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Introdução

Desde pequenos notamos que há uma sucessão cíclica de dias e noites,


como conseqüência do movimento aparente do Sol. Sabemos que o Sol
transmite luz e calor e que, devido á rotação da terra, um lado da Terra é
iluminado
Além do Sol conhecemos outras fontes de luz como as lâmpadas elétricas,
velas e até mesmo através do fogo. Hoje em dia não se vê com freqüência
lamparinas e lampiões de gás os quais eram comuns no final do século
passado.

Os nossos sentidos nos dão conta de que as luzes provêm de fontes luminosas as quais classificamos como fontes primárias ou
secundárias. Fontes primárias são aquelas que produzem luz. Como exemplos podemos citar o Sol, a lâmpada elétrica e o fogo.
Dizemos que as fontes primárias têm luz própria. Já as fontes secundárias transmitem a luz recebida de uma fonte primária. Por
exemplo, a Lua que reflete a luz do Sol. Estrelas são fontes primárias mas, com exceção do Sol que está relativamente perto de
nós, aparentam pouca luminosidade por estarem a muitos anos-luz de distância. Por outro lado, planetas como Vênus, Marte, e
Júpiter, que são fontes secundárias como a Lua, tem aparência de estrelas.
Nas fontes primárias há a produção de energia em quantidade suficiente de forma a garantir que haja emissão de luz e calor. Os
processos de produção da luz são os mais distintos.
Numa vela a combustão queima-se o pavio. O processo de combustão gera a produção de luz. A combustão faz derreter a
parafina que em temperatura ambiente é sólida. Como consequencia do calor gerado, além de derreter, a parafina passa do
estado líquido para o gasoso. O gás sobe por convecção e é queimado produzindo uma chama colorida. As regiões com cores
diferentes correspondem a temperaturas diferentes.
Numa lâmpada elétrica o filamento de tungstênio é aquecido a altíssimas temperaturas através da passagem de uma corrente
elétrica. Nesse processo existe a emissão de calor e luz.

No sol, parte da energia liberada em reações envolvendo os núcleos dos átomos (reações nucleares), é utilizada para a emissão
de luz.
Nas lâmpadas fluorescentes a eletricidade faz com que os átomos do gás existentes dentro do tubo da lâmpada sejam excitados.
Esses mesmos átomos produzem luz ao se desexcitarem.
Os nossos olhos reagem à luz incidente na pupila. A luz emitida por uma fonte ou aquela refletida num objeto, excita determinadas
células localizadas no globo ocular e com isso adquirimos a sensação da visão a cores.
Mas, e o que é a luz?

Desde a antiguidade filósofos e cientistas se dedicaram para explicar os fenômenos observados com a luz e discutiram sobre a
natureza da luz.
Entre os antigos gregos, a escola pitagórica acreditava que todo objeto visual
emitia partículas. Já Aristóteles concluiu que a luz era um fenômeno
ondulatório. Newton acreditava na natureza particular da luz (1672) embora
no decorrer do tempo tenha manifestado sérias dúvidas a respeito. Essa
controvérsia continuou ao longo dos tempos até a formulação da teoria aceita
atualmente: a teoria dos fótons.
Os antigos gregos descobriram que a luz se propaga em linha reta. Heron de
Alexandria descobriu em experiências feitas com espelhos, que um feixe de
luz refletida volta ao meio com o mesmo ângulo de incidência. O grego
Claudius Ptolomy fez uma lista de ângulos de incidência e de refração que
podem ter sido anotações de observações da refração na interface ar-água.
Em 1621 um matemático holandês Snell explicou o fenômeno observado quando se coloca
um bastão reto dentro da água. Dependendo da inclinação, a parte submersa aparenta ter
outra direção. Parece ser um bastão quebrado. Se o bastão é colocado
perpendicularmente à superfície, não se mostrará truncado.
Snell mostrou que quando a luz atravessa o ar e encontra uma superfície de água, parte da
luz é refletida na superfície da água como previsto por Heron e parte da luz entra no outro
meio, mudando de direção, mas continua caminhando em linha reta. Não há contradição
com a teoria que a luz caminha em linha reta, porque em cada meio transparente a teoria é
respeitada.

