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da Aprendizagem
São Cristóvão/SE
2007
Presidente da República Reitor
Luiz Inácio Lula da Silva Josué Modesto dos Passos Subrinho
Diagramação Capa
João Eduardo Batista de Deus Anselmo Hermeson Alves de Menezes
Lucílio do Nascimento Freitas
Foto Capa
Isa Vanny
CDU 159.953.5
Assessoria de Comunicação Coordenação Pedagógica
Guilherme Borba Gouy Maria Neide Sobral (Coordenadora)
Hérica dos Santos Matos
Coordenação Gráfica
Giselda Barros Coordenação de Pólos
Flora Alves Ruiz (Coordenadora)
Coordenação de Material Jussara Maria Poerschke
Didático Digital
Jean Fábio Borba Cerqueira (Coordenador) Coordenação de Tecnologia da
Daniel Rouvier Dória Informação
Evandro Barbosa Dias Filho Manuel B. Lino Salvador (Coordenador)
Jéssica Gonçalves de Andrade André Santos Sabânia
Luzileide Silva Santos Daniel Silva Curvello
Márcio Venâncio Gustavo Almeida Melo
Heribaldo Machado Junior
Luana Farias Oliveira
Rafael Silva Curvello
AULA 1
A Psicologia da Aprendizagem ................................................................................... 07
AULA 2
A teoria de papéis na aprendizagem ........................................................................... 17
AULA 3
Teoria comportamental (Behaviorista) ....................................................................... 29
AULA 4
Teoria da aprendizagem cumulativa ........................................................................... 47
AULA 5
Teoria da aprendizagem cognitiva social .................................................................... 61
AULA 6
Teoria da aprendizagem verbal significativa .............................................................. 73
AULA 7
A teoria da aprendizagem de Vygotsky ...................................................................... 89
AULA 8
Aprendizagem segundo Piaget ................................................................................. 105
AULA 9
A teoria da espontaneidade e a aprendizagem ........................................................ 125
AULA 10
Psicodrama pedagógico ............................................................................................... 141
AULA 11
As fases do grupo ........................................................................................................ 161
AULA 12
A motivação para aprender ........................................................................................ 177
AULA 13
As condições do aluno ante a aprendizagem .......................................................... 191
AULA 14
Caminhos para a aprendizagem ................................................................................ 209
AULA 15
O professor .................................................................................................................. 227
AULA 16
O professor e o aluno ................................................................................................. 235
AULA 17
O aluno ...................................................................................................................... 247
AULA 18
Características individuais do aluno .......................................................................... 265
AULA 19
Sequência da aprendizagem ........................................................................................ 271
AULA 20
A avaliação .................................................................................................................... 291
A PSICOLOGIA 1
DA APRENDIZAGEM aula
MET
METAA
Apresentar a Psicologia e
demonstrar a sua relação com
a aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno
deverá: conhecer o objeto de
estudo da Psicologia; e
demonstrar quais as suas
relações com a aprendizagem.
8
A Psicologia da Aprendizagem
9
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
10
A Psicologia da Aprendizagem
11
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
que ele queira, nunca será somente aquele que escreve no quadro, tira
dúvidas e dá a nota. Ele é, antes de tudo, um modelo para o aluno.
Uma pessoa com quem estará se relacionando durante um ano, fazen-
do parte de sua vida e, por isso mesmo, influenciando diretamente em
sua educação. Diante de tamanha responsabilidade, não poderíamos
deixar de estudar quais os papéis de professor e de aluno, como ocorre
esta interação e quais as suas possíveis conseqüências.
Com isso, caro aluno, queremos mostrar que a Psicologia estuda a
interação entre o amadurecimento do organismo e as diversas experi-
ências que esse organismo tem com o meio onde vive, seja com obje-
tos ou com pessoas. O resultado dessa interação provoca mudanças no
comportamento, e é a isso que podemos chamar de aprendizagem. Con-
siderando estes aspectos, espera-se que essa ciência colabore na solu-
ção de problemas referentes ao processo de educação, promovendo
propostas de ação pedagógica e teorias que facilitem e impulsionem a
aprendizagem, levando em conta as características peculiares dos en-
volvidos no processo (professores e alunos) e os contextos em que
ocorrem tais processos educativos.
Um dos objetivos da Psicologia, quando se fala em Educação,
é a aplicação dos seus conhecimentos, como também, a produção
de novos conhecimentos que facilitem a construção da relação pro-
fessor-aluno e de um melhor desenvolvimento e assimilação dos
conteúdos ensinados. Podemos afirmar que grande parte do que é
aprendido pelo aluno em sala de aula depende do estabelecimento
de uma boa relação com o seu professor. Por conta disto, a Psicolo-
gia, voltada para o aprendizado, busca também o entendimento dos
comportamentos e dos processos psicológicos que surgem nos alu-
nos durante e após a atuação do professor no ato de ensino.
Entendemos, então, que a aprendizagem segue associada ao de-
senvolvimento e que é dever do professor conhecer os diversos fato-
res atuantes nesse processo. E, uma vez dispondo de tais conheci-
mentos, deve buscar, antes de tudo, saber quem é o seu aluno, para, a
partir daí, aplicar os conhecimentos adquiridos, adaptando-os às ne-
cessidades e às capacidades dos membros da turma.
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A Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
1
1. Você concorda com a afirmação de que aprendemos desde o
aula
nosso nascimento e continuamos a aprender até o final da vida?
Explique e dê exemplos.
2. Pesquise com seus amigos exemplos de aprendizados que acon-
teceram dentro e fora do contexto de sala de aula. Quais as princi-
pais diferenças encontradas?
13
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
14
A Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
1
Esta aula apresentou uma introdução do tema Psicologia aula
da Aprendizagem, mostrando que a Psicologia se destaca
como uma ciência que estuda o homem em seu desenvol-
vimento e em suas relações, individualmente ou em relação com
os outros, a partir dos seus processos mentais e comportamentais.
Verificamos que o processo de aprender faz parte dos processos
que dizem respeito à cognição do indivíduo e que esta depende
diretamente dos contextos e emoções envolvidas no aprendizado.
A aprendizagem inicia com o nascimento, interfere diretamente
no desenvolvimento da pessoa e segue por toda a vida, pois, em
condições normais (livres de doenças neurológicas), nunca para-
mos de aprender. Conhecemos ainda uma breve introdução sobre
a relação professor-aluno, em que ficou evidente a importância de
que ela precisa ser construída de forma positiva. Este tema será
abordado em diversas aulas, pois constitui a base de todo o traba-
lho de educação.
REFERÊNCIAS
15
A TEORIA DE PAPÉIS 2
NA APRENDIZAGEM aula
MET
METAA
Explorar as funções dos papéis
que surgem na relação
professor-aluno-aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
descrever como se desenvolvem
os papéis e como estes
interagem e influenciam a
aprendizagem.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre o conceito
de aprendizagem e a relação
entre psicologia e aprendizagem.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
18
A Teoria de Papéis na aprendizagem
19
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
INFLUÊNCIAS, ÁTOMO E
REDE SOCIOMÉTRICA
20
A Teoria de Papéis na aprendizagem
Mas como assim? Qual a relação que se estabelece entre tudo isso e o
professor, aluno, sala de aula? Preste atenção, que você já irá entender.
2
Todos nós sabemos que na vida desempenhamos funções, con- aula
corda? Pois é, as funções vão depender dos papéis que representamos
no contexto em que estamos. Para o Psicodrama, o papel é a forma
como reagimos em um determinado momento dentro de um contexto.
Estas funções podem ter origem a) sócio-econômica: como vendedor,
cobrador, atendente, advogado, psicólogo, professor; b) afetiva: amigo,
inimigo, companheiro; c) familiar: papel de pai, filho, tio, mãe, esposa;
d) a partir da posição social: rico, pobre...; e) por hierarquia: chefe,
empregado, entre outros. São muitas as origens e tipos de papel, po-
rém, não podemos explorar todos durante esta aula.
Na escola, por exemplo, são muitos os papéis que podemos encon-
trar. Lá temos o diretor, o coordenador, o secretário, o auxiliar de secreta-
ria, o porteiro, o pessoal da limpeza, o vendedor da cantina, o professor e,
finalmente, o aluno. De uma forma geral, é mais ou menos isto que en-
contramos dentro da escola. Será que você, alguma vez, já parou para
pensar o quanto estas pessoas que compõem a escola interferem de algu-
ma forma na Educação? Pois é, interferem! E não é só isto.
Fora da escola, existem outros papéis a serem desempenhados e
que também exercem influência sobre as outras pessoas. São os pa-
péis que vivemos em nossa família, com nossos amigos, em nosso
bairro etc. Essas relações formam o que Moreno chamou de átomo
familiar, social e rede sociométrica.
