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Opinião
Sucesso na profissão vem
Uma história coletiva da vontade de cada um
s trinta alunos mal con- samos erguendo e desconstruindo va- de cada um de nossos colegas, e com-
n as universidades particulares espalhadas pelo Brasil afora, estão na
construindohistória
AGCOM
>Laudelino Santos Neto
Foi o fundador do Curso de Comunica- Outra realização pioneira de Laudelino
ção Social. Em 1991, formulou, juntamen- foi a criação do curso de especialização em
te com Cláudio Alvim Zanini Pinter, a gra- Jornalismo, três semestres antes da conclu-
de curricular. Laudelino divide o sucesso são da primeira turma de graduação em Jor-
do projeto com sua equipe. “O excelente nalismo.
resultado foi um conjunto de fatores e Aposentado desde 2004, criou o projeto
pessoas que acreditavam no futuro, acre- “Professor Voluntário”, através do qual orien-
ditavam no ser humano, acreditavam ta trabalhos de conclusão de curso, partici-
que a utopia podia ser possível”, conta. Ele perma- pando também de bancas. Atua também
neceu na coordenação por seis anos. como pesquisador da psicanálise.
comunicação
aluno uma voz presente. Eram feitos varais carreira docente e sua paixão é a
de fotos e poesias, além dos saraus nos cor- pesquisa.
E
Coordenação do Curso de Comunicação da Universidade e foi responsável pela cria-
inicial para implantação do cur- mória é seletiva, e quando os anos passam
Social de Pedra Branca e Tubarão. Foi ele ção da primeira TV da região de Tubarão, a
so de Comunicação Social na a gente acaba se lembrando da maioria
quem fundou o curso na unidade de Pedra Unisul TV.
Unisul, em Tubarão, ganhou des- das coisas boas”.
taque. O motivo: a necessidade de profissi- A grande motivação dos acadêmicos de
onais capacitados para atender ao cresci- Jornalismo e de Publicidade e Propaganda >Nei Manique >Isaac Rodrigues
mento de uma cidade em que o rádio pre- é a identificação pessoal. “É uma profissão Jornalista, é do tipo que se sente muito satisfeito em Publicitário, usou sua experiência como ges-
dominava como principal veículo de co- interessante, vai ao encontro dos meus pla- contribuir para a formação de futuros e qualificados pro- tor de empresas no período em que coordenou
municação. nos pessoais e é uma área admirável para fissionais. Com esses ideais em mente, coordenou o Curso o curso de 2001 a 2004.
Mas somente em 16 de março de 1992, quem quer prestar serviço à sociedade”, de Comunicação Social de Tubarão de 1999 a 2001. Após aceitar o convite da direção do campus
o Conselho Universitário e a Câmara de confirma a estudante Emanuela da Silva Foram dois anos e meio de trabalho que resultaram para substituir Nei Manique, realizou uma pes-
Gestão aprovam a criação do Curso de Co- do 6° semestre de Jornalismo. “Escolhi o em muitos benefícios para o curso. Em sua gestão foram quisa entre os alunos para desenvolvimento de
municação Social, habilitação em Jornalis- Jornalismo porque sempre foi meu sonho, criados os laboratórios gráficos com 40 microcomputa- um planejamento que norteou sua gestão. Este
mo, no campus Tubarão. Cinco anos de- aquilo que quero. Não me imagino fazen- dores. A grade do curso foi flexibilizada. “Essas mudan- projeto tinha dois objetivos: reestruturação ad-
pois é aprovada a instalação da habilita- do outra coisa”, afirma o calouro de Jorna- ças de início trouxeram desconforto, mas com o tempo ministrativa e organizacional e a reestrutura-
ção em Publicidade e Propaganda. lismo Thiago Oliveira. agradaram, pois assim a pesquisa científica foi apresen- ção dos laboratórios do curso. Os laboratórios
A implantação do curso possibilitou a Neste ano o curso completa 15 anos, dei- tada aos alunos no primeiro de TV, rádio e grá-
criação, Web Rádio, Web TV, Unisul TV, jor- xando a marca de sucesso e corresponden- semestre”, conta Nei, que ad- fico ganharam
nal-laboratório Extra, Agência Modelo de do às exigências do mercado de trabalho, mite sentir saudades das ativi- novo espaço.
Comunicação (Agcom) e também do de- que está em profissionalização crescente. dades docentes. Em sua gestão, Hoje, Isaac é
partamento de assessoria de imprensa da “Aprofundamos o compromisso com trans- foi criada a Agcom, em 1999. coordenador e
Universidade. Não foi tão fácil dar os pri- formações sociais em benefício coletivo do Atualmente, coordena um professor do cur-
meiros passos para a aceitação do novo país e da região na qual a universidade projeto de Web jornalismo na so de Tecnologia
curso. “As dificuldades foram imensas. Foi está inserida”, diz a coordenadora do cur- região de Criciúma. O endereço e Marketing, da
um trabalho de uma geração de professo- so, Darlete Cardoso. é www.engeplus.com.br. Unisul.
4 extra
especial15anos janeiro-junho/07
15ANOS
uma história é construída pela Unisul
Criação do curso
Reitoria da Unisul autoriza a
implantação do Curso de
Comunicação Social –
Aprovação
Em 16 de março, o
Conselho Universitário e a
Câmara de Gestão aprovam
habilitação em Jornalismo. O a criação do Curso de
no Sul de Santa Catarina. Conheça os mercado da região Comunicação Social -
principais momentos do Curso de Co- demonstrava a necessidade de habilitação em Jornalismo,
municação Social - Campus Tubarão. profissionais da área. no campus de Tubarão.
ação evento marca a passagem dos 15 anos do Curso de Comunicação Social, simula e apresenta programas no Farol Shopping
Texto
Emanuela da Silva números
Edição
Maiara Gonçalves / Mirelli Elias
C 8
omunicação em Ação, um
dos eventos que integram a
programação em comemo-
ração aos 15 anos do Curso atividades
de Comunicação Social, ocorreu no dia diferentes foram realizadas no
24 de março no Farol Shopping. Jorna- Comunicação em Ação, entre elas
a gravação de programas de TV,
listas, publicitários, professores, alu-
apresentação ao vivo de programa
nos, ex-alunos e convidados participa- de rádio, uma pesquisa de merca-
ram da mostra que apresentou a reali- do e simulação de comerciais.
dade do curso.
Uma estrutura montada com equi-
pamentos de TV, rádio, fotografia e
agência experimental despertou o inte-
resse de quem passava pelo local. O
estudante Adriano Elias Rosa partici-
100
alunos
pou das atividades e ficou impressio-
aproximadamente foram envolvi-
nado. “Achei a idéia muito produtiva.
dos no Comunicação em Ação. A
Assim podemos conhecer como funcio- atividade proporcionou interativi-
na a TV e o rádio”, afirma. dade com o público e integração
A jornalista Caroline Bortot diz que de estudantes e professores.
adora participar dos eventos, rever os
amigos e professores. “É uma troca de
experiência muito boa”, explica. Para a
ex-aluna da Unisul, que atualmente tra-
balha na RBS TV de Criciúma, estes de-
bates são muito importantes. “Pode-
Com a participação de alunos, professores e profissionais, o evento produziu programas e contou com a interatividade do público
Novos equipamentos à
disposição dos alunos FOTOS: GEORGIA DANIEL
O laboratório gráfico recebe vinte computadores novos para a prática profissional dos alunos
2006, quando foram trocados por equipamentos dem a fazer matérias e comerciais publicitários
digitais e de fácil manuseio. A função destas sa- em jornal, rádio e TV, vivenciar o dia-a-dia da
las é a de instruir os alunos para uma melhor profissão e conhecer melhor os equipamentos.
adaptação ao mercado de trabalho. Os cursos de Em relação aos dois laboratórios gráficos, ape-
Jornalismo e Publicidade e Propaganda dispõem, nas um recebeu reforma tecnológica este ano, con-
além dos novos laboratórios, também do labora- tando com 20 computadores novos. Outros in-
tório de fotografia e da hemeroteca. vestimentos devem ser feitos nos próximos me-
Os Laboratórios de Rádio e TV são terceirizados ses no segundo laboratório gráfico e no de foto-
pela empresa Ilimitada. “Sempre procuramos grafia.
manter equipamentos atualizados”, destaca a co-
ordenadora dos cursos Darlete Cardoso. No se-
“
gundo semestre de 2006, novos laboratórios e
computadores para edição de trabalhos e proje- Os alunos poderem manusear os equipamentos
tos foram colocados à disposição dos alunos. como as câmeras de vídeo, ilhas de edição e de
Quando entrou na coordenação, Darlete acha- áudio e gravadores digitais são o diferencial do curso.” Na Hemeroteca, os alunos encontram
va que havia uma deficiência no curso. O que
Elvis Campagnollo, 7º semestre, jornalismo, estagiário da Unisul TV periódicos e trabalhos produzidos no curso
6 extra
especial15anos janeiro-junho/07
modernização Aos 15 anos da criação do Curso de Comunicação, novo projeto pedagógico é aprovado e entra em 2008
1996 1996
Formatura Extra!
É realizada a colação de grau da Jornal-laboratório
primeira turma, em cerimônia no passa a ser impresso
Clube 7 de Julho. O paraninfo é em tablóide, com oito
Pedro Sirotsky e patrono senador páginas, em papel-
Esperidião Amin. O nome de jornal, sob a
turma é um dos pioneiros da coordenação da
imprensa em Tubarão, professora Luciane
jornalista Manoel Menezes. Zuê Z.. e Souza.
LUCAS BORGES
reconhecimento Projetos acadêmicos ganham destaque
em festivais e concursos nas diversas áreas de Comunicação Social
Diversos ex-acadêmicos do
curso fazem parte do corpo
docente da Unisul e do
Curso de Comunicação
Social, campos de Tubarão
Aprendendo e ensinando
sofisticados e as oportunidades
sonho, ingressando na primeira
são melhores”. Começou a
turma de Jornalismo da Unisul.
trabalhar na quinta fase do
Para a professora, a graduação
curso, participando de estágios,
em Jornalismo foi mais que um
na mesma universidade
e não parou mais. Já atuou na
aprendizado, mas a realização
Agcom e hoje coordena os
de um projeto de vida.
projetos de conclusão do curso.
Texto nos cursos de Administração e Econo- mo com Darlete, iniciou a carreira aca-
Giórgia Daniel mia, em 1996, ministrando a disciplina dêmica lecionando Edição 1 em 1999.
