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Hipertrofia X Hiperplasia

O sonho dos adeptos à musculação seria descobrir um jeito de indefinidamente fazer o


músculo crescer, mas consensualmente até agora só se conhece duas formas de aumentar a
seção transversal do músculo que são o aumento do calibre das fibras musculares ou aumento
dos espaços sarcoplasmáticos. Uma terceira hipótese seria o aumento do número de fibras
musculares, conhecida por hiperplasia muscular, uma resposta adaptativa a um treinamento de
força intenso. Experiências não muito novas demonstraram a ocorrência da hiperplasia em
ratos gatos e galinhas. Claro, por questões éticas, os métodos de estudo utilizados não são
possíveis em seres humanos embora haja evidências indiretas da hiperplasia no músculo
humano. Essa teoria foi proposta por Fred Hatfield Ph. D. em seu livro "Power": A Scientific
Approach (1991). Força: Uma aproximação científica. Foi baseada em estudos de Gnyea Et.
Ericson (1976) em gatos.
Com aves, Sola et. al. (1973) usou um modelo colocando um peso na asa de uma galinha
relativa a 10% do peso da ave por 30 dias sem interrupção e notou que o músculo dorsal
responsável pelos movimentos da asa aumentou o número de fibras na ordem de 16%. Outras
experiências similares com o mesmo fundamento chegaram a resultados ainda maiores
(172%), na massa muscular das aves.
Partindo ainda dessa teoria, outros pesquisadores usaram cargas de 10, 15, 20, 25 e 30% com
descansos de dois dias entre uma carga e outra, totalizando 28 dias de estímulo efetivo
conseguindo como resultado o aumento de 334% na massa muscular e 90% de aumento de
fibras musculares. Claro, o tipo de músculo das aves é diferente dos humanos, mas as
experiências mostram a resposta hiperplásica do músculo sob tensão ou estiramento. Isso tem
a ver com o método de treinamento da musculação conhecido como excêntrico e que possa
estimular respostas similares.

Existem defesas desse método objetivando aumento de massa muscular e força, mas se as
respostas fossem tão rápidas certamente não haveria mais dúvidas.

