Vous êtes sur la page 1sur 3

A vida em pixels

Câmeras digitais despertam desejo de fotografar


“As câmeras digitais são objetos do desejo para a maioria dos consumidores. Quem não tem, quer ter uma.”, afirma
Flávio Takeda, gerente de marketing da Fijifilm. Essa é uma síntese que traduz muito bem a mini-revolução que a
fotográfica vem provocando nos conceitos de captura de imagens e na relação que as pessoas têm com a fotografia.
Evoluindo de forma acelerada em termos de recursos tecnológicos e de design essas maquininhas seduzem cada vez
mais consumidores principalmente jovens que gostam de estar com amigos, viajar e registrar todos os momentos. Mas
não pense que a foto digital é uma tecnologia apenas para jovens, independente da sua idade, você certamente vai ser
seduzido por esse objeto do desejo.
Além de atender ao público que as utiliza para o laser e por hobby, as câmeras digitais estão facilitando a atuação de
muitos profissionais como os designers, os publicitários e os decoradores que usam as câmeras digitais para registrar
objetos e cenas que irão compor suas idéias em futuros projetos.
Os arquitetos acabaram com aquela tarefa chata de ficar digitalizando fotos para inserir seus projetos no cenário
onde serão construídos. Os cineastas podem fotografar um cenário natural ou artificial, as roupas ou os próprios atores
para planejar as filmagens. Esses são apenas alguns exemplos do uso da fotografia digital –principalmente amadora-
na vida profissional.
As câmeras analógicas ainda dominam o mercado mundial. No Brasil estima-se que existam 28 milhões de câmeras
fotográficas sendo: 6 milhões de modelos digitais e 22 milhões de analógicas. No mercado mundial estima-se que
existam 800 milhões de analógicas contra 200 milhões digitais.
Porém, esse domínio está com os dias contados. Em 2004 foram vendidas no Brasil 2 milhões de câmeras
analógicas, contra 1 milhão de modelos digitais. Em 2005 os números deverão inverter. Prevê-se que sejam vendidas
no mercado brasileiro 1,5 milhão de analógicas e 2 milhões de modelos digitais.
No mercado mundial as digitais já ultrapassaram as analógicas desde 2004 quando foram vendidas 10,1 milhões de
analógicas contra 59,8 milhões de modelos digitais. As vendas de camphone, celulares com câmeras digitais, crescem
ainda mais.
Edmundo Salgado, diretor de relações com o mercado, da Abimfi (Associação Brasileira de Material Fotográfico de
Imagem), observa que à medida que as camphones ganham mais resolução (acima de 2 Megapixels) e mais qualidade
em termos de lente, a possibilidade de substituição das câmeras analógicas e das próprias câmeras digitais pelas
camphones é grande.
“Estima-se que para os próximos anos o mercado mundial de câmeras digitais registre a venda anual entre 100
milhões e 120 milhões de unidades, enquanto as camphones poderão chegar aos 400 milhões ao ano”, afirma Salgado.