A luz, que leva a imagem do bastão aparentemente truncado para os nossos olhos, se propaga em linha reta no ar, muda de
direção ao atravessar a interface água-ar e continua em linha reta dentro da água. A luz bate e reflete no bastão, se propaga até
chegar e impressionar os nossos olhos. As deflexões sofridas pelos raios de luz nas interfaces de meios diferentes dão a
sensação de quebra do bastão.
Snell estudou a propagação da luz em diferentes meios como ar, vidro e água e notou que cada interface determina um desvio
diferente e deu o nome de refração para a deflexão observada. Materiais diferentes apresentam índices de refração diferentes. Foi
um outro holandês Christian Huygens que sugeriu que os índices de refração estão relacionados à velocidade da luz ao
atravessar esses materiais.
1. Princípio da constância da velocidade da luz
A velocidade da luz é a mesma para qualquer observador.
Este princípio foi proposto por Einstein em sua famosa Teoria da Relatividade. Ele estabelece que a velocidade da luz é
independente do observador. Isso dá a ela (a velocidade da luz) um caráter absoluto.

Com isso queremos dizer o seguinte. Se um indivíduo em repouso medir a velocidade da luz e encontrar um valor (designamos
por a velocidade da luz), então alguém em movimento em relação a ele encontrará o mesmo valor ( ). Por exemplo, um indivíduo
em movimento numa nave realizando uma viagem interplanetária encontrará o mesmo valor para a velocidade da luz.

Este princípio é bastante surpreendente. Foge da nossa intuição. Ele lançou as bases para o estabelecimento da Teoria da
Relatividade de Einstein.

Num primeiro momento podemos ter a impressão de que a luz chega num ponto do espaço no mesmo instante que a produzimos.
Isto é, um quarto parece ficar iluminado instantaneamente. No entanto, a rigor, isso não ocorre pois a luz se propaga com
velocidade finita.
O primeiro a verificar que a luz tem uma velocidade de propagação finita foi Roemer. Roemer percebeu que a luz demorava cerca
de 11 minutos para viajar do Sol até a Terra. Roemer divulgou sua descoberta em 1676 para a Academia Real de Ciências.

Roemer chegou a essa conclusão depois de examinar os eclipses dos satélites de Júpiter. Roemer verificou que esses eclipses
ocorriam cerca de 11 minutos antes do horário previsto pelas teorias astronômicas quando a Terra está entre o Sol e Júpiter.
Quando a Terra está além do Sol, os eclipses ocorriam cerca de sete ou oito minutos depois do tempo que deveriam ocorrer.
Concluiu, portanto, que o tempo gasto pela luz para se propagar do Sol até a Terra seria algo entre sete e oito minutos. Encontrou
o valor da velocidade da luz no vácuo de .............

Hoje sabemos que a velocidade da luz no vácuo é de


c = 299.792.458 m/s

No cotidiano

O sol é uma fonte primária de luz. Ao longo do dia ele produz


luz, calor e muitas particulas que atingem a terra. Depois de
viajar durante cerca de 8 minutos a luz produzida no Sol atinge
a superficie terrestre. O efeito da rotação da terra gera a impressão
de "falta de luz" numa das metades do globo terrestre.
À noite usamos a luz elétrica como nossa principal fonte de
luz. Isso no entanto só aconteceu a partir do final do seculo
XIX. Thomas Edson foi o inventor das lâmpadas de filamento,
muito comuns hoje. Antigamente usavam-se lampiões, tochas,
fogueira, etc.

