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Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia


Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo

Sumário

Água 03

• Composição 03
• Impurezas da água 04

Conseqüências das impurezas da água 06

• Corrosão 06
• Incrustação 07
• Arraste 08

Indicadores analíticos de permissão de utilização 10

• Grau de acidez 10
• Alcalinidade 11
• Condutividade 11
• Solubilidade 11
• Dureza 12
• Ciclos de concentração 13

Tratamento da água 14

• Métodos de tratamento externo 15


• Métodos de tratamento interno 23

Água para alimentação de caldeiras elétricas 27

• Água para caldeiras do tipo eletrodo submerso 27


• Água para caldeiras do tipo jato de água 28
• Alimentação de produtos químicos 28
• Dosadores 28
• Controles físicos da água 29

Formação de Operadores de Caldeiras 1


Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
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Prevenção de acidentes 31

Riscos na casa de caldeiras 37

Poluição ambiental causada por caldeiras 39

• Efeitos da poluição provocada por caldeiras 39


• Medidas de proteção 40

Medidas para a prevenção de explosões em caldeiras 42

Riscos durante a manutenção de caldeiras 45

As 7 formas de energia 46

Legislação e normalização – NR 13 48

Conclusão 83

Referências bibliográficas 84

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Água
Para que as caldeiras tenham um bom desempenho e longa vida útil, é necessário
ser observado com muita atenção a qualidade da água destinada à sua
alimentação. De maneira geral, a água contem impurezas como compostos
minerais em suspensão e dissolvidos, materiais orgânicos e gases.

Assim sendo, uma água de ótima qualidade para uso humano ou doméstico,
necessariamente não quer dizer que seja adequada para o uso em sistemas de
geração de vapor. Neste fascículo apresentaremos informações sobre estas
impurezas, quais as conseqüências da sua presença e como deve ser o
tratamento para que se obtenha a qualidade adequada da água de alimentação
para sistemas de geração de vapor.

Composição da água

Quimicamente, a água é uma substância composta formada por dois átomos de


hidrogênio e meio átomo de oxigênio. (H2O) É um excelente solvente de
substâncias inorgânicas e orgânicas, e também excelente como meio de
transferência de calor nos processos de aquecimento ou resfriamento. É ainda
um ótimo meio de conduzir nos processos industriais, os resíduos, os reagentes,
os catalisadores e também como parte ativa de reações.

Na natureza é encontrada abundantemente nos três estados físicos:

• No estado sólido sob a forma de gelo (geleiras glaciais)


• No estado liquido (mares,lagos e rios)
• No estado gasoso (nuvens e umidade do ar)

Em seu estado líquido a água pode ser encontrada sob duas condições:

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• Águas de superfície (mares, lagos e rios)


• Águas subterrâneas (lençóis freáticos)

As águas de superfície são instáveis, apresentam altos teores de sólidos totais


dissolvidos (STD) e sólidos em suspensão (SS), alem de elevados teores de
matéria orgânica, e temperatura variável.

As águas subterrâneas são estáveis, apresentam menores teores de sólidos em


suspensão e material orgânico e possuem temperatura estável.

Impurezas da água

Como todo elemento da natureza a água apresenta uma série de impurezas das
quais podem ser citadas:

• Gases dissolvidos
• Sólidos em suspensão
• Sólidos dissolvidos

Uma infinidade de impurezas pode estar contida na água dependendo da origem


de sua captação. Estas impurezas, se não forem removidas antes do uso da água
nos geradores de vapor, afetam seriamente a qualidade do vapor e a
performance destes equipamentos. As principais impurezas são os sulfatos, os
cloretos, os silicatos, os carbonatos, a sílica, o ferro, o gás carbônico, o oxigênio
dissolvido, a amônia, e o gás sulfídrico entre outros.

Os sulfatos apresentam concentração na faixa de 0,5 a 200 ppm. O grande


inconveniente para os geradores de vapor, principalmente para as caldeiras
aquatubulares, é a precipitação de sulfatos insolúveis, cuja solubilidade diminui
inversamente proporcional ao aumento de temperatura. Isto quer dizer que quanto
mais alta a pressão de vapor do sistema, maior a solubilidade deste tipo de
sulfato.

A sílica está presente normalmente como ácido silícico ou na forma de silicatos


solúveis, em concentrações que variam de 0,1 a 100 ppm. Nos geradores isto
pode causar incrustações bastante duras, de remoção bastante difícil. A
solubilidade da sílica presente na água de caldeira, a exemplo do que ocorre com

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os sulfatos, é mais alta com o aumento de pressão do sistema. (maior pressão,


maior temperatura). A presença de sílica no vapor gerado, acarreta em depósitos
nos superaquecedores e nas palhetas de turbinas, causando sérios danos a estes
equipamentos.

Os cloretos, quase sempre presentes como cloreto de sódio, cloreto de magnésio


e cloreto de cálcio, em concentrações bastante variáveis (10 a 250 ppm). A
presença deste tipo de impureza na água de alimentação, aumenta a
corrosividade do meio de acordo com a concentração. Até certos tios de aço
inoxidável é afetado por cloreto.

O ferro normalmente presente como bicarbonato de ferro, em concentrações que


podem atingir até 100 ppm, embora seja isto muito raro. A presença de ferro em
concentrações acima do especificado para o sistema, ocasiona a formação de
óxidos e depósitos em caldeiras e linhas de distribuição de vapor. A
particularidade corrosiva deste tipo de depósito é a sua alta porosidade, o que
permite a presença de agentes corrosivos sob estes depósitos, provocando uma
corrosão muito mais agressiva e rápida, pelo efeito galvânico.

A presença do manganês apresenta os mesmos inconvenientes do ferro.

O gás carbônico encontra-se dissolvido na água bruta superficial em teores que


variam de 2 a 15 ppm. O surgimento deste gás pode ter origem também na
decomposição de bicarbonatos, ao longo do sistema de distribuição de vapor.

A presença do gás carbônico no retorno de condensado, propicia a formação de


ácido carbônico, substância altamente corrosiva para ligas de cobre e ferro.
A agressividade do ácido carbônico, principalmente nos coletores e tanques do
sistema de retorno de condensado se dá ao seu caráter anfótero, isto é: pode
estar presente nos meios ácidos e também em meios alcalinos.

A amônia apresenta-se algumas vezes dissolvida na água bruta em


concentrações que podem atingir até 20 ppm, muitas vezes combinada na forma
de compostos orgânicos. A presença de amônia em equipamentos que trabalhem
com temperatura alta e que sejam constituídos com algum tipo de liga contendo
cobre, provoca corrosão significante ao sistema.

O gás sulfídrico está presente na água por absorção da poluição atmosférica


causada pelos vários sistemas de produção ou por decomposição de sulfito de

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sódio, usado no próprio tratamento da água. Sua presença corrói


generalizadamente as superfícies metálicas.

O oxigênio dissolvido, esta presente em teores máximos de 10 ppm, e sua


presença na água é altamente agressiva, provocando corrosão profunda
localizada ou generalizada mesmo sendo em temperatura ambiente. Tratando-se
de água de alimentação de caldeira a remoção do oxigênio é extremamente
necessária. No processo corrosivo o oxigênio atua como despolarizador catódico,
mantendo “viva” e atuante a corrosão, por efeito inclusive da diferença de
concentração do próprio oxigênio no sistema ou sob o material de depósito
(aeração diferencial), provocando um efeito galvânico.

Dependendo das condições de pressão do sistema, o oxigênio deve ser removido


por completo, seja por ação química (adição de hidrazina ou sulfito de sódio) ou
mecanicamente através de desaeradores.

Conseqüências das impurezas da água

A água divide em proporções iguais com o combustível a importância que têm em


um sistema de geração de vapor. Sendo um dos principais insumos para o
funcionamento da caldeira, é imprescindível que seja de boa qualidade e para isto,
precisa ser tratada adequadamente.

Como exemplo, os sólidos em suspensão, se fora do parâmetro determinado para


a caldeira, causa formação de depósitos, com conseqüente corrosão, fadiga
térmica, ação erosiva no tratamento fílmico dos agentes protetores, etc.

Se a concentração de sólidos dissolvidos na água exceder o coeficiente de


solubilidade do próprio sólido, isto é, atingir seu teor de saturação, o sistema fica
vulnerável a deposição destes sólidos, nas paredes de equipamentos, curvas, etc.

Quando o tratamento é deficiente esses fatos trazem conseqüências danosas


como a corrosão, a incrustação e o arraste.

Corrosão
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Por definição, corrosão é a deterioração de um material, decorrente de ação


química ou eletroquímica de agentes contaminantes presentes na água. No caso
de caldeiras é sempre mais sério por se tratar de equipamento constituído de
materiais metálicos, operando sob pressões e temperaturas elevadas.

A corrosão tem várias causas e pode ser acelerada como resultado do ambiente
onde a água é captada, associada a esforços de natureza mecânica ou térmica,
ações químicas, eletroquímicas, bimetálica ou galvânica, por aeração e
concentração diferencial.

As substancias corrosivas mais comuns nos sistemas de geração de vapor são:


oxigênio, gases dissolvidos, sais e ácidos. O grau de corrosão que esses agentes
provocam depende de fatores como:

• pH
• tipo de metal
• condição da superfície metálica
• grau de deposição
• temperatura
• concentração de oxigênio
• teor de sólidos em suspensão
• teor de gases sólidos dissolvidos
• contaminantes de processo no retorno de condensado
• monitoração de todos os parâmetros

O efeito da corrosão é o desgaste progressivo causado pelo agente, que reduz a


espessura de parede de tubos e equipamentos. É importante notar que a corrosão
não fica restrita à caldeira; ocorre em todo o sistema de vapor e condensado e nos
equipamentos que utilizam estes insumos.

Incrustação

A incrustação é um processo de formações de cristais que se depositam na


superfície interna dos tubos, podendo também se depositar na superfície externa
de válvulas, flanges ou equipamentos que apresentem fugas de vapor. A
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incrustação é resultado da deposição de compostos que antes estavam em


solução com a água, e que não foram removidos pelo tratamento.

Como conseqüência, numa fase ainda inicial de deposição, provocam redução na


taxa de transferência de calor nos locais onde se depositam e em situações mais
criticas, fadiga térmica do material com possível rompimento.

As substancias mais comuns presentes na água e que causam incrustações são


os carbonatos de cálcio, sulfatos de cálcio e de magnésio, sulfato de ferro e de
cobre, silicatos e fosfatos. As incrustações podem ser ainda agravadas se houver
teor elevado de sílica na água, provocando depósitos de remoção quase
impossível. O controle que evita a solidificação dos compostos que formam as
incrustações é a purga de fundo.

Os mais importantes problemas causados pela incrustação e que interferem no


rendimento térmico dos geradores de vapor são:

• redução da capacidade de transferência de calor


• perda de produção devido à deficiência na performance
• parada de equipamento
• aumento do consumo de água e custos de tratamento
• elevação dos custos de manutenção
• redução do poder de proteção dos inibidores de corrosão
• redução da vida útil do equipamento

As incrustações e outros depósitos são controlados através da limitação nos


teores dos compostos que causam este efeito. Isto é conseguido por meio de
tratamento com produtos químicos como:

• agentes quelantes
• polifosfatos
• ésteres fosfáticos
• fosfonatos
• dispersantes

Arraste
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O arraste é a passagem de água através da ação da velocidade provocada por


uma mistura das fases líquida e gasosa formada dentro da caldeira, para o
sistema de distribuição ou para o superaquecedor, carregando também sólidos em
suspensão e material orgânico. Essa mistura contem materiais insolúveis,
prejudiciais ao processo. Este fenômeno pode ocorrer por razões químicas ou
mecânicas.

As razões mecânicas podem ser causadas por danos nos dispositivos de filtragem
de vapor em caldeiras aquatubulares, pelo nível muito elevado, por situações de
excesso de demanda de vapor quando é ultrapassada a capacidade de produção
do sistema.

As razões químicas podem ser pela presença de carbonato de sódio, sulfato de


sódio, cloreto de sódio, matéria orgânica (graxas, óleos), ou sólidos em
suspensão. Altos teores destes compostos provocam a formação de espuma no
sistema, com conseqüente arraste de água para o coletor geral.
A tabela a seguir apresenta um resumo de problemas causados em geradores de
vapor, por ação de um tratamento inadequado da água de alimentação.

Tipo Problemas Causas Conseqüências


prováveis

Inexistência de Perda da
Incrustações devido abrandamento, eficiência de
Depósitos a carbonatos deficiência no troca térmica na
diversos ou sílica controle de área de
em alta qualidade ou falha convecção,

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concentração na dosagem de redução da vida


produtos. útil do
equipamento.

