Vous êtes sur la page 1sur 22

Desastre ambiental

Consequências do vazamento de petróleo no golfo do México


Direto ao ponto 
Na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma
Deepwater Horizon, arrendada pela empresa British Petroleum (BP),
matou 11 funcionários no golfo do México. Dois dias depois, a
plataforma afundou a aproximadamente 80 quilômetros da costa da
Louisiana, sul dos Estados Unidos. O petróleo cru começou a vazar da
tubulação rompida a 1,5 quilômetro da superfície do mar, formando
uma enorme mancha negra que se aproxima do litoral americano.

Desde então, o óleo vem prejudicando a fauna marinha, o turismo e a


pesca na região. Todos os esforços da empresa BP para conter o
vazamento falharam e o derrame deve continuar por mais um mês.
Pela sua extensão, esse foi considerado o pior vazamento de petróleo
da história dos Estados Unidos.

O desastre no golfo do México trouxe como consequências: a)


ameaças ao ecossistema; b) prejuízos à indústria pesqueira e ao
turismo; c) desgaste político do presidente Barack Obama; d) revisão
dos incentivos à indústria petroleira; e) maior regulamentação do setor
petrolífero; f) incentivo à discussão sobre energias alternativas.

Oriente Médio
Ataque à "Flotilha da Liberdade" isola Israel
Direto ao ponto 
Em 31 de maio de 2010, nove turcos morreram no ataque militar de
Israel a uma flotilha que levava, supostamente, ajuda humanitária à
Faixa de Gaza. Os ativistas tentavam furar o bloqueio mantido pelo
Estado israelense desde 2007. Os militares disseram que reagiram ao
enfrentarem resistência da tripulação. Vídeos mostram soldados
israelenses sendo agredidos por ativistas. 

O resultado da operação causou manifestações no mundo árabe e na


Europa, servindo para fortalecer o grupo terrorista Hamas e isolar
ainda mais Israel no Oriente Médio. As principais consequências do
ataque foram: 

1. Deterioração das relações com a Turquia, um dos poucos países


aliados de Israel no Oriente Médio e mediador do processo de paz
entre árabes e israelenses. 

2. Fortalecimento do grupo terrorista Hamas, do radicalismo islâmico e


de inimigos de Israel, como o Irã. 

3. Desgaste dos Estados Unidos, que enfrentam fortes reações


internas contra o suporte militar, financeiro e político que,
historicamente, presta a Israel.

Colômbia
Eleições renovam esperança de futuro sem guerrilhas
Direto ao ponto 
No dia 20 de junho de 2010, os colombianos vão às urnas para
escolher o substituto do presidente Álvaro Uribe Vélez, no poder
desde 2002. O candidato governista Juan Manuel Santos, ex-ministro
da Defesa, lidera a disputa contra o candidato do Partido Verde,
Antanas Mockus, que aparece em segundo lugar nas pesquisas de
intenção de voto. No primeiro turno, realizado em 30 de maio, Santos
obteve 46,6% dos votos e Mockus, 21,5%.

O quadro eleitoral na Colômbia é explicado pela relação do poder


político com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc),
grupo guerrilheiro de orientação comunista. Quando Uribe assumiu a
presidência, adotou uma política "linha dura" contra os
narcotraficantes das Farc. As medidas diminuíram o poder militar e a
influência política dos guerrilheiros, além de garantir a reeleição de
Uribe e o apoio ao seu candidato. 

Entretanto, escândalos de corrupção e o sucesso do combate às Farc


também serviram para dar força à oposição.

José Saramago (1922-2010)


Escritor defendeu comunismo e contestou dogmas católicos
Direto ao ponto 
O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua
casa, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, no dia 18 de junho de 2010.
Ele foi o único escritor em língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel
de Literatura. 

Saramago escreveu dezenas de livros, entre romances, poesias,


ensaios, peças de teatro, diários, crônicas e memórias. Sua obra foi
traduzida em 42 línguas. Um dos mais famosos romances, O
Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), provocou embates com a
Igreja Católica e o governo de Portugal, país católico. 

O escritor também ficou conhecido por sua militância política. Filiou-se


ao Partido Comunista em 1969, se opôs à ditadura de Oliveira Salazar
e tornou-se jornalista após a Revolução dos Cravos (1974).

Índios
Políticas de proteção completam um século no Brasil
Direto ao ponto 
O Serviço de Proteção ao Índio (SPI), órgão que inaugurou a política
indigenista no país, foi instituído há um século, em 20 de junho de
1910. Ele foi substituído, em 1967, pela Fundação Nacional do Índio
(Funai). 

Antes de o SPI ser criado, os índios eram vistos como um entrave ao


desenvolvimento do país. Um dos responsáveis pela mudança no
tratamento dos povos nativos foi o marechal Rondon, primeiro diretor
do SPI. 

Rondon, porém, tinha um programa, baseado em ideias positivistas,


de integrar os índios e usá-los como mão de obra na agricultura. Isso
foi prejudicial para a diversidade cultural e étnica dos índios. Por outro
lado, a demarcação de terras iniciada pelo SPI é vista hoje como a
maneira mais eficaz de proteger as tribos. O direito a terras e à
preservação dos costumes indígenas é reconhecido pela Constituição
Federal de 1988.

Massacre de Srebrenica
Maior genocídio do pós-guerra completa 15 anos
Direto ao ponto 
Há 15 anos aconteceu na cidade de Srebrenica, na antiga Iugoslávia,
o maior massacre cometido na Europa desde o fim da Segunda
Guerra Mundial. Em apenas uma semana, 8.373 bósnios muçulmanos
foram mortos por tropas sérvias. 

Os crimes foram cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995).


Os sérvios, liderados por Radovan Karadzic, ocuparam o país e deram
início a uma campanha de "limpeza étnica". Para fugir da guerra,
milhares de bósnios se refugiaram em cidades como Srebrenica, que
havia sido declarada área de segurança pela ONU. 

No começo de julho de 1995, Srebrenica foi recapturada pelos sérvios.


Os muçulmanos foram feitos prisioneiros: homens e adolescentes
foram presos e executados. 

O acordo de paz foi assinado em 21 de novembro 1995. Radovan


Karadzic foi preso em 2008 e está sendo julgado pelo Tribunal de
Haia. O presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, morreu em 2006,
enquanto era julgado.

Direitos humanos
Cuba liberta presos políticos
Direto ao ponto 
A ditadura cubana decidiu libertar 52 presos políticos nos meses de
julho a outubro de 2010. O anúncio da soltura foi feito em 7 de julho.
As negociações foram intermediadas pela Igreja Católica cubana e
pelo governo espanhol. O primeiro grupo, composto por 11 dissidentes
e seus familiares, chegou à Espanha entre os dias 12 e 15 de julho. 

Todos os presos beneficiados com a medida fazem parte do "Grupo


dos 75", composto por 75 dissidentes presos em março de 2003
durante a "Primavera Negra". Eles foram processados por atividades
subversivas e condenados a penas que variam de 14 a 27 anos de
prisão. 