Edição de Comunicação Empresarial. Hoje, além Atualmente leciona três disciplinas,
Arthur Zingano / Fernando Pereira
de professora do curso é também coor- além de orientar Projetos Experimen-
A
vida estudantil apresenta denadora . tal de Rádio e de TV.
diversas fases. Ao terminar O professor de Publicidade e Propa- A professora Silvana Lucas, que lecio-
o ensino médio e ingressar ganda, Mario Abel Bressan Júnior, for- na fotografia, fez parte da terceira tur-
na universidade, a maioria mado na segunda turma, conta que na ma de Jornalismo. Silvana começou a
dos acadêmicos tem dúvidas sobre o sua época o curso estava sendo aper- dar aulas na Pedra Branca no ano de
futuro profissional. Uma das indecisões feiçoado. “O corpo docente estava me- 1998, nas disciplinas de Introdução à Fo-
é a área em que irá atuar. Os estudantes
>Silvana Lucas
lhorando suas técnicas didáticas para tografia e Fotojornalismo. Atualmente
>Rafael Matos A professora de Fotografia,
costumam pensar: será que vou ingres- transmitir conhecimento aos alunos. leciona Fotografia em Tubarão na duas
Trilhou vários caminhos para iniciou o curso de Comunicação
chegar ao cargo de assessor de sar rápido no mercado? Vou ter retorno Atualmente o nível do curso pode ser habilitações, além de participar da Agên- Social em 1993, na Unisul de
imprensa da Unisul e professor financeiro? Mas, o amor pela comunica- equiparado a boas universidades do cia Modelo de Comunicação Integrada Tubarão. Já fez especialização e
do curso de Jornalismo.. Forma- ção e a satisfação de ser um profissio- país”, completa. O professor lembra que (Agcom) e de coordenar o Laboratório de concluiu o mestrado em 2006.
do na primeira turma de nal, pode despertar o interesse de diver- a primeira matéria que ensinou foi Co- Fotografia do curso. Em janeiro deste ano, foi a
jornalismo, Rafael trabalhou sos ex-alunos a investirem na carreira municação Comparada. Atualmente, Outras alunas que viraram professo- Cuba fazer um curso de especi-
como diagramador, radialista e docente. A Unisul é um exemplo. Alguns alização em fotografia para
Mário leciona Introdução à Publicidade ras são Desiree Freccia Carvalho e Hele-
repórter televisivo. O jornalista aprimorar suas técnicas.
dos docentes dos cursos de Comunica- e Propaganda, Teoria da Comunicação na Iracy dos Santos Neto, que leciona na
sempre considerou a profissão Silvana conta que sempre
ção são formados na própria universi- e Comunicação Comparada, além de Pedra Branca. William Máximo, José Hen-
um hobby, “trabalhei muito gostou de fotojornalismo.
domingo cobrindo esporte para dade. orientar Monografias e Projetos Experi- rique de Souza, Marília Koenig e Claúdia “Muitas vezes eu estava na
a TV, mas eu não via como um Darlete Cardoso foi uma das acadê- mentais em PP. Formentin são também exemplos de ex- aula e chegavam pessoas
emprego e sim diversão”, micas da primeira turma de Jornalismo, O professor Rafael Matos, que com- alunos que abraçaram a carreira docen- perguntando se eu podia sair
relembra. e após se formar, começou a dar aulas partilhou a primeira turma de Jornalis- te, lecionando em cursos da Unisul. para fazer fotos”.
extra
janeiro-junho/07 especial15anos 9
AGCOM
inovação O curso de comunicação social está inovando seu
currícular, ligando a teoria da sala de aula com a realidade do mercado
O em ação” realizado no
Farol Shoping no dia 24
de março deste ano,
ocorreu por um motivo muito es-
pecial, a comemoração aos 15 anos
mostrar trabalhos de acadêmicos
em uma categoria, e outra para
profissionais, com julgamento para
cada categoria em ambos os cur-
sos”, ressalta Darlete. O Festival vai
dora conta que aposta no futuro
das mídias digitais. Os conteúdos
serão ampliados e adaptados à
nova realidade social, que traz
como tendência a diversificação
do Curso de Comunicação Social da acontecer ainda este ano, em no- dos meios de comunicação. A idéia
Unisul, Universidade do Sul de San- vembro. O Curso de Comunicação do projeto é associar cada vez mais
ta Catarina. “É importante a inte- Social vai sediar também o 4º En- a teoria com a prática, e continuar
ração com o público externo, com contro de Jornais-laboratório e o 2º trabalhando a qualificação dos pro-
a comunidade, pois este contato Encontro de Agências Experimen- fessores, com foco na sala de aula.
consolida o curso”, explica a coor- tais de Comunicação. O curso par- Serão acrescentadas três disciplinas
denadora do curso de Comunicação ticipa tabém do Unisul Contexto, de aperfeiçoamento, chamado nú-
Social, Darlete Cardoso. que acontece de 22 a 26 de outu- cleo orientado, em que o aluno já
A exposição dos equipamentos bro, com palestras e work shops. formado pode voltar à universida- Eventos como o Comunicação em Ação
serão realizados com maior freqüência
durante o evento, apesar de ter sido Uma grande festa para alunos e ex- de para estudar, buscando atuali-
trabalhosa, teve um retorno impor- alunos está em fase de organiza- zação e maior qualificação para li-
tante e deve continuar. Assim como ção, a realizar-se em setembro, a dar com as mudanças. O curso ofe-
o “Comunicação em Ação”, outros 1ª Macarronada da Comunicação. rece o exercício prático em rádio,
eventos estão previstos, entre eles Sobre o conteúdo pedagógico, web, jornal e televisão, agência de
o “Festival da Comunicação”, com para o próximo ano será implanta- publicidade, através da Agcom.
fiqueligado
>nos d ias de hoje
nar com estudantes é possível se relacio-
Trabalhos extra-classe: teoria e prática dade pela internet de Jornalismo e Publici-
. Há sites (blogs) qu
o jornal - laboratório é uma atividade extra-classe
com o intuito de oferecer ao aluno uma visão
prática de toda a teoria que aprende em sala de aula.
realizado na Unisul de Pedra Branca, o segundo na
Unidavi de Rio do Sul, e a sede do encontro passado,
em 2006, foi o Instituto Superior e Centro Educacional
nem informação e
co
e reú-
meios de comunica nhecimento de todos os
ção.
Este teve edição especial sobre o aniversário do curso, Luterano Bom Jesus (Ielusc), em Joinville. Neste ano, a
e o próximo provavelmente sai com edição normal de quarta edição do encontro, será na Unisul campus de >o acadêmic o recebe muitas of
8 páginas. “A interdisciplinaridade vem dando certo, Tubarão em comemoração aos 15 anos do curso. concursos, como o ertas de
“P
pela experiência que é rica, pois o trabalho coletivo é Além do jornal-laboratório, outros projetos movi- “Concurso Universit rêmio Editora Abril” e
ár
similar à prática real das empresas jornalísticas”, mentam os alunos. Como diferencial, o curso possui São oportunidades io de Jornalismo CNN”.
qu
confirma a coordenadora desta edição do jornal-labo- bolsistas na Unisul TV, canal de televisão aberta que
desapercebidas no e não podem passar
ratório, professora Andressa Fabris. transmite programação da TV Cultura. A assessoria meio acadêmico.
Para contar as experiências na produção do jornal, de imprensa da universidade é outro campo de apren-
as universidades de Santa Catarina, que possuem cur- dizagem aos acadêmicos que atuam como bolsistas, >a Unisul criou o
di SAIAC (Serviço de At
so de Jornalismo, resolveram promover o Encontro de além da própria Agcom, onde alunos de Jornalismo e mento Integrado ao en-
Jornais-laboratório, evento que serve para unir acadê- Publicidade são acompanhados por professores na aluno encontra mai Acadêmico). É lá que o
s
micos e professores que desenvolvem a mesma ativi- realização de atividades, capacitando para o merca- de estágios extra-c informação a respeito
dade nas suas universidades. O primeiro encontro foi do de trabalho. urriculares.
10 especial15anos
extra
janeiro-junho/07
estágio Comunicação Social alia teoria e prática na agência experimental, que congrega alunos de todos os semestres
Texto tal do curso que integra Jornalis- da passou a estagiar na Web TV.
Adriana Duarte Silvano mo e Publicidade. Com disponibili- “As atividades realizadas compre-
Edição dade de laboratório e equipamen- endem desde a escolha da pauta,
Fabíola Goulart / Leonardo Mendes
tos, os alunos de jornalismo pro- produção, edição e montagem.
U
m dos motivos de dis- duzem um boletim diário para a Porém poucos aproveitam essas
cussão entre os alunos Rádio Tubá, de Tubarão, e para a chances, em parte por acomoda-
de Comunicação Social Rádio Araranguá. São responsáveis ção e em outra por questões finan-
é a questão do estágio também pelo site Mural.com, co- ceiras”, comenta.
curricular não ser regulamentado. ordenado pelo professor Cláudio Junto com Daniela, também faz
Porém como modo de suprir tais Toldo, com notícias da Unisul, ar- estágio o acadêmico Elvis Cam-
necessidades e constituir uma pagnollo, que está no sétimo
oportunidade ao estudante, a Na Agcom, UnisulTV, semestre. “Comecei um pou-
Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul), criou espa-
web rádio e TV, co tarde e estou correndo
atrás do tempo perdido”, res-
ços de aprendizagem, identi- jornal-laboratório e na salta Elvis, que trabalhava
ficados como experiência ex- assessoria de em uma empresa fora do
tracurricular através de está-
gio. No Curso de Comunica-
comunicação da Unisul ramo jornalístico, mas em se-
tembro de 2006 deixou o em- Desde o início da Agcom, o planejamento das atividades começa na reunião de pauta
ção Social, atualmente estes alunos aproveitam para prego para ter um maior con-
espaços são supridos pela adquirir prática tato com a futura profissão
Agência Modelo de Comuni- através do estágio. Hoje está
cação Integrada (Agcom) e o Jor- tigos de alunos e links para blogs. na Unisul TV, que é desvinculada
nal-laboratório Extra. Com a criação da Unisul TV em do curso, mas há uma parceria en-
A primeira iniciativa foi a Web 2006, o curso passou a produzir tre ambos.
