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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A ressonância magnética (RM) é um método radiológico que utiliza radiação


eletromagnética na formação da imagem e que não depende nem da capacidade de absorção dos
raios X pelos tecidos, nem tampouco da capacidade de reflexão ou transmissão de ondas sonoras.O
mecanismo é bastante complexo, dependendo basicamente da presença de alguns tipos de núcleos,
os quais sofrerão influência de um campo magnético e de estímulos de radiofreqüência do aparelho.
À semelhança da TC, os sinais captados pelo aparelho serão transformados em valores numéricos e
reconstituídos por computador em imagens segmentares axiais, acrescidas de imagens em cortes
coronais, sagitais e oblíquos. A geração de imagem por ressonância magnética (IRM) é um dos
avanços mais significativos na obtenção de imagens médicas neste século.

EQUIPAMENTO E FORMAÇÃO DA IMAGEM

O equipamento de RM compreende um sistema de magnetos (ímãs), bobinas (antenas


emissoras e receptoras de radiofreqüência) e um conjunto de computadores. O sistema de bobinas
emite ondas de radiofreqüência que irão excitar os prótons teciduais do segmento escolhido. Ao
cessar o estímulo, os prótons liberam ondas de radiofreqüência que serão captadas por receptores
(antenas) e processadas pelo computador que formará as imagens de acordo com os dados obtidos.
Estes dados serão codificados por tonalidades numa escala de cinza, variando do branco ao preto,
sendo a tendência à cor branca diretamente proporcional à intensidade do sinal.

O NÚCLEO DO ÁTOMO

Da estrutura básica do átomo, é sabido que uma nuvem de elétrons (partículas


negativamente carregadas) órbita em torno de uma massa nuclear, formada de prótons
(positivamente carregados) e nêutrons (eletricamente neutros).
A letra N em RNM significa "nuclear" e representa o núcleo do átomo. Diferentemente das
imagens de Raios-X, relacionadas com elétrons orbitais, o sinal da RNM surge a partir do centro do
átomo, ou núcleo. Embora as propriedades químicas de um átomo dependam da estrutura de seus
elétrons, as propriedades físicas dependem largamente do seu núcleo, que é responsável por quase a
totalidade da massa do átomo.
Embora prótons nucleares e elétrons orbitais possuam cargas opostas e de mesma
intensidade, a fim de manter neutralidade elétrica do átomo, o número de prótons e nêutrons é
freqüentemente desigual.
Esse principio de desigualdade no núcleo do átomo invoca uma definição em física,
chamada de "momento angular" do núcleo. Se o núcleo contem desigual numero de prótons e
nêutrons, então, ele possui um momento angular ou uma resultante angular. Se não existe
desigualdade entre o numero de prótons e nêutrons, o momento é zero. Qualquer outra combinação,
terá uma resultante diferente de zero.
Somente aqueles átomos que possuem número impar de prótons e/ou nêutrons serão capazes
de produzir um sinal em RNM. Embora uma variedade de mais de 300 diferentes tipos de núcleos
possuam momento angular, apenas um seleto grupo tem utilidade em medicina. Dentre esses:
1. Hidrogênio (1H, 2H)
2. Carbono (13C)
3. Sódio (23Na)
4. Fósforo (31P)
5. Flúor (19F)
De todos os átomos, o Hidrogênio é o mais simples, pois ele possui apenas um próton. Ele é
o mais importante átomo para a RM de hoje, sobretudo porque em humanos, ele corresponde a mais
de dois terços do número de átomos encontrados em nosso corpo. Além de sua abundância nos
sistemas biológicos, o hidrogênio é altamente magnético, o que o torna extremamente sensível a
RM. Outros núcleos podem gerar imagens em RM, mas, de certa forma, possuem imagens mais
pobres comparadas as do Hidrogênio.
Como o uso do núcleo do Hidrogênio é uma unanimidade, é muito comum referir-se ao
próton como definição de núcleo do Hidrogênio, em RNM.

PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DO ÁTOMO

A letra M em RNM significa "magnética" ou "magnetismo". Como anteriormente


mencionado, o núcleo do átomo de Hidrogênio é formado por um próton, que é uma pequena
partícula positivamente carregada associada a um momento angular (ou "spin").
A fim de produzir uma imagem em RM, primeiro coloque o paciente em um extenso,
poderoso e uniforme campo magnético. Os campos magnéticos geralmente são medidos em
unidades de Tesla (T). Na maioria dos sistemas médicos em uso atual, esses campos variam de 0,2T
a 2,0T de intensidade. Para comparar, o campo magnético do nosso planeta Terra é de
aproximadamente 0,00005T, com pequenas variações em torno da Linha do Equador e dos Pólos
Glaciais.
Na ausência de um campo magnético externo, a orientação dos spins nos tecidos é aleatória.
Ao ser aplicado um campo magnético (fornecido pelo magneto principal), os spins se alinham de
acordo com ele (estado de energia de equilíbrio). Ao se aplicar sobre estes spins uma radiação
eletromagnética, no caso, as ondas de radiofreqüência, os spins ganham energia (estado fora do
equilíbrio), e mudam de orientação vetorial. Cessado o estímulo, os spins retornarão ao alinhamento
original, liberando a energia sob forma de ondas de radiofreqüência, as quais serão captadas pelas
antenas receptoras. Quanto maior a concentração de prótons de hidrogênio em um segmento
estimulado, mais intenso será o sinal de ressonância.

