 - - - - - - - - - - - -
S Cabo - - - - - - - - - - - - - -
E Terminador - - - - - - - - - - - - 9 -
Tabela 5-1 Validação da Inserção de Módulos e Bases
Pode-se copiar e colar módulos ou bases já inseridos no barramento, da forma padronizada no
Windows, através dos comandos correspondentes no menu “Edit”, ou das teclas de atalho CTRL-C e
CTRL-V.
Para remover um componente, deve-se selecionar um módulo ou base e clicar em "Remover".
Para verificar ou inserir as bases compatíveis com determinado módulo, deve-se clicar no botão de
"Bases Compatíveis".
Para mover um módulo ou base para a direita ou esquerda, deve-se clicar no botão correspondente e
o módulo ou base será movida. Todos os módulos (ou bases) subsequentes serão movidos
igualmente.
Esta tela possui os seguintes botões na sua parte inferior :
• Botão “Inserir” : insere o componente selecionado na árvore de componentes
• Botão “Remover” : remove o componente selecionado
• Botão "Bases Compatíveis": chama a tela contendo as Bases Compatíveis do respectivo módulo
selecionado na Tela de Desenho. Fica desabilitado se o componente não for um módulo
• Botão “Mover Esquerda” : move todos os componentes, módulos ou bases, de uma posição para
a esquerda, a partir do componente selecionado, dentro da área reservada para módulos (as 10
posições centrais de cada segmento). O primeiro módulo ou base, se existir, é perdido
• Botão “Mover Direita” : move todos os componentes, módulos ou bases, de uma posição para a
direita, a partir do componente selecionado, dentro da área reservada para módulos (as 10
posições centrais de cada segmento). O último módulo ou base, se existir, é perdido
• Botão "Informações": chama a tela com as informações resumidas do componente
• Botão "Verificar Barramento": verifica a correção do barramento do ponto de vista da topologia
e do balanço de energia (suficiência de corrente fornecida pelas fontes) e mostra a tela com os
resultados encontrados
• Botão "Documentação" : chama a tela de documentação para o módulo selecionado
• Botão "Parâmetros" : chama a tela de parâmetros para o módulo selecionado
• Botão "CT": apresenta o arquivo contendo as características técnicas do respectivo item
selecionado na árvore de componentes. Fica desabilitado se o item selecionado não possuir um
arquivo de características técnicas.

22
Capítulo 5 Procedimentos

• Botão "MAN": apresenta o arquivo contendo o manual do respectivo item selecionado na árvore
de componentes. Fica desabilitado se o item selecionado não possuir um arquivo de manual
associado.

Pode-se executar algumas destas funções relacionadas ao componente de uma maneira mais rápida,
pressionando-se o botão direito do mouse sobre o componente desejado.

Observar que os botões “Informações” , “CT” , “MAN” e “Bases Compatíveis” desta tela possuem
botões equivalentes na Tela de Componentes. Os botões desta tela atuam sobre o componente
selecionado nesta tela, enquanto que os botões da Tela de Componentes atuam sobre o componente
lá selecionado.

A Tela de Bases Compatíveis


A tela de Bases Compatíveis proporciona um método alternativo para selecionar uma base para
determinada posição, ao invés de selecioná-la a partir da árvore de componentes e arrastá-la para a
posição desejada.
Esta tela mostra todas as bases compatíveis com o módulo selecionado. Pode-se selecionar uma das
bases apresentadas, e pressionar o botão “Inserir” , para que ela seja inserida na posição
correspondente.

Figura 5-4 A Tela de Bases Compatíveis


Recomenda-se que este método alternativo de inserir uma base compatível seja amplamente
utilizado, pois o usuário não precisará ficar procurando por bases compatíveis na árvore de
componentes, além de não correr o risco de escolher uma base incompatível com o módulo da
posição.

