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crianças e adolescentes
I. Introdução
Princípios:
• a possibilidade de movimento é que confere ao corpo as condições de
desenvolvimento
• o pular, o subir, o correr, aliados à imaginação, capacidade de organização
e investigação é que constituem a essência do desenvolvimento psicomotor
• as atividades ao ar livre por mais precárias que sejam já favorecem a
observação e o contato mais vivo com a natureza e o que ela oferece para
manipulação e integração
• a percepção do próprio corpo conjugada com ações ou vivências reais é
que mais harmonizam o físico, o mental e o emocional.
Questões:
Que rumos podemos dar ao trabalho para o desenvolvimento do aspecto
perceptivo motor como uma proposta próxima da vivência e característica dos
educandos?
Como incluir essa área dentro de um todo da ação educativa, sem anular
sua importância e sem continuar introduzindo a como uma programação especial?
Princípios:
• A vida expressa ritmo e tom – presentes nas estações do ano, na noite e no
dia, em todo o movimento da criação inteira;
• As crianças possuem sensibilidade à harmonia, ritmo de frases, doçura de
palavras, beleza de imagens;
• Fornecer alimento a essa parte mais sensível favorece a expressão de
sentimentos.
Questões:
Que valor e lugar ocupam a poesia, a música, a história e dramatização na
rotina do trabalho educativo que nos propomos a fazer?
Que outros recursos poderão ser encontrados para lidarmos com a área
emocional que nos vem apresentada em distúrbios, vazios e outras seqüelas
decorrentes das diversas situações de vida de cada criança?
Princípios:
• a cooperação, o respeito mútuo e o uso construtivo da liberdade para o
bem comum só podem ser aprendidos pela vivência social;
• quando a atividade oferece um desafio às crianças, educação social surge
naturalmente da necessidade do auxílio mútuo;
• enquanto educadores, reconhecemos e assumimos nosso papel de
articuladores da socialização e vivência grupal;
• temos também a clareza que precisamos resguardar e propiciar a
expressão da individualidade dos membros de um grupo;
Questões:
Que estrutura de trabalho podemos propor para que o próprio ambiente e a
rotina diária possuam em si mesmo um caráter educativo?
Que recursos poderão subsidiar a proposta de favorecimento do
crescimento individual ou busca da própria identidade dos elementos que copõem
o grupo?
Princípios:
• a possibilidade de resolver problemas, aperfeiçoando os instrumentos de
conhecimento, é condição essencial para o desenvolvimento da mentoe do
educando;
• a partir de como a criança pensa e do aprimoramento das capacidades
individuais, buscando o incentivo da faculdade de pensar;
• o estímulo à invenção, ao estudo, mesmo contribuindo para o
desenvolvimento da mente, se não estiver aliado ao objetivo de busca do
bem comum ou da construção da cooperação, não possui em si mesmo
valor educativo;
Questões:
Qual deve ser nossa postura básica em relação ao desenvolvimento da
capacidade de pensar e raciocinar das crianças?
Como a leitura poderá ocupar seu espaço vital nesse processo, partindo do
pressuposto de que deverá ser incentivada e estimulada em nossa ação
educativa?
4.2- Da expressão do ser
Princípios:
• quanto mais a pessoa influi e acompanha o nascimento de uma coisa nova,
manifestação de sua vida e seu poder, maior é a alegria que sente.
• A criança ao produzir o seu brinquedo, torna-se autora e dona dele,
imprimindo-lhe sua intenção e desejo, tendo assim a oportunidade de criar
o que necessita;
• Em educação pré-escolar vale mais o processo que o produto final;
• É sobre material flexível como a sucata, argila, tintas, areia, blocos de
madeira, lápis e papel que reside em primeiro lugar a possibilidade da
criação, porque são abertos e moldáveis;
Questões:
Que recursos, caminhos, alternativas podemos apontar ou sugerir para que
esses materiais ocupem devidamente sua importância e função na sala de
atividades?
Princípios:
• Um dos princípios da educação deve ser o de partir do que está perto para
o que está distante, do que é para o que deve ser;
• A base da natureza de um homem está estreitamente ligada a seu
passado, sua hereditariedade, seu ambiente, o solo que ele pisa, o ar que
respira, as paisagens, os sons, os hábitos a que ele está acostumado;
• Considerando o passado como base, o presente como material e o futuro
como meta, justificamos tomar como eixo do FAZER proposto aos
educandos aquilo que constitui hoje o seu SER;
Questões:
Que temas trabalhar, como conduzir melhor as programações no sentido de
concretizar idéias e pesquisas feitas com as crianças?
“O mais importante no brinquedo não é o objeto em si, mas o que ele provoca e o
que a criança cria ao seu redor. É essa característica que faz situar-se entre os
brinquedos mais adequados”.
Vital Didonet
V - Os Brinquedos
5.1.1 – Objetivos:
- Identificar e nomear as cores primárias.
- Identificar semelhanças e diferenças.
- Estabelecer correspondência entre objetos da mesma cor.
- Seriação
- Classificação
5.1.2 – Sugestão de atividades:
5.2.1 – Objetivos:
- Identificar as semelhanças e diferenças quanto à textura.
- Classificação
- Seriação
“Este carro de boi foi feito para carrear lenha e pode trazer felicidade para as
crianças” (Márcio 13a .)
5.3.1 – Objetivos:
-Manipular objetos idênticos, exceto no peso e descobrir em que eles diferem.
- Manipular objetos que são mais pesados à medida que aumentam de tamanho
- Manipular objetos que são mais leves à medida que aumentam de tamanho.
