Vous êtes sur la page 1sur 30

I.

Corrente de Curto Circuito:

Principais Características:

a. Fundamentos
Para a especificação dos equipamentos de proteção de um sistema elétrico,
a determinação correta da corrente de curto circuito é tão importante quanto a
determinação da corrente nominal. Para isto, o tamanho deste sistema, deve ser
avaliado cuidadosamente, para a definição do valor da corrente de curto circuito.
Os disjuntores e fusíveis devem ser dimensionados dentro de sua adequada
capacidade de interrupção, permitindo a sua abertura segura para a máxima
corrente de curto circuito que poderá fluir dentro do sistema. Esta corrente é
diretamente proporcional ao tamanho do sistema, (sua capacidade de fornecer
energia) e não tem relação com a carga do ramal a ser protegido. (Fig. 1)

FONTES DE CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

CONCESSIONÁRIA
GERADOR PRÓPRIO
MOTOR SÍNCRONO
MOTOR DE INDUÇÃO

Quando do cálculo da corrente de curto circuito devemos considerar todas as


fontes, com suas respectivas reatâncias.

No instante do curto circuito, cada uma das fontes atua de acordo com suas
características, conforme descrito a seguir :
CONCESSIONÁRIA - neste caso o sistema de alimentação é muito
grande comparado à instalação industrial. No instante do curto circuito o sistema
fornecerá corrente para a falta de maneira contínua, sendo limitada apenas pela
impedância da concessionária no ponto de falta.

GERADOR - quando ocorre uma falta em um circuito alimentado por


um gerador síncrono, este continuará a fornecer tensão para o sistema, pois a
turbina continuará a movimentá-lo, e o campo de excitação será mantido
independente do curto circuito. Esta tensão gerada irá produzir a corrente de curto
circuito, que fluirá para o ponto de falta, e será limitada apenas pela impedância
do gerador e do circuito entre o gerador e o ponto de falta.

MOTOR SÍNCRONO - é bastante semelhante ao gerador síncrono,


podendo portanto gerar energia da mesma forma. Quando ocorre um curto circuito,
a tensão do sistema cai a valores muito baixo, fazendo com que o motor deixe de
fornecer energia mecânica à carga. Devido a inércia mecânica desta mesma carga e
do rotor do motor, estes continuam seu movimento de rotação durante muito
ciclos, passando a funcionar durante este tempo como alternador, em que a tensão
gerada produzirá a corrente de curto circuito que fluirá para o ponto de falta. O
valor da corrente gerada dependerá da potência, da tensão, e da reatância do
motor síncrono, e da impedância do sistema até o ponto de falta.

MOTOR DE INDUÇÃO - também neste caso, quando ocorre o curto


circuito, a tensão do sistema é reduzida a um valor bastante baixo. Apesar da
tensão ter variado bruscamente, o mesmo não ocorre com o fluxo magnético no
motor. Como a rotação do motor permanecerá durante algum tempo, devido a
inércia da carga e do próprio rotor, este passará a gerar corrente de curto circuito
durante o tempo em que existir o fluxo magnético, aproximadamente quatro ciclos.

Em função do seu curto tempo de atuação, deverá ser levado em consideração


apenas para o calculo da corrente momentânea dos disjuntores de média tensão,
ou para aqueles disjuntores cuja interrupção se dá em um ou dois ciclos (baixa
tensão). O valor da corrente gerada dependerá da potência, da tensão de serviço e
da reatância do motor, e da impedância do sistema entre o motor e o ponto em que
se verifica a falta.

REATÂNCIAS DAS MÁQUINAS ROTATIVAS

A reatância das máquinas rotativas não são valores fixos como nos
transformadores, cabos e outros equipamentos, mas sim valores que variam em
função do tempo.

Se analisarmos a corrente de curto circuito nos terminais de um gerador,


verificamos que ela inicia com um valor elevado, decai durante um determinado
tempo, e depois estabiliza em um valor constante. Como durante este tempo a
tensão do campo de excitação e a velocidade do gerador permaneceu praticamente
constante, concluímos que o que variou com o tempo foi a reatância da maquina.

A expressão usada para o cálculo da reatância variável neste caso requer uma
fórmula bastante complexa, tendo o tempo como uma das variáveis. Para efeitos
de simplificação, serão usados apenas três valores de reatância :

REATÂNCIA SUBTRANSITÓRIA ( X”d ) - é a reatância aparente do enrolamento


do estator no instante em que ocorre o curto circuito, e determina a corrente de
curto circuito que flui nos primeiros ciclos.
REATÂNCIA TRANSITÓRIA (X’d ) - é a reatância inicial do enrolamento do
estator, considerando apenas o efeito do enrolamento de campo. Esta reatância
tem influência em até 0,5 segundos ou mais, dependendo do projeto da máquina.

REATÂNCIA SÍNCRONA (X d ) - é a reatância que determina o valor da corrente


quando o regime permanente de curto circuito é atingido. Como ela passa a atuar
em até vários segundos após o curto circuito, ela não é levada em consideração no
dimensionamento de equipamentos de proteção. É utilizada para estudos e
especificações de relés de proteção

b. Corrente de Curto Circuito Simétrica e Assimétrica


Quando a envolvente que toca o pico das ondas de corrente é simétrico em
relação a um eixo esta corrente é chamada simétrica, caso contrário, será chamada
assimétrica. (Fig. 2)

A corrente de curto circuito é normalmente assimétrica nos primeiros ciclos, e


depois torna-se simétrica A máxima assimetria ocorre no instante do curto circuito
e gradualmente torna-se simétrica alguns ciclos depois.

c. Corrente Simétrica/Assimétrica

A assimetria da corrente de curto circuito é determinada pela relação entre a


reatância e a resistência do sistema (X/R), excluindo sempre as cargas, e pelo
instante em que ocorre em relação a Onda de Tensão.
Nos Sistemas Elétricos Industriais, normalmente o valor das resistências é muito
pequeno em relação ao das reatâncias.

Portanto o valor do fator de potência do sistema é muito baixo (desprezando-se


sempre as cargas). (Fig.3)

Em função destas características, a onda da corrente de curto circuito, deverá


sempre estar defasada da tensão, de um valor de aproximadamente 90º.

Considerando por hipótese que tenhamos um sistema com resistência praticamente


zero, e o curto circuito ocorra no instante em que a tensão está em seu valor
máximo (pico), teremos uma corrente de curto circuito totalmente simétrica. (Fig.
4)
Considerando ainda o mesmo sistema, caso o curto circuito venha a ocorrer no
instante em que a tensão é máxima, para que permaneça a defasagem de 90º, a
corrente irá se deslocar em relação a um eixo central, tornando-se totalmente
assimétrica. (Fig.5)

Como na realidade o curto circuito pode ocorrer em qualquer ponto da onda de


tensão, e os sistemas elétricos industriais, possuem valores de resistência
diferentes de zero, podemos deduzir que a quase totalidade das correntes de curto
circuito serão assimétricas, porém não com assimetria máxima. Vemos também
que a assimetria máxima ocorrerá em apenas um instante em cada ciclo, quando o
curto circuito ocorrer num ponto da onda de tensão medindo em graus, 90º + a, a
partir do ponto zero, onde tga é igual a relação X/R do sistema. (Fig.6)
d. Componente Contínua da Corrente

Por questões de simplificação de cálculo podemos dividir a corrente de curto circuito


assimétrica em componentes mais simples. Uma das componentes será simétrica e
a outra será uma componente contínua da corrente. A soma dos componentes a
cada instante, será igual à corrente assimétrica no mesmo instante. (Fig. 7)

Durante o curto circuito a componente contínua será dissipada através das


resistências do circuito (I2R). Em função disso a velocidade com que a corrente
assimétrica se tornará simétrica dependerá da relação X/R do sistema.