23
Capítulo 5 Procedimentos

Parametrização
Os módulos da Série Ponto necessitam de parâmetros de configuração que definem o seu modo de
funcionamento. Por exemplo, determinado módulo analógico pode ser configurado como 4-20 mA
ou 0-20 mA, etc. A definição e inserção dos parâmetros é chamada de parametrização.
A parametrização dos módulos no ProPonto é feita através da Tela de Parâmetros, chamada a partir
do menu ou a partir da Tela de Desenho. A figura a seguir mostra a tela de parâmetros para um
módulo PO1112 :

Figura 5-5 A Tela de Parâmetros


Os módulos possuem parâmetros default, que são atribuídos no momento da inserção. Para se alterar
o valor de um parâmetro qualquer, deve-se :
• Chamar a Tela de Parâmetros para o módulo desejado
• Selecionar o parâmetro desejado na coluna “Parâmetro”
• Alterar o valor do parâmetro na coluna “Descrição”
Existem duas formas distintas de se informar um novo valor para determinado parâmetro:
• por faixa: o valor do parâmetro é informado como um campo numérido
• por lista: o valor do parâmetro é informado a partir de uma lista de valores válidos, chamados a
partir do ícone do campo sendo editado.
A figura a seguir mostra a tela de preenchimento do valor de um parâmetro tipo lista :

Figura 5-6 Selecionando o Valor de um Parâmetro

24
Capítulo 5 Procedimentos

Verificação da Validade da Configuração


Após o projeto do barramento, deve-se verificar a sua validade. Para isto, deve-se pressionar o botão
"Verificar Barramento" localizado na Tela de Desenho.
Os erros e warnings encontrados são apresentados na janela de Mensagens de Verificação de
Barramento, localizada logo abaixo da tela de desenho. É indicado também a posição em que ocorreu
o erro, facilitando a sua correção. A figura a seguir mostra esta janela:

Figura 5-7 Verificação da Validade da Configuração


A verificação de barramento é um tipo de validação do barramento projetado, e analisa os seguintes
itens:
• Elemento no lugar errado;
• Falta de elementos;
• Falta de módulo em cima da base (tratados como warning, e não erro, pois podem existir bases
vazias p/ expansão);
• Consumos e Número máximo de módulos no barramento;
• Capacidade de dados;
As mensagens de erro/warning relativas a cada um desses itens são descritas na seguinte tabela:

25
Capítulo 5 Procedimentos

Tipo da mensagem Mensagem Causas


Incompatibilidade quando a base da posição XX NÃO é
entre módulo e base compatível com o módulo inserido
Elemento no lugar na posição XX nesta mesma posição, ou vice-versa
errado Encontrados quando existir algum elemento após
elementos após um "Terminador", no segmento atual
Terminador ou no(s) próximo(s);
Terminador não quando NÃO existir o “Terminador"
encontrado em nenhum dos segmentos do
barramento
Módulo sem base na quando existir um módulo na posição
posição XX XX mas NÃO existir nenhuma base
nesta mesma posição
Barramento quando NÃO existir uma base na
interrompido por posição XX e existir outra(s) base(s)
falta de base na após esta neste mesmo segmento
posição XX
Cabeça Remota ou quando NÃO existir um módulo
CPU não encontrada "cabeça remota" ou "CPU" inserido na
posição 41 do barramento (segunda
posição do segmento zero);
Cabo não quando NÃO existir um "Cabo" base
encontrado no fim inserido no final do segmento X, e o
do segmento X segmento seguinte (X+1) NÃO estiver
vazio
Expansor não quando NÃO existir um "Expansor" na
Falta de Elementos encontrado no fim penultima posição do segmento X, e o
do segmento X segmento seguinte (X+1) NÃO estiver
vazio
Expansor não quando NÃO existir um "Expansor" ou
encontrado no início "Base de Fonte" nas bases inseridas na
do segmento X segunda posição do segmento X
(exceto segmento zero), e este
segmento NÃO estiver vazio
Fonte não quando este segmento X NÃO estiver
encontrada no vazio, quando NÃO existir o atributo
segmento X "Fonte" nos módulos inseridos nas
suas duas posições iniciais, e quando o
segmento anterior (X-1) também NÃO
possuir fonte, CPU ou cabeça remota
nas duas posições iniciais
Falta de módulo em quando existir uma base e NÃO existir
cima da base na um módulo inserido nesta mesma
posição XX posição (exceto para Terminador ,
(Warning) Cabo ou Expansor, pois nenhum
módulo é inserido sobre estes)
Fonte com excesso Quando o consumo de corrente dos
de módulos na módulos for maior que a capacidade de
Consumos no posição XX corrente da fonte
Barramento e Número
de Módulos

