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FORMAÇÃO
Regime Contra-ordenacional;
09
24-08-2010 Fernando Silva 2
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Disposições Gerais e
Comuns
Disposições Gerais
ENTRADA EM VIGOR
09
24-08-2010 Fernando Silva 4
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Disposições Gerais
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Disposições Gerais
DEFINIÇÃO DO REGIME GERAL
09
24-08-2010 Fernando Silva 6
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Disposições Gerais
OBJECTO DO CÓDIGO
– o âmbito pessoal;
– o âmbito material;
– a relação jurídica de vinculação;
– a relação jurídica contributiva dos regimes
indicados no quadro anterior, regulando igualmente
o respectivo quadro sancionatório.
10
24-08-2010 Fernando Silva 7
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Disposições Comuns
RELAÇÃO JURÍDICA DE VINCULAÇÃO
Disposições Comuns
RELAÇÃO JURÍDICA DE VINCULAÇÃO
Enquadramentos
NISSPS 11234567890
Nome AntónioJosé JoãoJoaquimPassante
Data Motivo
NISSPS Nome Tipo NISSEE Nome EE Data Fim
Início Fim
11234567890 AntónioJosé JoãoJ TCO 20001014733 Padaria ValenteMais 2009-01-01
11234567890 AntónioJosé JoãoJ MOE 20000164279 GaragemCorreBem 2008-04-01 2008-11-30 Mudança
11234567890 AntónioJosé JoãoJ TI 2008-09-01
11234567890 AntónioJosé JoãoJ TCO 20002015847 Restaurante BomPetisco 1994-07-01 2008-03-31 Semsalários
11234567890 AntónioJosé JoãoJ PDSS 1985-02-01
11234567890 AntónioJosé JoãoJ ASS 1985-02-01
Disposições Comuns
RELAÇÃO JURÍDICA CONTRIBUTIVA
Disposições Comuns
OBJECTO DE OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
Disposições Comuns
BASE DE INCIDÊNCIA E TAXA CONTRIBUTIVA
Disposições Comuns
REGISTO DE REMUNERAÇÕES e EQUIVALÊNCIAS
Disposições Comuns
ÂMBITO MATERIAL
Regimes
contributivos do
Sistema
Previdencial
TRABALHADORES
POR CONTA DE OUTREM
Membros Actividades
Em Geral Agrícolas e Pessoal de
Comércio, Indústria dos Órgãos
Estatutários equiparadas Serviço Doméstico
e Serviços
Praticantes
Membros das Desportivos
Profissionais
Igrejas ...
Pescas, Seguros,
…………………
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24-08-2010 Fernando Silva 16
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Obrigação Contributiva
Declaração de Remunerações
Suporte de Declarações
Desagregação da Taxa ( % )
Eventualidades
D.Lei 200/99 Código Contrib. Diferença
Encargos Familiares 2,15 % 0,00 % - 2,15 %
Doença 3,05 % 1,41 % - 1,64 %
Doença Profissional 0,50 % 0,50 % 0,00 %
Maternidade 0,73 % 0,76 % + 0,03 %
Desemprego 5,22 % 5,14 % - 0,08 %
Invalidez 3,42 % 4,29 % + 0,87 %
Velhice 16,01 % 20,21 % + 4,20 %
Morte 3,67 % 2,44 % - 1,23 %
Total Global 34,75 % 34,75 % 0,00 %
TRABALHADORES NO DOMICÍLIO
Âmbito pessoal
– São abrangidos pelo regime geral, com algumas
especificidades, os trabalhadores em regime de
contrato de trabalho de muito curta duração, nos
termos do disposto na legislação laboral.
Âmbito material
– Estes trabalhadores têm direito à protecção nas
eventualidades de invalidez, velhice e morte.
Âmbito pessoal
– São abrangidos pelo regime geral, com algumas
especificidades, os trabalhadores que exercem
actividades agrícolas ou equiparadas, sob a
autoridade de uma entidade empregadora, prestadas
em explorações que tenham por objecto principal a
produção agrícola, e ainda os que exercem a respectiva
actividade em explorações de silvicultura, pecuária,
hortofruticultura, floricultura, avicultura e apicultura,
e em actividades agrícolas ainda que a terra tenha uma
função de mero suporte de instalações.