Caso a resistência seja teoricamente zero, teremos uma corrente assimétrica


permanente. Caso a reatância seja zero, teremos a corrente assimétrica tornando-
se simétrica instantaneamente.

Na realidade os dois casos são teóricos, e teremos uma curva para a maioria das
correntes de curto circuito, próxima da figura mostrada acima.

O cálculo exato do valor eficaz da corrente assimétrica, tão logo ocorra o curto
circuito, requer cálculos complexos, além de que a obtenção exata do
comportamento do decréscimo da componente contínua requer o conhecimento dos
dados de difícil obtenção.
Utilizando um método de cálculo simplificado, podemos nos utilizar de fatores de
multiplicação e convertemos o valor eficaz da corrente de curto circuito simétrica no
valor eficaz da corrente de curto circuito assimétrica.

O valor da componente contínua depende, como já vimos anteriormente, do ponto


da onda de tensão em que ocorreu o Curto Circuito.

Para a especificação dos dispositivos de proteção, necessitamos saber apenas o


valor máximo da componente contínua, já que os disjuntores serão dimensionados
para a máxima corrente de curto circuito que poderá ocorrer no sistema.

Para cálculos mais aproximados encontramos, tabela e curvas que nos forneçam
fatores de multiplicação, em função da relação X/R do sistema, e do tempo em
ciclos, contados a partir do instante do curto circuito.

X/R FA
20,0 2,00
10,0 1,77
5,00 1,58
3,33 1,42
2,50 1,31
2,00 1,24
1,66 1,18
1,43 1,16
1,25 1,15
1,11 1,08
1,00 1,05
0,83 1,04

Iccassim = FA x Iccsim
ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS:
Principais Equipamentos :

a. Disjuntores
Disjuntores de Média/Alta Tensão
Disjuntores de Baixa Tensão

b. Fusíveis
Fusíveis de Média Tensão
Fusíveis de Baixa Tensão

A definição das características dos equipamentos dependem das condições


em que ocorre o curto circuito, e da variação da corrente com o tempo.

Para uma melhor análise dividiremos os equipamentos em média/alta tensão


e baixa tensão (acima ou abaixo de 1000V)

Equipamentos de Proteção Acima de 1000V


- Disjuntores

Utilizaremos como base de nossos estudos disjuntores de média tensão, instalação


interna. Os mesmos princípios fundamentais podem ser aplicados aos disjuntores
de alta .

Os disjuntores de média tensão não atuam instantaneamente, isto é, passam


alguns ciclos entre o instante em que ocorre o curto circuito e a extinção completa
do arco.

Este tempo é composto basicamente por:


a. tempo para que o relé detecte o defeito e feche os contatos.
b. tempo para que haja o destravamento do mecanismo de acionamento, pela
bobina de disparo.
c. tempo para que ocorra a abertura dos contatos
d. tempo de extinção completa do arco

Durante este tempo a corrente de curto circuito produz esforços mecânicos muito
grandes no disjuntor e a todo o circuito, este esforço ocorre instantaneamente, e é
proporcional ao quadrado da corrente.

A corrente máxima, como já vimos, ocorre no primeiro ciclo, em função da


componente contínua da corrente (assimétrica) e da contribuição dos motores para
a corrente total do curto circuito. Portanto o esforço máximo ocorre também no
primeiro ciclo do tempo contado do início do curto circuito até a extinção completa
do arco, valor da corrente decresce em função do decréscimo do valor da
componente contínua e a mudança da reatância dos motores, conseqüentemente, a
corrente que o disjuntor deverá interromper, quatro a oito ciclos depois do início do
curto circuito é geralmente de valor menor que a corrente máxima do primeiro
ciclo.

Em função disso verificamos a necessidade de definir dois valores básicos:


a. Corrente momentânea:
Capacidade do disjuntor de suportar os esforços mecânicos produzidos pela
corrente de curto circuito, do primeiro ciclo.
b. Corrente de interrupção:
Capacidade do disjuntor de interromper a corrente de curto circuito até a sua
extinção.

Para a especificação completa de um disjuntor de média tensão devemos levar em


consideração os seguintes dados:

1.  Quanto ao tipo do disjuntor.


É definido em função do meio que utilizam para a extinção do arco.
- Disjuntores a pequeno volume de óleo
- Disjuntores a vácuo
- Disjuntores a SF6
- Disjuntores a ar comprimido.

2. Quanto as características de tensão.


2a. Tensão Nominal: É a tensão ou classe de tensão em que o disjuntor irá
operar.
2b. Tensão Máxima: É a máxima tensão em que o disjuntor irá operar.
2c. Tensão Mínima de Operação: É a mínima tensão com que o disjuntor irá
interromper a capacidade nominal de interrupção (MVA). Para qualquer
tensão abaixo deste valor o disjuntor irá interromper um valor abaixo de sua
capacidade nominal de interrupção.

3. Testes quanto a característica de isolamento.


3a. Tensão de Ensaio a Freqüência Industrial: É o valor de tensão aplicada, de
acordo com ensaios normalizado a freqüência de 60Hz, que define suas
características de isolamento para sua classe de tensão.
3b. Nível Básico de Impulso: define a capacidade do disjuntor de superar efeitos
causados por uma descarga atmosférica, direta ou indireta, e outros surtos.
Este ensaio é realizado através de um gerador de impulso, com um formato
de onda padrão.

4. Capacidade de Corrente.
4a. Corrente Nominal: É a corrente que o disjuntor deverá suportar
continuamente, sem que a sua temperatura exceda a temperatura máxima
para qual foi dimensionado.

4b. Corrente Momentânea: É a máxima corrente assimétrica que o disjuntor


deverá suportar, incluindo a contribuição de todas as fontes, motores
síncrono e assíncronos e a componente contínua da corrente.
Este valor define a capacidade do disjuntor de suportar os esforços de curto
circuito assimétrico do primeiro ciclo. Este valor é definido aproximadamente
como sendo de 1,6 a 1,8 vezes a corrente máxima de interrupção (valor de
pico).

4c. Corrente Suportável de Curta Duração: (1 seg.) é a corrente máxima que o


disjuntor deverá suportar na posição fechada, por um período de 1 segundo,
dando-se o tempo para que o relê opere. Este valor é o mesmo da máxima
corrente de interrupção em amperes.