26
Capítulo 5 Procedimentos

Excedeu limite de Quando o limite de módulos de todo o


XXX módulos no barramento for ultrapassado
barramento
Capacidade de dados Quando o número de entradas digitais e
de entrada (XXX entradas analógicas ultrapassar o limite
Capacidade de Dados bytes) excedida da cabeça remota no barramento
de Cabeças Remotas Capacidade de dados quando o número de saídas digitais e
de saída (XXX saídas analógicas ultrapassar o limite
bytes) excedida da cabeça remota no barramento
Capacidade de dados quando o número de entradas e saídas
Capacidade de Dados de entradas e saídas digitais ultrapassar o limite da CPU no
de CPUs digitais (XXX bytes) barramento
excedida
Tabela 5-2 Verificação da Validade da Configuração

27
Capítulo 5 Procedimentos

Atribuição de Tags aos Pontos do Sistema


Os tags e descrições dos módulos e de seus pontos de E/S podem ser inseridos na Tela de
Documentação. Esse Tags poderão ser usados para a geração de etiquetas de identificação dos
módulos de E/S e seus sinais de campo.

Figura 5-8 A Tela de Documentação


A área superior desta tela mostra o código e a descrição comercial do módulo selecionado, e não
pode ser editado. A área central desta tela mostra os tags e descrições do módulo selecionado, para
serem editados pelo usuário. Cada linha corresponde a um ponto de E/S do módulo.
O tamanho dos campos “Descrição” é limitado em 64 caracteres. O tamanho dos campos “Tag” é
limitado por “Número Máximo de Caracteres do Programador”, definido na tela de informações
gerais do projeto, e também pelos seguintes valores:
• 12 caracteres para módulos de até 16 pontos
• 4 caracteres para módulos de até 32 pontos
O “Código do Componente no Painel”, apresentado na área inferior da tela, é composto por dois
valores, não editáveis:
• prefixo de Etiquetas de Módulos, definido na tela de informações gerais do projeto (três
caracteres, na figura aparece como “GUS” )
• posição do módulo (dois caracteres, na figura aparece como “00”)
Os campos “Etiqueta 1” e “Etiqueta 2” são utilizados em fontes, CPUs e cabeças remotas. Podem ser
preenchidos com informações adicionais para a etiqueta destes módulos, limitados em 12 caracteres.
A posição do módulo, normal ou invertida, pode ser informada na área inferior da tela, para que se
possa gerar as etiquetas de identificação de módulos no formato correspondente.

O ProPonto permite que todos os tags e descrições possam ser aproveitados no software
programador MasterTool MT4100, a partir da versão 3.00. O MasterTool importa estes dados
diretamente do arquivo de projeto ".GBL" do ProPonto, através do comando "Ler" dentro da tela de
alocação de operandos.
28
Capítulo 5 Procedimentos

Geração de Etiquetas de Identificação dos


Módulos
Os módulo de E/S possuem etiquetas onde o usuário pode identificar os tags dos sinais de campo. As
etiquetas são fornecidas em uma folha microserrilhada própria para impressão em impressoras jato de
tinta.
O ProPonto permite a criação de etiquetas para os módulos da Série Ponto. As etiquetas são editadas
e impressas no Microsoft Excel, com as informações preenchidas na tela de documentação do
ProPonto. Para isto, existe o arquivo “ETQ.XLS”, fornecido junto com o ProPonto, que é uma
planilha Excel contendo o layout das etiquetas no formato do papel a ser impresso. Neste arquivo,
existe a macro “ImportGBL”, que permite ao usuário selecionar quais módulos devem ter suas
etiquetas preenchidas, e preenche automaticamente os dados da etiqueta do módulo nas células
apropriadas no Excel.
Após o preenchimento das etiquetas, pode-se imprimi-las, no próprio Excel. As margens podem
variar de impressora para impressora, e devem ser ajustadas antes da impressão.
As seções a seguir descrevem estas operações em detalhes.

