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I – IMPOSTOS FEDERAIS
A competência exclusiva da União para instituir impostos está prevista no art.
153, da CRF/88, o qual transcrevemos, a seguir:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 150, §1º, CRF/88 - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos
arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos
impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 73, decreto 4.543/20002 - Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato
gerador (Decreto-lei no 37, de 1966, art. 23 e parágrafo único): I - na data do registro da
declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo; (...)
REsp 362910 / PR
RECURSO ESPECIAL
2001/0129594-6
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. MERCADORIA EM TRÂNSITO DESTINADA AO
PARAGUAI. AVARIA OU EXTRAVIO. ISENÇÃO. IRRESPONSABILIDADE DO
TRANSPORTADOR. PRECEDENTES.
1. Não obstante o fato gerador do imposto de importação se dê com a entrada da mercadoria
estrangeira em território nacional, torna-se necessária a fixação de um critério temporal a que se
atribua a exatidão e certeza para se completar o inteiro desenho do fato gerador. Assim, EMBORA
O FATO GERADOR DO TRIBUTO SE DÊ COM A ENTRADA DA MERCADORIA EM
TERRITÓRIO NACIONAL, ELE APENAS SE APERFEIÇOA COM O REGISTRO DA
DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO NO CASO DE REGIME COMUM e, nos termos precisos do
parágrafo único, do artigo 1º, do Decreto-Lei nº 37/66, "com a entrada no território nacional a mercadoria
que contar como tendo sido importada e cuja a falta seja apurada pela autoridade aduaneira". (...). 4.
Recurso não conhecido.
Art. 20, CTN - A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade
de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal
que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em
condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da
arrematação.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.1.4 - CONTRIBUINTE
1.1.5 - LANÇAMENTO
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ARTIGO VII (GATT) VALOR PARA FINS ALFANDEGÁRIOS (...) 2.(a) O VALOR PARA FINS
ALFANDEGÁRIOS DAS MERCADORIAS IMPORTADAS DEVERÁ SER ESTABELECIDO SOBRE O VALOR
REAL DA MERCADORIA IMPORTADA À QUAL SE APLICA O DIREITO OU DE UMA MERCADORIA
SIMILAR, E NÃO SOBRE O VALOR DO PRODUTO DE ORIGEM NACIONAL OU SOBRE VALORES
ARBITRÁRIOS OU FICTÍCIOS. (b) O "VALOR REAL" DEVERÁ SER O PREÇO AO QUAL, EM TEMPO E
LUGAR DETERMINADOS PELA LEGISLAÇÃO DO PAÍS IMPORTADOR, AS MERCADORIAS IMPORTADAS
OU AS MERCADORIAS SIMILARES SÃO VENDIDAS OU OFERECIDAS À VENDA POR OCASIÃO DAS
OPERAÇÕES COMERCIAIS NORMAIS EFETUADAS NAS CONDIÇÕES DE PLENA CONCORRÊNCIA. Essas
mercadorias ou mercadorias similares são vendidas ou oferecidas à venda em condições de plena concorrência e através de
operações comerciais normais, Na medida em que o preço dessas mercadorias ou de mercadorias similares dependa da
quantidade sobre a qual recai uma transação determinada, o preço considerado deverá guardar relação na conformidade da
escolha efetuada em definitivo pelo país importador, quer com quantidades comparáveis, quer com quantidades fixadas de
forma não menos favorável ao importador do que se fosse tomado o maior volume dessas mercadorias que efetivamente tenha
dado ensejo a transações comerciais entre o país exportador e o país importador. (c) No caso em que for impossível determinar
o valor real em conformidade com os termos da alínea (b), do presente parágrafo, o valor para fins alfandegários deverá ser
baseado na equivalência comprovável, mais próxima desse valor.
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Art. 22, CTN - Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos
apreendidos ou abandonados.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Por fim, cabe apresentarmos alguns conceitos que mesmo fora do escopo do
Direito Tributário, podem ser úteis na compreensão de questões de concurso que tratem
do Imposto sobre Importação:
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Art. 335, Decreto 4.543/2002 - O regime de drawback é considerado incentivo à exportação, e pode ser aplicado nas
seguintes modalidades: I - suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mercadoria a ser exportada após
beneficiamento ou destinada à fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada; II - isenção dos
tributos exigíveis na importação de mercadoria, em quantidade e qualidade equivalente à utilizada no beneficiamento,
fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado; e III - restituição, total ou parcial, dos tributos pagos
na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação, complementação ou acondicionamento
de outra exportada.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 153, § 1º, CRF/88 - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Art. 26, CTN - O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da
política cambial e do comércio exterior.
Art. 150, §1º, CRF/88 - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos
arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos
impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
Art. 23, CTN - O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de
produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional.
RE 227106 / PE - PERNAMBUCO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO
Julgamento: 21/03/2000 Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO. AÇÚCAR. OPERAÇÕES QUE
JÁ HAVIAM SIDO REGISTRADAS NO SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO
EXTERIOR - SISCOMEX QUANDO FORAM EDITADAS AS RESOLUÇÕES NºS.
2.112/94 E 2.136/94, DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. Equivalendo os
registros informatizados das operações de exportação no SISCOMEX, para todos os efeitos
legais, à guia de exportação (art. 6º, § 1º, do Decreto nº 660/92), é fora de dúvida que, no
caso, as operações que, por essa forma, já se achavam registradas quando do advento das
resoluções sob enfoque, não poderiam ser atingidas pelas novas regras nelas veiculadas,
sob pena de ofensa ao princípio do direito adquirido. Recurso não conhecido.