5.  Capacidade de Interrupção.


6. 
5a. Capacidade Nominal de Interrupção (MVA): É a máxima potência de
interrupção que o disjuntor irá interromper operando entre a tensão máxima
e a tensão mínima de operação.

5b. Corrente Nominal de Interrupção: É a máxima corrente que o disjuntor irá


interromper, operando na sua tensão nominal, obedecendo o limite de sua
capacidade nominal de interrupção.

5c. Corrente Máxima de Interrupção: É a máxima corrente que o disjuntor irá


interromper com tensão abaixo da tensão mínima de operação. Como
Conseqüência o disjuntor terá uma capacidade de interrupção menor, para
essa tensão, que sua capacidade nominal de interrupção.

6. Tempo Interrupção.

É o tempo total de operação contando da energização da bobina de disparo até a


extinção completa do arco.

6a. Corrente de Fechamento: É a máxima corrente de crista que o disjuntor


poderá suportar no primeiro instante após o seu fechamento, em um
sistema em curto circuito.

7. Ciclo de Operações:
É o número de operações, dentro de um tempo pré-determinado, que o disjuntor
deverá suportar em caso de curto circuito.
Limites dos Disjuntores quanto a suas características da corrente de interrupção
e corrente momentânea.

       Tensão de operação nunca deverá exceder a tensão máxima definida para o
disjuntor.
       A capacidade nominal de interrupção não deverá ser ultrapassada em nenhuma
tensão. O disjuntor deverá interromper a sua potência nominal de interrupção
nas tensões entre a máxima e a mínima tensão de operação. Para operações
abaixo da tensão mínima de operação ele deverá interromper em potência
menor que sua potência nominal.
       A corrente máxima de interrupção nunca deverá ser ultrapassada, isto é, o
produto dela por (raiz 3) vezes a tensão deverá ser menor que a capacidade
nominal de interrupção.
       A corrente momentânea nunca deverá ser ultrapassada. Na maioria dos
disjuntores este valor varia de 1,6 a 1,8 (fatores de multiplicação assimétrica),
vezes a corrente máxima de interrupção.

- Fusíveis de Média Tensão.

Tipos:
       Limitadores de Corrente, que interrompem na subida do primeiro meio ciclo da
corrente de curto circuito.
       Não Limitadores de Corrente, que abrem após o pico do primeiro meio ciclo da
corrente de curto circuito.

Os fusíveis devem ser dimensionados para interromper a corrente de curto circuito


assimétrica máxima que ocorre no primeiro ciclo. O fator de multiplicação utilizado
neste caso, varia também de 1,6 a 1,8 vezes a corrente de curto circuito simétrica
calculada, levando-se em consideração as reatâncias subtransitórias e as
contribuições dos motores de indução e síncronos. Na realidade considera-se o
mesmo valor da corrente normalmente calculado para o disjuntor.

Na escolha do fusível pode ser levada a consideração tanto a corrente de


interrupção quanto a potência trifásica de curto circuito calculada para o sistema.

A especificação dos fusíveis de média tensão deverão levar consigo as seguintes


características:

1. Tensão Nominal: É definida levando-se em consideração as características do


local onde será instalado o fusível:

- Sistema trifásico com neutro aterrado: A tensão nominal do fusível deverá ser
igual a máxima tensão do sistema.

- Sistema Monofásico: A tensão nominal do fusível deverá ser no mínimo 15%


acima da tensão máxima do sistema.
Obs: Quando temos correntes capacitivas em nosso sistema, devemos analisar a
possibilidade da ocorrência de surtos de tensão, quando da sua interrupção.

É desaconselhável a utilização destes fusíveis em sistemas com tensão inferior a


sua tensão nominal. Quando da atuação do fusível, a sua interrupção pode
ocasionar sobretensões que ultrapassem ao nível de isolamento dos demais
equipamentos do sistema. (sobretensão máxima permitida na atuação do fusível -
+ ou - Vnom. fusível x 2,2 x raiz de 2. - IEC-282-1)

2. Corrente Nominal: É sempre definida com um valor acima da corrente de


carga, e depende exclusivamente das características desta carga. Deve
considerar sobrecargas harmônicas, e fenômenos transitórios por ocasião da
ligação ou desligamento de motores, transformadores, capacitores, etc. Este
tipo de fusível não é adequado para proteção contra sobrecarga já que sua
atuação só é inteiramente confiável para valores de corrente muito acima de
sua corrente nominal (corrente mínima de interrupção - 2,5 a 7 x In). Esta
corrente mínima de interrupção depende das características do fusível - tensão
nominal, comprimento e diâmetro do corpo do fusível.
Proteção de Transformadores

É utilizado sempre em conjunto com um relê de proteção, onde o fusível deverá


atuar antes do relê um caso de curto circuito, e em caso de sobrecarga a proteção
deverá ficar a carga do relê de proteção.

A corrente nominal do fusível para proteção de transformadores não deverá ser


inferior de 1,8 a 2 vezes a corrente nominal do transformadores deverá levar em
consideração o seguinte:

= Por razões de conseguirmos uma boa proteção com tempo de interrupção o


menor possível e seletividade com o relê de sobrecorrente, a corrente nominal
do fusível deverá ser a mínima possível.

= A corrente nominal não deve ser inferior ao valor mínimo (1.8 a 2 vezes In.
transformador), para que o surto da corrente na energização do transformador
não afete seus elementos fusíveis.

= Também por questões de seletividade a curva Tempo x Corrente do fusível


limitador deve ficar acima da curva característica dos fusíveis de baixa tensão.
(ou do disjuntor).

= Em resumo o fusível deverá ter sua curva compreendida entre a curva do relé de
sobrecorrentes e fusível ou disjuntor da baixa tensão.

= Em casos especiais recomenda-se sempre consultar o fabricante do fusível.

Proteção de Motores

Para proteção de motores de média tensão o fusível deverá levar em consideração


a corrente de partida do motor, seu tempo de partida, e número de partidas por
hora.

A curva do fusível deverá estar acima do seu ponto d partida (corrente x tempo de
partida). Alguns fabricantes fornecem curvas próprias para o dimensionamento
destes fusíveis.

Assim como no caso anterior, as curvas destes fusíveis deverão estar coordenados
com as demais proteções dos motores, já que a sua atuação será apenas para o
curto circuito.

Fusíveis para Proteção de Cabos e Linhas

A corrente nominal do fusível deve ser adequada tanto quanto possível, à bitola dos
cabos e a sua capacidade de carga contínua.
Deve-se evitar a operação deste tipo de fusível em caso de sobrecarga, pois isto
poderá acarretar ao mesmo rupturas por aquecimento nos tubos ocasionando
efeitos indesejáveis na sua capacidade de interrupção.

Sua utilização neste tipo de proteção deverá ser estudada cuidadosamente, e


analisada a sua eficiência.

Fusíveis para Proteção de Capacitores

A colocação em operação e particularmente a interrupção de capacitores, poderá


fazer surgir no sistema correntes transientes com características semelhante às de
um curto circuito.

Para minimizar os efeitos desta corrente, resistências ôhmicas ou bobinas de


bloqueio de correntes de surto são recomendados como dispositivos de
amortecimento, para limitação da taxa de aumento da corrente e da sua amplitude
máxima.

