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Psicogênese (Piaget)
• período histórico ↔ estádio psicogenético
• 1ª fase: Aristóteles
– pseudo-necessidades, animismo, finalismo, Teste Conceitual de Força
primado do sensorial, egocentrismo,
centração nos atributos, indiferenciação dos
conceitos, contradições
• 4ª fase: Newton
– transformações reversíveis, explicações
causais, estruturação dos conceitos num
sistema
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19 B 20 E 21 D 22 D 23 D 24 E
25 B 26 B 27 A 28 C 29 C
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Concepções alternativas
• força durante o
movimento? =
impulso?
O conceito de peso
• mais pesado cai mais
depressa ?
P
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O Peso como um Vetor
• “Muitos autores não consideram o peso como
uma quantidade vetorial.
• Há dificuldade em compreender a variação do
peso com a localização, quanto mais a variação O Conceito de Massa
da direção
• Tornaria mais claro incluir na mesma discussão
a variação da magnitude e direção do peso
• Considerar a direção do prumo como a direção
da ‘força gravitacional aparente’.”
A clarificação na Mecânica
O conceito de matéria
Newtoniana
• derivado do latim ‘materiæ’, que designa a • Newton: “A quantidade de matéria é a medida
parte dura do tronco das árvores, como dela, obtida da sua densidade e volume
material de construção conjuntamente. [...] É esta quantidade a que me
referirei daqui para a frente com o nome de
massa” (Principia, Definition I)
• círculo vicioso?
• massa: resistência intrínseca de um corpo à
mudança de movimento
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Crítica de Mach Ontologias de massa
• não aceitava idéia de massa como medida • medida da quantidade de matéria
da quantidade de matéria • carga do campo gravitacional em
• matéria existe por si, não é empírica p = mg⋅g ou em F = G mg M/r2
• tentou definir massa mecanicamente, • coeficiente de inércia em F = mi⋅a
através da aceleração produzida num
corpo padrão: m1/1 = -a2/a1
• em seguida, ‘definiu’ força: F = m⋅a
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Exemplos de perfis
Peso ou Massa?
individuais
• alunos da cadeira de • “Vigilantes do peso”
Física I (engenharias • Pesos de balança
e licenciaturas) da • Imponderabilidade
ULBRA/Canoas
• Cargas de caminhões
• Compras a peso
• Mochilas
• Peso líquido de contentores”
(IONA, Mario, The Meaning of Weight, Phys. Teach.
13(5):263-274, 05/1995, Pp. 264-5.)
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Força
• Agentes mecânicos:
– força muscular,
O conceito de força – gravidade,
– vento,
– fluxo das águas
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Concepções alternativas
• obstáculos não • impulso circular
exercem força • onde não há ar, não
• somente agentes há gravidade A Física Aristotélica
ativos exercem força • gravidade aumenta (384-322 a.C.)
• agente mais ativo com a altura
produz maior força
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Queda dos corpos
• “um corpo duas vezes mais pesado cairá
da mesma altura na metade do tempo”
Física
• “se dois corpos forem amarrados, a
Medieval velocidade de queda do combinado será a
soma das velocidades de cada um
separadamente”
Força e o Sistema
Newtoniano
• “O conceito central da Mecânica
A Física Newtoniana é força.”
Newtoniana
(1643-1727) (HESTENES, David; WELLS, Malcolm;
SWACKHAMER, Gregg, Force Concept
Inventory, The Physics Teacher 30(3):141-
158, 03/1992, p. 142.)
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Força como interação Leis de Newton
• “Uma força é uma extremidade de uma • 1ª Lei: se não há força resultante a
interação; a interação acontece entre dois velocidade mantém-se constante (mov.
corpos, atuando com a mesma retilíneo)
intensidade em direções opostas.” • 3ª Lei: as forças entre dois corpos em
interação são iguais e opostas
(HELLINGMAN, Cornelis, Newton’s Third Law • 2ª Lei: uma força atua sobre um corpo
Revisited, Phys. Educ. 27(2):112-115, variando sua quantidade de movimento
03/1992, p. 115.)
Corolários da 3ª Lei de
Newton
• um corpo isolado não pode sofrer força
• um corpo isolado não pode realizar força
• em todos os momentos, a força que um corpo A
exerce sobre o corpo B tem magnitude
O Perfil Conceitual
exatamente igual à da força que B exerce sobre
A
• ambas as forças acontecem simultaneamente
• a força que A exerce sobre B está no sentido
exatamente oposto ao da força que B exerce
sobre A
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Mudança conceitual? O Perfil Conceitual
• concepções espontâneas não ‘evoluem’ • Mortimer (1995):
para o conhecimento científico através da • útil para compreender a coexistência simultânea
dessas diferentes visões da realidade num
‘mudança conceitual’ de Posner et al. mesmo indivíduo
(1982) • instrumento para acompanhar a evolução
• são estáveis, resistem à mudança e conceitual dos alunos em sala de aula
coexistem com outras representações, • a consciência por parte do estudante do seu
inclusive com as do mundo científico próprio perfil conceitual é relevante para que
possa utilizar as suas diferentes visões de
realidade nos contextos adequados
Formação histórica do
Perfil conceitual de força
conceito de força
• “Tomado originalmente em analogia com o poder humano de
vontade, influência espiritual ou esforço muscular, o conceito • I: noção de força originada da percepção
de força foi projetado nos objetos inanimados como um poder de nosso esforço físico,
residindo em coisas físicas. [...] O conceito de força tornou-se
instrumental para a definição de ‘massa’, que por sua vez deu
origem à definição de ‘momento’. Subseqüentemente, a
muscular; indistinta de energia, esforço,
Mecânica Clássica redefiniu o conceito de força como a taxa trabalho, potência, poder e movimento;
de variação temporal da mudança do momento, excluindo
portanto todos os vestígios animísticos das definições antropomórfica, animista.
anteriores. Finalmente, ‘força’ tornou-se uma noção
puramente relacional, quase pronta para ser eliminada de • II: força dual (opostos em conflito),
toda a construção conceitual.”
