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Transformadores

Princípios básicos de funcionamento

Transformador é um dispositivo que, como o próprio nome diz, transforma uma


corrente alternada com uma determinada tensão, numa outra, com uma tensão
eventualmente diferente, sendo esta transformação realizada através da ação de um
fluxo magnético. É, portanto, algo que transforma energia elétrica em outra da mesma
natureza, porém com características diferentes, mantendo uma independência elétrica
entre as duas tensões do transformador.
Dado, ainda, o princípio de conservação de energia, a potência se mantém a mesma (P =
W/t), dum lado e doutro do transformador, o que faz com que alterações em termos de
tensão provoquem alterações em termos de corrente, mantendo-se a energia que “entra”
igual à energia que “sai”.
A criação do fluxo magnético é realizada com uma bobina, através da qual se faz passar
uma corrente elétrica variável no tempo. O valor de tensão diferente é obtido colocando-
se uma segunda bobina enrolada em torno da mesma peça, esta bobina será influenciada
pelo fluxo magnético criado pela primeira.
A primeira bobina, onde se liga a tensão, é chamada de primária (ou enrolamento
primário) e a segunda bobina, onde se vai buscar a nova tensão, é chamada de
secundária (ou enrolamento secundário).
Portanto, transformador é um conversor de energia eletromagnética, cuja operação pode
ser explicada em termos do comportamento de um circuito magnético excitado por uma
corrente alternada.

Circuito equivalente

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Transformador Ideal

Os transformadores podem ser representados por um modelo idealizado, levando ao que


se convencionou chamar transformador ideal.
Para considerar um transformador ideal, as seguintes hipóteses devem ser assumidas:
Todo o fluxo deve ser confinado ao núcleo e enlaçar os dois enrolamentos;
As resistências dos enrolamentos devem ser desprezíveis;
As perdas no núcleo devem ser desprezíveis;
A permeabilidade do núcleo deve ser tão alta que uma quantidade desprezível de fmm é
necessária para estabelecer o fluxo.

onde:
V1, V2: tensão eficaz nos enrolamentos primário e secundário, [V].
N1, N2: número espiras nos enrolamentos primário e secundário.
I1, I2: correntes nos enrolamentos primário e secundário, [A].

Transformador com perdas (Real)

A energia do circuito secundário nunca é igual à energia do primário. Isto é o resultado


do fato de que existem sempre perdas em um transformador.
O enrolamento das bobinas sobre um núcleo de material ferromagnético doce melhora
grandemente a eficiência em baixas freqüências, entretanto existem problemas causados
justamente por este núcleo. As principais perdas são descritas a seguir:
Correntes Parasitas:
Como o ferro doce e o aço são bons condutores, o núcleo está sujeito a ter correntes
induzidas quando submetido a um campo magnético. Tais correntes são chamadas de
correntes parasitas ou correntes de Foucalt. Quando uma corrente alternada está fluindo
pelo enrolamento, um campo magnético variável surge no núcleo. A variação desse
campo, aumentando e diminuindo, induz uma tensão no núcleo e essa força eletromotriz

