Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Sumário
Água 03
• Composição 03
• Impurezas da água 04
• Corrosão 06
• Incrustação 07
• Arraste 08
• Grau de acidez 10
• Alcalinidade 11
• Condutividade 11
• Solubilidade 11
• Dureza 12
• Ciclos de concentração 13
Tratamento da água 14
Prevenção de acidentes 31
As 7 formas de energia 46
Legislação e normalização – NR 13 48
Conclusão 83
Referências bibliográficas 84
Água
Para que as caldeiras tenham um bom desempenho e longa vida útil, é necessário
ser observado com muita atenção a qualidade da água destinada à sua
alimentação. De maneira geral, a água contem impurezas como compostos
minerais em suspensão e dissolvidos, materiais orgânicos e gases.
Assim sendo, uma água de ótima qualidade para uso humano ou doméstico,
necessariamente não quer dizer que seja adequada para o uso em sistemas de
geração de vapor. Neste fascículo apresentaremos informações sobre estas
impurezas, quais as conseqüências da sua presença e como deve ser o
tratamento para que se obtenha a qualidade adequada da água de alimentação
para sistemas de geração de vapor.
Composição da água
Em seu estado líquido a água pode ser encontrada sob duas condições:
Impurezas da água
Como todo elemento da natureza a água apresenta uma série de impurezas das
quais podem ser citadas:
• Gases dissolvidos
• Sólidos em suspensão
• Sólidos dissolvidos
Corrosão
Formação de Operadores de Caldeiras 6
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
A corrosão tem várias causas e pode ser acelerada como resultado do ambiente
onde a água é captada, associada a esforços de natureza mecânica ou térmica,
ações químicas, eletroquímicas, bimetálica ou galvânica, por aeração e
concentração diferencial.
• pH
• tipo de metal
• condição da superfície metálica
• grau de deposição
• temperatura
• concentração de oxigênio
• teor de sólidos em suspensão
• teor de gases sólidos dissolvidos
• contaminantes de processo no retorno de condensado
• monitoração de todos os parâmetros
Incrustação
• agentes quelantes
• polifosfatos
• ésteres fosfáticos
• fosfonatos
• dispersantes
Arraste
Formação de Operadores de Caldeiras 8
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
As razões mecânicas podem ser causadas por danos nos dispositivos de filtragem
de vapor em caldeiras aquatubulares, pelo nível muito elevado, por situações de
excesso de demanda de vapor quando é ultrapassada a capacidade de produção
do sistema.
Inexistência de Perda da
Incrustações devido abrandamento, eficiência de
Depósitos a carbonatos deficiência no troca térmica na
diversos ou sílica controle de área de
em alta qualidade ou falha convecção,
Remoção
deficiente de Paradas longas
oxigênio para
dissolvido. manutenção ou
Furos ou perda de Reutilização de troca de tubos.
Corrosão espessura nos tubos condensado Perda de
e equipamentos. contaminado. produção
Corrosão significativa.
provocada por Risco de perda
longos períodos do
de inatividade equipamento.
operacional de
equipamentos
Valores falsos
nas leituras
Controle feitas por
Queda acentuada deficiente na equipamentos ,
da qualidade do eliminação de tomadas de
Arraste vapor. cloretos. impulso com
Depósito de Alto teor de sais. funcionamento
sedimentos nas Danos no deficiente em
tubulações e purificador de controladores
equipamentos que vapor (chevron) que utilizam o
utilizam o vapor fluxo como
variável de
processo
• acidez
Formação de Operadores de Caldeiras 10
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
• alcalinidade
• condutividade
• solubilidade
• saturação
• supersaturação ou precipitação
• dureza total
Acidez
Alcalinidade
Condutividade
Solubilidade
Dureza
Ciclos de concentração
Tratamento
da água
Existem vários fatores que influenciam na escolha de um tratamento de água de
alimentação de geradores de vapor: característica da água, pressão do sistema,
tipo de industria, finalidade do vapor gerado, qualidade requerida do vapor,
produção média de vapor, porcentagem de retorno de condensado na
alimentação, tipo do gerador de vapor, custo do combustível e custos globais.