Âmbito pessoal
– São abrangidos pelo regime geral, com algumas
especificidades, os trabalhadores inscritos
marítimos que exercem actividade profissional na
pesca local e costeira, sob a autoridade de um
armador de pesca ou do seu representante legal.
Base de incidência contributiva
– A contribuição relativa aos trabalhadores inscritos
marítimos que exercem actividade na pesca local
corresponde a 10 % do valor do produto bruto do
pescado vendido em lota.
24-08-2010 Fernando Silva 41 70
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Disposição geral
DISPOSIÇÕES GERAIS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Cessação da dispensa
As dispensas de pagamento de contribuições, cessam
sempre que:
– Termine o período de concessão;
– Deixem de se verificar as condições de acesso;
– Se verifique a falta de entrega, no prazo legal, das
declarações de remuneração ou falta de inclusão de
quaisquer trabalhadores.
Não há cessação da dispensa pela transmissão de
estabelecimento desde que a nova E.P. mantenha a
situação contributiva regularizada.
24-08-2010 Fernando Silva 43 75
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
DISPOSIÇÕES GERAIS
Exigibilidade de contribuições
– A cessação do contrato de trabalho por iniciativa do
empregador, torna exigíveis as contribuições relativas
ao período durante o qual tenha vigorado a dispensa,
desde que a cessação ocorra dentro dos 24 meses
seguintes ao termo do período de concessão da
dispensa.
– Não são devidos juros de mora se as contribuições
forem pagas no prazo de 60 dias após a cessação do
contrato e não têm direito à concessão de novas
dispensas nos 24 meses seguintes à cessação do
contrato por algum dos motivos anteriormente indicados.
24-08-2010 Fernando Silva 43 76
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Âmbito pessoal
– São abrangidos pelo regime geral, os trabalhadores
com deficiência, que possuam capacidade de
trabalho inferior a 80 % da capacidade normal exigida
a um trabalhador não deficiente no mesmo posto de
trabalho, com contratos de trabalho sem termo.
Incentivos à contratação de trabalhadores com deficiência
Situação face Taxas Contributivas
à legislação Entidade
Trabalhador Total Articulado de apoio
Empregadora
art.º 36.º
Anterior 11% 12,5% 23,5% D.Lei n.º 199/99
Art.º 109.º
Nova 11% 11,9% 22,9%
Lei n.º 110/2009
DISPOSIÇÕES GERAIS
Entidades abrangidas
Consideram-se entidades sem fins lucrativos,
nomeadamente, as seguintes:
– Administração directa e indirecta do Estado;
– Instituições personalizadas do Estado;
– Instituições de utilidade pública do Estado;
– Instituições de segurança social e de previd. social;
– Instituições particulares de solidariedade social;
– Igrejas, associações e confissões religiosas;
– Associações, fundações, comissões especiais e coops
24-08-2010 Fernando Silva 46 80
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
DISPOSIÇÕES GERAIS
- E ainda
-Associações de empregadores, sindicatos e
respectivas uniões, federações e confederações;
– Ordens profissionais;
– Partidos políticos;
– Casas do povo;
– Caixas de crédito agrícola mútuo;
– Entidades empregadoras do pessoal do serviço
doméstico;
– Condomínios de prédios urbanos.
Disposição comum
– As entidades empregadoras sem fins lucrativos têm
direito à redução da taxa contributiva global, e é
determinada em função do âmbito material de
protecção 2017
Taxas Contributivas
2014
Âmbito pessoal
São abrangidos pelo regime geral:
– Os trabalhadores titulares de relação jurídica de
emprego público constituída a partir de 1 de
Janeiro de 2006, independentemente da modalidade
de vinculação;
– Os demais trabalhadores, titulares de relação
jurídica de emprego constituída até 31 de Dezembro
de 2005 que à data se encontravam enquadrados no
regime geral de segurança social.
Âmbito material
– Aos trabalhadores que exercem funções públicas é
garantida a protecção de todas as eventualidades
previstas para o Regime Geral.
– O pagamento das prestações sociais na
eventualidade de desemprego atribuídas aos
trabalhadores que exercem funções públicas ( cuja
relação jurídica de emprego foi constituída após 1 de Janeiro de
2006 ), é da responsabilidade das entidades
empregadoras competentes, nos termos previstos na
Lei n.º 4/2009, de 29 de Janeiro.