Remoção
deficiente de Paradas longas
oxigênio para
dissolvido. manutenção ou
Furos ou perda de Reutilização de troca de tubos.
Corrosão espessura nos tubos condensado Perda de
e equipamentos. contaminado. produção
Corrosão significativa.
provocada por Risco de perda
longos períodos do
de inatividade equipamento.
operacional de
equipamentos

Valores falsos
nas leituras
Controle feitas por
Queda acentuada deficiente na equipamentos ,
da qualidade do eliminação de tomadas de
Arraste vapor. cloretos. impulso com
Depósito de Alto teor de sais. funcionamento
sedimentos nas Danos no deficiente em
tubulações e purificador de controladores
equipamentos que vapor (chevron) que utilizam o
utilizam o vapor fluxo como
variável de
processo

Indicadores analíticos de condição de utilização

Há vários indicadores que determinam as condições de uso de determinada água


na caldeira. São eles:

• acidez
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• alcalinidade
• condutividade
• solubilidade
• saturação
• supersaturação ou precipitação
• dureza total

Acidez

O grau de acidez é geralmente determinado pela medição do pH da água. O pH é


um indicador das características de dispersão ou deposição da água de caldeira.
A determinação do pH indica a concentração de íons positivos de hidrogênio e
íons negativos de hidroxila, determinando o caráter ácido ou alcalino da água.

Alcalinidade

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Alcalinidade é a capacidade de neutralizar compostos ácidos contidos na água de


caldeira. Esta propriedade só é possível devido à presença de íons de hidroxila
contidos na água de alimentação como carbonatos, bicarbonatos e hidróxidos. A
alcalinidade inadequada provoca incrustação, liberação de CO2 além de formação
de espuma. Este parâmetro pode ser medido como:

• alcalinidade total = carbonatos + bicarbonatos + hidroxilas


• alcalinidade parcial= ½ carbonato + hidroxila
• alcalinidade hidróxida = hidroxilas

Na grande maioria dos métodos de tratamento de água a alcalinidade é acertada


com soda cáustica diluída a 2,5%.

Condutividade

A condutividade é a capacidade que a água tem de conduzir corrente elétrica. A


água pura não é bom condutor de corrente devido a ausência de sais. A maior ou
menor capacidade em conduzir corrente é devida diretamente ao número de
eletrólitos. Quanto mais próximo de zero, mais pura estará a água e com menor
quantidade de impurezas presentes na solução. Nas caldeiras elétricas este
parâmetro é de fundamental importância para a segurança operacional e
desempenho do equipamento.

Solubilidade

Solubilidade é a capacidade que uma determinada substancia tem em se dissolver


em outra. As impurezas presentes na água têm seu grau de solubilidade alterado
dependendo de fatores como:

• pH: o aumento do pH reduz o grau de solubilidade do carbonato de cálcio


(CaCO3) e de outros componentes contribuindo para formação de
incrustações. A redução do pH aumenta a solubilidade da maioria dos
solutos, mas em contrapartida, facilita acentuadamente o processo de

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corrosão. O único composto que não é afetado pela variação de pH é a


sílica.

• Temperatura: em geral o aumento da solubilidade dos sólidos dissolvidos


está diretamente relacionado com aumento de temperatura, porem, com
alguns sais e todos os gases, o efeito é inverso. Assim, por exemplo: Ca,
Mg, Fe, Mn e Si podem formar sais e óxidos que se tornam menos solúveis
a proporção que aumenta a temperatura.

• Pressão: a solubilidade de todos os gases aumenta de acordo com o


aumento de pressão parcial. Os sólidos em solução, por sua vez, não
apresentam alteração de solubilidade com mudanças de pressão.

• Concentração de outros solutos: a presença de matéria orgânica ou de


íons comuns pode alterar a solubilidade de materiais suspensos na água.
Assim, por exemplo, a presença de carbonato de sódio, pode reduzir a
solubilidade do carbonato de cálcio devido ao aumento dea concentração
de íons negativamente carregados.

• Saturação: é o grau máximo de solubilidade ou limite de concentração de


um soluto qualquer, em um solvente qualquer. Por exemplo, a água.

• Supersaturação ou precipitação: é um grau acima do limite de


solubilidade de uma determinada substancia em um solvente.

Os sólidos totais dissolvidos (STD) é a soma de todos os materiais dissolvidos na


água, oriundos de fontes minerais. A faixa normal em reservas naturais varia de
25 a 5000 ppm podendo inclusive atingir valores maiores. O teor de STD é
utilizado no estudo da viabilidade da produção de vapor a partir desta ou daquela
reserva hídrica, ou na viabilidade de instalação de unidades de produção de água
desmineralizada.

Dureza

A dureza é uma característica das águas que contem grandes quantidades de


sais de cálcio e magnésio. Dureza total é a soma das concentrações de cálcio e
magnésio e devida aos bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos.

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Todos estes sais têm a tendência de formar incrustações na área de troca de


calor, provocando entupimento progressivo nos tubos das caldeiras podendo vir a
ser perdido. A correção adequada para a diminuição da dureza na água é o
abrandamento, que pode ser feito através do uso de resinas de troca iônica.

A tabela a seguir mostra a classificação da água através da dureza nela presente.

Dureza total (ppm de CaCO3) Classificação da água

< 15 Muito branda


>15 < 50 Branda
>50 < 100 Moderadamente dura
>100 < 200 Dura
> 200 Muito dura

Ciclos de concentração

Os ciclos de concentração auxiliam no controle da formação de incrustações, no


limite de descartes para efluentes com conseqüente redução dos custos
resultantes do tratamento químico.

O numero de ciclos de concentração é a relação entre a concentração de um


componente presente na fase liquida dentro da caldeira, com este mesmo
componente presente no fluxo de alimentação. Pode-se dizer que ciclo de
concentração é a medida do grau de concentração dos sólidos dissolvidos.

Os parâmetros mais utilizados nos ciclos de concentração são os cloretos, os


sólidos totais dissolvidos e a sílica. Hipoteticamente, um teor de sílica na água de
alimentação no valor de 12 ppm contra um teor de sílica na água de caldeira com
valor de 50 ppm significa que não está havendo uma purga adequada. É
importante serem levadas em conta sempre, as necessidades operacionais de um
aumento de purgas devido ao aumento no consumo de produtos químicos para o
tratamento e de combustível.

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Tratamento
da água
Existem vários fatores que influenciam na escolha de um tratamento de água de
alimentação de geradores de vapor: característica da água, pressão do sistema,
tipo de industria, finalidade do vapor gerado, qualidade requerida do vapor,
produção média de vapor, porcentagem de retorno de condensado na
alimentação, tipo do gerador de vapor, custo do combustível e custos globais.
Após as considerações destes fatores, diversos métodos podem ser empregados,
englobando os dois tipos de tratamento existentes: o externo e o interno.

O fluxograma abaixo mostra um método de tratamento externo.

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Métodos de tratamento externo

o método externo é usado para dar um tratamento inicial à água, antes de entrar
na caldeira, podendo ser realizado de várias maneiras, dependendo das
condições em que se encontra a água industrial.

Se for muito carregada de impurezas e partículas sólidas visíveis, é adotado o


método de clarificação e filtragem posterior da água, usando-se filtros de areia
quando a captação é feita de um rio, ou empregando-se um tanque de
decantação onde é colocada cal para o abrandamento, como é comum no
tratamento da água de abastecimento urbano.

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Um outro processo consiste em usar de equipamentos especiais destinados a


fazer abrandamento ou desmineralizaçao da água promovendo reações com os
vários sais contidos na mesma, transformando-os em compostos não nocivos às
caldeiras.

Estes equipamentos são os abrandadores e as unidades desmineralizadoras,


constituídas de leitos com resinas trocadoras de íons com características positivas
(cátions), negativas (anions), ou ainda mistas.

Outro processo externo muito utilizado é o da desaeração, que tem por finalidade
fazer a remoção dos gases contidos na água, principalmente o oxigênio dissolvido
e o gás carbônico.

O método externo é utilizado só para águas que estejam com a especificação


muito alterada e para sistemas que trabalhem com altas pressões. Exemplos de
métodos externos:

• Clarificação
• Filtração
• Abrandamento
• Desmineralizaçao
• Osmose reversa
• Destilação
• Desaeração

Clarificação

Este método compreende três etapas distintas, cada uma constituindo um


processo diferente que exige certos requisitos para garantir os resultados
esperados. As etapas são:

• Coagulação: este processo consiste na obtenção de um equilíbrio de


cargas elétricas através de dosagem e mistura rápida de um coagulante
com carga iônica contrária à da água a ser tratada. Após o equilíbrio das

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cargas acontece a aglomeração formando flocos sem que haja repulsão


entre elas.

• Floculação: consiste no ajuntamento de vários flocos pequenos mediante


agitação suave, permitindo a formação de partículas maiores com maior
velocidade de decantação. A agitação deve ser feita com bastante critério
para evitar a defloculaçao, que é a desintegração dos flocos formados.

• Decantação: é a etapa final do método de clarificação. À medida que os


flocos aglutinados vão decantando a água clarificada pode ser separada do
sedimento e os flocos decantados removidos como lodo.

Filtração

A maioria dos flocos formados é removida por sedimentação e as partículas mais


leves e menores remanescentes do processo de sedimentação são separadas
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através de filtração. Os filtros em geral são compostos por várias camadas de


pedras e areia e as vezes usa-se ainda uma camada de antracito, que dá um bom
rendimento à filtragem e diminui a freqüência de contra lavagens.

Abrandamento

O abrandamento ou amolecimento da água consiste num processo de troca iônica


para a remoção de sais de cálcio e magnésio nela presentes, em geral na forma
de carbonatos, bicarbonatos, cloretos e sulfatos.

A eliminação dos cátions é necessária porque do contrário, haveria o risco de


formação de sais de cálcio e magnésio, que se incrustam com facilidade no
interior do gerador de vapor, podendo causar vários problemas como: desperdício
de água, consumo de óleo excessivo, perda de capacidade de troca e até ruptura
de tubos.

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O abrandamento é feito em equipamentos denominados abrandadores e há três


processos básicos neste método de eliminação de sais:

• Processo de cal-sodada: é aplicado quando a dureza da água excede em


150 ppm de cálcio como carbonato de cálcio. Usando-se este processo
pode-se reduzir o teor de bicarbonato de cálcio a valores próximos de 30
ppm com o processo de cal a frio, e 15 ppm com o processo a cal quente.

• Processo de fosfato: este processo é usado quando o sistema exige uma


redução para valores residuais de cálcio entre 2 e 4 ppm.

• Processo de troca iônica: consiste na utilização de leitos de resinas


sintéticas de troca iônica, que têm a propriedade de trocar íons de sua
própria estrutura com íons do meio aquoso, no caso do abrandamento, íons
de cálcio, sem que haja no entanto, mudanças em suas características
estruturais.

O estado original das resinas após a saturação, é conseguido através de processo


regenerativo com salmoura. As principais reações que ocorrem no leito de resina
no processo de abrandamento são:

• Troca do íon Ca do bicarbonato de cálcio pelo íon Na da estrutura da resina


formando um novo sal (bicarbonato de sódio), de propriedades não
incrustantes e fácil remoção: Ca (HCO3)2+ (R)-Na2 Ö (R)-Ca + 2NaHCO3

• Troca do íon Mg do cloreto de magnésio pelo íon Na da estrutura da resina,


formando cloreto de sódio: MgCl2 + (R)-Na2 Ö (R)-Mg + 2NaCl

• Troca do íon Mg do bicarbonato de magnésio pelo íon Na formando


bicarbonato de sódio:Mg(HCO3) + (R)-Na2 Ö (R)-Mg + 2NaHCO3

• Troca do íon Ca do sulfato de cálcio pelo íon Na da resina formando sulfato


de sódio: CaSO4 + ( R)-Na2 Ö ( R)-Ca + Na2SO4

• Troca do íon Ca do nitrato de cálcio pelo íon Na da resina formando nitrato


de sódio: Ca(NO3)2 + (R)-Ca Ö (R) + 2NaNO3

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No processo regenerativo as reações que ocorrem são inversas, o que possibilita


o retorno da resina à sua estrutura inicial.

Visualização esquemática da operação e regeneração de um abrandador, onde:

• Válvulas 1 e 4 abertas, válvulas 2, 3, 5, 6, 7 e 8 fechadas em andamento o


processo de abrandamento. (operação normal)

• Válvulas 1, 4, 5, 6, 7 e 8 fechadas, válvulas 2 e 3 abertas, em andamento o


processo de retrolavagem do leito. (regeneração)

• Válvulas 1, 2, 3, 4, 6 e 7 fechadas, válvulas 5 e 8 abertas, em andamento o


processo de esgotamento do leito. (final da regeneração)

• Válvulas 1 e 5 abertas, válvulas 2, 3, 4, 6, 7 e 8 fechadas processo de


lavagem final (pré-operação).

Nota: A lavagem final permanece e somente após o resultado da análise de


determinação de NaCl na água de lavagem final der dentro do especificado o
abrandador estará pronto para outro ciclo de abrandamento.

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Desmineralizaçao

O processo de desmineralizaçao consta da passagem obrigatória da água a ser


tratada por um ou mais leitos de resina catiônicas, aniônicas ou senão, um leito
misto. A resina catiônica opera no ciclo de hidrogênio, (ácido) e a aniônica, no
ciclo hidróxido (alcalino), definindo desta maneira a desmineralizaçao como um
processo de remoção de cátions e anions da água, tornando-a quase pura.

Em algumas unidades desmineralizadoras, é possível ainda existir anexo um


sistema “descarbonatador”, que através da injeção de vapor vivo em contra fluxo
com o efluente do leito aniônico, faz a remoção do gás carbônico e do oxigênio
dissolvidos na corrente.