A pressão internacional pela libertação começou após a morte de


Orlando Zapata Tamayo, ocorrida no dia 23 de fevereiro de 2010,
após 85 dias em greve de fome. No dia seguinte à morte de Zapata,
outro preso político, Guillermo Fariñas, iniciou greve de fome, só
suspensa após o comunicado oficial de que os ativistas seriam
colocados em liberdade.
Casamento gay
Argentina é o primeiro país latino-americano a oficializar união
Direto ao ponto 
O Senado argentino aprovou, no dia 16 de julho de 2010, o casamento
gay, tornando-se o primeiro país na América Latina a legalizar a união
entre pessoas do mesmo sexo. A lei ainda precisa ser sancionada
pela presidente Cristina Kirchner. 

A nova legislação altera, no Código Civil, os termos "marido e mulher"


para "contratantes", igualando os direitos de casais gays e
heterossexuais. Entre as mudanças, estão: a) recebimento total da
herança, no caso de morte de um dos cônjuges; b) permissão para
adoção de crianças (antes, somente um dos membros da relação
podia adotar); c) uso de sobrenome comum para crianças adotadas ou
para filhos naturais de um dos parceiros; e d) o casal passa a ter
direito de receber pensão, pagar impostos e pedir crédito. 

No Brasil, casais homossexuais precisam recorrer à Justiça para


conseguir os mesmos direitos válidos para uniões heterossexuais.
Existem projetos de leis sobre a união estável e direitos civis de
homossexuais que tramitam no Congresso brasileiro desde 1995.

Guerra do Golfo - 20 anos


Da invasão do Kuait à ocupação americana do Iraque
Direto ao ponto 
Há 20 anos, em 1990, começou a Guerra do Golfo. No dia 2 de
agosto, tropas iraquianas, sob o comando de Saddam Hussein,
invadiram o Kuwait, rico em petróleo. Saddam cobrava dívidas do
Kuait e reclamava questões territoriais. Para o Iraque, a invasão era
um meio de refazer as finanças do país, arrasadas depois de oito anos
de guerra contra o Irã. 

O ditador iraquiano, porém, subestimou a reação da comunidade


internacional e de seu antigo aliado, os Estados Unidos. No dia 17 de
janeiro de 1991 foi iniciada a ofensiva de uma coalizão militar de 34
países. Entre 25 e 28 de fevereiro foi desencadeada a "Operação
Tempestade no Deserto", que terminou com a retirada das tropas
iraquianas do Kuwait. 

Passados mais de dez anos, com o Iraque ainda arrasado, os EUA


ocuparam o país em 20 de março de 2003. O governo de George
Bush acusou Saddam de ligação com os atentados de 11 de
Setembro e de possuir armas de destruição em massa, fatos nunca
comprovados. Saddam foi deposto, capturado e condenado à morte.
Com a eleição de Barack Obama, decidiu-se pela retirada dos
soldados dos EUA até 31 de agosto de 2010.

Bomba atômica - 65 anos


Explosões em Hiroshima e Nagazaki inauguraram era nuclear
Direto ao ponto 
Há 65 anos, entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, duas bombas
atômicas devastaram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki,
pondo fim à Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e dando início à era
nuclear. Foi a primeira e única vez na história em que esse tipo de
bomba foi usado em uma guerra. 

Estima-se que 140 mil pessoas tenham morrido em Hiroshima e outras


70 mil em Nagazaki, sem contar os que morreram nas décadas
seguintes em decorrência de contaminação radioativa. 

As bombas foram desenvolvidas pelo Projeto Manhattan, criado em


1942 nos Estados Unidos pelos maiores cientistas da época. Foram
construídos três artefatos. O primeiro deles foi testado em 16 de julho
de 1945 no deserto de Alamogordo, próximo à base de Los Alamos,
no Estado do Novo México. 

Menos de um mês depois, o presidente Harry Truman (1945 a 1953)


autorizou o uso das outras duas bombas contra os japoneses. Na
ocasião, os alemães já haviam se rendido aos soviéticos, mas o
Império do Japão ainda resistia no Pacífico. 

As cidades foram escolhidas principalmente por terem sido pouco


afetadas pelos ataques dos Aliados, o que permitiria testar seus
efeitos destrutivos. Após os ataques, o Imperador Hiroíto aceitou a
rendição do Japão, pondo fim à guerra. 

No período que se seguiu, por quase 50 anos, Estados Unidos e a


União Soviética travaram uma disputa ideológica e estratégica que
ficou conhecida como Guerra Fria. O auge da tensão foi nos anos de
1960. A partir dos anos 1970 uma série de tratados diminuiu
progressivamente os arsenais. 

Hoje, o maior risco são os programas nucleares de países como


Paquistão, Irã e Coreia do Norte. Teme-se também uma nova corrida
armamentista na região do Oriente Médio, uma das mais conflituosas
do mundo.

Pena de morte: apedrejamento


Condenação de iraniana gera protestos no mundo
Direto ao ponto 
A condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh
Mohammadí Ahstiani, 43 anos, provocou uma onda de manifestações
contrárias ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Ela foi condenada, em maio de 2006, por manter "relacionamento


ilícito" com dois homens. O caso teria ocorrido após a morte de seu
marido. A pena imposta foram 99 chibatadas. Quatro meses depois,
ela foi julgada pelo mesmo crime de adultério e sentenciada à morte
por apedrejamento. A execução consiste em enterrar a mulher de pé
até o peito ou pescoço para que receba pedradas atiradas por
populares.

A morte por apedrejamento foi instituída após a Revolução Iraniana de


1979. Segundo dados da ONG Comitê Internacional Contra o
Apedrejamento, outros 24 iranianos aguardam serem executados. Em
31 anos de prática, de acordo com a ONG, mais de 150 pessoas
foram mortas dessa forma no país. O número de mortos teria
aumentado depois da eleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad,
em 2005.
Após sofrer pressão internacional, o governo iraniano manteve a pena
capital, mas anunciou que mudaria o modo de execução para
enforcamento. O governo brasileiro ofereceu asilo político à mulher. A
oferta, no entanto, foi recusada pelo governo do Irã.

Aquecimento global
Mudanças climáticas: catástrofes no Paquistão e na Rússia
Direto ao ponto 
Catástrofes ambientais ocorridas na Rússia e no Paquistão, nos
meses de julho e agosto deste ano teriam sido parcialmente
provocadas pelo aquecimento global, de acordo com cientistas. 

No Paquistão, as piores enchentes em 80 anos deixaram mais de


1.600 mortos e afetaram 20 milhões de pessoas - um quinto do país,
que possui 180 milhões de habitantes. As inundações destruíram
casas, plantações e danificaram a infraestrutura de cidades. 

Na Rússia, a maior onda de calor em mil anos causou mortes e


prejuízos ao país. Desde o começo da seca, em maio, 52 pessoas
morreram e os incêndios destruíram um quarto das terras usadas para
o cultivo de cereais (a Rússia é um dos maiores exportadores
mundiais de trigo, centeio e cevada). 

Segundo a Organização Meteorológica Mundial da ONU, 2010 pode


ser o ano mais quente desde o início dos registros de temperatura em
meados do século 19 XIX, ultrapassando o recorde de 1998. 

Para os cientistas, o risco de ocorrerem ondas de calor semelhantes


às que mataram 35 mil pessoas na Europa em 2003 é, hoje, duas
vezes maior, por conta das alterações climáticas no planeta. 