O átomo familiar constitui o menor núcleo a que o indivíduo
está vinculado. É onde nasce. É composto pelos pais, irmãos,
tios, avós, além de quem for considerado parte da família. Não é
necessário que todos os parentes façam parte do átomo, mas sim
os que exercem maior influência sobre o indivíduo. O átomo soci-
al é composto pelas pessoas com quem nos relacionamos no dia-
a dia. Nele estão incluídos os amigos do bairro, da escola, professores,
diretores e todos aqueles que fazem parte da sua rotina de relações
(incluímos aqui os componentes do átomo familiar). A rede sociométrica
é composta pela ligação dos átomos sociais de várias pessoas. Como?
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ÁTOMO FAMILIAR
Figura 1
ÁTOMO SOCIAL
A rede sociométrica é composta pela ligação dos átomos
sociais de várias pessoas.
22
A Teoria de Papéis na aprendizagem
Figura 2
23
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Figura 3
24
A Teoria de Papéis na aprendizagem
25
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
26
A Teoria de Papéis na aprendizagem
RESUMO
27
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
REFERÊNCIAS
28
TEORIA COMPORTAMENTAL 3
(BEHAVIORISTA) aula
MET
METAA
Apresentar os principais pontos da
Teoria Comportamental que
contribuem com o processo de
aprendizagem do aluno.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
distinguir os tipos de
condicionamentos e a melhor forma
de utilizá-los para favorecer a boa
relação professor/aluno em sala de
aula, como também a motivação
para os estudos.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre a Teoria de
Papéis na aprendizagem.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
30
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
31
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
32
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
nhecer estes processos. Porém, mais adiante isso será possível. Por
ora, veja como isso aconteceu. Pavlov estudava a salivação de cães,
3
e o seu trabalho consistia no seguinte: um assistente tocava uma aula
campainha para chamar a atenção do cão e, imediatamente, Pavlov
assoprava pó de carne na boca do animal que, por sua vez, saliva-
va. A saliva era coletada por um tubo que ficava preso na boca do
animal, para depois ser analisada. Certa vez, durante um dos expe-
rimentos, o assistente tocou a campainha antes que Pavlov estives-
se preparado para soprar o pó de carne. O que aconteceu em segui-
da alterou os rumos de sua pesquisa. É que o cão salivou da mesma
forma, mesmo sem a presença do pó de carne.
Você deve estar se perguntando o que há de impressionante
nesta história para mudar os rumos de uma pesquisa, ou qual a
relação deste fato com a aprendizagem. É o seguinte: naturalmen-
te a campainha não provoca salivação nem em animais nem em
pessoas. Se fosse assim, estaríamos salivando diante de qualquer
som de campainha que
ouvíssemos, ao contrário
do cheiro da carne ou da
comida que faz com que
o nosso organismo res-
ponda com a salivação.
Mas, então, o que levou
o cão a salivar ao ouvir a
campainha? O que aconte-
ceu é que o estímulo que
provocava a salivação (pó
de carne) foi apresentado Pavlov (de barba), cercado de admiradores, com o cão condicionado. São Petersburgo,
1905. (Fonte: http://klickeducacao.ig.com.br).
por diversas vezes com um
33
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
34
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
35
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
parte da vida do ser humano, e o professor deve ter noção desse pro-
cesso. É importante saber também que as associações podem aconte-
cer em qualquer lugar, demonstrando que o ato de aprender não ocorre
somente em sala de aula.
O professor que sabe conquistar o aluno estará promovendo
um clima favorável ao aprendizado e, conseqüentemente, maior
Edward L. Thorndike qualidade ao seu trabalho. A seguir, apresentaremos um quadro
sinóptico a fim de relembrar os conceitos vistos até agora.
Psicólogo norte-ame-
ricano (1874/1949).
Professor da Univer-
sidade de Colúmbia e Estímulo É um estímulo que naturalmente estimula o
presidente da Associ- incondicionado nosso organismo a um comportamento reflexo.
ação Norte-Americana A luz provoca a contração da pupila, o calor faz o
de Psicologia (1912). corpo suar e uma pancada no joelho estimula o
Escreveu Psicologia movimento da perna. Para isto, não é necessário
educacional (1903). nenhum tipo de associação de estímulos.
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Teoria Comportamental (Behaviorismo)
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
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Teoria Comportamental (Behaviorismo)
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
40
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
41
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
42
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
44
Teoria Comportamental (Behaviorismo)
45
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
46
TEORIA DA APRENDIZAGEM 4
CUMULATIVA aula
MET
METAA
Apresentar a Teoria Cumulativa da
Aprendizagem e as suas ações.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
reconhecer a existência de dois
contextos no processo de
aprendizagem: o externo e o
interno, e o funcionamento deles;
entender como um contexto
influencia o outro e qual a ação do
professor em relação ao aluno
neste processo.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre a Teoria de
Papéis na aprendizagem e a Teoria
Comportamental.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
48
Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
49
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Tipos de aprendizagem
Informação É a base da nossa educação e consiste nas infor-
verbal mações transmitidas de forma oral ou escrita. É
por meio dela que acessamos, de forma mais di-
reta, o conhecimento acumulado por nossa socie-
dade, trocamos informações com amigos, cole-
gas, familiares, professores, dentro ou fora do con-
texto escolar.
50
Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
ATIVIDADES
4
3
Caro aluno, pense agora no curso que você está fazendo. Escolha aula
aula
uma aula de alguma das disciplinas que você está cursando neste
período. Analise e encontre, na aula, os passos da taxionomia de
tipos de aprendizagem descritos por Gagné. Descreva como cada
uma das etapas acontece na aula escolhida. Caso não encontre,
descreva como a taxionomia poderia ser acrescentada. Lembre-se
de que, na taxionomia, algumas das etapas dependem de você.
Caso a resposta seja maior que o espaço reservado, utilize uma
folha de papel).
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
52
Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Ambiente
Estímulos
Sistema sensorial Esses estímulos passarão por uma seleção e o que for identifica-
O sistema sensorial é do como necessário será transformado em um registro sensorial.
composto pelos órgãos Esses são os primeiros passos na percepção dos estímulos que são
que proporcionam a vi-
são, o tato, o olfato, o recebidos pelo aluno.
paladar e a audição e são
responsáveis pela captu-
ra dos estímulos do Registro Sensorial Memória de Curto Prazo
ambiente externo e in-
terno (organismo). No registro sensorial, o estímulo A informação que che-
é codificado em forma de repre- ga aqui é codificada
sentação. Você vê uma árvore e como conceito. Uma
cria na mente a imagem da árvo- árvore é uma planta
re. Você vê o número 2 e cria na que tem tronco, rami-
mente a imagem do número dois. ficações, folhas, raiz.
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Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
Gerador de Resposta
A informação é passada então da MLP ou mesmo da MCP para
o gerador de respostas que, por meio de um impulso, produz
uma resposta (ação, comportamento, atitude), modificando o
ambiente onde está o sujeito.
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
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Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
aprender o assunto, a de que vai obter uma nota alta e a de que vai
ser aprovado. Uma aula dada com respeito ao aluno, que consegue 4
3
ser divertida e, por conseqüência, menos cansativa, trazendo clare- aula
aula
za nas explicações, ativa a motivação do aprendiz.
Trabalhando com base nas expectativas do aluno, o professor
poderá passar para um outro momento.
2. Reforçando a apreensão: o professor deve chamar a atenção do
aluno para certos aspectos do conteúdo. Estamos falando das re-
presentações e dos conceitos. Lembramos que, em uma aula di-
vertida, é mais fácil apreender tais informações.
3. Incentivando a aquisição: ajudando o aluno a desenvolver seus
próprios métodos de memorização e retomada da informação, te-
remos uma conservação melhor do conteúdo na MLP.
4. Generalizando a informação: o professor deve promover situa-
ções em que o aluno utilize o conhecimento armazenado em situa-
ções novas ou diferentes.
5. Retroalimentação: após a execução da tarefa ou da manifestação
do conhecimento adquirido, é função do professor comentar a res-
posta e aproveitar para tocar nos pontos principais do conteúdo.
Isto reforça o aprendizado.
ATIVIDADES
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
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Teoriadacomportamental
Teoria (Behaviorista)
Aprendizagem Cumulativa
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
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TEORIA DA
APRENDIZAGEM
5
aula
COGNITIVA SOCIAL
MET
METAA
Apresentar a Teoria da
Aprendizagem Cognitiva Social.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
compreender como o ato de
observar pode ser utilizado na
aprendizagem, e como fazer uso
deste conhecimento em sala de aula.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre a Teoria
Comportamental e Teoria da
Aprendizagem Cumulativa.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
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Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social
63
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
5
Como primeira atividade desta aula, você, caro aluno, deverá apren- aula
der algo pela observação. Busque um modelo que está fazendo algo
e observo. Depois escreva em um papel os passos dessa atividade e
o que você foi entendendo. Por último, realize a tarefa observada e
confira o resultado. Tente algo não muito complexo. Boa sorte!
65
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
EFEITO INSTRUTOR
Inibição: você pára de fazer algo que está fazendo ao ver que outra
pessoa também está executando a mesma ação e é punida. Por exem-
plo, você está atirando pedras numa mangueira na tentativa de pegar
uma manga. Um amigo seu faz a mesma coisa. A mãe dele chega e dá
a maior bronca, e no momento o seu comportamento de jogar pedra
pára. Em outra oportunidade, você irá parar sempre que perceber a
aproximação de um adulto. Obs.: isto é um exemplo, não significa
que todos vão reagir da mesma forma.
Desinibição: ocorre a manifestação de comportamentos que
estão inibidos, como o comportamento agressivo, quando se ob-
serva que haverá recompensas pelo ato. Em torcidas organiza-
das, se um briga, todos brigam, e, desta forma, se demonstra a
coesão grupal e se obtém o respeito dos demais membros.
EFEITO DE FACILITAÇÃO
66
Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social
Você utiliza, em suas ações, algo que vê outra pessoa fazendo e de-
pois transporta para outras ocasiões. Por exemplo, um aluno estuda
Geografia lendo e decorando. Então, ele observa que o colega dese-
nha mapas para facilitar o estudo (ele não copia mapas, ele desenha
sem se preocupar com a estética, e sim para ter uma melhor
visualização). Vendo os resultados do colega, ele também procede
da mesma forma. Depois, ao estudar Matemática, ele passa a dese-
nhar gráficos ou a criar desenhos que facilitem lembrar a teoria.
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
68
Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social
69
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
70
Teoria da Aprendizagem Cognitiva Social
71
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
72
TEORIA DA APRENDIZAGEM 6
VERBAL SIGNIFICATIVA aula
MET
METAA
Apresentar a Teoria da
Aprendizagem Verbal Significativa
ou de Ausubel e as suas
contribuições ao processo de
ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
diferenciar a Teoria da
Aprendizagem Verbal Significativa
da Teoria Comportamental e das
que utilizam a descoberta; definir
o conceito de aprendizagem
significativa por recepção; e
construir um esquema de aula em
que se possa utilizar a
Aprendizagem Verbal
Significativa.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre as teorias
da Aprendizagem: Papéis,
Comportamental, Cumulativa e
Cognitiva Social.
(Fonte: http://br.geocities.com).
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
74
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
75
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
CARACTERÍSTICAS
ATIVIDADES
76
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
OS TIPOS DE APRENDIZAGEM
PARA AUSUBEL
POR RECEPÇÃO
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
POR DESCOBERTA
SIGNIFICATIVA
REPETITIVA
78
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
ATIVIDADES
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
80
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
SUBSUNÇÃO OU SUBORDINAÇÃO
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
SUPRA-ORDENADA
COMBINATÓRIA
82
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
Psicólogo norte-ameri-
A DEFESA DE AUSUBEL cano (1918). Doutor em
Psicologia pela Univer-
sidade de Colúmbia e
Para Ausubel, a forma errada de atuar diante dos alunos pro- autor de Psicologia
educativa: um ponto de
porciona uma aprendizagem baseada na repetição e não significati-
vista cognoscitivo
va. É o que ocorre na maioria das escolas tradicionais. Os professo- (1968).
res também aprenderam desta forma a absorvem esta metodologia.
Ao aprenderem desta forma, caro aluno, este conhecimento, quan-
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
A EXPLICAÇÃO DE AUSUBEL
84
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
ATIVIDADES
6
A partir do que está escrito nos trechos “A Defesa de Ausubel” e “A aula
Explicação de Ausubel”, construa uma estratégia de aula verbal
que atenda às expectativas da Teoria da Aprendizagem Verbal Sig-
nificativa.
85
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
A
esta, fica claro, neste estudo, que os maiores problemas
estão concentrados na falta de conhecimento do profes-
sor em relação aos processos necessários para que ocorra
uma aula no modelo verbal significativo para o aluno. Entende-
mos, desta forma, que, por meio do domínio dos
CONCLUSÃO organizadores prévios e com o respeito à capa-
cidade cognitiva que o aluno tem naquele mo-
mento, poderemos utilizar esse importante instrumento de ensi-
no sem repetirmos as falhas cometidas pelo ensino tradicional.
Não podemos deixar de lado este modelo, já que a verbalização
constitui um dos principais meios de se promover a comunicação
e o entendimento.
86
Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa
RESUMO
6
A Teoria da Aprendizagem Verbal Significativa apresenta a aula
idéia de que o ensino, através da transmissão de conteúdo
significativo, é a melhor maneira de se garantir o aprendiza-
do. Para isto, o professor deve seguir uma série de procedimentos,
entre os quais, oferecer ao estudante uma prévia do que vai ser
ensinado. Estes seriam os organizadores prévios, que funcionam
como inclusores (uma ponte) para os conhecimentos já existentes
(conhecimentos prévios), promovendo, assim, a transformação des-
ses. Para que isto funcione, é necessário que o professor selecione o
que vai ser ensinado, pois só chamará a atenção do aluno o que
fizer sentido, ou for significativo. Ausubel nos mostra, caro aluno,
que devemos seguir uma seqüência lógica: não adianta tentar ensi-
nar a multiplicar sem que entenda os princípios da soma. Sem isso,
a multiplicação perde o sentido.
REFERÊNCIAS
87
A TEORIA DA APRENDIZAGEM 7
DE VYGOTSKY aula
MET
METAA
Apresentar a teoria
desenvolvida por Vygotsky e
os seus principais conceitos.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno
deverá:
identificar os instrumentos
psicológicos;
utilizar a Mediação Social;
definir interiorização; e
promover a Zona de
Desenvolvimento Próximo.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre teorias
da Aprendizagem: Papéis,
Comportamental,
Cumulativa, Cognitiva Social
e Verbal Significativa.
Vygotsky (1934).
Vygotsky ensinando, 1929 (Fonte: http://www.marxists.org). Vygotsky e sua filha, Gita Lvovna.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Lev Vygotsky.
90
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
91
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
O QUE É O SÍMBOLO?
Para entendermos o símbolo, é preciso ir à origem, ao signo, e
recorreremos às explicações de Dalgalarrondo (2000). Para ficar mais
claro, é preciso entender que existe uma ciência chamada Semiologia,
ou Semiótica, que estuda os signos, e que o signo é um tipo de sinal.
E o que vem a ser um sinal? É qualquer estímulo produzido por um
objeto. Identificamos três tipos de signos dentro da relação significante
(algo que representa um conteúdo) e significado
(conteúdo): 1 – o ícone, em que o
significante evoca o significado por ter
uma grande semelhança, como se o
ícone fosse uma cópia do objeto. Por
exemplo, a fotografia de uma pes-
soa seria um ícone para aquela de-
terminada pessoa. 2 – indicador
ou índice, em que o significante
aponta para o significado. Por
exemplo, o sinal de nuvens car-
regadas no céu é um indicador de
que vai chover, a fumaça é um indi-
cador de fogo. 3 – o símbolo, que funci-
ona de uma forma diferente dos outros dois.
Neste caso, o símbolo não é semelhante nem
aponta para o significado. Não existe nenhuma relação entre o
significado e o significante, é algo construído socialmente e re-
produzido pela cultura. Por exemplo, a palavra “lápis”. Qual a
relação desta palavra com o objeto composto por madeira e
grafita que usamos para escrever? Nada. Fomos nós que concor-
damos em chamá-lo assim. Desta forma, a palavra “lápis” é um
símbolo que significa aquele objeto descrito.
92
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
ATIVIDADES
7
Cite três exemplos que você identifica como ícone, três para indi- aula
cador e três para símbolo.
93
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
94
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
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Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
96
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
Mas para que isto aconteça, é necessário que ocorra o que foi
denominado de Mediação Social. E o que vem a ser isto? 7
Não se preocupe, caro aluno, este é mais fácil de entender. A aula
Mediação Social nada mais é que a Mediação Instrumental ocor-
rendo de forma interpessoal. Para isto acontecer, é necessário que
ocorram atividades práticas e instrumentais em um contexto de
interação grupal ou social.
GRUPAL E SOCIAL
97
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
98
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
REVENDO 7
O desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores
aula
só acontece por meio da Mediação Social, que é a utilização de
instrumentos psicológicos por duas ou mais pessoas num pro-
cesso de interação. Com isto, cria-se um sistema externo e soci-
al de memória, atenção, comunicação, consciência etc., que, ao
ser dominada, passa a ser interiorizada, modificando, assim, os
conteúdos já existentes na cognição da pessoa e, por conseqü-
ência, a forma de ver e agir no mundo.
99
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
100
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
101
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
aprendia ajudava o outro. O que era para ser um castigo virou apren-
dizado. O professor, ao entender o caminho que as coisas estavam
tomando, não proibiu a ajuda, pois o conteúdo da sua disciplina
estava sendo compreendido de uma forma mais clara e dinâmica.