Taxa contributiva
Trabalhadores que exercem funções públicas
Taxas Contributivas
Situação face à legislação Entidade Articulado de
Trabalhador Total
Empregadora apoio
Admitidos até art.º 31.º
8% 21% 29% D.Lei n.º 199/9
Dezembro de 2005
Anterior art.º 10.º Lei n.º
Admitidos após
11% 12,8% 23,8% 12-A/2008 e
Janeiro de 2006 Lei n.º 4/2009
Admitidos até
11% 17,2% 28,2% Art.º 115.º
Dezembro de 2005
Nova Lei n.º
Admitidos após 110/2009
11% 22,3% 33,3%
Janeiro de 2006
Aos trabalhadores com funções públicas não se aplica o disposto no artigo
55.º.
24-08-2010 Fernando Silva 49 88
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Âmbito pessoal
– São abrangidos pelo regime geral, com algumas
especificidades, os trabalhadores que prestem a
outrem, de forma remunerada, com carácter regular, sob
a sua direcção e sua autoridade, actividades destinadas
à satisfação das necessidades próprias ou específicas
de um agregado familiar, ou equiparado, nos termos
definidos em legislação própria.
Pessoas excluídas
– São excluídas do âmbito de aplicação do presente regime as
pessoas ligadas à entidade empregadora por laços familiares até
ao 2.º grau.
24-08-2010 Fernando Silva 50 89
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Taxa contributiva
Trabalhadores do serviço doméstico
Taxas Contributivas
Situação face à legislação Entidade Articulado de
Trabalhador Total
Empregadora apoio
Sem Desemprego 9,3% 17,4% 26,7% art.º 28.º
Anterior D.Lei n.º 199/9
Com Desemprego 11% 20,6% 31,6%
Âmbito pessoal
São ainda abrangidos pelo regime geral com algumas
especificidades, como contribuintes:
Enquadramento Geral
– O enquadramento dos beneficiários no âmbito
deste regime é efectuado por referência a uma única
entidade contribuinte.
Enquadramento facultativo
– O enquadramento é facultativo nos casos em que a
actividade religiosa seja secundária (inferior a 30
horas semanais) e o exercício da actividade
principal não religiosa determine a inscrição
obrigatória num regime de segurança social.
REGIME
REGIME DOS
DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES
TRABALHADORES INDEPENDENTES
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
ENQUADRAMENTO TRABALHADORES
INDEPENDENTES
56
24-08-2010 Fernando Silva 100
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Situações excluídas
São excluídos do âmbito pessoal do regime dos
trabalhadores independentes:
– Os advogados e os solicitadores que, em função do
exercício da sua actividade profissional, estejam
integrados obrigatoriamente no âmbito pessoal da
respectiva Caixa de Previdência;
– Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas
ou equiparadas, desde que os produtos se destinam
predominantemente ao consumo dos seus titulares
e dos respectivos agregados familiares;
Entidades contratantes
– As pessoas colectivas e as pessoas singulares
com actividade empresarial que beneficiem de
prestação de serviços por trabalhadores
independentes são abrangidas pelo presente regime
na qualidade de entidades contratantes,
independentemente da sua natureza e das finalidades
que prossigam.
Âmbito material
– A protecção social é conferida nas eventualidades
de doença, parentalidade, doenças profissionais,
invalidez, velhice e morte.
Manutenção do direito na protecção social
– Nas situações de cessação ou suspensão do
exercício de actividade, há lugar à manutenção do
direito à protecção nas eventualidades de doença
e de parentalidade, desde que se encontrem
satisfeitas as respectivas condições de atribuição.
Inscrição e enquadramento
– A partir dos elementos constantes da comunicação fiscal
a instituição procede à inscrição do trabalhador,
quando necessário, e ao respectivo enquadramento no
regime dos trabalhadores independentes, mesmo que se
encontrem nas condições determinantes do direito à
isenção.
– O enquadramento dos cônjuges tem lugar mediante
comunicação, está sujeito às limitações ( entre o 1.º e o
do Beneficiário ), dá lugar à inscrição se esta ainda não
existir, devendo a instituição notificar o trabalhador
independente da inscrição e do enquadramento
efectuados.