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causa a circulação de correntes parasitas. A minimização das correntes de Foucalt é
conseguida substituindo o núcleo compacto por um conjunto de lâminas ou chapas
metálicas. As lâminas são revestidas com um verniz isolador, de modo que não haja
passagem de corrente de uma para outra. Assim, qualquer corrente parasita produzida
fica restrita a uma única lâmina de metal. Devido à área seccional de cada chapa ser
muito pequena, as resistências individuais são relativamente elevadas. Isso mantém a
amplitude das correntes de Foucalt baixa e a perda em potência muito menor.
Histerese:
Quando o ferro não está magnetizando, seus domínios magnéticos estão dispostos de
maneira aleatória. Porém, ao aplicar uma força magnetizante, os domínios se alinham
com o campo aplicado. Se invertermos o sentido do campo, os domínios também
inverterão sua orientação. Num transformador, o campo magnético muda de sentido
sendo muitas vezes por segundo, de acordo com o sinal alternado aplicado. E o mesmo
ocorre com os domínios do material do núcleo. Ao inverter sua orientação, os domínios
precisam superar o atrito e a inércia. Ao fazer isso, dissipam certa quantidade de
potência na forma de calor, que é chamada de perda por histerese. (em grego: "atraso”).
Em determinados materiais, a perda por histerese é muito grande. O ferro doce é um
exemplo. Já no aço, esse tipo de perda é menor. Por isso, alguns transformadores de
grande potência utilizam um tipo de liga especial de aço-silício, que apresenta uma
perda por histerese reduzida. Esse tipo de problema também aumenta junto com a
freqüência do sinal. Um transformador que apresenta baixa perda nas freqüências
menores pode ter uma grande perda por histerese ao ser usado com sinais de freqüências
mais altas.
Perdas no Cobre:
Outro tipo de dissipação indesejada de potência nos transformadores ocorre nos
rolamentos primário e secundário do dispositivo. Como esses são constituídos de fios de
cobre, nos referimos ao problema como perdas no cobre. Trata-se da dissipação de
potência na forma de calor, por efeito Joule, que ocorre quando circula corrente pelos
enrolamentos. Essa perda é determinada por:

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Onde:
R1, R2: resistência das bobinas, [Ω] (representam as perdas Joule, cobre);
X1, X2: indutância de dispersão, [Ω] (representam as perdas de fluxo);
RC: resistência de perdas no ferro, [Ω];
Xm: reatância de magnetização, [Ω].

Associação de Transformadores

Associação em paralelo: ao se associar em paralelo dois rolamentos, devem-se conectar


os pontos de polaridade semelhantes.

Conexão estrela-estrela: a figura mostra um banco trifásico constituído por três


transformadores monofásicos, cujos enrolamentos primário e secundário são conectados
em estrela (Y).

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Conexão triângulo-triângulo: a figura abaixo mostra um banco trifásico constituído por
três transformadores monofásicos, cujos enrolamentos primário e secundário são
conectados em triângulo ou delta (∆).

Conexão estrela-triângulo: a figura abaixo mostra um banco trifásico constituído por


três transformadores monofásicos, cujos enrolamentos do primário estão conectados em
estrela (Y) e os enrolamentos do secundário conectados em triângulo (∆).

Auto Transformador

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Diferentemente do transformador, é constituído de dois enrolamentos em série, ou seja,
há conexão elétrica entre as bobinas. Este fato faz com que no autotransformador o
secundário seja parte do primário. Por este motivo e pelas relações de tensão e corrente
serem diferentes do transformador convencional, o seu volume também é menor. Dessa
forma, ele é mais compacto, tem melhor rendimento, menor custo, e sua tensão de saída
é menos susceptível a variação do equipamento que nele é conectado.

Rendimento

É a relação entre a potência consumida na saída do transformado e a potência fornecida


à entrada do transformador:

Resfriamento

Resfriamento de transformadores trifásicos


Os transformadores, quando em funcionamento, apresentam uma pequena perda que
também se manifesta sob a forma de calor. Assim, quanto maior a potência consumida,
maior é a geração de calor dentro do transformador. Como a temperatura elevada traz
danos irreparáveis ao funcionamento do transformador, deve-se mantê-la dentro de
limites seguros. Segundo a norma da ABNT (EB91), existem dois tipos de resfriamento:
•a seco;
•com liquido isolante.
Transformador com resfriamento a seco

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Segundo a norma EB91, “transformador a seco é o transformador cujos núcleo e
enrolamento estão envoltos e refrigerados pelo ar do ambiente”.Dentro desse grupo
estão todos os pequenos transformadores e os de baixa potência nos quais a troca de
calor é feita com o ar.Para os transformadores desse grupo que necessitarem de maior
refrigeração, usam-se ventiladores que forçam a circulação do ar. Isso acontece em
aparelhos eletrônicos como os microcomputadores, por exemplo.
Transformador em líquido isolante
De acordo com a norma EB91, transformador em líquido isolante “é o transformador
cujo núcleo e enrolamento são imersos em líquido isolante”.Esse líquido isolante exerce
duas funções: isolação e resfriamento, pois transfere para as paredes do tanque o calor
produzido.
Para cumprir essas funções, o óleo refrigerante deve possuir:
•elevada rigidez dielétrica;
•boa fluidez;
•capacidade de funcionamento em temperaturas elevadas. O líquido isolante que possui
essa característica é o óleo mineral.
Observação
Existe também um óleo chamado de asca rei, mas seu uso é proibido por ser altamente
tóxico e, portanto, prejudicial à saúde. Os transformadores que necessitam desse tipo de
resfriamento são os trifásicos de grande potência, usados na rede de distribuição de
energia elétrica.