Mesmo com o uso destes dispositivos limitadores, os capacitores devem ter fusíveis
superiores, com pelo menos o dobro, ou até mesmo quatro vezes a corrente
nominal do banco de capacitores.

Atuações indesejadas ou danos nos fusíveis, sempre pode ocorrer nestes casos.

3. Capacidade de Interrupção: O fusível deverá ser dimensionado para uma


capacidade de interrupção igual ou superior a calculada para o sistema. Os
catálogos normalmente indicam a corrente de curto circuito eficaz simétrico
e/ou a potência trifásica de curto circuito. Este Fusível deverá também limitar a
corrente de curto circuito a um valor menor que os valores máximos
suportáveis pelos equipamentos por eles protegidos.

Os fabricantes fornecem as curvas que indicam limitações destas correntes de


curto circuito.

Observações:
Estes fusíveis poderão ser fornecidos com percursor (Strikur-Pin), utilizado para
operar interruptores ou outros equipamentos associados ao fusível, ou
sinalizador ótico.
Deve-se definir sua utilização para uso interno ou externo.
DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO
Tensão Abaixo de 1000V.

Os disjuntores de baixa tensão diferem significativamente dos de média tensão,


quanto ao seu tempo de atuação em caso de curto circuito. Em função de suas
características mecânicas, os contatos dos disjuntores de baixa tensão, iniciam a
sua abertura no primeiro ciclo da corrente, após a ocorrência do curto circuito.

Os disjuntores de baixa tensão devem portanto ter condições de interromper a


corrente de curto circuito assimétrico do primeiro ciclo depois do curto circuito e
suportar os esforços mecânicos resultantes desta corrente.

O fator de multiplicação para encontrarmos o valor assimétrico da corrente é


normalmente menor que nos casos de média tensão. Isto ocorre em função de que
a relação X/R em baixa tensão é muito menor que a média tensão.

Tipos Básicos:

       Disjuntor Aberto: São utilizados normalmente para altas corrente nominais, e
altas correntes de curto-circuito. Caracterizam-se por possuir uma carcaça
aberta, possibilitando a manutenção em todos os seus componentes. São
próprios para instalações industriais.

       Disjuntor em Caixa Moldada: São do tipo fechado, com dimensões muito
menores que os disjuntores abertos, e são fabricados desde pequenas correntes,
mono, bi ou tripolares, com baixa capacidade de interrupção, até altas correntes
nominais e alta capacidade de interrupção.

Características Importantes para sua Especificação:

1. Tensão Nominal:

- Tensão de Operação Nominal - é a tensão referida a capacidade de


interrupção e de estabelecimento nominal do disjuntor e seu desempenho
em curto circuito. Um disjuntor poderá ter mais de uma tensão de operação
nominal, cada uma associada a sua respectiva capacidade de interrupção e
estabelecimento nominal e desempenho em curto-cicuito.

- Tensão de Isolamento Nominal - é a tensão referida ao ensaios dielétricos e


às distâncias de isolação e escoamento, é o valor máximo da tensão nominal.
Nunca a máxima tensão de operação nominal deve ser maior que a tensão de
isolamento nominal.
2. Freqüência Nominal
- A freqüência normal para este tipo de equipamento em corrente alternada
é de 60 Hz

3. Corrente Nominal:
- Corrente Nominal da Estrutura - é o maior valor de corrente que uma
estrutura pode conduzir, por tempo indeterminado, sem danos ou elevações de
temperatura superiores às admissíveis para seus componentes.

- Corrente Nominal de um Disparador Série - é o valor da corrente que


poderá passar por tempo indeterminado, pelo disparador série, sem que o
mesmo opere, desde que mantidas as suas características nominais.

- Corrente Nominal de um Disjuntor Automático - corresponde ao valor da


corrente nominal do disparador série deste disjuntor.

4. Capacidade de Interrupção Nominal em Curto-Circuito :

- É o valor eficaz da componente periódica da corrente presumida de


interrupção, levando-se em consideração a tensão nominal, a freqüência
nominal e a um fator de potência, quando trabalhamos em corrente alternada,
ou constante de tempo, quando trabalhamos em corrente contínua. O disjuntor
deverá ser capaz de interromper esta corrente, independente do valor de sua
componente contínua, supondo que a componente alternada seja constante

5. Corrente Suportável Nominal de Curta Duração:

- É o valor eficaz da componente alternada da corrente presumida de curto-


circuito, que o disjuntor deverá suportar durante um determinado tempo,
definido normalmente como de um segundo.

Um disjuntor equipado com disparadores série, não necessita ter especificada a


corrente suportável de curta duração, já que é suficiente que ele possa
suportar a corrente correspondente a sua capacidade de interrupção nominal
em curto-cicuito pelo tempo total de interrupção, com o disparador série
ajustado em seu retardo máximo.

6. Capacidade de Estabelecimento Nominal em Curto Circuito:

- É o máximo valor de crista da corrente presumida de estabelecimento,


tomando como referencia o valor da tensão nominal, freqüência nominal e a
um fator de potência quando trabalhamos em corrente alternada ou constante
de tempo quando trabalhamos em corrente contínua.

Quando trabalhamos com corrente alternada, a capacidade de


estabelecimento nominal em curto circuito de um disjuntor não deve ser
inferior ao produto da capacidade de interrupção nominal em curto-cicuito pelo
fator “n” da tabela 1 da NBR 5361/83, conforme transcrito abaixo.

Quando trabalhamos com corrente contínua esta capacidade de


estabelecimento não deve ser inferior a capacidade de interrupção nominal em
curto circuito.

TABELA 1
Capacidade Interrupção Fator de Capacidade estabelecimento
nominal curto-cicuito Potência Nominal Curto-Circuito
Icn (kA) (n x Icn)

Icn £ 10 0,45-0,50 1,7 x Icn


10 < Icn £ 20 0,25-0,30 2,0 x Icn
20 < Icn £ 50 0,20-0,25 2,1 x Icn
50 < Icn 0,15-0,20 2,2 x Icn

7. Constante de tempo nominal:


Para corrente contínua a NBR 5361prevê que a constante de tempo nominal
deve ser de 15 ms.

8. Categoria de desempenho sob curto-circuito:


- É definida em função de seqüência de operação do disjuntor, e de suas
condições após a execução desta seqüência. Os valores de corrente referentes
a seqüência de operação, correspondem às capacidades de estabelecimento e
interrupção nominais em curto-cicuito. Estes valores podem ser diferentes para
as duas categorias de desempenho sob curto circuito.
Estas categorias são designadas pela NBR 5361 conforme abaixo:

Categoria de Seqüência de operação Condições após ensaios de


curto-
Desempenho nominal circuito
curto-circuito

P-1 O - t - CO Desempenha serviço sob


condições reduzidas (NBR 8176)

P-2 O - t - CO - t - CO Desempenha serviço sob


condições normais (NBR 8176)

O - operação de interrupção
CO - estabelecimento seguido de interrupção
t - 3 minutos

Características Gerais:

a ) Quanto às curvas tempo x corrente

- Os disjuntores de baixa tensão, atuam sempre dentro das curvas Tempo X


Corrente, de seus disparadores. Estas curvas são compostas normalmente por
duas partes:
Uma com características de uma curva a tempo inverso (disparador térmico), e
outra com características de atuação a tempo curto ou instantânea (disparador
magnética).
Quanto ao seu tempo de atuação, ou características de seus disparadores,
poderemos ter:

- Disjuntores Limitadores de Corrente:-


São aqueles que interrompem a corrente de curto circuito antes que ela atinja seu
valor de pico, isto é, na subida do primeiro meio ciclo. Utilizados em sistemas
industriais que possuem elevadas correntes de curto circuito. Muitos destes
disjuntores são fabricados com fusíveis incorporados.