RE 235858 / PE - PERNAMBUCO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
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Art. 214, Regulamento Aduaneiro – Decreto 4.543/2002 - A base de cálculo do imposto é o preço normal que a
mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior. § 1º Quando o preço da mercadoria for de
difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio Exterior fixará
critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo. § 2º Para efeito de determinação
da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição
ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma
dos custos, mais impostos e contribuições.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.2.3 - CONTRIBUINTE
1.2.4 – LANÇAMENTO
O art. 43, do CTN, define como FATO GERADOR do Imposto de Renda não
apenas A RENDA, ENTENDIDA COMO A DISPONIBILIDADE ECONÔMICA
(o sujeito passivo recebe a renda ou proventos) OU JURÍDICA (o sujeito passivo
recebe o crédito, podendo dispor do mesmo juridicamente, sem contudo receber
efetivamente a renda) ORIUNDA DO PRODUTO DO CAPITAL (EX: JUROS E
APLICAÇÕES FINANCEIRAS), DO TRABALHO (E: SALÁRIO E
VENCIMENTOS) OU DA COMBINAÇÃO DOS DOIS (EX: PROLABORE DOS
SÓCIOS E O LUCRO) mas QUAISQUER PROVENTOS QUE POSSAM GERAR
ACRÉSCIMOS PATRIMONIAIS PARA O SUJEITO PASSIVO,
INDEPENDENTE DA NOMENCLATURA, CONDIÇÃO JURÍDICA (Ex: renda
originada do Jogo do Bicho, do lenocínio, etc. – Princípio do “pecunia non olet”)
OU LOCALIZAÇÃO QUE ESSES PROVENTOS POSSAM TER (ou rendas
possam ter). Ex: Honorários, salário, vencimentos, lucro.
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza
tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não
compreendidos no inciso anterior.
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da
localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as
condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto
referido neste artigo.
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Art. 27, CTN - Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 25, Lei 9.430/96 - O lucro presumido será o montante determinado pela soma das
seguintes parcelas:
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26
de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pelo art. 31 da Lei nº 8.981, de 20 de
janeiro de 1995, auferida no período de apuração de que trata o art. 1º desta Lei;
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O Prof. Luiz Emygdio reforça uma corrente doutrina que sustenta que o § 2º, do Art. 43, CTN, incluídos pela LC
104/2001, são inconstitucionais por alterarem o conceito de renda previsto no art. 153, III, CRF/88, inserindo neste conceito, a
renda auferida por pessoa jurídica no exterior. (Manual de Direito Financeiro e Direito Tributário, 20ed. Ed Renovar: RJ. 2007.
P.727).
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Art. 44, CTN - A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos
tributáveis.
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Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º). § 1º A determinação do lucro real será
precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis
comerciais (Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º). § 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para
efeito de determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou dele excluídos, serão, na
determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados,
respectivamente, observado o disposto no parágrafo seguinte (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 4º). § 3º Os valores
controlados na parte "B" do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, existentes em 31 de dezembro de 1995, somente serão
atualizados monetariamente até essa data, observada a legislação então vigente, ainda que venham a ser adicionados, excluídos
ou compensados em períodos de apuração posteriores (Lei nº 9.249, de 1995, art. 6º).
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
II - das deduções relativas ao somatório dos valores de que tratam os arts. 74, 75, 78 a 81, e 82,
e da quantia de um mil e oitenta reais por dependente.
1.3.2 - CONTRIBUINTE
1.3.3 - LANÇAMENTO
1.3.4 - ALÍQUOTA
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Art. 45, CTN - Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir
a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único.
A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção
e recolhimento lhe caibam.
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Art. 121, CTN - Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte,
sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
O art. 153, §2°, CRF, prevê como princípios que devem nortear o IR a
generalidade, a universalidade e a progressividade.
Art. 153, § 2º, CRF - O imposto previsto no inciso III: - será informado pelos critérios da
generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
O CTN, em seu art. 153, §3º, prevê que o IPI seja obrigatoriamente seletivo e
não-cumulativo.
Para ser seletivo, as alíquotas do IPI devem ser estabelecidas de acordo com
a essencialidade, ou seja, deveram ser menores quando aplicadas em produtos com
maior grau de essencialidade e maiores quando os produtos forem menos essenciais
para a sociedade (ex: tabaco, jóia, etc.).
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
IPI incide apenas ao valor agregado em cada operação (Não é imposto em cascata.
Recolhe-se apenas a diferença entre o valor de entrada no estabelecimento e da saída do
produto). Desse modo, não poderá, no final da cadeia de produção, o tributo cobrado ser
maior que o valor da maior alíquota multiplicado pelo valor final da mercadoria
Art. 153,§ 3º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;
Art. 49, CTN - O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido
resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos
saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte
transfere-se para o período ou períodos seguintes.
Além disso, é necessário frisar que o IPI não incide sobre produtos destinados a
exportação, isto é, as exportações são imunes ao IPI. Da mesma forma, a fim de
incentivar a modernização do parque industrial e a economia real (em detrimento do
sistema financeiro), a EC 42/2003 introduziu na CRF/88 que o IPI deverá ter suas
alíquotas reduzidas, amenizando, assim, o seu impacto sobre a aquisição de bens de
capital.
Art. 153, §3º, CRF – (...) III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao
exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte
do imposto, na forma da lei.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
O art. 46, do CTN, elenca como fato gerador do IPI: a) o seu desembaraço
aduaneiro; b) a sua saída do estabelecimento; c) a sua arrematação.
Art. 46, CTN - O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como
fato
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que
tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o
aperfeiçoe para o consumo.
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Art. 2º, Lei 4.502/64 - Constitui fato gerador do impôsto: I - quanto aos produtos de procedência estrangeira o respectivo
desembaraço aduaneiro; II - quanto aos de produção nacional, a saída do respectivo estabelecimento produtor. § 1º Quando a
industrialização se der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora de estabelecimento produtor, o fato
gerador considerar-se-á ocorrido no momento em que ficar concluída a operação industrial. § 2º O impôsto é devido sejam
quais forem as finalidades a que se destine o produto ou o título jurídico a que se faça a importação ou de que decorra a saída do
estabelecimento produtor.
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Art. 47, CTN - A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido
no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação;b) das taxas exigidas para entrada do
produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; II - no caso do inciso II do
artigo anterior: a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; b) na falta do valor a que se refere a alínea
anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente; III - no caso do inciso III
do artigo anterior, o preço da arrematação.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
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Art. 9º , Decreto 4.544/2002 – RIPI - Equiparam-se a estabelecimento industrial: I - os estabelecimentos importadores de
produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I); II- os
estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos
importados por outro estabelecimento da mesma firma; III - as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de
produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se
aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese do inciso II (Lei nº 4.502, de
1964, art. 4º, inciso II, e § 2º, Decreto-lei nº 34, de 1966, art. 2º, alteração 1ª, e Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 37,
inciso I); IV - os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro estabelecimento da
mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens,
recipientes, moldes, matrizes ou modelos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso III, e Decreto-lei nº 34, de 1966, art. 2º, alteração
33ª); V - os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a
estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor
da encomenda (Decreto-lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, art. 23); VI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos
produtos classificados nas posições 71.01 a 71.16 da TIPI (Lei nº 4.502, de 1964, observações ao Capítulo 71 da Tabela); VII -
os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de
produção nacional, classificados nas posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI e acondicionados em recipientes de
capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos (Lei nº 9.493,
de 1997, art. 3º): a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como insumo na fabricação de bebidas; b)atacadistas e
cooperativas de produtores; ou c) engarrafadores dos mesmos produtos. VIII – os estabelecimentos comerciais atacadistas que
adquirirem de estabelecimentos importadores produtos de procedência estrangeira, classificados nas posições 33.03 a 33.07 da
TIPI (Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 39); IX - os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que
adquirirem produtos de procedência estrangeira, importados por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora, observado o disposto no § 2º ( Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 79); e X - os estabelecimentos
atacadistas dos produtos da posição 87.03 da TIPI (Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 12).
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.4.4 - LANÇAMENTO
Por fim, cabe destacar que a fixação da data de recolhimento do IPI não está
sujeita a reserva legal, podendo ocorrer por outro tipo de legislação.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Cabe destacar que o art. 67, CTN, prevê, expressamente, que os recursos
arrecadados com este imposto serão destinados a formar as reservas monetárias.
Entretanto, a nosso ver, este dispositivo não foi recepcionado pela atual
Constituição, pois o art. 167, IV, da mesma, veda, em regra, a vinculação dos
impostos (EM PROVA DE CONCURSOS DEVE TER ATENÇÃO SE A
QUESTÃO É TRANSCRIÇÃO LITERAL DO CTN OU DOUTRINÁRIA)
Art. 67, CTN - A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, na
forma da lei.
Outro ponto relevante quanto ao IOF refere-se a sua incidência sobre o Ouro
considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial, pois nesta situação incidirá
exclusivamente o IOF, devido na operação de origem, com alíquota mínima de 1%, não
sendo admitida a incidência do IOF nas operações subseqüentes.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e
sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou
do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou
estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado
em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por
este;
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento
equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão,
pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e
reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo de uma
mesma operação de crédito.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.5.4 - CONTRIBUINTE
Art. 4º, Dec.6.306/2007 – RIOF - Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas
tomadoras de crédito. Parágrafo único. No caso de alienação de direitos creditórios resultantes
de vendas a prazo a empresas de factoring, contribuinte é o alienante pessoa física ou jurídica.
Art. 12, Dec.6.306/2007 – RIOF - São contribuintes do IOF os compradores ou vendedores de
moeda estrangeira nas operações referentes às transferências financeiras para o ou do exterior,
respectivamente. Parágrafo único. As transferências financeiras compreendem os pagamentos
e recebimentos em moeda estrangeira, independentemente da forma de entrega e da natureza
das operações.
Art. 19, Dec.6.306/2007 – RIOF - Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas
seguradas
Art. 37, Dec.6.306/2007 – RIOF - Contribuintes do IOF são as instituições autorizadas pelo
Banco Central do Brasil que efetuarem a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou
instrumento cambial
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.5.5 - LANÇAMENTO
Art. 2º Nos termos do art. 153, § 4º, in fine, da Constituição, o imposto não incide sobre
pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não
possua outro imóvel.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os imóveis com área
igual ou inferior a :
I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no Pantanal
mato-grossense e sul-mato-grossense;
II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na Amazônia
Oriental;
III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.
A mesma norma legal a fim de sanar a injustiça com aqueles produtores rurais
que possuam mais de um imóvel, cujas áreas somadas são inferiores ao estabelecido no
art. 2º, em seu art. 3º concedeu isenção a essas propriedades.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 158, II, CRF/88 - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União
sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III
Art. 29, CTN - O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como
definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.
Art. 1º, Lei 9.393/96 - O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração
anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza,
localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
Cabe ressaltar que o ITR incide apenas sobre o valor da terra nua, isto é, sem
considerar o que sobre ela foi posto pelo homem, razão pela qual o CTN,
expressamente, adotando o previsto no art. 43, CC/191616, previu como componente do
fato gerador apenas os imóveis por natureza, isto é, o solo, o espaço aéreo o subsolo, as
árvores e frutos pendentes.
Portanto, não haverá incidência do ITR quando tratar de imóvel por acessão
física (quando o homem incorpora permanentemente ao solo; ex: sementes lançadas ao
solo, edifícios, etc.) e por acessão intelectual (quando o proprietário mantiver no imóvel
para a exploração industrial, aformoseamento e comodidade)
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Art. 32, § 1º, CTN - Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado
o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou
mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III -
sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V -
escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. § 2º A lei municipal
pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos
competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior.
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Art. 43, Código Civil de 1916 - São bens imóveis: I - o solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências
naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo; II - tudo quanto o homem incorporar
permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que se não possa retirar sem
destruição, modificação, fratura, ou dano; III - tudo quanto no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado em
sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.
17
Art. 33, CTN - A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de
cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de
sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade.
21
DIREITO TRIBUTÁRIO II
1.6.3 - CONTRIBUINTE
1.6.4 – LANÇAMENTO
1.7 – IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS – IGF (Art. 153, VII, CRF/88)
Este imposto é da competência da União, porém até o momento não foi criado.
Porém, para que a União exerça sua competência é necessário que a Lei Complementar
estabeleça as normas gerais desse imposto (todas as diretrizes fundamentais para a
regulação desse imposto), o qual para ser criado dependerá apenas de uma Lei
Ordinária.
18
Art. 34, CTN - Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a
qualquer título.
22
DIREITO TRIBUTÁRIO II
II – IMPOSTOS ESTADUAIS
A competência exclusiva dos Estados e do Distrito Federal para instituir
impostos está prevista no art. 155, da CRF/88, o qual transcrevemos, a seguir:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.
2.1 – Imposto sobre a transmissão causa mortis e doação – ITCMD (Art. 155, I e
§1º, CRF/88 e Art.35/42, CTN
Este imposto não incidirá apenas sobre os bens imóveis, mas também
sobre os bens móveis. O ITCMD que incidir sobre os bens imóveis competirá ao
Estado da localização dos bens; enquanto o ITCMD que incidir sobre bens móveis,
será de competência do Estado onde o inventário ou arrolamento estiver se
processando, quando tratar-se de herança, agora, se estivermos diante de uma
doação, será de competência será do Estado de domicílio do doador.
Outro ponto a se destacar diz respeito às alíquotas que devem ter seus
máximos fixados pelo Senado Federal, por meio de resolução. Contudo, a indexação
das alíquotas ao teto por um Estado, não garante a majoração desse imposto
quando nova Resolução do Senado ampliar o teto, visto que será necessária uma
nova lei estadual para ampliar as alíquotas do ITCMD, respeitando os limites ao Poder
de Tributar impostos pelo Estado.
23
DIREITO TRIBUTÁRIO II
RE 213266 / PE - PERNAMBUCO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 20/10/1999 Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO
TRIBUTA - FIXAÇÃO DE ALÍQUOTA X TETO - IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA
MORTIS - LEI Nº 10.260/89, DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Não se coaduna com o
sistema constitucional norma reveladora de automaticidade quanto à alíquota do imposto
de transmissão causa mortis, a evidenciar a correspondência com o limite máximo fixado
em resolução do Senado Federal.
Súmula 112, STF – O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente
ao tempo da abertura da sucessão.
Súmula Nº 113, STF – o imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor
dos bens na data da avaliação.
Súmula Nº 114, STF - o imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da
homologação do cálculo.
24
DIREITO TRIBUTÁRIO II
O ART. 38, do CTN, estabelece que a base de cálculo seja valor venal dos bens
ou direitos transmitidos; logo, o podemos considerar como BASE DE CÁLCULO DO
ITCMD O VALOR DE MERCADO DOS BENS E DIREITOS TRANSMITIDOS,
CONSIDERADOS ESTES AQUELE ENCONTRADO COMA AVALIAÇÃO
JUDICIAL DOS BENS (SÚMULA, STF, 113.
Art. 38, CTN - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
Mas, para evitar-se que haja defasagem do valor do bem na data da avaliação
(data do laudo) e do cálculo do ITCMD, o STJ assentou que deverá ser aplicada a
correção monetária até a data do efetivo pagamento, a partis da morte do de cujus.
2.1.3 - CONTRIBUINTE
O art. 42, CTN19, estabelece que será contribuinte do ITMD qualquer das partes
da relação tributada, conforme dispuser a lei. Logo, caberá a lei estadual fixar qual das
partes da relação tributária será considerada contribuinte do ITCMD.
2.1.4 - LANÇAMENTO
19
Art. 42, CTN - Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
20
Art. 155,§ 2.º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...) III - poderá ser seletivo, em função da
essencialidade das mercadorias e dos serviços;
25
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Além disso, a CRF/88 prevê que não há que se falar em compensação dos
créditos, nas operações de saída, caso a operação de circulação de mercadoria anterior
for desonerada do tributo (se a operação for isenta ou imune, por exemplo). Logo, se
haverá crédito para ser compensado, se o mesmo for efetivamente recolhido na
operação que anterior.
Art. 155,§ 2.º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;
26
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Estado destinatário da mesma (na prática a operação ocorre do mesmo modo que
aquela onde incide apenas a alíquota interna).
27
DIREITO TRIBUTÁRIO II
22
Art. 155,§ 2.º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (...) XII - cabe à lei complementar: (...) g)
regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados.
23
28
DIREITO TRIBUTÁRIO II
e minerais, o que não ocorre no caso, em que as operações sobre sacos de matéria plástica, pela
única circunstância de o polietileno ser derivado do petróleo e elemento para a fabricação
deles, não são, evidentemente, operações referentes a combustível líquido como é o petróleo.
Agravo a que se nega provimento.
29
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Caberá as normas estaduais que instituírem o ICMS fixar o fato gerador desse
tributo, contudo, dentro dos parâmetros gerais estabelecidos pela LC 87/96.
Normalmente, as legislações estaduais adotam a saída da mercadoria do
estabelecimento comercial como fato gerador do ICMS, entendida esse em seu
aspecto jurídico, ou seja, desde que haja transferência de propriedade.
2.2.2 – MERCADORIA
Por tais razões, o software, segundo o STF, quando for apenas à produção de
programas por encomenda ou por cessão de direitos, será um bem incorpóreo, não
sendo considerado mercadoria e, portanto, não haveria a incidência do ICMS, mas
apenas do ISS. Agora, quando o software for produzido em larga escala para a
comercialização, irá prevalecer o chamado corpus mechanicum da criação
intelectual (verdadeira mercadoria), incidindo, portanto o ICMS (são os chamados
software de prateleira).
RE 199464 / SP - SÃO PAULO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO
Julgamento: 02/03/1999 Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: TRIBUTÁRIO. ESTADO DE SÃO PAULO. ICMS. PROGRAMAS DE
COMPUTADOR (SOFTWARE). COMERCIALIZAÇÃO. No julgamento do RE 176.626,
Min. Sepúlveda Pertence, assentou a Primeira Turma do STF a distinção, para efeitos
tributários, entre um exemplar standard de programa de computador, também chamado "de
prateleira", e o licenciamento ou cessão do direito de uso de software. A PRODUÇÃO EM
MASSA PARA COMERCIALIZAÇÃO E A REVENDA DE EXEMPLARES DO
24
Art. 12, LC 87/96 - Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de
estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;
30
DIREITO TRIBUTÁRIO II
2.2.3 – SERVIÇOS
Deve-se ter atenção ao fato de que não haverá incidência do ICMS nos
serviços de transporte intramunicipal, ou seja, aqueles que não ultrapassem as
fronteiras do município.
EREsp 456650 / PR
EMBARGOS DE DIVERGENCIA NO RECURSO ESPECIAL
(...) Da leitura dos artigos 155, inciso II, da Constituição Federal, e 2º, inciso III, da Lei
Complementar n. 87/96, verifica-se que (...). Segundo informações da Agência Nacional de
Telecomunicações – ANATEL, "a Internet é um conjunto de redes e computadores que se
interligam em nível mundial, por meio de redes e serviços de telecomunicações, utilizando no
seu processo de comunicação protocolos padronizados. (...). Em seu artigo 6º determina, ainda,
que "o Provimento de Acesso a Serviços Internet não constitui serviço de telecomunicações,
classificando-se seu provedor e seus clientes como usuários dos serviços de telecomunicações
que lhe dá suporte". Por outro lado, a Lei Federal n. 9.472/97, denominada Lei Geral de
Telecomunicações – LGT, no § 1º de seu artigo 61, dispõe que o serviço de valor adicionado
"não constitui serviço de telecomunicações, classificando-se seu provedor como usuário do
serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa
condição". (...) Na lição de Kiyoshi Harada, "o provedor de acesso à internet libera espaço
virtual para comunicação entre duas pessoas, porém, quem presta o serviço de
comunicação é a concessionária de serviços de telecomunicações, já tributada pelo ICMS.
O provedor é tomador de serviços prestados pelas concessionárias. Limita-se a executar serviço
de valor adicionado, isto é, serviços de monitoramento do acesso do usuário à rede, colocando à
sua disposição equipamentos e softwares com vistas à eficiente navegação."(...) Como a
prestação de serviços de conexão à Internet não cuida de prestação onerosa de serviços de
comunicação ou de serviços de telecomunicação, mas de serviços de valor adicionado, em
face dos princípios da legalidade e da tipicidade fechada, inerentes ao ramo do direito
tributário, deve ser afastada a aplicação do ICMS pela inexistência na espécie do fato
imponível. (...)
RMS 11368 / MT
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
1999/0105143-6
TRIBUTÁRIO. ICMS. INCIDÊNCIA SOBRE A HABILITAÇÃO DE TELEFONES
CELULARES. IMPOSSIBILIDADE. ATIVIDADE QUE NÃO SE CONSTITUI EM
SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES. ANALOGIA EXTENSIVA. EXIGÊNCIA DE
TRIBUTO SOBRE FATO GERADOR NÃO PREVISTO EM LEI. PROIBIÇÃO. ART. 108,
§1º, DO CTN. I - No ato de habilitação de aparelho móvel celular inocorre qualquer
serviço efetivo de telecomunicação, senão de disponibilização do serviço, de modo a
assegurar ao usuário a possibilidade de fruição do serviço de telecomunicações. II - O
ICMS incide, tão somente, na atividade final, que é o serviço de telecomunicação
propriamente dito, e não sobre o ato de habilitação do telefone celular, que se afigura como
atividade meramente intermediária. III - O Convênio ICMS nº 69/98, ao determinar a incidência
do ICMS sobre a habilitação de aparelho móvel celular, empreendeu verdadeira analogia
extensiva do âmbito material de incidência do tributo, em flagrante violação ao art. 108, § 1º do
32
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 155, § 2.º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: XI - não
compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados,
quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à
industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;
2.2.5 - CONTRIBUINTE
2.2.6 - LANÇAMENTO
33
DIREITO TRIBUTÁRIO II
O IPVA não está previsto no CTN, visto que este foi elaborado ainda sob égide
da Constituição de 1946, a qual não previa em seu Sistema Tributário o IPVA. Só com a
Constituição de 1967, o IPVA foi introduzido no Ordenamento Jurídico.
Porém, isso não quer dizer que seja possível estender essa regra a fim de
aplicar alíquotas maiores para carros importados e menores para os produzidos no
país.
Art. 155, § 6º, CRF/88 - O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas
pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização
Como até o presente, não há normas gerais da União que tratem do IPVA, os
Estado pode, legislar de forma plena (art. 24, §§ 3º e 4º).
34
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 150, §1º, CRF/88 - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts.
148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos
impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.
35
DIREITO TRIBUTÁRIO II
O IPTU tem um caráter eminentemente fiscal, sendo uma das principais fontes
de recursos para os municípios, em que pese a CRF/88, em seu art. 182, §4, II25, ter
trazido uma função extrafiscal para o IPPU, qual seja IPTU progressivo no tempo como
forma desestimular o mau aproveitamento do solo urbano (regulado pelo art. 7º do
Estatuto das Cidades – Lei 10.257/2001).
36
DIREITO TRIBUTÁRIO II
localizado na zona urbana do Município26. Entendido por natureza o solo com a sua
superfície, os seus acessórios e adjacentes e como acessão física tudo quanto o homem
incorporar de forma permanente ao solo.
Para ser considerado área urbana, o local deve obedecer ao que dispões o §§ 1º
e 2º, do art. 32, CTN:
Art. 32, CTN:(...)
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal;
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2
(dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do
imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana,
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do
parágrafo anterior.
3.1.3 - CONTRIBUINTE
26
Art. 32, CTN - O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil,
localizado na zona urbana do Município.
27
Art. 34, CTN - Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a
qualquer título.
37
DIREITO TRIBUTÁRIO II
REsp 325489 / SP
RECURSO ESPECIAL
2001/0067505-5
TRIBUTÁRIO - IPTU - CONTRIBUINTE - POSSUIDOR - ART. 34 DO CTN. 1. O IPTU é
imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possuidor por direito real que
exerce a posse com animus definitivo - art. 34 do CTN. 2. O comodatário é possuidor por
relação de direito pessoal e, como tal, não é contribuinte do IPTU do imóvel que ocupa. 3. Não
sendo contribuinte o possuidor e confundindo-se, no Município, as posições de proprietário do
imóvel e de sujeito ativo para a cobrança do IPTU, resulta indevido o tributo. 4. Recurso
especial improvido.
3.1.4 - LANÇAMENTO
Cabe destacar que a CF/88, em seu art. 156, §2º, I, prevê uma imunidade
tributária (objetiva) para o ITBI, no intuito de fomentar o desenvolvimento das
empresas, a qual transcrevo, a seguir:
38
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 37, CTN - O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente
tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão
de direitos relativos à sua aquisição.
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de
50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois)
anos anteriores e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações
mencionadas neste artigo.
§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2
(dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em
conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição.
§ 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos
termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.
O CTN, em seu art. 3828, prevê como base de cálculo do ITBI, o valor venal
dos bens ou direitos transmitidos, excluindo-se o valor de quaisquer bens móveis que
possam ter sido colocados de forma permanente ou temporária no imóvel. Entende-se
como valor venal como o valor determinados pelas condições de mercado, o que não se
confunde com o valor da venda do imóvel.
3.2.3 - CONTRIBUINTE
3.2.3 - LANÇAMENTO
28
Art. 38, CTN - A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
29
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
39
DIREITO TRIBUTÁRIO II
O ISS também tem um caráter fiscal e abrangerá todos aqueles serviços que
estiverem previstos em Lei complementar (LC 116/2003). A lista prevista na LC
116/2003 é uma lista exaustiva, não podendo se estendida de modo a abranger outras
hipóteses de prestação de serviços.
Art. 156,§ 3º, CRF/88 - Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo,
cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
(...)
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão
concedidos e revogados
Art.155, §2º, XII, CRF/88 - cabe à lei complementar: (...) e) excluir da incidência do
imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados
no inciso X, "a".
40
DIREITO TRIBUTÁRIO II
A outra hipótese quanto à isenção heterônoma está prevista no art. 156, §3º,
II, CRF/88, o qual prevê a possibilidade da União conceder do ISS (competência
municipal) nas exportações de serviços para o exterior.
Art. 156, § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar: (...) II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
41
DIREITO TRIBUTÁRIO II
42
DIREITO TRIBUTÁRIO II
descritos no subitem 11.01 da lista anexa; XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas
vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da
lista anexa; XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa; XVIII – da execução
dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos
nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa; XIX – do Município onde está
sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista
anexa; XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem
17.05 da lista anexa; XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o
planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem
17.10 da lista anexa; XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário,
ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
43
DIREITO TRIBUTÁRIO II
IV – CONTRIBUIÇÕES NA CRF/88
Art. 155,§ 3º, CRF/88 - À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste
artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas
44
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Por fim, cabe destacar que o PASEP, como contribuição que é, segundo a
CRF/88, decorre de lei e por conseqüência possui caráter obrigatório, não havendo mais
que se falar em caráter facultativo ou dispositivos específicos para os Entes Federados
aderirem a esse programa.
AI-AgR 480721 / PR - PARANÁ
AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Relator(a): Min. EROS GRAU
Julgamento: 10/10/2006 Órgão Julgador: Segunda Turma
45
DIREITO TRIBUTÁRIO II
imposto de renda, acrescido do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza - ISS e das
contribuições, de acordo com o art.7º, inciso II, da Lei nº 10.865, de 30 de abril de
2004.
Esta contribuição incide sobre todos aqueles que são empregados, bem
como, aqueles que não tenham vínculo empregatício (ex: os trabalhadores autônomos).
Estas contribuições são retidas na fonte pelas empresas como responsáveis tributárias
que são por esses tributos.
47
DIREITO TRIBUTÁRIO II
entendo-se dever essa fonte de recursos estar canalizada particularmente para a assistência
social30.
REsp 662911 / RJ
RECURSO ESPECIAL
2004/0072911-2
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL AUTÔNOMA. ADICIONAL AO SEBRAE.
EMPRESA DE GRANDE PORTE. EXIGIBILIDADE. PRECEDENTES DO STF.
1. As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm natureza
de "contribuição social geral" e não contribuição especial de interesses de categorias
profissionais (STF, RE n.º 138.284/CE) o que derrui o argumento de que somente estão
obrigados ao pagamento de referidas exações os segmentos que recolhem os bônus dos
serviços inerentes ao SEBRAE. 2. Deflui da ratio essendi da Constituição, na parte relativa
ao incremento da ordem econômica e social, que esses serviços sociais devem ser mantidos
"por toda a coletividade" e demandam, a fortiori, fonte de custeio. 3. Precedentes: RESP
608.101/RJ, 2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 24/08/2004, RESP 475.749/SC, 1ª
Turma, desta Relatoria, DJ de 23/08/2004. 4. Recurso especial conhecido e provido.
A lei (ordinária) que instituir a CIDE deve definir o seu fato gerador dentro
do campo de atividade onde visa intervir, bem como, deverá indicar a destinação dos
recursos que forem auferidos com essa contribuição especial.
30
MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de Direito Previdenciário. Tomo II, Previdência Social,. 2 ed. São Paulo: LTR, 2003.
p.255.
31
MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de Direito Previdenciário. Tomo II, Previdência Social,. 2 ed. São Paulo: LTR, 2003.
p.255.
48
DIREITO TRIBUTÁRIO II
EREsp 495918 / SC
EMBARGOS DE DIVERGENCIA NO RECURSO ESPECIAL
2003/0219672-5
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO RECURSO ESPECIAL - - EXECUÇÃO LEVADA
A EFEITO PELA OAB PARA COBRANÇA DE ANUIDADES - APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - PRECEDENTES. Diante da natureza intrínseca da
Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, autarquia detentora de características diferentes
das autarquias consideradas entes descentralizados, DENOTA-SE QUE AS
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS PELA ENTIDADE NÃO TÊM NATUREZA
TRIBUTÁRIA. Nesse diapasão, esta egrégia Primeira Seção desta colenda Corte Superior
de Justiça esposou, em recente julgado, entendimento segundo o qual "as contribuições
cobradas pela OAB, como não têm natureza tributária, não seguem o rito estabelecido
pela Lei n. 6.830/80" (EREsp 463.258/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 29/3/2004).
Embargos de divergência providos.
49
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no
art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.
50
DIREITO TRIBUTÁRIO II
V – SIMPLES NACIONAL
Art. 146, CRF/88 - Cabe à lei complementar: (...)III - estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre: (...)d) definição de tratamento diferenciado e
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições
previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, observado que:
I - será opcional para o contribuinte;
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou
condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
51
DIREITO TRIBUTÁRIO II
Art. 18, LC 123/2006 - O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno
porte, optante do Simples Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela do Anexo I
desta Lei Complementar.
§ 1º Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta
acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.
§ 2º Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constantes das
tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar devem ser proporcionalizados ao número de
meses de atividade no período.
§ 3º Sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a alíquota determinada na forma do
caput e dos §§ 1º e 2º deste artigo, podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte, na
forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo essa opção
irretratável para todo o ano-calendário.
5.2 - OPÇÃO
Art. 16, LC 123/2006 - A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na
condição de microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em
ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário.
(...)
52
DIREITO TRIBUTÁRIO II
§ 2º A opção de que trata o caput deste artigo deverá ser realizada no mês de janeiro, até o seu
último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção,
ressalvado o disposto no § 3o deste artigo.
§ 3º A opção produzirá efeitos a partir da data do início de atividade, desde que exercida nos
termos, prazo e condições a serem estabelecidos no ato do Comitê Gestor a que se refere o
caput deste artigo.
5.3 - EXCLUSÃO
Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á quando:
I – verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;
II – for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de
exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento
de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem
intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força
pública;
III – for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
IV – a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
V – tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar;
VI – a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, e alterações posteriores;
VII – comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;
VIII – houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da
movimentação financeira, inclusive bancária;
IX – for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20%
(vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início
de atividade;
X – for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque,
for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o
ano de início de atividade.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
5.4 – FISCALIZAÇÃO
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
II - A partilha do ICMS é realizada sob dois critérios: de acordo com o valor adicionado
obtido pela venda de mercadorias no âmbito do território municipal e pelo que vier a ser
estabelecido em lei estadual.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
e)A tributação dos rendimentos recebidos por residentes ou domiciliados no Brasil que
prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou
técnicas não está sujeita à legislação brasileira, por força da Convenção de Viena sobre
Relações Diplomáticas.
a)(i) Sim, porque para efeito de IPI não há distinção em relação à procedência dos bens.
(ii) Não, porque alíquota zero equivale à ausência de alíquota.
b)(i) Sim, porque se o produto é industrializado esse imposto substitui o de importação.
(ii) Sim, porque alíquota zero não impede que o produto siga o regime geral do imposto.
c)(i) Sim. A lei assim o diz. (ii) Sim, porque a lei determina que seu campo de
incidência abrange todos os produtos com alíquota.
d)(i) Não, porque haveria bis in idem, já que sobre eles incide o imposto de importação.
(ii) Sim, porque o campo de incidência desse imposto abrange todos os produtos
industrializados.
e)(i) Não, porque o IPI não é um tributo aduaneiro. (ii) Não, porque o campo de
incidência advém da Constituição e esta não previu a hipótese.