Rádio, criada em 2 de abril de 1998 dois blocos de cinco minutos diári- Já o jornal Extra foi criado logo
pelo professor Nei Manique, que um os veiculados nas edições do tele- no início do curso, seguindo orien-
ano depois se tornou coordenador jornal Câmera Aberta. tação do Ministério da Educação,
do curso. Surgiu como suporte à Na parte de Publicidade da agên- que determina que os cursos de Jor-
disciplina de Rádio Jornalismo II, cia são criadas campanhas publi- nalismo devem possuir um jornal-
com o nome inicial de Rádio Digi- citárias, como a de lançamento da laboratório. O professor Mauro
tal Unisul. “A idéia era midiatizar Unisul TV, além de folders e carta- Meurer foi um dos primeiros su-
os trabalhos dos alunos”, explica zes. A idéia é oferecer uma oportu- pervisores do jornal, que busca pro-
Nei. nidade de conhecimento prático do duzir em média quatro edições por
Inspirada no projeto da Web Rá- mercado de trabalho, aproximan- semestre. “A idéia é que o ritmo se
dio, a Web TV começou a funcio- do os acadêmicos da realidade. A aproxime do mercado, normal-
nar entre 1999 e 2000, durante a aluna de jornalismo Danieli Anto- mente a pauta é feita em uma aula,
gestão de Nei. nello, do quinto semestre, faz es- os alunos apuram durante a sema-
Também em 1999 foi implanta- tágio desde o primeiro. Ela conta na, escrevem na outra e editam na
da a Agcom, a agência experimen- que iniciou na Agcom, e em segui- aula seguinte”, explica Mauro.
>>>>>>> Tecnologia
Rádio e TV são
recursos utilizados
pelo Curso de
Comunicação Social
para inserir os estu-
dantes nas transfor-
mações do mercado
de trabalho crificium confessionum mearum mcrificium confessionum mearum mcrificium confessionum
extra
janeiro-junho/07 especial15anos 11
P
ara a acadêmica do 6º semes- lho. “A bolsa oferecida pela Unisul foi a neficiadas com a bolsa. “Pensava em cinco anos em uma rádio do sul do estado. Destes, três foram como repórter
tre de Jornalismo Keith Mine- oportunidade de ingressar em uma uni- concluir uma graduação e quando a policial. Algumas diferenças entre o que aprendeu em sala de aula e a expe-
lli, o ensino superior era um versidade e garantir um futuro profis- oportunidade surgiu me inscrevi, mas riência no dia-a-dia fizeram com que optasse pela troca de curso. Atualmente
sonho. “A maior parte da mi- sional”, reconhece a universitária Vâ- sem confiança de conseguir. Para mim a futura turismóloga se sente satisfeita com a decisão tomada.
nha educação foi em escola pública e nia Paris, do 6° semestre de Publicida- foi uma surpresa ver que o meu nome O aluno deve escolher a profissão por afinidade e não apenas para
quando os meus colegas falavam so- de e Propaganda. constava na lista de selecionados”. agradar aos pais e à família. Freqüentar uma universidade exige disciplina
bre faculdade, eu ficava calada. Acredi- Vânia foi beneficiada, assim como Hoje, existem outros programas de e responsabilidade, já que muitos alunos saem da casa dos pais ou come-
tava que o ensino superior estava fora Keith, com a Bolsa Unisul 40 anos, dis- bolsa, como “Passaporte Unisul”, e de çam a trabalhar.
da minha realidade”, revela a estudan- tribuída em 2004. No programa, foram financiamento, “Crédito Pravaler”. As Nem sempre o descontentamento com o curso é motivo para que os
te. Keith, junto a outros sete alunos do destinadas 10% das vagas oferecidas bolsas oferecidas pela universidade aba- alunos abandonem as salas de aula. O fator econômico foi decisivo para
Curso de Comunicação, é uma das con- no vestibular, o que totalizou 331bol- tem até 50% do valor da mensalidade. que o ex-acadêmico de Jornalismo Fabrício Espíndola trancasse o curso. A
templadas com o programa Bolsa Uni- sas em todos os cursos de graduação Os programas de crédito possibilitam saída para que alguns alunos continuem os estudos é a procura por bolsas,
sul 40 anos, implantado pela universi- da Unisul, além de ajuda alimentícia que o aluno parcele o curso em mais como o Artigo 170 ou o setor de renegociação junto ao Saiac (Serviço de
dade em comemoração ao aniversário aos estudantes mais carentes. O aluno vezes, mesmo depois de formado. Atendimento Integral ao Acadêmico).
da instituição. Mas existem outros es- que recebeu a bolsa assumiu o compro- Ainda existe uma bolsa de estudo dis- Doenças na família ou depressão são fatores que também colaboram
tudantes contemplados com outros ti- misso com o crédito estudantil próprio poniblizada pelo governo do estado de para que o aluno pare de estudar. Esses casos afetam seriamente o desem-
pos de bolsas de estudo e de pesquisa. da universidade, para realizar o paga- Santa Catarina, o Artigo 170, que benefi- penho acadêmico e o estudante deve ter em mente o que é melhor, trancar
Segundo o Ministério da Educação e mento de 50% do benefício após o tér- cia alunos de famílias com renda inferior ou continuar estudando. Aline Demboski trancou o curso por problemas
Cultura (MEC), apenas 30% dos jovens mino do curso. a 1,5 mínimo per capta e que não tenha pessoais. Como acredita que um sonho não deve ser abandonado, pretende
brasileiros entram na universidade. A Na graduação em Comunicação So- outra graduação. São dois tipos de bolsa: voltar no próximo semestre. “Não desanime, não desista no primeiro obs-
importância de um programa de bol- cial, do campus de Tubarão, foram aber- trabalho voluntário e pesquisa. táculo, para alcançar o objetivo basta você querer”, acredita.
12 especial15anos
extra
janeiro-junho/07
>Cláudia Fomentin formou- os pais e alunos. O mais importante ção profissional, e diz que é sempre
se em Jornalismo em 2001 e como foi que a diretora Erly Popoaski bom escutá-los. “Durante o curso
outros alunos também fez estágio no aprovou o meu projeto e publicou já o tivemos ótimos professores, mas um
Portal da Unisul. primeiro”, diz. dos que marcaram foi professor Valmir
Cláudia conta que teve a idéia de Segundo Cláudia, o projeto foi muito dos Passos. Ele era exigente e fez
fazer o Projeto Experimental de Jornal gratificante e rendeu um contrato mudar alguma coisa dentro de min.
para o Colégio Dehon: “meu projeto foi para trabalhar com a comunicação do Mostrou que as coisas não aconte-
um jornal foi voltado para as ativida- Dehon. Ela explica que os bons cem separadas. Tem que ler muito e
des do colégio, um informativo para professores ajudaram em sua forma- ter conhecimento holístico”, relata.
>Denise de Medeiros
Formada em Publicidade e Propa-
ganda desde 2002. Pós-graduada
em Fotografia pela Universidade
paixão Design é uma área que raramente cativa os alunos durante o Curso de Comunicação
Estadual de Londrina, Denise
Medeiros trabalha na área de
criação e produção há seis anos.
Ainda estudante trabalhou no Foto
Vieira com restauração fotográfica e
estagiou no laboratório de fotografia
da Unisul. Entre as várias atividades
realizadas, trabalhou na CAF Produ-
Sucesso: mistura de
ções com produção de vídeo e foi
proprietária de um estúdio de fotos.
Atualmente trabalha na Produtora
Ilimitada, onde é cinegrafista, e na
Unisul TV, apresentando e produzin-
trabalho, além de desafios ALICE BOTEGA
O
ciona a prática, nos coloca dentro
jornalista João Lucas Cardo- jornal Notisul, na criação de anúncios.
so, formou-se em 2004 Uni- Três meses depois foi para diagramação
do mercado”, diz Denise, que agora
versidade do Sul de Santa do na época Tribuna do Dia, hoje A Tribu-
cursa Jornalismo.
Catarina (Unisul), em Tuba- na. Foi convidado pelo professor Ildo Sil-
rão. Durante a universidade já começa- va da Silva a diagramar a revista “Pho-
va o prenúncio do que viria a ser. Passou enix”, de 64 páginas por mês, com circu-
por alguns lugares como: revista Jurídi- lação nacional. Foi um excelente “upgra-
ca do curso de Direito, TV Clipagem, de de” na carreira.
Florianópolis (fazia os trabalhos da re- Com o fechamento da revista nove
gião Sul), foi bolsista (diagramador) da meses depois, mas com a grande experi-
Agcom e prestava assessoria de impren- ência adquirida, João Lucas saiu do Jor-
sa para a clínica Pró-Vida. nal Tribuna do Dia e partiu para mais
Ainda na TV Clipagem, com mais dois outra etapa da sua carreira profissional,
amigos (Eline Campos e Sandrigo Viei- como “free lancer”.
ra), tentou montar uma espécie de agên- Com a experiência e bagagem no cur-
cia em que o foco era o Jornalismo. Fize- rículo, veio o convite e a execução do
>Gabriel Silva é formado em ram assessoria para a Amurel, alguns redesenho do projeto gráfico do jornal A
Publicidade e Propaganda desde projetos gráficos e peças publicitárias. Tribuna. Uma proposta de emprego es-
2005. Trabalhou no extinto Bureau O jovem jornalista diz que hoje perce- tável como redator publicitário na Id-
de Comunicação da Unisul. Depois be que sempre teve um encanto pela área com Comunicação fez o jornalista dei-
foi convidado para trabalhar com gráfica. No segundo semestre da facul- xar os freelas de lado.
amigos na agência de web site dade, adiantou a grade curricular e fez Reconhecido como um bom diagra-
Virtual Fusion. “Dentro da Virtual surgiu Planejamento Gráfico com a turma do mador e por aceitar desafios, foi convi-
uma necessidade de mercado. Os quinto . Pensava em aprender logo para dado pelo radialista e colunista esporti-
clientes que contratavam a empresa conseguir alguns trocados diagraman- vo João Nassif, de Criciúma, para dia-
para fazer um site sempre pergunta- do projetos para colegas de curso. Daí gramar um novo produto jornalístico no
vam se conhecíamos uma agência em diante, foi tudo acontecendo natu- mercado criciumense, a pioneira revista
de Publicidade. Então tivemos a idéia ralmente. A Bola. “O trabalho começou e de cara
de montar uma empresa para suprir João Lucas Cardoso se apaixonou por planejamento gráfico desde o início do curso Veio a formatura, a saída da Clipa- emperrou por falta de um editor que desse
essa necessidade e criamos a Voice
Comunicação”, comenta Gabriel. >Vera Lúcia Bonfante cia única. Lá tive conhecimentos dos A jornalista diz que o mercado de
A Voice Comunicação é integrante da Formada em Jornalismo em março de mais diversos, de política à cultura. É trabalho é muito amplo e que conse-
Incubadora CRIE. “Recebemos apoio, 2002, trabalhou como repórter em um trabalho que acaba ficando guiu trabalho antes mesmo de receber
utilizamos a estrutura como auxílio diversos jornais, assessoria de impren- rotineiro, mas serviu como experiência”. a colação de grau. “Quando se tem
administrativo e laboratórios”, explica. sa, no arquivo de imagens da RBS TV Vera lembra dos bons tempos de paixão pelo que se faz, acho que tudo
O publicitário diz que o mercado de em Florianópolis e hoje faz a produção faculdade e admite que poderia ter vale a pena. Eu amo o que eu faço.
