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- Aula 07 -
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO – 1ª PARTE
OBJETIVOS:
Esta aula abordará as diferenças existentes entre remuneração e salário, assim como
suas características e definições. Objetiva-se analisar, debater e avaliar as peculiaridades
elacionadas ao tema remuneração e salário, etc...
CONTEÚDOS:
1 DEFINIÇÃO; 2 ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO; 3 PARCELAS SALARIAIS
LEGAIS; 4 DISTIÇÃO ENTRE SALÁRIO E REMUNERAÇÃO:; 5 CLASSIFICAÇÃO DA
REMUNERAÇÃO; 5.1 SALÁRIO POR UNIDADE DE TEMPO; 5.2 SALÁRIO POR UNIDADE
DE OBRA; 5.3 SALÁRIO POR TAREFA; 5.4 SALÁRIO POR UNIDADE DE LUCRO; 5.5
SALÁRIO EM DINHEIRO; 5.6 SALÁRIO EM UTILIDADE; 5.7 PARCELAS RELACIONADAS
NO § 1º DO ART. 457, CLT; 5.7.1 Salário fixo; 5.7.2 Comissões e percentagens.
METODOLOGIA DE ENSINO:
Aula expositiva e debates.
LEITURA OBRIGATÓRIA:
BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo, LTr, 2009.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo, LTr, 2009.
LEITURA RECOMENDADA:
FERRARI, Irany. Bônus de venda e remuneração por desempenho - integração ao
salário. LTr: Legislação do trabalho. Suplemento trabalhista. São Paulo. v.46. n.12. p.50. 2010.
RAFAEL, Marcia Cristina. Salário e remuneração: aspecto teóricos e práticos. LTr:
suplemento trabalhista. São Paulo. v.41. n.90. p.395-402. 2005
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Direito do Trabalho II – 7º Período de Direito
Professor: Hudson Augusto Dalto
MATERIAL DE APOIO
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
1 DEFINIÇÃO
2 ELEMENTOS DA REMUNERAÇÃO
As parcelas salariais legais são aquelas previstas em regra gera, e estão previstas no
parágrafo 1º do artigo 457 da CLT. Daí, observamos que integram o salário não só a
importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações
ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
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O salário deve ser protegido, em razão do caráter alimentar que possui. A própria
convenção nº 95 da OIT trata da matéria, assegurando que o salário deve ser pago em moeda
de curso legal e diretamente ao empregado, sendo proibido o pagamento sob a forma de
bônus, cupons ou outra forma. Os salários também são impenhoráveis, salvo para efeito de
pagamento de prestação alimentícia. Uma outra garantia é a qualificação dos trabalhadores
como credores privilegiados dos salários e outras verbas, sendo também o salário intangível,
não podendo sofrer qualquer redução.
De imediato é necessário afastar a idéia de que o salário compõe-se de uma única
parcela. O Salário base ou salário básico. Na verdade este é apenas uma modalidade de
salário. Na verdade, o salário corresponde a um conjunto de parcelas. Exemplo: Então, se o
empregado fixo R$ 1.000,00 e R$ 200,00 de horas extras, R$ 300,00 de Ad. Noturno etc... tudo
compõe o salário, quando pagos com habitualidade. Pode até ser que um empregado tenha
mais ou menos de uma parcela.Artigo 457 da CLT, fala:
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
O direito do trabalho guarda hipóteses em que mesmo sem o empregado trabalhar ele
terá direito a receber salário. São as hipóteses de interrupção do contrato de trabalho, não há
prestação de serviços, mas permanece o direito do obreiro de receber seu salário. Exemplo:
RSR, Férias do empregado. Em ambos os casos ele não trabalha mais recebe salário.
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EXEMPLO: 1.000,00 – SF
300,00 – HE
400,00 – A N
1.700,00
Salário do obreiro R$ 1.700,00. Quanto for receber suas férias, seu 13º, terá por base
R$ 1.700,00. ASSIM, QUANDO UMA PARCELA É SALARIAL ELA GERA REFLEXOS EM
OUTRAS VERBAS GERAIS NO CONTRATO DE TRABALHO. JÁ QUANDO É
REMUNERAÇÃO GERA REFLEXOS EM ALGUMAS PARCELAS, MAS NÃO EM OUTRAS.
(SÚMULA 354 DO TST).
Gorjeta - Base de Cálculo - Aviso-Prévio, Adicional Noturno, Horas Extras e
Repouso Semanal Remunerado
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não
servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional
noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
PARCELAS INDENIZATÓRIAS
As parcelas de natureza indenizatória não gerarão reflexo em nada.
5 CLASSIFICAÇÃO DA REMUNERAÇÃO
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Por salário por unidade de obra compreende-se o que é fixado por unidade
produzida durante a jornada de trabalho.
Nesse caso é assegurado, mesmo que o empregado não alcance o montante, o
pagamento de um salário mínimo, conforme art. Art 7, VII da CF).
Importante destacar que o artigo 483, g, da CLT autoriza a rescisão indireta do contrato
de trabalho por justa causa do empregador, quando ocorrer uma redução do trabalho, de modo
a afetar sensivelmente a importância dos salários.
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a
devida indenização quando:
[...]
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de
forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
O salário pago por tarefa possui como base a produção do trabalhador, o qual, após
cumprir a obrigação de produzir um determinado número de peças por dia, estará dispensado
do cumprimento do restante da jornada diária. Se ficar laborando, após o cumprimento da
tarefa diária, deverá receber um acréscimo ao valor do que foi estabelecido. O empregador
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deve pagar o mínimo legal, como garantia prevista na Constituição. Quem trabalha em sobre
jornada tem apenas o direito ao adicional de hora extra.
A CF, em seu art. 7º, XI, prevê a participação nos lucros, ou resultados, desvinculada
da remuneração.
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a) salário mínimo
O salário mínimo é fixado em lei federal, portanto, é sempre nacionalmente unificado.
Corresponde a uma importância salarial fixa mínima garantida a todos os trabalhadores,
independentemente da atividade profissional exercida. É importância que não varia em razão
da produtividade do empregado.
b) piso salarial
O piso salarial é a importância salarial fixa mínima devida a trabalhadores de uma
determinada categoria profissional preponderante.
A categoria profissional preponderante é formada por trabalhadores que compõem um
determinado grupo.
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c) salário profissional
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O salário profissional pode ser fixado em lei federal, acordo coletivo, convenção coletiva
ou em sentença normativa.
Diferente do piso salarial, que pode ser regional para os Estados e Distrito
Federal, o salário profissional não pode ser fixado pelos Estados e pelo Distrito Federal.
Não existe autorização legislativa para isso.
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