Reguladores de tensão de indução

Um regulador de tensão é um dispositivo geralmente formado por semicondutores. Sua


função principal é manter a tensão produzida pelo gerador/alternador dentro dos limites
exigidos pela bateria e pelo sistema elétrico que está alimentando e para tanto é
necessário que a tensão de entrada seja superior à tensão de saída.
Um regulador de tensão é incapaz de agir compensando quedas de tensão ou corrente
em sua entrada, para entrega com tensão adequada. Para tanto, dele se esperaria além da
regulação, as funções de um gerador (bateria, transformador, fonte de alimentação,
dínamo, alternador e afins), pois a compensação de queda de energia só se obtém com
geração de energia.

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No caso de falha do regulador, a tensão poderia subir demasiadamente e vir a queimar
as lâmpadas do sistema ou danificar outros equipamentos como autorádios e até mesmo
a central eletrônica de injeção de combustível. Ou a tensão poderia ficar muito baixa, o
que ocasionaria a descarga da bateria, sua deterioração e parada do automóvel. Este
enfoque serve também para reguladores que não sejam o automotivo, mas também o da
fonte de um computador, de uma TV ou qualquer outro dispositivo eletrônico.

Máquinas de corrente contínua

A máquina de corrente contínua é um dos três tipos básicos de máquinas elétricas


(existem ainda as máquinas síncronas e as máquinas assíncronas ou de indução) que tem
sido largamente utilizado na indústria, principalmente quando se necessita de variação
de velocidade, uma vez que ela é capaz de fornecer torque numa ampla faixa de
velocidades. No entanto, a sua importância vem diminuindo ultimamente devido ao fato
de máquinas de indução e máquinas síncronas alimentadas por conversores estáticos
permitirem variação de velocidade de forma muito mais eficiente.

Classificação das Máquinas de Corrente Contínua:


Tomando como critério de classificação o princípio de funcionamento, as máquinas de
corrente contínua se classificam em:
a) Geradores de Corrente Contínua (Dínamos);
b) Motores de Corrente Contínua.

Gerador de Corrente Contínua (Dínamo):

Partes Constituintes Principais:


Um gerador de corrente contínua (dínamo) é formado pelos componentes mostrados na
Figura 01:

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Figura 01 - Corte Transversal de um Gerador de Corrente Contínua.

Onde:
01 – Carcaça;
02 – Pólo Principal;
03 – Sapata Polar;
04 – Enrolamento de Compensação;
05 – Enrolamento de Excitação Principal;
06 – Enrolamento de Excitação Auxiliar (opcional);
07 – Pólo de Comutação;
08 – Enrolamento de Comutação;
09 – Eixo;
10 – Núcleo do Rotor;
11 – Comutador;
12 – Enrolamento da Armadura;
13 – Escova.

As partes do estator são:


• Carcaça - é a estrutura que suporta todas as demais partes. Conduz, também, o fluxo
magnético de um pólo ao outro;