Após as considerações destes fatores, diversos métodos podem ser empregados,
englobando os dois tipos de tratamento existentes: o externo e o interno.
o método externo é usado para dar um tratamento inicial à água, antes de entrar
na caldeira, podendo ser realizado de várias maneiras, dependendo das
condições em que se encontra a água industrial.
Outro processo externo muito utilizado é o da desaeração, que tem por finalidade
fazer a remoção dos gases contidos na água, principalmente o oxigênio dissolvido
e o gás carbônico.
• Clarificação
• Filtração
• Abrandamento
• Desmineralizaçao
• Osmose reversa
• Destilação
• Desaeração
Clarificação
Filtração
Abrandamento
Desmineralizaçao
Haverá naturalmente fluxo de água pura para a água salobra, até que o equilíbrio
osmótico seja atingido. A osmose reversa nada mais é do que a inversão desse
sentido de fluxo, mediante aplicação de uma pressão maior do que a pressão
osmótica natural. A água obtida pelo processo de osmose reversa resulta em uma
água de alta pureza, muito utilizada em laboratórios farmacêuticos para
composição de medicamentos e em hospitais, para hemodiálise.
Desaeração
É importante lembrar que estas substâncias atuam sobre o vapor, enquanto que
para a caldeira é aconselhado o uso de sequestrantes de oxigênio.
A seguir, uma tabela com parâmetros que devem ser analisados no tratamento de
água de geradores de vapor.
como PO4
Sílica como ppm < 180 < 120 < 80 < 40
SiO2
Sólidos em ppm < 300 < 200 < 150 < 80
suspensao
Sólidos
dissolvidos ppm < 2800 < 2500 < 2000 < 1500
totais
pH retorno * * 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0 7,2 a 8,0
Tratamento de água
para caldeiras elétricas
Na operação das caldeiras com eletrodos submersos, deve ser considerada com
especial atenção a condutividade da água, mantendo-a na faixa exigida. Este é
um parâmetro que não oferece flexibilidade e a sua não observância pode causar
grandes prejuízos.
A condutividade deve ser tão baixa quanto possível inclusive não só como medida
de segurança mas também como medida econômica. Para se obter água de baixa
condutividade é necessária uma unidade desmineralizadora.
Desde que seja possível e que não haja contaminações de processo, todo o
condensado deve ser retornado para o sistema de alimentação. Em tese, o vapor
gerado com água desmineralizada, resulta em condensado desmineralizado.
Desta forma, com retorno de condensado de condutividade baixa e uma água
desmineralizada, os índices de incrustação diminuem sensivelmente o que é
revertido em menor custo operacional e de manutenção, com maior durabilidade
dos eletrodos.
Neste tipo de caldeira elétrica, a água deverá ser boa condutora de corrente
elétrica para permitir a passagem pelos eletrodos, o aquecimento e vaporização
da água. Para que isto ocorra com segurança é fundamental desmineralizar a
água para após ser feito o controle de condutividade pela adição de produtos
através de dosadores.
O ponto de adição de tais produtos deve ser avaliado para que permita as reações
químicas ocorrerem antes de estarem na caldeira propriamente dita, evitando
assim decomposições de produtos, ou reações indesejadas aceleradas pelas
condições físicas do meio. (temperatura e pressão).
Dosadores
O controle físico químico da água permite a eliminação das impurezas sem alterar
a composição da mesma. Existem dois processos de controle físico:
Prevenção
de acidentes
Todo acidente tem uma causa definida, por mais imprevisível que possa parecer
sempre trazendo conseqüências indesejáveis. O fenômeno acidente do trabalho
possui natureza complexa, apresentando-se como resultado indesejado da
interação de uma rede de múltiplos fatores causais.
