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RESUMO
1 Introdução
Foram utilizados alguns autores que estudaram sobre a Ferrovia e aqui serviram
como referência e embasamento teórico para fundamentar trabalho. Dentre eles, a obra
“Café, Ferro e Argila”, escrita por Fábio Cyrino, apresenta os impactos provocados pela
Revolução Industrial que favoreceu o desenvolvimento tecnológico e conseqüentemente
a criação das estradas de ferro nos países europeus e em outras partes do mundo,
propiciados pelos investimentos governamentais responsáveis pela criação de
locomotivas e pela expansão do modelo ferroviário.
como “Maria Fumaça”, trafegou pela primeira vez de Barracão (Bahia) a Aracaju;
inaugurando a estação da estrada de ferro construída entre 1909 e 1911 situada na área
central da cidade, atualmente no início da Avenida coelho e Campos, neste tempo,
denominada de Arthur Bernardes.
Ao chegar a Capela foram recebidos com festas onde permaneceu até o dia
seguinte, partindo da manhã do dia 06 para Propriá, último trecho da ferrovia a ser
inaugurada, onde fora recepcionados em estrondosa festa pelo motivo da abertura do
tráfego deste trecho ferroviário como demonstra a seguinte matéria.
Sergipe em fim entrou de gosar dos favores de uma linha férrea que desejava
a longos annos passados... E do silvo da locomotiva inaugural do último
trecho juntar-se às locomotivas ruídos a dos povos dessas localidades, que se
preparavam alegres para receber com entusiasmo festivo dos representantes
officiaes, que levaram notícia do tráfego afectivo do timbó a Propriá... E com
a conquista desse meio rápido de transporte, nessas zonas produtoras do norte
do Estado, o povo vê a grande grandeza que os espera na conquista desse
ideal realizado e rejubila-se no enthusiasmo febril desse mesmo ideal para
prescrutar no futuro a grandeza de Sergipe enriquecendo formando na
vanguarda de seus irmãos da federal brasileira (Jornal O Estado de Sergipe, 7
de agosto, 1915)
Como define também José dos Santos Alves, ex-ferroviário, que chegou a
ocupar por indicação, depois de comerciante, a função de conservador de via
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permanente e segurança na estação ferroviária de Propriá: “Tinha tempo que o trem não
cabia de gente, vinha carregado de mercadorias, eu comercializava aqui em Propriá e
sempre vinha de trem, era gente de todo lugar”. (ALVES, 23 de maio, 2007).
Eu precisei fazer uma viagem de trem, isso foi em, se não me falha a
memória 1948, para São Paulo, para chegar de uma estação para outra
demorava muito. Principalmente para aqueles que iam na segunda classe, que
foi o meu caso, porque os bancos eram desconfortáveis e o trem muito lento,
como eu não tinha dinheiro para a primeira classe o jeito era esse mesmo. (30
de maio 2007).
O trem, que era considerado pela população como um transporte bom e barato,
além de sua capacidade em transportar grande quantidade de mercadorias, era pouco
ágil em função dos problemas ocorridos, como os freqüentes acidentes, afetando
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As passagens para utilização das locomotivas que chegavam até Propriá eram
vendidas na estação em forma de bilhetes devidamente carimbados, na qual o valor do
passe variava de acordo com o destino do passageiro e com a classe que ele ocupava.
Além do bilheteiro, encarregados de entregar os bilhetes, receber o dinheiro e passar o
troco trabalhava na estação outros funcionários: o conservador de via permanente ou de
linha, que capinava a via, limpava e mudava os dormentes; o segurança incumbido de
tomar conta dos vagões, o supervisor de linha, responsável por administrar
determinados quilômetros de linha e 40 funcionários encarregados da manutenção da
ferrovia, como era o caso do ex-funcionário Carlito Paulino de Andrade, que
administrava 66 quilômetros de linha e 40 funcionários, o maquinista, o feitor, que
dirigia vários setores da ferrovia e distribuía tarefas aos funcionários, o controlador da
locomotiva (função mais remunerada que as demais já citadas), tendo também dentre
outros, o ajudante, o pessoal do socorro, os serventes, o guarda freio e o vigilante.
Conclusão
REFERÊNCIAS
CALDEIRA, Jorge. Mauá: empresário do Império. São Paulo: Cia da Letras, 1995.
CORREA, Luis Fernando de Melo; CORRÊA, Antônio Vanderley de Melo & ANJOS,
Marcos Vinícius Melo dos. Sergipe Nossa Geografia. Aracaju, 2007.
DANTAS, José Ibarê Costa. História de Sergipe (1989-2000). Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro 2004.
FARIA, Rosa. Sergipe passo à passo pela sua história. Aracaju, 1995.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora Universidade de São
Paulo e Imprensa Oficial do Estado, 2001.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Nordeste Agrário e o Império (1871-1889). 2ª Ed. Rio
de Janeiro: Topbooks, 1999.
PINTO. Virgílio Noya. Balanço das transformações econômicas no século XIX. Rio
de Janeiro: editora Difusão Editorial (DIFEL), 1977.
OUTRAS FONTES
CASTRO, Bertholdo de. Caminhos de ferro. Br História Ano 1, nº 1. Duetto tt, mar,
2007.
O Estado de Sergipe. Jornal Official Política e Noticiosa. Anno XVI, Aracaju, nr. 4693.