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Aula 007 – 29.03.

2011

Ações possessórias

Conceito – são as ações judiciais através das quais será discutida a posse de um
bem. São também denominados interditos possessórios. Teve sua origem nas “actios”
romanas. Nas ações possessórias é vedada a discussão sobre o direito de
propriedade exercido sobre o bem.

Espécies de ações possessórias:

a) Ação de reintegração de posse – ajuíza-se essa ação quando o possuidor


sofre esbulho na sua posse, ou seja, o possuidor é totalmente destituído de
sua posse, podendo, neste momento, estar na posse direta ou não do bem.
b) Ação de manutenção da posse – ajuíza-se a ação em tela quando o possuidor
é turbado de sua posse, ou seja, tem o seu exercício limitado, no entanto
continua exercendo-a. Exemplo: uns grupos de posseiros invadem
clandestinamente uma fazenda e ocupa casas da mesma, que estavam
abandonadas, não obstante o possuidor continua na posse da fazenda.
Podemos enxergar claramente esse exemplo nos dias atuais, como o MST.
c) Interdito proibitório: ocorre quando o possuidor está sendo ameaçado de
perder a sua posse.

Observação: há uma ação possessória não elencada no CC que se trata da ação de


imissão de posse. Ele ocorre quando uma pessoa alegar ter direito a posse de um
bem, mas está sendo impedida por alguma circunstância de exercê-la. A principal
diferença imissão de posse e as demais ações possessórias, é que, no caso da
imissão, o autor, da ação nunca exerceu a posse direta sobre o bem.

Da possibilidade de concessão de medida liminar nas ações possessórias - Medida


liminar é uma concessão feita pelo juiz nos procedimentos de rito especial quando há
o periculum in mora (perigo da demora) e a fumaça do bom direito, ou seja, em
havendo esses dois pressupostos o juiz entende que se o autor não for socorrido com
urgência ele corre o risco de se ver irremediavelmente lesado em seu direito. Logo nas
ações possessórias o juiz poderá conceder medida liminar afastando de imediato
aquele que turbou ou esbulhou a posse. Sendo que o turbador ou esbulhador que é
nesses casos o réu da ação terá que deixar de exercer a possa sobre o bem antes
que tenha sido citado para contestar a ação possessória. Sem que ela sequer ofereça
contestação.
É sempre assim?

Será tão somente concedida medida preliminar nos casos de ações possessórias, nos
casos de posse nova. Também chamada de força nova.

E o que é posse nova?

É aquela cujo exercício tem menos de um ano e um dia. Logo em se tratando de


posse velha ou posse de força velha que é aquela cujo exercício é de mais de um ano
e um dia não será concedida medida liminar, devendo a parte ré ser citada para
contestar a ação possessória sendo a decisão sobre a posse apenas prolatada em
sentença terminativa, ou seja, ao final da ação cujo rito processual será o ordinário.

Nas ações de rito ordinário o juiz poderá conceder tutela antecipada que diverge da
concessão de medida liminar porque a tutela antecipada apenas é concedida após o
réu ter oferecido contestação (art. 273 – CPC). A medida liminar no rito especial já a
tutela antecipada vem do rito ordinário e vem antes da contestação. Se uma pessoa
invade uma fazenda, e fica e toma posse e o antigo possuidor é totalmente destituído
por dois anos, qual a medida tomada? Reintegração de posse não cabendo a medida
liminar.

A Usucapião

1. Etimologia do termo – usus + captio significa captura de um bem pelo uso.


2. Conceito – trata-se de aquisição originaria da propriedade sobre bem móvel ou
imóvel em razão do exercício da posse sobre esse bem por um determinado
período de tempo previsto em lei (prescrição aquisitiva).
3. Escorço histórico
4. Pressupostos:
 Tempus (tempo);
 Possessio (posse);
 Res habilis (coisa que está dentro do comércio, ou seja, coisa alienável
e penhorável);
 Vereditum (sentença judicial);
5. Espécies de usucapião:
 Extraordinário – adquiri-se a propriedade de um bem
extraordinariamente pela usucapião quando o possuidor mesmo tendo
os quatro pressupostos acima elencados não detém justo título e nem a
boa-fé. Ou seja, a posse do bem a ser usucapido foi originariamente
viciada, logo se iniciou com violência ou clandestinidade. Por ser a
posse do bem viciado o prazo para a usucapião será de 15 anos a
contar do momento no qual se cessaram os vícios, ou seja, quando a
posse passou a ser exercida sem oposição e de forma mansa e
pacifica.
 Ordinário – já a usucapião ordinária ocorrera quando a posse não tiver
se iniciado com vícios tendo um possuidor justo título e boa-fé, o prazo
pra a usucapião será menor, qual seja de 10 anos.
 Urbana:
a. O imóvel esteja no perímetro urbano;
b. O possuidor não seja proprietário de nenhum outro imóvel urbano
ou rural;
c. Que o imóvel tenha no máximo 250 metros quadrados;
d. Que a posse seja exercida sem oposição e de forma mansa e
pacifica por mais de cinco anos;
 Rural:
a) Que o imóvel esteja no perímetro rural;
b) Que o possuidor não seja proprietário de nenhum outro imóvel
urbano ou rural;
c) O bem deve ter no máximo 50 equitares;
d) Que a posse seja exercida sem oposição e de forma mansa e
pacifica por mais de cinco anos;

Observação¹: apenas as pessoas físicas poderão beneficiar-se da usucapião urbana e


rural;

Observação geral: os tempos de posse de pessoas que se sucedem no exercício da


posse de um bem podem ser somados a fim de que se possa adquirir um bem por
usucapião.

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