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Conforme foi visto no item abrandamento, as resinas tem um tempo útil de


operação que atingido, satura o leito aumentando a condutividade do efluente,
indicando a necessidade de regeneração.

A regeneração destas unidades se dá através da passagem de soluções ácidas


(HCl, H2SO4) para os leitos catiônicos, e soluções alcalinas (NaOH, NH4OH) para
os leitos aniônicos feita pelo contato destas soluções com a resina. Nas unidades
mistas as resinas (cátion e ânion) estão contidas em um só recipiente.
Osmose reversa

Este processo consiste na passagem da água através de um sistema de filtros de


carvão e areia para remoção de partículas maiores e a seguir em cilindros
denominados permeadores, onde os sais dissolvidos na água ficam retidos nos
elementos de filtragem, as membranas.

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A osmose reversa é um fenômeno natural, que ocorre quando duas soluções de


concentrações diferentes (água pura e água salobra), são separadas por uma
membrana semipermeável, que permite a passagem do solvente (água), retendo
os solutos (sais)

Haverá naturalmente fluxo de água pura para a água salobra, até que o equilíbrio
osmótico seja atingido. A osmose reversa nada mais é do que a inversão desse
sentido de fluxo, mediante aplicação de uma pressão maior do que a pressão
osmótica natural. A água obtida pelo processo de osmose reversa resulta em uma
água de alta pureza, muito utilizada em laboratórios farmacêuticos para
composição de medicamentos e em hospitais, para hemodiálise.

A vantagem deste processo em relação ao processo de desmineralizaçao é a


instalação em espaços físicos menores, menor consumo de produtos químicos,
menor custo de manutenção e efluentes praticamente sem resíduos.
Destilação

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O processo de purificação da água através da destilação é usado quando se quer


uma água com elevado grau de pureza. Por questões econômicas seu uso é
restrito a laboratórios que utilizam pequenas vazões.

Este processo é bastante usado em navios como parte do suprimento de água


para caldeiras, obtida em equipamentos denominados desalinadores. Estes
equipamentos são constituídos de uma serpentina evaporando água do mar.

Desaeração

Desaeração ou degaseificação é o método de tratamento que objetiva a


eliminação dos gases dissolvidos na água, principalmente o oxigênio e o gás
carbônico. A desaeração tem como base o princípio da solubilidade dos gases nos
líquidos, ser inversamente proporcional ao aumento da temperatura do líquido.

Para garantir a eficiência deste processo, é necessário aumentar a superfície de


contato entre água e vapor em equipamentos denominados desaeradores. Nestes
equipamentos a água entra pulverizada em contra corrente com o vapor que é
injetado “vivo”, isto é, no meio líquido.

Métodos de tratamento interno


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O tratamento químico da água no interior de geradores de vapor é imprescindível


mesmo havendo um tratamento externo, ainda que sofisticado. O tratamento
interno é o complemento que irá deixar a água destinada a gerar vapor nas
condições exigidas. Sendo assim, o tratamento interno age como “ajuste fino” da
qualidade da água. Os métodos de tratamento interno mais utilizados são:

• Precipitação com fosfato ou fosfatizaçao

• Tratamento com quelatos

• Tratamento com aminas fílmicas

• Tratamento com aminas neutralizantes

• Tratamento com sulfito de sódio

• Tratamento com hidrazina

• Tratamento com polímeros

Precipitação com fosfato

A precipitação com fosfato ou fosfatizaçao é o método pelo qual é efetuada a


transformação dos sais formadores de precipitados rígidos em precipitados não
aderentes, ou lamas de fácil remoção através das descargas de fundo. Na
presença de fosfato, os sais de cálcio e magnésio precipitam com facilidade assim
que é iniciado o aquecimento da água.

Em resumo, o controle de fosfato precipitante é feito pela manutenção de um


determinado teor residual de fosfato tri sódico, em meio a uma alcalinidade
previamente acertada, sempre associada a descargas de fundo.

Tratamento com quelatos

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O tratamento com quelatos difere totalmente do tratamento convencional para


prevenção de incrustações nos tubos da caldeira. Este tipo de tratamento visa a
formação de complexos com íons cálcio e magnésio e não precipitar como no
tratamento de fosfatizaçao, formando compostos solúveis, impossíveis de se
incrustarem nas condições de operação. Este método requer um controle rígido
das análises físico-químicas da água, por serem os quelatos extremamente
seletivos ao ferro, possibilitando a formação de compostos ferrosos e férricos pelo
ataque à caldeira. Pelo fato de serem densos, estes complexos são eliminados
através de descargas de fundo.

Tratamento com aminas

As aminas são usadas para a formação de películas protetoras contra o efeito


altamente corrosivo do oxigênio dissolvido em um ambiente de alta temperatura.
As aminas, são substâncias orgânicas nitrogenadas, que pela propriedade de
formarem filmes protetores, são identificadas como aminas fílmicas.

É importante lembrar que estas substâncias atuam sobre o vapor, enquanto que
para a caldeira é aconselhado o uso de sequestrantes de oxigênio.

Em sistemas onde existe retorno de condensado, é comum ocorrer ataque ácido à


tubulação de água, devido à presença de gás carbônico, que forma carbonato de
ferro e ácido carbônico. Como prevenção a este ataque corrosivo do gás
carbônico, são utilizados produtos neutralizadores, conhecidos como aminas
neutralizantes. As mais usadas são a morfolina e a cicloexilamina.

Tratamento com sulfito de sódio

Este método é usado como sequestrante de oxigênio especialmente em condições


de pH e temperatura elevados, reagindo e formando sulfato de sódio. É bastante
utilizado em caldeiras de baixa pressão. O acompanhamento do pH neste caso é
de suma importância; havendo queda de pH é facilitada a formação de acido
sulfúrico a partir da decomposição de sulfitos.

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Tratamento com hidrazina

O tratamento com hidrazina é específico para eliminação de oxigênio na água de


caldeira, como complemento da desaeração. Geralmente é adicionada na sucção
das bombas de alimentação de água da caldeira para melhor homogeneização e
eficácia.

Era costume ser mais utilizada em caldeiras de alta pressão devido ao


inconveniente do uso do sulfito de sódio nestes sistemas, mas hoje, com o
desenvolvimento de catalisadores para a reação da hidrazina com o oxigênio, seu
uso se tornou amplo, abrangendo toda classe de gerador de vapor.

Tratamento com polímeros

O tratamento à base de polímeros foi desenvolvido para tratar águas de caldeiras


de baixa e media pressão. Os polímeros são usados como inibidores de
incrustação e dispersantes, possuem uma atuação diferenciada dos quelatos, pois
não seqüestram os íons cálcio e magnésio presente na água.

A seguir, uma tabela com parâmetros que devem ser analisados no tratamento de
água de geradores de vapor.

Até 13,1 a 20,1 a 30 a


Parâmetros Método Unidade 13kg/cm² 20kg/cm² 30kg/cm² 40kg/cm²

pH * * 10,5 a 11,5 10,5 11,5 10,5 a 11,0 1º,5 a 11,0


dureza ppm * * * *
Alcalinidade
como CaCO3 fnolftaleina ppm * * * *
Alcalinidade
como CaCO3 metilorange ppm < 700 < 700 < 600 < 500
Alcalinidade ppm 150 a 200 150 a 200 100a150 80 a 120
hidróxida
Cloretos como ppm <500 <400 <300 <150
Cl ¯
Fosfatos ppm 30 a 50 30 a 50 20 a 40 20 a 40

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como PO4
Sílica como ppm < 180 < 120 < 80 < 40
SiO2
Sólidos em ppm < 300 < 200 < 150 < 80
suspensao
Sólidos
dissolvidos ppm < 2800 < 2500 < 2000 < 1500
totais
pH retorno * * 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0

A tabela a seguir resume as impurezas presentes na água e o respectivo


tratamento para remoção.

impurezas fórmula conseqüências Tratamento


Sedimentação nas Floculação,
turbidez * tubulações sedimentação e
filtragem
cor * Formação de Filtração com carvão
espuma ativado
dureza MgHCO3, CaCO3, MgCl, Incrustações Abrandamento e
CaNO3 calcárias fosfatizaçao
Espuma, arraste Abrandamento com
alcalinidade NaOH, CaCO3, CaHCO3. fragilidade caustica, cal sodada e
formação de CO2 desmineralizaçao
ácido livre H2SO4, HCl corrosão Neutralização com
álcalis
Corrosão em linhas Desaeração e
dióxido de carbono CO2 tubulações neutralização com
álcalis
Agrega-se ao cálcio Desmineralização
sulfato SO4 formando
incrustações
É somado a Desmineralização
cloreto Cl ¯ conteúdos sólidos
aumentando o
caráter corrosivo
sílica Incrustação de Desmineralização
SiO2 remoção dificílima.
Adiciona-se a Desmineralizaçao
nitrato NO3 conteúdos sólidos.
Útil para controlar
fragilidade cáustica.
Causador de Aeração,coagulação,
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ferro Fe², Fe³ sedimentos troca catiônica


corrosão
Espuma, Abrandamento,
Sólidos dissolvidos * sedimentos e desmineralizaçao,
arraste osmose reversa
Sólidos em Sedimentos e Floculação,
suspensão * arraste decantação, filtração.
Desaeração,
oxigenio O2 corrosão hidrazina, sulfito de
sódio.

Tratamento de água
para caldeiras elétricas

Já vimos que o bom desempenho e a vida útil de qualquer caldeira depende do


tratamento dispensado à água utilizada na geração de vapor. Faz-se o tratamento
da água objetivando prevenir a incrustação, a corrosão e o arraste.

Para a caldeira elétrica, isso também é verdadeiro, acrescendo no entanto ,


alguns cuidados especiais, no que tange à condutividade. Dependendo da
qualidade da água de alimentação pode ou não ser necessário desmineralizá-la
para que atinja um nível de condutividade que exija o mínimo de purga contínua,
ou descargas de fundo freqüentes. Este é o assunto do presente fascículo.

Água para alimentação de caldeiras elétricas a eletrodo submerso

Na operação das caldeiras com eletrodos submersos, deve ser considerada com
especial atenção a condutividade da água, mantendo-a na faixa exigida. Este é

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um parâmetro que não oferece flexibilidade e a sua não observância pode causar
grandes prejuízos.

A condutividade deve ser tão baixa quanto possível inclusive não só como medida
de segurança mas também como medida econômica. Para se obter água de baixa
condutividade é necessária uma unidade desmineralizadora.

Desde que seja possível e que não haja contaminações de processo, todo o
condensado deve ser retornado para o sistema de alimentação. Em tese, o vapor
gerado com água desmineralizada, resulta em condensado desmineralizado.
Desta forma, com retorno de condensado de condutividade baixa e uma água
desmineralizada, os índices de incrustação diminuem sensivelmente o que é
revertido em menor custo operacional e de manutenção, com maior durabilidade
dos eletrodos.

O principio de funcionamento da caldeira elétrica é decorrente da corrente que


passa através da água, ou seja: a potencia consumida, em função direta da
superfície exposta dos eletrodos em contato com o meio líquido e da
condutividade deste meio.
Água para alimentação de caldeiras elétricas a jato de água

Neste tipo de caldeira elétrica, a água deverá ser boa condutora de corrente
elétrica para permitir a passagem pelos eletrodos, o aquecimento e vaporização
da água. Para que isto ocorra com segurança é fundamental desmineralizar a
água para após ser feito o controle de condutividade pela adição de produtos
através de dosadores.

De forma geral poderíamos dizer que a água de alimentação deste tipo de


caldeira, devesse ser apenas abrandada, se houvesse a certeza da estabilidade
das concentrações dos sais dissolvidos naturalmente na captação. Para alcançar
a alcalinidade desejada, adiciona-se soda cáustica ou fosfato trisódico (produtos
mais comuns) às soluções de dosagem para o acerto do pH.

Alimentação de produtos químicos

A alimentação de produtos é feita através de bombas dosadoras. Normalmente,


produtos químicos como fosfato, soda, dispersantes e sequestrantes e sulfatos
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são adicionados diretamente na água de alimentação das caldeiras, sendo


injetados num ponto qualquer após a desaeração.

O ponto de adição de tais produtos deve ser avaliado para que permita as reações
químicas ocorrerem antes de estarem na caldeira propriamente dita, evitando
assim decomposições de produtos, ou reações indesejadas aceleradas pelas
condições físicas do meio. (temperatura e pressão).

A dosagem destes produtos é definida em função de análises periódicas da água


de caldeira, de acordo com a metodologia empregada.

Dosadores

Os dosadores são utilizados para adicionar à água de caldeira os produtos


necessários ao tratamento químico interno. São normalmente instalados próximos
às sucções das bombas de alimentação ou tanques interligados a estas para
facilitar a injeção e tornar a instalação do sistema de dosagens mais econômica. O
desenho esquemático a seguir dá uma idéia do que é um sistema de dosagem de
produtos químicos.

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Controles físicos da água

O controle físico químico da água permite a eliminação das impurezas sem alterar
a composição da mesma. Existem dois processos de controle físico:

• degaseificação ou desaeração: este é um tipo de processo de tratamento


externo que tem por finalidade eliminar os gases contidos na água,
principalmente o oxigênio.