Em dezembro do ano passado, foi realizado, em Copenhague, capital


da Dinamarca, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP 15). O objetivo era estabelecer metas internacionais -
que irão substituir o Protocolo de Kyoto após 2012 - de redução da
emissão de gases causadores do efeito estufa. O resultado, porém,
não trouxe garantias de cooperação dos governos.

Humor na política
Eleições mantêm candidatos folclóricos, mas censuram
humoristas
Direto ao ponto 
Desde a Antiguidade, o humor faz parte da democracia como
instrumento de crítica aos governantes. No Brasil, a atual legislação
proíbe a veiculação de piadas na TV feitas com políticos, ao passo
que os partidos acolhem os tipos mais excêntricos e "celebridades"
como candidatos. 

De acordo com a Lei Eleitoral nº 9.504, é vetado aos programas de


emissoras de rádio e TV "usar trucagem, montagem ou outro recurso
de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem
candidato, partido político ou coligação". A lei entrou em vigor nas
eleições deste ano. 

No dia 26 de agosto, o ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal


Federal (STF), suspendeu a regra por meio de uma liminar pedida
pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).

Por outro lado, a tradição de expressar o descontentamento com a


baixa qualidade dos candidatos por meio do voto em figuras caricatas,
ou mesmo em animais, é preservada. 

Em 1958, o "candidato" mais voltado nas eleições para vereador foi


Cacareco, um rinoceronte do Zoológico de São Paulo. Em 1988, o
Macaco Tião, um chipanzé do Zoológico do Rio de Janeiro, ficou em
terceiro lugar na disputa. 

A partir das eleições de 1996, as cédulas foram substituídas por urnas


eletrônicas. Com isso, ficou impossível votar em candidatos que não
sejam reconhecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Começaram, então, a proliferar personagens como Tiririca, Mulher


Pêra, Maguila, Marcelinho Carioca, Ronald Esper e Tati Quebra-
Barraco, entre outros, que disputam vagas de parlamentares nas
eleições deste ano. Os partidos, que deveriam servir de filtro, esperam
puxar votos para a legenda com os candidatos exóticos.
Massacre no México
Imigrantes vivem pesadelo na fronteira com os Estados Unidos
Direto ao ponto 
No dia 24 de agosto, os corpos de 72 imigrantes ilegais (58 homens e
14 mulheres) foram encontrados pela Marinha mexicana numa
fazenda situada próximo à cidade de San Fernando, no Estado de
Tamaupilas, ao norte do México. 

Entre os mortos estavam dois brasileiros. Os demais eram cidadãos


de Honduras, El Salvador, Guatemala e Equador. 

Milhares de imigrantes tentam atravessar todos os anos os 3,2 mil km


de fronteira que separam o México dos Estados Unidos. Estimativas
indicam que a comunidade brasileira em território americano é de
cerca de 1,2 milhão de pessoas, sendo que 20% deste total são
clandestinos.

Nos últimos anos, porém, o domínio de traficantes tem tornado a


travessia ainda mais perigosa. Eles sequestram e obrigam os
clandestinos a transportarem drogas ou cometerem outros crimes. 

Em 2009, pelo menos 10 mil foram vítimas de sequestro, segundo a


Comissão de Direitos Humanos. Dados oficiais do governo mexicano
apontam 28 mil mortes desde 2006, quando o presidente Felipe
Calderón iniciou uma ofensiva contra o tráfico. O massacre foi
atribuído ao Los Zetas, considerado o mais violento grupo paramilitar
no México.

Fim da Guerra do Iraque


Desafio agora é manter estabilidade política e segurança no país
Direto ao ponto 
No último dia 31 de agosto, cumprindo uma promessa de campanha, o
presidente Barack Obama anunciou o térmico da missão de combate
no Iraque. Os iraquianos enfrentam agora o desafio de manter a
segurança e compor um governo em meio a desavenças étnicas que
dividem a nação. 

A Operação Liberdade Iraquiana começou em 20 de março de 2003,


durante o governo de George W. Bush (2001-2009). O motivo alegado
para a invasão, a suposta existência de armas de destruição em
massa, nunca foi comprovado. 

A guerra no Iraque custou US$ 744 bilhões (R$ 1,3 trilhão) e matou
mais de 4.419 militares (até 3 de agosto) e 100 mil civis iraquianos. A
imagem dos Estados Unidos também foi prejudicada devido a
denúncias de maus tratos a presos iraquianos na prisão de Abu
Ghraib e campanhas violentas nas ruas de Bagdá. 

Para completar a retirada, no dia 1º de setembro o governo americano


deu início à Operação Novo Amanhecer. Um efetivo de 49.700
soldados irá permanecer no Iraque para treinar a polícia e o Exército
locais. Todos os soldados deixarão definitivamente o país até o final
de 2011. 

Para isso acontecer, é fundamental que os iraquianos cuidem da


segurança nas ruas e mantenham a estabilidade política do país. No
entanto, passados seis meses das eleições, não foi sequer nomeado
um novo primeiro ministro, devido a brigas entre xiitas e sunitas.

Ocidente e Islã
Choque entre duas culturas define mundo contemporâneo
Direto ao ponto 
Dois fatos recentes são emblemáticos a respeito do antagonismo entre
as modernas nações capitalistas e países islâmicos, fonte de conflitos
políticos e religiosos no mundo pós-Guerra Fria. 

Na véspera dos 9 anos dos atentados do 11 de Setembro, a ameaça


de um pastor americano de queimar o Alcorão mobilizou lideranças
mundiais para evitar uma crise entre o Ocidente e o Islã. Na Europa, o
Senado francês aprovou uma lei polêmica que proíbe o uso de véus
integrais por muçulmanas, seguindo uma tendência conservadora
entre os governos europeus. 

As diferenças religiosas, culturais e políticas entre os povos islâmicos


e os ocidentais se acentuaram a partir da segunda metade do século
20. 

Isso ocorre primeiro devido à crescente importância das nações


árabes, decorrente da alta do preço do petróleo, até os anos 1980, e
depois em razão do crescimento populacional. O aumento da
população de jovens também alimentou grupos islâmicos
fundamentalistas. Esses jovens depois se espalharam pelo Ocidente.
E, com a maior proximidade entre os povos, foram acentuadas as
diferenças religiosas e de valores culturais. 

Em segundo lugar, enquanto na maior parte da Europa a queda de


ditaduras socialistas deu lugar a regimes democráticos, em países
islâmicos sem essa tradição o fundamentalismo foi adotado como
resposta ao processo de globalização. Após os ataques do 11 de
Setembro, a tensão aumentou entre o Islã e o Ocidente.
60 anos da TV no Brasil
Da improvisação ao vivo à era digital
Direto ao ponto 
A primeira emissora de televisão no Brasil, a TV Tupi, foi inaugurada
há 60 anos, em 18 de setembro de 1950. No começo, os programas
eram ao vivo e caracterizados pela improvisação, experimentação em
linguagem (adaptada do rádio e do teatro) e falta de aparelhos
receptores, devido ao alto custo. 

O idealizador da TV brasileira foi Assis Chateaubriand (1892-1968),


dono dos Diários Associados, um império de comunicação que incluía
dezenas de jornais, revistas e rádios. Como não havia televisores no
país, o empresário contrabandeou 200 aparelhos. 

