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Universidade de Winscousin-Madison, Madison, WI 53706

O debate sobre se o lantânio e o actínio ou lutécio (e, mais recentemente, o laurêncio)


devem ser posicionados no grupo IIIB da tabela periódica, junto com o escândio e o
ítrio (ou, em termos eletrônicos, equivalente ao par que deve ser considerado
primeiramente como membro do bloco V para os períodos 6 e 7) tem um histórico
extenso, embora pouco publicado. Durante bastante tempo se soube que o ítrio, e, em
menor grau, o escândio, estão mais próximos, por suas propriedades químicas, do
lutécio e de outros metais de terras raras do que do lantânio (1,2) e, baseados somente
nisso, inúmeros químicos entre os anos 1920 e 1930, classificaram o lutécio, em lugar
do lantânio, ao grupo IIIB (3). O consenso atual, que antes coloca o lantânio e o actínio
nessa posição, parece ter se desenvolvido durante os anos 1940, junto com o uso das
tabelas periódicas baseadas em configuração eletrônica e o conceito de diferenciação de
elétrons.

O antigo trabalho espectroscópico sobre os metais de terras raras pareciam indicar


que os estados que apresentam a energia mais baixa tinham, com poucas exceções, uma
configuração eletrônica da fórmula [Gás Nobre] (n-2)fx-1(n-1)d1 ns2. Na realidade, se
pensava que isso se conformava à configuração eletrônica ³ideal´ para os elementos do
bloco em geral (2). Portanto, o itérbio foi classificado como o estado que apresenta a
energia mais baixa [Xe]4 135V1 62, resultando em um elétron de diferenciação 4 para o
lutécio e estabelecendo-o fortemente no grupo IIIB como o último membro do bloco f
para o período 6. O bário, por outro lado, tinha a configuração [Xe]6s² e o lantânio um
elétron de diferenciação 5V e estabelecendo-o no grupo IIIB como o primeiro membro
do bloco V para o período 6. Esta classificação para o lantânio parecia ser justificada
pela analogia entre sua configuração e as configurações dos outros membros do grupo
IIIB: Sc = [Ar]3V¹4s² e Y = [Kr]4V¹5s².

Um trabalho espectroscópico mais recente, entretanto, revisou as configurações


eletrônicas mais antigas (4). Apenas três das terras raras no período 6 (La, Gd e Lu)
estão agora sabidamente em estados que apresentam a energia mais baixa [Xe]4 x-
1
5V162, todo o resto com a configuração [Xe]4fx6s2. No período 7, apenas seis dos
actinídeos (Ac, Pa, U, Np, Cm e Lr) têm a antiga configuração. O tório tem a
configuração [Rn]6V2 72 e os oito remanescentes, a configuração [Rn]5 x7². Isso sugere
fortemente [Gás Nobre](n-2) x-1(n-1)d¹ns² como a configuração ideal do estado que
apresenta a energia mais baixa para os elementos do bloco  em geral. O itérbio e o
nobélio agora têm a configuração [Gás Nobre](n-2) 14 2 e o lutécio e o laurêncio, a
configuração [Gás Nobre](n-2) 14(n-1)V1 2, resultando em um elétron de diferenciação
do bloco d em lugar do bloco f tanto para o lutécio quanto para o laurêncio e fazendo
com que sejam candidatos igualmente válidos para os primeiros membros do bloco d
nos períodos 6 e 7. Por outro lado, a configuração [Rn]6V²7² do tório, o qual ninguém
duvida ser um elemento do bloco com uma configuração irregular, sustenta fortemente
que os primeiros membros do bloco (em vez de Ce e Th), itérbio e nobélio devem ser
considerados os últimos membros do bloco (em vez de Lu e Lr), e lutécio e laurêncio
(em vez de La e Ac) devem ser considerados os primeiros membros do bloco d nos
períodos 6 e 7 e classificados como pertencentes ao grupo IIIB junto com o escândio e o
ítrio.