24-08-2010 Fernando Silva 60 106
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
61
24-08-2010 Fernando Silva 107
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES
RELAÇÃO JURÍDICA DE VINCULAÇÃO
Cessação do enquadramento
– A cessação do exercício da actividade determina a
cessação do enquadramento no regime dos
trabalhadores independentes.
– O enquadramento pode ainda cessar a requerimento
dos trabalhadores quando se tratar de
enquadramentos facultativos.
Produção de efeitos da cessação do enquadramento
– A cessação do enquadramento produz efeitos a partir
do 1.º dia do mês seguinte àquele em que cesse a
actividade.
24-08-2010 Fernando Silva 62 108
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES
RELAÇÃO JURÍDICA DE VINCULAÇÃO
Comprovação de elementos
– Sempre que os elementos obtidos com base na troca
de informação com a administração fiscal suscitem
dúvidas, a instituição de segurança social competente
deve solicitar aos trabalhadores os elementos
necessários à sua comprovação.
– O incumprimento da solicitação prevista no número
anterior constitui contra-ordenação leve (mínimo 50€)
quando seja cumprida nos 10 dias subsequentes ao
termo do prazo e constitui contra-ordenação grave
(mínimo 300€) nas demais situações.
Entidades Contratantes
Ano Taxa
2011 2,5%
2012 5%
Pagamento de contribuições
– A contribuição é devida a partir da produção de
efeitos do enquadramento ou da cessação da isenção
da obrigação de contribuir.
– O pagamento da contribuição é mensal e é efectuado
até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que
respeita.
– As contribuições das entidades contratantes
reportam-se a trimestres do ano civil e o prazo para o
seu pagamento é fixado do dia 10 ao dia 20 do
mês seguinte ao trimestre a que respeita.
24-08-2010 Fernando Silva 64 114
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES
RELAÇÃO JURÍDICA CONTRIBUTIVA
Âmbito pessoal
– Podem enquadrar-se neste regime os cidadãos
nacionais, maiores, considerados aptos para o
trabalho e que não estejam abrangidos por regime
obrigatório de protecção social.
– Os cidadãos nacionais que exerçam actividade
profissional em território estrangeiro e que não
estejam abrangidos por instrumento internacional.
– Podem ainda enquadrar-se neste regime os
estrangeiros ou apátridas, residentes em Portugal
há mais de um ano.
Âmbito material
– A protecção social conferida pelo regime do seguro
social voluntário integra a protecção nas
eventualidades de invalidez, velhice e morte.
– Trabalhadores marítimos, vigias, etc... integra ainda as
eventualidades de doença, doenças profissionais e
parentalidade.
– Voluntários sociais, bolseiros,agentes cooperação e
praticantes desportivos de alto rendimento pode
ainda integrar : - As eventualidades de doença, doenças
profissionais, parentalidade;
- Doenças profissionais.
Inscrição e enquadramento
– O enquadramento no regime depende da
manifestação de vontade do interessado através da
apresentação de requerimento próprio que quando
necessário, leva à inscrição do beneficiário no
sistema previdencial.
– No caso dos voluntários sociais, o enquadramento
depende ainda da manifestação de vontade das
entidades que beneficiam da actividade voluntária.
– O deferimento determina o enquadramento reportando-
se os seus efeitos ao dia 1 do mês seguinte ao da
apresentação do requerimento.
24-08-2010 Fernando Silva 74 141
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME DE SEGURO SOCIAL VOLUNTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA DE VINCULAÇÃO
Cessação do enquadramento
– O beneficiário pode a todo o tempo requerer a
cessação do enquadramento neste regime, ou :
– Por falta de pagamento atempado de contribuições;
– Por passar a estar abrangido por regime obrigatório.
Incumprimento
da Obrigação
Contributiva
Pagamento em prestações
– O diferimento do pagamento da dívida à segurança
social, assume a forma de pagamento em prestações.
– O prazo de prescrição das dívidas suspende-se
durante o período de pagamento em prestações.
– O incumprimento do pagamento das contribuições
mensais desde a data do requerimento constitui indício
da inviabilidade económica do contribuinte.