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• Pólos de Excitação Principal - constitui um núcleo magnético formado por um
conjunto de chapas laminadas e as suas extremidades, mais largas, constituem as sapatas
polares. Produz o fluxo magnético;
• Enrolamento Principal de Campo - o enrolamento principal de campo é bobinado
sobre o pólo de excitação principal. É alimentada em corrente contínua e estabelece
assim um campo magnético contínuo no tempo;
• Enrolamento Auxiliar de Campo - igualmente alojado sobre o pólo principal. Tem por
função compensar a reação da armadura reforçando o campo principal;
• Pólos de Comutação - são alojados na região entre os pólos e constituídos por um
conjunto de chapas laminadas justapostas;
• Enrolamentos de Comutação - são percorridos pela corrente da armadura, sendo
ligados em série com este. Facilitam a comutação e evitam o aparecimento de
centelhamento no comutador;
• Enrolamentos de Compensação - são alojados em ranhuras na superfície dos pólos
excitação (sapatas polares). Eliminam os efeitos do campo da armadura e melhorar a
comutação. É mais comum em máquina de alta potência, devido ao custo adicional de
fabricação e dos materiais;
• Conjunto Porta-Escovas e Escovas - o porta-escovas é a estrutura mecânica que aloja
as escovas. É montado de tal forma que possa ser girado para um perfeito ajuste da
comutação da máquina. As escovas são constituídas de material condutor e deslizam
sobre o comutador quando este gira. As escovas são pressionadas por molas contra a
superfície do comutador e também conectam o circuito externo da máquina com o
enrolamento da armadura.

As partes que constituem o rotor são:


• Núcleo Magnético - é constituído de um pacote de chapas de aço magnético
laminadas, com ranhuras axiais para alojar o enrolamento da armadura;
• Enrolamento da Armadura - é composto de um grande número de espiras em série
ligadas ao comutador. O giro da armadura faz com que seja induzida uma tensão neste
enrolamento;
• Comutador - é composto por lâminas de cobre (lamelas) isoladas umas das outras por
meio de lâminas de mica (material isolante). Transformam a tensão alternada induzida
numa tensão contínua;

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• Eixo - é o elemento que transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor a uma
carga a ele acoplada.
Princípio de Funcionamento:
Em cada meia-volta da armadura, o comutador troca o terminal ligado ao circuito
externo. Isso origina uma corrente de mesmo sentido, apesar de variar de intensidade.
Tal corrente é denominada "corrente pulsante".
Aumentando-se o número de setores do comutador, que é possível através do aumento
do número de armaduras, obtemos uma corrente praticamente contínua no circuito
externo. Dizemos que a corrente está retificada e o equipamento constitui um dínamo.

Motor de Corrente Contínua

Os motores de corrente contínua possuem custo elevado e, além disso, precisam de uma
fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada em
corrente contínua. A flexibilidade que pode ser obtida dos motores de corrente contínua,
com seus vários tipos de excitação, acaba por determinar uma decisiva vantagem destes
motores sobre as máquinas de corrente alternada, sempre que altos conjugados ou ampla
variação de velocidades são desejáveis. Porém, esta realidade vem mudando
proporcionalmente ao avanço da eletrônica de potência. Pode-se também apontar
algumas desvantagens sobre o uso do motor de corrente contínua.
Para uma determinada potência, os motores de corrente contínua são maiores e mais
caros que os motores de indução e por isso seu uso é restrito a casos especiais em que
estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação. E devido à presença
do comutador existe uma maior necessidade de manutenção e a comutação de corrente
por este elemento mecânico implica em arcos e faíscas, um impedimento decisivo se o
motor deve ou não ser empregado em ambientes perigosos. A construção de motores de
corrente continua é similar à de geradores de corrente contínua (dínamos). A função
destes é fornecer tensão e corrente, enquanto que a função daqueles é produzir torque e
rotação. Os motores de corrente contínua precisam de um reostato de arranque ou
reostato de partida (RA) para limitar a corrente de induzido no instante da partida. Logo
após a partida, o RA deve ser eliminado do circuito.
Princípio de Funcionamento:
O motor de corrente contínua tem seu funcionamento baseado no princípio de um
condutor percorrido por uma corrente elétrica, e situado em um campo magnético fica

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sujeito a uma força. Isso significa que, aplicando-se uma tensão nos enrolamentos de
armadura (rotor) de uma máquina de corrente contínua e desde que exista um campo
magnético produzido pelos pólos, ela funcionará como motor, convertendo energia
elétrica em energia mecânica.
A força, que aparece em cada condutor da armadura depende da corrente do mesmo e da
indução B do campo magnético. Na Figura 02, o condutor 1 está sujeito a uma força que
provoca um conjugado em relação ao eixo do rotor.