O argumento de que as configurações eletrônicas totais (por exemplo, valência


adicional de núcleo) de lantânio e actínio estão mais próximas às do escândio e do ítrio
do que as configurações de lutécio e laurêncio (devido às suas subconchas preenchidas
(n-2) 14 é enganoso. Deve-se considerar as analogias do intraperíodo bem como do
intragrupo. Portanto, todos os nove elementos restantes do bloco V do período 6 (Hf-Hg)
têm o núcleo completo [Xe]4 14 como o lutécio e não apenas o núcleo [Xe] do lantânio.

Do mesmo modo, ao passar as colunas do bloco d do Ti ao Zn, é possível encontrar a


adição da  (subconcha) 4 14 ao passar do período 5 ao período 6. Em suma, caso
se deseje usar analogias baseadas em tendências nas configurações dos núcleos, dezoito
dessas analogias favorecem a classificação do lutécio e do laurêncio ao Grupo IIIB e
apenas se favorece a classificação do lantânio e do actínio.

Argumentos dessa natureza foram apresentados por Luder a favor da reclassificação


do lutécio e do laurêncio há mais de uma década mas parecem ter ficado despercebidos
(5,6). Da mesma forma, o químico russo Christyakov, usando as tendências periódicas
em potenciais de ionização e raios atômicos, chegou à mesma conclusão (7,8). Também
é possível adicionar a essa lista tendências em raios iônicos, potenciais redox, e
eletronegativos, bem como o comportamento químico do escândio e do ítrio
mencionados anteriormente. A prova mais convincente, entretanto, foi apresentada
pelos físicos (9-13). Isso inclui comparações de tendências nos pontos de fusão dos
elementos (11,12), suas estruturas de cristal em temperatura ambiente (11), as estruturas
de seus espectros de estados excitados (11), suas supercondutividades (10,11), e as
estruturas de suas bandas de condutividade conforme revelado por isocromáticos de
raio-X (13). Qualquer dessas propriedades favorece a colocação do lutécio e do
laurêncio, em vez do lantânio e do actínio, no grupo IIIB. Alguns dados de exemplo
estão resumidos nas Tabelas 1 e 2.

De fato, as provas para essa classificação são tão impressionantes que Mazurs a
adotou na edição de 1974 de sua monografia clássica sobre a tabela periódica (14).
Entretanto, um exame rápido de mais de quinze textos de recém-formados químicos e
quatro textos inorgânicos populares publicados desde 1975 revelaram que nenhum deles
revisou as tabelas periódicas (15). Na realidade, ao falar com seus colegas químicos, o
autor descobriu que nenhum deles estava ciente da prova a favor da reclassificação do
lutécio e do laurêncio ou, mesmo, de que já tivesse havido qualquer questão a respeito
de suas colocações (uma categoria na qual o autor deve se incluir até recentemente).
Como os químicos, presume-se que a tabela periódica seja nossa província especial;
certamente já passou do tempo de prestarmos atenção ao que os físicos nos contam
sobre seu arranjo. Uma versão revisada da forma do bloco de comprimento médio
atualmente popular da tabela é mostrada acima.

 

 


(1) Nos métodos químicos clássicos de separação de terras raras, o Sc, o Y e o Lu ocorrem juntos no
que chamamos de grupo ítrio, enquanto o La e o Ac ocorrem juntos no que é chamado de grupo
cério. Ver, por exemplo, Levi, S. I., ³@

´, Longmans, Green and Co., Londres,
1915, Capítulo IX.
(2) Moeller, T. em ³@

´, Spedding, F. H., e Daane, A. H., (Editores), Wiley, Nova
Iorque, 1961, Capítulo 2.
(3) Ver, por exemplo, Shemyakin, F. M., Zh. Obshch. Khim., 2,62 (1932) e Bury, C. R., J. Amer.
Chem. Soc., [ , 1602 (1921). Mais exemplos podem ser encontrados na referência (14).
(4) Consulta de vários livros de estudo inorgânicos revelaram inúmeras discrepâncias com relação
ao Ce e ao Bk. O cálculo dado aqui é baseado em Mazurs (14). Sua contagem para os actídeos é
a mesma dada em Seaborg, G. T., Ann. Rev. Nucl. Sci., 18, 53 (1968). Seu cálculo para os
lantanídeos, entretanto, difere com relação ao Ce daquele contido em Moore, I. C., ³ï 