Tudo isso poderia explicar, por exemplo, a força dos levantadores Olímpicos cujo treinamento é
baseado em arranques e muito pesado. O tempo de tensão muscular, sendo tão curto, é capaz
de estimular a hipertrofia? De fato. O volume muscular desses atletas não é tão grande como
dos fisiculturistas. Provavelmente a eficiência neuromuscular é muito superior, mas esse dado,
sozinho pode explicar tanta força? Se a hiperplasia ocorre aumentando o número de fibras por
unidades motoras, essa seria uma hipótese aceitável para a produção de força explosiva. É
uma teoria que também justifica a força nos músculos deltóides dos nadadores de elite de
provas curtas sustentada por Tamaki 1999. Esses atletas não têm músculos tão volumosos,
mas estão ficando cada vez mais rápidos. De qualquer forma tudo leva a crer que somente um
treinamento exaustivo pode levar os músculos à fadiga severa capaz de estimular a hiperplasia
até como resposta de defesa do corpo.
As evidências empíricas levam a concluir que essas reações só podem ocorrer em
treinamentos em longo prazo porque nossa musculatura, para resistir tanto estímulo de alta
intensidade precisa ser preparada para isso. E qual seria então a suposição teórica da
hiperplasia muscular humana? Como ela se processa? Seria algo similar ao que acontece com
a gordura hiperplásica onde as células gordurosas sob estímulo alimentar aumentam de
volume, hipertrofiam, e depois se dividem com o mesmo tamanho? Kadi 2000 demonstrou que
a hiperplasia no músculo humano é possível a partir do aparecimento de novas fibras
musculares tendo como origem as chamadas células satélites podendo aumentar em 46% a
massa muscular.
De qualquer forma a discussão está longe do fim e não dá para recomendar treinamentos
exaustivos só para tentar promover hiperplasia muscular. Além do mais é um treinamento com
risco muito alto de lesões. Kraemer e colaboradores 1996 afirma que, mesmo em condições
excepcionais a contribuição para o aumento do músculo pode não ultrapassar a 5% e não
ocorre da mesma maneira em todo mundo por diversos fatores entre eles, e talvez mais
decisivo, o genético.
Enfim, se é ou não possível o músculo duplicar as suas fibras e continuarem crescendo sob
estímulo de treinamento de força pode ser ou não utopia. Pelo sim, pelo não, continua valendo
o bom senso e boa orientação profissional. Todo mundo tem um limite.
Hipertrofia e hiperplasia são termos cada vez mais usados nos ambientes das academias de
ginástica para se justificar tecnicamente os processos de ganho de massa muscular.
Portanto é interessante entender um pouco melhor o significado de cada uma destas palavras.
O aumento de massa muscular liga-se tanto ao processo de hipertrofia quanto ao de
hiperplasia, porém o primeiro significa o aumento das próprias fibras musculares (células
musculares) e o segundo nada mais é do que formação de novas fibras.
O treinamento resistido (com pesos) ajuda muito no aumento de massa muscular.
Para que isso ocorra, são feitos treinamentos com cargas bem elevadas, embora não seja
necessário um trabalho com carga máxima. Este aumento ocorre com a hipertrofia e a
hiperplasia.
A hiperplasia é o crescimento por aumento do número de células no músculo. Esse aumento
do número de fibras musculares é chamado de hiperplasia fibrilar. Quando ocorre, seu
mecanismo é a divisão linear de fibras previamente aumentadas.
A hipertrofia é o aumento do tamanho da fibra muscular ou crescimento de uma célula ou órgão
ou tecido. Neste caso não há o aumento no número de células. Há o aumento na secção
transversa do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de filamentos de actina e
miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes.
Essa hipertrofia pode ser temporária (apenas durante a prática do exercício) ou crônica (em 3
ou mais dias sem atividade), pois o corpo tem que se recuperar do estresse sofrido
aumentando o tamanho para suportar mais peso.
Uma hipertrofia do músculo esquelético pode se dar por um aumento no seu comprimento e na
sua espessura.
A forma comum de hipertrofia é o aumento exclusivo da espessura.
Este aumento de massa muscular depende de vários fatores, como resposta individual ao
treinamento, intensidade e duração do programa de treino.
Segundo McArdle (2003), o processo hipertrófico está intrinsecamente relacionado à síntese de
componentes celulares, particularmente os filamentos protéicos que constituem os elementos
contráteis, ocorrendo também aumento do volume celular e quantidade de metabólitos, ou seja,
estes fenômenos ocorrem dentro de uma única célula.
Já a hiperplasia ocorreria a partir das células satélites (células que permanecem encostadas às
fibras musculares), estas se dividiriam e se diferenciariam em células musculares dando origem
a novas fibras.
Finalmente os mecanismos de treino que proporcionam ambos os processos são similares, ou
seja, o treinamento resistido (musculação) com sobrecarga suficiente para gerar um impulso
nervoso específico e dano muscular (microlesões) pode ocasionar tanto hipertrofia quanto
hiperplasia ou ambos.
Antes de ir ao âmago da questão gostaríamos de esclarecer primeiro um ponto que, as vezes,
da margem a confusão. Em nosso organismo existem cerca de 656 músculos considerando-se
que muitos deles vêm em pares. Quando treinamos, a nossa massa muscular aumenta e não o
número de músculos. Já o músculo é composto por fibras musculares, sendo que cada
músculo contem milhares de fibras. O músculo tibial anterior é composto por aproximadamente
160.000 fibras!

Ganhos em força e resistência muscular são geralmente acompanhados do aumento em


tamanho de cada fibra muscular. A isto se denomina hipertrofia. Hiperplasia, por sua vez,
refere-se ao aumento em números de fibras musculares por cisão longitudinal de uma fibra em
duas. Ocorre que existem ainda, algumas divergências científicas quanto as duas teorias.
Apesar de a hipertrofia ocorrer com certeza, alguns cientistas são ceticos quanto a hiperplasia.
Existem diversas evidencias cientificas da ocorrência da hiperplasia em animais submetidos a
esforços específicos; porem, estudos similares em seres humanos não são considerados
conclusivos para alguns. Verifique que é muito mais fácil submeter uma galinha a um esforço
sistêmico depois mata-la e contar suas fibras musculares à luz do microscópio do que
convencer a realizar um treinamento similar e depois se submeter a uma biópsia localizada. A
ciência, ainda, encontra algumas barreiras.