Ao final de tudo, além de ninguém perder nada, a aluna que iniciou
o processo ganhou meio ponto.
ATIVIDADES
102
A teoria da aprendizagem de Vygotsky
RESUMO
103
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
REFERÊNCIAS
104
APRENDIZAGEM
SEGUNDO PIAGET
8
aula
MET
METAA
Apresentar a teoria de Piaget
aplicada à aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno
deverá:
definir com suas próprias
palavras o interacionismo;
desenvolver atividades com o
foco construtivista; apontar
as diferenças entre
assimilação e acomodação; é
reconhecer as possibilidades
cognitivas em cada estágio
do desenvolvimento segundo
Piaget.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre teorias
da Aprendizagem: Papéis,
Comportamental, Cumulativa,
Cognitiva Social, Verbal
Significativa e a de Vygotsky.
106
Aprendizagem segundo Piaget
107
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
O ORGANISMO E O AMBIENTE
108
Aprendizagem segundo Piaget
O CONSTRUTIVISMO
8
Para Piaget, o ser humano é ativo, curioso e criativo durante
aula
toda sua vida, buscando sempre a interação com o meio além de
novos desafios. Afirma ainda que, ao agir por conta própria, a cri-
ança aprende explorando e descobrindo novos objetos, novos se-
res, além de ter acesso a novas informações. A finalidade última do
conhecimento seria a adaptação ao meio.
Piaget dava grande importância às transformações que as pessoas
dão às informações que chegam pelos sentidos, visão, audição, tato,
paladar e olfato, afirmando que é a interpretação dada ao que chega
que influencia no comportamento, e não o fato em si. Por isto, várias
pessoas podem ter entendimentos diferentes a partir do mesmo estí-
mulo. O nosso mundo, caro aluno, seria o resultado da forma como
manipulamos os estímulos do meio e como entendemos o resultado
desta manipulação. Nós construímos! É como se a cada nova proposta
do ambiente reformulássemos o que conhecemos.
Sendo assim, Piaget acreditava na importância de estimular a
criança a explorar o mundo. Para ele, a educação deveria ser feita de
forma ativa, para que o aluno descobrisse como as coisas aconteci-
am, pois isto favoreceria o desenvolvimento cognitivo. Além disso,
caro aluno, ele criticava o ensino de habilidades específicas, do tipo
“é assim que se faz”, que impediam a criança de criar seus próprios
métodos de aprendizagem.
109
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
110
Aprendizagem segundo Piaget
111
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
pequenos demais e nos acostumamos com essa forma de ser sem nos dar
conta dos futuros problemas que teremos. Será que foi fácil fazer o dese-
nho livre? Será que você pensou, pensou e terminou desenhando a mes-
ma coisa que desenha desde que era pequeno? Uma casinha, um
cercadinho com umas vaquinhas,
umas árvores ou uma flor? Alguém
deve ter desenhado um sol... E as ár-
vores? Será que foram todas iguais?
Alguns devem ter desenhado coquei-
ros para diferenciar... Temos quase cer-
teza que todas têm o tronco marrom
e as folhas verdes. Será que dá para
desenhar cinco árvores diferentes sem
que se peça isto? Esperamos que
você, caro aluno, tenha passado no
(Foto: Arlan Clécio). teste, fugindo dessa repetição, sendo
criativo. A questão é que, quando so-
mos pequenos e a professora pede um desenho, ela diz o que quer: “dese-
nhem uma flor para a tia...”, e os alunos desenham. Se alguém desenha a
flor com o talo cinza, a professora diz que o talo é verde; se desenha as
pétalas cada uma de uma cor, a professora ensina que não é assim; se a
árvore está em cima da casa, é sinal de que esta criança tem problemas...
somos condicionados a fazer desta ou daquela forma, porque é certo ou
errado e, muitas vezes, paramos de criar.
ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO
112
Aprendizagem segundo Piaget
113
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
114
Aprendizagem segundo Piaget
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
8
Caro aluno, é importante que observemos como evolui o sistema aula
cognitivo da criança para entendermos de que forma a aprendizagem
ocorre. Piaget dividiu o desenvolvimento em estágios, como você po-
derá constatar a partir do conteúdo que iremos apresentar. Cada está-
gio alcançado possibilita novas formas de ver o mundo. Vamos lá?
O PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR
115
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
116
Aprendizagem segundo Piaget
PRÉ-OPERACIONAL
8
Como foi dito, entre os 18 me- aula
ses e 2 anos de idade, inicia-se a
transição entre o sensório-motor
e o pré-operacional que segue até
os 6 anos. Surge, nesta fase a re-
presentação mental. Os objetos
passam a existir fora do alcance
(Foto: Gerri Sherlock).
visual da criança e podem ser re-
presentados por palavras, figuras mentais, sons, imagens e outros.
Observe que é um salto muito grande em relação ao estágio anterior. A
criança, provida da capacidade de guardar imagens mentais, agora lem-
brar e querer um objeto que não está no seu campo de visão há algum
tempo. Você pode brincar com o seu filho pedindo para ele pegar o sapa-
to, e ele vai. Surge também a representação não imediata, ou seja, uma
criança vê outracriança fazendo birra na rua e dois dias depois ela
está reproduzindo aquele comportamento em casa.
Devemos observar, caro aluno, que é neste estágio que a criança
aprende a dominar o símbolo. Ela agora representa algum conteúdo com
palavras ou objetos. Observamos isso nas brincadeiras em que uma cai-
xa de papel pode ser uma cama ou um carrinho. Piaget acreditava que a
criança forma, primeiramente, a idéia mental do conceito e, depois, a
associa à palavra. Ele dizia que ensinar as palavras mais, menos, pou-
co, muito e igual não ajudaria a criança a contar. Primeiro ela deve
entender que as quantidades variam para depois estabelecer relação
com as palavras. Mais uma vez ele nos mostra a importância de dei-
xar a criança manipular o ambiente e perceber o que acontece nele.
Nesse estágio, caro aluno, a criança ainda não apresenta todas as
capacidades de compreensão lógica. Isto se reflete em uma característica
dessa idade que é o egocentrismo. É aquele momento em que a criança
quer tudo para ela, o brinquedo, a comida, seja o que for, mas não deve-
mos entendê-la como egoísta. O que ocorre é que ela ainda não compre-
ende que existem pontos de vista diferentes do dela. Para a criança, tudo
117
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
OPERAÇÕES CONCRETAS
118
Aprendizagem segundo Piaget
arrumar objetos em ordem, por tamanho ou peso, ou de acordo com o Piaget avaliou as relações de
ordem espacial aplicadas a
que for solicitado. A transitividade é a capacidade que ela desenvolve duas das três dimensões
de perceber relações fixas entre as qualidades do objeto. Por exemplo, do espaço físico. Concluiu
que, na criança menor de 7
A é maior que B e B é maior que C, dessa forma, A será maior que C anos, (antes do período
mesmo que a criança nunca tenha visto os três. Podemos observar a das operações concretas) as
relações de direita-esquer-
seriação no jogo de cartas em que o valor maior ganha do menor. Esse da e frente-atrás se apresen-
também é um princípio fundamental para a Matemática. tam como absolutas, pois
permanecem unidas ao
Pensamento relacional: a criança aprende a relacionar. No es- ponto de vista próprio da
tágio pré-operacional, ela vai achar que mais alto é muito alto, e criança. Por volta dos 9
anos (operações concretas),
mais escuro é muito escuro. A criança, em operações concretas, ela se torna capaz de coor-
sabe que o mais alto pode ser pequeno, e que ele é mais alto em denar seu ponto de vista
com os de outros obser-
relação a um outro que é menor que ele. vadores, permitindo-lhe
Inclusão de classes: a criança distingue bem as classes por construir pontos de vista
alternativos.
hierarquia. Se você apresenta dez biscoitos de chocolate e cinco
119
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
OPERAÇÕES FORMAIS
120
Aprendizagem segundo Piaget
ATIVIDADES
121
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
122
Aprendizagem segundo Piaget
RESUMO
123
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
REFERÊNCIAS
124
A TEORIA DA
ESPONTANEIDADE
9
aula
E A APRENDIZAGEM
MET
METAA
Apresentar a eficácia da
espontaneidade nos processos
de aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno deverá:
definir espontaneidade e
criatividade; e produzir um
aquecimento.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre teorias da
aprendizagem: Papéis,
Comportamental, Cumulativa,
Cognitiva Social, Verbal
Significativa e as de Vygotsky e
Piaget.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
126
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
127
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
128
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
129
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ESPONTANEIDADE
130
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
ESPONTANEÍSMO 9
aula
Devemos tomar cuidado com o espontaneísmo. Há pessoas que
acham que ser espontâneo é fazer o que quer da forma que quer.