trabalho oferece muitas chances e a do programa Falando Abertamente da aproveitado mais. “Se eu fosse para a Mas, se fosse pensar no lado financei-
pessoa que se empenha sempre TVCOM (canal de TV a cabo da RBS). faculdade hoje, minha visão seria ro da profissão, acho que diria que
terá espaço. “Trabalhar no arquivo foi uma experiên- diferente, saberia dar mais valor”. não! E hoje escolheria outro curso”, diz.
extra
janeiro-junho/07 especial15anos 13
>Juliana Neves Formada em Atualmente trabalha no Sistema impressa. “Jornalismo online naquela
Jornalismo em 1999. Pós-graduada em Integrado de Comunicação (SIC) da época, não era muito falado. O leitor
Comunicação Social pela Unisul. Ela Unisul onde escreve textos para os que se habitua ao computador
conta que em sua trajetória profissio- veículos de comunicação da universi- raramente pega um jornal. A web é
nal, ainda como estudante iniciou dade como: jornal e revista. Também um mercado infinito com espaço para
estágio na Assessoria de Comunica- é a editora de notícias do portal da mostrar o seu trabalho”, comenta.
ção da Unisul e após um ano foi universidade. Juliana conta que O recado que Juliana deixa para os
contratada pela universidade para quando estava na faculdade sempre futuros colegas é a busca pela
continuar na atividade. pensava em trabalhar com mídia experiência profissional.
15 ANOS
começo Primeira turma conviveu com problemas de falta de estrutura e na prática encontrou as soluções para o curso
2002 2003
Apoio Retorno
Criadas as supervisões de Jornalismo Curso promove a 8ª Semana Acadêmica de
e de Publicidade, com as professoras Comunicação Social, depois de um período
Darlete Cardoso e Teresinha Silveira, sem realizá-la e traz na abertura o professor
respectivamente, à frente, sob a da Usp Clóvis de Barros Filho, e no
coordenação de Isaac Rodrigues encerramento, Geraldo Canalli. É publicada
edição especial do Extra!, sob a coordenação
do professor Mauro Meurer.
pioneirismo Ousadia e persistência das primeiras turmas resistem às precariedades de laboratórios, materiais e livros
D so de Jornalismo na Uni-
sul as reivindicações dos
estudantes para a coorde-
nação eram resolvidas de forma fun-
cional. “Chamávamos na época o pro-
so, eram bem grandes, de acordo com
o professor Rafael Matos. Até no se-
gundo semestre a turma tinha 60 alu-
nos. “Depois cada um foi tomando o
seu caminho, os persistentes foram
fessor Laudelino Santos Neto, que pos- ficando, e na formatura éramos em
teriormente ia até o professor Gérson, 25”. Segundo Rafael, a primeira tur-
que era pró-reitor, para saber a situa- ma de Jornalismo era muito unida,
ção do curso”, conta o ex-aluno Zé mas algumas brigas aconteciam de
Henrique. vez em quando. “Brigas saudáveis,
O curso tinha uma estrutura ainda pe- pois o pessoal era muito opinioso”,
quena e os laboratórios necessários garante. “Nós éramos a primeira tur-
demoraram a ser implantados. A pri- ma e precisávamos batalhar pelos la-
meira turma, como geralmente acon- boratórios. Era a única maneira de
tece na implantação de um curso, é a conseguir uma boa formação”, argu-
mais prejudicada nas aulas práticas. menta Rafael. Conta ele que a turma
Já para Graziela Bez Batti, da pri- nunca teve uma sala de redação, nem
meira turma de Publicidade, além da mesmo máquinas de escrever foram
dificuldade com os laboratórios, fal- possíveis. “Foi algo que não me fez
tavam livros, e projetos experimen- falta, mas poderia ter facilitado nos-
tais ou monografias para nos basear. so trabalho”.
“Tivemos que ir em busca de manu- O laboratório de foto foi uma das
ais de rádio e televisão, pois não tí- primeiras conquistas. “Tivemos Foto- Na memória da primeira turma de Jornalismo estão as lutas por melhorias no curso, além de boas histórias de aulas e trabalhos
nhamos de onde partir”, lembra. jornalismo I onde toda a teoria foi
“A gente não tinha em quem se es- dada e quando chegou em Fotojorna-
pelhar, fomos na cara e na coragem”,
confirma outra ex-aluna de Jornalis-
lismo II entramos num acordo com a
coordenação e fizemos no outro se-
Apuros enfrentados na rotina acadêmica
mo, Isabela Faraco Siqueira. Segundo
ela, a banca foi um tanto diferente de
como é hoje. “Nós tínhamos uma es-
mestre para utilizar o laboratório”
relata Rafael.
O laboratório de rádio, por exem-
s alvo as dificuldades, muitas his-
tórias engraçadas fazem parte das
boas lembranças dos ex-alunos.
a rádio. Conclusão: passavam a noite
toda gravando e saím de lá às 4 da
madrugada. Darlete conta que muitas
gripe danada”, segundo Rafael, e por
fim, descobriram que a câmera estava
sem bateria. Resultado: tiveram que
pécie de sabatina e quando estava plo, só ficou pronto na época dos pro- O Porto de Imbituba, onde a profes- vezes, levava os filhos consigo quando fazer tudo de novo.
quase acabando, a orientadora nos jetos. “Quem tinha disponibilidade sora Darlete trabalhou por muito tem- ia realizar os trabalhos de classe. “E Logo os estudantes fundaram o Caju
colocou numa mesa e começou a per- durante o dia, podia usar o laborató- po, era proprietário de uma emissora nessa noite, dormiram no chão, sobre (Centro Acadêmico de Jornalismo da
guntar sobre como tínhamos feito, rio para compensar as aulas práticas de rádio. “A gente reunia a equipe: o a jaqueta do Rafael. Hoje a gente ri da Unisul). O professor Rafael Matos con-
como foi o processo de pesquisa, de que a gente não teve”, conta. Com a Rafael, a Lanimar, que é professora aqui, situação”, recorda. ta que havia o Prêmio Caju de Qualida-
coleta de dados”. Isto com toda a tur- falta de laboratórios, os alunos da a Andréia, que hoje mora em São Paulo Noutra oportunidade, a mesma equi- de, que elegia por méritos acadêmicos
ma reunida. primeira turma corriam atrás do pre- e a Sílvia Zarbato. Sempre fazíamos tra- pe realizou um projeto de televisão so- os melhores alunos de cada turma e os
“Era tudo muito difícil. Hoje você juízo. Um exemplo foi um programa balhos juntos”, conta Darlete. “Lembro bre o Rio Tubarão. Filmaram desde a melhores professores. Para José Henri-
vê a universidade e o curso mais mo- de rádio que a turma decidiu fazer e que a rádio cedeu o estúdio, mas so- nascente, onde a água era límpida e que de Souza, que foi presidente e vice
dernizados. Na época, nós pegamos usou os estúdios da Rádio Difusora de mente quando estivesse fora do ar”, diz gelada. A “cobaia” da vez foi o João da entidade, o prêmio CAJU marcou uma
uma câmera top de linha Beta Cam e Imbituba depois que encerrou sua pro- o professor Rafael Matos. Os colegas Lucas, hoje também formado em Jor- época. “De lá pra cá, nunca mais ouvi
Super V. Dividíamos computadores gramação às 22 horas. se hospedavam na casa de Darlete e nalismo e que na época tinha 9 anos. falar que os alunos se reuniram para
com a turma de Ciência da Computa- depois das 10 da noite, todos íam para Deu um belo mergulho, “pegou uma fazer este tipo de escolha”, diz.
16 especial15anos
extra
janeiro-junho/07
2004 2005
Conselhos Ex-alunos
São criados os Conselhos Encontro com o Mercado, uma das
de Professores e de atividades da 10ª Semana
Alunos, como projeto de Acadêmica, agrada aos estudantes,
qualificação pedagógica. com a presença de ex-alunos que
contam suas experiências no
durante mercado de trabalho e relembram
os tempos da faculdade.
15 ANOS
integração
Aulas compartilhadas
já geraram polêmica
entre alunos de
Conhecimento passa ser
Comunicação Social.
Afinal, é importante a
troca de experiência
entre alunos de
compartilhado entre os
Publicidade e
Propaganda e
Jornalismo?
jornalistas e publicitários SILVANA LUCAS
C
ompartilhar: repartir, divi- culdade quando as turmas são de se-
dir. Estes são alguns dos sig- mestres diferentes. Um exemplo são os
nificados que o dicionário alunos do 5º semestre de Jornalismo
brasileiro nos explica e nos fazendo aulas com acadêmicos do 7°
traduz em poucas palavras. E compar- semestre de Publicidade. O ideal seria
tilhar uma aula como será? Será que se as turmas tivessem o mesmo nível
todos tem a mesma opinião com rela- semestral”, acredita Mário.
