Vous êtes sur la page 1sur 2

Expansão da agricultura prejudica meio

ambiente

Rio de Janeiro/RJ
A expansão da agricultura brasileira tem deixado reflexos negativos no meio ambiente.
Estudo sobre o desenvolvimento sustentável do País, divulgado ontem pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a quantidade de fertilizantes
utilizada em terras brasileiras cresceu duas vezes e meia de 1992 a 2002. Mostra também
o crescimento das queimadas e incêndios florestais promovidos para transformar a mata
nativa em áreas agropastoris. Somente em 2003, foram detectados por satélite em todas
as regiões do país quase 213 mil focos.

Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, o crescimento do setor


agropecuário faz uso constante e crescente de recursos naturais não-renováveis, como os
da floresta amazônica e da região do cerrado. ""A expansão da agricultura tem uma
repercussão ambiental para a qual precisamos estar atentos"", disse Nunes, lembrando
que ""as regiões sul e leste da Amazônia compreendem hoje o que se chama de arco de
desmatamento e que, se não houver preocupação com a preservação do território da
Amazônia no Estado do Amazonas, que hoje é praticamente intacto, esta será a próxima
fronteira a ser destruída"".

O desenvolvimento sustentável passa ao largo das duas mais extensas florestas do País.
Por causa do desmatamento, a maior reserva tropical úmida do mundo, na Amazônia,
acumula 631 mil quilômetros quadrados de área bruta desflorestada, segundo dados de
2002 do IBGE.

A Mata Atlântica foi quase totalmente destruída ao longo dos anos, restando menos de
10% da floresta nativa, originalmente formada por mais de 1 milhão de quilômetros
quadrados.

""Anualmente, na floresta amazônica, desaparece a vegetação primária de cerca de 20 a


25 mil quilômetros quadrados, área equivalente à do Estado de Sergipe, seja por causa de
incêndios ou queimadas"", diz o coordenador de Indicadores Ambientais do IBGE,
Judicael Clevelário, chamando atenção para o preço que vamos pagar em nome do
desenvolvimento econômico, pois as queimadas estão geralmente relacionadas à
expansão da atividade agropastoril registrada no País.

""Qual o tipo de ganho que vamos ter com esse tipo de aumento da produtividade na
pecuária e na agricultura? Com a velocidade com que se desmata, a floresta vai ser
destruída"", alerta.
Segundo o IBGE, o processo foi acelerado nas últimas quatro décadas e é mais acentuado
nas bordas sul e leste da Amazônia Legal, área chamada de Arco do Desflorestamento,
onde a destruição de mata nativa é indiscriminada, seja por causa da extração predatória
da madeira ou para renovar ou abrir pastos e áreas agrícolas. O prejuízo é tão grande que
há formações vegetais já sob risco de desaparecimento, ameaçando a maior
biodiversidade do planeta.

Fonte: Folha de Londrina

Vous aimerez peut-être aussi