Até os anos 1960, novas emissoras foram inauguradas, como a TV


Excelsior, a Globo, a Bandeirantes e a Rede Record. Nesse período a
TV Tupi entrou em decadência, até ter a concessão cassada em
1980. 

Segundo o IBGE, há hoje nos domicílios brasileiros mais TVs (95%)


do que geladeiras (92%). Nesta primeira década do século, o veículo
passa por transformações, como a chegada da TV Digital e a
convergência com outras mídias. A despeito disso, a regulamentação
para o setor no Brasil é um das mais atrasadas do mundo e favorece a
manutenção de oligopólios.

Entenda por que as eleições no Brasil importam no cenário


internacional
Uma democracia gigante, com 135 milhões de eleitores, e com um sistema de votação elogiado
internacionalmente, o Brasil deverá atrair a atenção mundial durante a escolha de seu próximo
presidente, no dia 3 de outubro.

O interesse pelo pleito, no entanto, vai além de uma simples curiosidade pelo processo eleitoral do país: o
mundo quer saber quem governará uma nação de economia ascendente e com um papel geopolítico
cada vez mais forte.

Por outro lado, a maior projeção do país também chama a atenção internacional para questões internas –
e muitas vezes nem tão positivas, como a violência e a pobreza.

As preparações para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016, além da exploração das
reservas do pré-sal, completam o quadro de um país que tende a estar com sua imagem cada vez mais
exposta à comunidade internacional.

Veja os principais motivos que levam as eleições brasileiras a serem alvo de atenção internacional.

Economia
Poucos países deixaram a crise financeira internacional para trás de forma tão rápida quanto o Brasil. O
Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer perto de 7,5% este ano, após uma retração de 0,2% em 2009
– resultado que, apesar de negativo, ficou acima da média, considerando as principais economias do
mundo.

Mas não é só a rápida recuperação que vem animando investidores estrangeiros. Com um crescimento
médio de 4,8% de 2002 a 2008, o Brasil tem conseguido aliar expansão econômica com inflação sob
controle.

O resultado é uma crescente classe média com apetite para o consumo, que tem sido o principal motor da
economia do país. Somente no 1º semestre deste ano, a demanda interna cresceu 8% em relação ao
mesmo período do ano anterior.
Mas o próximo governo também terá desafios: a taxa de juros do país, descontada a inflação, é uma das
maiores do mundo. A carga tributária chega a 36% do PIB, a maior da América Latina, e o país investe
pouco, o equivalente a 17,9% do PIB – quando na China e na Índia chega-se a 43% e 34%,
respectivamente.

Mas o ambiente macroeconômico favorável, somado a projetos vultosos (dentre eles a exploração de
petróleo em camadas profundas e a realização da Copa do Mundo em 2014) deixam os investidores
otimistas quanto ao Brasil. Muitos deles, inclusive, já veem o país entre as cinco maiores economias do
mundo em um prazo de 15 anos.

Papel geopolítico crescente


Os defensores da diplomacia brasileira costumam dizer que o Brasil “mudou seu patamar” nas relações
internacionais e que não existe mais “mesa” em que o país não esteja representado.

Ainda que essa maior participação seja motivo de controvérsia entre os especialistas, o fato é o que o
Brasil vem se tornando cada vez mais atuante em determinados fóruns internacionais, sobretudo quando
o assunto é economia e meio ambiente.

Um exemplo desse novo papel geopolítico está na participação do país no G20 financeiro, que ganhou
destaque em função da crise internacional de 2008.

O Brasil tem sido uma das principais vozes dentre os emergentes em busca de uma nova ordem
econômica mundial, com maior peso para esses países em organismos como o Fundo Monetário
Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Dono da maior floresta tropical do mundo e grande usuário de energia limpa, o Brasil também se tornou
presença constante nas discussões sobre mudança do clima no âmbito das Nações Unidas.

Em novembro do ano passado, o país figurou, ao lado de Estados Unidos, União Europeia, China, Índia e
África do Sul, entre os principais negociadores da reunião de Copenhague sobre mudanças climáticas.

Os mais críticos, no entanto, argumentam que, apesar dessa maior participação, o país está longe de
alcançar resultados concretos, já que o sistema internacional continua sendo conduzido pelas grandes
potências.

Política externa mais agressiva


Não é apenas nos fóruns internacionais que o Brasil tem tido papel mais agressivo: a política externa
bilateral também se acentuou nos últimos anos, com maior destaque para as relações Sul-Sul.

De olho em uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, o país vem buscando um
maior alinhamento com governos de regiões até então pouco exploradas pelo Itamaraty, caso da África e
do Oriente Médio.

Recentemente, o Brasil atraiu os holofotes internacionais ao intermediar, junto com a Turquia, um acordo
nuclear com o Irã, gerando certa insatisfação no governo americano.

Ao mesmo tempo em que é saudada pela diplomacia brasileira, a aproximação com o governo de
Mahmoud Ahmadinejad tem gerado uma série de críticas a Brasília, que não estaria usando sua
influência junto ao país persa para tentar atenuar supostos abusos em direitos humanos.

O aprofundamento das relações com países africanos também tem sido uma importante marca da
diplomacia brasileira, interessada não apenas em ampliar seu leque de aliados políticos, mas também
diversificar suas opções de investimento no exterior.

Por outro lado, alguns analistas costumam apontar um certo “excesso” nas pretensões brasileiras. O
argumento é de que a diplomacia brasileira estaria colocando a ideologia política à frente dos interesses
econômicos e comerciais do país.

População
Com uma população de 191 milhões de pessoas, o Brasil é o quinto maior do mundo nessa categoria,
atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.

Considerando a taxa média de fecundidade entre 2002 e 2006, que foi de 1,5 filho por mulher, o Brasil
chegará ao ano de 2020 com uma população de 207 milhões de pessoas, segundo estimativas.
Apesar da tendência de queda, a parcela dos jovens no país ainda é expressiva: cerca de 32,8% da
população é formada por pessoas com até 19 anos de idade. Há dez anos, porém, essa mesma parcela
era de 40%.

Esse crescimento impõe uma série de desafios ao país, dentre eles uma melhor estrutura em transporte e
moradia. De acordo com a ONU, o Brasil tem 55 milhões de pessoas vivendo em favelas ou em outros
tipos de moradias inadequadas.

Agricultura e pecuária
Se por um lado o Brasil ainda deixa a desejar quando o assunto é a produtividade na indústria, o mesmo
não se pode dizer do campo: o país é um dos maiores produtores de alimentos do mundo e ainda tem um
alto potencial de expansão.

Nos últimos dez anos, a produção total de alimentos saiu de 80 milhões de toneladas para quase 150
milhões – um crescimento de 87%. O país é o maior exportador mundial de suco de laranja, açúcar,
frango, carne bovina e café, além de ser o segundo maior em soja.

Diante do crescimento da população mundial e da necessidade de abastecer um maior número de


pessoas com uma dieta cada vez mais diferenciada, alguns especialistas têm apontado o Brasil como
“celeiro” do mundo.

O apelido leva em consideração não apenas o que o país produz e exporta atualmente, mas
principalmente seu potencial de expansão: segundo as Nações Unidas, o Brasil tem 50 milhões de
hectares de terra sob cultivo e outros 300 milhões de hectares aráveis, mais do que qualquer outro país.