• extração de fundo e de superfície: é o processo que permite a remoção


de sólidos dissolvidos ou em suspensão e os sedimentos formados pelo
próprio tratamento (purgas de topo e fundo)

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As extrações ou descargas são os complementos do tratamento químico. Nada


adiantaria precipitar sais com reagentes químicos se não fossem executadas as
descargas para a eliminação das substancias resultantes destas reações.

Se a descarga continua, ou purga de superfície, for insuficiente pode vir a


provocar espuma, arraste, incrustação em tubulações e equipamentos,
prejudicando todo o sistema.

Se a insuficiência for de descarga de fundo, os eletrodos podem vir a serem


danificados por incrustação e terem sua eficiência de gerar vapor prejudicada. A
periodicidade destas descargas é estabelecida por análise das condições da água.

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Prevenção
de acidentes
Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que possa parecer
sempre trazendo conseqüências indesejáveis. O fenômeno acidente do trabalho
possui natureza complexa, apresentando-se como resultado indesejado da
interação de uma rede de múltiplos fatores causais.

Dada a origem multifatorial e complexa deste evento, infere-se a necessidade de


buscar os fatores que participam de sua gênese. Somente se conhecendo o
conjunto de fatores atuantes, pode-se propor e aplicar medidas de prevenção de
real eficácia. O acidente é resultado de uma combinação de fatores que envolvem
falhas humanas e materiais e ocorre em grande parte, devido o despreparo dos
envolvidos no trabalho para enfrentar com segurança os riscos.

A redução dos acidentes elimina os problemas que afetam o homem e o meio


produtivo. A melhor maneira de se obter este estágio é através da prevenção de
acidentes.

Prevenir quer dizer, ver com antecedência; chegar antes do sinistro ocorrer; tomar
todas as providências para que não ocorra o acidente. Este é o assunto deste
fascículo.

Acidente de trabalho

Na legislação brasileira, acidente de trabalho é definido pelo Decreto n° 2.171 de


5 de março de 1977 e diz:

Artigo 131

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“Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda
ou a redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário.”

Exercício do trabalho a serviço da empresa

Para que seja caracterizado acidente de trabalho é necessário que haja entre o
resultado e o trabalho, uma ligação. Isto é: que o resultado danoso tenha origem
no trabalho desempenhado e em função do serviço.

Lesão corporal Qualquer dano físico sofrido pelo


funcionário.
Perturbação funcional é o prejuízo sofrido pelo funcionário ao
funcionamento de qualquer ou sentido
Incapacidade para o trabalho É a perda ou redução, total ou parcial,
da capacidade de trabalho, em caráter
permanente ou temporário

O acidente típico do trabalho é uma ocorrência indesejável considerado como


acontecimento súbito, violento e ocasional que resulta em dano físico ou mental
para pessoas e ocorre no local e durante o trabalho.

Artigo 132

Consideram-se acidentes do trabalho, nos termos do artigo 131, as seguintes


entidades mórbidas:

I. Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo


exercício de trabalho peculiar a determinada atividade e constante da
relação de que trata o anexo II

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II. Doença do trabalho, assim entendida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona
diretamente, desde que constante da relação mencionada no inciso I.

Parágrafo 1°

Não são consideradas doenças do trabalho:

a) A doença degenerativa
b) a inerente faixa etária
c) A que não produz incapacidade laborativa
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação que resultou de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Parágrafo 2°

Em casos excepcionais, constatando que a doença não incluída na relação


prevista nos incisos I e II, resultou de condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve
considerá-la acidente de trabalho.
Artigo 133

Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeito deste capitulo:

I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou
redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para sua recuperação.

II. O acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho, em


conseqüência de:

a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou


companheiro de trabalho
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho
c) Ato de imprudência, de negligencia ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho
d) Ato de pessoa privada do uso da razão
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e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos


decorrentes de força maior

III. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado n o


exercício de sua atividade

a) Na execução de ordem ou na realização de serviços sob a


autoridade da empresa
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito
c) Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando
financiada por esta, dentro de seus planos para melhor captação de
mão-de-obra, independente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado
d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.

Parágrafo 1°

Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de


outras necessidades fisiológicas, no local do trabalhoou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.

Parágrafo 2°

Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que


resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
conseqüências do anterior

Parágrafo 3°

Considerar-se-á como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do


trabalho, adata do inicio da incapacidade laborativa para o exercício da atividade
habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o
diagnóstico, valendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.

Parágrafo 4°

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Será considerado agravamento de acidente do trabalho aquele sofrido pelo


acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.

O acidente do trabalho ocorre no local e durante o horário de trabalho. Ele


pode ser conseqüência de um ato de agressão, imprudência ou imperícia, de uma
ofensa física intencional, ou de causas fortuitas como, por exemplo, incêndio,
desabamento ou inundação.

Do ponto de vista prevencionista, acidente do trabalho é toda ocorrência não


programada, não desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho,
podendo resultar em danos físicos e ou funcionais ou a morte do trabalhador e ou
danos materiais e econômicos à empresa e ao meio ambiente.
Quando há uma poça de óleo no chão, ou quando uma ferramenta cai de um
andaime, por exemplo, isso caracteriza um acidente, mesmo que ninguém se
machuque. Na visão prevencionista, fatos como esses podem se devem ser
evitados.

Princípios básicos

O estudo de doenças e acidentes do trabalho deve indicar todas as situações que


combinadas levaram à ocorrências indesejadas e que, se eliminadas a tempo
poderiam ter impedido o acidente ou minimizado seus efeitos. A identificação e
eliminação de tais situações são fundamentais para evitar acidentes semelhantes,
decorrentes de outras combinações das mesmas causas.

Pelas características da prática nacional de análise e investigação de acidentes,


convém não recomendar as conclusões do tipo: “ato inseguro” ou, “condições
inseguras”, as quais, pela generalidade, conseguem no máximo definir eventuais
culpados mas nunca as causas, estas sim, elimináveis.

Causas das doenças e dos acidentes de trabalho

O principal objetivo de um programa de prevenção é evitar a ocorrência de


doenças e acidentes do trabalho similar ou decorrente de outras combinações

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das mesmas causas. As causas podem ser classificadas em duas categorias: ato
inseguro ou perigoso e condições inseguras ou perigosas.

Atos inseguros

São aqueles decorrentes da execução de tarefas de uma forma contrária às


normas de segurança. É a maneira pela qual o trabalhador se expõe, consciente
ou não, a riscos de acidentes. Em outras palavras é o tipo de comportamento que
leva ao acidente.

Exemplos de atos inseguros:

• Recusa em utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) fornecido


pela empresa e de uso obrigatório por lei.

• Utilização de ferramentas de maneira incorreta ou imprópria


• Utilização de equipamentos defeituosos ou incompatíveis com suas
características
• Desobediência a sinais e instruções de segurança

Condições inseguras, também conhecidas como riscos profissionais, são as


causas que decorrem diretamente das condições do local ou do ambiente de
trabalho. São as falhas físicas que comprometem a segurança do trabalhador. São
as falhas, defeitos irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança
e outros, que põem em risco a integridade física e ou a saúde das pessoas e a
própria segurança das instalações e equipamentos.

Exemplo de condições inseguras ou perigosas:

• Proteção mecânica inexistente ou inadequada


• Condição defeituosa de escadas, pisos, tubulações e equipamentos
grosseiros, cortantes, escorregadios, corroídos, trincado, com qualidade
inferior, etc.
• Projeto ou construção insegura

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• Processos, operações ou arranjos perigosos, empilhamento defeituoso,


armazenagem inadequada, passagem obstruída, congestionamento de
maquinaria e operadores, etc.
• Iluminação insuficiente ou incorreta
• Ventilação inadequada

Riscos na
casa de caldeira
Uma casa de caldeira, ou área de caldeira, deve atender aos requisitos prescritos
nos itens 13.2.3 e 13.2.4 da NR-13 e o não atendimento ao prescrito no item
13.2.5 da mesma norma constitui risco grave e iminente de acidente.

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Como exemplos de situações irregulares, podemos citar as seguintes fontes de


riscos em casas de caldeiras:

Situações Riscos

dificulta o deslocamento de operadores


em situações normais e emergenciais
Dimensões reduzidas causa desconforto em virtude de altas
temperaturas ambientais
dificulta a ventilação
dificulta a manutenção
Iluminação insuficiente Deixa de garantir condições de conforto
e segurança operacional e caracteriza
risco grave e iminente
Facilita o aumento da temperatura
Ventilação inadequada ambiente oferecendo danos à saúde do
trabalhador, à fiação, a instrumentos,
etc.
Propicia o surgimento de condições
Má condição de higiene inseguras como: piso escorregadio,
objetos espalhados, etc.
Aumento da possibilidade de ferimentos
graves. A casa de caldeira deve ser
Estrutura inadequada construída em alvenaria, cintada,
cobertura em estrutura mais leve e se
houver laje, esta deverá ser só
assentada.

Os principais acidentes que podem ocorrer em uma casa de caldeira que esteja
fora de condições de segurança são:

• queimaduras por excesso de calor ou falta de isolamento adequado na


caldeira ou tubulações de vapor
• queimaduras com produtos químicos por falta de uso de EPI

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• queimaduras por manuseio de condensado, sem a devida proteção


• queda por existência de óleo no piso ou falta de iluminação
• queda provocada por acesso inadequado às partes altas, com uso de
artifícios com subidas em tambores, escaladas em tubulações, etc.
• choques elétricos por fios elétricos desencapados
• choques contra equipamentos

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Poluição ambiental
provocada por caldeiras
O problema da poluição ambiental provocada por caldeiras está relacionado
intimamente com um problema mais genérico, que é o das emissões de na
atmosfera de poluentes diversos vindos da queima dos combustíveis utilizados
como fonte de energia.

Isso é particularmente grave nas casas de caldeira sem as devidas condições de


arejamento e manutenção. Para contornar o problema, a área deve ser arejada
adequadamente, com ventilação permanente e que não possa ser bloqueada ou
retirada.

Os equipamentos que usam gás como combustível, produzem relativamente


poucos poluentes, apesar de que em más condições de queima podem resultar
em emissões de monóxido de carbono, gases de combustão ou vapores
orgânicos.

Efeitos da poluição provocada por caldeiras

Os óxidos sulfurosos e nitrosos presentes nos gases da combustão e emitidos


pelas chaminés, causam sérios danos ao homem à natureza como um todo. Em
concentrações altas o óxido de enxofre irrita o trato respiratório superior dos seres
vivos devido à sua alta solubilidade na umidade destes organismos. Em
concentrações pequenas o principal efeito e dificultar a respiração (asfixiante)

Os efeitos do oxido de enxofre estão representados na tabela que se encontra no


fim deste item. Devido a reações entre estes poluentes com o oxigênio e umidade
da atmosfera e com a incidência da luz solar nestas reações, as conseqüências
destes produtos nos organismos diferem daquelas descobertas em condições
laboratoriais.

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É evidente que a poluição por óxido de enxofre agrava as doenças respiratórias às


quais os seres humanos são suscetíveis. Estudos apontam a exposição
prolongada a pequenas concentrações de óxido de enxofre à causa do aumento
da morbidade por doenças cardiovasculares em pessoas idosas.

As exposições prolongadas a concentrações mais elevadas são associadas ao


aumento de mortalidade por doenças respiratórias e ao aumento de enfermidades
em crianças, reveladas como tosse e irritação de mucosas. Alem disso o ar
residual nos pulmões de pacientes com enfisema tem sido significativamente
reduzido, quando um ar de condição mais saudável é respirado.

O mais importante fator de melhora na sensação de bem estar em pacientes com


bronquite crônica tem sido a diminuição das quantidades de poluição por fumaça e
dióxido de enxofre.

Outra causa que concorre para a poluição do ar é o monóxido de carbono, ou


carbono livre, que resulta da relação imprópria ar combustível. A relação ideal é de
1 kg de combustível para 3,6 kg de ar.

Quando na mistura houver a quantidade de combustível correta com menos de


13,6 kg de ar ou a quantidade de ar correta com mais de 1 kg de combustível, há
a emissão de fumaça preta que, aspirada por muito tempo, provoca doenças
respiratórias ou pulmonares.

Medidas de proteção

A principal medida de proteção é a prevenção, isto é, a tentativa de evitar a


poluição. Isto é conseguido, quando mantemos a caldeira em perfeitas condições
de funcionamento, pois quando não há combustão completa, há emissão de
fumaça.

A atomização incompleta do óleo, causada pela temperatura imprópria de


combustível ou vapor, também pode causar fumaça. Uma tiragem deficiente e
relação óleo ar inadequada, também são fatores de formação de fumaça.

Operação adequada e boa manutenção, são fatores básicos para reduzir a


emissão de fumaça, fazendo-a permanecer dentro dos limites compatíveis com as
normas legais existentes.
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A tabela a seguir mostra os efeitos da exposição a compostos sulforosos sobre


seres vivos e materiais.