Figura 02 - Força em Condutores da Armadura.

Simetricamente ao condutor 1 existe um outro condutor 1’, pertencente à mesma espira,


no qual também atua uma força F (da mesma intensidade que em 1), resultando em um
binário. A ação desse binário provoca o movimento do rotor, até que 1 e 1’ fiquem na
vertical, onde o binário se anula. Desse comportamento, resultam dois inconvenientes
(vide Figura 03).

Figura 03 - Movimento do Rotor.

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a) O conjugado resultante começa em um máximo e com o deslocamento dos
condutores para posição vertical este se anula;
b) Se o sentido da corrente permanece o mesmo após os condutores passarem pela
posição vertical, o conjugado terá sentido contrário.
Na Figura 03 a espira 11’ está colocada em 3 posições diferentes e tem seus terminais
ligados a anéis contínuos. Verifica-se que no caso (a) o conjugado é máximo, em (b) é
nulo e em (c) tem um valor e sentido que tendem a provocar um deslocamento contrário
ao caso (a). O problema é solucionado facilmente se, ao ultrapassar a região de
conjugado nulo, a corrente no condutor for invertida. Isso pode ser feito com o auxílio
de um dispositivo denominado coletor (ou comutador). As escovas são fixas e as teclas
sofrem permutação, garantindo a inversão da corrente nos condutores. O motor de
corrente contínua passa então a ter um conjugado constante.
Onde:
F [N] - Força;
k [N/Wb.A] - Constante;
[Wb] - Fluxo de Campo;
IA [A] - Corrente de Armadura;
d [m] - Comprimento do Braço de Alavanca;
C [N.m] - Conjugado.
Por outro lado, o movimento relativo de um condutor imerso em um campo magnético
gera uma diferença de potencial E em seus terminais, proporcional ao movimento do
condutor e ao fluxo de campo.
Partida dos Motores de Corrente Contínua:
Na partida dos motores de corrente contínua a corrente deve ser limitada para permitir
uma comutação adequada e evitar sobreaquecimento que poderia prejudicar a isolação
do motor. Deste modo, podem-se inserir resistores adicionais em série com a armadura,
conforme mostrado na Figura 04:

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Figura 04 - Reostato de Partida (RA).

Onde:
RA [O] - Resistência da Armadura;
R1 [O], R2 [O] e R3 [O] - Resistências Representativas do Reostato.
À medida que o motor é acelerado, gerando forças eletromotrizes internas que limitam a
corrente, os resistores são postos em curto-circuito. Embora possua menor custo, este
método convencional tem a desvantagem do desgaste dos contatores mecânicos devido
a arcos e faíscas, exigindo manutenção. Modernamente, o chaveamento mecânico do
reostato pode ser substituído por chaveamento tiristorizado.
Circuito Elétrico Equivalente:
O motor de corrente contínua, em regime permanente, deve ser representado pelo
circuito elétrico equivalente da Figura 05:

Figura 05 - Circuito Elétrico Equivalente – Motor de Corrente Contínua.

Onde:
Vf [V] - Tensão de Campo;
If [A] - Corrente de Campo;
Rf [ ] - Resistência de Campo;
Ea [V] - Tensão Induzida;
Va [V] - Tensão de Armadura;
Ia [A] - Corrente de Armadura;
Ra [ ] - Resistência de Armadura.
Perdas:
As perdas representam a parcela da potência que o motor consome durante o seu
funcionamento. Por outro lado, o consumo de energia do motor está diretamente
relacionado com o valor das perdas. Existe uma parcela das perdas que variam com a

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carga e uma parcela que é fixa. O motor de corrente contínua tem os mesmos tipos de
perda que os outros motores. Deste modo, suas principais perdas são:
a) Perdas no Ferro:
• Perdas por Histerese e Focault (correntes parasitas): constantes.

b) Perdas no Cobre:
• Perdas Joule no Estator: variáveis com a carga;
• Perdas Joule no Rotor: variáveis com a carga.

c) Perdas Mecânicas:
• Perdas por Atrito: constantes;
• Perdas por Ventilação: constantes.

d) Perdas Adicionais:
São perdas por efeito pelicular, perdas por pulsação do fluxo nos dentes, perdas devido
a harmônicos superiores de campo, imperfeições e tolerâncias construtivas (ex.:
excentricidade do rotor). As perdas secundárias são de difícil determinação.