Mas apesar do espaço “de sobra”, a expansão do cultivo deverá esbarrar em alguns desafios, como a
qualidade de vida no campo e a pressão sobre áreas protegidas.

Para muitos ambientalistas, uma possível alta nos preços das commodities, somada a uma fiscalização
ineficiente, podem colocar em risco os biomas da Amazônia e do Cerrado.

Desafios sociais
O Brasil vem conseguindo melhorar seus principais indicadores sociais nos últimos anos, muitas vezes
em consequência do crescimento econômico e de uma inflação sob controle.

De 2003 a 2008, cerca de 32 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E, ingressando nas classes
A, B e C, segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que considera riqueza, educação e
expectativa de vida ao nascer, o país tem melhorado seu desempenho a cada ano, mas ainda está na 75ª
posição dentre 115 países – praticamente o mesmo patamar verificado em 2002.

Quando a desigualdade de renda é contabilizada, o país tem um desempenho pior do que a média da
América Latina, segundo a ONU.

As diferenças regionais também constituem um dos principais desafios do país nos próximos anos. Um
levantamento recente do IBGE mostra que 99,8% das cidades do Estado de São Paulo eram servidas
com rede de esgoto em 2008, enquanto no Piauí apenas 4,5% dos municípios eram atendidos.

Outro tema que costuma atrair a atenção internacional para o Brasil, a violência ainda tem indicadores
que colocam o Brasil no topo dos rankings mundiais.

Ainda que o indicador tenha melhorado nas capitais, a taxa média de homicídios ainda é alta: 25,2 para
cada grupo de 100 mil habitantes.

Campanha 2010
Escândalos políticos e marasmo dão o tom
Direto ao ponto 
As eleições gerais do próximo dia 3 de outubro serão as maiores da
história do país. Um total de 135 milhões de brasileiros irá às urnas
escolher entre mais de 20 mil candidatos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Os políticos concorrem a cargos de
presidente da República, governador, senador e deputados estadual,
federal e distrital. 

Para as vagas do Poder Executivo, além do novo presidente serão


eleitos 26 governadores de Estados e do Distrito Federal. Serão as
primeiras eleições sem a participação do presidente Lula desde 1989. 

A eleição deste ano ficou mais uma vez polarizada entre candidatos
de dois partidos: Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Amparada
pela popularidade recorde de quase 80% do presidente, Dilma
Rousseffpode ser eleita já no primeiro turno. 

Os candidatos, no entanto, apresentam discursos semelhantes e sem


propostas detalhadas de planos de governo. 

A campanha só "esquentou" com denúncias de corrupção: a quebra


de sigilo fiscal da filha de José Serra (PSDB) e denúncias de um
suposto esquema de tráfico de influência envolvendo a Casa Civil e os
Correios. Houve também críticas do governo aos meios de
comunicação, que viram nisso uma tendência para censura. 

Também serão escolhidos os ocupantes do Poder Legislativo: 54


senadores (de um total de 81), 513 deputados federais e 1.057
estaduais. O grande destaque ficou por conta da aprovação da lei da
Ficha Limpa. A lei proíbe a candidatura de políticos que tenham sido
condenados ou que tenham renunciado para evitar processo de
cassação. A aplicabilidade da lei nestas eleições depende de uma
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O lado negativo das campanhas para o Legislativo foram os


candidatos folclóricos, cujo maior representante, este ano, é o palhaço
Tiririca. Ele é candidato a deputado federal pelo PR. Tiririca pode ser o
parlamentar mais votado no país, segundo pesquisas de intenção de
voto.

Reunificação da Alemanha
Vinte anos depois, diferenças ainda dividem o país
Direto ao ponto 
Há 20 anos, em 3 de outubro de 1990, ocorreu a reunificação da
Alemanha. Nesta data, a antiga República Democrática Alemã (RDA),
ou Alemanha Oriental, foi dissolvida, e o território anexado à República
Federal da Alemanha (RFA), ou Alemanha Ocidental, pondo fim à
divisão do país. 

Foram quase três décadas com o país dividido. O lado Oeste, sob
controle dos Aliados, era rico e democrático, enquanto no Leste, dos
comunistas, havia escassez de produtos básicos e vigilância pela
polícia secreta. Para impedir a fuga de alemães para o lado Ocidental,
foi construído o Muro de Berlim em 13 de agosto de 1961. 

No final dos anos 1980, o líder soviético Mikhail Gorbatchev (1985-


1991) iniciou reformas políticas e econômicas que levariam ao fim da
União Soviética em 1991. Com a abertura do regime, o muro foi
derrubado na noite de 9 de novembro de 1989. Em seguida, os
alemães começaram a negociar a reunificação do país. 

Passados 20 anos da reunificação, a Alemanha permanece dividida


econômica, social e politicamente. O Leste, da antiga RDA, continua
defasado em relação ao Oeste, o que mostra que o processo de
reunificação ainda não terminou.

70 anos de John Lennon


O legado do ex-Beatle
Direto ao ponto 
Se estivesse vivo, John Lennon teria completado 70 anos no último dia
9 de outubro. Em dezembro, serão 30 anos da morte do músico. As
comemorações acontecem em todo o mundo. A nova onda de
popularidade de John Lennon inclui o relançamento dos álbuns e o
licenciamento para diversos produtos. 

Em apenas duas décadas, Lennon viveu o melhor e o pior da fama.


Nos anos 1960, era o mais talentoso dos Beatles, um rapaz alegre e
irônico que ditava a moda e o comportamento da geração "paz e
amor". Nos anos 1970, já casado com a artista plástica japonesa Yoko
Ono, engajou-se em campanhas pacifistas e se envolveu em
polêmicas. Nos últimos anos de vida, era um pacato pai de família. 

Ele foi assassinado em 8 de dezembro de 1980, em frente ao edifício


Dakota, em Nova York, onde morava com Yoko, pelo ex-segurança
Mark David Chapman, de 25 anos, que cumpre pena de prisão
perpétua.

A morte de Lennon marcou o fim de uma era de idealismo,


contestação política, experimentação com drogas, misticismo oriental
e liberação sexual. Uma época que teve outros "mártires", como Jimi
Hendrix e Janis Joplin, mas nenhum tão emblemático quanto ele.

Mineiros do Chile
O resgate que emocionou o mundo
Direto ao ponto 
No dia 5 de agosto, um desmoronamento deixou 33 operários presos
na mina de San José, no deserto do Atacama, no Chile. Eles ficaram
incomunicáveis, a 700 metros de profundidade, durante 17 dias, até
serem descobertos pelas equipes de sondagem.

Começou, então, a ser planejada uma operação de resgate, inédita


em tais condições, prevista para durar até quatro meses. Entre os dias
12 e 13 de outubro, 70 dias após o acidente, todos os mineiros foram
resgatados com vida. Eles foram considerados heróis no país e
ficaram mundialmente famosos.

O resgate foi transmitido ao vivo pela internet e por canais de


televisões de todo o mundo, contribuindo para aumentar a
popularidade do governo do presidente Sebastián Piñera e gerar lucro
para os mineiros, que venderam direitos de entrevistas exclusivas e
receberam prêmios e ofertas de trabalho.