De qualquer forma, será que o físico superdesenvolvido de um culturista profissional é


puramente o resultado de hipertrofia ou será também devido a cisão de fibras? Creio não haver
nada místico quanto a ocorrência de hiperplasia, bem como de hipertrofia, de forma que nós,
menos ceticos, preferimos apoiar as duas teorias, apesar de suportar também a idéia de que os
indivíduos mais propícios a hiperplasia são aqueles submetidos a treinamento mais árduo.

Créditos:
Livro: Anabolismo Total
Autor: Waldemar Marques Guimarães Neto
Comentários: EXCELENTE livro, extremamente recomendado.

Hipertrofia : A hipertrofia é o aumento do tamanho da fibra muscular ou crescimento de uma


célula ou órgão ou tecido. Neste caso não há o aumento no número de células. Há o aumento
na secção transversa do músculo, ou seja, aumento no tamanho e no número de filamentos de
actina e miosina e adição de sarcômeros dentro das fibras musculares já existentes.

Hiperplasia : A hiperplasia é o crescimento por aumento do número de células no músculo.


Esse aumento do número de fibras musculares é chamado de hiperplasia fibrilar. Quando
ocorre, seu mecanismo é a divisão linear de fibras previamente aumentadas.

Hipertrofia x Hiperplasia

A hiperplasia parece ocorrer apenas sob circunstâncias especiais, uma vez que existem vários
estudos demonstrando o aumento da massa muscular sem um concomitante aumento no
número de fibras musculares. O treinamento de força desenvolvido por atletas de elite de fisicul
turismo parece ser uma das condições para a ocorrência da hiperplasia. Sabe-se que os
protocolos de treinamento destes indivíduos se constituem de volumes e intensidades muito
alto, e que estes atingem um nível de hipertrofia muscular surpreendente. Ao que parece, há
um limite para hipertrofia da fibra muscular esquelética e que, a partir deste limite, estas se
dividiriam em duas fibras de menor tamanho para continuar crescendo. Outro importante fator a
se considerar é o uso de esteróides anabólicos androgênicos por estes atletas, uma vez que
estas drogas podem aumentar a proliferação de células satélites, exercendo um papel
fundamental no processo hiperplásico da fibra muscular. Enfim, ocorrendo ou não a hiperplasia,
o individuo que deseja maximizar seus ganhos em massa muscular deve participar de um
programa de treinamento inteligentemente elaborado, respeitando todas as variáveis
intervenientes deste programa.

Importante resaltar:

Hiperplasia pode explicar por exemplo a força dos levantadores Olímpicos cujo treinamento é
baseado em arranques e muito pesados. O tempo de tensão muscular, sendo tão curto, não é
capaz de estimular a hipertrofia. De fato. O volume muscular desses atletas não é tão grande
como dos fisioculturistas, mas a força... Provavelmente a eficiência neuromuscular é muito
superior, mas esse dado, sozinho pode explicar tanta força? Se a hiperplasia ocorre
aumentando a número de fibras por unidades motoras, essa seria uma hipótese aceitável para
a produção de força explosiva. É uma teoria que também justifica a força nos músculos
deltóides dos nadadores de elite de provas curtas sustentada por Tamaki 1999. Esses atletas
não têm músculos tão volumosos mas estão ficando cada vez mais rápidos. Somente um
treinamento exaustivo levando os músculos à fadiga severa seria capaz de estimular a
hiperplasia como resposta de defesa do corpo.

Do ponto de vista estrutural, as fibras hipertrofiadas, disponibilizam mais pontes cruzadas para
a produção de força em uma contração máxima, aumentando assim, a capacidade de gerar
força quando comparadas a fibras normais. Além disso, embora a hiperplasia humana não seja
um fenômeno constatado, parece não ser uma adaptação improvável em humanos, pois
existem alguns estudos que fornecem dados sugerindo a ocorrência do aumento no número de
fibras musculares em seres humanos, o que também colaboraria com o aumento da produção
de força (ANTONIO & GONYEA, 1993).

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