Não é bem assim. A espontaneidade marca um ponto de equilíbrio
entre o que se quer e o que o contexto social pede ou permite. Ir
ao casamento como padrinho, vestindo uma camiseta, uma
bermuda e chinelo (tipo de roupa que gosta), dizendo ser
espontâneo, é um erro. Isto é espontaneísmo, pois a pessoa só
consegue se sentir bem presa a um padrão; ela não consegue se
adaptar e continua sendo quem é; ela não cria fora do padrão a
que está acostumado. É o que acontece com o aluno que pára
de estudar porque estão fazendo barulho e, ao mesmo tempo,
não procura um lugar mais tranqüilo, pois quer que os barulhentos
reconheçam que ele tem o direito de estudar ali e parem.
131
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
CRIATIVIDADE, CONSERVA
E CRISTALIZAÇÃO
132
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
produzir estas aulas, mas nenhuma é imitação. Tive que criar (criar não é
inventar), fazer diferente para atingir as metas e os objetivos. Todos os papéis 9
que exercemos na vida passam por este processo. Podemos criar ou repetir aula
ações. Ao criarmos, dizemos que o papel está saudável; quando só repeti-
mos, dizemos que o papel está cristalizado, pre-
so em uma ação limitada e impossibilitado de Na educação a distância, você terá que
se adaptar à nova forma de
criar. É bom quando vemos que o aluno cria e
aprendizagem, sem ter contato
desenvolve os seus próprios métodos de ação a diretamente com um professor. Seja
partir daqueles que o professor ensina. espontâneo, pois disto dependerá o seu
Dar uma resposta a algo inesperado, êxito. Será necessário adaptar a forma de
novo, é criar inúmeras ações que permitem a estudo e aula a que está acostumado
para esta nova modalidade.
sua adaptação diante dos novos acontecimen-
tos. Fazer um curso superior requer adapta-
ção às mudanças exigidas pelo novo contexto. É preciso estar
espontâneo para criar novos comportamentos que ainda não
temos. No ensino presencial, o aluno terá que resolver os seus
problemas sem recorrer ao diretor ou ao coordenador, pois lá
não é colégio. Terá que arrumar o seu horário, já que este não
vem pronto. Terá que se responsabilizar por sua presença em
sala de aula, pois na Universidade não existe uma sirene que
toca dizendo que é hora de entrar. Sem a espontaneidade, ele
manterá uma resposta antiga, sem modificá-la, isto é, a res-
posta de ficar esperando por tudo como acontece na escola.
Dar uma nova resposta a uma situação antiga também re-
quer criação. Tomemos como exemplo um aluno cuja presença
na aula sempre ocorre da mesma forma, não participa, seu rendimento é
baixo, passa o tempo conversando e atrapalhando outros alunos. É im-
portante, num caso como este, verifiacar o que está mantendo esta res-
posta. Onde está a capacidade de criar desse aluno? Será que ele não
tem? O que você acha, caro aluno? Existem pessoas que não conseguem
criar? Quem sabe se ele pudesse estar em outro lugar, não estaria mais
espontâneo e criativo? Pode ser que o espaço da escola não esteja ofere-
cendo àquele aluno as condições para ser espontâneo e criativo naquele
ambiente e, dessa forma, prefere se excluir do processo.
133
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
Caro aluno, esta é uma atividade cujo objetivo é ajudar você a veri-
ficar como está a criatividade em sua vida. Preparado? Você vai
precisar de algumas almofadas. Caso esteja em um lugar sem almo-
fadas, pegue objetos que possa carregar. Escolha uma almofada e
coloque-a no chão, esta representará você. Agora pegue uma almo-
fada para representar os seus principais papéis (filho, aluno, pai,
irmão, vendedor, comerciante, namorado, ou o que você achar im-
portante). Uma observação: é uma almofada para cada papel. Co-
loque-as no chão, perto da que representa você, como se estivesse
fazendo um átomo (aula de Representação de Papéis). Cada uma
em um espaço. Agora observe os papéis e analise em quais você
repete mais as ações e em quais você cria mais. Relate as repetições
e criações dos respectivos papéis.
Nesta atividade, a idéia é que você possa olhar para os seus papéis
e perceber em qual deles há mais criatividade, e em quais outros é
necessário aumentá-la. Aqueles papéis em que você repete as ações,
mesmo que não queira, estão precisando de espontaneidade. Exis-
te uma série de ações que repetimos (escovar os dentes, pentear o
cabelo, fazer xixi no vaso) e isto não é problema.
Estamos-nos referindo às situações que pedem criação, situa-
ções novas ou situações antigas que precisam ser modificadas
e não conseguimos.
134
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
135
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
136
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
137
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
138
A Teoria da Espontaneidade e a aprendizagem
REFERÊNCIAS
9
CUKIER, Rosa. Psicodrama bi-pessoal: sua técnica, sua terapêu- aula
tica, seu paciente. São Paulo: Agora, 1992.
GONÇALVES, Camila Salles; WOLF, José Roberto; ALMEIDA,
Wilson Castelo de. Lições de psicodrama e introdução ao pen-
samento de J. L. Moreno. São Paulo: Agora, 1988.
MORENO, Jacob Levy. Psicodrama. São Paulo: Cultrix, 1997.
139
PSICODRAMA PEDAGÓGICO 10
aula
MET
METAA
Apresentar o método e as
técnicas do psicodrama
aplicados à aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno
deverá:
definir Psicodrama Pedagógico;
a importância da fantasia para
o processo de aprendizagem;
avaliar se o conteúdo
ensinado faz sentido para a
vida; identificar as etapas de
uma aula baseada no
Psicodrama Pedagógico.
PRÉ-REQUISITOS
Conhecimento sobre Teoria de
Papéis e conceitos de
espontaneidade e psicodrama.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
(Fonte: http://www.rosak.com.ar/imagenes/artaud.gif).
142
Psicodrama Pedagógico
O lá, caro aluno. Para esta aula, você vai precisar relembrar
as aulas de Teoria de Papéis e Espontaneidade e retomar
alguns conceitos de Psicodrama.
10
aula
A Educação para o Psicodrama Pedagógico prega uma apren-
dizagem humana-significativa e tem, em sua
base, as idéias da Fenomenologia e do
PSICODRAMA
Existencialismo.
143
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
144
Psicodrama Pedagógico
145
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
146
Psicodrama Pedagógico
PRIMEIRO UNIVERSO
147
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
SEGUNDO UNIVERSO
148
Psicodrama Pedagógico
149
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
150
Psicodrama Pedagógico
151
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
152
Psicodrama Pedagógico
ATIVIDADES
10
E o professor de Matemática? Será que dá para relacionar o con- aula
teúdo com a vida ou tudo que aprendemos só dá para ser usado no
papel ou para alcançar a aprovação no final do ano? Vamos lá, caro
aluno, vá para o mundo da fantasia, use a criatividade e mostre
como você pode relacionar a Matemática com a vida. Para isso,
escolha um assunto de que gosta e mãos à obra.
153
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
154
Psicodrama Pedagógico
155
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
156
Psicodrama Pedagógico
157
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
158
Psicodrama Pedagógico
ATIVIDADES
10
Programe uma aula seguindo as etapas do Psicodrama Pedagógico. Para aula
isso, você, caro aluno, deve escolher um assunto e depois descrever
como seria cada etapa (aquecimento inespecífico, específico, cena e
compartilhar). Bom trabalho!
159
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
160
AS FASES DO GRUPO 11
aula
MET
METAA
Apresentar o processo de
desenvolvimento de um grupo,
observando suas fases e
características.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
compreender o conceito de grupo;
identificar as formas de
interferência do grupo na
aprendizagem;
reconhecer as fases do
grupo.
PRÉ-REQUISITOS
Rever o conteúdo da aula
sobre Psicodrama
Pedagógico.
(Fonte: http:\\bp2.blogger.com)
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
162
As fases do grupo
O GRUPO E A APRENDIZAGEM
163
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
Com base no que você já leu nesta aula e nos seus conhecimen-
tos prévios, como você definiria grupo?
164
As fases do grupo
O NÁUFRAGO
11
aula
Náufrago é um filme que retrata a situação de um homem isolado
da sociedade devido a um acidente aéreo. Nesse filme, são
representadas várias situações em que a idéia de sociedade é
de fundamental importância para o personagem. A cena mais
representativa disto é a que o protagonista (Chuck Noland)
pega uma bola de vôlei, pinta dois olhos, um nariz e uma boca,
passando a conversar com ela como se fosse um ser humano.
A lembrança social é base para tudo que ele aprende e cria na
ilha onde vive.
SINOPSE
165
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
166
As fases do grupo
ATIVIDADES
167
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
O QUE É GRUPO?