Um dos poucos obstáculos que talvez possa arranhar a expansão das vendas de camphones em massa está na
bateria. Salgado observa que os celulares ainda consomem muita carga quando usados como câmeras. Por isso, as
câmeras digitais “puras” ainda podem manter seu espaço, mesmo sem crescimento geométrico. Outro ponto a favor
das câmeras digitais, é a possibilidade de o usuário contar com mais recursos. “Elas vão continuar com a preferência
dos hobbistas, por exemplo”.
Apesar dos números expressivos relacionados à multiplicação das camphones, Flávio Takeda, da Fujifilm, diz não
há possibilidade de substituição total das câmeras digitais “puras” pelas camphones porque as duas categorias são
dirigidas a mercados distintos.
Francisco Tadeu da Silva, gerente de vendas da T.Tanaka, distribuidora da Nikon, também não acredita nessa
possibilidade. “As camphones são para fotos eventuais, ninguém vai fazer fotos de férias ou da lua-de-mel, por
exemplo, com esse tipo de equipamento”.
A explosão do mercado de camphones assusta alguns fabricantes de câmeras digitais “puras”, mas não todos. Quem
fabrica câmeras, mas também atua no mercado de suprimentos para impressão, como é o caso da Kodak, está
comemorando. A empresa vê na convergência uma gente oportunidade de negócios e não uma ameaça.
“Nunca se fotografou tanto quanto agora. Para a Kodak quanto mais celulares com câmera que possam tirar fotos
de qualidade (pelo menos 2.0 Megapixels) melhor. A nossa aposta é que o consumidor ao clicar mais com o celular,
necessariamente imprimirá muito mais também”, afirma Fernando Bautista, diretor geral da divisão de fotografia da
Kodak Brasil.
Além disso, ele diz que a Kodak tem a chance de vender a tecnologia de fotografia para as empresas que fabricam
celulares com câmera. Hoje a maioria da tecnologia usada por essas empresas já é da Kodak.

Você ainda vai ter uma


A verdade é que seja na forma de câmeras digitais ou de camphones a fotografia digital veio para ficar e ganha a
cada dia um design mais apurado e recursos tecnológicos que tornam a vida dos usuários mais fácil e aprimora a
qualidade das fotos. “A exemplo do mercado de informática, as câmeras digitais se modernizam rapidamente
aumentando a velocidade de giro dos produtos no mercado. O giro de lançamentos de será cada muito rápido e os
consumidores serão cada vez mais exigentes”, afirma Flávio Takeda, da Fujifilm.
Quando se fala em inovações tecnológicas é fácil perceber, por exemplo, a evolução das câmeras rumo à resolução
mais alta. Há um ano a maioria dos amadores ficava feliz com um modelo de 3.0 Megapixels enquanto hoje os
iniciantes já querem equipamentos com pelo menos 4.0 ou 5.0 Megapixels.
Além de aumentar os Megapixels, as câmeras digitais e camphones melhoraram a qualidade das lentes. “Já temos
modelos com lentes sofisticadas, com a mesma tecnologia utilizada pela Nasa”, afirma Bautista. Há avanços
importantes também nas tecnologias de zoom ótico e digital, captura de cores, ergonomia e design. As câmeras estão
mais coloridas e menores.
Os recursos para captura de vídeo evoluíram bastante de um ano para cá. Hoje mais modelos permitem capturar
vídeo com som. A duração dos vídeos aumentou, algumas câmeras já não têm aquela limitação em segundos ou
minutos, o limite está na capacidade de memória. Também as opções tecnológicas para captura de vídeo
diversificaram. Dependendo do modelo escolhido ou usuário poderá gravar vídeos no formato AVI, em MPEG 4 ou
em QuickTime.
A Samsung, segundo seu gerente de marketing Cláudio Rosenbaum, está investindo em boas lentes (Schneider) e
nos visores LCD para que eles permitam visualizar a cena que está sendo fotografada em tempo real e não uma
imagem congelada.“Em alguns modelos mais sofisticados já há softwares que possibilitam fotografar um texto e
manipulá-lo posteriormente”, afirma Rosenbaum. Além disso, há modelos da Samsung e de outros fabricantes com
MP3.
As câmeras digitais profissionais evoluíram em todos os níveis tecnológicos e se multiplicaram. Hoje é possível
encontrar várias alternativas capazes de atender até os profissionais mais exigentes. Isso abre caminho e a mente dos
fotógrafos profissionais para a aceitação da nova tecnologia. “Só agora os fotógrafos profissionais brasileiros
começam a perceber as vantagens que a tecnologia digital pode lhes trazer. É uma questão cultural”, afirma
Rosenbaum.
Isso não quer dizer que os fornecedores tenham deixado o mercado amador de lado. Pelo contrário, de os maiores
investimentos estão voltados para esse segmento de mercado. A T.Tanaka, por exemplo, atuava principalmente no
mercado profissional. Hoje, segundo Tadeu da Silva, 70% dos equipamentos vendidos vão para o mercado amador e
30% para o mercado profissional.