A Lua é uma fonte secundária de luz pois ela recebe e reflete


a luz proveniente do Sol

Demonstrações
1. Moeda

Use uma vasilha opaca, coloque uma moeda no fundo. Depois coloque-se a uma distância e uma
posição tal que você não enxergue a moeda diretamente. Agora coloque água na vasilha e você
verá a moeda!

2. Caneta truncada
Pegue um copo liso cheio de água e coloque sobre a mesa.
Coloque um lápis por trás do copo e veja como a imagem fica truncada. Mude o ângulo de observação e
veja o que acontece.

Mude agora a posição do lápis e observe que a imagem muda conforme a posição do lápis em relação ao
copo.

Coloque agora o lápis na vertical, bem atrás do copo e olhe bem de frente. Observe como os ângulos
afetam a imagem obtida.
3. Posição aparente
Coloque uma moeda ou um clips no fundo de uma vasilha. Tente pegar com uma varetinha. A posição
aparente do objeto dificulta a ação

Fótons
Introdução
Hoje sabemos que a luz é composta por diminutas partículas. Tais partículas são denominadas
de fótons e nesse capítulo pretendemos analisar as propriedades das mesmas.
Prevalece assim, nos dias de hoje, a idéia de que a luz tem uma natureza corpuscular. Newton,
há muitos séculos, ao retomar a discussão sobre a natureza da luz, defendia a natureza
corpuscular da mesma. Essa teoria corpuscular, no entanto, caiu no esquecimento por algum
tempo em função da descoberta de fenomenos ondulatórios associados com a luz.
Einstein retomou a idéia da natureza corpuscular num trabalho que ficou célebre. Esse trabalho
foi publicado em 1905 e evocava a teoria corpuscular da luz para explicar o efeito fotoelétrico.
Assim, conquanto seja difícil de entender, nós lidamos todos os dias, ao longo do dia inteiro, com
uma das partículas elementares. Trata-se dos fótons.
Sempre que você estiver em contato com a luz, qualquer luz (do Sol, das estrelas, da lâmpada
elétrica etc.) você estará em contato com essas partículas elementares. Isso porque, hoje
sabemos, a luz é composta por essas diminutas partículas.
Essas partículas, os fótons, estão em todo o Universo com certeza e em todas as suas regiões
com a mesma abundância. Eles são muito numerosos no Universo. Excedem em muito as demais
partículas.

Na realidade, quando falamos dos fótons estamos falando não de um ou dois, mas de bilhões e
bilhões.

Se os fótons são tão numerosos, por que não sentimos os seus efeitos? Na realidade, podemos
sentir os efeitos associados à presença de grande número de fótons. Por exemplo, só podemos
ver se tivermos luz à nossa disposição. Fótons com energia compreendida entre dois valores (os
quais explicaremos depois), e desde que em grande número, compondo uma onda
eletromagnética, são capazes de sensibilizar um dos nossos sentidos (o da visão).
Propriedades dos fótons
O fóton é uma partícula muito curiosa. Vamos analisar algumas de suas propriedades.

1. O fóton não tem massa

Provavelmente, suspeitamos hoje, essa seja a única partícula elementar, encontrada livre no
Universo, sem massa. Na verdade, os gluons, partículas que assim como o fóton são associadas
a uma força, também têm massa zero, mas não podem ser encontrados livremente. Apesar de
não ter massa o fóton tem energia. Isso parece ser um contrasenso, no entanto isso ocorre
porque o fóton tem uma quantidade de movimento. Então, se p = quantidade de movimento do
fóton,sua energia, de acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, é dada por

E = pc.

onde é c a velocidade da luz.

Outra conseqüência do fato de que o fóton não tem massa é que ele não interage gravitacionalmente e,
portanto, passa próximo dos corpos massivos sem se desviar. Para ser bem preciso, ele acaba se
desviando um pouco e isso tem relação com a Teoria da Relatividade Geral de Einstein.

2. O fóton não tem carga

Esta é outra propriedade interessante do fóton. Isso quer dizer apenas que ele não é atraído ou
repelido por ímãs ou por objetos eletrizados. O fóton é indiferente (do ponto de vista da força
exercida sobre ele) à interação eletromagnética.

3. O fóton viaja muito rápido


O fóton viaja mais rápido do que qualquer outra partícula. Só eventuais outras partículas sem massa
(como, eventualmente os neutrinos) têm velocidade igual à do fóton.

A velocidade de qualquer fóton (não importa sua energia) é aproximadamente (utiliza-se para a velocidade
da luz o símbolo c)

c= 300.000 km/s .

Como o fóton viaja sem interação, quer seja eletromagneticamente ou gravitacionalmente, pode-se prever
que o fóton não se desvia do seu caminho enquanto viaja. Ele deve, portanto, propagar-se em linha reta.
Como a luz é composta por fótons, podemos agora afirmar:

A luz se propaga em linha reta.

Este é, na verdade, um dos princípios básicos da óptica geométrica.

4. A velocidade do fóton é a velocidade limite


Essas propriedades seguem da Teoria da Relatividade Especial de Einstein. O fato de a velocidade da luz
ser a velocidade limite significa que não existe na natureza nenhum objeto cuja velocidade exceda a
velocidade da luz. Portanto, deve seguir daí que

O fóton detém o recorde universal de velocidade.


Será isso verdade? Continuamos suspeitando que Einstein tenha razão. Até hoje, não se detectaram (ou
se encontraram) partículas mais velozes do que o fóton. Admite-se, de acordo com Einstein, apenas um
empate (velocidade igual à velocidade da luz). Dá-se o nome de tachyons às eventuais partículas mais
velozes do que a luz. Existem teorias para descrevê-las. Mas o fato é que até hoje não foram encontradas.
Então Einstein continua tendo razão nesse ponto.

O fato de que a maior velocidade no Universo é essa do fóton (300.000 km/s), leva-nos a afirmar que essa
é a velocidade máxima que temos à nossa disposição para enviar (ou receber) informações. Isso tem
conseqüências muito profundas. Se você quiser enviar uma mensagem até a estrela mais próxima (uma
das de Alfa de Centauro), o tempo mínimo para o envio da mensagem e o recebimento da resposta é de
8,6 anos. Para as estrelas mais longínquas seria de milhões ou bilhões de anos (é melhor esquecer a
mensagem). De qualquer forma, isso é apenas para lembrar que, ao receber a luz de uma estrela aqui na
Terra hoje, essa luz foi produzida (na estrela) há muitos anos atrás. Hoje, provavelmente a estrela até
mesmo já tenha se apagado e, com certeza, não está exatamente no ponto em que parece estar, pois
durante o tempo da viagem a estrela se movimentou.

E se, por acaso, existirem partículas mais velozes do que o fóton? Bem, nesse caso, teríamos um meio
mais eficiente de comunicação, é claro. E a teoria de Einstein teria que ser modificada. A questão ainda
não está resolvida.

5. A velocidade do fóton é absoluta


Estamos agora diante de outra coisa surpreendente a respeito dessas partículas.

Para entendermos isso, consideremos as partículas ordinárias, ou melhor, um grande número delas.
Consideremos uma bola (sim, uma bola grande). Digamos que essa bola deslize num vagão de um trem a
uma velocidade de 20 km por hora na mesma direção do deslocamento do trem que tem uma velocidade
de 80 km.

Qual a velocidade da bola para quem está fora, parado, olhando o trem passar? A resposta é a adição de
velocidades

vfora = vtrem + vbola.

Temos, portanto, que a velocidade da bola fora do trem é de 100 km, pois devemos somar as duas
velocidades.
Agora vamos fazer a mesma experiência com os fótons. Vamos substituir a bola pelos fótons. Qual é a
velocidade dos fótons? Seria

vfora = vtrem + vfóton?

mas não é!! A velocidade dos fótons fora do trem é a mesma que dentro do trem:

vfora = vfóton !

