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POSICIONAMENTO CIRÚRGICO

Profa Gisele A. Biondo

O corpo tem que ser colocado em múltiplas posições para que o procedimento seja
realizado com precisão, é o fator chave para que o procedimento seja seguro e
eficiente.

Conhecimento da anatomia e fisiologia é importante no posicionamento, com isto,


todos os elementos das equipes são responsáveis por este procedimento.

Objetivos: Expor e oferecer acesso ao local desejado, manter o alinhamento corporal e


as funções circulatória e respiratória, proporcionar acesso venoso, não comprometer
estruturas vasculares e a integridade da pele, trazer o máximo conforto ao paciente

SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO

• Manter a amplitude normal do movimento, auxiliado quando o paciente está


alerta pelos receptores da dor.

• Agentes anestésicos - depressão dos receptores da dor e pressão com perda


do tônus e relaxamento muscular anulando os mecanismos de defesa naturais

• Danos articular e estiramento por esforço muscular

• Alterações artríticas- auxiliam contra posições exageradas

• Proeminências ósseas são vulneráveis ao trauma por atrito e pressão


sustentada

Seguro - alinhamento fisiológico, proteger o paciente da pressão e outros traumas.

SISTEMA NERVOSO

• O grau de depressão do SN depende do tipo de anestesia regional ou do nível


da anestesia geral - A comunicação do corpo e o sistema de comando tornam-
se total ou parcialmente ineficazes

• A pressão nos nervos superficiais deve ser prevenida.

• O paciente com estado cardíaco ruim terá risco maior para mudanças
cardiovasculares (arritmias, bradicardias, hipotensão, hipertensão)

SISTEMA CARDIOVASCULAR

• É dramaticamente afetado por drogas e posicões

• Após curtos períodos da anestesia geral, muitos pacientes são reposicionados.

• HIPOTENSÃO- vasodilatação à medida que os nervos simpáticos que controlam


o tônus vasomotor são bloqueados, represamento periférico, menor retorno
venoso e menor débito

• Reposicionamento – monitorar PA.

• Se hipotensão, não reposicionar até a compensação


SISTEMA RESPIRATÓRIO

• O movimento do diafragma pode ser impedido por víscera abdominal

• Obesos ou com insuficiência respiratória apresentam dificuldades na respiração


quando em posição dorsal

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

• Histórico – avaliar integridade da pele, condição física geral e amplitude de


movimentos para avaliar fatores de risco

• Vermelhidão, equimoses, lesões serão afetadas pelo posicionamento e deverão


ser registradas

• Prevenir traumas e desconforto durante a posição

Situações vulneráveis

• Procedimento longos: > 2hs de pressão direta podem resultar em ruptura da


integridade da pele;

• Cirurgia vascular: perfusão comprometida

• Condições ósseas desmineralizantes - risco para fratura

• Sustentação excessiva de pressão para certas áreas ou retração > potencial de


dano a pele

Pacientes vulneráveis

• Geriátricos: camada de pele fina, sistema circulatório, rompimento da pele por


pressão

• Pediátricos: tamanho e peso

• Desnutridos, anêmicos, obesos, hipovolêmicos, paralíticos, arterioscleróticos e


diabéticos (pele)

• Com próteses ou articulação artrítica

• Com edema, infecção, câncer, más condições cardíacas ou respiratórias

Implementação de enfermagem

• Equipe treinada com conhecimento de manobras com a mesa cirúrgica

• Manter o cliente aquecido

• A transferência, se possível, deve ser feita quando o cliente esta consciente

• Se anestesiado, incapaz de ajudar, fornecer suporte para dorso, cabeça e todas


as extremidades

• Manter apoio sob joelhos para aliviar pressão lombar inferior


• Utilizar faixa de imobilização sobre o tecido 5 cm acima do joelho para evitar
quedas s/n

• Atenção aos olhos, orelhas e nariz

• Cuidado com a mesa de mayo, regular altura.