Prevenir quer dizer, ver com antecedência; chegar antes do sinistro ocorrer; tomar
todas as providências para que não ocorra o acidente. Este é o assunto deste
fascículo.
Acidente de trabalho
Artigo 131
Para que seja caracterizado acidente de trabalho é necessário que haja entre o
resultado e o trabalho, uma ligação. Isto é: que o resultado danoso tenha origem
no trabalho desempenhado e em função do serviço.
Artigo 132
Parágrafo 1°
a) A doença degenerativa
b) a inerente faixa etária
c) A que não produz incapacidade laborativa
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação que resultou de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Parágrafo 2°
I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou
redução da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para sua recuperação.
Parágrafo 1°
Parágrafo 2°
Parágrafo 3°
Parágrafo 4°
Princípios básicos
das mesmas causas. As causas podem ser classificadas em duas categorias: ato
inseguro ou perigoso e condições inseguras ou perigosas.
Atos inseguros
Riscos na
casa de caldeira
Uma casa de caldeira, ou área de caldeira, deve atender aos requisitos prescritos
nos itens 13.2.3 e 13.2.4 da NR-13 e o não atendimento ao prescrito no item
13.2.5 da mesma norma constitui risco grave e iminente de acidente.
Situações Riscos
Os principais acidentes que podem ocorrer em uma casa de caldeira que esteja
fora de condições de segurança são:
Poluição ambiental
provocada por caldeiras
O problema da poluição ambiental provocada por caldeiras está relacionado
intimamente com um problema mais genérico, que é o das emissões de na
atmosfera de poluentes diversos vindos da queima dos combustíveis utilizados
como fonte de energia.
Medidas de proteção
Corrosão metálica
Função pulmonar
0,01 a 0,02 anual prejudicada
Mortalidade cardiovascular
aumentada
Detectável dano crônico à
vegetação
0,02 a 0,03 anual Taxa de mortalidade por
doenças respiratórias
aumentada
Internação em hospitais pelo
0,07 a 0,25 de 2 a 4 dias aumento de complicações
cardiovasculares
Aumento de sinusite, tosse
0,2 a 0,3 de 2 a 4 dias irritação nos olhos, dano
agudo em vegetação
Aumento da taxa de
0,2 a 0,86 3 dias mortalidade por doenças
cardiovasculares.
Dano agudo à vegetação
0,21 24 horas Piora do estado de pacientes
com bronquite
0,25 24 horas Aumento da taxa de
mortalidade
0,28 24 horas Danos sensíveis à
vegetação
Outros cuidados
Dependendo do tipo de caldeira, além dos cuidados já citados, outros podem ser
acrescidos, tais como:
Riscos durante
a manutenção de caldeiras
Para evitar riscos durante a manutenção de caldeiras tomar as seguintes
providencias:
As 7
formas de energia
Formação de Operadores de Caldeiras 51
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
• Altura
• Movimento
• Eletricidade
• Mecânica
• Calor
• Pressão
• Química
Altura: Onde você ver desníveis tais como escadas, plataformas, mezaninos,
passadiços, elevadores, fossos, andaimes, pontes rolantes, árvores, etc, analise
sempre a segurança na contenção de pessoas e materiais.
Movimento: Onde houver movimentos com velocidade, tais como veículos leves e
até movimento de pessoas, ou movimento de grandes massas tais como
empilhadeiras carregadas, mesmo que lentas, montagens, analise a possibilidade
de batidas, quedas e esmagamentos.
Calor: Não existe apenas em fornos e caldeiras. Procure por linhas de vapor,
cilindros aquecidos, estufas, resistências elétricas, calor por atrito e por reações
químicas, trabalhos de solda e corte a quente, etc. Observe em cada caso a
proteção contra contatos acidentais de pessoas e o afastamento de materiais
inflamáveis e combustíveis;
a. inflamáveis e combustíveis
b. corrosivos
c. tóxicos.
