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Teníase/Cisticercose

ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS


Descrição
O complexo Teníase/Cisticercose é constituído por duas entidades mórbidas distintas, causadas pela
mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A Teníase é provocada pela presença da
forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem. A Cisticercose é causada
pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática. A Teníase é uma parasitose
intestinal que pode causar dores abdominais, nauseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou
constipação. Quando o parasita permanece na luz intestinal, o parasitismo pode ser considerado benigno e só,
excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por penetração em apêndice, colédoco ou ducto pancreático,
devido ao crescimento exagerado do parasita. A infestação pode ser percebida pela eliminação espontânea de
proglotes do verme, nas fezes. Em alguns casos, podem causar retardo no crescimento e desenvolvimento das
crianças, e baixa produtividade no adulto. As manifestações clínicas da Cisticercose dependem da localização,
do tipo morfológico, do numero de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos
e da resposta imunológica do hospedeiro. As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e
apresentam sintomas neuropsiquiátricos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e
oftálmicos.

Sinonímia
• Teníase - Solitária.
• Cisticercose - Lombriga na cabeça.

Agente Etiológico
A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses dois
cestódios causam doença intestinal (Teníase) e os ovos da T. solium desenvolvem infecções somáticas
(Cisticercose).

Reservatório
O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. solium e da T. saginata. O suíno
doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium, e o bovino é o hospedeiro intermediário da T.
saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis, respectivamente) nos seus
tecidos.

Modo de Transmissão
A Teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contem as larvas.
Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a Cisticercose. A Cisticercose humana
por ingestão de ovos de T. saginata não ocorre ou é extremamente rara.

Período de Incubação
• Cisticercose humana - Varia de 15 dias a anos apos a infecção.
• Teníase - Cerca de 3 meses apos a ingesta da larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino
delgado humano.

Período de Transmissibilidade
Os ovos das tênias permanecem viáveis por vários meses no meio ambiente, contaminado pelas fezes
de humanos portadores de Teníase.

Complicações
• Teníase - Obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático.
• Cisticercose - Deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outras.

Tratamento
Teníase - Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; Niclosamida ou Clorossalicilamida: adulto
e criança com 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividida em 2 tomadas; Praziquantel, VO,
dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal; Albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias.
Neurocisticercose - Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado a
Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, consequente a morte dos cisticercos. Pode-se, também,
usar Albendazol, 15mg/dia, durante 30 dias, dividida em 3 tomadas diárias, associado a 100mg de
Metilprednisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantem 20mg/dia, durante 30 dias. O uso
de anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 62% dos pacientes desenvolvem epilepsia secundária
ao parasitismo do SNC.

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