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Sindicato dos Aeroviários de

Porto Alegre
FENTAC
Porto Alegre, 15 de dezembro de 2004 - Ano XIX - Número 45

6 /12
1 hs
Assembléia Geral
17
Nesta quinta-feira (16/12), às 17 horas,
na sede do Sindicato.
Pauta: campanha salarial, crise no setor
CRISE DA VARIG

Aeroviários e aeronautas param, se governo editar MP

e o governo publicar a
S Medida Provisória (MP)
divulgada pelo ministro
da Defesa e vice-
presidente da República, José
Alencar, que permitirá a
intervenção na Varig, os
trabalhadores do setor aéreo
prometem parar o
funcionamento de todas as
companhias aéreas do país.
“Se o governo publicar a MP
nos termos que apresentou ao
público, a aviação no Brasil vai
parar”, afirma o dirigente da
Federação Nacional dos
Aeronautas, Aeroviários e
Aeroportuários (FNAAA),
Osvaldo Rodrigues. A decisão
foi tomada por todos os
sindicatos cutistas do setor, em
reunião realizada esta manhã,
na sede da entidade, no Rio
de Janeiro.
Hoje, os trabalhadores
reúnem-se com o ministro
Alencar, às 16 horas, para
tratar do tema, na sede do
Ministério da Defesa, em
Brasília. Participam da reunião
o presidente da FNAAA e do
Sindicato dos Aeroviários de
Porto Alegre, Celso Klafke, o
vice-presidente da FNAAA,
Gelson Fochesato, a
presidente do Sindicato
Nacional de Aeronautas,
Graziella Baggio, e o piloto
José Caetano Lavorato.

Parlamentares propõe a Alencar edição de nova MP

Depois de participarem de
audiência pública na Comissão
de Representação Externa em
defesa da Varig, na
Assembléia Legislativa,
senadores, deputados federais
e estaduais gaúchos reuniram-
se esta manhã (15/12) em
Brasília, com o vice-presidente
e ministro da Defesa, José
Alencar. Na ocasião, os
parlamentares colocaram a
decisão de não aceitar a
proposta da MP.
O grupo parlamentar misto
criado no Congresso Nacional
em defesa da Varig quer
promover um encontro de
contas entre o governo federal
e a companhia. A minuta de
medida provisória (MP) será
entregue hoje ao ministro da
Defesa, José Alencar. A
intenção é obter permissão do
governo para emitir R$ 3
bilhões em títulos públicos.
Também seria autorizada a
intervenção do Ministério da
Defesa na empresa, para
reestruturação da gestão e
administração da Varig. A FRB
seria substituída no controle,
com o compromisso político de
não haver cisão, venda de
ativos, ou de patrimônio.
Os sindicatos cutistas
propõem o refinanciamento da
dívida, com carência de três
anos dos credores estatais e
15 anos para o pagamento da
dívida global, calculada em R$
9 bilhões. Em qualquer
situação, entretanto, os traba-
lhadores não aceitam abrir
mão do passivo trabalhista.

Campanha salarial
avança
As negociações da
campanha salarial unificada
vem definindo-se de forma
mais concreta nos últimos
dias. A avaliação é dos
dirigentes sindicais que
estão participando da
rodada de negociações com
as entidades patronais.
O SNETA está acenando
com a proposta de reajuste
do índice inflacionário, que
este ano deve chegar a
aproximadamente 6%. A
expectativa é de que o
mesmo ocorra com o SNEA.
Na assembléia geral
realizada na última sexta-
feira (11/12), em frente à
Varig, reunindo cerca de 400
aeroviários, foi aprovada a
flexibilização da proposta
dos trabalhadores, através
da defesa de um novo índice
de reajuste, na ordem de
10%. Para as demais
cláusulas econômicas, ficou
mantido o índice de 15% nas
negociações. Também está
sendo defendida a
prorrogação das cláusulas
da Convenção Coletiva de
Trabalho até 2006.
Além da assembléia, foi
realizado no local um ato em
defesa da Varig, em protesto
à MP divulgada pelo
governo. O presidente do
Sindicato, Celso Klafke,
destacou que, no texto da
medida, os trabalhadores
não terão nenhuma garantia
quanto aos empregos. Além
disso, “a criação da nova
Varig levará à concentração
no setor ao limitar os
investimentos”, diz.
AEROFolha é uma publicação do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, de distribuição gratuita e dirigida.
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Sindicato atento aos
problemas na
Aeromot
O parcelamento dos
salários na Aeromot e outros
problemas relacionados ao
pagamento do PIS e ao
convênio com a Unimed vêm
sendo debatidos com
seriedade pela direção do
Sindicato. A empresa parcelou
o salário em duas vezes,
pagou a primeira parcela (com
um teto de R$ 500,00) e não
anunciou a data para a
complementação dos salários.
Há denúncias de que os
valores referentes ao plano de
saúde vêm sendo desconta-
dos, mas não repassados à
cooperativa. Além disso, a
empresa não renovou o
convênio com a Caixa
Econômica Federal para
pagamento do PIS, mas os
trabalhadores não estão a par
e alguns teriam valores a sacar
nas agências bancárias.
Argentinos
denunciam Varig
A Unión Personal
Aeronavegación de Entes
Privados, que reúne
trabalhadores das empresas
privadas de aviação, na
Argentina, encaminhou
denúncia à FNAAA de que
funcionários da Varig, no
Brasil, estão sendo
transferidos para a Argentina.
O objetivo da empresa é
prejudicar a mobilização
permanente dos trabalhadores
da Varig, em Buenos Aires. A
FNAAA comunicou o caso à
Secretaria de Assuntos
Internacionais da CUT, ao
Itamaraty, e vai tomar todas as
atitudes cabíveis possíveis.
Varig vence ação so-
bre indenização
bilionária
A Varig venceu ontem
(14/12) a causa que tramitava
no Superior Tribunal de Justiça
contra a União, que foi
condenada a pagar uma
indenização pelas perdas
decorrentes do congelamento
tarifário no período de 86 a 92.
A Advocacia-Geral da União
informou que já apresentou
recurso extraordinário contra a
decisão no Supremo Tribunal
Federal . A Varig avalia que a
causa some cerca de R$ 2
bilhões, mas o governo
apontou perdas de R$ 6
bilhões para os cofres
públicos. A cifra correta deverá
ser calculada por um perito.
A Varig alegou no processo
que houve quebra do equilíbrio
financeiro do contrato de
concessão. O Departamento
de Aviação Civil, na época,
teria fixado as tarifas abaixo do
custo das operações, dentro
de uma política de contenção
do avanço da inflação. Com o
reconhecimento do crédito
reivindicado na Justiça há
cerca de dez anos,
especialistas do setor avaliam
que a situação da Varig mudou
para melhor,
independentemente da
solução a ser adotada pelo
governo para salvar a
companhia.
Parecer condena
divisão da Varig
Um parecer técnico
encomendado pelo Sindicato
Nacional das Empresas
Aeroviárias sustenta que a
divisão da empresa em duas
é inviável.