A. Na ausência de um campo magnético, os átomos alinham-se de maneira aleatória

B. Se submetidos a um campo magnético, alinham-se na direção deste campo.


C. Quando se aplica um segundo campo magnético, estes átomos permanecem em
um grau de ativação maior.

D. Cada átomo tem ressonância numa freqüência específica de um campo magnético


(freqüência Larmor). Por exemplo, para se obter a ressonância do hidrogênio é necessário
um campo magnético de 100 MHz, para o fósforo 40,48 MHz. Quando o campo magnético é
retirado, o núcleo retorna para seu eixo original (relaxamento)

È importante detalhar que na verdade, ao se aplicar um campo magnético os prótons tendem


a se alinhar tanto contra como a favor deste campo, sendo que, aproximadamente metade desses
prótons alinham-se contra e metade a favor do campo magnético, com discreta predominância de
prótons na mesma direção do campo. A diferença depende do campo magnético aplicado, mas é
mínima em qualquer circunstância. Embora incrivelmente pequena, essa diferença é suficiente para
produzir um sinal em RNM.
Deveremos sempre ter em mente o numero de prótons existentes, que é da ordem de bilhões
e bilhões, 1023 em um centímetro cubico de água, para ser mais exato. Para simplificar esse numero
extremamente grande, pensemos no somatório de todos esses momentos (setas) e assim teremos
uma única seta resultante, também chamada de vetor resultante.
Como a discreta maioria da população de prótons submetidas a um campo magnético tende
a seguir a direção do campo aplicado, o vetor resultante também estará com essa orientação.
O grau em que um tecido responde ao campo magnético aplicado é denominado sua
suscetibilidade magnética. Enquanto muitos tecidos moles do corpo têm suscetibilidades
semelhantes, algumas substâncias com elétrons não pareados, que são designadas como
paramagnéticas ou ferromagnéticas, têm suscetibilidades significativamente diferentes.

RESSONÂNCIA DO NÚCLEO

Finalmente, a letra R em RNM significa "ressonância". O termo ressonância refere-se à


capacidade de dois sistemas ou meios físicos trocarem energia entre si sem que ocorra dissipação
importante desta energia. No caso da RM, refere-se à capacidade dos prótons teciduais receberem e
devolverem energia através de ondas de radiofreqüência (as mesmas de rádios AM e FM), emitidas
e captadas através de antenas.
Além de terem um momento, também chamado de "spin", esses prótons transladam em
torno do eixo do campo magnético, seja o do campo magnético da Terra no nosso dia a dia, seja o
do campo magnético aplicado para produzir uma imagem. Essa propriedade, chamada de
"precessão", na verdade é a freqüência com que o próton gira em torno desse eixo, e foi
matematicamente definida por um físico britânico chamado Joseph Larmor. A freqüência, segundo
Larmor, é proporcional ao campo aplicado e a cada núcleo usado. Os prótons entram em precessão
mais rapidamente com um campo magnético mais potente.
Cada aparelho de RM, terá, dessa forma, uma freqüência característica, baseada apenas na
intensidade de seu campo magnético, já que praticamente usamos sempre o mesmo núcleo
(Hidrogênio). A ressonância por sua vez, nada mais é que a indução de transições entre estados de
diferente energia. A energia requerida para produzir tais transições equivale à diferença de energia
entre prótons de baixa e alta energia.
Para se produzir um sinal em RNM e então uma imagem, o vetor resultante, orientado de
acordo com o campo magnético aplicado, deverá ser deslocado dessa posição e induzir a formação
de uma corrente elétricaem uma bobina especialmente preparada para perceber a mudança de
posição. Em outras palavras, seria como atingir uma bola de sinuca em movimento com uma outra
bola e então registrar a mudança que ocorre na orientação da primeira. Como, então, mudar a
direção do vetor resultante? Simples. Usando-se uma onda de Radio Freqüência (RF) da janela do
espectro eletromagnético, consegue-se deslocar o vetor de sua orientação básica. Claro que em
física, existem certas condiçoes básicas para se alcançar esse objetivo, como por exemplo, a RF
deverá estar em sintonia com a freqüência de ressonância do sistema. Uma simples analogia seria
imaginar uma criança em um balanço, com sua freqüência natural de ida e vinda. Para que se possa
alterar essa freqüência, a nova radiação (uma pessoa, no caso) deverá esperar que o balanço vá e
volte e assim poderá empurra-lo mais uma vez.
A amplitude e a duração da RF poderá ser controlada para se produzir uma variedade de
angulações e mudanças do vetor resultante. Para tradicionais imagens de RNM usa-se uma RF que
varia o angulo de 90 a 180 graus. Existem muitas outras variações com ângulos menores e que são
usados em condiçoes especiais, como para diminuir o tempo de aquisição das imagens, por
exemplo.
Após cada pulso de RF aplicado, o sistema representado pelo vetor resultante inicia o que se
chama "relaxamento", retornando ao equilíbrio anterior à RF após um determinado lapso de tempo,
chamado de "tempo de relaxamento".
Em RNM, esse tempo de relaxamento depende de vários fatores, como a intensidade da RF
e do campo magnético usados, da uniformidade desses campos magnéticos, do tipo de tecido
orgânico, da interação entre prótons, entre outros.
A Aplicação de pulsos de RF adiciona energia ao sistema e faz com que os prótons mudem
para um estado de maior excitação ou de maior energia. O processo de dissipação dessa energia, no
ambiente magnético desses prótons, e o seu retorno ao estado de mais baixa energia, é chamado de
Tempo 1 de relaxamento ou T1. Como para se formar uma imagem em RNM vários pulsos de RF
são necessários, é imperativo que se aguarde um certo tempo de relaxamento para que o próximo
pulso de RF seja eficiente, ou seja, deve-se aguardar um determinado T1.
Ainda, cada próton tem seu próprio intrínseco campo magnético, que começa a se
desorganizar e a afetar núcleos vizinhos em uma reação simultânea, após cada pulso de RF,
transferindo energia entre si e conseqüentemente saindo de fase. Essa relação proton-proton (ou
spin-spin) é também chamada de Tempo 2 de relaxamento ou simplesmente T2.
IDENTIFICAÇÃO DAS IMAGENS