Concentração de SO2 em Períodos de Efeitos


ppm exposição

Corrosão metálica
Função pulmonar
0,01 a 0,02 anual prejudicada
Mortalidade cardiovascular
aumentada
Detectável dano crônico à
vegetação
0,02 a 0,03 anual Taxa de mortalidade por
doenças respiratórias
aumentada
Internação em hospitais pelo
0,07 a 0,25 de 2 a 4 dias aumento de complicações
cardiovasculares
Aumento de sinusite, tosse
0,2 a 0,3 de 2 a 4 dias irritação nos olhos, dano
agudo em vegetação
Aumento da taxa de
0,2 a 0,86 3 dias mortalidade por doenças
cardiovasculares.
Dano agudo à vegetação
0,21 24 horas Piora do estado de pacientes
com bronquite
0,25 24 horas Aumento da taxa de
mortalidade
0,28 24 horas Danos sensíveis à
vegetação

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0,5 por segundos Limite de odor


0,5 4 horas Danos profundos à
vegetação
0,5 7 horas Danos agudos à área e aos
arbustos
1,10 10 minutos Aumento dos batimentos
cardíacos
1,6 de 1 a 5 minutos Limite para induzir
constrições brônquicas em
pessoas saudáveis

Medidas para a prevenção


de explosões de caldeiras
Uma série de medidas pode ser tomada para prevenir as explosões da caldeira.
Elas devem ser tomadas antes, durante e após a operação do equipamento.

Antes da operação, as medidas a serem tomadas são:

• Seguir rigorosamente os testes das válvulas de segurança.


• Assegurar-se de que os sistemas automáticos de operação e segurança
estejam testados e em boas condições de funcionamento.
• Ao acender a caldeira, abaixar o nível d’água da garrafa até que ela
desapareça dos indicadores de nível e, em seguida, restabelecer o nível
correto com a bomba de alimentação.
• Circular ar pelas fornalhas das caldeiras que queimam o óleo, antes de
acender e antes de reacender, nas ocasiões em que todos os queimadores
se apagarem acidentalmente.
• Nas caldeiras que permitem uso de tocha para acendimento, ficar em
posição segura quando acender a caldeira.
• Nas caldeiras com superaquecedor integral, antes de acender o primeiro
queimador, abrir a descarga do superaquecedor para a atmosfera ou rede
de descarga nas instalações onde houver esta rede. Abrir, também, a
admissão de vapor para o superaquecedor.

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• Nas caldeiras de superaquecedor controlado, não acender nenhum


queimador ao lado do superaquecedor, antes de se ter estabelecido um
fluxo de vapor suficiente para garantir sua proteção.
• Não trabalhar no interior da caldeira sem que a ventilação tenha sido
providenciada. Deve-se tomar cuidado com os gases tóxicos que podem se
formar, inclusive dentro do tubulão de vapor.

Durante a operação, as seguintes medidas devem ser tomadas:

• Não exceder nunca a pressão máxima suportada pelo equipamento.


• Nunca deixar maçaricos parados dentro dos queimadores.
• Testar drenagem do aquecedor de óleo, de acordo com a rotina operacional
do equipamento.
• Drenar toda a água dos tanques de óleo antes de usar este tanque para
alimentar a caldeira.
• Não usar óleo de um tanque que contenha muita água misturada.
• Se for perdida a pressão de sucção da bomba de óleo, fechar a descarga
de vapor antes que a pressão da caldeira caia para um valor de 85% da
pressão de operação.
• Ao parar a caldeira, fechar a válvula-mestre de óleo antes de parar a
bomba, exceto em uma emergência.
• Enquanto a caldeira estiver fornecendo vapor, o suprimento de água não
deve ser interrompido nem por um instante. O operador encarregado de
manter o nível não deve ter obrigação, em caldeiras cujo controle de nível é
manual.
• Deve sempre ser lembrado que uma queda de pressão de vapor sem razão
aparente pode ser devida à baixa quantidade de água.
• Drenar os indicadores de nível a cada 4 horas e sempre que houver alguma
dúvida quanto à posição do nível real da caldeira.
• Se a água descer abaixo do mínimo do indicador de nível, cortar o óleo,
fechar a alimentação e a descarga de vapor e todas as aberturas da
caldeira.
• Se possível, apagar a caldeira imediatamente, quando cair um tijolo da
parede da fornalha.
• Observar as seguintes precauções para evitar retrocessos:

a. não permitir que se acumule óleo na fornalha


b. não tentar inúmeros acendimentos
c. quando os queimadores se apagarem acidentalmente reacendê-la
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d. não tentar reacender a caldeira como o calor da fornalha


e. quando estiver usando a tocha, sair da frente da válvula para não
provocar acidentes
f. Nunca esvaziar uma caldeira dando extração de fundo, salvo
raríssimas exceções emergenciais.
g. Quando for apagar uma caldeira de superaquecedor integrado, abrir
a drenagem do superaquecedor antes de cortar o vapor para ele.
h. Ao apagar uma caldeira de superaquecedor controlado, deve-se
apagar primeiro os queimadores ao lado do superaquecedor.
i. Nunca entregar a operação da caldeira a pessoas não habilitadas.

Após a operação, as seguintes medidas podem ser tomadas:

• Remover os queimadores tão logo eles sejam apagados.


• Fechar todas as portas da fornalha assim que os queimadores estejam
apagados.
• Elevar o nível da água a três quartos do indicador, quando apagar
• Antes de remover qualquer acessório ou porta de visita sujeita a pressão,
assegurar-se de que não há mais pressão dentro da caldeira, abrindo os
drenos e respiros, inclusive os do superaquecedor.

Outros cuidados

Dependendo do tipo de caldeira, além dos cuidados já citados, outros podem ser
acrescidos, tais como:

• Inspecionar diariamente o corpo do visor de nível promovendo a descarga


do indicador. Esta operação permite constatar se as tomadas de uimpulso
do nível não estão entupidas. Às vezes ocorre do tubo de comunicação da
garrafa de nível com a caldeira ficar obstruído por incrustação, impedindo
que se constate o nível real. O operador prossegue na operação da caldeira
e, em dado momento, podem ocorrer danos totais por falta de água.
• Fazer descarga de fundo, conforme prescrição do tratamento de água. A
descarga, de preferência, deve ser feita quando a unidade estiver operando
a baixa carga.
• Manter os vidros indicadores de nível e de aparelhos indicadores em geral,
perfeitamente limpos, a fim de evitar erros de leitura. Se o vidro de nível,
estiver embaçado internamente, na primeira parada da caldeira, deve-se
limpá-lo, ou trocá-lo.

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• Não exceder a pressão de operação na caldeira para evitar disparos das


válvulas de segurança. A perda de vapor pelas válvulas de segurança é
muito importante no rendimento da instalação.
• No caso de operar com óleo combustível, nunca aproveitar a
incandescência da fornalha para reascender o queimador..
• A cada vez que for acender o queimador deve ser efetuada a purga da
fornalha. Este é um item de fundamental importância para a segurança do
equipamento e está no sistema de intertravamento
• Coletar amostra da água de alimentação e da água da caldeira conforme
rotina de análises

Precauções durante a limpeza

• Evitar aberturas acidentais de válvulas de combustível


• Não usar lâmpadas desprotegidas dentro da caldeira (usar 24 volts) e os
aparelhos de iluminação devem ser do tipo blindado
• Durante aplicação de produtos químicos o fumo (cigarro) deve ser proibido
e os EPI’s, de uso obrigatório.
• Quando for acesa a caldeira para a fase de aquecimento da solução ou
para lavagem final ficar atento quanto a possíveis vazamentos no conjunto
• Depois que a caldeira for borrifada com produto de limpeza, proibir a
entrada de pessoal até que ser removida a solução
• Só fechar a caldeira após rigorosa inspeção

Riscos durante
a manutenção de caldeiras
Para evitar riscos durante a manutenção de caldeiras tomar as seguintes
providencias:

• Limpar cuidadosamente todo o espaço em torno da caldeira removendo


resto de estopas, peças e instrumentos danificados, resto de isolamento,
trechos de tubulações, etc.
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• Nunca permitir que a temperatura do óleo combustível aproxime-se do


ponto de fulgor, limitando-a no ponto ideal de viscosidade
• Jamais exceder a PMTA em qualquer parte do sistema
• Remover crostas de óleo ou graxa das partes que serão submetidas a
aquecimento antes do acendimento da caldeira
• Inspecionar os trechos retos dos tubos da parede de água e testá-los com
régua para detectar possíveis formações de “laranjas”
• Calibrar manômetros a intervalos regulares, atualizando documentação de
manutenção
• Não tentar fazer vedação das portas da fornalha ou tubulões durante testes
hidrostáticos
• Nas caldeiras de tiragem natural, de invólucro simples, devem-se lavar as
partes inferiores e externas da caldeira, canaletas coletoras do piso ou
onde possa haver acúmulo de óleo
• Manter juntas do sistema de óleo em perfeita condição de vedação
• Manter extintores de incêndio sem livres e cheios
• Não permitir que se trabalhe no interior de uma fornalha ou de um tubulão
de caldeira sem q eu a ventilação seja adequada e que o executante da
tarefa esteja acompanhado por uma pessoa que permaneça fora da
caldeira.
• Assegurar-se que todos os respiros e drenos dos tubulões e coletores
estejam abertos antes de permitir a abertura do equipamento,
posicionando-se à distância da boca de visita
• Cuidar do ferramental para não cair de locais elevados
• Nos espaços onde houver suspeita da presença de gases inflamáveis exigir
medição e ventilação
• Não permitir o uso de chamas desprotegidas como a de maçaricos, velas,
fósforos em tanques que não tenham sido liberados ou em proximidades de
respiros , etc
• Antes de fechar a caldeira, verificar se não foi esquecida alguma ferramenta
ou se não há alguém em seu interior.

As 7
formas de energia
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• Altura
• Movimento
• Eletricidade
• Mecânica
• Calor
• Pressão
• Química

Rigores dimensionais à parte, sempre observe como usar:

Altura: Onde você ver desníveis tais como escadas, plataformas, mezaninos,
passadiços, elevadores, fossos, andaimes, pontes rolantes, árvores, etc, analise
sempre a segurança na contenção de pessoas e materiais.

Movimento: Onde houver movimentos com velocidade, tais como veículos leves e
até movimento de pessoas, ou movimento de grandes massas tais como
empilhadeiras carregadas, mesmo que lentas, montagens, analise a possibilidade
de batidas, quedas e esmagamentos.

Eletricidade: Você deve saber identificar instalações e equipamentos elétricos;


observe isolamentos (por distância, altura, obstáculos, materiais isolantes, etc) e
aterramentos. Não esqueça de todos os dispositivos interruptores. Inclua também
os pára-raios nas suas observações.

Mecânica: Onde houver máquinas com engrenagens, prensas, correias,


convergência de superfícies cilíndricas, esteiras, ou movimentação de materiais
rígidos, ou ainda, utilização de ferramentas com uso de força humana intensa,
analise as interferências e aproximações do homem na trajetória de máquinas e
ferramentas.

Calor: Não existe apenas em fornos e caldeiras. Procure por linhas de vapor,
cilindros aquecidos, estufas, resistências elétricas, calor por atrito e por reações
químicas, trabalhos de solda e corte a quente, etc. Observe em cada caso a
proteção contra contatos acidentais de pessoas e o afastamento de materiais
inflamáveis e combustíveis;

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Pressão: Não se restrinja a caldeiras e vasos de pressão, embora estes sejam os


mais importantes. Pulmões de ar comprimido, linhas de fluidos, compressores e
até extintores de incêndio ou simples isqueiros de GLP requerem cuidados
específicos e estão em qualquer estabelecimento. Mas não se apresse em falar:
observe, anote, e analise.

Química: Há 3 grupos principais de produtos que armazenam energia química


segundo o tipo de risco oferecido ao homem:

a. inflamáveis e combustíveis
b. corrosivos
c. tóxicos.

A classificação da ONU para produtos perigosos envolve outras coisas, tais como
oxidantes, infectantes, radioativos, etc, mas aqui o objetivo é armá-lo com o usual.

Nota: as "7 formas" de energia não são todas as formas possíveis mas são as
mais usuais para você desenvolver rapidamente seu "olho clínico" para os riscos
no ambiente de trabalho, atendo-se a um número razoável de agentes sem ficar
restrito a termos genéricos como aqueles referidos nos mapas de riscos.

Se precisar memorizá-las, as 3 primeiras formas de energia você as visualiza


pensando numa usina hidrelétrica (altura do nível de água da represa,
movimento das turbinas e energia elétrica gerada). Se você pensar em ligar na
eletricidade uma máquina, uma resistência de aquecimento e um compressor,
pronto, você memorizou outras 3. Já são seis. A sétima é a energia química, a dos
combustíveis e inflamáveis, dos corrosivos e dos tóxicos.

Uma ou mais formas de energia sempre estará presente em cada acidente, daí a
utilidade desse ângulo de abordagem na prevenção. Energia se transforma de
uma forma em outra. Ruído e radiações também são formas de energia. Num
automóvel em movimento você encontra todas.