- Disjuntores somente magnéticos: São disjuntores que possuem somente a


unidade magnética de proteção. Sua atuação é praticamente instantânea e
protege somente contra curto circuito. São utilizados para proteção de motores
onde o sistema de partida já possui um relé térmico para proteção contra
sobrecarga.

Disjuntores termomagnéticos (que possuem unidade de proteção temporizada e


instantânea) podem ser fabricados:

- Com unidades de proteção sem ajuste externo onde estas unidades são pré-
ajustadas pelo fabricante e o disjuntor é comercializado selado.

- Com unidades de proteção com ajuste externo, onde podemos regular as


correntes de atuação. São fabricados disjuntores com ajustes externos somente
na unidade magnética, na unidade térmica ou em ambas.

b ) Quanto ao dimensionamento:
No dimensionamento dos disjuntores de baixa tensão além do que já foi dito acima,
deveremos levar em consideração; segundo previsto na NBR5410/90:
A corrente nominal ou de ajuste da unidade térmica do disjuntor deve ser igual ou
superior à corrente de carga prevista, e igual ou inferior a capacidade de condução
de corrente dos condutores.

Imax cond. ³ In disj. ³ Icarga

c ) Quanto as propriedades dielétricas

Os disjuntores deverão suportar, durante um minuto, tensões conforme prescrita


na NBR 5361/83, em função de sua tensão nominal de isolamento. Disjuntores com
tensão nominal de isolamento igual a 220 V deverão suportar deverão suportar no
ensaio durante um minuto 2000 V, os de 380 a 480 V deverão suportar 2500 V.

d ) Quanto a durabilidade mecânica e elétrica

Os disjuntores devem ser capazes de efetuar um numero determinado de ciclos de


operações, conforme previsto em norma. Estes ciclos de operação correspondem a
uma abertura e um fechamento no caso do ensaio mecânico, e de um
estabelecimento e uma interrupção, com corrente igual a corrente nominal da
estrutura e com um fator de potência igual a 0,8 para corrente alternada ou
constante de tempo entre 1 e 3 ms para corrente contínua.

Um disjuntor de 100 A deve suporta 6000 ciclos de operação com corrente e


4000 ciclos sem corrente , totalizando 10000 ciclos de operação, considerando 6
ciclos de operação por minuto.

Um disjuntor de 1000 A deve suportar 500 ciclos de operação com corrente e


2000 ciclos sem corrente , totalizando 2500 ciclos de operação, considerando 1
ciclo de operação por minuto.

e ) Quanto a Características dos Disparadores Série

- Em caso de curto-circuito o disparador deverá atuar com uma exatidão de ±


20% para todos os valores de seu ajuste de corrente de curto-cicuito.

- Em caso de sobrecarga com disparadores a tempo inverso, deverão ser


atendidos os seguintes requisitos os requisitos da tabela 7 da NBR 5361/83,
transcrita abaixo :

FAIXA DE CORRENTE TEMPO MÁXIMO DE DESLIGAMENTO DO DISPARADOR


(MIN)
DO DISPARADOR
SÉRIE (A) 200% DA In DISPARADOR 135% DA In
DISPARADOR

0 - 30 2 60
31 - 50 4 60
51 - 100 6 120
101 - 225 8 120
226 - 400 10 120
401 - 600 12 120
601 - 800 14 120
801 - 1000 16 120
1001 - 1200 18 120
1201 - 1600 20 120
1601 - 2000 22 120
acima 2000 24 120

PARA O DISPARADOR CONDUZINDO UMA CORRENTE IGUAL A 105% DA


SUA CORRENTE NOMINAL, NÃO DEVERÁ OCORRER O DESLIGAMENTO EM TEMPO
INFERIOR A UMA HORA.
FUSÍVEIS DE BAIXA TENSÃO

Podemos definir fusível como parte de um dispositivo-fusível, composto por um ou


vários elementos-fusíveis em paralelo, que devem fundir, quando uma corrente de
valor especificado percorrê-los durante um determinado tempo.

Fazem parte de um dispositivo fusível : a sua base, o fusível com seus elementos
fusíveis, seus contatos, indicador de operação, percursor etc.

De acordo com a norma NBR 11840/91 os fusíveis de baixa tensão podem ser :

Tipo g - fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob condições


especificadas, todas as correntes que causam fusão dos elementos fusíveis até sua
capacidade de interrupção nominal. São fusíveis para aplicações gerais, e podem
ser :
fusíveis gG - são fusíveis para aplicação geral
fusíveis gM - são fusíveis próprios para proteção de motores
Observações :
= atualmente os fusíveis gG são também utilizados para
partida de motores, o que é possível quando suas
características são adequadas para suportar a corrente de
partida do motor.
= os fusíveis gM são caracterizados por dois valores de
corrente
In MIch - caracterizando um fusível de característica G, a ser
utilizado para proteção de motores, onde In é a máxima
corrente permanente do dispositivo fusível, e Ich
corresponde a característica G do fusível.
Tipo a - fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob
condições especificadas, todas as correntes entre a menor
corrente indicada na sua característica tempo-corrente de
operação (K2In da figura abaixo) e sua capacidade de
interrupção nominal. São fusíveis de retaguarda :
fusível aM - são fusíveis com capacidade de interrupção em
faixa parcial para proteção de circuito de motores.
Observação :
= estes fusíveis são apropriados para proteção contra curto
circuito. Quando for necessária uma proteção contra
sobrecorrentes menores do que K2In deve-se utilizar outros
dispositivos de proteção adequados, acrescidos a este.