Einstein, sabe-se lá como!!, intuiu que para os fótons (na verdade ele se referia à luz) é diferente. Para ele
a velocidade da luz é absoluta. Isto é, não depende do sistema de referências. Isto vale apenas para
sistemas de referências ditos inerciais. Isto é, sistemas que se desloquem, uns em relação aos outros com
velocidade constante. Podemos afirmar que

Os fótons têm a mesma velocidade para qualquer sistema inercial.

Interações e colisões de fótons


Os fótons colidem e interagem de uma maneira análoga às demais partículas. É isso que, afinal,
justifica a classificação dos fótons como partículas.

Apesar de sofrerem forças do tipo previsto pelo eletromagnetismo clássico, os fótons participam
da interação eletromagnética (sendo os mediadores dessa interação). Na realidade, a interação
eletromagnética ocorre como resultado da troca de fótons. Eis aí o que aprendemos nos últimos
anos sobre as interações eletromagnéticas.

Imagine uma interação eletromagnética qualquer como, por exemplo, o afastamento de partículas
portando cargas de sinais opostos. Ela ocorre, a interação entre as duas cargas, mediante a troca
de fótons.

A interação eletromagnética se dá, basicamente, em duas etapas. Consideremos a interação


entre dois elétrons. Na primeira etapa uma partícula (um dos elétrons), portanto uma carga
negativa, produz um fóton (começou o processo de interação). Ao produzir esse fóton a partícula
muda de direção (uma vez que o fóton carrega uma parte da quantidade de movimento do
próton). Na segunda etapa, o outro elétron absorve esse fóton, com o impacto ele também muda
de direção. O resultado é aquele da figura abaixo.

Hoje em dia imaginamos todas as interações fundamentais como resultante da troca de partículas
elementares. Isto faz com que haja sempre um agente (no caso do eletromagnetismo, o fóton)
mediador da interação. Os agentes mediadores são sempre partículas elementares. Assim, as
partículas que interagem entre si nunca se tocam. A ação se dá à distância. Às partículas que
fazem essa intermediação damos o nome de bosons intermediários. A particula conhecida como
w é uma delas

A colisão entre um fóton e outras partículas ocorre com muita freqüência no nosso mundo físico.
Para essas colisões valem as mesmas regras das colisões usuais, no sentido da conservação da
energia e da quantidade do movimento. Um dos efeitos mais notáveis é o efeito compton. Nesse
efeito o resultado que se observa é a colisão de um fóton com um elétron em repouso (vide figura
abaixo)

Dependendo da energia do fóton e do sistema com o qual ele colide, podemos ter um número
muito grande de possibilidades. Uma possibilidade é o fóton (ou os fótons) ser absorvido no
processo de colisão. Nesse caso, sua energia e quantidade de movimento são integralmente
transferidas para a outra partícula. Eventualmente, essa partícula pode emitir (posteriormente)
outro fóton. Esse posteriormente significa um intervalo de tempo muito curto. Nesse caso dizemos
que houve uma colisão elástica. No efeito compton, já mencionado, a colisão é elástica.

Se o fóton tiver uma energia muito alta, outra série de coisas pode acontecer. Por exemplo, se o
fóton tiver uma energia maior do que duas vezes a energia de repouso do elétron ( ) o fóton pode
desaparecer e produzir duas partículas (o elétron e a sua antipartícula, o pósitron). A esse
processo damos o nome de produção de pares.
Se sua energia for extremamente alta, ele pode arrebentar um próton em vários pedaços,
produzindo uma gama muito grande de partículas.

O método, de quebrar o próton em pedaços, se transformou nos últimos anos no melhor método
de investigação da estrutura da matéria. A idéia é a seguinte: aceleramos prótons a energias
muito altas (produzimos um feixe de prótons) e fazemos essas partículas colidirem com outros
prótons. O ideal é termos um outro feixe vindo na "contramão" (isto é, na direção oposta).

