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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APOIO 1

OBJETIVOS

Proporcionar o entendimento do processo de evolução da legislação ambiental


no Brasil. Apresentar as principais ações legais realizadas sob a soberania brasileira
desde o início do século XX até a promulgação da Constituição Brasileira atual, em
1988.

LEITURA RECOMENDADA

É ilusão pensar que os problemas ambientais possam ser resolvidos somente


pela educação. A existência de boas leis conservacionistas e, muito mais do que isto, a
justeza na aplicação destas, cria oportunidades para mudar atitudes diante da natureza.
Permitir que tais leis não sejam cumpridas é deseducar e anarquizar as relações entre a
riqueza natural do país e a população.

No Brasil, a preocupação com a conservação e a preservação dos recursos


naturais re nováveis remonta aos idos de 1907, quando a primeira versão do Código das
Águas foi apresentada à Câmara Federal, aprovada em segunda discussão e teve sua
tramitação interrompida. Em 1915 foi criado o primeiro Serviço Florestal no Estado de
São Paulo. Mais tarde, em 1934, foi promulgado o Código das Águas, que se mantém
até os dias de hoje, complementada pela Lei 9.433/97. Também é de 1934 o primeiro
Código Florestal do Brasil, pela Lei 4.771, de 1965, que implantou o novo Código
Florestal que vigora até ho je. A Lei 4.504, conhecida como o Estatuto da Terra,
sancionada em 1964, veio integrar, juntamente com o Código de Caça e Pesca, um
complexo conjunto de instrumentos legais. Atualmente, existe um elenco de leis e
legislações federais, estaduais e municipais, com objetivos diferentes e muitas vezes
conflitantes nas suas aplicações.

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Existe um sistema de meios punitivos com a finalidade de coibir a degradação e


o uso irracional dos recursos naturais, podendo ser realizado através de uma ação civil
pública.

A Lei 7.347(24/7/85) impõe a responsabilidade por danos causados ao meio


ambiente e recursos hídricos ao cidadão, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico. Tal lei representou uma grande evolução na proteção
dos recursos naturais, possibilitando aos prejudicados reclamar da Justiça os seus
direitos.

O mandato de segurança (Lei 1.533/51) permite que pessoas físicas e jurídicas


ingressem em juízo, buscando a proteção do direito civil ou coletivo.

Segundo a Lei 4.717/65 (Lei de Ação Popular), todo cidadão pode recorrer à
Justiça para obter a invalidação de atos administrativos ou fatos que possam ser lesivos
ao patrimônio público, histórico e cultural, à moralidade administrativa e ao meio
ambiente.

Há muitos anos existe uma preocupação em todo o mundo com a defesa do


meio ambiente, sendo crescentes os movimentos ambientalistas e propostas
governamentais, objetivando a sua proteção. O aumento dessa consciência ecológica
vem, aos poucos, surtindo seus efeitos, mesmo que precariamente, em vista das
dificuldades encontradas na fiscalização dos crimes contra a natureza em extensas
áreas, principalmente em países de grande extensão territorial, como é o caso do
Brasil.

Há muitas leis em nosso País que protegem a fauna e a flora e prescrevem


punição para os vários tipos de poluição. Tais leis são mal aplicadas, principalmente
contra as unidades de proteção e se torna um trabalho difícil. Quase sempre é mais
fácil regulamentar as causas e as fontes do que reparar as conseqüências. A agressão

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ao meio ambiente é fruto da grave injustiça que existe nas relações entre os grupos
dominantes e dominados, no interior da maioria dos países pobres e da evidente
desigualdade entre os países desenvolvidos e os periféricos. A tecnologia, o
desenvolvimento e o avanço do conhecimento científico fazem com que as nações do
Primeiro Mundo avancem em progressão geométrica, enquanto as nações periféricas
ou ficam estagnadas ou avançam em progressão aritmética, distanciando-se cada vez
mais dos primeiros. Isso evidencia a implicação de riscos da concentração de
problemas ambientais nos países periféricos, onde a educação, a saúde, a habitação, o
sistema produtivo e o apoio ao conhecimento são completamente relegados ao um
plano inferior. É imperioso que o exercício da cidadania seja consolidado, na busca
incessante da sistemática e eficiente participação na organização social, política, e
jurídica de cada cidadão, que, com a ajuda de sua comunidade, se fortalecerá e fará
prevalecer os seus direitos. É necessário que se cumpra e se faça cumprir a legislação
existente. No Brasil, quem aplica as leis é o Estado, mas o próprio Estado pode ser o
causador ou estar conivente com muitos crimes contra a natureza, pois é ele que
constrói estradas, aeroportos, barragens para produção de energia. Numa democracia,
é saudável e até indispensável que os cidadãos se unam em associações para garantir,
juntamente com as autoridades competentes, a defesa do meio ambiente. Em alguns
países, a eficiência do Estado na fiscalização de crimes contra a natureza é controlada
pela Justiça; o Estado pode ser condenado a pagar indenizações por omissão. É
preciso, pois, informação e educação, para se ter cidadãos ativos. Somente assim as
leis de proteção ambiental passarão à condição de direito fundamental de todos os
cidadãos.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu artigo 5º,


inciso LXXIII, estabelece que:

"Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade

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administrativa, ao MEIO AMBIENTE e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,


se comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência."

Ainda no Capítulo VI – DO MEIO AMBIENTE – Artigo 225 , a proteção ao meio


ambiente ganha destaque especial.

Artigo 225 – “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê -lo e preservá -lo para as presentes e
futuras gerações.

§ 1º . Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e dos ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar


as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus


componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

VI - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

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VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização


pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais a crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.

§ 3º . As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º . A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal


mato-grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional e a sua utilização far-se-á
na forma da lei, dentro das condições que assegurem a preservação do meio ambiente,
inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º . São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações


discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º . As usinas que operam com reator nuclear deverão ter sua localização definida por
lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

OBSERVAÇÃO: os ecossistemas de cerrado e a caatinga não foram contemplados no


texto da lei.

REFERÊNCIAS

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LEGISLAÇÃO ambiental. Disponível em:


<www.vivernatural.com.br/ecologia/legislacao.htm>. Acesso em: 15 maio 2008.
Conteúdo da Universidade Livre da Mata Atlântica.

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