DADOS PARA ESPECIFICAÇÃO:

a) Tipo e dimensões do fusível em função da sua utilização.

b) Corrente Nominal
É a corrente que o fusível poderá suportar por um tempo indefinido, sem que a
sua temperatura exceda a temperatura máxima para qual este foi dimensionado.
c) Tensão Nominal
É a tensão máxima que o fusível poderá atuar dentro de suas características
normais.

d) Corrente de Interrupção
É o valor máximo eficaz da corrente simétrica de curto-circuito que o fusível é
capaz de interromper, dentro das condições de tensão nominal e do fator de
potência estabelecido.

e) Características da Curva Tempo x Corrente


Fusíveis de atuação rápida utilizado para nos circuitos que operam em condições
inferior a corrente nominal, com circuitos que suprem áreas de iluminação,
tomadas e resistências em geral.
Fusíveis de atuação retardada utilizado em circuitos sujeitos a sobrecargas
periódicas, como motores e capacitores.
Fusíveis limitadores de correntes utilizado em sistemas com nível de curto
circuito bastante alto, onde a atuação de fusíveis normais, deixará passar uma
quantidade de energia suficiente para danificar a carga. estes fusíveis atuam na
subida do primeiro ciclo da corrente de curto circuito.
Em circuitos onde o nível de curto circuito é alto, e a utilização de disjuntores
encarece a instalação, é comum as utilização de fusíveis limitadores de corrente,
coordenados com os mesmos. O fusível protege contra curto circuito e o
disjuntor contra sobrecarga.
Estes fusíveis não protegem o sistema contra sobrecarga.
Deverá também permitir a partida do motor, devemos portanto de posse do
tempo de partida, corrente de partida e curva característica verificar se o
fusível permite que o motor parta em condições normais.

DIMENSIONAMENTO
a) Proteção de circuitos de distribuição de motores, a corrente nominal do fusível
deverá ser:

I nom. fusível £ I partida do maior motor X K + S I nom. demais motores

b) Proteção de circuitos de distribuição geral:


I nom. fusível ³ 1 A 1,15 X S In. aparelhos ligados ao circuito

c) Proteção de Capacitores:
I nom. fusível £ 1,65 X I nom. capacitor

d) Verificação se o fusível protege, dentro do tempo determinado pelas suas


curvas, os demais equipamentos do circuito, contra curto circuito analisar com
base na corrente de curto circuito a coordenação da proteção entre:
fusível - condutor - curvas que fornecem a corrente máxima de curto circuito que o
condutor suporta durante determinado tempo.
fusível - condutor - relê térmico - curvatura os fabricantes normalmente fornecem a
corrente de curto circuito máximo que esses equipamentos poderão suportar
durante determinado tempo (I2t)
DISJUNTORES DE MÉDIA TENSÃO

Características principais quanto ao sistema de interrupção do arco.

a) Disjuntores a pequeno volume de óleo: É um disjuntor em que a separação dos


contatos fixos e móveis é feita em uma câmara de extinção contendo óleo. Na
abertura dos contatos surge o arco que é rapidamente resfriado pelo óleo e
auxilia a extinção na primeira passagem da corrente por zero. Em função do óleo
a rigidez dialética da distância de abertura dos contatos é restabelecida
rapidamente, evitando seguramente reignição.
São os disjuntores mais utilizados e instalações de pequeno e médio porte.

b) Disjuntores a sopro magnético: É um disjuntor em que a extinção do ar, em caso


de operação com carga ou curto circuito, é feita em camadas moldadas em
poliester reforçado, com ar a pressão normal.
O arco é conduzido à entrada da câmara, por efeito pneumático. Movido a partir
dai por efeito magnético e térmico, o arco penetra no interior da camada onde é
fracionado, alongado e extinto. Possuem a vantagem em função da ausência de
fluído para a extinção do arco de ser salvo do perigo de incêndio ou explosão e
pode ser energizado mesmo após longos períodos parado. Sua manutenção é
simplificado em função do acesso fácil e imediato. às partes ativas.

c) Disjuntor a Vácuo: É um disjuntor em que os contatos fixos e móveis estão


dentro de uma câmara a vácuo.
Quando da separação dos contatos, surge um arco entre eles de grande
intensidade, acompanhado de uma certa quantidade de vapor metálico
resultante de uma pequena decomposição dos contatos. Ao passar a corrente
por zero, o arco se extingue, ocasionando a deposição do vapor metálico sobre a
superfície do próprio contato. Após isto, se restabelece o valor da rigidez
dielétrico entre os contatos.
Estes disjuntores são recomendados em instalações onde a freqüência de
manobras é intensa, não sendo recomendado o uso de disjuntores a óleo.

d) Disjuntores a SF6: São disjuntores em que a abertura dos contatos ocorrem


dentro de uma câmara contendo gás hexafluoreto de enxofre sob pressão
constante.
Este gás atua como meio isolante ao mesmo tempo que resfria o arco, durante a
operação dos contatos, extinguindo-o completamente.
São utilizados em sistemas de alto e extra alta tensão, principalmente em função
do seu alto custo para tensões mais baixas.

e) Disjuntores a Ar Comprimido: São disjuntores que utilizam o ar sob alta pressão


para resfriar e extinguir o arco elétrico.

O ar utilizado nesses disjuntores deve ser praticamente puro e com total


ausência de umidade. Para isso são utilizados filtros de desumidificadores. O ar
comprimido também é empregado no sistema mecânico de acionamento dos
disjuntores.
São utilizados em autos e extra alta tensão (superiores a 230KV),
principalmente em função do seu alto custo (sistema de alimentação e compressão
do ar), estão hoje perdendo mercado para os disjuntores SF-6.
SISTEMA DE COMANDO

O sistema de acionamento do disjuntor é mecânico, através de molas pré


carregadas, isto é, a operação de carga da mola não é automaticamente seguida
pela alteração dos contatos principais.
Estas molas após carregadas, são destravadas, liberando a energia mecânica
armazenada, para a operação de fechamento ou abertura do disjuntor.
Estas molas são carregadas manualmente ou através de motorização.
A energia armazenada no sistema permita seqüência de operação O.C.O.
Os mecanismos de sistema de comando pode ser descrito :

Acionamento por Alavanca


O disjuntor é acionado através de uma alavanca inserida na parte frontal do
seu mecanismo de acionamento. Esta alavanca partindo do zero, movimenta-se até
um determinado ponto onde ocorre o carregamento das molas, e na seqüência até
um fim de curso onde o destravamento e descarregamento da mola de fechamento,
fazendo com que o disjuntor feche seus contatos. Neste ponto a mola de abertura
permanece pronta para atuar, por acionamento mecânico através de um botão, ou
por outro dispositivo remoto, ou relê

Acionamento por Mola Pré Carregada

Neste tipo de acionamento o comando pode ser feito manualmente ou através de


motorização.

Quando o comando é manual realiza-se através de uma alavanca apropriada ou de


uma manivela, uma operação mecânica própria, que carrega as molas do
acionamento. Após esta operação o disjuntor esta com suas molas carregadas,
porém com seus contatos ainda abertos. A operação de fechamento do disjuntor
irá ocorrer através uma botoeira mecânica instalada no próprio disjuntor, ou
através de um comando remoto por meio de uma bobina de fechamento. Após o
seu fechamento, o disjuntor permanece com sua mola de abertura travada, pronta
para atuar. A operação de abertura pode ocorrer através do acionamento de seu
botão mecânico localizado no disjuntor, ou através de um comando remoto pela
bobina de abertura, ou através do comando de seus reles de proteção.

Quando o comando é motorizado a alavanca do disjuntor ou a sua manivela é


substituída por um motor do tipo universal que acionado a partir do painel de
comando ou de um ponto remoto qualquer. Normalmente os disjuntores
motorizados possuem também o sistema manual incorporado. A função do motor
neste caso é somente de carregar as molas do acionamento, após o carregamento
as demais operações de fechamento e abertura são idênticas as descrita
anteriormente.