(JAMMER, 1957) reguladora, de origem divina, inerente à
matéria, atuando por contato;
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Exemplos de perfis
Perfil conceitual de força
individuais
• VII: força na Relatividade Restrita análoga à
força newtoniana, relacionando-se, porém com
a massa relativística, dependente da
velocidade, e não a massa inercial, de repouso.
No entanto, a aceleração não é, em geral,
codirecional à força e a ação à distância não é
instantânea, mas propaga-se limitada pela
velocidade da luz.
• VIII: Força associada ao desvio do corpo de seu
percurso natural (geodésica) no espaço-tempo,
na Relatividade Geral.
Tipos de força
• de ação à distancia,
• de contacto,
Resumo • de atrito (dissipativas),
• impulsivas,
• etc.
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Resumo
• Leis de Newton:
1.v = cte. (inércia )
2.F = m⋅a (resultado da força) Problemas de aplicação
3.F12 = F21 (ação-e-reação)
• Unidades:
– massa: kg (quilograma)
– Força: N (Newton) (=kg⋅m/s2)
Problema Problema
• Uma criança empurra o carrinho de bebê • Uma locomotiva puxa um trem com cinco
de seu irmão com uma força constante de vagões com uma massa de 30 000 kg,
20 N. O carrinho estava inicialmente cada. Durante a partida, a locomotiva
parado e tem uma massa (incluindo o puxa o primeiro vagão com uma força de
bebê) de 10 kg. Qual a aceleração do 45 000 N.
carrinho? – Qual a aceleração do trem?
– Qual a intensidade da força com que o
primeiro vagão puxa o segundo?
Problema Problema
• Uma força de 9,0 N atua horizontalmente • Uma pessoa com massa igual a 80 kg está
sobre uma balança de banheiro num elevador.
sobre o primeiro de um conjunto de três Qual serão as leituras da balança quando o
blocos com massas m1=2,0 kg, m2=3,0 kg elevador:
e m3=4 kg encostados entre si e – está parado
repousando sobre uma superfície sem – está movendo-se com velocidade constante de
2,5 m/s
atrito. Qual a aceleração do conjunto? – está movendo-se para cima com uma aceleração de
Quais as forças atuando sobre cada 2,5 m/s2?
bloco? – está movendo-se para baixo com uma aceleração de
2,5 m/s2.
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Implicações pedagógicas
• reconstrução da ciência a partir de níveis
pré-lógicos
Conclusões • aceleração da criança por comparação
com a História da Ciência
• necessária atenção à pré-lógica infantil
• importância do construtivismo e da
História da Ciência no ensino
Conclusões Conclusões
• A noção de força e a evolução do homem • Perfil conceitual: instrumento para aceder
representações dos alunos sobre conceitos em
• Formas sinônimas (esforço, trabalho, ciências – estratégias de ensino para que os
energia) alunos evoluam para uma noção conceitual
científica.
• Fortalecimento das idéias prévias dos
• Importância da tomada de consciência pelo
estudantes estudante de seu perfil conceitual e o domínio
• Análise histórica do significado de conceitos em ciências, por
profissionais da área.
Bibliografia
• SANTOS, Renato P. dos. Uma
Experiência de Ensino da Psicogênese do
Bibliografia Pensamento Físico para Futuros
Professores do Ensino Fundamental. Acta
Scientiae, vol. 5, n. 2, 2003.
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Bibliografia Bibliografia
• SANTOS, Renato P. dos ; DOMÉNECH, A. Uma • GOTTSCHALL, Carlos Antonio Mascia. Do mito
Proposta de Perfil Conceitual para o Conceito ao pensamento científico: A
de Massa. Atas do IX EPEF - Encontro de
Pesquisa em Ensino de Física, Jaboticatubas busca da realidade, de Tales a Einstein. São
(MG), 2004. São Paulo : SBF, 2004. Paulo : Atheneu, 2004.
• RADÉ, Tane & SANTOS, Renato P. dos. Uma • PIAGET, Jean; GARCIA, Rolando.
Proposta de Perfil Conceitual para o Conceito Psychogenèse et Histoire des Sciences, Paris:
de Força. Atas do Simpósio Sul-Brasileiro de Flammarion, 1983 (ed. portug. Psicogénese e
Ensino de Ciências, Canoas (RS), 2004. História das Ciências, Lisboa: Dom Quixote,
Canoas : Ulbra, 2004.
1987).
Bibliografia Bibliografia
• PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. Le • JAMMER, Max. Concepts of Mass in Classical
Développement des Quantités Physiques chez and Modern Physics. Mineola, NY: Dover
l’Enfant, Neuchâtel: DelaChaux et Niestlé, 1941 Publications Inc., 1997 (orig. ed. 1961).
(trad. port.: O Desenvolvimento das • JAMMER, Max. Concepts of Force: A Study in
Quantidades Físicas na Criança: Conservação e the Foundations of Dynamics. Mineola, NY:
Atomismo, Rio de Janeiro: Zahar, 1975). Dover Publications Inc., 1999 (orig. ed. 1957).
• PIAGET, JEAN et al.. La Formation de La Notion
de Force, Études d’Épistémologie Génétique
XXIX. Paris: PUF. 1973.
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