• Equipe cirúrgica: não apoiar no paciente, principalmente tronco e


extremidades;

• Pressão occipital prolongada – alopécia focal;

• Cuidado com inclinações, fricção e deslizamentos;

• Se possível, movimentar áreas críticas como sacro, cóccix, cotovelos,


escápulas e calcanhares e manter apoio para aliviar pressão a cada 2 horas;

• Atenção a colocação de placas dispersivas, diferenciar queimaduras, registrar


local;

• Na transferência para RPA, inspecionar integridade de pele e registrar;

• Não comprimir terminações nervosas, circulação venosa ou proeminências


ósseas

Mesas de operação – a enfermagem deve estar familiazarizada com os modelos

• Acessórios: colchões impermeáveis, suportes para braço, suporte de pernas,


ombreiras, suportes laterais, extensão, coxins e almofadas de vários tamanhos
e formas, coxins de gel, massageador plantar/membros;

• Os apoios devem absorver a força compressiva, redistribuir a pressão e


prevenir estiramento excessivo;

• Mesa para RX - compatível, para procedimentos ortopédicos, vesículas,


angiografias, etc.

POSIÇÃO DECUBITO DORSAL

É a posição mais comum, utilizada nos procedimentos abdominais, na anestesia geral,


vascular, etc.

• Áreas de pressão: occipito, escápulas, sacro, coccix, calcâneo

• Braços ao lado com apoio com as mãos em ventral ou palmas contra o corpo,
cabeça mantendo vértebras cervicais, torácicas e lombares alinhadas que com
uso de coxim faz com que o músculo esternoclidomastóideo relaxe e previna
tensão do pescoço

• Cuidado com rotação e flexão de pescoço para evitar contraturas e manter vias
aéreas pérveas

• Pernas estendidas, paralelas e descruzadas com apoio prevenindo lesões do


nervo tibial e fibular, atrito e comprometimento circulatório

• Calcanhares proeminentes precisam de apoio, podem ser usados coxins de


espuma resistente, gel, rolos para tornozelos
• Cotovelos protegidos com coxins tipo caixa de ovo ou roda, evitando a flexão e
prevenindo pressão no nervo ulnar que passa sobre o epicôndilo do úmero. Se
necessário conter punhos, utilizar pulseiras acolchoadas evitando prejudicar
nervos e suprimento de sangue para as mãos.

• Abdução, extensão e rotação externa podem estirar plexo braquial,


hiperabdução pode estirar veias subclávias e axilares, ou, compressão entre
clavículas ou primeiras duas vértebras. Manter braços ângulo 90°, mais baixo
que o corpo com palmas evitando pressão de nervo ulnar e mediano.

• Proteger olhos contra ressecamento e lesão corneal

O aumento de pressão de vísceras abdominais ou massa sobre a veia cava inferior


reduz o retorno de sangue levando a hipotensão. EX: Cesárea leve lateral esquerda

POSIÇÃO TRENDELEMBURG

• Dorso abaixado e pés elevados para melhor visualização de órgãos pélvicos.

• Pode ser utilizada para melhorar circulação de córtex cerebral ou em brusca


hipotensão

• Manter somente o tempo necessário pois aumenta a PA por represamento


sanguíneo dorso superior, o peso das vísceras comprime o diafragma.

• Retornar lentamente a posição para não ocasionar hipotensão e o corpo se


ajustar ás mudanças fisiológicas

POSIÇÃO PROCLIVE

• Cabeceira elevada e pés abaixados para melhor acesso á cabeça e pescoço,


deslocamento de víscera para o abdome inferior liberando diafragma

• Podem ser utilizados coxins na região lombar e poplítea evitando que o corpo
escorregue, ou prancha acolchoada para os pés

• Pode ser utilizada para tireoidectomia com pescoço hiperestendido pela


elevação de ombros com coxins. Para vesícula um rolo pode ser usado para
elevar a parte lateral direita do paciente