Ficam fora dessa "classificação" expedita as poeiras inertes e os gases também


inertes, asfixiantes pelo deslocamento do ar respirável. Quanto a estes gases,
assimile-os às suas preocupações com a "pressão" e assim você não se restringe
a pensar apenas em explosões, mas também em vazamentos que constituem
problema freqüente com gases. Quanto às poeiras inertes, você não precisa
procurá-las, elas se denunciam nos pontos de geração ou ao se depositarem

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sobre máquinas, tubulações, extintores e no próprio chão. Anote e analise-as


também, qualquer que seja ela.

Legislação
e normalização
NR-13

NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão

13.1. Caldeiras a vapor - disposições gerais.

13.1.1. Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e


acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando
qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e
equipamentos similares utilizados em unidades de processo.

13.1.2. Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado"


aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de
engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção,
acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e
supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.

13.1.3. Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão


Máxima de Trabalho Admissível - PMTA é o maior valor de pressão
compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais

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utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros


operacionais.

13.1.4. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos


seguintes itens:

a) válvula de segurança com pressão de abertura


ajustada em valor igual ou inferior a PMTA; (113.071-4)

b) instrumento que indique a pressão do vapor


acumulado; (113.072-2)

c) injetor ou outro meio de alimentação de água,


independente do sistema principal, em caldeiras a
combustível sólido; (113.073-0)

d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras


de recuperação de álcalis; (113.074-9)

e) sistema de indicação para controle do nível de água


ou outro sistema que evite o superaquecimento por
alimentação deficiente. (113.075-7)

13.1.5. Toda caldeira deve ter afixado em seu corpo, em local de


fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no
mínimo, as seguintes informações: (113.001-3 / I2)

a) fabricante

b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira

c) ano de fabricação

d) pressão máxima de trabalho admissível

e) pressão de teste hidrostático

f) capacidade de produção de vapor

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g) área de superfície de aquecimento

h) código de projeto e ano de edição

13.1.5.1. Além da placa de identificação, devem constar, em

local visível a categoria da caldeira, conforme definida no

subitem

13.1.9 desta NR, e seu número ou código de identificação.

13.1.6. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento, onde estiver


instalada, a seguinte documentação, devidamente atualizada:

a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes


informações: (113.002-1 / I3)

- código de projeto e ano de edição;

- especificação dos materiais;

- procedimentos utilizados na fabricação, montagem,


inspeção final e determinação da PMTA;

- conjunto de desenhos e demais dados necessários


para o monitoramento da vida útil da caldeira;

- características funcionais;

- dados dos dispositivos de segurança;

- ano de fabricação;

- categoria da caldeira;

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b) "Registro de Segurança", em conformidade com o


subitem 13.1.7; (113.003-0 / I4)

c) "Projeto de Instalação", em conformidade com o item


13.2; (113.004-8 / I4)

d) "Projetos de Alteração ou Reparo", em conformidade


com os subitens 13.4.2 e 13.4.3; (113.005-6 / I4)

e) "Relatórios de Inspeção", em conformidade com os


subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13.

13.1.6.1. Quando inexistente ou extraviado, o


"Prontuário da Caldeira" deve ser reconstituído pelo
proprietário com responsabilidade técnica do fabricante
ou de "Profissional Habilitado", citado no subitem
13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das
características funcionais, dos dados dos dispositivos
de segurança e dos procedimentos para determinação
da PMTA. (113.006-4 / I3)

13.1.6.2. Quando a caldeira for vendida ou transferida


de estabelecimento, os documentos mencionados nas
alíneas "a", "d", e "e" do subitem 13.1.6 devem
acompanhá-la.

13.1.6.3. O proprietário da caldeira deverá apresentar


quando exigido pela autoridade competente do órgão
regional do Ministério do Trabalho, a documentação
mencionada no subitem 13.1.6. (113.007-2 / I4)

13.1.7. O "Registro de Segurança" deve ser constituído de livro


próprio com páginas numeradas ou outro sistema equivalente onde
serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir


nas condições de segurança da caldeira;

b) as ocorrências de inspeções de segurança


periódicas e extraordinárias, devendo constar o nome
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legível e assinatura de "Profissional Habilitado", citado


no subitem 13.1.2, e de operador de caldeira presente
na ocasião da inspeção.

13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada


inadequada para uso, o "Registro de Segurança" deve
conter tal informação e receber encerramento formal.
(113.008-0 / I4)

13.1.8. A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar


sempre à disposição para consulta dos operadores do pessoal de
manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e
do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa
documentação. (113.009-9 / I3)

13.1.9. Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas


em 3 (três) categorias, conforme segue:

a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão


de operação é igual ou superior a 1960 KPa (19.98
Kgf/cm2);

b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão


de operação é igual ou inferior a 588 KPa (5.99
Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100
(cem) litros;

c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que


não se enquadram nas categorias anteriores.

13.2. Instalação de caldeiras a vapor.

13.2.1. A autoria do "Projeto de Instalação" de caldeiras a vapor, no


que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de
"Profissional Habilitado", conforme citado no subitem 13.1.2, e deve
obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente
previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições
legais aplicáveis.

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13.2.2. As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser


instaladas em "Casa de Caldeiras" ou em local específico para tal
fim, denominado "Área de Caldeiras".

13.2.3. Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a "Área


de Caldeiras" deve satisfazer aos seguintes requisitos:

a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros)


de: (113.010-2 / I4)

- outras instalações do estabelecimento;

- de depósitos de combustíveis, excetuando-se


reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de
capacidade;

- do limite de propriedade de terceiros;

- do limite com as vias públicas;

b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas e dispostas em
direções distintas;

c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à


operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para
guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas; (113.011-0 / I4)

d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e


material particulado, provenientes da combustão, para
fora da área de operação atendendo às normas
ambientais vigentes;

e) dispor de iluminação conforme normas oficiais


vigentes; (113.012-9 / I4)

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f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar


à noite.

13.2.4. Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a


"Casa de Caldeiras" deve satisfazer aos seguintes requisitos:

a) constituir prédio separado, construído de material


resistente ao fogo, podendo ter apenas uma parede
adjacente a outras instalações do estabelecimento,
porém com as outras paredes afastadas de no mínimo
3,00m (três metros) de outras instalações, do limite de
propriedade de terceiros, do limite com as vias públicas
e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de
capacidade;
(113.013-7 / I4)

b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas e dispostas em
direções distintas;

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar


que não possam ser bloqueadas;

d) dispor de sensor para detecção de vazamento de


gás quando se tratar de caldeira a combustível gasoso.

e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;

f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à


operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para
guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas; (113.014-5 / I3)

g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e


material particulado, provenientes da combustão para
fora da área de operação, atendendo às normas
ambientais vigentes;

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h) dispor de iluminação conforme normas oficiais


vigentes e ter sistema de iluminação de emergência.

13.2.5. Constitui risco grave e iminente o não-atendimento aos


seguintes requisitos:

a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente


aberto, as alíneas "b" , "d" e "f" do subitem 13.2.3 desta
NR;

b) para as caldeiras da categoria A instaladas em


ambientes confinados, as alíneas "a", "b", "c", "d", "e",
"g" e "h" do subitem 13.2.4 desta NR;

c) para as caldeiras das categorias B e C instaladas em


ambientes confinados, as alíneas "b", "c", "d", "e", "g" e
"h" do subitem 13.2.4 desta NR.

13.2.6. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto


nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4, deverá ser elaborado "Projeto
Alternativo de Instalação", com medidas complementares de
segurança que permitam a atenuação dos riscos.

13.2.6.1. O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser


apresentado pelo proprietário da caldeira para
obtenção de acordo com a representação sindical da
categoria profissional predominante no
estabelecimento.

13.2.6.2. Quando não houver acordo, conforme


previsto no subitem 13.2.6.1, a intermediação do órgão
regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer
uma das partes, e, persistindo o impasse, a decisão
caberá a esse órgão.

13.2.7. As caldeiras classificadas na categoria A deverão possuir


painel de instrumentos instalados em sala de controle, construída

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segundo o que estabelecem as Normas Regulamentadoras


aplicáveis. (113.015-3 / I4)

13.3. Segurança na operação de caldeiras.

13.3.1. Toda caldeira deve possuir "Manual de Operação" atualizado,


em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores,
contendo no mínimo: (113.016-1 / I3)

a) procedimentos de partidas e paradas;

b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

c) procedimentos para situações de emergência;

d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de


preservação do meio ambiente.

13.3.2. Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos


calibrados e em boas condições operacionais, constituindo condição
de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem
sistemas de controle e segurança da caldeira. (113.017-0 / I2)

13.3.3. A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos


devem ser implementados, quando necessários para compatibilizar
suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação
da caldeira. (113.018-8 / I4)

13.3.4. Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob


operação e controle de operador de caldeira, sendo que o não-
atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e
iminente.

13.3.5. Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira


aquele que satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:

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a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na


Operação de Caldeiras" e comprovação de estágio
prático (b) conforme subitem 13.3.11;

b) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na


Operação de Caldeiras" previsto na NR 13 aprovada
pela Portaria n° 02, de 08.05.84;

c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de


experiência nessa atividade, até 08 de maio de 1984.

13.3.6. O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no


"Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras", é o
atestado de conclusão do 1° grau.

13.3.7. O "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras"


deve, obrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional


Habilitado" citado no subitem 13.1.2;

b) ser ministrado por profissionais capacitados para


esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no


Anexo I-A desta NR.

13.3.8. Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de


Segurança na Operação de Caldeiras" estarão sujeitos ao
impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções
legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no subitem
13.3.7.

13.3.9. Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático,


na operação da própria caldeira que irá operar, o qual deverá ser
supervisionado, documentado e ter duração mínima de: (113.019-6 /
I4)

a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;

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b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;

c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.

13.3.10. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático


supervisionado deve informar previamente à representação sindical
da categoria profissional predominante no estabelecimento:
(113.020-0 / I3)

a) período de realização do estágio;

b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo


"Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras";

c) relação dos participantes do estágio.

13.3.11. A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio


de constantes informações das condições físicas e operacionais dos
equipamentos, atualização técnica, informações de segurança,
participação em cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.021-8 /
I2)

13.3.12. Constitui condição de risco grave e iminente a operação


de qualquer caldeira em condições diferentes das previstas no
projeto original, sem que:

a) seja reprojetada levando em consideração todas as


variáveis envolvidas na nova condição de operação;

b) sejam adotados todos os procedimentos de


segurança decorrentes de sua nova classificação no
que se refere a instalação, operação, manutenção e
inspeção.

13.4. Segurança na manutenção de caldeiras.

13.4.1. Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar


o respectivo código do projeto de construção e as prescrições do
fabricante no que se refere a: (113.022-6 / I4)
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a) materiais;

b) procedimentos de execução;

c) procedimentos de controle de qualidade;

d) qualificação e certificação de pessoal.

13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto


de construção, deve ser respeitada a concepção
original da caldeira, com procedimento de controle do
maior rigor prescrito nos códigos pertinentes.

13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério


do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2,
podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou
procedimentos mais avançados, em substituição aos
previstos pelos códigos de projeto.

13.4.2. "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos


previamente nas seguintes situações: (113.023-4 / I3)

a) sempre que as condições de projeto forem


modificadas;

b) sempre que forem realizados reparos que possam


comprometer a segurança.

13.4.3. O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.024-2 / I3)

a) ser concebido ou aprovado por "Profissional


Habilitado", citado no subitem 13.1.2;

b) determinar materiais, procedimentos de execução,


controle de qualidade e qualificação de pessoal.

13.4.4. Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou


soldagem em partes que operem sob pressão devem ser seguidas
de teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2. (113.025-0 / I4)
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13.4.5. Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser


submetidos à manutenção preventiva ou preditiva. (113.026-9 / I4)

13.5. Inspeção de segurança de caldeiras.

13.5.1. As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de


segurança inicial, periódica e extraordinária sendo considerada
condição de risco grave e iminente o não-atendimento aos prazos
estabelecidos nesta NR. (113.078-1)

13.5.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras


novas, antes da entrada em funcionamento, no local de operação,
devendo compreender exames interno e externo, teste hidrostático e
de acumulação.

13.5.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exames


interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos
máximos:

a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B


e C;

b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de


álcalis de qualquer categoria;

c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria


A, desde que aos 12 (doze) meses sejam testadas as
pressões de abertura das válvulas de segurança;

d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais


conforme definido no item 13.5.5.

13.5.4. Estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção


de Equipamentos", conforme estabelecido no Anexo II, podem
estender os períodos entre inspeções de segurança, respeitando os
seguintes prazos máximos:

a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e


C;

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b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.

13.5.5. As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam


gases ou resíduos das unidades de processo como combustível
principal para aproveitamento de calor ou para fins de controle
ambiental podem ser consideradas especiais quando todas as
condições seguintes forem satisfeitas:

a) estiverem instaladas em estabelecimentos que


possuam "Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos" citado no Anexo II;

b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema


de intertravamento e a pressão de abertura de cada
válvula de segurança;

c) não apresentem variações inesperadas na


temperatura de saída dos gases e do vapor durante a
operação;

d) exista análise e controle periódico da qualidade da


água;

e) exista controle de deterioração dos materiais que


compõem as principais partes da caldeira;

f) seja homologada como classe especial mediante:

- acordo entre a representação sindical da categoria


profissional predominante no estabelecimento e o
empregador;

- intermediação do órgão regional do MTb, solicitada


por qualquer uma das partes quando não houver
acordo;

- decisão do órgão regional do MTb quando persistir o


impasse.