O acidente na mina de San José também chamou atenção para os


riscos em segurança nas mineradoras. Após o acidente, 37 mineiros
morreram na China.
Protestos na França
A revolta dos jovens contra as mudanças nas aposentadorias
Direto ao ponto 
As ruas da França foram tomadas, há duas semanas, por estudantes
e sindicalistas que protestaram contra as reformas das aposentadorias
propostas pelo presidente Nicolas Sarkozy. O projeto foi aprovado no
Senado dia 22 de outubro. Pela reforma, a idade mínima para se pedir
aposentadoria passa de 60 para 62 anos. Para a aposentadoria
integral, a idade mínima foi elevada de 65 para 67 anos.

A medida é necessária para conter os gastos do governo com a


previdência. Com a expectativa de vida maior, ao passo que a taxa de
natalidade caiu, o governo europeu gasta mais com o pagamento de
pensões.

As reformas já estavam previstas, mas a crise econômica de dois anos


atrás acelerou o processo. Países como Reino Unido, Alemanha,
Espanha, Itália e Grécia também tiveram que reduzir os gastos,
cortando benefícios.

Em um continente cuja economia é baseada no Estado de bem-estar


social, que provê generosas aposentadorias e outros benefícios
sociais, as mudanças geram protestos. Na França, especificamente, a
impopularidade do presidente Sarkozy uniu sindicalistas e estudantes.
As greves paralisaram serviços, transportes e refinarias. Mesmo com a
aprovação, a oposição prometeu novos protestos

Eleições 2010
Dilma é primeira mulher eleita presidente no Brasil
Direto ao ponto 
A economista Dilma Rousseff (PT) se tornou a primeira mulher eleita
presidente na história do Brasil. Ela obteve 56% dos votos válidos no
segundo turno, no dia 31 de outubro, contra 44% do ex-governador de
São Paulo, José Serra (PSDB). 

A vitória da petista se deve, em grande parte, à popularidade do


presidente Lula. O presidente atuou como o principal cabo eleitoral da
campanha de Dilma e conseguiu transferir para ela parte de sua
popularidade recorde entre os brasileiros. 

A disputa presidencial foi a sexta desde o fim do regime militar (1965-


1985) e a primeira sem a participação de Lula como candidato. A
campanha foi marcada por escândalos, ataques pessoais, boatos na
internet, debates religiosos e a neutralidade da candidata Marina Silva
(PV), terceira colocada no primeiro turno. 

Dilma nunca havia disputado uma eleição antes. Durante a ditadura,


ela foi militante de movimentos políticos de esquerda, e depois presa e
torturada. Exerceu cargos políticos em governos no Rio Grande do Sul
antes de entrar para o governo Lula em 2002. No Planalto, foi ministra
de Minas e Energia (2003-2005) e ministra-chefe da Casa Civil. 

Em todo o mundo, apenas 17 mulheres exercem funções de


presidente e primeira-ministra, segundo o estudo "As Mulheres do
Mundo", da Organização das Nações Unidas (ONU). Na América
Latina, ela será a 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente. 
Entre os desafios do novo governo está o investimento em
infraestrutura, para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas
de 2016, e as reformas na previdência e no sistema tributário. Dilma
precisa ainda avançar na economia e nos programas sociais do
governo, além de governar com autonomia do presidente Lula.

Reunião do G20
Entenda o que é a "guerra cambial"
Direto ao ponto 
O G20, grupos das vinte maiores economias do mundo, se reúne entre
os dias 10 e 12 de novembro, sem Seul, capital da Coreia do Sul. O
principal assunto discutido no encontro será a chamada "guerra
cambial". 

"Guerra cambial" é um conjunto de medidas econômicas adotada por


governos para desvalorizar suas moedas. O objetivo é gerar
competitividade de seus produtos no mercado internacional,
estimulando as exportações. 

Os dois maiores protagonistas da disputa são Estados Unidos e China


- as duas maiores economias do planeta. A China mantém o câmbio
fixo. Isso significa que é o governo que controla a cotação da moeda
local, o yuan, frente ao dólar. Na maioria dos países, vigora o câmbio
livre, em que a cotação é ditada por operações do mercado
financeiro. 

Já os Estados Unidos, para enfrentar a crise e a concorrência chinesa,


colocaram mais dinheiro em circulação. Com isso, o dólar ficou
desvalorizado diante das outras moedas. É como se os
supermercados fossem abarrotados de um determinado produto,
fazendo com que seu preço caísse. 

A queda do dólar provoca prejuízos aos demais países, principalmente


os emergentes, como o Brasil, que têm uma economia estável. 

A desvalorização da moeda americana afeta tanto o mercado externo,


pois os produtos nacionais ficam mais caros, quanto o mercado
interno, uma vez que fica mais barato importar produtos estrangeiros. 

A reunião do G20 vai negociar soluções para evitar que a


desvalorização do dólar continue afetando economias.

Cólera no Haiti
Epidemia já matou mais de mil
Direto ao ponto 
Uma epidemia de cólera matou, até agora, 1.110 pessoas no Haiti. De
acordo com o governo, 18,3 mil haitianos foram hospitalizados com
sintomas da doença desde outubro.

O caos na saúde pública provocou protestos que deixaram três mortos


na capital, Porto Príncipe, a poucas semanas das eleições
presidenciais e legislativas (marcadas para 28 de novembro).
O Haiti é um dos mais pobres do mundo. A situação do país se
agravou com um terremoto de grau 7 na escala Richter que devastou
Porto Príncipe, em 12 de janeiro. O tremor deixou 250 mil mortos e
afetou um terço da população.

Desde então, 1,3 milhão de sobreviventes vivem em condições


precárias em acampamentos improvisados. A falta de saneamento
básico e de água potável contribuiu para que a doença se espalhasse
rapidamente.

Cólera é uma infecção diarreica aguda, causada pela exposição ou


ingestão de comida e água contaminadas pela bactéria Vibrio
cholerae. Os sintomas são febre, diarreia e vômitos, causando
desidratação. O tratamento é feito com reidratação e antibióticos.

Em todo o mundo, estima-se que, por ano, haja de 3 a 5 milhões de


contaminados e de 100 a 120 mil mortes. Países pobres e em guerra
são focos constantes da moléstia desde o século 19, quando foram
documentados os primeiros casos na Índia.

Revolta da Chibata - 100 anos


Marinheiros exigem tratamento justo
Direto ao ponto 
Há cem anos, em 22 de novembro de 1910, 2,3 mil marinheiros
negros se rebelaram contra os castigos físicos aplicados na Marinha
brasileira. Eles assumiram o controle de quatro navios de guerra
ancorados na baía de Guanabara e ameaçaram bombardear o Rio de
Janeiro, então capital do país. 

O estopim do levante foi a punição de 250 chibatadas aplicada a um


marinheiro, por ter entrado com cachaça a bordo do navio Minas
Gerais. Seis oficiais foram mortos nas embarcações. Um tiro de
canhão foi disparado, atingindo um cortiço e matando duas crianças.
Houve pânico entre a população do Rio. 