168
As fases do grupo
Graduou-se em Psico-
a) ser constituído por diversos integrantes (pelo menos dois); logia pela USP e for-
b) ter um ou mais objetivos em comum que podem ser renova- mou-se psicodrama-
tista com Dalmiro Bus-
dos (aprender, brincar, viajar...); tos. Fez doutorado no
c) ter um espaço para existir que pode ser sempre o mesmo ou não; Instituto de Psicolo-
gia da USP e é autora
d) um tempo para os encontros; de Fala, professora! –
e) um contexto social (normas e regras da cultura de que o gru- Repensando o aper-
feiçoamento docente
po faz parte).
(Vozes, 1995). Leciona
em uma instituição
Já sabemos o que é um grupo, mas, e agora? Agora, caro alu- particular de ensino
(Cesusc), ministrando
nos, vamos aprender algumas coisas sobre o seu funcionamento. aulas sobre proces-
Para começarmos, pedire-mos que você imagine como será a sua sos grupais. Participa
de programas de pós-
primeira aula como professor formado e como você espera que se- graduação e de cur-
jam as outras. Será que você pensou em dar uma resposta do tipo: sos de formação com
“estarei nervoso”. Claro, não estamos considerando neste caso qual- abordagem sociopsi-
codramática, além de
quer tipo de nervosismo (que é normal) diante do início da primei- prestar consultoria a
ra aula. Queremos, sim, que você pense em sua expectativa sobre a instituições públicas e
privadas.
relação com o grupo de alunos. Acredito que a resposta é: a melhor
possível. Quanto mais soubermos, mais condições teremos de lidar
com as situações que surgirem.
Yozo (1996) nos mostra as três fases pelas quais o grupo passa
durante o seu desenvolvimento, baseando-se na teoria
psicodramática de Moreno. A primeira é a fase de Identidade do Eu,
a segunda é a de reconhecimento do Eu e a terceira é a de reconheci-
mento do Tu. O professor tem, a princípio, duas possibilidades: pode
simplesmente dar a aula e não interferir nas questões grupais, ou pode
tornar-se um líder e usar a estrutura grupal já existente para facilitar a
169
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
170
As fases do grupo
171
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
172
As fases do grupo
grupo dos alunos que sentam no meio da sala de aula pode estar
na terceira fase, mas em relação às pessoas que sentam na fren-
te, pode estar na segunda fase.
11
aula
ATIVIDADES
173
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
174
As fases do grupo
REFERÊNCIAS
175
A MOTIVAÇÃO
PARA APRENDER 12
aula
MET
METAA
Apresentar os principais
motivadores internos e externos
que influenciam na aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
definir motivação;
identificar as características de
uma atividade motivadora;
reconhecer e aplicar os principais
motivadores no processo de
ensino e aprendizagem.
PRÉ-REQUISITOS
Rever o conteúdo da
aula sobre a Teoria da
Espontaneidade e a
aprendizagem.
178
A motivação para aprender
O 12
lá, caro aluno! Gostaria de iniciar esta aula contando
um caso que certa vez ouvi de um amigo. É uma histó-
aula
ria chamada “A ciência do peixe”. Fiz algumas modificações para
adequá-la à proposta do nosso estudo. Foi assim.
Era uma vez um pescador chamado João
Firmino, mais conhecido como Seu Firmino, A MOTIVAÇÃO
o pescador. Morava numa comunidade, às
margens de um belo rio com um bom volume
de água e boa extensão. Desse rio, ele tirava não só o alimento de
todos os dias para si e sua família, como também vendia os peixes
para garantir a sobrevivência deles.
Seu Firmino era casado com D. Juvanete e tinha uma filhi-
nha chamada Jandira. Viviam de forma simples e nada lhes falta-
va. Porém, sentia-se bastante intrigado com algo que sua esposa
fazia há dez anos, desde o início de seu casamento, mas nunca
teve coragem para perguntar-lhe o porquê de tal prática.
O mais interessante de tudo isto, caro aluno, é que ao ouvir
essa história pela primeira vez, lembrei-me de vários momentos
(na escola) em que estive diante de uma pessoa com quem convi-
via há algum tempo (o professor) e, mesmo com uma boa relação,
ainda pensava duas vezes antes de perguntar-lhe algo. Você já pas-
sou por isto? O que nos leva a evitar uma pergunta ao professor? É
claro que nem todas as pessoas passam por isto, mas esta é a reali-
dade de muitos alunos. No meu caso, era vergonha. Tinha medo do
que os outros iriam achar, pois não sabia se a minha pergunta era
inteligente ou se demonstrava a minha falta de conhecimento sobre
o assunto. Se você já passou por isto, pense no motivo que o impediu
de perguntar.
Retomemos a nossa história.
Firmino tinha uma pergunta para fazer a sua esposa. Cer-
to dia, na hora do almoço, ele
olhou para a panela cheia de pei-
xe cozido (todos cortados ao
meio) e disse:
179
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
180
A motivação para aprender
181
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
182
A motivação para aprender
ATIVIDADES
183
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
184
A motivação para aprender
185
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
Vamos ver como isto funciona? Você, caro aluno, irá experi-
mentar agora dois problemas com graus diferentes de dificulda-
de. Vamos ver qual motiva mais?
X 2 X
X X X
186
A motivação para aprender
PRINCIPAIS MOTIVADORES
187
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
188
A motivação para aprender
ATIVIDADES
Como você acha, caro aluno, que devem ser utilizados os prin-
12
aula
cipais motivadores em sala de aula?
189
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
190
AS CONDIÇÕES DO ALUNO
ANTE A APRENDIZAGEM 13
aula
MET
METAA
Apresentar os possíveis contextos
que interferem na aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
definir um contexto;
analisar e criticar as informações
recebidas.
PRÉ-REQUISITOS
Ter conhecimento sobre:
os papéis que surgem na relação
professor, aluno, aprendizagem.
Rever as seguintes teorias da
aprendizagem: Comportamental,
Cumulativa, Cognitiva Social,
Verval Significativa, de Vigotsky e
de Piaget.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
192
As condições do aluno ente a aprendizagem
ATIVIDADES
193
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
194
As condições do aluno ente a aprendizagem
195
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
196
As condições do aluno ente a aprendizagem
CIBERNÉTICA
197
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
198
As condições do aluno ente a aprendizagem
ATIVIDADES
199
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
200
As condições do aluno ente a aprendizagem
201
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
202
As condições do aluno ente a aprendizagem
203
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
204
As condições do aluno ente a aprendizagem
205
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
206
As condições do aluno ente a aprendizagem
207
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
identificar a relação existente
entre educação e mudanças
sociais;
reconhecer e aplicar as estratégias
de aprendizagem;
utilizar a Matemática de forma
interdisciplinar.
PRÉ-REQUISITOS
Revisar os assuntos:
relativos às teorias de
Vygotsky e Piaget e
ter noções acerca de
fase do grupo e
motivação.
(Fonte: http://www.cefetrn.br).
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
210
Os caminhos para a aprendizagem
211
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
212
Os caminhos para a aprendizagem
Habilidades
A idéia, caro aluno, é que na era da informação, os conheci-
mentos evoluem e se modificam, provocando a necessidade de Qualidade ou caracterís-
tica de quem é hábil.
adaptação e capacitação dos profissionais. Hábil - que tem a mestria
Isto nos leva diretamente à seguinte direção: é necessário desen- de uma ou várias artes ou
um conhecimento profun-
volver habilidades que sustentem a nossa capacidade de adquirir do, teórico e prático de
novos conhecimentos. Diante disto, devemo nos ater à necessidade uma ou várias disciplinas;
- diz-se de quem tem uma
de aprender a aprender sozinhos. Esta é uma afirmação complicada, disposição de espírito e
pois de acordo com o que estudamos até agora, vai de encontro às de caráter que o torna
particularmente apto para
teorias que enfatizam a necessidade de um professor ou de outras resolver as situações que
pessoas que favoreçam a aprendizagem. Calma, caro aluno, não se lhe apresentam ou para
agir de maneira apropria-
estamos fazendo confusão. Vamos entender? da aos fins a que visa;
Quando enfatizamos a necessidade de aprendermos a aprender astucioso, sutil, manho-
so; esperto, sagaz;
sozinhos, não queremos dizer que o conteúdo já estudado não tem - dotado de habilidade
mais valor, mas estamos contextualizando a Educação diante das e rapidez; destro, ligei-
ro, ágil.
novas necessidades. Devemos continuar trocando informações e
213
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
214
Os caminhos para a aprendizagem
215
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
216
Os caminhos para a aprendizagem
217
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
218
Os caminhos para a aprendizagem
indo bem, mas saber executar estes movimentos não garante vitó-
ria, concorda, caro aluno?
É importante, então, que se tenha uma tática de jogo para
14
aula
conduzir à vitória. Cabe ao técnico desenvolver essa tática, ba-
seado no que sabe sobre o jogo e sobre o time adversário. Ele
utilizará o metaconhecimento para desenvolver uma tática ou
estratégia e, se necessário, modificá-la no decorrer da partida.