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13.5.6. Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção


subseqüente, as caldeiras devem ser submetidas a rigorosa
avaliação de integridade para determinar a sua vida remanescente e
novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em
condições de uso. (113.027-7 / I4)

13.5.6.1. Nos estabelecimentos que possuam "Serviço


Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no
Anexo II, o limite de 25 (vinte e cinco) anos pode ser
alterado em função do acompanhamento das
condições da caldeira, efetuado pelo referido órgão.

13.5.7. As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser


inspecionadas periodicamente conforme segue: (113.028-5 / I4)

a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante


acionamento manual da alavanca, em operação, para
caldeiras das categorias B e C;

b) desmontando, inspecionando e testando em


bancada as válvulas flangeadas e, no campo, as
válvulas soldadas, recalibrando-as numa freqüência
compatível com a experiência operacional da mesma,
porém respeitando-se como limite máximo o período de
inspeção estabelecido no subitem 13.5.3 ou 13.5.4 se
aplicável para caldeiras de categorias A e B.

13.5.8. Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7 as


válvulas de segurança instaladas em caldeiras deverão ser
submetidas a testes de acumulação, nas seguintes oportunidades:
(113.029-3 / I4)

a) na inspeção inicial da caldeira;

b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido


reformas significativas;

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c) quando houver modificação nos parâmetros


operacionais da caldeira ou variação na PMTA;

d) quando houver modificação na sua tubulação de


admissão ou descarga.

13.5.9. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas


seguintes oportunidades:

a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou


outra ocorrência capaz de comprometer sua
segurança;

b) quando a caldeira for submetida à alteração ou


reparo importante capaz de alterar suas condições de
segurança;

c) antes de a caldeira ser recolocada em


funcionamento, quando permanecer inativa por mais de
6 (seis) meses;

d) quando houver mudança de local de instalação da


caldeira.

13.5.10. A inspeção de segurança deve ser realizada por


"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, ou por "Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II.

13.5.11. Inspecionada a caldeira, deve ser emitido "Relatório de


Inspeção", que passa a fazer parte da sua documentação. (113.030-
7 / I4)

13.5.12. Uma cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser


encaminhada pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2,
num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do término da
inspeção, à representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento.

13.5.13. O "Relatório de Inspeção", mencionado no subitem 13.5.11,


deve conter no mínimo:
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a) dados constantes na placa de identificação da


caldeira;

b) categoria da caldeira;

c) tipo da caldeira;

d) tipo de inspeção executada;

e) data de início e término da inspeção;

f) descrição das inspeções e testes executados;

g) resultado das inspeções e providências;

h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências


legais que não estão sendo atendidas;

i) conclusões

j) recomendações e providências necessárias;

k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;

l) nome legível, assinatura e número do registro no


conselho profissional do "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, e nome legível e assinatura
de técnicos que participaram da inspeção.

13.5.14. Sempre que os resultados da inspeção determinarem


alterações dos dados da placa de identificação, a mesma deve ser
atualizada. (113.031-5 / I1)

13.6. Vasos de pressão - disposições gerais.

13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob


pressão interna ou externa.

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13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se


refere a vasos de pressão, está definido no Anexo III.

13.6.1.2. Os vasos de pressão abrangidos por esta NR


estão classificados em categorias de acordo com o
Anexo IV.

13.6.2. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos


seguintes itens:

a) válvula ou outro dispositivo de segurança com


pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior
à PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema
que o inclui; (113.079-0)

b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido


da válvula quando esta não estiver instalada
diretamente no vaso; (113.080-3)

c) instrumento que indique a pressão de operação.


(113.081-1)

13.6.3. Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em


local de fácil acesso e bem visível placa de identificação indelével
com no mínimo as seguintes informações: (113.032-3 / I2)

a) fabricante;

b) número de identificação;

c) ano de fabricação;

d) pressão máxima de trabalho admissível;

e) pressão de teste hidrostático;

f) código de projeto e ano de edição.

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13.6.3.1 Além da placa de identificação deverão constar em local


visível a categoria do vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou
código de identificação.

13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver


instalado, a seguinte documentação devidamente atualizada:

a) "Prontuário do Vaso de Pressão" a ser fornecido


pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
(113.033-1 / I2)

- código de projeto e ano de edição;

- especificação dos materiais;

- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e


inspeção final e determinação da PMTA;

- conjunto de desenhos e demais dados necessários


para o monitoramento da sua vida útil;

- características funcionais;

- dados dos dispositivos de segurança;

- ano de fabricação;

- categoria do vaso;

b) "Registro de Segurança" em conformidade com o


subitem 13.6.5; (113.034-0 / I4)

c) "Projeto de Instalação" em conformidade com o item


13.7; (113.035-8 / I4)

d) "Projeto de Alteração ou Reparo" em conformidade


com os subitens 13.9.2 e 13.9.3; (113.036-6 / I4)

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e) "Relatórios de Inspeção" em conformidade com o


subitem 13.10.8.

13.6.4.1. Quando inexistente ou extraviado, o


"Prontuário do Vaso de Pressão" deve ser reconstituído
pelo proprietário com responsabilidade técnica do
fabricante ou de "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2 sendo imprescindível a reconstituição
das características funcionais, dos dados dos
dispositivos de segurança e dos procedimentos para
determinação da PMTA. (113.037-4 / I2)

13.6.4.2. O proprietário de vaso de pressão deverá


apresentar, quando exigida pela autoridade competente
do órgão regional do Ministério do Trabalho, a
documentação mencionada no subitem 13.6.4.
(113.038-2 / I4)

13.6.5. O "Registro de Segurança" deve ser constituído por livro de


páginas numeradas, pastas ou sistema informatizado ou não com
confiabilidade equivalente onde serão registradas:

a) todas as ocorrências importantes capazes de influir


nas condições de segurança dos vasos; (113.039-0 / I3)

b) as ocorrências de inspeção de segurança. (113.040-


4 / I 4)

13.6.6. A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar


sempre à disposição para consulta dos operadores do pessoal de
manutenção de inspeção e das representações dos trabalhadores e
do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa
documentação inclusive à representação sindical da categoria
profissional predominante no estabelecimento quando formalmente
solicitado. (113.041-2 / I4)

13.7. Instalação de vasos de pressão.

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13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos
os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e
temperatura quando existentes sejam facilmente acessíveis.
(113.042-0 / I2)

13.7.2. Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes


confinados, a instalação deve satisfazer os seguintes requisitos:

a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas e dispostas em
direções distintas; (113.082-0)

b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de


manutenção, operação e inspeção, sendo que, para
guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas; (113.043-9 / I3)

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar


que não possam ser bloqueadas; (113.083-8)

d) dispor de iluminação conforme normas oficiais


vigentes; (113.044-7 / I3)

e) possuir sistema de iluminação de emergência.


(113.084-6)

13.7.3. Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto


a instalação deve satisfazer as alíneas "a", "b", "d" e "e" do subitem
13.7.2.

13.7.4. Constitui risco grave e iminente o não-atendimento às


seguintes alíneas do subitem 13.7.2:

- "a", "c" e "e" para vasos instalados em ambientes


confinados;

- "a" para vasos instalados em ambientes abertos;

- "e" para vasos instalados em ambientes abertos e que


operem à noite.
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13.7.5. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no


subitem 13.7.2 deve ser elaborado "Projeto Alternativo de Instalação"
com medidas complementares de segurança que permitam a
atenuação dos riscos.

13.7.5.1. O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser


apresentado pelo proprietário do vaso de pressão para
obtenção de acordo com a representação sindical da
categoria profissional predominante no
estabelecimento.

13.7.5.2. Quando não houver acordo, conforme


previsto no subitem 13.7.5.1, a intermediação do órgão
regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer
uma das partes e, persistindo o impasse, a decisão
caberá a esse órgão.

13.7.6. A autoria do "Projeto de Instalação" de vasos de pressão


enquadrados nas categorias I, II e III, conforme Anexo IV, no que
concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de
"Profissional Habilitado", conforme citado no subitem 13.1.2, e deve
obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente
previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições
legais aplicáveis.

13.7.7. O "Projeto de Instalação" deve conter pelo menos a planta


baixa do estabelecimento, com o posicionamento e a categoria de
cada vaso e das instalações de segurança. (113.045-5 / I1)

13.8. Segurança na operação de vasos de pressão.

13.8.1. Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II


deve possuir manual de operação próprio ou instruções de operação
contidas no manual de operação de unidade onde estiver instalado,
em língua portuguesa e de fácil acesso aos operadores, contendo no
mínimo: (113.046-3 / I3)

a) procedimentos de partidas e paradas;

b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;


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c) procedimentos para situações de emergência;

d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de


preservação do meio ambiente.

13.8.2. Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser


mantidos calibrados e em boas condições operacionais. (113.047-1 /
I3)

13.8.2.1. Constitui condição de risco grave e iminente


o emprego de artifícios que neutralizem seus sistemas
de controle e segurança. (113.085-4)

13.8.3. A operação de unidades que possuam vasos de pressão de


categorias "I" ou "II" deve ser efetuada por profissional com
"Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de
Processos", sendo que o não-atendimento a esta exigência
caracteriza condição de risco grave e iminente. (113.048-0 / I4)

13.8.4. Para efeito desta NR será considerado profissional com


"Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo"
aquele que satisfizer uma das seguintes condições:

a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na


Operação de Unidades de Processo" expedido por
instituição competente para o treinamento;

b) possuir experiência comprovada na operação de


vasos de pressão das categorias I ou II de pelo menos
2 (dois) anos antes da vigência desta NR.

13.8.5. O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no


"Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo"
é o atestado de conclusão do 1o grau.

13.8.6. O "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de


Processo" deve obrigatoriamente:

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a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional


Habilitado" citado no subitem 13.1.2;

b) ser ministrado por profissionais capacitados para


esse fim;

c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no


Anexo I-B desta NR.

13.8.7. Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de


Segurança na Operação de Unidades de Processo" estarão sujeitos
ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras
sanções legais cabíveis no caso de inobservância do disposto no
subitem 13.8.6.

13.8.8. Todo profissional com "Treinamento de Segurança na


Operação de Unidade de Processo" deve cumprir estágio prático,
supervisionado, na operação de vasos de pressão com as seguintes
durações mínimas: (113.049-8 / I4)

a) 300 (trezentas) horas para vasos de categorias I ou


II;

b) 100 (cem) horas para vasos de categorias III, IV ou


V.

13.8.9. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático


supervisionado deve informar previamente à representação sindical
da categoria profissional predominante no estabelecimento:
(113.050-1 / I3)

a) período de realização do estágio;

b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo


"Treinamento de Segurança na Operação de Unidades
de Processo";

c) relação dos participantes do estágio.

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13.8.10. A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio


de constantes informações das condições físicas e operacionais dos
equipamentos, atualização técnica, informações de segurança,
participação em cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.051-0 /
I2)

13.8.11. Constitui condição de risco grave e iminente a operação


de qualquer vaso de pressão em condições diferentes das previstas
no projeto original, sem que:

a) seja reprojetado levando em consideração todas as


variáveis envolvidas na nova condição de operação;
(113.086-2)

b) sejam adotados todos os procedimentos de


segurança decorrentes de sua nova classificação no
que se refere à instalação, operação, manutenção e
inspeção. (113.087-0)

13.9. Segurança na manutenção de vasos de pressão.

13.9.1. Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem


respeitar o respectivo código de projeto de construção e as
prescrições do fabricante no que se refere a: (113.052-8 / I4)

a) materiais;

b) procedimentos de execução;

c) procedimentos de controle de qualidade;

d) qualificação e certificação de pessoal.

13.9.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto


de construção, deverá ser respeitada a concepção
original do vaso, empregando-se procedimentos de
controle do maior rigor, prescritos pelos códigos
pertinentes.
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13.9.1.2. A critério do "Profissional Habilitado", citado


no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologias de
cálculo ou procedimentos mais avançados, em
substituição aos previstos pelos códigos de projeto.

13.9.2. "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos


previamente nas seguintes situações: (113.053-6 / I3)

a) sempre que as condições de projeto forem


modificadas;

b) sempre que forem realizados reparos que possam


comprometer a segurança.

13.9.3. O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.054-4 / I3)

a) ser concebido ou aprovado por "Profissional


Habilitado", citado no subitem 13.1.2;

b) determinar materiais, procedimentos de execução,


controle de qualidade e qualificação de pessoal;

c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento


que possam estar envolvidos com o equipamento.

13.9.4. Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que


operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com
características definidas pelo "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, levando em conta o disposto no item 13.10.
(113.055-2 / I4)

13.9.4.1. Pequenas intervenções superficiais podem ter


o teste hidrostático dispensado, a critério do
"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2.