Do início do universo até hoje


Os cientistas imaginam, aqueles que confiam na Teoria do Big Bang para descrever o início do
Universo, que os fótons existem desde a origem do Universo. Isso porque, nessa teoria, proposta
em 1943 por Alpher, Bethe e Gamow, o Universo primordial (o Universo nos seus primeiros
instantes) seria basicamente composto por uma sopa de partículas. Dentre essas partículas, lá
estavam os fótons.

Seguindo o raciocínio de um Universo composto apenas pelas "substâncias básicas", as


partículas elementares, o Universo teria evoluído deixando alguns "fósseis" dessa era primitiva.
Dentre esses fósseis estariam os fótons
Fótons são, de longe, as partículas mais abundantes no Universo. Estima-se que para cada
próton (ou elétron) no Universo existem bilhões de fótons.

Onde estão eles? Estão distribuídos ao longo de todo o Universo. Eles são distribuídos de uma
forma bastante homogênea. Isto é, eles são encontrados em igual número numa caixa de que
seja aqui na Terra, na Galáxia de Andrômeda ou em qualquer região do Universo. A distribuição
de fótons é uniforme e isotrópica (a mesma para qualquer direção que olharmos no Universo)

A evolução do conceito de fóton


Sendo a luz constituída dessas partículas diminutas, podemos nos perguntar por que só neste
século nos demos conta disso? O homem conhece a luz e seus efeitos desde priscas eras. A luz
é o fenômeno primeiro. Nós nos damos conta da sua existência já ao nascer. Além disso, ela
participa, em vários estágios do ciclo da vida.

É claro que ela despertava a curiosidade dos antigos. A formação de sombras e penumbras
ocorre no dia-a-dia de todos os seres humanos. Os eclipses já eram utilizados alguns séculos
antes de Cristo como um meio de determinar a distância da Terra até a Lua. Tales de Mileto, seis
séculos antes de Cristo, já aprendera o método de triangulação para medir distâncias, inferindo a
altura da Pirâmide de Gizé a partir da sombra projetada no solo pela pirâmide. Erastótenes
utilizou a sombra de uma haste fincada no solo (um gnomo) para determinar o raio da Terra.

As sombras e penumbras podem ser explicadas pelo Princípio da Propagação Retilínea da Luz.
Princípio esse já enunciado pelos gregos e aparece na obra de Euclides (300 a.C.)

Outros fenômenos associados à luz, como a reflexão e a refração, já eram conhecidos na


Antigüidade. Fala-se muito em instrumentos utilizados com muita engenhosidade por Arquimedes
na defesa de Siracusa. Dentre eles estavam alguns espelhos para provocar confusão nas hostes
inimigas (os romanos).

A suspeita de que a luz tinha velocidade finita começou provavelmente com Galileu. Na época de
Newton, ele já tinha conhecimento da determinação da sua velocidade feita por Roemer. De
acordo com ele, a luz levaria sete minutos para passar do Sol à Terra.
Esses fatos, bem como outros, poderiam ser explicados se a luz fosse composta por partículas.
Por isso, Newton elaborou uma teoria para a luz, cujo ponto básico é a sua constituição por
corpúsculos de luz. O livro de Newton começa definindo:
Por raios de luz entendo as partes mínimas da luz e as que tanto são sucessivas nas mesmas
linhas como simultâneas em várias linhas.
Newton se interessou pela óptica antes que pela mecânica. Publicou seu primeiro trabalho em
óptica aos 29 anos. Preocupou-se com um fenômeno que naquela época era célebre: o fenômeno
das cores. Esse fenômeno, objeto do trabalho de decomposição da luz em diversas cores ao
passar por um prisma, já fora detalhadamente descrito por ele aos 23 anos, em 1666. No seu livro
"Óptica" Newton afirma que "é evidente que a luz consiste em partes" e se utiliza de termos como
"corpos minúsculos" e "partículas de luz".
Muitos físicos, de valor excepcional, se opuseram à teoria de Newton. Dentre eles, Robert Hooke
e Christiaan Huyghens. A idéia dominante era a de que a luz era a pressão ou o movimento de
alguma perturbação que atravessa um determinado meio. Muito próximo, portanto, do que hoje
denominamos de ondas.

