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CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS

O direito de sucessões disciplinados no livro V do referido diploma legal, como não poderia
deixar de ser, traz várias inovações. A formalização de negócios jurídicos mediante
ESCRITURA PÚBLICA DE CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS, formalizada nos
termos do art. 1793 e seus parágrafos do NCC (e que não possuem correspondentes no
Código Civil de 1916), exige do profissional do direito uma análise mais acurada.

1.Aberta a sucessão (art. 1.784) a herança transmite-se desde logo aos herdeiros e defere-
se como um todo unitário e, até a partilha, os direitos dos co-herdeiros é INDIVISIVEL - logo,
encontram-se os bens em CONDOMÍNIO;

2. Na vigência do Código Civil de 1916 era comum ao herdeiro comparecer em cartório e


CEDER determinado quinhão hereditário de parte certa e determinada, ou seja,
SINGULARIZANDO o imóvel. De posse da escritura, o cessionário assumia a posição do
cedente com relação ao imóvel adquirido, onde sem ser herdeiro, ingressava no inventário
requerendo a adjudicação do imóvel ou parte dele em seu nome. O juiz então,determinava a
expedição de carta de adjudicação em nome do cessionário, documento hábil para ingresso
no registro de imóveis nos termos do art. 221 da Lei dos Registros Públicos;

3. O art 1.791 do NCC diz: "A HERANÇA DEFERE-SE COMO UM TODO UNITÁRIO, AINDA
QUE VÁRIOS SEJAM OS HERDEIROS". O Páragrafo Único é mais claro: "ATÉ A
PARTILHA, O DIREITO DOS CO-HERDEIROS, QUANTO A PROPRIEDADE E POSSE DA
HERANÇA, SERÁ INDIVISÍVEL E REGULAR-SE-Á PELAS NORMAS RELATIVAS AO
CONDOMÍNIO.

4. Então, enquanto não ocorrer a PARTILHA o imóvel é indivisível. Cada herdeiro tem direito
a uma cota-parte ideal nos bens deixados pelo de cujus;

5. O art. 1793 e seus parágrafos, que não tem correspondente no Código Civil revogado,
corrobora o princípio óbvio da indivisibildade antes da partilha e permite a cessão tão
somente por escritura pública, vejamos:

Art. 1793 - " O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-
herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.

§ 2º - É INEFICAZ a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre


qualquer bem da herança considerado SINGULARMENTE. (grifei)

§ 3º - INEFICAZ é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por


qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente de
INDIVISIBILIDADE. (grifei)

6. Vê-se então, que o herdeiro não pode vender quota parte singularizada, ou seja,
individualizada, ferindo de morte a celebre frase: "quem parte e reparte e não fica com a
melhor parte ou é bobo ou não tem arte". Não pode dispor sem autorização do juiz da
sucessão de parte do acervo hereditário pendente de ser dividido.
7. Se é ineficaz a cessão de direito hereditário sobre qualquer bem considerado
singularmente, logo, não pode ser cedido um objeto determinado pertencente ao espólio.
O que o herdeiro pode fazer é ceder sua quota-parte na herança, o seu quinhão hereditário,
correspondente, por exemplo a 50%, 25%, 10% etc. Corre então o cessionário, o risco de o
quinhão adquirido ser diverso do desejado ou inferior a quantidade esperada, ou mesmo sem
valor, no caso do espólio ser insolvente, já que a herança compreende ativo e passivo,
crédito e débitos, direito e obrigações.

Conclusões:

1. As inovações trazidas pelo novo ordenamento jurídico sobre a cessão de direitos


hereditários são válidas e justas, já que "aquele que parte e reparte e não fica com a
melhor parte ou é bobo ou não tem arte". Então, aquele co-herdeiro que vende parte
certa e determinada de um imóvel que, pela sucessão, formou condomínio, fere
direitos dos outros co-herdeiros;
2. - A cessão de direitos hereditários só pode ser formalizada por escritura pública, sem
excessão;
3. - Os co-herdeiros podem livremente dispor de seu quinhão hereditário, ou de fração
desses, por exemplo, 50%, 25%, 10%, desde que o façam sem singularizar ou
individualizar o bem. Para que o bem seja singularizado, depende de autorização
judicial, mediante alvará;
4. As escrituras de cessão de direito hereditários feitas antes da vigência do NCC são
válidas, uma vez que não havia norma legal prescrevendo a proibição.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das


contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de
Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em
quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na forma da
legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores
previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou
arrolamento. Citado por 814

§ 1º - As quotas atribuídas a menores ficarão depositadas em caderneta de poupança,


rendendo juros e correção monetária, e só serão disponíveis após o menor completar 18
(dezoito) anos, salvo autorização do juiz para aquisição de imóvel destinado à residência do
menor e de sua família ou para dispêndio necessário à subsistência e educação do
menor. Citado por 63

§ 2º - Inexistindo dependentes ou sucessores, os valores de que trata este artigo reverterão


em favor, respectivamente, do Fundo de Previdência e Assistência Social, do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço ou do Fundo de Participação PIS-PASEP, conforme se tratar
de quantias devidas pelo empregador ou de contas de FGTS e do Fundo PIS PASEP. Citado
por 5

Art. 2º - O disposto nesta Lei se aplica às restituições relativas ao Imposto de Renda e


outros tributos, recolhidos por pessoa física, e, não existindo outros bens sujeitos a
inventário, aos saldos bancários e de contas de cadernetas de poupança e fundos de
investimento de valor até 500 (quinhentas) Obrigações do Tesouro Nacional. Citado por 95

Parágrafo único. Na hipótese de inexistirem dependentes ou sucessores do titular, os valores


referidos neste artigo reverterão em favor do Fundo de Previdência e Assistência
Social. Citado por 2

Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. Citado por 3

Brasília, 24 de novembro de 1980; 159º da Independência e 92º da República.

* Nota: Texto redigitado e sujeito a correções.

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