Sistema de Extração do Disjuntor

Os disjuntores são normalmente montados sobre carrinho com rodas para facilitar
seu deslocamento. Estes disjuntores podem ser fornecidos na versão para execução
fixa, onde os barramentos de entrada e saída são presos diretamente nos terminais
dos disjuntores, e na versão para execução extraível, onde essas ligações são feitas
de maneira a facilitar a retirada e recolocação dos mesmos.
Os disjuntores do tipo extraível são constituídos de duas partes distintas. A
primeira é o próprio disjuntor na sua versão fixa acrescido de contatos próprios de
extração (tulipas), e a segunda é formada por contatos fixos próprios, onde de um
lado se encaixam os barramentos de entrada e saída do sistema, e de outro se
encaixam os contatos de extração do disjuntor.

Este sistema funciona como um secionamento visível, dispensando o uso de chaves


seccionadoras, normalmente utilizada nos sistemas com disjuntores de execução
fixa.

Os disjuntores do tipo extraível são dotados de sistema especial de


intertravamento e bloqueio mecânico e elétrico que impedem a inserção ou
extração do disjuntor com seus contatos fechados. Este sistema garante que a
operação de secionamento do disjuntor nunca será realizada com carga, o que
poderia provocar danos sérios ao equipamento e ao operador.

Este tipo de disjuntor é normalmente instalado em cubículos blindados, porém seu


uso em cabines de alvenaria é possível e ocorre em alguns casos como alternativa
técnica para sua instalação.

DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO DO TIPO ABERTO


Características Construtivas

Este tipo de disjuntor é normalmente utilizado em instalações onde se requer altas


correntes nominais (acima de 800 A). É fabricado para suportar o efeito térmico e
dinâmico produzido por correntes de curto circuito de valores elevados (acima de
50 kA), possuindo alta capacidade de interrupção. São fabricados em caixa aberta ,
facilitando a sua manutenção, requerendo porem cuidados especiais quando da
instalação em ambientes quimicamente agressivos e com altos índices de poeira. A
interrupção da corrente é feita no ar a condições normais, dentro de uma câmara
de interrupção apropriada. Estes disjuntores são dotados de reles de sobrecorrente
eletrônicos que permitem uma faixa ampla de ajuste tanto para as correntes de
sobrecarga quanto para as correntes de curto circuito, facilitando a sua
coordenação com outros equipamentos de proteção em caso de seletividade.

Sistema de Comando

Os disjuntores do tipo aberto são acionados por um sistema mecânico, operado


através de molas pré carregadas , onde a operação de carregamento das molas não
é automaticamente seguido pela alteração de posição dos contatos principais. Estas
molas após carregadas são destravadas, liberando a energia mecânica armazenada,
possibilitando as operações de fechamento e abertura do disjuntor. Essas molas são
carregadas manualmente ou através de sistema de motorização. A energia
armazenada permite a seqüência de operação O.C.O.

O sistema de comando pode ser assim descrito :


- Acionamento manual : neste caso a mola é carregada através da operação de
uma alavanca instalada na parte frontal do disjuntor. São necessárias normalmente
5 a 7 operações no sentido vertical para o carregamento total da mola. A operação
de fechamento do disjuntor irá ocorrer através de uma botoeira mecânica instalada
no próprio disjuntor, ou através de um comando remoto por meio de uma bobina
de fechamento. Após o seu fechamento o disjuntor permanece com sua mola da
abertura travada, pronta para atuar. A operação de abertura pode ocorrer através
de sua botoeira mecânica localizada no disjuntor, ou através de um comando
remoto pela bobina de abertura, ou através do comando de seus relés de proteção.

- Acionamento motorizado : na motorização, a alavanca do disjuntor é substituída


por um motor do tipo universal, que é acionado a distancia através de um painel
de comando remoto. Normalmente os disjuntores motorizados possuem o sistema
manual incorporado. A função do motor neste caso é somente de carregar as molas
do acionamento, após o carregamento as demais operações de fechamento e
abertura são idênticas as descritas anteriormente.

Sistema de Extração do Disjuntor

Os disjuntores de baixa tensão do tipo aberto podem ser fornecidos na versão fixa,
onde os barramentos de entrada e saída são presos diretamente nos terminais dos
disjuntores, e na versão extraível, onde essas ligações são feitas de maneira a
facilitar a retirada e recolocação dos mesmos.

Os disjuntores do tipo extraível são constituídos de duas partes distintas. A


primeira é o próprio disjuntor na sua versão fixa acrescido de contatos próprios de
extração (tulipas), e a segunda de um envólucro metálico próprio, onde estão
instalados os contatos fixos. Este envólucro dispõe de um guia próprio para
possibilitar a inserção do disjuntor, e o encaixe correto das tulipas nos contatos
fixos . Este sistema facilita em muito a manutenção do sistema e aumenta a sua
confiabilidade, pois possibilita a troca do disjuntor com defeito por outro de reserva
em poucos minutos, evitando paradas longas.

Os disjuntores do tipo extraível são dotados de sistema especial de intertravamento


e boqueio mecânico e elétrico que impedem a inserção ou extração do disjuntor
com seus contatos fechados. Este sistema garante que a operação de secionamento
do disjuntor nunca será realizada com carga, o que poderia provocar danos sérios
ao equipamento e ao operador.
Este tipo de disjuntor, tanto fixo como extraível, é montado em painel metálico
(centro de carga) possibilitando sua sustentação mecânica.

RELÉS DE SOBRECORRENTE

Os relés utilizados neste tipo de disjuntor, são normalmente eletrônicos,


sensibilizados por sensores. O sistema completo normalmente é composto da
seguinte forma :

- Quadro de programação tipo intercambiável, onde é possível ajustar o tempo e


a corrente de atuação em função de suas curvas características.

- Percursor de abertura, comandado pelo próprio relé, com baixo consumo de


energia, com s função de provocar o destravamento da mola de abertura,
disparando o disjuntor.

- Conjunto de três sensores de corrente incorporados ao barramento de saída


dos disjuntores, cuja função é enviar o sinal ao relé.

- A operação do relé é totalmente automática, sem que haja necessidade de


fonte externa de alimentação.
Este tipo de equipamento além de oferecer as funções e características normais de
um relé de sobrecorrente, facilita de maneira significativa a coordenação de
seletividade com outros equipamentos do sistema. Possui diversas funções de
tempo e corrente ajustáveis, facilitando a programação e possibilitando a
sinalização local e remota, bem como o travamento mecânico e elétrico do disjuntor
após sua atuação.

Os relés mais completos podem apresentar diversas combinações de proteção:


- Proteção de sobrecarga (tempo longo), com ajuste no tempo e na corrente.
- Proteção de curto circuito (tempo curto), com ajuste no tempo e na corrente.
- Proteção de curto circuito instantânea.
- Proteção de falta a terra.