• A circulação pode ser prejudicada se o tempo for prolongado nos membros


inferiores por estarem abaixo, que pode ser prevenido com bandagens elásticas

• Evitar compressão de nervo peroneal (cabeça da fíbula)

POSIÇÃO DE LITOTOMIA - Variação mais extrema do decúbito dorsal, as pernas são


elevadas e abduzidas para expor períneo

• Se o período de exposição for > que 2hs, utilizar meias elásticas para prevenir
embolia

GINECOLÓGICA – variação extrema, pernas são hiperflexionadas, aumentando a


pressão intra abdominal contra o diafragma, e consequentemente, diminui o volume
relativo

• Coxim pequeno na região lombar pode ser utilizado para manter a concavidade
da área

• Perneiras devem ser acolchoadas, tipo bota, não pressionar região poplítea na
dobra do joelho e sem rotação externa ou abdução indevida que estirariam os
músculos abdutores e cápsula articular do quadril
• Ao posicionar elevar as pernas simultaneamente para evitar deslocamento

• Região da panturilha deve ficar liberada sem pressão do nervo peroneal, seus
danos no aspecto lateral do joelho podem ocasionar queda plantar

• Pressão do nervos femorais no aspecto medial da coxa podem causar déficit


sensorial interno da coxa

• A posição correta evita compressão de partes moles que previnem tromboses


venosa

• As perneiras devem ficar o mais baixo possível e levemente inclinados para


fora

• Retornar a posição lentamente, pois pelo represamento sanguíneo na região


esplânica a perda pode não ser percebida durante a cirurgia

POSIÇÃO DE FOWLER MODIFICADA

• Sentada, aumenta o peso no dorso, acolchoamentos extras deverão ser


colocados na região das nádegas e menor do dorso.

• Pode levar danos ao nervo ciático

• O repouso do dorso é elevado, os joelho flexionados e o suporte do pé é


mantido, se muito ereta manter suporte nos ombros e dorso

• Coxins acolchoados em proeminências de escápulas, ísquio e calcâneo

• Esta posição mantém pressão negativa de cabeça e pescoço tendo risco para
embolismo de ar, instalar PVC

• Flexionar braços no colo e apoiar sobre travesseiro, evitar hiperextensão de


ombros, retorno venoso MMII

POSIÇÃO DE DECUBITO VENTRAL

• Abdome em contato com a superfície do colchão, para abordar colunas, dorso,


área sacral e extremidade inferior

• Procedimento anestésico em DD depois viramos o paciente, se anestesia geral


o tubo deve estar bem fixo e protegido entre coxins

• Posicionar no mínimo com 4 pessoas, sendo que o anestesista apoia cabeça e


pescoço, e em sincronia apoio no ombro e nádega, do outro lado da mesa apoio
no tórax e abdome inferior, apoio nas pernas para a virada seguida da retirada
da maca

• Braçadeiras são colocadas de ambos os lados com regulagem de altura,


cotovelos flexionados e mãos para baixo evita deslocamento de ombro e lesão
de plexo braquial

• Observar pressão em proeminências de face, orelhas, patela e dedos, alinhar


cabeça com coluna vertebral, proteger olhos

Não pressionar mamas femininas e genitália masculina

• Uma almofada sob a pelve alivia pressão veia cava inferior, igualmente nos
tornozelos evitando flexão dos pés e pressão dos dedos
• Inicialmente a postura é de risco pela depressão do sistema compensador
normal

• O nervo radial pode ser comprimido contra o úmero caso o antebraço exerça
pressão na lateral da mesa

• Sistema respiratório mais vulnerável, inibindo o movimento diafragmático

POSIÇÕES CANIVETE ou V invertido

• É uma posição derivada da ventral, na qual os membros inferiores, tórax e


membros superiores são abaixados, de forma que o corpo fique fletido sobre a
mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado

• Indicada para cirurgia anal

POSIÇÕES LATERAIS

• O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, acesso a tórax, rins

• A cabeça e pés da mesa são acolchoados de nível igual para evitar


hiperextensão o corpo

• Braço inferior fica na braçadeira acolchoada e o superior levemente flexionado


e elevados sobre suportes específicos

• 4 pessoas são necessárias, anestesista na cabeça pescoço, perto do ombro


cruzar o tórax do lado a ser operado, perto do quadril do mesmo lado cruzando;
um ao pé da mesa apóia a virada das pernas; depois em sincronia elevar e
trazer o paciente para um dos lados da mesa e depois no centro.