- Seriação
-Classificação
- Coordenação motora fina
5.4.1 – Objetivos:
-Comparar a quantidade de objetos estabelecendo relações de equivalência ou
não equivalência.
- Repartir objetos iguais entre vários elementos de maneira que todos recebam a
mesma quantidade.
- Comparar a mesma quantidade de objetos em configurações espaciais
diferentes.
- Fazer correspondência termo a termo
- Aumentar e diminuir quantidades.
“A turma estava envolvida com atividades cujo tema era a primavera. Numa
atividade coletiva montamos o painel da primavera, ao som da música “Aquarela”,
de Toquinho e Vinícius de Moraes. Utilizamos tinta guache, pincel e muita
criatividade. As crianças pintaram arco-íris, castelos, sol, flores, barco...
O brinquedo borboletas coloridas foi espalhado no chão e, antes de
contemplarem o painel, as crianças formaram pares com as borboletas iguais e
começaram a inventar figuras no chão usando todas as borboletas; formaram:
barcos, círculos, etc.
Ao som da música “voa, voa borboleta colorida” começamos a colar as
borboletas no painel. As crianças se empolgaram muito. Colaram as borboletas na
porta do armário, na parede e numa geladeira que tem na sala e que se
encontrava perto do painel.
Mas aconteceu algo interessante: as borboletas não ficaram presas por
muito tempo no lugar onde eram coladas. As hipótese levantadas para o fato e as
perguntas foram as mais diversas: por que será que não ficaram coladas? Será
por que são pesadas? Será por que a fita adesiva não é boa? Ou por que as
borboletas são grossas?
Combinamos onde as borboletas ficariam para compor o painel e
desencadeamos uma série de atividades sobre coisas leves e pesadas”.
“Nós fizemos este brinquedo com muito carinho para as crianças brincarem e
aprenderem” (Antônio 13a .)
5.6.1 – Objetivos:
- Identificar e nomear as figuras geométricas (quadrado, círculo, triângulo,
retângulo, losango).
- Identificar semelhanças e diferenças quanto à forma
- Encaixar formas
- Comparar objetos quanto à forma e tamanho
- Seriação
-Classificação
- Identificar objetos pelo tato
- Desenvolver a criatividade e cooperação
5.6.2 – Sugestão de atividades:
5.7.1 – Objetivos:
- Comparar a mesma quantidade de objetos em configurações espaciais
diferentes
- Fazer correspondência entre objetos
- Desenvolver a coordenação motora fina.
- Seriação
-Classificação
“As crianças vão brincar de dar água e ração para os bichos” (Dirceu 11a .)
5.8.1 – Objetivos:
- Comparar quantidades líquidas.
5.9.1 – Objetivos:
- Comparar quantidades de massa.
“No dia 25/09 visitamos a granja da UFLA. São 1000 galinhas que botam
para consumo; galinhas brancas e vermelhas. Esses ovos não podem ser
chocados. As crianças observaram e fizeram perguntas ao responsável: como as
galinhas botam, por que os ovos têm cores diferentes, por que os bicos das
galinhas são cortados”.
Visitamos também os galinheiros onde há 10 galinhas para cada galo. As
crianças entraram nos galinheiros e viram onde as galinhas botam. As diferenças
entre as galinhas carijó, branca e amarela. E por que são os ovos dessas galinhas
que vão para a chocadeira. São recolhidos 50 ovos por dia. Em seguida fomos ver
os frangos de corte.
De volta à sala de atividades as crianças montaram o seu galinheiro com o
brinquedo galinha amiga. As crianças foram divididas em grupos e cada grupo
escolheu com que ia trabalhar: um grupo montou o teto; outro a grama; outro
confeccionou a porta para o galinheiro; o outro grupo, as flores e outro, a placa
com o nome do galinheiro.
As peças do brinquedo ficaram fincadas num tabuleiro de areia e o trabalho
ficou muito legal”!
INFORMAÇÕES
Arco-Íris
Rua Expedicionário José Mesquita, 96
37200-000 LAVRAS, MG
Cursos:
Departamento de Educação da UFLA – (35) 3829 1598 (Cláudia)
COMBEM – Lavras (35) 3821 6350 (Vera)
Agradecimentos:
Luis Gustavo Guadalupe Silveira (14 anos) ilustração
VI- Bibliografia
ASSIS, Orly Zucatto Mantovani de. Uma nova metodologia de Educação Pré-
Escolar. Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. Série Cadernos de Educação.
1979. SP.
ASSIS, Orly Zucatto Mantovani de. PROEPRE – Programa de Educação Pré-
Escolar. 1981.
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. A Psicogênese da Língua Escrita. Porto
Alegre, Artes Médicas, 1986.
FREINET, Celestin. A Educação Pelo Trabalho. V ol I e II. Editorial Presença.
1974
FREIRE, MADALENA. A paixão de conhecer o mundo. Paz e Terra. 1983.
Coleção Educação e Comunicação. RJ.
LOWENFELD, Viktor. A criança e Sua Arte. Editora Mestre Jou. 2ª. Ed. 1977. SP.
MACHADO, Izatina de Lourdes. Educação Montessori. De um homem novo para
um mundo novo. 2ª. Edição. Biblioteca Pioneira – São Paulo – 1983 (A Pré-Escola
Brasileira – Série Cadernos de Educação)
MARINHO, Geloisa. Vida e educação no jardim de infância.
PIAGET, Jean & SEZMINSKA, A. A gênese do número na criança. Zahar editores.
3ª. Ed. 1981
UBA, Lúcia Helena Vilela. Metodologia de 04 a 06 anos – o Ser e o Fazer da
Criança – FEBEM – Minas Gerais 1984.
Educandos e marceneiros que participaram da criação
dos brinquedos: