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Nome:______________________________________________ nº____ classe: 2º

Disciplina: História _____/_____/______ NOTA


Professor (a).: Lílian Crepaldi bimestre: 3º

Instruções:
- As questões referem-se à apostila 10 (O Iluminismo e o Absolutismo Ilustrado), mas
devem ser respondidas a partir da leitura do texto abaixo e de pesquisas na Internet. O
conteúdo será retomado em sala de aula, assim como outros exercícios.
- Responda tudo à caneta, de forma clara e sucinta.

Iluminismo

A revolução intelectual que se efetivou na Europa, especialmente na França, no


século XVIII, ficou conhecida como Iluminismo. Esse movimento representou o auge das
transformações culturais iniciadas no século XIV pelo movimento renascentista.
O antropocentrismo (teoria que considera o Homem o centro do Universo) e o
individualismo renascentistas, ao incentivarem a investigação científica, levaram à
gradativa separação entre o campo da fé (religião) e o da razão (ciência), determinando
profundas transformações no modo de pensar, sentir e agir do homem.
Colocando em destaque os valores da burguesia, o Iluminismo favoreceu ao
aumento dessa camada social. Procurava uma explicação através da razão (ciência) para
todas as coisas, rompendo com todas as formas de pensar até então consagradas pela
tradição. Rejeitava a submissão cega à autoridade e a crença na visão medieval
teocêntrica.
Para os iluministas só através da razão (ciência) o homem poderia alcançar o
conhecimento, a convivência harmoniosa em sociedade, a liberdade individual e a
felicidade. A razão (ciência) era, portanto, o único guia da sabedoria capaz de esclarecer
qualquer problema, possibilitando ao homem a compreensão e o domínio da natureza. As
novas idéias conquistaram numerosos seguidores, a quem pareciam trazer luz e
conhecimento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados iluministas; sua
maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração.
As tendências que marcaram o Iluminismo foram: a valorização do culto da razão e
predominância da ciência; crença no aperfeiçoamento do homem e a liberdade política,
econômica e religiosa.

A ideologia burguesa

O Iluminismo expressou o aumento da burguesia e de sua ideologia. Foi a


culminância de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para
se descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século XVIII,
quando os homens passaram a usar a razão (ciência) para entenderem a si mesmos no
contexto da sociedade. Tal espírito generalizou-se nos clubes, cafés e salões literários. A
filosofia considerava a razão indispensável ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até
a crença devia ser racionalizada. Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que
Deus está presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através
da razão. Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a Igreja tornava-se
dispensável. Os iluministas criticavam-na por sua intolerância, ambição política e
inutilidade das ordens monásticas (vinda de monges, autoridades religiosas). Os
iluministas diziam que leis naturais regulavam as relações entre os homens, tal como

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regulavam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e
que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade.
Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando a todos liberdade de
expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras.
O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca da felicidade;ao governo caberia
garantir direitos naturais: a liberdade individual e a livre posse de bens; tolerância para a
expressão de idéias; igualdade perante a lei; justiça com base na punição dos delitos,
conforme defendia o jurista milanês Beccaria. A forma política ideal variava: seria a
monarquia inglesa, segundo Montesquieu e Voltaire; ou uma república fundada sobre a
moralidade e a virtude cívica, segundo Rousseau.

Principais pensadores

John Locke - 1632-1704 - “Ensaio sobre o entendimento humano”


Charles de Secondat Montesquieu - 1689-1755 - “O espírito das leis”
Françoise Marie Arouet Voltaire - 1694-1778 - “As criticas ao clero católico”
Denis Diderot - 1713-1784 - “A Enciclopédia”
Jean-Jacques Rousseau - 1712-1778 - “O contrato social”

Podemos dividir os pensadores iluministas em dois grupos: os filósofos, que se


preocupavam com os problemas políticos; e os economistas, que procuravam uma
maneira de aumentar a riqueza das nações. Os principais filósofos franceses foram
Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Diderot.

Montesquieu- Publicou em 1721 as cartas Persas, em que ridicularizava costumes e


instituições. Em 1748, publicou o Espírito das leis, nela estudou as diversas formas de
governo – despotismo, monarquia e República - destacava a monarquia inglesa e
recomendava, como única maneira de garantir a liberdade, a independência dos três
poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário. Defendia o princípio de que as diferentes
formas de governo seriam o resultado da situação socioeconômico de cada país, na
seguinte ordem: países de grande extensão territorial adotariam O Despotismo: países de
tamanho médio, a Monarquia Limitada e países de dimensões pequenas adotariam a
República.