– Pode ainda ser autorizado o pagamento em
prestações por pessoas singulares, desde que se
verifique que estas, pela sua situação económica, não
podem solver a dívida de uma só vez.
24-08-2010 Fernando Silva 83 155
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
CAUSAS DA EXTINÇÃO DA DÍVIDA
87
24-08-2010 Fernando Silva 156
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
CAUSAS DA EXTINÇÃO DA DÍVIDA
Dação em pagamento
– A segurança social pode aceitar em pagamento a
dação de bens móveis ou imóveis, os quais são
avaliados pelo IGFSS, I. P., a expensas do
contribuinte.
– Só podem ser aceites bens avaliados por valor
superior ao da dívida, constituindo, a favor do
contribuinte, um crédito no montante desse
excesso, a utilizar em futuros pagamentos de
contribuições, quotizações ou pagamento rendas.
– O contribuinte pode renunciar ao crédito.
Retenções
– O Estado, as outras pessoas colectivas de direito
público (e as entidades de capitais exclusiva ou
maioritariamente públicos), só podem conceder
algum subsídio ou proceder a pagamentos
superiores a € 5000, a contribuintes da segurança
social, mediante a apresentação de declaração
comprovativa da situação contributiva.
– Pode ser dispensada sempre que o contribuinte preste
consentimento à entidade pagadora para consultar a
sua situação contributiva.
Retenções ( continuação )
– Com a existência de dívida, é retido até ao limite de
25 % do valor do pagamento a efectuar.
– Aplica -se igualmente a financiamentos a médio e
longo prazos, excepto para aquisição de habitação
própria e permanente, superiores a € 50 000.
– As retenções exoneram o contribuinte do pagamento
das respectivas importâncias.
– O incumprimento por entidades não públicas
determina a obrigação de pagar ao IGFSS, o valor
que não foi retido, acrescido dos juros legais.
Participações sociais
– A dívida à segurança social pode ser transformada
em capital social do contribuinte.
– A transformação em capital social só pode ser
autorizada depois de realizada a avaliação ou auditoria
– As participações podem ser alienadas a todo o tempo
pela entidade de segurança social competente.
Compensação de créditos
– Sempre que, um contribuinte seja simultaneamente
credor e devedor da segurança social, este pode
requerer a compensação de créditos, podendo
também esta ser efectuada oficiosamente.
24-08-2010 Fernando Silva 89 160
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
CAUSAS DA EXTINÇÃO DA DÍVIDA
Alienação de créditos
– A segurança social pode, excepcionalmente, alienar os
créditos de que seja titular correspondentes a dívidas de
contribuições, quotizações e juros, podendo ser
efectuada pelo valor nominal ou pelo valor de mercado
dos créditos.
A alienação não pode fazer-se a favor:
– Do contribuinte devedor;
– Dos membros dos órgãos sociais do contribuinte
devedor, quando respeite ao período de exercício do
seu cargo;
– De entidades com interesse patrimonial equiparável.
24-08-2010 Fernando Silva 90 161
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
ASSUNÇÃO E TRANSMISSÃO DA DÍVIDA
Assunção da dívida
– A assunção por terceiro de dívida à segurança
social pode ser autorizada por despacho do membro do
Governo, sendo aplicável o disposto nos artigos 595.º e
seguintes do Código Civil.
Transmissão de dívida e sub–rogação
– Nas situações em que a segurança social autorize o
pagamento da dívida por terceiro pode sub-rogá-lo
nos seus direitos, carecendo esta de autorização do
membro do Governo, podendo ser delegada no
termos do Código do Procedimento Administrativo.
Consignação de rendimentos
– O cumprimento das dívidas pode ser garantido mediante
consignação de rendimentos feita pelo próprio
contribuinte ou por terceiro e aceite por deliberação
do conselho directivo do IGFSS, I. P.,
Hipoteca legal
– O pagamento dos créditos da segurança social por
contribuições, quotizações e respectivos juros de
mora poderá ser garantido por hipoteca legal sobre
os bens imóveis ou móveis sujeitos a registo, existentes
no património do contribuinte.
– Actos de registo predial, requeridos pelas instituições
de segurança social, são efectuados gratuitamente.