Pilhas

Baterias e pilhas são exemplos de geradores de corrente contínua, ou seja, possuem


polos positivos e negativos fixo. As pilhas transformam energia química em energia
elétrica. Elas consistem, basicamente, de duas placas metálicas de materiais com
diferente potencial de oxirredução unidos por um fio condutor e imersos em solução
iônica apropriada. Neste caso, um dos metais é liberado na forma de íon positivo na
solução, fazendo com que os elétrons restantes migrem para a outra placa através do fio
fazendo com que apareça uma corrente elétrica. Esta placa adquire carga negativa
propiciando a deposição de íons positivos proveniente da solução. Este processo
continuado gera corrente elétrica até que a reação química se esgote.

Acumuladores

Um acumulador é um aparelho que armazena quimicamente energia elétrica através da


passagem de corrente contínua através deste. Este funciona como uma espécie de pilha

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ou bateria que pode ser recarregada.
Os acumuladores mais comuns são os acumuladores chumbo-ácido e os acumuladores
de níquel-ferro.
O acumulador chumbo-ácido é constituído por elétrodos de chumbo mergulhados numa
solução de ácido sulfúrico diluído (eletrólito).
Os elétrodos são constituídos por uma liga de chumbo que contém 7 a 12% de
antimónio que tem como função aumentar a dureza e a resistência à corrosão.
Quando se colocam os elétrodos dentro do eletrólito forma-se uma corrente que se
desloca através do sistema assim constituído convertendo-se o óxido de chumbo (PbO),
na placa negativa (cátodo) em chumbo metálico finamente dividido. A placa positiva
(ânodo), de óxido de chumbo, é convertida em óxido de chumbo (IV).
Durante a descarga ambos os elétrodos passam a sulfato de chumbo (PbSO4).
A força eletromotriz (f.e.m) de cada elemento de pilha é de cerca de 2 V (volt).
Nos motores de certos automóveis são usadas baterias de 12 V, com seis elementos de
pilha.
O rendimento de um acumulador chumbo-ácido é de 75 a 90%, dependendo do valor da
corrente de descarga.
Um acumulador de níquel-ferro, também designado por pilha de Edison em homenagem
ao seu inventor Thomas Edison (1847-1931) é constituído por uma placa positiva
(ânodo) de óxido de níquel e uma placa negativa (cátodo) de ferro. O eletrólito é
hidróxido de potássio.
Este acumulador apresenta um rendimento de 57% para um valor de tensão de 1,2 V. É
utilizado em lanternas de bolso, máquinas de barbear, flashes, entre outros.

Máquinas síncronas

A máquina síncrona é composta do estator, que aloja um enrolamento monofásico ou


trifásico e onde será induzida tensão pelo movimento do rotor. No enrolamento do
estator será induzida uma tensão alternada, a qual produzirá uma corrente igualmente
alternada quando o mesmo se encontrar sob carga. O rotor contém um enrolamento que
é alimentado com corrente contínua e que serve para criar campo magnético principal
na máquina. O princípio de funcionamento de um gerador é muito semelhante ao de
uma máquina de corrente contínua. O movimento relativo entre um condutor e um
campo magnético gera uma tensão induzida no condutor. No caso da máquina síncrona