A idéia da teoria corpuscular da luz prevaleceu (a despeito da oposição) durante o século XVII.
Em parte graças ao prestígio de Newton e em parte por falta de evidências contrárias à teoria de
Newton.

A teoria de Newton sofreu, no entanto, um grande abalo com os trabalhos de Young e Fresnel a
respeito do fenômeno da interferência da luz. A teoria de Newton não é compatível com esse
fenômeno.

Podemos ilustrar essa questão imaginando um dispositivo que contém duas fendas (elas estão a
uma certa distância uma da outra) com um anteparo a uma certa distância delas. Podemos fazer
três experiências. Em cada uma delas enviamos um feixe de partículas.
a) Manter a fenda inferior fechada.
b) Manter a fenda superior fechada.
c) Manter as duas fendas abertas.
O resultado de Young e Fresnel mostrava que a luz exibia interferências. As ondas, ao se
superporem (com as duas fendas abertas), podem produzir máximos (quando ocorre interferência
construtiva) ou mínimos (interferência dita destrutiva). As experiências de Young e Fresnel
levaram à Teoria Ondulatória da Luz. A luz seria constituída por vibrações (oscilações de campos
elétricos e magnéticos, como se viu depois) transversais à direção de propagação.

A partir dos trabalhos de Young e Fresnel, a teoria de Newton caiu no esquecimento. Foi de outra
forma retomada depois do trabalho pioneiro de Einstein, em ( ), sobre o efeito fotoelétrico.

Esse efeito pode ser resumido assim. Podemos arrancar elétrons de uma placa se fizermos incidir
luz sobre ela. Essa é a origem do nome "fotoelétrico". Sabemos que, para arrancar um elétron,
devemos despender uma certa quantidade de energia, pois os elétrons estão presos (ligados) à
placa.

Se a luz não fosse constituída por corpúsculos, haveria a necessidade de um intervalo de tempo
entre a luz incidir e o elétron sair. Isso porque se acreditava na necessidade de o elétron
acumular energia vinda da radiação luminosa. Ademais, qualquer onda eletromagnética serviria
(dizemos de qualquer comprimento de onda). Algumas seriam apenas mais eficientes do que
outras. Isto é, arrancariam em menor tempo do que outras.

Duas surpresas ocorreram. A primeira é a de que só radiação com uma freqüência acima de um
certo valor podia arrancar elétrons. E a segunda é a de que, para essa radiação, não havia a
necessidade de se esperar nada. Einstein então, em 1905, interpretou, corretamente, que o efeito
fotoelétrico com essas características só poderia ser explicado se a luz fosse composta por
partículas (denominadas por ele de quanta de luz), denominadas hoje de fótons. Os fótons
observados deram razão a Einstein. Desde então as evidências têm-se acumulado em favor da
teoria corpuscular da luz, que é a teoria vigente.

Como todas as partículas, os fótons exibem uma natureza dualística: onda e partícula. Os fótons
em alguns fenômenos exibem mais claramente a natureza ondulatória (como na interferência de
Young) e em outros se torna mais evidente a natureza de partículas (como no efeito fotoelétrico).
Hoje, com o dualismo onda-matéria podemos conciliar a idéia de Newton com os resultados de
Young e de Fresnel.

A confirmação inequívoca de que a luz exibe a natureza corpuscular veio com a descoberta, em
1923, do efeito Compton (em homenagem ao seu descobridor, Arthur Compton). Nesse efeito, o
fóton exibe um comportamento típico de bola de bilhar. Isto é, a colisão entre o fóton e um elétron
obedece às regras de colisão entre partículas.

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