São tantas impressões


O aumento da resolução dos equipamentos e uma intensa campanha das lojas de fotos que, a cada dia, surgem com
um novo minilab ou um quiosque de auto-atendimento oferecendo serviços de impressão a custos mais acessíveis
estão despertando nos consumidores o interesse pela impressão de suas fotos.
Bautista, da Kodak, diz que os usuários estão percebendo que nada substitui o papel. Esta mídia oferece mais
facilidades na hora de mostrar o álbum de fotografias, porque não depende da tela de um computador ou DVD, e mais
durabilidade tendo em vista que as mídias digitais não têm garantia de 100 anos como tem o papel.
Segundo ele, pesquisas indicam que nos próximos três anos a impressão doméstica deverá crescer 27%, a impressão
em lojas 93% e a impressão on-line 74%. Isso se deve às facilidades de impressão e à queda nos custos de impressão
que hoje custa em média de 0,85%, um preço compatível com as cópias de filmes.
“Com a melhoria da resolução das câmeras digitais as pessoas passaram a sentir mais confiança em imprimir suas
fotos. Além disso, o varejo especializado em serviços de impressão aumentou sua base de equipamentos ampliando,
conseqüentemente, a capacidade de atendimento à crescente demanda”, afirma Edmundo Salgado, diretor da Abimfi e
gerente comercial da Noritsu do Brasil, empresa japonesa fabricante de minilabs.
Uma prova do crescimento das vendas de minilabs pode ser contatada nos números dos mercados brasileiro e
mundial. Salgado diz que o Brasil deverá aumentar sua base instalada de minilabs digitais de 744 em 2004 para 1.110
equipamentos até o final de 2005. A previsão para daqui a quatro anos é chegar a uma base instalada de 3.000
máquinas. O mercado mundial conta atualmente com aproximadamente 50.000 máquinas.

Mudança de hábito
“A foto digital tornou o hábito de fotografar símbolo de status. Antes as pessoas escondiam as câmeras e hoje as
ostentam assim como o fazem com o celular. Isso influenciou os jovens que passaram a fotografar mais pela mesma
razão”, afirma Bautista, da Kodak.
Esse é um exemplo de como a tecnologia digital está mudando os hábitos das pessoas com relação à fotografia e
conquistando novos segmentos de mercado. É surpreendente o desejo de fotografar que a tecnologia desperta nos
usuários de todos os segmentos sociais.
“Antigamente, quem “sacasse” uma câmera fotográfica em um restaurante, barzinho ou estação de trem era visto
como cafona. Também as pessoas só se lembravam de suas câmeras quando iam viajar. Hoje é normal você ver as
pessoas se fotografando ou tirando fotos com amigos em qualquer tipo de ambiente. O produto passou a fazer parte do
dia-a-dia do consumidor”, afirma Cláudio Rosenbaum.
A fotografia digital que inicialmente era consumida principalmente pelas classes A e B, começa a fazer parte
também do dia-a-dia das pessoas da classe C, graças à queda nos preços e às facilidades de pagamento. “Com a
variedade de modelos e opções de preços e de pagamento disponíveis no mercado muitas pessoas já têm condições de
adquirir sua primeira câmera digital”, afirma Tadeu da Silva.
Pesquisas indicam os usuários de câmeras digitais tiram em média 480 fotos/ano contra 120 fotos/ano tiradas pelos
usuários de câmeras analógicas. Em 2005 a estimativa é que o número de fotos tiradas com câmeras digitais,
excluindo as camphones, chegue a um total de 1,5 bilhão de fotos. Somando os mercados de fotografia clássica -como
alguns fornecedores preferem chamar a tecnologia analógica- e a fotografia digital o mercado global de fotografia
deverá faturar US$ 105 bilhões, em 2008.

Vous aimerez peut-être aussi