Voltaire- Foi o mais importante dos iluministas franceses. Por fazer duras críticas aos
privilégios da nobreza e da igreja e defender as liberdades individuais, Voltaire foi obrigado
a se exilar (sair) da Inglaterra. Ajudou a difundir as idéias liberais do filósofo iluminista
inglês LOCKE e atacou a igreja com a maior fonte de ignorância e fanatismo que existia.
Defensor da tolerância e do respeita às opiniões contrárias, Voltaire detestava a arrogância
do estado e da igreja. Suas ironias lhe proporcionaram inúmeros inimigos poderosos, ao
que ele respondia. “que Deus me livre dos meus amigos, que dos meus inimigos me livro
eu”. No seu célebre cândido, um livro pequeno leve e muito divertido, ele resumiu suas
principais idéias. Também colaborou na elaboração da enciclopédia. Criticava o
absolutismo de direito divino, propondo a participação da burguesia esclarecida no
governo, como forma de garantir a paz e a liberdade, tanto política quanto religiosa.
Discípulos se espalharam pela Europa e divulgaram suas idéias, especialmente o
anticlericalismo (anti – a classe de sacerdotes e ministros cristões).

Rousseau- Teve origem modesta e vida aventureira. Nascido em Genebra, era contrário ao
luxo e a vida mundana. Em Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens,
defendeu a tese da bondade natural dos homens, pervertidos pela civilização. Consagrou
toda a sua obra à tese da reforma necessária da sociedade corrompida. Propunha uma
vida familiar simples; no plano político uma sociedade baseada na justiça, igualdade e
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soberania do povo. Como mostra em seu texto mais famoso, O Contrato Social. Sua teoria
da vontade geral, referida ao povo foi fundamental na Revolução Francesa e inspirou
Rodespierre e outros líderes. Suas principais idéias estão nas obras: Discurso sobre a
Origem da Desigualdade entre os Homens (que acusava a propriedade privada de destruir
a liberdade social promovendo o despotismo (sistema de governo absolutista), a fraqueza
e a corrupção da sociedade. Para ele, “a propriedade introduzia a desigualdade entre os
homens, a diferenciação entre o rico e o pobre, o poderoso e o fraco, o senhor e o escravo,
até a predominância da lei do mais forte. O homem era corrompido pelo poder e esmagado
pela violência) e Contrato Social (afirmava que, para combater a desigualdade introduzida
com o aparecimento da propriedade privada, os homens deveriam consentir em fazer um
contrato social, pelo qual cada indivíduo concordava em se submeter inteiramente à
vontade geral, ou seja, à vontade do “soberano”, que era o próprio povo. Portanto, o que
prevalecia era a vontade da comunidade e não a vontade individual de cada membro
dessa comunidade. Como cada indivíduo se unia a todos e ninguém se unia em particular,
o homem continuaria livre, uma vez que todos tinham direitos iguais na comunidade). Para
Rousseau o governo era apenas “o ministro do soberano”, o agente encarregado de
executar a lei. Seu poder poderia ser modificado limitado ou retomado sempre que o povo
desejasse. Rousseau destacou-se dos demais filósofos iluministas por valorizar não
somente a razão, mas também os sentimentos e as emoções, pregando a volta à natureza
e à simplicidade da vida. Sua teoria da “vontade geral” inspirou os líderes da Revolução
Francesa e do movimento socialista do século XIX.

Diderot- Organizou a Enciclopédia, publicada entre 1751 e 1772, com a ajuda do


matemático d’Alembert e da maioria dos pensadores e escritores. Proibida pelo governo
por divulgar as novas idéias, a obra passou a circular clandestinamente.

Os economistas pregaram essencialmente a liberdade econômica e se opunham a toda e


qualquer regulamentação. A natureza deveria dirigir a economia; o Estado só intervia para
garantir o livre curso da natureza. Eram os fisiocratas, ou partidários da fisiocracia (governo
da natureza). Quesnay afirmava que a atividade verdadeiramente produtiva era a
agricultura. Gournay propunha total liberdade para as atividades comerciais e industriais,
consagrando a frase: “Laissez Faire, laissez passer.” (deixe fazer, deixe passar). O
escocês Adam Smith, seu discípulo, escreveu a riqueza das nações (1765), em que
defendeu: Nem a agricultura, como queriam os fisiocratas; nem o comércio, como
defendiam os mercantilistas; o trabalho era fonte da riqueza. O trabalho livre, sem
intervenções, guiado espontaneamente pela natureza.

Questões para pesquisa e fixação de conteúdo

1- De que forma as ideias dos iluministas se opunham às ideias medievais?


2- Para os iluministas, a razão é a explicação de tudo. Argumente de que forma essa
ideia era colocada em prática.
3- O iluminismo é considerado uma revolução burguesa ou simplesmente atendeu aos
interesses da burguesia? Justifique sua resposta.
4- Para os pensadores iluministas, qual deve ser o papel do governo?
5- Qual é o principal argumento de Rousseau na obra O Contrato Social?
6- Em relação às ideias econômicas, compare o pensamento de Adam Smith com o
pensamento dos fisiocratas franceses.
7- A atual crise financeira mundial – desencadeada a partir da crise imobiliária norte-
americana em 2007/2008– é considerada uma crise do liberalismo (ideia de Adam
Smith). Pesquise sobre o liberalismo e o neoliberalismo.

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