Observe, caro aluno, que, através do metaconhecimento pode-
mos avaliar quais, como e quando as habilidades serão utilizadas e
com que finalidade.
Vamos agora transpor estes conhecimentos do exemplo para
um aluno em processo de aprendizagem. Neste caso, o aluno
deverá fazer o papel dos jogadores (executa) e também o do téc-
nico (avalia as ações), organizando o seu estudo e a melhor for-
ma de aprender. A este conjunto de atividades e ações chama-
mos de “estratégias de aprendizagem”.
Mas chamamos a sua atenção, caro aluno, para quando estiver
na posição de professor não sustentar a idéia de sempre reproduzir
e passar o conteúdo pronto. Mostre ao seu aluno que ele pode usar
o metaconhecimento e desenvolver suas próprias estratégias de
aprendizagem. Uma observação importante é que para uma estra-
tégia de aprendizagem sempre há um objeto final.
ATIVIDADES
219
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
220
Os caminhos para a aprendizagem
221
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
222
Os caminhos para a aprendizagem
ATIVIDADES
223
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
224
Os caminhos para a aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
225
O PROFESSOR 15
aula
MET
METAA
Apresentar as principais
características do papel de
professor.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá
avaliar criticamente o papel de
professor a partir dos conteúdos
já estudados.
PRÉ-REQUISITOS
Revisar os assuntos relativos às
teorias da Psicologia da
Aprendizagem (Piaget, Vygotsky,
Gagné, Ausubel, Skinner, Bandura).
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
(Fonte:http://www.colegiodalagoa.com.br).
228
O professor
ATIVIDADES
1ª ETAPA
229
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
3ª ETAPA
230
O professor
231
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
232
O professor
REFERÊNCIAS
233
O PROFESSOR E O ALUNO
16
aula
MET
METAA
Aprofundar a discussão sobre os
aspectos que favorecem a relação
professor-aluno.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
reconhecer aspectos das diversas
teorias de aprendizagem, já
estudadas, que favorecem a
relação professor-aluno.
PRÉ-REQUISITOS
O aluno deverá conhecer:
as fases do grupo;
osmotivadores internos e externos
que influênciam na aprendizagem;
os possíveis contextos que
interferem na aprendizagem;
estratégias que favoreçam a
relação ensino aprendizagem; as
principais caracteristicas do papel
do professor.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
236
O professor e o aluno
VEM DANÇAR
237
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ensino estudadas pelos teóricos dessa área. Mas o que faremos com
esse filme? É simples. Você, caro aluno, irá desenvolver uma ativida-
de de acordo com as etapas descritas a seguir, por isso, é importante
que você as leia antes de assistir ao filme.
ATIVIDADES
1ª ETAPA
Esta primeira etapa tem um caráter mais geral. Você deverá as-
sistir ao filme e escrever as suas impressões sobre ele, o que você
achou da apresentação e avaliar se o seu conteúdo pode ou não ser
utilizado como instrumento de ensino e aprendizagem. Para fazer
esta análise, deverá relacionar a proposta do filme aos conteúdos
estudados durante esta disciplina.
2ª ETAPA
238
O professor e o aluno
Capa do filme “Vem dançar” com Antonio Banderas ( história real de um professor de
dança chamado Pierre Dulaine). (Fonte: www.coloniabrasil.org).
239
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
3ª ETAPA
240
O professor e o aluno
ETAPA 2
241
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
242
O professor e o aluno
ETAPA 3
243
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
244
O professor e o aluno
245
O ALUNO 17
aula
MET
METAA
Explorar as principais
características do papel de aluno.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
diferenciar as características do
indivíduo das características do
coletivo;
definir personalidade;
utilizar as características
individuais e grupais dos alunos
em sala de aula.
PRÉ-REQUISITOS
Revisar os assuntos relativos ao
papel do aluno, às condições para
aprendizagem e as interações na
escola e na sociedade.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
S
eja bem vindo, caro aluno, a mais uma aula desta disciplina.
Neste nosso encontro, atentaremos para questões com-
plementares de assuntos que já foram estudados em aulas ante-
riores, como o papel do aluno, as condições para aprendiza-
gem, as interações na escola e na sociedade entre
INTRODUÇÃO outros.
Iniciaremos abordando algumas idéias
que foram difundidas pela Psicologia, acerca das diferenças e
semelhanças existentes entre as pessoas, para que possamos
lidar com estas questões diante do aluno. Em seguida, iremos
abordar o conceito de personalidade, mostrando seu funcio-
namento na vida das pessoas e, particularmente, na dos alu-
nos. Esperamos que você, caro aluno, adquira conhecimen-
tos que possam ajudar na profissão escolhida. Vamos lá?
248
O aluno
249
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
250
O aluno
251
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
252
O aluno
ATIVIDADES
253
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
No filme Vem Dançar, como você deve estar lembrado, cada alu-
no tinha suas próprias características (estilo de cabelo, forma de dan-
çar, estilo de roupa etc.) e algumas delas eram comuns aos outros
participantes daquele grupo (dançar, contestar etc.). O professor Pierre
Dulaine soube explorar não só as características do grupo, mas tam-
bém as individuais para conquistar todos os alunos. No final, eles
mostraram atitude e renovaram a imagem que os demais professores
e a diretora tinham a respeito deles. De todas as situações do filme,
podemos destacar a atitude da aluna rica que deixou seu ambiente de
estudo por considerá-lo desagradável e preferiu estudar com alunos
de outra classe social, pois sentia melhor com eles.
Se a atitude é um instrumento de movimentação do sujeito, a
forma de se mover vai depender de suas características individu-
ais. A estas características a Psicologia dá o nome de Personalida-
de. No papel de aluno, o sujeito deve aprender a ter atitude.
254
O aluno
255
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
256
O aluno
257
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
258
O aluno
ANSIEDADE E EXPECTATIVAS DE
CONTROLE
259
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
260
O aluno
CONCEITO DE SI MESMO OU
AUTOCONCEITO
ATIVIDADES
261
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
262
O aluno
RESUMO
REFERÊNCIAS
263
CARACTERÍSTICAS
INDIVIDUAIS DO ALUNO 18
aula
MET
METAA
Explorar as características
individuais dos alunos
relacionando-as com as condições
de aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
comparar a teoria com as
observações destacadas na
atividade prática.
PRÉ-REQUISITOS
Tem conhecimentos sobre:
o papel do professor; os
aspectos que favorecem a
relação professor-aluno; as
principais características do
papel de aluno.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
(Fonte: http://www.imagem.ufrj.br.tif).
266
Características individuais do aluno
ATIVIDADES
1ª ETAPA
2ª ETAPA
267
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
3ª ETAPA
268
Características individuais do aluno
RESUMO
269
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
REFERÊNCIAS
270
SEQÜÊNCIA DE
APRENDIZAGEM 19
aula
MET
METAA
Apresentar possibilidades que
facilitem o encadeamento de
conhecimentos promotores da
aprendizagem.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
definir as intenções educacionais e as
seqüências de aprendizagem; aplicar
as seqüências de aprendizagem.
PRÉ-REQUISITOS
O aluno deve ter estudado os
seguintes conteúdos:
motivação para aprender (Aula 12);
condições do aluno
ante a aprendizagem
(Aula 13); O , !
caminhos para a A
aprendizagem
(Aula 14).
ante
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
C
ada vez mais se sabe sobre o desenvolvimento huma
no e o impacto causado por ele na natureza de nosso
planeta. O homem já foi à lua e já espalhou várias sondas de
pesquisa pelo Universo. Pesquisa a atmosfera, os oceanos e o
aquecimento global. Muitas são as teorias
sobre aprendizagem, educação e convívio so-
INTRODUÇÃO
cial. Por essas e muitas outras coisas, o homem
ocupa um lugar de destaque no planeta, exercendo o seu domínio e
evoluindo. Simultaneamente, mesmo com toda a capacidade de pro-
duzir, pouco se sabre o que fazer com alguns dos resultados da
evolução: a poluição e a destruição ambiental, além do número
crescente de pessoas que passam fome.
Na Educação, como já constatamos, a aprendizagem tem
como conseqüência a mudança de comportamento. Podemos
verificar também como uma evolução de quem aprende. Obser-
ve que o aspecto comum entre a condição de aprender e o que
foi dito no primeiro parágrafo é o fato de que nas duas situações
encontramos a ação e os resultados, e entre elas uma seqüência
de fatos e situações que as unem. Além disso, observamos que a
evolução traz grandes conquistas, mas também podem surgir
alguns problemas. Para evitá-los ou saber como solucioná-los,
devemos conhecer as seqüências uti-
lizadas no processo: se serão eficien-
tes em longo prazo ou se trarão pre-
juízos no futuro. O mesmo pode ser
aplicado à Educação.
