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FICHAMENTO: Inquérito Policial

Tourinho Filho, Fernando da Costa. Processo Penal.


21ª ed. Rev. e Atual. São Paulo: Saraiva, 1999.

6. Do inquérito policial

Neste capítulo, o autor explica que nas Ordenações Filipinas, não se


faziam distinção entre as Polícias Administrativa e Judiciária, nem em inquérito policial. E
na época muito embora existissem vários procedimentos com função informativa, não
carregavam o nome de inquérito policial.
Trata também do surgimento do IP, com a Lei 2.033/1871 regulamentada
pelo Decreto-lei 4.824/1871, inclusive com sua definição:

O inquérito policial consiste em todas as diligências necessárias para o


descobrimento dos fatos criminosos, de suas circunstâncias e de seus autores e
cúmplices, devendo ser reduzido a instrumento escrito. (TOURINHO, 1999)

O art. 4º do CPP prevê a competência para elaboração do IP. O autor cita


Tornaghi para explicar que o termo "circunscrições” teria maior cabimento no texto legal,
visto que jurisdição designa atividade dos órgãos jurisdicionais. Justifica inclusive os
textos dos arts. 4º do CPP, 144, § 1.', IV, e § 4.0, da CF em questões de competências e
incumbências.
Ao se verificar uma infração, o Estado “aciona” os órgãos próprios para se
colher as informações sobre o fato, e sua autoria, tal investigação é realizada pela Polícia
Judiciária, e é informada sobre diversas diligências, tais como:

(...) buscas e apreensões, exames de corpo de delito, exames grafoscópicos,


interrogatórios, depoimentos, declarações, acareações, reconhecimentos que,
reduzidos a escrito ou datilografados, constituem os autos do inquérito policial.
(TOURINHO, 1999)

Portanto, ao serem colhidos depoimentos de testemunhas presentes ou


conscientes, exame de corpo de delito da vitima, depoimento do acusado, apreensão da
arma do crime e realizado exame para confirmação, enfim, colher provas a respeito do
fato e da autoria, é chamado de inquérito.
A próxima etapa é efetuar relatório das conclusões obtidas pela
Autoridade Policial, é encaminhado para o juiz, a fim de que o Estado, por meio de outro
órgão próprio, que é o Ministério Público, se manifeste, iniciando a ação penal com
oferecimento da denúncia, ou requerendo arquivamento, requerendo a decretação da
extinção da punibilidade ou, ainda solicitando devolução à Polícia, para se efetuarem
outras diligências, desde que imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

Inquérito policial é, pois, o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária


para a apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da
ação penal possa ingressar em juízo. (TOURINHO, 1999)

7. Finalidade do inquérito

Neste capítulo, o autor indica os arts. 4º e 12, do CPP, onde se conclui


que a função do inquérito é apurar a existência de infração penal e sua respectiva autoria,
proporcionando ao titular da ação penal base que o autorizem a promovê-la. As formas
para esta investigação é realizada através de depoimentos de testemunhas, seja por
presenciarem o fato, seja por terem conhecimento do mesmo, corpo de delito da vitima,
exames da cena do crime, buscas e apreensões, acareações, reconhecimentos,
depoimento do acusado, enfim, levantamento de dados e fatos que possam efetivamente
esclarecer o crime. Enfim:

(...) a Autoridade Policial deve desenvolver a necessária atividade visando a


descobrir, conhecer o verdadeiro autor do fato infringente da norma, porquanto,
não se sabendo quem o teria cometido, não se poderá promover a ação penal.
(TOURINHO, 1999)

No entanto, se o autor do crime for desconhecido, o Ministério Público ou


o ofendido, no caso de ação penal privada, não poderá iniciar o processo, ou ingressar
em juízo com a denúncia ou queixa, pelo previsto no art. 41 do CPP, que:

(...) exige, como um dos requisitos essenciais para a peça vestibular da ação
penal, a qualificação do réu ou, pelo menos, esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo, sob pena de ser a denúncia ou queixa rejeitada por manifesta inépcia
formal. (TOURINHO, 1999)

8. Inquéritos extrapoliciais

Via de regra, o inquérito policial é elaborado pela Polícia Civil, no entanto


o § único do art. 4º, CPP, prevê também que autoridades administrativas também
poderão fazê-lo. Assim este dispositivo prevê a possibilidade de inquéritos extrapoliciais,
que são elaborados por outras autoridades, além das policiais, com a mesma finalidade.
O autor explica ainda que crimes contra a saúde pública, determinadas
infrações em áreas alfandegárias, as autoridades administrativas tem poderes para
elaborar inquéritos que possam servir de alicerce à denúncia.
De qualquer forma, mesmo que uma autoridade administrativa não tenha
poder para a elaboração do IP, e seja uma investigação de apurar responsabilidade de
um funcionário, sobre ilícito penal, “deve, pelos canais competentes, fazê-lo chegar às
mãos do órgão do Ministério Público para oferecimento de denúncia”. (TOURINHO, 1999)
Além disso, existem os inquéritos policiais militares, conhecidos pela sigla
IPM, que são investigações realizadas pelas autoridades militares para apurar crime da
alçada da Justiça Militar e suas respectivas autorias. Porém, se ao final das investigações
constatar-se que o crime é de competência da Justiça Comum, será remetido ao órgão do
Ministério Público, que oferecerá denúncia baseado nas informações do inquérito policial-
militar.
Outra forma é o inquérito ser feito pelo próprio Juiz, nos crimes
falimentares, previsto nos arts. 103 a 108 da Lei Falimentar, também chamado de
"judicial", por ser presidido pelo “Juiz de Direito da Vara onde esteja tramitando o
processo de falência”. No art. 106 da mesma lei, permite ao falido, contestar as arguições
existentes nos “autos do inquérito e requerer o que entender conveniente”. O crime
falimentar tem sua denuncia realizada através deste inquérito, pelo MP.
A Lei n. 1.579/1952 que trata das CPIs fazem “investigações de maior
vulto”, e se constado:

(...) a existência de crime da alçada da Justiça Comum, pode o órgão do Ministério


Público, com base naqueles inquéritos parlamentares, praticar o ato instaurador da
instância penal, isto é, oferecer denúncia. (TOURINHO, 1999)

Outra forma de inquérito civil criado pela Lei 7.347/1985, presidido pelo
MP,
(...) tem por objetivo colher elementos para a propositura da ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (TOURINHO,
1999)

Portanto, o padrão é a existência de inquéritos policiais, no entanto, existe


os extrapoliciais que possuem a mesma finalidade.

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