Formato das Etiquetas


As etiquetas são inseridas no painel frontal dos módulos e servem para identificar o módulo em
questão e seus respectivos pontos de E/S. Existem dois tipos de etiquetas para os diversos módulos
da Série Ponto:
• etiquetas de 32 tags
• etiquetas de 16 tags.
Estas etiquetas estão ilustradas na seguinte figura:

Figura 5-9 Etiquetas

29
Capítulo 5 Procedimentos

A etiqueta de 16 tags é utilizada para módulos que possuem até 16 pontos de E/S ou módulos
especiais (CPU, Cabeça, Fonte de Alimentação, etc). Já a etiqueta de 32 tags é utilizada para módulos
de 32 ou mais pontos de E/S.
As etiquetas possuem três campos distintos, conforme a figura 5-9: “Tag do Módulo”, “Tags dos
Pontos de E/S” e “Tira de Remoção”.
• o campo “Tag do Módulo” identifica o módulo através de três letras mais o número da posição
do módulo no barramento, conforme apresentado na tela de documentação no campo “Código do
Componente no Painel”.
• os campos “Tags dos Pontos de E/S” são os campos onde é impresso o tag do respectivo ponto
de E/S do módulo, conforme preenchido na tela de documentação do respectivo módulo. No
caso do módulo ser uma CPU, Cabeça remota ou Fonte, será preenchida nestes campos os
valores de “Etiqueta 1” e “Etiqueta 2” definidos na tela de documentação.
• a Tira de Remoção não é preenchida com nenhum valor, pois este campo tem a função de
auxiliar a remoção da etiqueta do módulo.
As etiquetas podem ser impressas de dois modos:
• Normal
• Invertido
Isto se deve ao fato de que os módulos da Série Ponto podem ser montados na posição “normal” ou
na posição “invertida” (de cabeça para baixo). A macro se encarrega de preencher invertido ou não
conforme a escolha do usuário. Caso a impressão seja invertido o campo do módulo ficará no topo da
etiqueta e a tira de remoção na parte inferior da etiqueta.
A figura a seguir mostra três exemplos para a melhor compreensão das formas de preenchimento das
etiquetas:

Figura 5-10 Preenchimento das etiquetas

30
Capítulo 5 Procedimentos

Chamando a Planilha de Etiquetas


O arquivo “ETQ.XLS”, fornecido junto com o ProPonto, é uma planilha Excel contendo o layout das
etiquetas no formato do papel a ser impresso. A partir do menu “Ferramentas \ Gerar Etiquetas” , no
ProPonto, faz-se a chamada do Excel, já com este arquivo aberto. A figura a seguir mostra a planilha
de 32 tags :

Figura 5-11 Planilha de Etiquetas

Ajustar margens Ajustar largura


conforme impressora conforme impressora

Selecionar Selecionar Chamar macro


planilha de planilha de para preencher
16 tags 32 tags etiquetas

31
Capítulo 5 Procedimentos

O arquivo “ETQ.XLS” possui duas planilhas, uma de 16 e outra para 32 tags, representando
respectivamente a folha na qual as etiquetas serão impressas:
Código Denominação
PO8510 10 Folhas de 14 etiquetas de 16 tags
PO8511 10 Folhas de 14 etiquetas de 32 Tags

Para selecionar a planilha de 16 ou 32 tags, deve-se utilizar as guias correspondentes no lado inferior
esquerdo do Excel, conforme mostrado na figura 5-11.
A macro “ImportGBL” preenche automaticamente as células da planilha com dos dados dos módulos
selecionados pelo usuário, conforme descrito adiante neste capítulo.

Configurando a Planilha de Etiquetas


Antes de se preencher qualquer valor na planilha de impressão das etiquetas, deve-se fazer o seguinte
ajuste no Excel:
• setar no menu “Opções”, guia “Geral”, o tamanho e tipo de fonte para “Arial 10”;

Configurando a Impressão da Planilha de Etiquetas


Antes de ser feita a impressão pela primeira vez na cartela de etiquetas, recomenda-se que sejam
feitas algumas impressões em uma folha branca, para ajustar as margens de impressão e largura da
coluna de ajuste, pois as impressoras tem uma pequena variação de acordo com modelos e
fabricantes, gerando diferentes impressões.
Recomenda-se repetir os seguintes passos até que os ajustes estejam satisfatórios:
• Inserir uma folha branca na impressora
• Ajustar as margens de impressão “Superior” e “Esquerda”, no menu “Arquivo \ Configurar
Página” , guia “Margens, conforme mostra a figura a seguir:

Figura 5-12 Configuração das Margens

32
Capítulo 5 Procedimentos

• Ajustar a largura da “Coluna de Ajuste”, mostrada na figura 5-11 , de forma a centralizar os


textos das etiquetas mais a direita da folha
• Ajustar a impressão para modo “Paisagem” e o tipo de papel para “Envelope”, pois a folha
microserrilhada de etiquetas é um pouco mais espessa que as folhas tradicionais. Para maiores
detalhes de como fazer esta operação, favor consultar o manual de sua impressora.
• Preencher as etiquetas da planilha com quaisquer valores, manualmente ou através da macro
clicando “ImportGBL” , conforme descrito na seção seguinte;
• Imprimir uma página de teste, através do comando “Arquivo \ Imprimir” , do Excel.

A planilha “ETQ.XLS” foi preparada para impressoras a jato de tinta da Cannon BJC4000 mas as
impressões podem variar de acordo com fabricante e modelo de impressora. Cabe ao usuário ajustar
esta planilha para imprimir corretamente.

Depois de ajustada corretamente a planilha, recomenda-se salva-la com outro nome, para que todas
as configurações ajustadas também sejam salvas. Para isto, deve-se utilizar o comando “Arquivo \
Salvar Como... ”, no menu do Excel, e escolher um diretório e um nome de arquivo quaisquer.

Preenchendo a Planilha de Etiquetas


O usuário pode preencher o conteúdo da planilha de etiquetas de duas diferentes maneiras :
• preencher manualmente
• preencher automaticamente através da macro “ImportGBL”
Para preencher manualmente, o usuário utiliza apenas o Excel, e edita livremente as células das
etiquetas. Nenhuma informação é buscada do ProPonto.
Para preencher automaticamente, o usuário utilizar a macro “ImportGBL” , que busca as
informações dos módulos selecionados e os coloca nas células correspondentes de forma automática.
A macro é disparada clicando no botão “ImportGBL”, na planilha de etiquetas, no Excel.
Primeiramente o usuário deve especificar qual arquivo “.GBL” deverá ser carregado pela macro para
selecionar as etiquetas a serem impressas. Em seguida, será aberto o diálogo representado pela
seguinte figura:

33
Capítulo 5 Procedimentos

Figura 5-13 Seleção das etiquetas a serem impressas

Nesta tela, o usuário seleciona quais módulos serão utilizados, e os dados do módulo (tags ,código do
componente, etiqueta1 e etiqueta 2, preenchidos na tela de documentação) serão automaticamente
preenchidos na planilha, quando se pressionar o botão “OK”.
O campo “Módulos do Segmento” mostra um subconjunto dos módulos editados no ProPonto. Este
subconjunto é apresentado conforme as seguintes seleções feitas pelo usuário:
• segmento, selecionado no campo “Segmento do Barramento”
• número de tags, 16 ou 32, selecionado no campo “Módulos com” . São apresentados apenas os
módulos possuem número de tags compatíveis com a planilha com a qual foi chamada.
• posição do módulo, “normal” ou “invertido”, selecionado no campo “Imprimir Módulos”.
Para selecionar quais etiquetas devem ser preenchidas, deve-se clicar nos respectivos “check box”
dos módulos. Pode-se também utilizar seguintes botões de auxílio de seleção:
• “Marcar Segmento” : marca o “check box” de todos os módulos do segmento selecionado
• “Limpar Segmento” : desmarca o “check box” de todos os módulos do segmento selecionado
• “Selecionar” : marca o “check box” de todos os módulos a partir da posição determinada no
campo ao lado esquerdo do botão, no segmento selecionado e nos demais segmentos
subsequentes
Para fazer a exclusão de uma determinada etiqueta, deve-se remover a marca do “check box”
correspondente, ou utilizar o botão “Limpar Segmento”.
Ao terminar de selecionar as etiquetas o usuário deve clicar no botão “OK” para efetuar a importação
dos dados do ProPonto para a planilha Excel. Será feito o preenchimento automático de no máximo 7
colunas de etiquetas (duas etiquetas por coluna) por vez ou a quantidade de colunas que o usuário

34
Capítulo 5 Procedimentos

definir no campo “Configuração da Folha”. Com este artifício o usuário pode reaproveitar parte de
uma folha já utilizada para a impressão.