24-08-2010 Fernando Silva 91 164
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
SITUAÇÃO CONTRIBUTIVA REGULARIZADA
Responsabilidade solidária
– No registo de cessão de quota ou de quotas que
signifique a alienação a novos sócios da maioria do
capital social, o acto deve ser instruído com declaração
comprovativa da situação contributiva da empresa.
– Em caso de trespasse, cessão de exploração ou de
posição contratual o cessionário responde
solidariamente com o cedente pelas dívidas, sendo
nula qualquer cláusula negocial em contrário.
– O relatório de apreciação anual da situação das
empresas privadas, deve indicar o valor da dívida
vencida, caso exista, bem como de eventual acordo.
24-08-2010 Fernando Silva 93 167
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Limitações
Os contribuintes que não tenham a situação
contributiva regularizada não podem:
– Celebrar contratos, ou renovar o prazo dos já
existentes, de fornecimentos, de empreitadas de
obras públicas ou prestação de serviços com o Estado;
– Explorar a concessão de serviços públicos;
– Fazer cotar em bolsa de valores os títulos
representativos do seu capital social;
– Lançar ofertas públicas de venda do seu capital e, em
subscrição pública, títulos de participação, obrigações ou acções
– Beneficiar de apoios de fundos comunitários e outros.
24-08-2010 Fernando Silva 96 168
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
INCUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRIBUTIVA
EFEITOS DO INCUMPRIMENTO
Regime
Contra-ordenacional
Definição de contra–ordenação
– Constitui contra-ordenação todo o facto ilícito e
censurável, que preencha um tipo legal para o qual
se comine uma coima.
Princípio da legalidade
– Só é punido como contra-ordenação o facto
descrito e declarado passível de coima por lei anterior
ao momento da sua prática.
Declaração de remunerações
– Constitui contra-ordenação leve a omissão de
qualquer outro elemento que deva obrigatoriamente
constar da declaração de remunerações, bem como a
falta de apresentação de declaração ou de outros
documentos legalmente exigidos, conforme legislação
regulamentar.
Acumulação do exercício de actividade com concessão
de prestações
– Constitui contra-ordenação muito grave a
acumulação de prestações com o exercício de
actividade remunerada contrariando disposição legal
específica.
24-08-2010 Fernando Silva 100 177
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME CONTRA-ORDENACIONAL
DA CONTRA-ORDENAÇÃO
Concurso de contra-ordenações
– Quem tiver praticado várias contra–ordenações é
punido com uma coima cujo limite máximo resulta da
soma das coimas concretamente aplicadas às
infracções em concurso.
– A coima aplicável não pode exceder o dobro do
limite máximo mais elevado das contra-ordenações
em concurso.
– A coima a aplicar não pode ser inferior à mais
elevada das coimas concretamente aplicadas às
várias contra-ordenações.
Reincidência
– Considera-se reincidente quem pratica uma contra-
ordenação grave com dolo ou uma contra-
ordenação muito grave, no prazo de dois anos após
ter sido condenado por contra-ordenação grave
praticada com dolo ou contra-ordenação muito grave.
– Os limites mínimos e máximos da coima são
elevados em um terço do respectivo valor.
Sanções acessórias
– A reincidência em contra-ordenações graves ou muito
graves implica sanções acessórias de privação acesso
a medidas de estímulo à criação de postos de trabalho.
24-08-2010 Fernando Silva 104 181
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME CONTRA-ORDENACIONAL
DAS COIMAS E SANÇÕES ACESSÓRIAS EM ESPECIAL
Agravamento da coima
– Nos casos em que a falta de comunicação (de
admissão) respeite a trabalhadores que se encontrem
a beneficiar de prestações de desemprego ou de
doença, a contra-ordenação é considerada como
muito grave.
– Os montantes da coima são reduzidos a metade nas
situações em que a entidade empregadora
fundamente o desconhecimento da situação
através da apresentação de declaração emitida pela
instituição de segurança social competente.
105
24-08-2010 Fernando Silva 183
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
REGIME CONTRA-ORDENACIONAL
DAS COIMAS E SANÇÕES ACESSÓRIAS EM ESPECIAL
Dispensa de coima
– Nos casos de contra-ordenação leve pode a
instituição de segurança social competente dispensar
a aplicação de coima, desde que se verifiquem
cumulativamente as seguintes circunstâncias:
– A prática da infracção não ocasione prejuízo
efectivo ao sistema de segurança social nem ao
trabalhador;
– Esteja regularizada a falta cometida;
– A infracção tenha sido praticada por negligência.