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os condutores são fixos na armadura e o campo magnético é forçado pela máquina
primária a se mover. Por sua vez, a máquina primária é acoplada mecanicamente ao
rotor onde estão alojados os polos e exerce sobre eles uma força fazendo-os girar. O
movimento relativo entre o campo e o condutor faz com que surja uma tensão nos
terminais do gerador. Ao ser ligado a uma carga a tensão induzida faz com que circule
corrente pelo gerador e pela carga.
A potência mecânica transferida pela máquina primária é assim convertida em energia
elétrica (descontadas as perdas). O enrolamento de campo (alojado nos polos) é
alimentado por uma fonte de corrente contínua por meio de anéis deslizantes. Há
sistemas em que não existem anéis e escovas, sendo que a tensão contínua necessária ao
enrolamento de campo é fornecida por meio de um sistema de excitação estático,
formado por uma ou mais excitatrizes montadas no eixo e por dispositivos a base de
semicondutores. O gerador síncrono produz uma tensão do tipo alternada senoidal,
podendo ser monofásica ou trifásica. Numa máquina existem não apenas um condutor
sendo movimentado no campo magnético, mas uma série de condutores ligados em
série, fazendo com que a potência convertida seja maior que no caso de apenas um
condutor. Com este arranjo a potência da máquina é maior, aumentando o grau de
aproveitamento dos materiais.

Definiendo:

= Resistencia en la fase i de armadura.

= Inductancia propia de la fase i de armadura.

= Resistencia del devanado de campo.

= Inductancia propia del devanado de campo.


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= Inductancia mutua entre la fase i y el devanado de campo.

= Inductancia máxima mutua entre la fase i y el devanado de campo.

= Inductancia mutua entre las fases i y j de armadura.


i, j = a, b, c.

Motores de indução

Princípio de Funcionamento

O principio do motor de indução poder ser ilustrado simplesmente usando o dispositivo


da figura abaixo. Um imã permanente é suspenso por um fio sobre um disco de
alumínio ou cobre pivotado num mancal de apoio sobre uma placa fixa de ferro. O
campo do ímã permanente completa-se assim através da placa de ferro. O pivô deve ter
tão pouco atrito quanto possível e o ímã permanente deve ter suficiente densidade de
fluxo. Conforme o ímã gira no fio, o disco abaixo dele girará com ele,
independentemente do sentido de rotação do imã. O disco segue o movimento do ímã,
devido às correntes parasitas induzidas que aparecem devido ao movimento relativo do
condutor (o disco) em relação ao campo magnético. Pela lei de Lenz, o sentido da
tensão induzida (e das consequentes correntes parasitas) produz um campo que tende a
opor-se à força, ou seja, ao movimento que produziu a tensão induzida.

As correntes parasitas induzidas tendem a produzir um pólo unitário S no disco num


ponto situado sob o pólo girante N do ímã, e um pólo unitário N no disco sob o pólo
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girante S do ímã. Enquanto o ímã continua seu movimento, portanto, continuará a
produzir correntes parasitas e pólos de polaridades opostas no disco sob ele. O disco,
assim, gira no mesmo sentido que o imã, mas deve girar a uma velocidade menor que a
do ímã. Se o disco fosse acionado à mesma velocidade do imã, não haveria movimento
relativo entre o condutor e o campo magnético, e não se produziriam correntes parasitas
no disco. A velocidade do disco nunca pode ser igual à do imã. Se o fosse, a corrente
induzida seria zero e não se produziriam fluxo magnético nem torque. Assim ele deve
“escorregar” em velocidade a fim de que se produza torque. Isso resulta numa diferença
de velocidades produzidas entre: a velocidade síncrona do campo magnético girante,
basicamente uma função da frequência para qualquer máquina de indução dada; e a
velocidade de “escorregamento” na qual gira o disco como resultado do torque
produzido por interação entre seu campo e o campo magnético girante.

Principais Características

• Só desenvolve torque fora da velocidade síncrona;


• Máquina de excitação única;
• Escorregamento
• Amplo uso

Principais Limitações

• Máquina de velocidade essencialmente constante;


• Dificuldades inerentes na partida (elevada corrente de partida, baixo
torque de partida);

Formas construtivas

- Enrolamento Estatórico responsável pela formação do campo


magnético;
- Enrolamento Rotórico em curto-circuito com tensões e correntes
induzidas;
- Rotor e Estator formados por chapas de aço com ranhuras para
acomodação dos enrolamentos.