ção a este assunto? Os professores e Para o estudante da 7ª fase de Jor-
alunos, o que acham? nalismo, Tiago Brunelli, a integração
Para a acadêmica do 7º semestre de entre os alunos torna o ambiente mais
Publicidade e Propaganda, Elaine Fra- alegre e descontraído. Mas a bagagem
mento, existe os dois lados da ques- teórica diferente dificulta um pouco.
tão. “Ter aulas compartilhadas têm “Só o que atrapalha, às vezes, é o fato
seus pontos positivos e negativos. O de nem todos conseguirem expressar
interessante em uma experiência como uma opinião sobre um mesmo assun-
essa, é que o conteúdo das aulas traz to, já que alguns possuem maior do-
um pouco das duas visões, seja ela mínio sobre determinado tema”, co-
publicitária ou jornalística. Já o nega- menta Brunelli.
tivo é que uma turma acaba dominan- As vantagens do compartilha-
do o assunto mais que a outra tur- mento é a interdiciplinaridade, é co-
ma”, diz Elaine. Algumas matérias do nhecer as variadas formas da comu-
curso são comparti- nicação. A aluna de
lhadas, como é o
caso das disciplinas
de Língua Portugue-
11disciplinas
Publicidade, Tuany
Fraga, argumenta
que tanto Publicida-
Apesar da resistência inicial, alunos de Jornalismo e de Publicidade acabam descobrindo o que as duas áreas têm em comum
“ “ “
geralmente são Assim como a união da Acho interessante Acho que as aulas
ra de Massa, Teoria podem andar lado a turma, é importante existi- porque dá para ter compartilhadas prejudi-
compartilhadas. Elas
da Comunicação, Co- auxiliam o profissional. lado, pois um depen-
rem as aulas compartilhadas, pois a idéia de como colegas de cam os alunos, pois além de as
municação Empresa- de do outro para sua
além do hiato natural entre Jornalismo diferentes profissões e do salas de aula ficarem bastante
rial, Realidade Socioeconômica e Polí- sobrevivência. “Aliando o conhecimen-
e Publicidade, trabalha-se a noção de mesmo curso, no caso cheias, sinto que um ou outro lado
tica Brasileira e Regional, Comunica- to das duas áreas, o futuro profissio-
comunicação integrada. É o profissional comunicação, pensam e fica prejudicado, já que não dá para
ção Comparada, Planejamento em Co- nal entra no mercado de trabalho com
da comunicação conhecendo além de trocam conhecimentos contextualizar a aula com as duas
municação e Epistemologia. dinamismo e perseverança, e quem
sua área específica. diferentes. habilitações a todo o momento.
Segundo o professor de Teoria da Co- tem a ganhar são os clientes”, afirma Ronaldo Sant’ Anna Filipe Zingano Thaís Ramos
municação, Mario Abel Bressan, o me- Tuany. Prof. Planejamento de Comunicação 5 º semestre, Publicidade. 8ª semestre, Jornalismo.
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janeiro-junho/07 especial15anos 17
experiêncianoexterior
Brasil e Portugal
>conhecer as leis que fazem parte da categoria do jornalista é muito
importante quando se tem o conhecimento também da cultura de outro país,
comparando-se as diferenças existentes na mesma profissão. Em Portugal
algumas leis mudam. O estágio é obrigatório, por exemplo. O jornalista Ézio
Gomes, formado na Unisul de Tubarão, que hoje atua na área comercial, como
Diretor de Marketing em Portugal, explica algumas definições da área. “O
sindicato é mais forte, mais organizado, porém com um imposto bem significati-
vo. É cobrado um percentual na folha de pagamento. Possui uma “caixa” de
saúde própria, funcionando como um plano de saúde e aposentadoria privada”.
Professores do curso motivam os estudantes a aproveitar as oportunidades práticas oferecidas pela própria universidade Por se tratar de outro país, os costumes e cultura são diferentes. “O português
de Portugal é muito diferente do brasileiro. O significado e os sinônimos das
Concorrência e lei dificultam a primeira chance palavras mudam muito. As regras gramaticais também. Foi necessário reapren-
der redação e estilo, conhecer a cultura e costumes”, comenta Gomes.
o
Na questão do estágio ser obrigatório, Gomes ressalta algumas disposições:
meio jornalístico é repleto de bar- o jornalista no mercado”, prescreve a lei. flexibilizar as leis do estágio. “Alguns
“o estágio nunca deveria ser utilizado como forma de diminuir a folha de
reiras, para formados e estudan- Mesmo assim, ainda na faculdade, acordos estão sendo feitos com empre-
pagamento do quadro profissional da empresa. Acho que o estagiário deveria
tes. Quem ainda está na faculdade tem muitos conseguem trabalho. Para che- sas que formalizam o pedido de está-
ser subsidiado pela instituição de ensino, ou por algum órgão governamental,
grande dificuldade na busca por estági- gar à vaga e permanecer nela é preciso gio”, informa. Em emissoras de rádio, a
os, legalmente eles são proibidos em vontade e personalidade. O professor e situação é um pouco diferente, muitos para garantir sua subsistência durante a formação. Nunca gerido pela empresa
Jornalismo. Depois da graduação a ba- suplente do conselho fiscal do Sindicato alunos conseguem vaga. Essa situação fornecedora da vaga do estágio”. Por outro lado, a exploração é evidente
talha se trava entre aqueles que saíram dos Jornalistas, Rafael Matos, ensina que denota outro problema, o rádio é feito, quando se trata da questão do estágio dentro das empresas. “Sistematicamen-
dos bancos de universidades e “profissi- os trabalhos acadêmicos são boas mos- em sua maioria, por pessoas sem for- te vemos estudantes sendo usados como profissionais temporários nas
onais” que simplesmente pela prática so- tras do potencial do futuro empregado. mação acadêmica. empresas, como se fossem empregados contratados, muitas vezes em regime
brevivem de comunicação. Contudo, eles precisam ser bem feitos. Há alguns anos, muitos profissionais de semi-escravidão”.
Em defesa dos direitos dos jornalis- “Você vai ter o seu projeto de jornal para iniciavam suas atividades em comuni- O profissional Gomes esclarece que no momento em que ele cursava a
tas, lutando por salários mais justos e mostrar. Aí se ‘faz meia boca, para tirar cação sem terem realizado qualquer faculdade, a mesma ainda se encontrava em um estágio embrionário, mas
por condições dignas de trabalho, estão um sete’, não vai servir. Um bom traba- curso em faculdades. Através da práti- grande parte do sucesso depende muito do aluno, vontade e dedicação. Para
o Sindicato dos Jornalistas e a Federação lho serve como portfólio”, garante. ca aprenderam e fizeram a sua vida nes- ele, o maior empecilho são os salários baixos e as horas extras intermináveis
Nacional dos Jornalistas, a Fenaj. Na jus- Em relação ao esforço que o acadêmi- te setor e conseguiam registros profissi- sem remuneração. Ainda existem pessoas que passam uma boa imagem
tiça e pela força das entidades, ações co tem que ter, o jornalista e professor onais. Para a atual geração, o registro profissional, quando na verdade não são. “Eu conheço ótimos, maravilhosos
buscam instituir o estágio e limitar a Laudelino José Sardá pondera: “se a pes- não é expedido sem que exista a com- jornalistas práticos. E conheço medíocres jornalistas doutores em jornalismo”
ação de quem trabalha sem formação soa se forma em Jornalismo para ser provação de um curso de habilitação acrescenta Gomes.
acadêmica ou registro junto ao Ministé- igual aos outros que já existem no mer- para a área. Matos confirma que “mui- Aprender com outro país pode nos
rio do Trabalho. cado, vai ter dificuldade. O grande desa- tos juízes dão ganho de causa para aproximar da nossa própria realida-
Aos alunos que buscam o primeiro fio é ser diferente”. quem não tem direito”. As entidades de, dando mais valor à profissão,
emprego, o discurso é sempre muito Para alguns estudantes as questões organizadas fiscalizam e tentam ame- reivindicando os direitos, exigindo
parecido: é preciso experiência. Com em relação ao estágio são revoltantes. O nizar este problema. soluções e buscando aquilo que
isso, a primeira oportunidade dificilmen- acadêmico do 6º semestre Lucas Azeve- De qualquer forma, estudantes ou
pode ser aperfeiçoado. “Eu
te é dada. O estágio em Jornalismo é do Borges relaciona a lei que proíbe o formados, registrados ou não, podem
costumo dizer que, se o jornalista
proibido por lei. estágio com a se tranqüilizar pois existem muitas va-
conhece bem os idiomas, é um
Uma das preo- REGISTRO PROFISSIONAL época da dita- gas e o mercado está em expansão,
profissional universal sem
cupações é com 1. Fotocópia do diploma do curso de dura. “Acho que como argumenta Sardá. Contudo, é pre-
fronteiras. Porém para atuar num
a reserva de comunicação, autenticado; os cursos onde ciso ter consciência de que somente os
outro país, também é necessário ter
mercado. Diz a 2. Fotocópia da Carteira de Identidade e do o estágio é obri- mais bem preparados alcançam o su-
um bom conhecimento da cultura e
lei do Progra- cartão de CPF, ambos autenticados; gatório, como cesso. “Hoje em dia o jornalista tem que
3. Declaração de bons antecedentes; costumes locais”,
ma Nacional de arquitetura, saber fazer o máximo que puder, escre-
4. Requerimento ao delegado da DRT/SC afirma Gomes.
Projetos de Es- 5. Carteira de trabalho. medicina, são ver, fotografar, diagramar e editar”, ar-
tágio Acadêmi- cursos que que- gumenta a editora chefe do jornal Noti-
co que o estágio deve se desenvolver sob rem formar bons acadêmicos e conse- sul Priscila Loch. Portanto, na arte do
a orientação de professores, unicamen- qüentemente bons profissionais”. jornalismo, muita preparação e força,
te voltado ao aprendizado do aluno. “O Conforme Matos, o Sindicato dos Jor- para vencer a concorrência, que nem Ézio Gomes vive e
estudante estagiário não pode substituir nalistas e a Fenaj já tentam, na justiça, sempre é leal. trabalha em solo lusitano
18 especial15anos
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janeiro-junho/07
PROFISSIONAIS
1.010 525
>em alguns estados, como a Bahia e o Pernambuco, as negocia-
O MERCADO ções em cada veículo é realizada de forma separada. Em Pernam-
>Diferentes estados, diferentes buco, por exemplo, enquanto o Diário de Pernambuco paga R$
situações. A realidade do mercado
reais 1.315,00, o Jornal do Commercio paga R$ 903,00. O maior piso reais
é o piso do jornalista em Santa é o salário base pago para profissio-
jornalístico é diferente em cada salarial no Brasil é pago na cidade do Rio de Janeiro, R$ 3.233,00.
Catarina no biênio 2005/2006. Um nais de rádio e TV de Recife, Olinda,
estado brasileiro, com pisos e Para outros municípios fluminenses, há uma tabela diferenciada por
Caruaru e Petrolina, no estado de
condições de trabalho distintos. novo valor está sendo negociado número de habitante. Pernambuco.
carreira Estudantes de Comunicação Social trocam idéias com profissionais do mercado regional
O que diz a
legislação da
categoria
o Sindicato dos Jornalistas/SC (SJSC)
tem um amplo campo de atuação
e organização, tanto na relação de traba-
Estudantes de Redação Jornalística 3 participaram de um debate sobre o mercado de trabalho com dois jornalistas e dois publicitários que atuam no sul do Estado lho quanto no exercício da profissão.