Âmbito material
– O pagamento voluntário de contribuições confere ao
beneficiário a protecção nas eventualidades de
invalidez, velhice e morte excepto quando o
beneficiário, seja titular de pensão por velhice a
protecção é nas eventualidades de velhice e morte.
Base de incidência contributiva
A base de incidência contributiva é constituída nos
seguintes termos:
– Beneficiários em exercício de actividade à data da
passagem à situação de pensionista por velhice,
corresponde à última remuneração real ou
convencional.
24-08-2010 Fernando Silva 108 186
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Taxa contributiva
– A taxa contributiva relativa ao pagamento voluntário de
contribuições para o âmbito material ( eventualidades de
invalidez, velhice e morte ) é de 26,9 %, sendo para o
mais reduzido.( velhice e morte ) de 22,7%.
Obrigação contributiva
– No pagamento voluntário, a taxa contributiva incide
sobre o produto do número de meses de bonificação
pela base de incidência contributiva prevista, podendo
o pagamento destas contribuições ser feito de uma só
vez ou em prestações mensais de igual montante, não
podendo exceder as 36.
Meios de prova
– O reconhecimento de períodos de actividade
profissional é requerido pelas entidades
empregadoras faltosas ou pelos trabalhadores
interessados e só é autorizado desde que o exercício
de actividade profissional seja comprovado por
algum dos seguintes meios de prova:
– Duplicados das declarações para efeitos fiscais;
– Cópia autenticada dos mapas de pessoal;
– Certidão de sentença resultante de acção do foro
laboral ( impugnação de despedimento ou intentada contra a
entidade empregadora e a segurança social – período total )
Âmbito material
– O pagamento voluntário de contribuições confere ao
beneficiário a protecção nas eventualidades de
invalidez, velhice e morte, ou de velhice e morte se
for titular de pensão por velhice.
–
Taxa contributiva
– A taxa contributiva relativa ao pagamento voluntário
de contribuições para o âmbito material (
eventualidades de invalidez, velhice e morte ) é
de 26,9 %, sendo para o mais reduzido.( velhice e
morte ) de 22,7%.
Montante do reembolso
– O montante do reembolso de quotizações
corresponde ao custo técnico das eventualidades de
invalidez, velhice e morte, na proporção das
quotizações pagas, à data de apresentação do
requerimento de reembolso.
Registo de remunerações
– Os períodos de reembolso das quotizações, não
relevam para a atribuição futura de prestações.
Requerimento e prazo
– Prazo de um ano contado a partir do dia em que
completem os 70 anos. (8,5 %.)
24-08-2010 Fernando Silva 110 197
SEGURANÇA SOCIAL
ORDEM DOS TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS
Conceito de restituição
– Entende-se por restituição a devolução das
quantias respeitantes a contribuições e
quotizações indevidamente pagas ( indevidas ).
Direito à restituição
– Têm direito à restituição de contribuições e de
quotizações as entidades empregadoras e os
beneficiários que tenham procedido ao
pagamento indevido de contribuições e
quotizações.
Montante da restituição
– As contribuições e as quotizações indevidamente
pagas são restituídas às entidades empregadores e
aos beneficiários, a requerimento dos interessados,
quer directamente, quer por compensação com débitos.
– Corresponde à parte proporcional das respectivas
obrigações contributivas sobre as remunerações que
constituíram base de incidência contributiva,
revalorizadas, à data de apresentação do requerimento
de restituição e após a dedução do valor das
prestações já concedidas com base nas contribuições
pagas.
Requerimento e prazo
– O prazo para requerer é de um ano contado da data
em que o requerente teve conhecimento de que o
pagamento foi indevido.
Prescrição
– O direito à restituição prescreve no prazo de cinco
anos a contar da data do pagamento.
– A prescrição interrompe-se com a apresentação
de requerimento de restituição.
– O prazo de prescrição suspende-se nos termos
previsto na lei geral.
Fim da formação
Obrigado
pela vossa atenção