• Um travesseiro é colocado sob a cabeça e entre as pernas, a de baixo fica


flexionada e a de cima reta ou ligeiramente flexionada

• A lateral do joelho de baixo deve ser acolchoado evitando pressão do nervo


peroneal localizado superficialmente na cabeça da fíbula

• Faixas de restrição lateral devem ser utilizadas ou dispositivos da mesa como


“virgulas laterais”

• Para tórax, o braço de cima é levantado por sobre a cabeça para elevar a
escápula, oferecendo acesso ás costelas subjacentes e ampliando o espaço
intercostal

• O ombro de baixo é trazido para frente evitando lesões de plexo braquial, o


acesso venoso pode ser no braço inferior, um rolo mole pode ser adicionado
para elevar dorso superior

• Alguns cirurgiões utilizam fitas adesivas, que podem prejudicar a expansão


respiratória

• Um declive na mesa superior pode auxiliar na drenagem de secreções

Mesa ortopédica

 Posição para fratura de quadril ou fixação femoral fechada

 Após a anestesia, posicionar com a pelve estabilizada, uma coluna perineal é


utilizada, devendo ser acolchoada podendo lesar o nervo pudendo,
 A perna pode ser girada, puxada pela tração ou liberada e repousa sobre bota
acolchoada

Cuidados gerais

 Todos os elementos das equipes são responsáveis pelo bom posicionamento


para o sucesso do ato operatório;

 Nunca deixar estruturas em contato com metal para evitar queimaduras


eletrocirurgia;

 Manter a privacidade e dignidade do cliente;

 Proteger-se usando movimentos seguros;

 Assegurar o número de pessoas auxiliares;

 Checar anestesia antes da movimentação

Anotações de enfermagem

 Lei n 8.078 de 11/09/1990 – cabe ao profissional ou instituição provar que


prestou assistência ou serviço adequado sem levar o paciente a risco ou danos.

 “O documento que nos respalda legalmente como fornecedor da assistência é a


anotação de enfermagem”.

 Finalidade - fornecer informações a respeito da assistência prestada, de modo


a assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde, e, assim,
garantir a continuidade das informações nas 24h. Isso é indispensável para a
avaliação do paciente de modo global, sendo que estabelece a segurança
requerida, tanto para a equipe de enfermagem como para o paciente, tanto do
ponto de vista legal como assistencial (PASCHOAL; ROGENSKI, 2001).

Recomendações para anotações de enfermagem no CC:

 Horário de chegada no CC;

 Nome e função de quem o recebeu;

 Condições do paciente na chegada;

 Primeiros SSVV avaliados;

 Exames trazidos pelo paciente;

 Início de horário da anestesia e cirurgia;

 Tipo de anestesia realizada (sonda)e intercorrências;

 Tipo de anti-séptico usado;

 Equipamentos e acessórios utilizados;

 Local e tipo de incisão cirúrgica;

 Local de colocação da placa de bisturi, eletrodos;


 Posicionamento cirúrgico e colocação de coxins;

 Encaminhamentos de peças, laboratórios;

 Soluções infundidas;

 Soluções drenadas;

 Medicações administradas na SO;

 Tipo de curativo realizado;

 Intercorrências na reversão da anestesia;

 Condições do paciente para alta ou RPA;

 Exames realizados na SO;

 Registro de contagem das compressas;

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