  

V ï
    V   
    

´, NSRDS-NBS
34, National Bureau of Standards (Gabinete Nacional Norte-Americano de Normas),
Washington, DC, 1970.
(5) Luder, W. F., ³@   @   
V´, Reinhold, Nova Iorque,
1967, Capítulo 2.
(6) Luder, W. F., Can. Chem. Educ., 5(3), 13 (1970).
(7) Christyakov, V. M., Zh. Obshch. Khim., 38(2), 209 (1968); Engl. Ed., 38(2), 213 (1968).
(8) Christyakov, V. M., Vestsi Akad, Navuk Belar us, SSR, Ser. Khim. Navuk, (3), 50 (1968); Chem.
Abst., ¢ , 61016b (1970).
(9) Landau, L. D., e Lifshitz, E. M., ³±
  
´, Pergamon, Londres, è  , página 245,
nota de rodapé.
(10)Hamilton, D. C., e Jensen, M. A., Phys. Rev. Letters, èè, 205 (1963).
(11)Hamilton, D. C., Amer. J. Phys., , 637 (1965).
(12)Matthias, B. T., Zacharisen, W. H., Webb, G. W., e Engelhardt, J. J., Phys. Rev. Letters, è, 781
(1967).
(13)Merz, H., e Ulmer, K., Phys. Letters, ÿ c, 6 (1967).
(14)Mazurs, E. G., ³‰
  
    V  !V V "
´,
Univ. Alabama Press, University, Alabama, 1974.
(15)Uma exceção à essa lista é o texto inorgânico de Lagowski, o qual, entretanto, foi publicado
antes de 1975. Ele usa o formato extenso da tabela periódica proposto por Werner e coloca tanto
o Lu como o Lr no grupo IIIB. Ver Lagowski, J. J., ³ V  ï 
  ´, Dekker,
Nova Iorque, 1973, página 38 e páginas 602-605.
(16)Ball, M. C., e Norburg, A. H., ³ 
 

   ï 
  ´, Longman, Londres,
1974.
(17)Wells, A. F., ³  
ï 
 ´, 4ª edição, Clarendon Press, Oxford, 1975.



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  !"
 
  


 


 V 

Raios Atômicosª (A)

Sc (1,570) [NT: Este e todos os outros números entre parênteses constantes na


tabela, ao ser traduzidos, substituem o ponto final por uma vírgula.].

Soma dos primeiros dois potenciais de ionizaçãoª (eV)

Ponto de fusãob (ºK)

Escala da eletronegatividadeb (Alfred-Rochow)

ª da referência (7). b dados da referência (16).

SÉRIE DOS LANTANÍDEOS


SÉRIE DOS ACTINÍDEOS



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   %   & !  

'
 


Propriedade Sc Y Lu La
Estado de oxidação comum 3+ 3+ 3+ 3+
mais alto
Precipitação de sulfato em Grupo Y Grupo Y Grupo Y Grupo Ce
cristalização fracional;
Estrutura do metal em hcp hcp hcp hcp
temperatura ambiente  especial
duplo
Estrutura do óxido (M 2O3)# 3’[AB6/4]C 3’[AB6/4]C 3’[AB6/4]C estrutura
hex.
especial
CN-7 A-
M2O3
Estrutura do cloreto (MX3)# 2’[AB6/2]m 2’[AB6/2]m 2’[AB6/2]m 3’[AB9/3¶ ]h
Presença de orbitais não- Não Não Não Sim
hidrogênicos de baixa alturac
Estrutura do tipo de bloco d Sim Sim Sim Não
para condução de bandaV
Supercondutividade# Não Não Não Sim (4,9ºK)
 ; Ref. (1)

Ref. (17)

Ref. (11)
V
Ref. (13)

Ref. (10)


f Fórmulas de coordenação Machatschki-Niggi

[Tradução realizada das tabelas em separado e das páginas 633 a 635 do $ 
 
 V
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