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UNIABEU

Resenha:
“Combate à intolerância ou defesa da liberdade religiosa: paradigmas em
conflitos na construção de uma política pública de enfrentamento ao crime de
discriminação étnico-racial-religiosa”

NILÓPOLIS
2011
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O texto “Combate à intolerância ou defesa da liberdade religiosa: paradigmas em


conflitos na construção de uma política pública de enfrentamento ao crime de
discriminação étnico-racial-religiosa”, vis analisar o odo como as agressões e
discriminação sofridas por praticantes de religiões de matriz afro-brasileiras são
conduzidas e encaminhada à polícia. Surge então em Março de 2008 com a união
de representantes de religiões de matriz afro-brasileira a comissão de combate à
intolerância religiosa, no Rio de Janeiro, com o objetivo de combater o preconceito
religioso, garantido pela Constituição no tocante à Liberdade de Credo (Art. 5°, VI,
CF). Pressionando as autoridades a tomar medidas em relação aos ataques
sofridos. Foi organizada uma comissão para audiência pública na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro. Porém não foram recebidos por nenhum parlamentar,
ignorando os organizadores. Diante de tal descaso por parte da autoridade
Legislativa do Estado, pensa-se um caminhada pacifica na orla de Copacabana,
para reivindicar a “liberdade religiosa” e “combate a intolerância”. Segundo os
organizadores do evento narram que a data da caminhada foi escolhida por uma
consulta a Ifá, um oráculo do candomblé através do qual os Orixás se manifestam,
sendo esta realizada no dia 20 de Setembro de 2008 a I Caminhada. Procura ser
uma voz na multidão das religiões de matriz afro-brasileiras, que são seguidamente
atacados nos centros espiritas e terreiros, e entre muitos o caso marcante foi o
apresentando pela Rede Globo, quatro jovens da Igreja Geração de Jesus Cristo
invadiram e depredaram o Centro Espírita Cruz de Oxalá, quando estava sendo
realizado um ato religioso no momento, e logo após os quatros jovens foram
liberados, e em sites a Igreja pregava a intolerância aos espíritas. A comissão
através de seu interlocutor Ivanir dos Santos propõe uma discussão mais ampla com
todos os setores da sociedade, para proporcionar a discussão de propostas de
“políticas públicas do Estado”, sendo redigida uma carta de Princípios do Fórum de
Diálogo inter-religioso voltada para a garantia, “da liberdade religiosa” dos vários
segmentos. A comissão acusa alguns segmentos das Igrejas Neopentecostais em
especial, Igreja Universal do Reino de Deus, de atentar contra a liberdade religiosa a
ameaçar a democracia e de esta “enterrando” a possibilidade das comunidades de
terreiros, em comunidades carentes, de garantir o mínimo de dignidade em sua
prática religiosa que a Constituição Federal lhes faculta. Segunda a comissão o
objetivo não é criar uma “guerra santa”, mas garantir a possibilidade de optar por
uma crença e não ser desrespeitado ou perseguido por isso (Art. 208, CP). A
diferença entre as religiões seriam a forma como cada uma professa sua fé com
esse criador. Dessa forma, não haverá motivos para a “intolerância religiosa”. A
comissão percebe que deve existir uma integração do Poder Público, e no caso
especifico para se fazer valer o respeito ao cidadão, a intervenção da policia Civil,
sendo designado (na época) o delegado Henrique Pessoa, que passou as reuniões
e percebeu a ineficácia e descredito da Policia Civil, para mudar essa imagem
procurou capacitar seus policiais e fazer com que percebam que o crime religioso
não deve ser tratado com descaso, e apesar de se ter legislação Federal para
aplicação da LEI Nº 7.716 - DE 05 DE JANEIRO DE 1989 – DOU DE 06/01/1989, os

“Combate à intolerância ou defesa da liberdade religiosa: paradigmas em conflitos na construção de uma política pública de
enfrentamento ao crime de discriminação étnico-racial-religiosa”
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policiais estaduais desconheciam, e percebeu que num levantamento preliminar


havia ocorrência zero de “intolerância Religiosa”, sendo tipificada como ameaça,
dano material ou injúria. Até mesmo as Delegacias Legais que traziam um sistema
informatizado não continha tipificado na seleção dos crimes, não havia referência
alguma a discriminação religiosa. Diante deste fato o Delegado Henrique Pessôa
solicitou a inclusão no sistema digital das delegacias do item “discriminação
religiosa” e realizou um workshop para cento e setenta policias civis com objetivo de
falar sobre a discriminação religiosa e sobre a Lei Caó. Apesar da crise com a
mudança do novo chefe da policial civil que negava a parceira junto a comissão,
porém este problema foi logo resolvido e finalmente a policia civil assume uma
postura de representante na comissão pelo delegado Henrique Pessôa como seu
representante, este por sua vez capacita os policias e os treina para combater a
“intolerância religiosa”, e serve como uma ponte entre a comissão e o poder público.
O que se percebe em relação a intolerância religiosa que determinadas religiões por
contarem com todo uma infraestrutura, utilizam espaço público como televisão e
rádio, para algumas contribuírem para a intolerância e espalharem o ódio e o medo
para a religião de matriz afro-brasileiras, um verdadeiro estado fascista, impondo
aos outros que essa ou aquela verdadeira. O Rio de Janeiro tornou-se referência a
implantar essa parceria entre comissão e poder público, visando uma capacitação
das pessoas responsáveis em se garantir a convivência pacifica de cada cidadão,
aplicando a Lei Federal Caó, que normatiza essas atitudes racistas e
discriminatórias. Porém se não houver uma mudança de mentalidade quanto a
multiculturalidade entre os cidadãos, de uma forma pacifica e de reconhecimento de
direitos e deveres de toda a sociedade, apenas teremos uma tolerância, ou seja, um
estado superficial de aceitação, pode ser um primeiro passo, mas a mudança tem
que vim logo de uma maneira debatida e reconhecida que é possível vivermos
juntos com nossas crenças, sem a agressão mútua ao outro.

“Combate à intolerância ou defesa da liberdade religiosa: paradigmas em conflitos na construção de uma política pública de
enfrentamento ao crime de discriminação étnico-racial-religiosa”

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