A classificação da ONU para produtos perigosos envolve outras coisas, tais como
oxidantes, infectantes, radioativos, etc, mas aqui o objetivo é armá-lo com o usual.
Nota: as "7 formas" de energia não são todas as formas possíveis mas são as
mais usuais para você desenvolver rapidamente seu "olho clínico" para os riscos
no ambiente de trabalho, atendo-se a um número razoável de agentes sem ficar
restrito a termos genéricos como aqueles referidos nos mapas de riscos.
Uma ou mais formas de energia sempre estará presente em cada acidente, daí a
utilidade desse ângulo de abordagem na prevenção. Energia se transforma de
uma forma em outra. Ruído e radiações também são formas de energia. Num
automóvel em movimento você encontra todas.
Legislação
e normalização
NR-13
a) fabricante
c) ano de fabricação
subitem
- características funcionais;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
i) conclusões
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
- características funcionais;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso;
13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos
os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e
temperatura quando existentes sejam facilmente acessíveis.
(113.042-0 / I2)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
Categoria do Teste
Exame Externo Exame Interno
Vaso Hidrostático
I 1 ano 3 anos 6 anos
II 2 anos 4 anos 8 anos
III 3 anos 6 anos 12 anos
IV 4 anos 8 anos 16 anos
V 5 anos 10 anos 20 anos
Vaso Hidrostático
I 3 anos 6 anos 12 anos
II 4 anos 8 anos 16 anos
III 5 anos 10 anos a critério
IV 6 anos 12 anos a critério
V 7 anos a critério a critério
h) conclusões; (113.095-1)
Formação de Operadores de Caldeiras 83
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
ANEXO I-A
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras"
1.1. Pressão
3. Operação de caldeiras
Carga horária: 12 (doze) horas
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
Formação de Operadores de Caldeiras 85
Realtec Engenharia Ltda. – Basf Poliuretanos – Mauá
Instrutor - Douglas Dias Pereira - Jul/Ago 2007
COOPELMAN
Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Especializados em Engenharia
Elétrica, Mecânica, Química e Manutenção do Estado de São Paulo
6. Legislação e normalização
Carga horária: 4 (quatro) horas
6.1.Normas Regulamentadoras
6.2. Norma Regulamentadora 13 - NR 13
ANEXO I-B
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo"
1.1. Pressão
2. Equipamentos de processo
Carga horária estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo
um mínimo de 4 (quatro) horas por item, onde aplicável.
3. Eletricidade
Carga horária: 4 (quatro) horas
4. Instrumentação
Carga horária: 8 (oito) horas
5. Operação da unidade
Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade
ANEXO II
ANEXO III
a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P"
é a máxima pressão de operação em kPa e "V" o seu volume
geométrico interno em m3, incluindo:
ANEXO IV
- hidrogênio;
- acetileno.
Classe "B": - fluidos combustíveis com temperatura inferior a
200º C (duzentos graus centígrados);
- fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a
20 (vinte) ppm;
Classe "C": - vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar
comprimido;
Classe "D": - água ou outros fluidos não enquadrados nas
classes "A", "B" ou "C", com temperatura superior
a 50ºC (cinqüenta graus centígrados).
Declara,
Conclusão
Bom trabalho!
Referência
bibliográfica
• http://www.reassor.com.br
• http://physchem.ox.ac.uk
• http://www.abraco.org.br
• http://www.quimica.com.br
• http://www.marvial.hpg.ig.com.br
• http://www.cdq.hpg.ig.com.br/teoria/resumo18.htm#Sol
• http://www.prochemtech.com/chem/bwt/bwt.html
• http://www.geafiltration.com/html/filtration/fliterature.html
• http://www.processregister.com/GE%20Water%20Technologies
• http://www.vetorquatro.com.br/links.htm
• http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/ComissoesTri/ctpp/oquee/conteudo/n
r6/default.asp
• http://www.abnt.org.br/