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ambiente
Rio de Janeiro/RJ
A expansão da agricultura brasileira tem deixado reflexos negativos no meio ambiente.
Estudo sobre o desenvolvimento sustentável do País, divulgado ontem pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a quantidade de fertilizantes
utilizada em terras brasileiras cresceu duas vezes e meia de 1992 a 2002. Mostra também
o crescimento das queimadas e incêndios florestais promovidos para transformar a mata
nativa em áreas agropastoris. Somente em 2003, foram detectados por satélite em todas
as regiões do país quase 213 mil focos.
O desenvolvimento sustentável passa ao largo das duas mais extensas florestas do País.
Por causa do desmatamento, a maior reserva tropical úmida do mundo, na Amazônia,
acumula 631 mil quilômetros quadrados de área bruta desflorestada, segundo dados de
2002 do IBGE.
A Mata Atlântica foi quase totalmente destruída ao longo dos anos, restando menos de
10% da floresta nativa, originalmente formada por mais de 1 milhão de quilômetros
quadrados.
""Qual o tipo de ganho que vamos ter com esse tipo de aumento da produtividade na
pecuária e na agricultura? Com a velocidade com que se desmata, a floresta vai ser
destruída"", alerta.
Segundo o IBGE, o processo foi acelerado nas últimas quatro décadas e é mais acentuado
nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, área chamada de Arco do Desflorestamento,
onde a destruição de mata nativa é indiscriminada, seja por causa da extração predatória
da madeira ou para renovar ou abrir pastos e áreas agrícolas. O prejuízo é tão grande que
há formações vegetais já sob risco de desaparecimento, ameaçando a maior
biodiversidade do planeta.