A Revolta da Chibata, como ficou conhecida a insurreição, foi liderada


por João Cândido Felisberto, um marinheiro de 30 anos, negro e
semianalfabeto. Depois de seis dias de motim, o governo concedeu
anistia aos rebelados. Mas, logo depois, voltou atrás e começou a
perseguir os marinheiros. A revanche da Marinha custou a vida de
quase todos os integrantes do movimento. Eles foram demitidos,
presos, torturados e fuzilados. João Cândido e outros 17 revoltosos
foram detidos na Ilha das Cobras. Eles sofreram envenenamento com
cal em uma das celas e somente o líder e outro militar sobreviveram. 

Nos anos seguintes, o Almirante Negro (como era conhecido João


Cândido) virou símbolo de lutas políticas. Ele morreu pobre e
esquecido, em 1969, trabalhando como vendedor de peixes. A anistia
póstuma foi assinada em 2008 pelo presidente Luis Inácio Lula da
Silva.

Rio contra o tráfico


Polícia ocupa morros e desmantela facção
Direto ao ponto 
A polícia com o apoio das Forças Armadas ocupou na manhã do
último domingo (28 de novembro) o Complexo do Alemão, um
conjunto de favelas controladas por traficantes no Rio de Janeiro.

A operação marcou o início de uma nova estratégia do governo de


recuperar áreas dominadas pelo crime organizado. O objetivo, não
declarado, é tornar a cidade mais segura para receber a Copa do
Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A ofensiva começou após uma série de atentados ocorridos desde 21


de novembro. Vândalos queimaram 106 veículos em retaliação contra
a instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em 13
comunidades. As UPPs consistem em postos permanentes da Polícia
Militar em favelas que antes eram domínios do tráfico e de milícias.

Foram mobilizados cerca de 2.600 policiais e integrantes das Forças


Armadas, além de veículos blindados da Marinha.

Os traficantes se instalaram há três décadas nos morros cariocas,


beneficiados pelo descaso do governo. O Comando Vermelho, facção
criminosa que dominava o Complexo do Alemão, surgiu nos anos
1970 em presídios cariocas. O governo agora deve estender as
ocupações para outras favelas, inclusive aquelas dominadas por
milícias – grupos paramilitares formados por policiais.

Nobel da Paz 2010


Premiação de ativista pressiona China
Direto ao ponto 
O dissidente chinês Liu Xiaobo foi condecorado com o prêmio Nobel
da Paz. A premiação irritou a China, que não permitiu que nenhum
representante do ativista fosse receber o prêmio em seu lugar na
cerimônia em Oslo, na Noruega. Foi a primeira vez que isso aconteceu
em 75 anos.

Xiaobo foi condenado a 11 anos de prisão por manifestações em prol


da democracia e dos direitos humanos. Ele está preso em Pequim.
Sua mulher, também dissidente, cumpre prisão domiciliar.

A China é hoje a segunda economia do mundo e um dos poucos


regimes comunistas remanescentes do século 20. Xiaobo ficou
conhecido depois do massacre da Praça da Paz Celestial em 1989,
em que aderiu à greve estudantil, e por ser o principal autor da “Carta
8”, documento que pede reformas políticas em seu país.

A reação do governo chinês ocorreu de duas maneiras. Externamente,


usou a diplomacia para tentar boicotar a cerimônia – aderiram, entre
outros, Rússia, Cuba e Venezuela. Internamente, bloqueou sites de
notícias, interrompeu a transmissão do evento, reprimiu simpatizantes
e criou seu próprio prêmio, o Confúcio da Paz.

É o segundo ano consecutivo em que o Nobel da Paz gera polêmicas.


No ano passado, o laureado foi o presidente norte-americano Barack
Obama, mesmo com os Estados Unidos envolvidos em duas guerras,
no Iraque e no Afeganistão.
Era Lula (2003-2010)
Governo foi marcado por melhorias sociais e escândalos
políticos
Direto ao ponto 
Os oito anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que
deixa o cargo dia 1º de janeiro, tiveram duas principais características:
crescimento econômico com redução da pobreza e escândalos
políticos que abalaram o PT.

O presidente termina o mandato com 83% de aprovação popular (o


maior patamar desde o fim da ditadura) e a eleição de sua sucessora,
Dilma Rousseff.

Na economia, o maior mérito foi a manutenção do Plano Real, que


permitiu a estabilidade econômica. O PIB (Produto Interno Bruto), teve
um crescimento médio anual de 4,0% nos dois mandatos. Programas
sociais como o Bolsa Família, a expansão do crédito e o aumento de
empregos formais e do salário mínimo melhoraram a vida das classes
mais pobres.

O pior aspecto do governo petista foram os sucessivos escândalos


políticos. O “mensalão”, em 2005, foi um divisor de águas. O esquema
envolvia o pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio
ao governo em votações no Congresso. As denúncias derrubaram o
principal ministro de Lula, José Dirceu (Casa Civil), e toda a cúpula do
PT

Retrospectiva 2010
Relembre os principais fatos que marcaram o ano
Direto ao ponto 
O ano de 2010 trouxe fatos inéditos e velhos dilemas que irão
influenciar nossas vidas nos próximos. No Brasil, a "era Lula" termina
com a eleição de Dilma Rousseff. A primeira mulher a ocupar o cargo
de presidente no país conseguiu se eleger graças à popularidade de
Lula. No entanto, ela enfrentará problemas deixados pela gestão
anterior.

2010 também foi o ano em que o Brasil perdeu a Copa do Mundo e


ganhou outra batalha, esta contra o tráfico, com a ocupação do
Complexo do Alemão pela polícia carioca.

No mundo, vimos o poder dos Estados Unidos “encolher” diante os


reflexos da crise econômica de 2008, e a China conquistar o segundo
lugar na economia mundial. Dois rebeldes, porém, roubaram a cena: o
dissidente chinês Liu Xiaobo, que ganhou o Nobel da Paz (mas, preso,
não pode receber), e o ex-hacker Julian Assange, cujo site, o
Wikileaks, divulgou milhares de documentos secretos da diplomacia
norte-americana.

O mundo também se emocionou com o terremoto que devastou o


Haiti, país mais pobre do continente, e o resgate de 33 mineiros no
Chile, que escaparam da morte para virar celebridades
Retrospectiva da década
Atentados terroristas retrataram começo de século

Direto ao ponto 
Os ataques aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001
inauguraram a primeira década do século 21. Os atentados levaram os
Estados Unidos a se envolverem em duas guerras, no Afeganistão e
no Iraque, e foram sucedidos por outros massacres ocorridos na
Espanha, Rússia e Reino Unido.

A crise econômica internacional, a pior desde 1929, foi outro fato


marcante. Ela começou com a falência do banco americano Lehman
Brothers, em 15 de setembro 2008. Os desdobramentos da crise
incluíram a recessão em países europeus e a eleição de Barack
Obama.

Durante dez anos, os líderes mundiais se reuniram por diversas


ocasiões para discutir o aquecimento global. Os efeitos das mudanças
climáticas foram sentidas em todo o planeta, com ondas de calor na
Europa, enchentes no Sudeste Asiático e furações.

No Brasil, a “era Lula” trouxe avanços na área social e escândalos


políticos. Ela terminou com a eleição de Dilma Rousseff, a primeira
mulher a ocupar o cargo de presidente no país.