13.9.5. Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão


devem ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva.
(113.056-0 / I4)

13.10. Inspeção de segurança de vasos de pressão.


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13.10.1. Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de


segurança inicial, periódica e extraordinária. (113.057-9 / I4)

13.10.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos


novos, antes de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de
instalação, devendo compreender exames externo, interno e teste
hidrostático, considerando as limitações mencionadas no subitem
13.10.3.5. (113.058-7 / I4)

13.10.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exames


externo, interno e teste hidrostático, deve obedecer aos seguintes
prazos máximos estabelecidos a seguir: (113.059-5 / I4)

a) para estabelecimentos que não possuam "Serviço


Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme
citado no Anexo II:

Categoria do Teste
Exame Externo Exame Interno
Vaso Hidrostático
I 1 ano 3 anos 6 anos
II 2 anos 4 anos 8 anos
III 3 anos 6 anos 12 anos
IV 4 anos 8 anos 16 anos
V 5 anos 10 anos 20 anos

b) para estabelecimentos que possuam "Serviço


Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme
citado no Anexo II:

Categoria do Exame Externo Exame Interno Teste


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Vaso Hidrostático
I 3 anos 6 anos 12 anos
II 4 anos 8 anos 16 anos
III 5 anos 10 anos a critério
IV 6 anos 12 anos a critério
V 7 anos a critério a critério

13.10.3.1. Vasos de pressão que não permitam o


exame interno ou externo por impossibilidade física
devem ser alternativamente submetidos a teste
hidrostático, considerando-se as limitações previstas no
subitem 13.10.3.5. (113.060-9 / I4)

13.10.3.2. Vasos com enchimento interno ou com


catalisador podem ter a periodicidade de exame interno
ou de teste hidrostático ampliada, de forma a coincidir
com a época da substituição de enchimentos ou de
catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse
20 (vinte) por cento do prazo estabelecido no subitem
13.10.3 desta NR. (113.061-7 / I4)

13.10.3.3. Vasos com revestimento interno


higroscópico devem ser testados hidrostaticamente
antes da aplicação do mesmo, sendo os testes
subseqüentes substituídos por técnicas alternativas.
(113.062-5 / I4)

13.10.3.4. Quando for tecnicamente inviável e mediante


anotação no "Registro de Segurança" pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, o teste
hidrostático pode ser substituído por outra técnica de
ensaio não-destrutivo ou inspeção que permita obter
segurança equivalente. (113.063-3 / I4)

13.10.3.5. Considera-se como razões técnicas que


inviabilizam o teste hidrostático:
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a) resistência estrutural da fundação ou


da sustentação do vaso incompatível com
o peso da água que seria usada no teste;

b) efeito prejudicial do fluido de teste a


elementos internos do vaso;

c) impossibilidade técnica de purga e


secagem do sistema;

d) existência de revestimento interno;

e) influência prejudicial do teste sobre


defeitos subcríticos.

13.10.3.6. Vasos com temperatura de operação inferior


a 0ºC (zero graus centígrados) e que operem em
condições nas quais a experiência mostre que não
ocorre deterioração ficam dispensados do teste
hidrostático periódico, sendo obrigatório exame interno
a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois)
anos. (113.064-1 / I4)

13.10.3.7. Quando não houver outra alternativa, o teste


pneumático pode ser executado, desde que
supervisionado pelo "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, e cercado de cuidados especiais por
tratar-se de atividade de alto risco. (113.065-0 / I4)

13.10.4. As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser


des-
montadas, inspecionadas e recalibradas por ocasião do exame
interno periódico. (113.066-8 / I4)

13.10.5. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas


seguintes oportunidades: (113.067-6 / I4)

a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou


outra ocorrência que comprometa sua segurança;

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b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações


importantes, capazes de alterar sua condição de
segurança;

c) antes de o vaso ser recolocado em funcionamento,


quando permanecer inativo por mais de 12 (doze)
meses;

d) quando houver alteração do local de instalação do


vaso.

13.10.6. A inspeção de segurança deve ser realizada por


"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2 ou por "Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme citado no Anexo II.
(113.068-4 / I4)

13.10.7. Após a inspeção do vaso deve ser emitido "Relatório de


Inspeção", que passa a fazer parte da sua documentação. (113.069-
2 / I4)

13.10.8. O "Relatório de Inspeção" deve conter no mínimo:

a) identificação do vaso de pressão; (113.088-9)

b) fluidos de serviço e categoria do vaso de pressão;


(113.089-7)

c) tipo do vaso de pressão; (113.090-0)

d) data de início e término da inspeção; (113.091-9)

e) tipo de inspeção executada; (113.092-7)

f) descrição dos exames e testes executados;


(113.093-5)

g) resultado das inspeções e intervenções executadas;


(113.094-3)

h) conclusões; (113.095-1)
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i) recomendações e providências necessárias;


(113.096-0)

j) data prevista para a próxima inspeção; (113.097-8)

k) nome legível, assinatura e número do registro no


conselho profissional do "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, e nome legível e assinatura
de técnicos que participaram da inspeção. (113.098-6)

13.10.9. Sempre que os resultados da inspeção determinare6


alterações dos dados da placa de identificação, a mesma deve ser
atualizada. (113.070-6 / I1)

ANEXO I-A
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras"

1. Noções de grandezas físicas e unidades


Carga horária: 4 (quatro) horas

1.1. Pressão

1.1.1. Pressão atmosférica


1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão
absoluta
1.1.4. Unidades de pressão

1.2. Calor e temperatura

1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é


temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6. Tabela de vapor saturado
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2. Caldeiras - considerações gerais


Carga horária: 8 (oito) horas

2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações

2.2. Partes de uma caldeira

2.2.1. Caldeiras flamotubulares


2.2.2. Caldeiras aquotubulares
2.2.3. Caldeiras elétricas
2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos
2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos
2.2.6. Caldeiras a gás
2.2.7. Queimadores
2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de
caldeiras

2.3.1. Dispositivo de alimentação


2.3.2. Visor de nível
2.3.3. Sistema de controle de nível
2.3.4. Indicadores de pressão
2.3.5. Dispositivos de segurança
2.3.6. Dispositivos auxiliares
2.3.7. Válvulas e tubulações
2.3.8. Tiragem de fumaça

3. Operação de caldeiras
Carga horária: 12 (doze) horas

3.1. Partida e parada

3.2. Regulagem e controle

3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
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3.3. Falhas de operação, causas e providências

3.4. Roteiro de vistoria diária

3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras

3.6. Procedimentos em situações de emergência

4. Tratamento de água e manutenção de caldeiras


Carga horária: 8 (oito) horas

4.1. Impurezas da água e suas conseqüências


4.2. Tratamento de água
4.3. Manutenção de caldeiras

5. Prevenção contra explosões e outros riscos


Carga horária: 4 (quatro) horas

5.1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde


5.2. Riscos de explosão

6. Legislação e normalização
Carga horária: 4 (quatro) horas

6.1.Normas Regulamentadoras
6.2. Norma Regulamentadora 13 - NR 13

ANEXO I-B
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo"

1. Noções de grandezas físicas e unidades


Carga horária: 4 (quatro) horas

1.1. Pressão

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1.1.1. Pressão atmosférica


1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão
absoluta
1.1.4. Unidades de pressão

1.2. Calor e temperatura

1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é


temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido

2. Equipamentos de processo
Carga horária estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo
um mínimo de 4 (quatro) horas por item, onde aplicável.

2.1. Trocadores de calor


2.2. Tubulação, válvulas e acessórios
2.3. Bombas
2.4. Turbinas e ejetores
2.5. Compressores
2.6. Torres, vasos, tanques e reatores
2.7. Fornos
2.8. Caldeiras

3. Eletricidade
Carga horária: 4 (quatro) horas

4. Instrumentação
Carga horária: 8 (oito) horas

5. Operação da unidade
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade

5.1. Descrição do processo


5.2. Partida e parada
5.3. Procedimentos de emergência
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5.4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente


5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo
5.6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos

6.Primeiros socorros Carga horária: 8 (oito) horas

7.Legislação e normalização Carga horária: 4 (quatro) horas

ANEXO II

Requisitos para Certificação de "Serviço Próprio


de Inspeção de Equipamentos"

Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos


nos subitens 13.5.4 e 13.10.3 desta NR, os "Serviços Próprios de Inspeção de
Equipamentos" da empresa, organizados na forma de setor, seção, departamento,
divisão, ou equivalente, devem ser certificados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro diretamente ou
mediante "Organismos de Certificação" por ele credenciados, que verificarão o
atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas "a" a "g".
Esta certificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não-
atendimento a qualquer destes requisitos:

a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados


caldeira ou vaso de pressão, com dedicação exclusiva a atividades
de inspeção, avaliação de integridade e vida residual, com formação,
qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de
preservação da segurança;

b) mão-de-obra contratada para ensaios não-destrutivos certificada


segundo regulamentação vigente e para outros serviços de caráter
eventual, selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao
utilizado para a mão-de-obra própria;

c) serviço de inspeção de equipamentos proposto possuir um


responsável pelo seu gerenciamento formalmente designado para
esta função;

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d) existência de pelo menos 1 (um) "Profissional Habilitado",


conforme definido no subitem 13.1.2;

e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico


atualizado, necessário ao atendimento desta NR, assim como
mecanismos para distribuição de informações quando requeridas;

f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades


executadas;

g) existência de aparelhagem condizente com a execução das


atividades propostas.

ANEXO III

1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos:

a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P"
é a máxima pressão de operação em kPa e "V" o seu volume
geométrico interno em m3, incluindo:

- permutadores de calor, evaporadores e similares;

- vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não


estejam dentro do escopo de outras NR, nem do item 13.1 desta NR;

- vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e


reatores;

- autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem;

b) vasos que contenham fluido da classe "A", especificados no


Anexo IV, independente das dimensões e do produto "PV".

2. Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos:

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a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de


produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de
incêndio;

b) os destinados à ocupação humana;

c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de


máquinas rotativas ou alternativas, tais como bombas,
compressores, turbinas, geradores, motores, cilindros pneumáticos e
hidráulicos e que não possam ser caracterizados como
equipamentos independentes;

d) dutos e tubulações para condução de fluido;

e) serpentinas para troca térmica;

f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos


não-enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos
de pressão;

g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm (cento e cinqüenta


milímetros) para fluidos das classes "B", "C" e "D", conforme
especificado no Anexo IV.

ANEXO IV

Classificação de Vasos de Pressão

1. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias


segundo o tipo de fluido e o potencial de risco.

1.1. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados


conforme descrito a seguir:

Classe "A": - fluidos inflamáveis;


- combustível com temperatura superior ou igual a
200º C (duzentos graus centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou
inferior a 20 (vinte) ppm;

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Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
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Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo

- hidrogênio;
- acetileno.
Classe "B": - fluidos combustíveis com temperatura inferior a
200º C (duzentos graus centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a
20 (vinte) ppm;
Classe "C": - vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar
comprimido;
Classe "D": - água ou outros fluidos não enquadrados nas
classes "A", "B" ou "C", com temperatura superior
a 50ºC (cinqüenta graus centígrados).

1.1.1. Quando se tratar de mistura deverá ser


considerado para fins de classificação o fluido que
apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações,
considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e
concentração.

1.2. Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial


de risco em função do produto "PV", onde "P" é a pressão máxima
de operação em MPa e "V" o seu volume geométrico interno em m3,
conforme segue:

Grupo 1 - PV > 100


Grupo 2 - PV < 100 e PV > 30
Grupo 3 - PV < 30 e PV > 2.5
Grupo 4 - PV < 2.5 e PV > 1
Grupo 5 - PV < 1

Declara,

1.2.1. Vasos de pressão que operem sob a condição de


vácuo deverão enquadrar-se nas seguintes categorias:

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Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo

- categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;


- categoria V: para outros fluidos.

1.3. A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias


de acordo com os grupos de potencial de risco e a classe de fluido
contido.

Conclusão

O presente trabalho constitui-se em apoio e complemento na qualificação do


operador de caldeira. Não se pretende ensinar ao profissional operar o
equipamento, mas sim, cumprir um programa oficial que estabelece
definitivamente a consciência profissional de cada um, voltada ao desempenho
responsável da atividade, com segurança.

Bom trabalho!

Referência
bibliográfica

Formação de Operadores de Caldeiras 92


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Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo

TRATAMERNTO DE ÁGUA DE CALDEIRAS

• Senai SP- Segurança Operacional de caldeiras

• http://www.reassor.com.br
• http://physchem.ox.ac.uk
• http://www.abraco.org.br
• http://www.quimica.com.br
• http://www.marvial.hpg.ig.com.br
• http://www.cdq.hpg.ig.com.br/teoria/resumo18.htm#Sol
• http://www.prochemtech.com/chem/bwt/bwt.html
• http://www.geafiltration.com/html/filtration/fliterature.html
• http://www.processregister.com/GE%20Water%20Technologies

TRATAMENTO DE ÁGUA DE CALDEIRAS ELÉTRICAS

• Senai SP – Segurança Operacional de Caldeiras

PREVENÇAO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS

• Senai – Departamento Regional de São Paulo

• http://www.vetorquatro.com.br/links.htm
• http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/ComissoesTri/ctpp/oquee/conteudo/n
r6/default.asp
• http://www.abnt.org.br/

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