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REINGRESSO DE ESTRANGEIRO EXPULSO:

Art. 338. Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:

Pena — reclusão de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o


cumprimento da pena.

A expulsão trata-se de ato político-administrativo e discricionário emanado do poder


executivo, de acordo com a legislação vigente. A medida de expulsão caberá
exclusivamente ao Presidente da República, a quem incumbirá deliberar sobre a sua
conveniência. O ato de expulsão retira o estrangeiro do território nacional e impede o
seu retorno, entretanto poderá ser revogada uma vez cessada as causas que a motivaram.
Se o estrangeiro retornar ao Brasil antes de ser efetivada tal revogação incorrerá nas
penas do artigo 338 do Código Penal. O estrangeiro que no Brasil vier a atentar contra
a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou a moralidade
pública e a economia popular serão passíveis de expulsão, não cabendo a expulsão do
brasileiro nato. A deportação e a expulsão são questões de ordem administrativa e no
ato não há participação do Poder Judiciário. Na extradição, há participação do Poder
Judiciário, sendo a competência do STF, nos termos da Constituição Federal, em seu
artigo 102, inciso I, alínea g: “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: g) a
extradição solicitada por Estado estrangeiro”. Tipo penal que necessita a ocorrência do
reingresso em nosso território nacional, do estrangeiro que dele foi expulso. A conduta
se subsume no novo ingresso, ou seja, na volta ilegal do estrangeiro expulso. Trata do
estrangeiro que reingressa em nosso território jurídico, alcançado pela nossa soberania,
não incluindo o denominado território por extensão (art. 5º, § 1º CP). Desta forma, não
constituirá crime se o estrangeiro expulso penetrar em navios ou aeronaves brasileiros
ou de natureza militar ou navios particulares em alto-mar. O verbo reingressar é que
compõe o núcleo do tipo, e tem o significado de ingressar de novo, reentrar ou entrar
novamente, é condição para a ocorrência do presente tipo penal, não bastando o ato de
expulsão, mas sim que o infrator tenha saído do território nacional.

Da expulsão:
Expulsão é um modo coativo de retirar o estrangeiro do território nacional por ter
praticado delito, infração ou atos que o tornem inconveniente. Baseia-se na necessidade
de defesa e conservação da ordem interna ou das relações internacionais do Estado
interessado.

Territorialidade - CP Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,


tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º -
Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. O Ministro de Estado da Justiça não mais
tem o poder de expedir ordem de prisão para o estrangeiro, devendo requer ao Juiz
federal competente a expedição de mandado de prisão, considerando revogado desta
feita, o artigo 69 da lei 6.815/80, conforme disciplina a Constituição Federal. Pena de
reclusão de 01 (um) a 04 (quatro) anos, sem prejuízo de nova expulsão, após seu
cumprimento. Em conformidade com o Estatuto de Estrangeiro, Lei nº 6.815/80, em seu
artigo 67, prevê a expulsão antes do cumprimento da pena, bem como o Decreto 98.961,
de 15/02/1990, em seu artigo 3º, senão vejamos: ”Se, antes do cumprimento da pena, for
conveniente ao interesse nacional a expulsão do estrangeiro, condenado por uso
indevido ou tráfico de entorpecentes ou drogas afins, o Ministro da Justiça fará a
exposição, fundamentada ao Presidente da República, que decidirá na forma do art. 66
da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980”. Nesse tipo penal é possível a substituição da
pena privativa de liberdade aplicada em 01 (um) ano, em face do art. 44, § 2º, do
Código Penal, com a nova redação dada pela Lei 9.714, de 25 de novembro de 1998,
por uma pena de multa.

"CRIMINAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. REINGRESSO DE

ESTRANGEIRO EXPULSO. CIDADÃO CHILENO QUE RETORNA AO BRASIL

LOGO APÓS EFETIVAÇÃO DE SUA EXPULSÃO. CRIME PERMANENTE X

CRIME INSTANTÂNEO.. CONSUMAÇÃO NO MOMENTO DO REINGRESSO.

DELITO INSTANTÃNEO. COMPETÊNCIA FIRMADA PELO ART. 70 DO CPP.

CONFLITO CONHECIDO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE CORUMBÁ/MS

DECLARADA. Hipótese em que foi oferecida denúncia contra cidadão de


nacionalidade chilena, por ter reingressado em território nacional pouco depois de sua
expulsão do Brasil através de fronteira com a Bolívia, pela cidade de Corumbá, Mato
Grosso do Sul. Controvérsia a respeito da classificação do delito: se instantâneo, a
competência é verificada pelo local onde se deu reingresso do estrangeiro expulso. Se
permanente: será alterada pelo lugar em que ocorreu a prisão do estrangeiro, pois
enquanto permanecer em território nacional, o delito estará sendo praticado. O
reingresso de estrangeiro expulso é crime instantâneo, consumando-se no momento em
que o estrangeiro reingressa no país. A competência é firmada, nos termos do art. 70 do
Código de Processo Penal, pelo lugar da consumação do delito. Evidenciada a cidade de
Corumbá/MS como o local em que estrangeiro reingressou no país, consumando a
infração, sobressai a competência do juízo daquela localidade para o processo e o
julgamento do feito. Conflito conhecido para declarar a competência do juízo federal da
1ª vara de Corumbá/MS, o suscitante. (CC 40112/MS. Rel. Min. Gilson Dipp. 3ª Seção.
DJ. 1602/2004.)

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