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Rotor

- Bobinado: permite acesso aos enrolamentos rotóricos através de anéis


coletores para realização de, por exemplo, controle de velocidade do
motor;
- Gaiola: formado por barras de cobre curto-circuitadas, imersas nas
ranhuras do rotor e conectadas nas extremidades por anéis.

Classificação quanto aos métodos de resfriamento:

• Máquinas Abertas: Ar de resfriamento passa no interior da máquina e o


calor é retirado por meio da convecção;
• Máquinas Fechadas: Ar de resfriamento passa somente na superfície
externa da máquina e o calor interno é conduzido até a superfície.

Escorregamento
• Representa a diferença entre a velocidade de rotação do rotor e a
velocidade síncrona:

• A freqüência das tensões e correntes induzidas fica definida pela


fórmula:

Aplicação:

Um motor de indução opera com frequência de 60 Hz e possui 2 pares

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de pólos. A velocidade de operação, com uma dada carga é 1760 rpm.
Calcule o escorregamento e a frequência das tensões rotóricas:

s = 0,0227 ( ou 2,27%) s = 40 rpm

f2 = 1,364 Hz

Aplicações

Solenóides

Solenóides são dispositivos eletromecânicos que tem seu funcionamento baseado no


deslocamento causado por ação de um campo magnético gerado por uma bobina, os
solenóides são utilizados na construção de outros dispositivos, geralmente são
encontrados em válvulas, podem ser encontrados em fechaduras eletrônicas, ou num
grande painel de uma central de controle de energia.

Interruptores automáticos

O interruptor diferencial é um dispositivo de segurança, muito útil que desliga


automaticamente a corrente elétrica quando há uma avaria num eletrodoméstico, ou
quando o cabo de ligação do aparelho à corrente está danificado, ou quando há uma
variação anormal da intensidade da corrente. São utilizados como sensores presenciais,
por empresas de alarmes de segurança.

Freios e embreagens eletromagnéticas

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Freio é o equipamento que reduz a velocidade de uma massa em movimento, impede
um movimento ou produz torque de resistência ao movimento. Embreagem é o
equipamento que realiza ligação entre um eixo de comando e um eixo comandado.
Aplicações: indústria petroleira, papeleira, siderúrgica, cerâmica, mineração, máquinas
operatrizes, alimentícia, têxtil entre outras.
Ex: Embreagem eletromagnética multidisco com rolamento:
Bobina com rolamento dispensando o anel coletor para alimentação da voltagem em
corrente continua, por meio de borne positivo e negativo, evita o desgaste nos discos em
função da atuação das molas separadoras, assegurando um atracamento rápido ou lento
e neutralizando totalmente o atrito residual.

Elevadores de tensão

O mais conhecido deles, o conversor Boost, ele é um conversor elevador de tensão,


caracterizado por ter entrada em corrente e saída em tensão. Pode operar no modo de
condução contínua ou descontínua, sendo que no primeiro apresenta pouca distorção e é
preferencialmente seu modo de operação usual. Pode manter a tensão de saída regulada,
sendo utilizado como pré-regulador. Além disso, também é utilizado para correção do
fator de potência. Elevadores de tensão são aplicados em estações de telecomunicações.

Eletroímã

É um dispositivo que utiliza corrente elétrica para gerar um campo magnético,


semelhante àqueles ímãs naturais encontrados. É geralmente construído aplicando-se
um fio elétrico espiralado ao redor de um núcleo de ferro, aço, níquel ou cobalto ou
algum material ferromagnético.
Entre suas aplicações, tem-se a campainha, o telégrafo, o relé, etc.

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Bibliografia

NASAR, S.A. – Máquinas Elétricas, McGraw-Hill do B Outros


rasil (Coleção Schaum), 1984.

MARQUES, L. C. de S., Um Estudo Sobre Dispositivos Eletromagnéticos e de


Conversão Eletromecânica de

Energia. Concurso Público para Professor Adjunto. UFSC. Florianópolis. 2002.


FITZGERALD, A. E., KINGSLEY JR, C., UMANS, S. D., Máquinas Elétricas: Com
Introdução à Eletrônica de Potência. Artmed Editora. 6ª Edição. Porto Alegre.

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