O presidente do SJSC, Rubens Lunge,
Texto Para Becker, a qualificação é um dife- Fabrício Ramos, o registro facilita em jornalista vê notícia e o publicitário, considera que há uma grande sendo tra-
Emanuela da Silva rencial. Ele alerta que o conhecimento algumas situações, como a constru- as vendas”, afirma. Quanto às opor- vada para a profissionalização e regula-
Edição de outros idiomas e a leitura são ele- ção de notícias, mas considera que tunidades no mercado, o jornalista mentação da profissão de jornalista,
André Leandro
mentos fundamentais. “Leiam tudo o publicitários e jornalistas devem tra- destaca que existe a insegurança de assim a sua fiscalização.
s alunos da sexta fase de que vocês puderem, ajuda muito”, re- balhar juntos. “Hoje em dia os papéis quem já atua na área e de quem está A entidade tem denunciado as infra-
O Jornalismo e de Publicida-
de tiveram a oportunida-
de de ouvir e trocar expe-
riências com quatro profissionais atu-
antes na imprensa da região. Sandro
força.
A publicitária Graziela Bez Batti,
trabalha na área da comunicação há
dez anos e retornou à universidade
para concluir o Curso de Jornalismo.
do profissional de jornalismo e de pu-
blicidade têm que ser casados. Algu-
mas agências trabalham nesta li-
nha”. Segundo Ra-
mos, a maior difi- Hoje em dia os
começando. Seusonho é poder se dedi-
car ao radiojornalismo esportivo. “Se
eu pudesse, faria só rádio, adoro fute-
bol. É uma
das minhas
ções (exercício ilegal da profissão) tam-
bém nas delegacias de polícia, a exemplo
de outras categorias. Segundo o SJSC, so-
mente o jornalista registrado pode exer-
cer legalmente a profissão. O registro
Fabrício Ramos, Graziela Bez Batti, Segundo ela, a disputa entre jornalis- culdade de quem papéis do profissional paixões”, pode ser feito mediante os seguintes do-
cumentos: fotocópias do diploma do cur-
Anderson de Jesus e Marcelo Becker, tas e publicitários incentiva os pro- está começando a revela.Os
todos formados pela Unisul, partici- fissionais a procurarem especializa- carreira é a inexpe- de jornalismo e convidados so de Jornalismo, autenticado; da Cartei-
param de debate sobre a realidade ção. Mesmo ainda não sendo forma- riência. Ele concor- publicidade têm que foram unâ- ra de Identidade e do cartão de CPF, am-
na prática do mercado. As ativida- da em Jornalismo, afirma ter experi- da com Graziela na ser casados. nimes nas bos autenticados; Declaração de bons an-
tecedentes; Requerimento ao delegado
des, desenvolvidas em março, em ência na profissão. No entanto, recla- questão do registro, críticas à lei
sala de aula foram mediadas pela ma das dificuldades encontradas. entretanto, julga o jornalista mais que proíbe o estágio. Mesmo com a da DRT/SC; Carteira de trabalho.
professora de Redação III, Andressa “Ano passado trabalhei na festa do apto em algumas áreas. proibição todos atuaram na área an- Sobre a remuneração, o Decreto Lei nº
Fabris. vinho e só porque fiz um release, re- Anderson de Jesus, jornalista, que tes de se formarem. 972/69, Art. 9º, diz que “o salário de
O correspondente do jornal Diário cebi críticas. Um dono de jornal disse trabalhou em vários veículos de co- Os alunos receberam algumas di- jornalista não poderá ser ajustado nos
Catarinense, jornalista Marcelo Becker, que eu não poderia ter feito o traba- municação em Criciúma e tem uma cas para quem está pensando em in- contratos individuais de trabalho, para a
formado em 2000, diz que há uma lho de um jornalista, pelo fato de eu empresa de assessoria, aconselha aos gressar na carreira: manter-se infor- jornada de cinco horas, em base inferior
grande rotatividade no mercado de não possuir registro de jornalista. estudantes aproveitarem o tempo na mado sobre tudo o que acontece; ter à do salário estipulado, para a respectiva
trabalho. “Tudo acompanha a tecno- Então resolvi voltar à universidade e universidade. Ele diz que os profissio- seu próprio estilo; ser ético; aprovei- função, em acordo ou convenção coleti-
logia. A internet também ajudou a cri- terminar o curso de Jornalismo para nais olham os fatos de maneira dife- tar as oportunidades; sempre checar va de trabalho ou sentença normativa da
ar mais vagas para os jornalistas e conseguir este registro e trabalhar em rente. “A questão não é de quem está as informações; ser persistente; e, aci- Justiça do Trabalho”. Ou seja, o profissi-
grandes empresas estão investindo na paz”, explica. apto a fazer determinadas tarefas e ma de tudo, gostar do que faz. Lições onal não deve trabalhar por um valor
carreira de assessoria de imprensa”. Na opinião do publicitário Sandro sim a forma como cada um encara. O que os professores também ensinam. abaixo do piso.
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janeiro-junho/07 especial15anos 19
CATEGORIA
ORGANIZADA
>mesmo sem a regulamentação, o
110
agências
12
agências
1979
foi o ano
3900
clientes
mercado publicitário está organizado no de publicidade são associadas ao da região Sul de Santa Catarina são atendidos pelas agências
de fundação do Sapesc. A entidade
Brasil. Profissionais e empresas da área Sapesc - Sindicato das Agências de aparecem na lista de associadas do filiadas à Abap - Associação Brasilei-
foi organizada inicialmente por oito
contam com sindicatos e outras Propaganda do Estado de Santa Sapesc. A grande maioria está em ra de Agências de Publicidade, a
agências de publicidade de Santa
entidades para defender seus interesses Catarina. Criciúma. Mas o mercado é maior. maior entidade do setor na AL.
Catarina.
reconhecimento Opiniões divergem mesmo entre os profissionais da propaganda formados no ensino superior
Texto
diz respeito à qualidade dos profissio-
Bibiana Pignatel nais”. Mas Santos admite que na hora
Edição de contratar alguém para sua agência
Alice Botega
tem preferência por quem está cursan-
m dos maiores dramas para
U
do Publicidade e que “95% de nossos
quem se forma numa facul- funcionários são formados. Se a pes-
dade de Publicidade e Pro- soa não é formada, nós cobramos que
paganda no Brasil, hoje, é a ela busque estudar e se aperfeiçoar”.
não-regulamentação profissional. Por Magali Colonetti diz que “qualquer
isso diversos acadêmicos se sentem pessoa que domine programas como
desmotivados. “Os donos de grandes corel draw ou photoshop se considera
agências não são profissionais forma- um profissional de Publicidade, e isso
dos. Então, não interessa muito para pode implicar muito na qualidade dos
eles que a profissão seja regulamenta- serviços e no mercado de trabalho”.
da”, afirma Teresinha Silveira, publici- A professora Teresinha defende: “eu
tária e professora do curso de Comuni- não acredito que um aluno que estudou Profissionais formados em Publicidade e Propaganda concorrem com quem não é formado por falta de regulamentação
cação Social da Unisul. durante quatro anos, bem preparado,
A falta de regulamentação implica consiga ser pior que alguém que se diga
em direitos que o profissional deixa de publicitário”.
ter, como um piso salarial. A publicitá- Já Sandro Fabrício Ramos, da Zions
ria Magali Colonetti explica que o Sindi- Comunicação e Eventos, considera que
cato das Agências de Propaganda do há muitos profissionais que não são
Estado de Santa Catarina (Sapesc) “pas- formados, mas que possuem muito
sa uma lista com os valores para cada mais conhecimento de mercado do que
tipo de anúncio, que serve para o pro- um profissional que acaba de sair da
fissional freelan- universidade.
cer se basear na As agências preferem Mas faz um aler-
hora de cobrar
por seu trabalho.
profissionais que ta: “esses profis-
sionais mereceri-
Esta lista não vale passaram pelos am ser regula-
para as agênci- bancos das mentados, mas
as”, conta Maga-
li. A profissão de
universidades dentro de uma
constituição que Germaá Oliveira formou-se na Unisul e trabalhou no grupo Jungle Media, em Londres, e hoje atua na área em Portugual
publicitário, segundo a lei 4.680, de 18 estabeleça para eles um certo limite de
junho de 1965, “compreende as ativi- atuação.
dades daqueles que, em caráter regular
e permanente, exercem funções artísti-
Germaá Oliveira, formado desde 2003
pela Unisul, já trabalhou no Grupo Jun-
Mais que criatividade para a publicidade
cas e técnicas através das quais estu-
da-se, concebe-se, executa-se e distri-
bui-se propaganda”. E define a propa-
gle Media de Londres e atualmente vive
em Lisboa, onde é diretor de arte da
Revista da TV Record Internacional. Ele
h oje em dia, com as mudanças que
aconteceram na Publicidade e Pro-
paganda, não há mais mercado para
Ter iniciativa para observar as coi-
sas, entender qual é o perfil que a em-
presa está buscando no mercado e ter o
do que faz”. Ele conta que quando se
matriculou no curso, a primeira coisa
que fez foi procurar estágios, contatos
ganda como “qualquer forma remune- conta que quando iniciou a faculdade quem é apenas criativo. Esses não têm conhecimento das novas tecnologias com agências e atividades extracurri-
rada de difusão de idéias, mercadorias, não sabia que a profissão não era regu- espaço na atual concorrência”, afirma aumentam as possibilidades de empre- culares. Trabalhou na Agência Experi-
produtos ou serviços, por parte de um lamentada. Mas revela que isto não lhe Teresinha Silveira. go, comenta a professora. mental de Propaganda do curso e, se-
anunciante identificado”. resultou como empecilho. “Sempre tive Segundo Teresinha, para ser ou se Segundo Magali Colonetti, os depar- gundo Germaá, “não ganhava nada,
As opiniões divergem, mesmo entre consciência de que o espírito de agên- dizer publicitário, tem que ter conheci- tamentos de marketing das empresas mas foi uma grande experiência.
profissionais formados em curso supe- cia é ‘hora para entrar, mas sem hora mento generalizado em várias áreas. E estão sendo muito valorizados. Conta Foi lá que tive meu primeiro contato
rior. Carlos Eduardo dos Santos, publi- pra sair’. Óbvio que não gostei muito é da mesma forma que pensa o Publici- a publicitária que os clientes estão cada com os softwares utilizados, e que des-
citário e sócio da Idcom Empresa de da idéia, mas apesar de algumas bri- tário Carlos Eduardo dos Santos. “Não vez mais exigentes, buscando sempre cobri que queria ser diretor de arte e
Comunicação, de Tubarão, diz que a re- gas e revoltas não ia nadar contra a podemos mais olhar só a nossa cidade, um trabalho de qualidade. não redator”. O publicitário, que hoje
gulamentação “não garante que vai ter maré”, revela Germaá. “Entrei no mer- nem um outro estado, temos que olhar Germaá Oliveira diz que o sucesso na se encontra do outro lado do oceano, se
só pessoas qualificadas no mercado. cado graças a pessoas que conheci na o país, o mundo. Temos que olhar o profissão “depende de trabalho duro, sente realizado e diz que “tudo valeu a
Não vejo isso como fundamental no que universidade”, relata. todo”. aproveitar as oportunidades e gostar pena”.