272
Seqüência de aprendizagem
O 19
lá, caro aluno! Estamos dando início a nossa penúlti-
ma aula de Introdução à Psicologia da Aprendiza-
gem. Ao longo dela, aprofundaremos algumas questões já aula
estudadas e que são de grande importância para o aluno e
seu desenvolvimento.
Gostaríamos de iniciá-la com um
APRENDIZAGEM
questionamento sobre a evolução de um
modo geral e, em especial, da aprendizagem.
Pense um pouco, caro aluno, quantas coisas acontecem entre o
nascimento de um ser humano e a sua primeira matrícula na
escola? No entanto, já sabemos que não é necessário chegar à
escola para começar a aprender, pois aprendemos inúmeras coi-
sas antes de chegarmos à educação formal.
Aprender a escrever, por exemplo, é uma das maiores res-
postas evolutivas, entre tantas já vistas, que o ser humano deu à
humanidade. Com ela efetivamos a comunicação, criamos códi-
gos e tecnologias de transmissão, aprendemos a contar e melho-
ramos a realização de operações. Mas será que a escrita sempre
fez parte da vida humana? Será que o homem sempre soube ve-
rificar as horas no relógio? Afinal, qual a importância de se de-
senvolver um sistema que pudesse marcar o tempo? E os núme-
ros? Será que são tão importantes assim?
Sim, caro aluno, você pode estar questionando-se o porquê de
pensar sobre a origem dessas coisas já que são sistemas que chegam
prontos a você e só precisamos aprender a usá-los. Mas você pode
estar também pensando sobre a origem dessas coisas e entendendo
qual é a nossa proposta.
A nossa proposta é a seguinte, caro aluno, tentar enxergar
de uma forma específica e ao mesmo tempo ampla, as ligações
necessárias entre um conhecimento e outro e a necessidade
humana de se ter esses conhecimentos. Em outras palavras, as
possíveis seqüências de aprendizagem, os caminhos que são
percorridos.
273
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
274
Seqüência de aprendizagem
275
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
276
Seqüência de aprendizagem
AS INTENÇÕES EDUCATIVAS
277
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
278
Seqüência de aprendizagem
279
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
280
Seqüência de aprendizagem
281
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
282
Seqüência de aprendizagem
283
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
284
Seqüência de aprendizagem
Requer
19
aula
Aprendizagem de regras (tipo 7)
Requer
Requer
Requer
Ou ainda Ou ainda
Requer
Requer
285
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
Uma vez que o quadro de Gagné está sendo usado como base,
não há necessidade de o resultado ser o mesmo. Apresentamos
uma possibilidade de resposta utilizando como finalidade última
a condição de realizar cálculos de multiplicação com lápis e
papel.
286
Seqüência de aprendizagem
287
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
288
Seqüência de aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
289
A AVALIAÇÃO 20
aula
MET
METAA
Explorar as diversas possibilidades
de avaliação do conhecimento
aprendido.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno
deverá:
definir avaliação;
diferenciar os diversos tipos de
avaliação;
identificar os principais problemas
de aprendizagem.
PRÉ-REQUISITOS
Ter conhecimento
sobre:motivação para
aprender;
contextos que interferem na
aprendizagem;
o papel do professor;
aspectos que favorecem a
relação professor / aluno;
o papel do aluno e
característica individuais,
sequência de aprendizagem.
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
D
e acordo com Miras e Solé (1996), a avaliação moder-
na teve início com os trabalhos de Ralph Tyler no
início da década de trinta do século passado. Porém, a sua exis-
tência já vinha de muito antes, com a busca da
verificação de mudanças de comportamento
INTRODUÇÃO por parte do aprendiz, constatando-se, assim,
a sua evolução. Com o passar do tempo, os
conceitos e idéias que influenciam o processo
avaliativo desenvolveram-se cada vez mais, ocasionando o
surgimento de diversas correntes filosóficas que embasam o as-
sunto e dificultando a construção de um modelo mais unitário
de sua prática.
Nesta aula, teremos a oportunidade de estudar idéias que
nos mostrarão que a avaliação não é uma forma de punição como
pensam alguns professores, e também não é uma fonte de notas
como pensam alguns alunos. Ela é sim um instrumento impor-
tante para o desenvolvimento do aluno e do processo de ensino
e aprendizagem sempre que for bem utilizada.
292
A avaliação
293
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
teira que andou um pouco para frente, até que ele parou. No dia foi
uma situação complicada, mas logo após a prova estávamos todos
rindo.
Outro ponto a ser destacado nesta aula e que pode interferir
na forma como você vê a avaliação é o tipo de valor desenvolvi-
do ao longo dos tempos: punição e gratificação. No primeiro
caso, a avaliação é utilizada com ameaças e como controle, a fim
de manter a ordem na classe; no segundo, ela tem a função única
de atribuir uma nota ao aluno, mas a existência de notas ruins
não estimula o professor a verificar o que está acontecendo.
Ao tratarmos deste assunto, é importante recorrermos à me-
mória, pois muito do que acreditamos ser a avaliação vem do
que aprendemos na prática e na observação dos professores que
nos ensinaram. A questão é que a impressão que ficou será o seu
parâmetro. Caso tenha sido uma impressão positiva, ótimo, se
foi negativa, isto poderá atrapalhar a forma como você vai lidar
com este instrumento, e este será o nosso ponto de partida.
ATIVIDADES
Vamos lá, caro aluno, exercite a sua memória. Como já foi mos-
trado, as recordações que você tem dos momentos de avaliação
podem ter sido marcantes, tanto de uma forma positiva como
negativa, e isso poderá influenciar no modo de utilizar o instru-
mento. Gostaríamos, assim, caro aluno, que você buscasse em sua
memória momentos em que foi submetido a processos avaliativos.
Em seguida, você vai escrever como eram realizadas essas avali-
ações e como este procedimento mexia com você. A resposta de-
verá ser publicada no Fórum sobre avaliação. Não se esqueça de
comentar as respostas dos seus colegas, pois esta troca de experi-
ências é de grande importância para a sua prática em sala de aula.
294
A avaliação
295
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
Como foi colocado, caro aluno, o outro pólo diz respeito à busca
por informações que possam ajudar na tomada de uma decisão. Nes-
te ponto, são lembrados Cronbach e outros (1980) e De Ketele (1980),
que defendem esta perspectiva. Eles nos mostram que uma das fun-
ções da avaliação é examinar a ação de um programa para levantar
informações que resultem em sua melhora. Nesta visão, procura-se a
associação entre o conjunto de informações e os critérios fixados
para se atingir um determinado objetivo e assim chegar a uma deci-
são (MIRAS; SOLÉ, 1996).
296
A avaliação
297
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
298
A avaliação
299
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
300
A avaliação
301
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
302
A avaliação
ATIVIDADES
303
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
304
A avaliação
305
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
306
A avaliação
TRANSTORNOS DA APRENDIZAGEM,
COMUNICAÇÃO E HABILIDADES MOTORAS 20
aula
As informações que se seguem foram transcritas da tabela 16.3,
intitulada de “Transtornos de aprendizagem, comunicação e ha-
bilidades motoras”, localizada na página 344 de Holmes (2001).
Transtorno de Leitura. A habilidade de ler concentra-se
marcantemente abaixo do que seria esperado com base na habi-
lidade intelectual da criança.
Transtorno Matemático. As habilidades matemáticas encon-
tram-se marcadamente abaixo do que se espera com base na ha-
bilidade intelectual da criança.
Transtorno de Linguagem Expressiva. O uso da linguagem
encontra-se marcadamente abaixo do que se espera com base na
habilidade intelectual da criança. (ex. vocabulário pobre, senten-
ças demasiado simples, limitação ao tempo presente).
Transtorno de Expressão Escrita. Composição de texto escrito
encontra-se marcadamente abaixo do que se espera com base na
habilidade intelectual da criança. (ortografia e gramática pobres).
Transtorno Fonológico. Falha consistente em usar sons da
fala como \p\, \b\ e \t\ aos 3 anos e os sons \r\, \sh\, \th\,
\f\, \z\, \l\ ou \ch\ aos 6 anos.
Gagueira. Falha consistente em falar sem ruptura
involuntária ou bloqueio.
Transtorno de Coordenação Motora. O desempenho de ati-
vidades de habilidades motoras mostra-se marcadamente abaixo
do que seria esperado com base na idade cronológica e na capa-
cidade intelectual da criança.
Holmes (2001) nos mostra que os problemas citados nesta ses-
são podem ter causa psicológica ou educacional. Complementamos
dizendo que o meio social pode agravar estas dificuldades.
Acesse o site http://www.psicopedagogia.com.br/abpp/
index.shtml e, na barra cinza, clique em “interesse geral”. Em
seguida, conduza o mouse para psicopedagogia e clique em atu-
307
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
ATIVIDADES
308
A avaliação
309
Introdução à Psicologia da Aprendizagem
RESUMO
REFERÊNCIAS
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