Novo país
Sudaneses fazem referendo para decidir separação

Direto ao ponto 
O Sudão iniciou no último dia 9 de janeiro um referendo que deve
aprovar a separação entre as regiões Sul e Norte. Divisões étnicas,
tribais e religiosas causam conflitos que duram décadas no país.

A votação vai até o dia 15 e o resultado será anunciado em 22 de


janeiro. É preciso um comparecimento de 60% dos eleitores. Há
estimativa de 90% a favor. Ser for aprovado, será criado em julho o
193º país do mundo. O nome ainda não foi decidido.

O Sudão é o maior país do continente africano. A região Norte é de


maioria árabe e mulçumana, enquanto no Sul há predomínio da
população negra e cristã. Houve duas guerras pela independência do
Sul: uma entre 1955 e 1972, e outra entre 1983 e 2005. Cerca de 2,5
milhões de pessoas foram mortas.

Um acordo estabelecido com o último cessar-fogo conferiu ao Sul


autonomia do governo central de Cartum. Caso se torne um país, o
Sudão do Sul será um dos mais pobres do mundo.

O Sudão, contudo, é rico em petróleo. Apesar de o Sul concentrar


80% das reservas, a exportação do produto depende do acesso ao
Mar Vermelho, que é feito pelo Norte do país.
Tragédia no Rio
O maior desastre natural do país

Direto ao ponto 
O pior deslizamento da história do país deixou 710 mortos em quatro
cidades da região serrana do Rio de Janeiro. Um total de 13,8 mil
pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. O número de vítimas é
maior que o registrado em Caraguatatuba, em 1967 (436 mortos).

A tragédia foi causada por um fenômeno raro que combina fortes


chuvas com condições geológicas específicas da região. Porém, ela
foi agravada pela ocupação irregular do solo e a falta de infraestrutura
nas cidades atingidas.

Os deslizamentos ocorreram na madrugada do dia 12 de janeiro.


Toneladas de lama desceram as montanhas e destruíram favelas e
imóveis de alto padrão. Os rios encheram e inundaram as cidades. Os
estragos foram maiores em Nova Friburgo e Teresópolis, cidades
turísticas.

Os efeitos do aquecimento global tornam as chuvas mais intensas a


cada ano. Para evitar tragédias, os governos precisam impedir a
ocupação das encostas e investir em programas de prevenção.

Crise na Tunísia
Levantes ameaçam regimes árabes

Direto ao ponto 
O presidente da Tunísia, Zine Al-Abdine Bem Ali renunciou em 14 de
janeiro após um mês de violentos protestos contra o governo. Ele
estava há 23 anos no poder. Foi a primeira vez que um líder árabe foi
deposto por força de movimentos populares.

Analistas acreditam que a revolta na Tunísia pode se espalhar por


países do Oriente Médio e ao norte da África. O Egito foi palco de
manifestações inspiradas pelas da Tunísia, no dia 25 de janeiro.

O novo ativismo no mundo árabe é explicado pela instabilidade


econômica e pelo surgimento de uma juventude bem educada e
insatisfeita com as restrições à liberdade

Na Tunísia, os protestos começaram depois que Mohamed Bouazizi,


26 anos, ateou fogo ao próprio corpo na cidade de Sidi Bouzid, em 17
de dezembro do ano passado. Ele fez isso depois que a polícia o
impediu de vender frutas e vegetais em uma barraca de rua.

O governo tunisiano foi pego de surpresa e reagiu com violência.


Estima-se que mais de 120 pessoas morreram em confrontos com a
polícia. O primeiro-ministro Mohammed Ghannouchi, aliado político de
Bem Ali, assumiu o cargo no governo provisório. Por isso, na prática, o
regime foi mantido, e os protestos continuam.
Tensão no Egito
Milhares vão às ruas contra ditadura

Direto ao ponto 
A onda de protestos pela democracia no mundo árabe chegou ao
Egito. Há uma semana, manifestantes pressionam o presidente Hosni
Mubarak para que deixe o cargo que ocupa há três décadas.

Depois de um megaprotesto que reuniu quase um milhão de pessoas


no Cairo, capital egípcia, Mubarak garantiu que não vai concorrer às
eleições marcadas para setembro. Mesmo assim, as manifestações
continuam a pedir sua renúncia.

O Egito é o país árabe mais populoso, com 80 milhões de habitantes,


e um importante aliado dos Estados Unidos e de Israel na região.
Governos ocidentais temem que o poder seja assumido por grupos
fundamentalistas islâmicos.

O mesmo receio serviu de justificativa para Mubarak se manter na


Presidência e endurecer o regime. Nos últimos anos porém, a crise
econômica e o surgimento de uma população mais jovem e bem
educado mudaram o panorama político no país, culminando no
recente ativismo.

Novo Congresso
Oposição ao governo "encolhe" no Legislativo

Direto ao ponto 
Parlamentares eleitos em outubro do ano passado tomaram posse no
último dia 1º de fevereiro em Brasília. O destaque do novo Congresso
é a ampliação da base aliada do governo na Câmara dos Deputados e
no Senado.

Dos 513 deputados federais e 81 senadores que compõem as Casas


legislativas, 461 (ou 77,6%) são filiados a partidos da situação. Nas
legislaturas de 2003 e de 2007, o número de aliados era,
respectivamente, de 285 e 401.

José Sarney (PMDB-AP) e Marco Maia (PT-RS) irão presidir,


respectivamente, o Senado e a Câmara pelos próximos dois anos.
Eles pertencem a partidos com o maior número de cadeiras no Poder
Legislativo.

Os parlamentares fazem leis e fiscalizam o Poder Executivo. Nenhuma


lei entra em vigor no Brasil sem antes ser aprovada pela Câmara e
pelo Senado. Em tese, o maior número de aliados no Congresso
Nacional garantiria a aprovação de projetos do governo. Mas, na
prática, nem sempre funciona assim. A razão é que alguns políticos
levam mais em conta, na hora de votar os projetos, seus próprios
interesses.

Entre as atividades em pauta para o primeiro semestre está a votação


do projeto de reajuste do salário mínimo e a reforma política. Outros
temas polêmicos, como a criminalização da homofobia e a legalização
do aborto, devem ser discutidos.

Crise no Egito
Protestos derrubam ditador

Direto ao ponto 
O presidente egípcio Hosni Mubarak renunciou ao cargo no dia 11 de
fevereiro, encerrando três décadas de ditadura. Ele cedeu a 18 dias de
protestos ininterruptos no Cairo, com conflitos que deixaram mais de
300 mortos.

O Egito é o mais populoso (80 milhões de habitantes) e influente país


árabe. A queda de um ditador por força de movimentos populares é
algo inédito. Isso aconteceu pela primeira vez na Tunísia, em 14 de
janeiro. Desde então, as manifestações espalharam-se pela região,
ameaçando ditaduras militares e monarquias absolutistas.

O Conselho Militar do Egito assumiu o poder e prometeu mudanças na


Constituição. As próximas eleições estão marcadas para setembro
deste ano. O futuro do país, porém, é incerto. Há falta de lideranças
políticas e sobram problemas econômicos. Não se sabe também que
efeitos a queda de Mubarak irá provocar no mundo árabe, onde já
foram registrados protestos em outros países, inclusive no Irã.

Vous aimerez peut-être aussi