Imprimindo as Etiquetas
Após o preenchimento da planilha, pode-se imprimir as etiquetas através do menu “Arquivo \
Imprimir” , no Microsoft Excel .
Certificar que todos os passos descritos nas seções anteriores foram efetuados:
• preencher etiquetas utilizando fonte “Arial 10”;
• efetuar impressões de teste em uma folha branca, para ajustar as margens de impressão e largura
da coluna de ajuste;
• configurar impressão para modo “Paisagem” e tipo de papel “Envelope”;
• inserir na impressora a folha microserrilhada correspondente a planilha utilizada (folha PO8510
para 16 tags ou folha PO8511 para 32 tags) .

Relatórios
O ProPonto possui os seguintes relatórios, acessados a partir do menu “Arquivo \ Imprimir” :
• Relatório do projeto;
• Lista de materiais;
• Relatório da verificação do barramento.
Estes relatórios podem ser disponibilizados de três maneiras distintas:
• na impressora
• na tela (apenas visualiza, sem imprimir)
• em arquivo
Quando se executa qualquer um destes relatórios, inicialmente ele será apresentado na tela, por um
“visualizador” de relatórios, com um um novo menu, conforme mostra a seguinte figura:

35
Capítulo 5 Procedimentos

Figura 5-14 Visualizador de Relatórios


O cabeçalho com o título do relatório e os detalhes do projeto, tais como empresa, versão, data, etc,
são mostrados neste figura, e são comuns aos três relatórios. Os detalhes de cada relatório são
descritos nas seções a seguir.
O visualizador de relatórios mostra uma página por vez. Inicialmente, ele é apresentado na página 1.
Para se alterar a página apresentada, deve-se utilizar os comandos “Próxima” e “Anterior” , no menu
“Páginas” , ou nos ícones da “toolbar” do visualizador.
Para se imprimir o relatório, na impressora ou em arquivo, deve-se utilizar o menu “Arquivo” deste
visualizador de relatórios.

Relatório de Projeto
O Relatório do Projeto mostra toda a estrutura do projeto, os módulos e bases inseridos, suas
descrições, um resumo por segmento e alguns dados de totalização.
A figura a seguir mostra a página 1 do Relatório de Projeto :

36
Capítulo 5 Procedimentos

Figura 5-15 Relatório de Projeto

37
Capítulo 5 Procedimentos

Lista de Materiais
A Lista de Materiais este relatório faz uma totalização e mostra todos os componentes ALTUS
necessários para construir o barramento (módulos, bases, cabos, terminadores, expansores, fontes,
etc).
A figura a seguir mostra o relatório de Lista de Materiais :

Figura 5-16 Relatório de Projeto

38
Capítulo 5 Procedimentos

Relatório de verificação de barramento


O Relatório da verificação de barramento imprime os erros e warnings obtidos após uma operação de
"Verificar Barramento" .
A figura a seguir mostra o relatório de Verificação de Barramento:

Figura 5-17 Verificação de Barramento

39
Apêndice A Glossário

Glossário

Glossário da Série Ponto


• Barramento: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma UCP ou Cabeça de Rede de
Campo.
• Barramento Local: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma UCP.
• Barramento Remoto: Conjunto de módulos de E/S interligados a uma cabeça de rede de
campo.
• Base : Componente onde são inseridos os módulos de E/S, UCPs, fontes e demais módulos da
Série Ponto.
• Cabeça de Rede de Campo: Módulo escravo de uma rede de campo. É responsável pela troca
de dados entre seus módulos e com um mestre de rede de campo.
• Cabo de Expansão: Cabo que interliga os expansores de barramento.
• Código Comercial: É o código do produto, formado pelas letras PO e seguidos por quatro
números.
• Expansor de Barramento: Módulo que interliga um segmento de barramento em outro
• Interface de Rede de Campo: Módulo mestre de redes de campo, localizado no barramento
local destinado a fazer a comunicação com cabeças de rede de campo.
• Segmento de barramento: Parte de um barramento. Um barramento local ou remoto pode ser
dividido em no máximo quatro segmentos de barramento.
• Terminação de Barramento: Componente que deve ser conectado no último módulo de um
barramento.
• Trilho: Elemento metálico com perfil normalizado segundo a norma DIN50032, também
chamado de trilho TS35.
• UCP: Unidade Central de Processamento, responsável pela execução do programa aplicativo.