PROCEDIMENTOS PARA CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

1 ) DIAGRAMA UNIFILAR DO SISTEMA EM ESTUDO


No estudo da corrente de curto circuito, a primeira providência a ser tomada é
desenhar o diagrama unifilar do sistema em estudo, mostrando as fontes de
corrente de curto circuito e todos os elementos mais importantes, como
transformadores, cabos, disjuntores, barramentos, chaves seccionadoras, etc.

2) MONTAGEM DO DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIAS


- considerar inicialmente duas barras infinitas ( Z = 0 ), sendo uma na parte
superior, e outra na parte inferior do diagrama;
- ligar na barra superior todas as fontes de corrente de curto circuito;
- anexar as demais impedâncias, interligando-as;
- considerar o ponto de falta;
- interligar o diagrama à barra inferior.

3) REATÂNCIAS E RESISTÊNCIAS A SEREM CONSIDERADAS


-Sistema com tensão acima de 1000 V
- as reatâncias dos pequenos barramentos, transformadores de corrente,
disjuntores e de outros elementos de pequeno comprimento, podem ser
desconsideradas (erro desprezível)
- as resistências dos geradores, transformadores, reatores, motores,
barramentos de alta capacidade são muito baixas se comparadas com as
reatâncias, podendo portanto serem desconsideradas.

-Sistemas com tensões menores que 1000V


- as reatâncias dos transformadores de corrente, disjuntores, seccionadoras,
barramentos podem vir a ter valores significativos para o cálculo de curto circuito
em sistemas com potências acima de 1MVA e tensão 220 ou 380 V e sistemas com
potências acima de 3 MVA e tensão 440 V e acima. Estes valores devem ser
considerados sempre que disponíveis.
- as resistências e as reatâncias dos cabos de baixa tensão tem normalmente
um valor bastante significativo, e deverão ser sempre levados em consideração.

4) SELEÇÃO DO TIPO DE CURTO CIRCUITO


Na maioria dos sistemas industriais a máxima corrente de defeito é obtida
quando ocorre um curto circuito trifásico. Nestes casos a corrente de curto circuito
fase-fase e fase-terra serão sempre menores que a trifásica, bastando portanto
calcular apenas esta última.
Para grandes sistemas, com neutro solidamente aterrado, e alimentação direta
de um gerador ou de um banco de transformadores delta estrela, a corrente de
curto circuito fase terra poderá ter valor maior que a trifásica. Nestes casos
deveremos calcular a corrente de curto circuito fase terra através de componentes
simétricas.
Para se evitar isto, normalmente nos sistemas industriais, o neutro é aterrado
através de um reator ou resistor limitador de corrente, o qual irá limitar a corrente
de curto circuito fase terra a valores abaixo da corrente de curto circuito trifásica.
Para efeito de dimensionamento normalmente se considera o curto circuito nos
terminais dos disjuntores ou fusíveis.

5) CALCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

a) Calculo da impedância percentual

Z% = Z . I . 100 I=A V=V Z = W


V

Z% = Z . Pb Pb = POTÊNCIA BASE (kVA)


10 .(kV)2

Zpu = Z%. Zpu = Z . I Zpu = Z . Pb


100 V 1000.(kV)2

OBS: Em um circuito todo o equipamento tem sua impedância percentual dada


em uma potência base. Para o cálculo da corrente de curto circuito, é necessário
determiná-la em uma só potência base.

Z%(Pb2) = Z%(Pb1) . Pb2


Pb1

Zpu(Pb2) = Zpu(Pb1) . Pb2


Pb1
b) Determinação da potência base dos motores

Pb = Ö 3 V In In = corrente nominal de plena carga

Quando a corrente nominal de plena carga não é conhecida, considera-se as


seguintes potências bases :

MOTOR DE INDUÇÃO - Pb = CV (HP) nominal

MOTOR SÍNCRONO - F.P. = 1 - Pb = 0,8 CV (HP) nominal


F.P. = 0,8 - Pb = CV (HP) nominal
c) CORRENTE DE CURTO CIRCUITO SIMÉTRICA

Icc = V :. Icc = V . 100 = . 100 . = 100


Z Ib Z Ib . 100 Z Ib . 100 Z%
V

IccSIM = . Ib . 100 OU IccSIM = . Ib .


Z% Zpu

Ib = . Pb .
Ö3 V

IccSIM = . Pb .
Ö3 V Zpu

d) Potência de curto circuito simétrica

Pcc = Ö 3 V IccSIM

e) Corrente de curto circuito assimétrica

IccASSIM = IccSIM . FM (valor eficaz)

f) Reatâncias percentuais das maquinas rotativas (valores médios)

TIPO DE MÁQUINA X“ X‘
A . GERADORES
1) TURBO GERADOR (Pólos Distr.)
- 2 pólos, 63 - 937 kVA 9 *
- 2 pólos, 12500 kVA e mais 10 *
- 4 pólos, 12500 kVA e mais 14 *
2) GERADOR DE PÓLOS SALIENTES
(sem enrolamento amortecedor)
- 12 pólos ou menos 25 *
- 14 pólos ou mais 35 *
3) GERADOR DE PÓLOS SALIENTES
(com enrolamento amortecedor)
- 12 pólos ou menos 18 *
- 14 pólos ou mais 24 *

B. CAPACITORES SÍNCRONOS 24 *

C. MOTORES SÍNCRONOS
- 6 pólos 10 15
- 8 - 14 pólos 15 24

D. GRUPO DE PEQUENOS MOTORES


- tensão menor que 1000 V
Indução - incluindo condutor motor 28 -
síncrono - incluindo condutor motor 21 29
- tensão maior que 1000 V
indução - incluindo condutor motor 20 -
indução - incluindo condutor motor 15 25

* Valores não usados nos cálculos normais de corrente de curto circuito.

g) Impedâncias e resistências percentuais dos transformadores (valores


médios)

kVA 150 225 300 500 750 1000 1500


Z% 3,5 4,5 4,5 4,5 5 5 6
R% 1,4 1,3 1,2 1,1 1,6 1,5 1,5

h) Quando levar em consideração a IccASSIMÉTRICA


Em baixa tensão
Para sistemas com X/R menor que 6,6 , a escolha do equipamento de
proteção pode ser feita especificando apenas a capacidade nominal simétrica
calculada.
A maioria dos sistemas de distribuição de edifícios tem X/R menor que
6,6, porém quando temos subestações transformadoras de 750 kVA ou mais X/R
será maior que 6,6. Nestes casos deveremos analisar também a corrente de curto
circuito assimétrica para especificação dos equipamentos, pois poderá haver casos
em que o equipamento suporte a IccSIMÉTRICA e não suporte a IccASSIMÉTRICA.

VALORES DE X/R EM SUBESTAÇÕES


kVA Z% X/R
112,5 3 5
150 3,5 5
225 4,5 5,5
300 4,5 6,0
500 4,5 6,0
750 5,0 7,0
1000 5,0 8,0
1500 6,0 9,0

Em alta tensão
Para especificação correta dos equipamentos de alta tensão é necessário
calcular tanto capacidade de interrupção simétrica como a assimétrica
(momentânea).

Vous aimerez peut-être aussi