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HISTÓRIA >atualmente o Curso de Comunicação Social - habilitações em >a busca constante pela qualidade garante ao Curso de
DE MESTRE Jornalismo e em Publicidade e Propaganda conta com um grupo de 27 Comunicação Social da Unisul a formação de profissionais qualificados
> Desde sua criação, o Curso de professores no campus de Tubarão. Destes, três são doutores, 10, e mérito também à própria Universidade. No último exame do Enade, as
Comunicação Social da Unisul sempre mestres e 14, especialistas. Hoje nenhum dos professores tem apenas duas habilitações, no campus de Tubarão, receberam nota 4, sendo que
buscou professores qualificados, com
a graduação. A qualificação constante do corpo docente garante aos o máximo é cinco. A prova foi realizada por 104 estudantes do curso,
experiência acadêmica e também no
mercado de trabalho. Isto garante até estudantes a preparação adequada para atuar no mercado regional e sendo 48 acadêmicos de Publicidade e 56 de Jornalismo, entre ingres-
hoje a qualidade do curso. nacional, em todas as áreas da comunicação. santes e formandos.
primeiros Luciane Zuê Souza e Tadeu Pereira lecionam para acadêmicos de Jornalismo desde o início da graduação
E
m 15 anos do curso de Co- industrial de um jornal. Eu gostava de
municação Social muitas acompanhar o processo, ver o começo
coisas aconteceram, muda- e o ponto final. Sentava do lado do dia-
ram, se transformaram. gramador e ficava olhando”, relembra
Com certeza todos que passaram pelo a professora.
curso lembram de coisas agradáveis e Depois de um mês foi convidada
talvez algumas desagradáveis. Afinal para trabalhar na diagramação. Mu-
nem tudo na vida é perfeito. nida com régua de paicas, régua de
A universidade é um baú de tesou- entrelinhamento, caneta e calculado-
ros. E o melhor de tudo é que cada um ra, a professora Lú começou sua car-
possui o seu. Não precisamos lutar para reira de jornalista. “Em 20 anos o pro-
dividir o tesouro, basta apenas abrir o cesso desapareceu. Quem entra na re-
baú. Ela ainda nos dá mestres para dação de um jornal hoje nem imagina
orientar e explorar esses tesouros que como era o processo de diagramação
são: amizade, sabedoria, conhecimen- antes”, comenta sobre a moderniza-
to, experiência, informação, formação ção que a tecnologia trouxe.
e tantas outras preciosidades. Em 1995, começou na Unisul, onde
Nesses 15 anos do curso de Comu- também lecionou edição. Em 2003,
A professora Luciane Zuê dá aulas de Planejamento Gráfico para turmas de Jornalismo em Tubarão e em Palhoça desde o início
nicação Social, a turma do sexto se- trabalhou na Agência Officio Comuni-
mestre da disciplina de Redação III, cação. “Era uma agência pequena.
teve a responsabilidade de abrir o gran- Entrei como jornalista, mas tínhamos
Apaixonada por
formativos”, conta.
Luciane Zuê destaca a importância
do diagramador ser formado em Jor-
máximo da universidade. A exeperi-
ência se guarda para si. E não se
deve se prender ao modelo que
a relação do professor Tadeu Jair Pereira com o curso de Comunicação Social
não começou na sala de aula, e sim no “vaticano”, apelido de uma sala no
prédio sede da Unisul, onde antigamente era o Colégio Sagrado Coração de Jesus,
diagramação nalismo. A forma, a harmonia, o con- existe no mercado. Tem que inovar”. com sistema de internato mantido pelos padres.
Luciane Zuê Zacarioski e Souza, a teúdo, a importância das matérias fa- Luciane Zuê Os professores Laudelino Santos Neto e Eduardo Búrigo de Carvalho começa-
Lú, como é conhecida no Curso de Co- zem parte de um conjunto que resul- Professora das disciplinas de ram a elaborar o conteúdo programático das disciplinas de Jornalismo, o novo
Planejamento Gráfico I e II.
municação Social, formou-se na Uni- tam no produto final. “Se eu nunca curso da Unisul. “ Foi feita uma reunião no ‘vaticano’ e entregaram para mim o
versidade Federal de Santa Catarina mais tiver um texto publicado, não plano de ensino para desenvolver o conteúdo da disciplina de Ética e Legislação.
(UFSC) em 1988 e especializou-se em vou chorar. Mas se eu não puder dia- Em duas semanas fiz o conteúdo”, relembra o professor.
“
Jornalismo pela Unisul. gramar eu vou sentir”, fala Lú. Fazer jornalismo em A história de Tadeu junto à área de comunicação iniciou na década de 60 no
Atualmente leciona as disciplinas de De acordo com a professora, o jor- Tubarão é um ato de jornal A Imprensa de Tubarão. De lá para cá, Tadeu passou por grandes veículos
Planejamento Gráfico I e II em Tubarão nalismo está em constante mudança. heroísmo. Enquanto faz o oba, oba, de comunicação como a Editora Abril e o Jornal O Estado de São Paulo. Em 1982,
e na Pedra Branca em Palhoça, onde É dever do aluno conhecer um pouco está tudo bem. No momento de Tadeu Jair Pereira, Laudelino Santos Neto, João Batista Guedes e o falecido Estener
também é Coordenadora Gráfica do de tudo e depois escolher a área que uma crítica com fundamento, eles Soratto fundam o Jornal da Cidade. Segundo o professor Tadeu, o Jornal da Cidade
Jornal-laboratório Fato & Versão. mais gosta. E para isso acontecer é vêem o jornalista como inimigo, mudou o jornalismo da cidade de Tubarão. Foi o primeiro jornal a fazer entrevis-
Em 1984, foi trabalhar no jornal O necessário fazer a diferença. “Os alu- preferem se fechar e colocar a culpa tas com pessoas importantes de seguimentos comerciais, político, saúde. “Fazer
Estado em Florianópolis, no departa- nos têm que aproveitar e sugar o no Jornalismo, na imprensa. E jornalismo em Tubarão é um ato de heroísmo. Enquanto faz o oba, oba, está tudo
mento de revisão. “Naquela época, o máximo da universidade. A experiên- quando há alguma dificuldade ou bem. No momento de uma crítica com fundamento, eles vêem o jornalista como
processo de diagramação era feito na cia se guarda para si. E não se deve crise cortam a Publicidade. “ inimigo, preferem se fechar e colocar a culpa no Jornalismo, na imprensa. E
máquina de escrever”, comenta. A jo- prender se ao modelo que existe no Tadeu Jair Pereira quando há alguma dificuldade ou crise cortam a publicidade”, diz o professor.
Professor da disciplina de Ética e
vem funcionária do jornal O Estado cir- mercado. Tem que inovar”, aconselha. Legislação
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NÚMEROS
DA BR-101
800 350 73 90
Viagem Parte dos estudantes transita pela 101 para cursar a faculdade
C
riciúma, 64km. Sombrio, dantes de Sombrio para Tubarão. Gas- acadêmica Caroline Almeida, que pas-
fazer o curso de que gosta e curva”. O melhor, afirma, é que
110km. Laguna, 31km. Ara- to R$120,00 por mês para ir da minha sou um ano vindo diariamente de Crici-
por ter feito vários amigos, falta pouco para acabar, já que
ranguá, 87km. Essas são cidade até Araranguá e de lá para Tuba- úma e agora está em Tubarão. “Eu fa-
“graças à BR-101”. está na sexta fase de PP.
apenas algumas das distân- rão são mais R$185,00”, conclui Mul- zia estágio aqui, então saía de casa às
cias encaradas diariamente pelos aca- ler. 13h e voltava por volta de meia noite.
dêmicos de Comunicação Social da Uni- As idas e vindas diárias não afetam Com isso não me sobrava tempo para
sul. Os estudantes residentes nas regi- apenas os acadêmicos. O professor do estudar e com as obras de duplicação
ões da Amrec, Amesc e Amurel são, na curso de Publicidade e Propaganda, Gu- da estrada se tornou comum chegar
maioria das vezes, pessoas que traba- temberg Alves Geraldes, é mais um fre- atrasada na aula”, conta Caroline.
lham durante o dia, saem do serviço qüentador do trecho entre Criciúma e Mas morar sozinho não é um mar de
direto para o ponto de ônibus, estudam Tubarão. “A viagem cansa, mas por ou- rosas como muitos jovens imaginam.
e só depois voltam para casa, chegan- tro lado são duas horas diárias para A acadêmica Júlia Medeiros Bitencourt
do ao final da noite. Além do cansaço e estudar. O problema maior são os atra- morava em Torres (RS) com os pais e
dos riscos da estrada, existe outro em- sos que acontecem de vez em quando”, agora reside em Tubarão. Para ela,
pecilho: o alto custo do transporte. ressalta Geraldes. Para o trecho entre morar sozinha não tem pontos exclusi-
O acadêmico Jabson Muller, residen- Criciúma e Tubarão, de segunda a sex- vamente positivos. “É difícil morar lon- >Heloísa da Silva
>Anderson de Jesus te em Sombrio, sai de casa diariamente ta, é cobrado em média R$170,00. ge da família. Primeiro porque você Henrique, recém-formada
passou quatro anos viajando às 17h30min, retornando à sua cidade Apesar dos sacrifícios, ficam boas perde o conforto de não se preocupar em Publicidade e Propaganda,
diariamente pela BR-101 até somente 00h30min. “A estrada é sem- lembranças. A jornalista recém-forma- com as tarefas domésticas e depois por lembra que, apesar do cansaço
concluir o curso de Jornalismo. pre uma preocupação. Freqüentemente da Kellen Rodrigues conta que o microô- causa da saudade. Mas o bom de mo- e do perigo, a vinda para
“Na minha avaliação, valeu, a gente vê cenas de acidentes e isso nibus tem até comunidade no Orkut. rar aqui é pela liberdade e a facilidade Tubarão era usada para
sim, a pena o esforço”, afirma assusta bastante. Além disso, eu chego “O que mais marca são as amizades”, de encontrar estágios na cidade”, afir- estudar e a volta, para as
o jornalista. tarde em casa e no outro dia trabalho revela. “Ver as pessoas que iam no mi- ma Júlia. festinhas.