Glossário de Redes
• Canal serial: Interface de um equipamento que transfere dados no modo serial.
• Escravo: Equipamento ligado a uma rede de comunicação que só transmite dados se for
solicitado por outro equipamento denominado mestre.
• Mestre: Equipamento ligado a uma rede de comunicação de onde se originam solicitações de
comandos para outros equipamentos da rede.
• Nó ou nodo: Qualquer estação de uma rede com capacidade de comunicação utilizando um
protocolo estabelecido.
• Protocolo: Regras de procedimentos e formatos convencionais que, mediante sinais de controle,
permitem o estabelecimento de uma transmissão de dados e a recuperação de erros entre
equipamentos.
• Rede de comunicação: Conjunto de equipamentos (nós) interconectados por canais de
comunicação.
• Time-out: Tempo preestabelecido máximo para que uma comunicação seja completada, que, se
for excedido, provoca a ocorrência de um erro de comunicação.

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Apêndice A Glossário

Glossário Geral
• Barramento: Conjunto de sinais elétricos agrupados logicamente com a função de transferir
informação e controle entre diferentes elementos de um subsistema.
• Bit: Unidade básica de informação, podendo estar no estado 0 ou 1.
• Byte: Unidade de informação composta por oito bits.
• Database: banco de dados.
• Default: valor pré-definido para uma variável, utilizado em caso de não haver definição.
• Diagnóstico. Procedimento utilizado para detectar e isolar falhas. É também o conjunto de dados
usados para tal determinação, que serve para a análise e correção de problemas.
• Endereço de módulo: Endereço pelo qual o CP realiza acessos a um determinado módulo de
E/S colocado no barramento.
• E/S (entrada/saída): Dispositivos de entrada e/ou saída de dados de um sistema. No caso de
CPs, correspondem tipicamente a módulos digitais ou analógicos de entrada ou saída, que
monitoram ou acionam o dispositivo controlado.
• Hardware: Equipamentos físicos usados em processamento de dados, onde normalmente são
executados programas (software).
• Interface: Dispositivo que adapta elétrica e/ou logicamente a transferência de sinais entre dois
equipamentos.
• Kbytes: Unidade representativa de quantidade de memória. Representa 1024 bytes.
• Menu: Conjunto de opções disponíveis e exibidas no vídeo por um programa, a serem
selecionadas pelo usuário a fim de ativar ou executar uma determinada tarefa.
• Módulo de E/S: Módulo pertencente ao subsistema de Entradas e Saídas.
• Nibble: Unidade de informação composta por quatro bits.
• Octeto: Conjunto de oito bits numerados de 0 a 7.
• Operandos: Elementos sobre os quais as instruções atuam. Podem representar constantes,
variáveis ou conjunto de variáveis.
• RAM (Random Access Memory): Memória onde todos os endereços podem ser acessados
diretamente de forma aleatória e a mesma velocidade. É volátil, ou seja, seu conteúdo é perdido
quando desenergizada, a menos que possua bateria para retenção dos valores.
• Software: Programas de computador, procedimentos e regras relacionadas à operação de um
sistema de processamento de dados.
• Subsistema de E/S: Conjunto de módulos de E/S digitais ou analógicos e interfaces de um
Controlador Programável.
• Tag: Nome associado a um operando ou a uma lógica que permite uma identificação resumida
de seu conteúdo.
• Troca a quente: Procedimento de substituição de módulos de um sistema sem a necessidade de
desenergização do mesmo. Normalmente utilizado em trocas de módulos de E/S.
• UCP: Unidade central de processamento. Controla o fluxo de informações, interpreta e executa
as instruções do programa e monitora os dispositivos do sistema.
• Word: Unidade de informação composta por dezesseis bits.

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