Imagem ponderada em T1

O tempo utilizado em spins para se realinharem de acordo com o eixo magnético, ou tempo
de relaxamento longitudinal, é chamado T1. Ele depende da transferência de energia para o meio,
sendo por isso também chamado de tempo de relaxamento spin-rede (lattice).

Imagem ponderada em T2

Durante o realinhamento, os prótons interagem entre si devido aos diferentes spins. Desta
forma, alguns spins atingem o repouso em tempo mais curto que os outros. Este grau de defasagem
é medido pelo tempo de relaxamento transverso ou T2 ou tempo de relaxamento spin-spin, pois
corresponde à medida de troca de energia entre os prótons.

CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

O contraste da imagem em RNM é baseado nas diferenças de sinal entre distintas áreas ou
estruturas que comporão a imagem. Ele é o resultado da interação de diferentes fatores, incluindo a
densidade dos prótons, T1, T2, a suscetibilidade magnética e o fluxo dos líquidos corporais.
Na RM, utiliza-se o meio de contraste paramagnético que age sobre o tempo de T1,
aumentando o sinal e fornecendo um maior contraste na formação da imagem. Ele concentra-se nos
tecidos vascularizados e é eliminado por via renal. Por sua baixa capacidade de ativação de
complemento celular, não há praticamente reações alérgicas.

APLICAÇÕES DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Dada a grande sensibilidade da RM, ela é especialmente valiosa para ajudar a diagnosticar:

Doenças dos órgãos e articulações

Perturbações do sistema nervoso


• Esclerose múltipla
• Tumores do sistema nervoso central
• Doenças da base do encéfalo
• Doenças do interior da medula ou ao redor dela
• Doenças da coluna com envolvimento do sistema nervoso
• Hidrocefalias
• Lesões da hipófise
• Lesões dos nervos cranianos
• Doenças congênitas, etc.

Doenças vasculares cerebrais


Os novos programas dos aparelhos de ressonância magnética permitem a avaliação das
artérias do pescoço (artérias carótidas e vertebrais) e do cérebro sem o uso do contraste.
Câncer
A RM pode ser utilizada para detectar precocemente o câncer nos diferentes tecidos e
órgãos.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Vantagens

As grandes vantagens da RNM residem na sua segurança, já que não usa radiação ionizante,
nas diversas capabilidades em promover cortes tomográficos em muitos e diferentes planos, dando
uma visão panorâmica da área do corpo de interesse e, finalmente, na capacidade de mostrar
características dos diferentes tecidos do corpo.

Desvantagens

Do exposto conclui-se que a RNM, usando campos magnéticos de altíssima magnitude, é


potencialmente perigosa para aqueles pacientes que possuem implantes metálicos em seus
organismos, sejam marcapassos, pinos ósseos de sustentação, clipes vasculares e etc. Esses
pacientes devem ser minuciosamente interrogados e advertidos dos riscos de aproximarem-se de um
magneto e apenas alguns casos, com muita observação, podem ser permitidos.
Outras contra-indicações são relativas, tais como:
• Claustrofobia, síndrome do pânico.
• Gravidez com menos de 12 semanas.
• Pacientes com monitorização intensiva.
• Algumas válvulas cardíacas antigas.

O método não é adequado para estudo de calcificações, casos estes em que está indicada a
TC. Também não é indicado na análise fina do parênquima pulmonar, pois não permite a distinção
entre o ar e pequenas calcificações.

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