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ESTUDANTES >muitos políticos brasileiros têm em seu currículo uma >o movimento mais recente realizado pela União Nacional dos
NO BRASIL passagem pelo movimento estudantil, seja como mero participante ou Estudantes (UNE) foi a ocupação de universidades federais em todo o
> Movimento estudantil sempre faz como presidente de DCEs, UNE, entre outras entidades. Para citar um país. Em protesto por melhorias na estrutura universitária, a entidade
parte da história política do Brasil. exemplo da história recente, o presidente da UNE na época do movi- organizou o “Dia Nacional de Mobilização nas Universidades Pública”,
desde a época da ditadura até os
mento “Fora Collor” era Lindenberg Farias. Depois de mobilizar milhões realizado em 5 de junho. O principal pleito é o incremento à assistência
dias atuais, passando pela era Collor,
os estudantes demonstram de caras-pintadas Brasil afora, Farias elegeu-se deputado federal. estudantil, com reformas nos restaurantes universitários e ampliação da
mobilização e força. Depois, foi eleito prefeito de Nova Iguaçu (RJ). moradia estudantil.
CRÉDITO DE FOTO
O desempenhou um papel
muito importante na his-
tória do país. Os estudan-
tes organizados estiveram presentes
em algumas lutas históricas como o
miu as manifestações com violência e
sete estudantes acabaram presos por
“infringir” a Lei de Segurança Nacio-
nal. O ato foi “abafado” por alguns
veículos de comunicação que eram
to em 2006 por aclamação, ou seja,
sem nenhuma chapa concorrente. “É
muito importante que todos os cursos
tenham sua representatividade através
dos CAs, pois esta é uma ferramenta
Alunos acompanham palestras do movimento estudantil na universidade
movimento “Fora Collor”, derruban- aliados ao governo. Os veículos que de fortalecimento na luta por melhores
do o até então presidente da Repúbli- publicaram o fato tiveram seus mate- condições para os estudantes e por uma
ca. E também, antes, o “Diretas Já”,
defendendo e conquistando o direito
riais confiscados.
Os movimentos estudantis hoje não
educação de qualidade” afirma.
Segundo Fogaça, a entidade precisa
Conquistas de estudantes e
ao voto direto para os representantes
políticos e a resistência contra a dita-
são mais tão atuantes quando o as-
sunto são as lutas sociais. Mas nas
proporcionar uma melhor formação
para os acadêmicos. “Nós atuamos em
professores ao longo dos anos
dura militar.
Em Santa Catarina, a história do
movimento estudantil teve maior re-
instituições de ensino algumas enti-
dades ainda representam e defendem
os interesses dos estudantes, como é
três áreas que consideramos essenci-
ais: cultura, integração dos acadêmi-
cos e contato com os bons profissio-
o primeiro registro em ata do Cen-
tro Acadêmico de Comunicação
Social da Universidade do Sul de Santa
aplicada a parte teórica e não existi-
am laboratórios para ser desenvolvi-
da a prática da matéria.
percussão no ato intitulado “Novem- o caso dos Grêmios Estudantis nas nais”. Catarina – Unisul, Tubarão, foi feito “Nosso protesto foi grande e conse-
brada”, uma manifestação popular escolas de ensino médio e dos Dire- A cultura é uma das ações que mais no dia 14 de dezembro de 1995, quan- guimos adiar a disciplina para quando
organizada pelos integrantes da Ali- tórios Centrais dos Estudantes (DCE) e se destacou, com a primeira feira de do tomou posse a diretoria presidida ficasse pronto o laboratório de fotojor-
ança Renovadora Nacional (ARENA) Centros Acadêmicos (CAs) nas univer- livros do curso e a oficina de Hip Hop e por Max Alexandre Rampinelli, tendo nalismo. A disciplina de Fotojornalismo
durante a visita do então presidente sidades. Grafitagem. como vice-presidente Luiz “Pi” de Frei- I já tinha sido aplicada apenas teórica-
tas. Anos depois, “Pi” foi professor da mente, então a gente não aceitou apren-
FOTOS: ARQUIVO CACOS disciplina de Lingue Portuguesa I do der sem praticar”, conta Matos.
curso de Comunicação Social no Cam- A primeira gestão do Centro Acadê-
pus da Unisul em Tubarão. mico instituiu também o Prêmio CAJU
Já a primeira presidente eleita do de Qualidade, uma iniciativa para pre-
Centro Acadêmico de Comunicação miar os melhores alunos do curso de
Social (CAJU) foi a estudante Daniela comunicação, porém com o passar dos
Stüpp, tendo como vice-presidente o anos foi extinto.
acadêmico Arilson Machado e na dire-
toria, o atual professor da disciplina Disputas
de Telejornalismo II, Rádio I e II e ori- O vice-presidente Arilson Machado
entação de projetos experimentais do foi o candidato de situação na eleição
curso, Rafael Matos. seguinte, contra o acadêmico Cristia-
“Como era o começo do curso, o Cen- no Carrador. O pleito foi conturbado
tro Acadêmico precisava lutar por porque a oposição alegava envolvi-
tudo, desde as estruturas básicas, como mento partidário entre Machado e o
os laboratórios de televisão e rádio, de PC do B. “O Diretório Central dos Estu-
fotografia e gráfico, até as lutas por dantes (DCE) se envolveu na eleição
melhorias do corpo docente e da grade difamando a chapa de situação, nós
curricular”, explica o professor Matos. descemos o morro e fomos na sede do
Na primeira gestão, o CAJU fez uma DCE para esclarecer tudo, foi uma bri-
greve e os estudantes se negaram a ga só”, conta Rafael Matos. Na elei-
fazer a disciplina de Fotojornalismo ção a chapa encabeçada por Cristiano
No Cettalzinho, I Feira do Livro realizada em 2006 integra alunos de Comunicação Social de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda II, pois em todas as aulas era somente Carrador foi a vencedora.
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VIAGENS >o Intercom Regional Sul aconteceu em Passo Fundo >16º Festival Mundial de Publicidade de Gramado
DE ACADÊMICOS (RS) no período de 10 a 12 de maio. Estudantes da Unisul, campus aconteceu no período de 13 a 15 de junho e também contou com a
> Estudantes de Jornalismo e Tubarão, lotaram um ônibus para participar do evento. Eles puderam participação de estudantes do curso de Comunicação Social, campus
Publicidade e Propaganda abriram a acompanhar principalmente debates sobre o mercado e o ensino de de Tubarão, especialmente os de Publicidade e Propaganda. Na
agenda de viagens estudantis com a
comunicação na era da sociedade digital. O evento contou ainda programação do festival, além da premiação, constavam palestras
participação no Intercom Regional Sul.
O segundo evento foi o Festival de com uma mostra de curtas regionais e uma programação cultural, sobre TV Digital, mídias digitais, propaganda multimídia, entre outros
Publicidade em Gramado. com vários shows. temas atuais relativos à publicidade.
Texto PP, Leandro Cardoso Pires, ir à São Pau- fotógrafo italiano Oliviero Toscani. Na
Peterson Crippa da Silva lo em 2005 foi muito importante para época, o profissional era responsável
Edição a trajetória na faculdade. Além de ter pela campanha da grife Benetton, que
Maiara Gonçalves / Mirelli Elias
conhecido vários pontos turísticos da levou às lojas temas polêmicos como
A
s viagens passaram a ser maior cidade brasileira, o grupo tam- racismo e guerra. “As fotos da campa-
uma das ferramentas de bém visitou a Bolsa de Valores paulista nha entre crianças brancas e negras,
ensino do Curso de Comuni- e as principais agências de publicidade nas quais a Benetton buscava mostrar
cação Social. A cada passeio e empresas do país. “A viagem foi mui- a igualdade entre as etnias, foram para
promovido, a sensação de férias entre to boa e bastante divertida. Estivemos mim um ponto chave. Ali notei o quan-
amigos somada à possibilidade de co- em vários veículos importantes. Quero to a publicidade e a propaganda possu-
nhecer a realidade das empresas do ver se neste ano em poder”, ana-
>Rio de Janeiro Grupo de Jornalismo e Publicidade
em viagem em 2005 ramo aproxima ainda mais o acadêmi- participo de mais O prazer de estar em lisa o formando.
co da sua carreira. O prazer de estar em uma viagem”, uma cidade diferente Atualmente, a
uma cidade até então desconhecida diz. Metrotur Turis-
também fortalece o interesse pela ati- O formando de
fortalece o interesse mo de Florianó-
vidade extracurricular. PP Roberto Ambo- pelas atividades polis é a agência
Várias turmas do campus de Tuba- ni Nicolazzi foi extracurriculares responsável por
rão, nos 15 anos de Jornalismo e 10 de um dos acadêmi- promover as ex-
Publicidade e Propaganda, viajaram e cos que participou do Congresso Mun- cursões do curso de Comunicação Soci-
conheceram cidades como São Paulo, dial de Publicidade e Propaganda de al. O diretor da empresa, Cláudio Me-
Rio de Janeiro e Gramado, entre outras. 2003, em Gramado, no Rio Grande do trópole, já levou estudantes para diver-
Visitaram organizações jornalísticas, Sul. A Unisul disponibilizou ônibus e, sos programas da televisão brasileira,
agências de propaganda e participaram acompanhados pelo professor Paulo como o “Altas Horas”, “Domingão do
também de congressos. Em cada uma, Mendes, cerca de 60 alunos estiveram Faustão” e o “Programa do Jô”. As últi-
os alunos estiveram um pouco mais na cidade gaúcha. mas viagens dos alunos foram ao In-
perto o dia-a-dia de cada profissão. Para Nicolazzi, o evento ficou mar- tercom Sul”, em Passo Fundo, e no Fes-
>Alunos da primeira turma de PP já curtiam as Para o estudante da quinta fase de cado principalmente pela palestra do tival de Gramado, no Rio Grande do Sul.
viagen s de estudos