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15) Questão 25 – AFRF/2003 - Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V
as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.
( ) A base de cálculo do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, quando
a alíquota seja específica, é o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao
tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega
no porto ou lugar de entrada do produto no País.
( ) É facultado ao Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto sobre a importação de produtos
estrangeiros.
( ) A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona
urbana do Município, não constitui fato gerador do imposto sobre propriedade territorial
rural.
a) F, V, F
b) F, F, V
c) F, F, F
d) V, F, V
e) V, V, F
16) Questão 27 – AFRF/2003 - Responda com base na Constituição Federal.
É vedado que as contribuições sociais para a seguridade social tenham base de cálculo
própria de impostos?
Incide contribuição social para a seguridade social sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de previdência social?
As contribuições sociais para a seguridade social sobre a folha de salários, a receita ou o
faturamento de pessoas jurídicas poderão ter alíquotas ou bases de cálculo
diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-
obra?
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
a)[I] já não se comprometera... [II] não pode sofrer a incidência... [III] mesmo diante da
Lei Federal... [IV] compulsória... [V] facultativa
b)[I] se desobrigara... [II] pôde-se eximir... [III] em face de sua Lei... [IV] obrigatória...
[V] voluntária
c)[I] se prontificara... [II] tem o direito de eximirse... [III] por meio de sua Lei... [IV]
obrigatória... [V] voluntária
d)[I] se obrigara... [II] já não poderia se eximir... [III] mediante sua Lei... [IV]
facultativa... [V] obrigatória
e)[I] se comprometera... [II] já se liberou... [III] diante da Lei... [IV] fonte de estímulo
ao servidor público... [V] instrumento financiador do seguro-desemprego
19) Questão 31 – AFRF/2003 - Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V
as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.
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b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero.
c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a notação “Zero”.
d) todos os produtos com alíquota.
e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não
relacionados na TIPI.
23) Questão 07 – AFRF/2005 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F),
conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata
seqüência.
( ) É legítima a cobrança da COFINS e do PIS sobre as operações relativas à energia
elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais
do País.
( ) A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a
incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim
entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil.
( ) Foram instituídas a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e a Contribuição
para a COFINS, devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior.
a) V V F
b) F V F
c) V F F
d) F F F
e) V V V
24) Questão 08 – AFRF/2005 - lei autorizou a remissão dos débitos incidentes sobre a
receita bruta decorrente do transporte internacional de cargas ou passageiros, mas essa
remissão é restrita aos débitos:
a) constituídos antes de fevereiro de 1999 das empresas nacionais proprietárias de
embarcações em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moedas
conversíveis, relativamente à COFINS e ao PIS/PASEP.
b) independentemente de serem constituídos ou não, mesmo os inscritos em dívida
ativa, correspondentes à contribuição para o PIS/PASEP, à COFINS e ao FINSOCIAL
de responsabilidade das empresas de
transporte aéreo.
c) não inscritos em Dívida Ativa, correspondentes à contribuição para o PIS/PASEP, à
COFINS e ao FINSOCIAL incidentes sobre a receita bruta decorrente do transporte
marítimo de cargas ou passageiros.
d) constituídos apenas depois de fevereiro de 1999, das empresas nacionais proprietárias
de embarcações em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moedas
conversíveis, relativamente à COFINS e ao PIS/PASEP.
e) constituídos antes de fevereiro de 1999 pelas empresas nacionais de transporte aéreo
e empresas armadoras nacionais, quando o pagamento for efetuado em moedas
conversíveis, relativamente à COFINS e ao PIS/PASEP.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
26) Questão 72, Procurador Federal 2007 – CESP - Caso um cidadão firme contrato de
promessa de compra e venda de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia
municipal, nesse caso, tal cidadão será considerado contribuinte do imposto sobre a
propriedade predial e territorial urbana (IPTU) incidente sobre o referido imóvel.
27) Questão 73, Procurador Federal 2007 – CESP - Visando dar efetividade ao princípio
da capacidade contributiva, é lícito que lei municipal fixe adicional progressivo do
IPTU em função do número de imóveis do contribuinte.
28) Questão 74, Procurador Federal 2007 – CESP - Caso determinada lei estadual
modifique o prazo de recolhimento do imposto sobre a propriedade de veículos
automotores (IPVA), para que todos os contribuintes efetuem o pagamento do imposto
em diferentes dias do mês de janeiro de cada ano, nesse caso, a referida lei estadual
deverá obedecer ao princípio da anterioridade tributária.
29) Questão 75, Procurador Federal 2007 – CESP - Mediante lei específica, os
municípios podem estabelecer alíquotas progressivas para o imposto sobre a
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI) com
base no valor venal do imóvel.
30) Questão 76, Procurador Federal 2007 – CESP - Considerando-se que a pessoa
jurídica SL Alimentos Ltda. seja cliente de certa instituição bancária, é lícito que esta
instituição cobre da SL Alimentos Ltda. o imposto sobre serviços (ISS) incidente sobre
os depósitos, as comissões e as taxas de desconto.
No que tange aos princípios tributários e à competência para tributar, julgue os itens que
se seguem.
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DIREITO TRIBUTÁRIO II
previdência social da União, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, a
pessoa com idade superior a 65 anos, cuja renda total seja constituída, exclusivamente,
de rendimentos do trabalho.
35) Questão 25, TRF5/2007 – CESP - A base de cálculo do imposto sobre importações,
quando a alíquota seja ad valorem, é o valor aduaneiro, ou seja, o valor pelo qual foi
realizado o eventual negócio jurídico referente à importação.
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