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MONOGRAFIAS DE MATEMATICA Ny 23 INTRODUCAO A ALGEBRA (22 EDIGhO) ARON SIMIS. INSTITUTO DE MATEMATICA PURA E APLICADA RIO DE JANEIRO 1977 DEPARTAMENTO D2 INFORMAGAO CIENTIFICA (DIC) » 2) a “a 8) 6) ” 8) 9) 10) 11) a2) 13) aa) 15) 16) 41) 18) 19) 20) 21) 22) 23) MONOGRAFIAS DE MATEMATICA Alberto Azevedo & Renzo Piceinind ~ Introduyio A Teorte dos Grupos Nathan M. Santos - Vetores o Matrizes (esgotado) Manfredo P, Carmo ~ Introdugho 8 Geonetria Diferencia? Global Jacob Palis Jr. ~ Sistenas Dindzicos Jello Pitenboira de Carvalho - Introdugio 8 Atgebra Linear (esgotado) Pedro J, Fernandez - Introdugio & Teoria das Probabilidades Ric, Robinson ~ Lectures on Handltonian Systems Manfredo P. do Carmo - Notas de Geonotria Rienanniana chain 5. Wnig ~-Anézise Funcsonal @ 0 Problesa de Sturn-Liouville Wolington de Melo ~ Bstabilidade Estrutural em Var: Jaime Lesnes ~ Teoria das Distribuigdes o Equagdes Diferenciais Clévis Vilanova - Elementos da Teoria dos Grupos e da Teoria dos Andis Joan Clatide Doi ~ Cohonologie des Groupes H, Blaine Zavson Jr. ~ lectures on tininal Submanitolds, Yol.2 Flon L, bina - Variedades Diferenciaveis Pedro Mendes ~ Teoremas de -estabilidade ¢ Estabilidade kstrutural em Variedades Abertas Herbert Amann - Lectures on Some Fixed Point Theorens kxerefeios de Matemdtica ~ IPA edades de Dimensio 2 Djairo G, de Figueiredo - Nimeros Irracionais ¢ Transcendentes C.E. Zeeman - Una Introdugio Informal 3 Topologia das Superficies Manfredo P.. do Carno - Notas de um curso de Grupos de Lie A. Prestel - Lectures on Formally Real Fields Avon Simis - Introdugio § Algebra. COPYRIGHT © by ARON SIMIS (1977) Nonhuma parte deste livre pode ser reproduzida, por qualquer procosse, som a permissiio do autor. ANSTITUTO DE MATEMA7TCA. PURA BE APLICADA Rua Luiz de Camies, 68 20,000 - Rio de Janeiro - RI Ao José Morgado, a quem devo o inicio. Justificativa © presente texto partiu de notas Preliminares destinadas a auxiliar os alunos do Curso de Introdugo A Algebra, (no IMPA, verdo de 1975). Subsequentemente, tais notas se transformaram no N2 23 da colegio Monografias de Matemética daquele Instituto e, como tal, tém servido aos estudantes. Como dd-se comumente com textos deste nfvel, a monografia esgotou-se, deixando-me a escolha entre simplesmente imprimir mais exemplares na colegdo de Monografia ou fazer o texto acess{vel a um Piblico mais amplo. Optei pela segunda alternativa, no que oferece. Stimo elemento de propaganda para a Algebra nos meios menos ‘ortodoxos, além de fornecer um desafio ao preconceito vigente de que Algebra . é formalismo simbélico, . # justamente este Gitimo aspecto que constitui novidade no texto. Pensei em oferecer matéria prima para trabalho, tendo sido a idéia (nociva, no meu entender) de "forma acabada" relegado a plano secunddrio. Daf, uma feigho do manuserito: réstico e por vezes, tele- eréfico. Uma tal feicio exige, naturalmente, esforgo intensivo por Parte do leitor. A recompensa, contudo, 6 maior do que resultaria de uma leitura formalista e neuroticamente burilada, H& dois tépicos fundamentais: elementos da teoria dos gru- Pos © noydes de corpos e suas extensbes finitas, Deixei-me guiar guiar pela idéia de fornecer poucas definigées e muitos exemplos; re- sultados que, ordinariamente, apareceriam sob forma de proposigdo ou , - 5 ‘teorema, aqui aparecem livremente na confecgdo dos préprios oxemplos. -ii- . Ficaram de fora bel{ssimos exemplos de grupos cristalogréfi cos, padrdes decorativos e grupos de lacetes, por um lado, e da teo- bia cléssica das equagées (Cardan, Tartaglia, Newton), por outro lado, A-serem ineluidos no texto, acarretaria um aumento desproporcional. . No final do livro estio incluidos varios exerefeios, alguns dos quais sfo reformulagdes de outros entremeados no texto. Além dis- so, hé um apéndice onde sio oxplicadas nogdes usadas correntemente no Curso,tais como a nogéo de relago de equivaléncia, de relagdo de or- dem, etc. Aron Simis Outono de 1977 -ida- fNDICE pag. 1. Introdugdo 4 Teoria dos Grupos 1 1,1, Primetros exemplos 1 1.2, A nog&o abstrata de grupo, Subgrupos ° 10 1.3. Um manancial inesgotdvel: grupos de permutagoes 16 1.4, Isomorfimo de grupos. Teorema de Cayley 20 1.5. Grupos c{clicos. Geradores de um grupo, Aplicagao as 25 regras de casamento nas sociedades primitivas 2. Nogdes sobre Grupos Cléssicos 42 2.1. 0 grupo das rotagdes planas 42 2.2. 0 grupo linear geral 52 3. Grupos Quocientes. Teoremas de isomorfismo. 63 + Iniciag&o A teoria dos corpos e dos polindmios a uma indeterminada 81 4.1. A nogio de corpo . 81 4.2, Polinémios a uma indeterminada sobre um corpo 90 4.3, Aplicagdes ligeiras 4s extensdes de corpos e aos nimeros algébricos 102 APENDICE - NogSes correntes do Curso 110 Exercfcros 115 1. Introdugdée & Teoria dos Grupos 1.1. Primeiros exemplos A natureza 6 prédiga em sistemas que guardam entre si, por diferentes que sejam, certos atributos comuns. A fim de exprossar 0 que hd de comum entre tais sistemas, é conveniente estabelecer alguma linguagem matemética mediante a qual possa-se abstrair certas proprie dades "m{nimas" que permanecem vélidas qualquer que seja o sistema particular em questo. Chega~se ent&o 4 ideia de estrutura (ou conjun to estruturado) em Matematica. Nesta parte de Curso lida-se com un exemplo de tal estrutura: o de grupo. Antes, porém, convém descrever alguns exemplos com os quais Possamos, sempre que necessdrio, experimentar. (A) Nimeros_inteiros. Pelo conjunto % dos nimeros inteiros entenderémos a reu- nifio do conjunto N dos naturais (incluindo 0) e seus negativos. As sim, Z = {...,7-2,-1,0,1,2,...]. Pode-se protestar, argumentando-se que nao se disse af abso lutamente nada que tenha significado matemético, O protesto é vdlido. Podemos amenizar um pouco este impasse, com a seguinte proposta conei liatéria! guponhamos que 6 dado o conjunto N dos nimeros naturais (ineluindo 0) juntamente com a operagao + ea relagao de ordem "usuais". Entio, podemos construir 0 conjunto Z dos inteiros ¢ mu- ni-lo de uma operagio + e de uma relagao de ordem $, de tal modo que NSZ e + e #, restringidas a N, coincidem com as relagdes + e@ S$ usuais definidas em N, Mais precisamente, postulemos a existéncia de um conjunto WN com pelo menos dois elementos, de uma operagao +: NKN*N e de uma relayZo de ordem S em N sujeitos as seguintes exigéncias: (N.1) A relagéo de ordem © 6 boa; quer dizer, todo subconjunto s de NN, tal que §S #9, contém um elemento a tal que ab para todo b€ 8, CN.2) A operagdo + 6 (4) Comutativa: a+ b=bta (ii) Associativa: (a+b) re = a+ (bre) (aii) Cancelativa: atb=ate > bee (N.3) Compatibilidade de + @ St aS b * a+eSb+e para todo cen (N.4) Para todo a,b €N tais que ab, existe c€N tal que ate =b (c & chamado a diferenga entre b e a). Observaco: £ poss{vel mostrar que uma tal estrutura é, num certo sen tide, tinica, Contudo, no nos ocuparemos disto aqui. Em seguida, daremos uma receita répida de como construir Z a partir dos dados acima. Os detalhes deverfo ser preenchidos ac me~ nos uma vez na vida Considera-se 0 produto cartesiano NXW ~ i(a,n) | m,n€ Nhe nele se define a seguinte relagdo de equivaléncie ~ : (ayn) ~ (m,n!) se e sé se mn’ = mten =3- (onde + 6 a operagéo de "soma" om WN). Em seguida, considera-se 0 conjunto queciente Z-NxN/ por esta relagdo de equivaléncia. Em %, definimos uma operagéo + decretando: (myn) 4 (mnt) = (mim nn") : . aS operagao em definigao opera¢ao dada em N Verifica-se que a definigao é boa (isto é, nao depende dos represen- tantes escolhidos das classes da equivaléncia ~). Definimos também uma relagio de ordem em 2: (m,n) = (m*,n') se esd se mn' Ss m+n ordem em definigio ordem em N Verifica-se igualmente tratar-se de uma relag&o de ordem. Seja 0€ N o menor elemento de N (isto é, 05m para todo m€ WN), f facil ver que m+0 =m para todo m€N. Por outro” lado, todo elemento de % & de uma das duas formas (m,0) ou (0,m), com m€WN (sugestéo: dado um elemento (p,q) considere-se, separa- damente, os casos em que pq e a= p). Finalmente, vé-se facilmente que a aplicayéo $: N+Z%, de- finida por @(m) = (m,0) € injetora, o que permite identificar W como subconjunto {(m,0)|m€N} de %. Chamando -N ao conjunto ((O,m) |m€N} CZ, tem-se Z=NU(-N) mediante a identificagio acima. E claro que NN(~N) = (0}. Daf, expresso usual (usada acima) de que Z € o conjunto dos naturais e seus "negativos". Quais as vantagens (ou desvantagens) de Z em relagao a N? Do ponto de vista estritamente da economia, Z parece maior e mais 4- complexo. Este ponto é, contudo, simplista e pode ser razoavelmente vefutado com o argumento de que N ¢ 2% téma mesma poténcia (ou car dinal), isto é, podem ser colocados em bijegdo, e além do mais, Zz é facilmente descrito a partir de N. Vantagens de Z: preenche todos os requisitos que N preen che (com a excegdo dbvia de (N.1)),com um favor adicional, a saber, pode~se dispensar em ( N,4) a exigéncia de que (m,n) $ (m',n') a fim de que exista a diferenga entre (m',n') e (m,n); 0 leitor poderd verificar este fato pessoalmente e dele se convencer. Em particular, a diferenga (0,0) - (m,n) sempre existe, qualquer que seja (m,n) x. Tal elemento seré designado por -(m,n). Se a € 2% designa um elemen. to de Z (abandonando a notagéo (,), de resto pedante), entéo -a é chamado dnverso (aditivo) de a Isolemos esta propriedade: (2) Para todo a € %, existe um elemento (designado por) -a € % tal que a+ (-a) = 0, Isolemos outra propriedade, que jd deveria ter sido verifi cada mais acima (e é imediata): (NX) Para todo a €Z, tem-se a+0=a. Convém isolar tais propriedades por s¢ apresentarem amide em outros exemplos. Elas se incluiraéo entre o conjunto de proprieda- des minimas (ou axiomas) a serem exigidas na definigdo formal de um grupo. « Qbservacdo: Propriedades especiais dos ntimeros inteiros (que nio de~ correm dos axiomas de grupo) serdo revistas nos exercfcios, (Algebra Linear) Os vetores do plano (aplicados na origem (0,0)) podem ser somados pela regra usual do paralelogramo: Visto de outra maneira, temos uma operaydo de adigio em R2-RxR que consiste em adicionar as coordenadas de mesmo nome: (a,b) + (a'jb") = (ata, beb*), Aqui, o sinal + no segundo membro designa a operagdo de adigao usual de niimeros reais, induzida pela operagéo + de nimeros vacionais (por passagem ao limite: cortes de Dedekind) a qual, por sua vez se define a partir da operagdo + em Z acima definida. E féc41 verificar que Re, consequentemente, R? = RXR, munidos das operagdes + assim definidas satisfazem as propriedades (1) e (N) acima descritas para %. Em ambos os casos, a operagao + € comutativa e associativa. A adic&o de vetores no plano estende-se facilmente ao caso de vetores no espago a n dimensdes, isto é, ao R", Observagio: Neste curso somente serd de interesse a operagdc de + em R"- RX ... xR, Num curso de Algebra Linear, salienta-se uma outra operagéo: a de produto de um nimero real por um vetor. s_de_uma_reta_no_plano. Até agora, os exemplos foram todos comutativos, isto é, a operagao + obedecia a lei de comutatividade: a+b = b+a, para to~ dos os elementos a,b. Poder{amos acrescentar aos jd vistos, os exem- plos seguintes: os nimeros racionais 7 0, os nimeros-reais 740, os nmeros complexos # 0, respactivamente munidos da operagio de produ to usual. Queremos agora dar um exemplo néo comutativo, Para tal, so~ mos’ foryados a abandonar a arena dos niimeros propriamente e recorrer a uma situagdo mais geométrica. Consideremos uma reta & no plano (por exemplo, o eixo das abeissas em R”) e consideremos as congruéncias de +, isto 6, os movimentos r{gidos do plano que levam 4% em si mesma. Tais congruén cias ~ designadas gimetrias de 4 - sio de duas espécies: translayao ao longo de 4 de comprimento r€R e€ rotagao de 7 radianos em torno de um ponto de 4 (evidentemente, rotagdes em torno de um mes mo ponto que diferem por um miltiplo de 2r, sio consideradas idénti cas). Designemos por S 0 conjunto das simetrias de 4. Em § introduzimos uma operagaéo que consiste em executar sucessivamente dois movimentos rigidos. 0 leitor certificar-se-d, intuitivamente au menos, de que a aplicag&o sucessiva de duas simetrias conduz a outra simetria de 4, de maneira que tal processo define efetivamente uma operagao om S (por exemplo, todas as rotagSes em torno de pontos de & sao obti. das por translagdes ao longo de 4 seguidas de uma rotagSo arbitra~ riamente escolhida mas fixa de uma vez por todas; a rigor, as sime- trias de 4 Go aplicagSes lineares de R? em R®, de tipo especial, © a operacao de executd-las sucessivamente traduz-se pelo produto das matrizes que representam tais aplicagdes lineares numa base escolhida). £ evidente que a operagdo em S assim definida 6 associati va (a execugio sucessiva de movimentos r{gidos sempre 0 8). As pro~ priedades (I) e (N) de Z permanecem vdlidas neste caso. Por exemplo, a simetria que desempenha o mesmo papel do 0 em Z, é um rotag&o de © (ou 21) radianos em torno de um ponto qualquer de %. Contudo, a operagSo nao 6 comutativa. Com efeito, se a ¢ uma translacdo de comprimento r #0 © se b é uma rotagdo qualquer, entao a.b#b.a (onde . designa a operagho em S$), ( 1 ° 1 2 -2 -1 0 1 al = 1 1 o2 1 ° a1 of 2 o 1 ° -2 2 1 ° go. @ngulo_equilgte: Todos os exemplos descritos anteriormente tinham em comum a Propriedade de que o conjunto em questao era infinito. O exemplo que ora consideraremos, além de ser nio comutativo, é finito. Seja um triangulo equildtero, o qual suporemos centrado* na origem do espayo B®. Consideramos, nfo somente as simetrias pla~ nas de t, mas também suas simetrias espaciais, Sao, ao todo, em nime * ro de seis‘*) assim deseritas: R,! rotagao plana de 0 radianos : z i an, x A \ id rotagZo plana de 20/3 radianos no sentido contrario ao do re- légio. rotagao plana de 40/3 radianos no sentido contraério ao do re- . 1ogio. rotagao espacial de radia~ nos em torno da altura hy, i=1,2,3. Seja G 0 conjunto dessas simetrias, Bm G definimos a operagao que consiste em executar duas simetrias sucessivamente. Veri. fica-se (ao cabo de no maximo 36 execugées !) que o resultado da exe eug&o sucessiva de duas simetrias é ainda uma simetria, de modo que ‘temos uma operagéo em ue Numerando os vértices, conforme a figura abaixo, visualiza. mos melhor a execugdo das simetrias interpretando-as como permntagoes LS Identificamos as simetrias que diferem por uma rotagao de 27 ra dianos, entre os vértices. cy -9- Assim, R, traduz~se por 14 2 203 3091 enquanto que r, traduz-se por t+ 2 20 1 3073 Designando por . a operagao de execugao sucessiva de duas simetrias, tem-se que: RwL 173 203 e rye RE 27 2 34 2 3041 Logo, Ry-ry = Tyg 7 Fg = y+ mutativa. E um bom exercicio efetuar todos os produtos de simetrias e dispo-los conforme a tabela: A simetria que desempenha o mesmo papel de 0 (0€ 2) é, evidente- ‘mente, R,. A fim de completar a tabela acima sem recorrer ao caélculo -10- efetivo dos 36 produtos, o leitor poderé usar alguns expedientes para poupar tempo. Por exemplo, a 1® linha e a 12 coluna s40 preenchidas automaticamente devido ao cardéter privilegiado de R,. Que outras pe (culiaridades podem contribuir para a tarefa de preencher a tabela ? E til, pelo menos a posteriori, observar tais peculiaridades. 1.2, A nogdo abstrata de grupo. Subgrupos. Nesta seco, reuniremos algumas propriedades comuns aos exem plos da segéo 1.1 sob a forma de axiomas, Em todos os exemplos deseri tos, estdvamos de posse de um conjunto G munido de uma operagdo (de signada doravante por .) satisfazendo as seguintes condigSes: (G1) A operaydo . 6 associativa, isto é, a.(b.c) = (a.b).c para todos a,b,c.€ G, (G.2) Existe um elemento e € G tal que a.,e.=e.a =a para todo a€éG. (G.3) Para todo a € G, existe a'€ G tal que a.a’ = a'.a =e. Isto sugere 2 seguinte: Definigaéo - Um grupo é um conjunto G munido de uma operayao satisfa zendo as condigdes (G.1), (G2), (G.3) (chamadas axiomas de grupo). Se, além dos axiomas G.1, G.2 e G.3, 0 grupo satisfizer a propriedade adicional da comutatividade, dir-se-é que G é um grupo co- mutativo ou um grupo abeliano (em homenagem ao matemético noruegués Abel). Note-se que os axiomas G.2 e G.3 nada dizem sobre a unicida. -l1- de de e oude a'. Contudo, segue-se a fortiori dos axiomas a unici dade de e e at, Com efeito, podemos demonstrar a seguinte: Proposicdo - Num grupo G, as equagdes X.a = b e a.Y¥ = b admitem solugo Unica. Se x & uma solugHo da equagio x.a = b, entfo Domonstracd (ua)sat = beat, onde at €G é tal que acat satva = e. Pelo axioma G.1, resulta x.(a.a') = b.a', Pelo axioma G.2, x = x.e = x.(a.a') = bat. Isto ad a pista de uma sdluydo. Substitui- go direta de b.a' na equagdo X.a = b mostra que b.a! é uma so lugéo. Para verificar a unicidade, sejam x, e x, solugdes de a. Daqui que Hy 7 Xy-e = xy Casa") = (xpa).at ~ Uxgradeal = xps(a.a') = xg.e = xy 5 pelos axiomas G.2, G.3 e G.1, respectivamente. A prova para a equayao a.Y-b & andloga. C.Q.D. Observe-se que a unicidade do elemento e é imediata e na- da tem a ver com a proposigdo acima, Com efeito, se e' € G também satisfaz G.2, tem-se e = e.e' ~ e'. Por outro lado, a unicidade do elemento a’ para cada a€ G segue-se facilmente da proposigao aci ma jd que, em particular, a equayio X.a =e tem solugdo Gnica. Exercfeio: Mostre que os axiomas G.1, G.2 e G.3 sAo equivalentes (em conjunto) aos axiomas seguintes, aparentemente mais fracos: (GL): = (G.1) (G.2)': existe um elemento e€ G tal que a.e =a para todo a€G. -12- (G.3)" para todo a € G, existe a'€G tal que a.a' =e. Exexrcfoio: Com os ensinamentos do exerefeio acima, preencha mais rapi damente a tabela da pag. 9. Definico ~ 0 elemento e € G mencionado no axioma G.2 6 chamado oo elemento neutro ou a identidade do grupo G. 0 elemento at do axioma G.3 6 chamado o inverso de a Dorevante, o inverso de um elemento a€G serd designado por at, Especialmente importantes sao os grupos finitos. Para tais grupos é comum e, por vezes, instrutivo, construir uma tabela de mul- tiplicac&o. Procede-se exatamente como no exemplo (D) da seyZo 1.1. Enumeramos os elemontos do grupo G, digamos, e"2,,++.,0,, © dispomo-los como se segue: aan Sate 8nt8y onde a? = ajay 472 n 3 ‘> beneath Uma das principais vantagens de tal tabela é a de permitir comparar rapidamente dois grupos finitos a fim de determinar quao "distintos" tais grupos so (veja a segao 1.4,sobre a nogdo de grupos dsomorfos), Por exemplo, consideremos os dois grupos G,H assim de ~13- finidos: G = {simetrias planas de um quadrado} H = {simetrias espaciais de um ret&ngulo nao quadrado}. Vé-se que G-={e,rg,r3,r4l, onde e = rotacio de 0 radianos, Tg = rotagdo plana de 7/2 radianos, rz ~ rotayao plana de radia~ nos, r4 rotagéo plana de 37/2 radianos. Por outro lado, H-=te',rj,rg,7rj}, onde rj = rotagdo plana de 1 radianos, v3 7 rotagéo (espacial) de = radianos em torno do eixo mediano hori zontal do retanguic, ry = rotagao (espacial) de m radianos em torno do eixo mediano vertical. As tabelas de G © H obtém-se facilmente: © 8 Uma diferenga fundamental entre as duas tabelas é gritante: a diago- nal de G contém além do elemento neutro e, 0 elemento r, , ao pas- so que a de H contém somente o elemento neutro (esta propriedade in depende da ordem em que foram dispostos os elementos para escrever-se a tabela). Observemos as tabelas de G e H mais pormenorizadamente, © subconjunto G, ~le,r,} de G e os subconjuntos H,=(e',r}), Hy = le',r3}, Hy = (e',rj} de H téma propriedade particular de -14- : que o produto de dois elementos do subconjunto é ainda um elemento desse subconjunto. Dizemos de tais subconjuntos que sao fechados (ou estdveis) em relaydo 4 operayao do grupo. B claro que todo grupo G admite pelo menos dois subconjuntos estdveis, a saber, {e] e G. Es- tas consideragdes motivam a seguinte Definigdo - Um subconjunto H de um grupo G é chamado um subgrupo de G se satisfaz as seguintes condigdes: (sG 1) Fe (SG 2) H é fechado em relagéo A operagdo de G, isto é, a,b€ H = a a.bé i (SG 3) H é fechado om relag&o a inversos, isto é, se a€H entio alten. Observemos que um subgrupo G é simplesmente um subconjun- to estdével de G que constitui "per se" um grupo relativamente 4 ope ragao de G induzida em H. Os subconjuntos G) e Hy ,Hy, Hy so subgrupos de G @ H respectivamente. 0 conjunto dos niimeros pares (incluindo 0) é um subgrupe de Z; © conjunto dos {mpares nao é um subgrupo de Z. Em geral, a condigao (SG 3) é essencial para determinar se um dado subconjunto HG 6 um grupo com respeito 4 operagao induzi, da, Assim, por exemplo, o conjunto NCZ dos naturais satisfaz (SG 1) e (SG 2), mas ndo é um grupo com respeito 4 soma usual, Contudo, pode-se provar a seguinte Proposigao ~ Seja G um grupo e HCG um subconjunto fipjto. Se H satisfaz (SG 1) e (SG 2), entéo H & um subgrupo. -15- Demonstragao: Seja HK = fay y+++,4,}, m2 1 (SG 1), Consideremos o 2 1? conjunto Hy = {a,,a2,8 J. Por (SG 2), temos que Hy 6 um subconjunto de H. Logo H, é finito. Necessariamente, ‘1 a, 7 ef para algun m2 2, logo e = ayt.ay = ajt.a? = = (ayheay) att = art, Se m= 2, tem-se ea, , logo e€ H. Se m= 3, e = al} = a,.al?,"Logo e¢ € H por (SG 2). Em qualquer ca- so, tem-se sempre e € H. Para mostrar que H satisfaz (SG 3), seja a€ H um ele- mento qualquer de H. Consideremos os produtos a.ay , asap, +++, asap in £ claro que a.a; = a.ay see sd se i= J. Por (SG 2), tais produ- tos pertencem a H, Como hé n tais produtos, segue-se que * Hm (asay, sees, acayj.@? um particular, ava, =e para algun i, togo ay = era, = (a7 Mea)ay = a4 (acay) = ate = ad. isto 6, atten. c.Q.p. Usando a proposigdo acima, torna-se bastante cdmodo deter- minar todos os subgrupos de um grupo finito olhando-se a tabela do grupo em questao, Exerc{cio: Determine todos os subgrupos do grupo das simetrias espa- eiais de um triangulo equildtero, Exere{cio: Determine todos os subgrupos do grupo % dos mimeros in- teiros. (Sugest&o: use o algoritmo de divisdo om z , ° qual afirma que dados inteiros m, a (a> 0), existem inteiros n,r tais que m= na tr, com O08 r 2. A, é chamado o n grupo alternado em n s{mbolos e é importante na teoria das equagoes. 1.4. Isomorfismos de grupos. Teorema de Cayley. Jé vimos, anteriormente, que dois grupos finitos’ podem ter comportamentos distintos ainda que possuam o mesmo nimero de elemen- tos. Precisamos de uma noyic mais sutil do que a de "nimero de ele- mentos" para decidir se dois grupos s&0 essencialmente iguais, isto &é, se tém tabelas de multiplicayao iguais (caso finito). A matéria prima é 0 conceito de homomorfismo: trata-se de uma aplicagdo £: G4 4H, onde G e H sdo grupos, satisfazendo a condigao: f(a.b) = (a). f(b). (Designamos o produto em G e 0 produto em H pelo mesmo simbolo -21- * 3 nao hd confusao séria nesta ambiguidade). GH é um homomorfis~ A primeira observagao 6 que se mo, ento £(e) € © elemento neutro de H, onde e € © elemento neutro de G,. Exomplo: SejJa {1,-1] © @ o subgrupo multiplicativo dos racionais constitufde por 1 e Seja #: 8, > {1,-1] a aplica~ yo que associa 1 a uma permutag&o par e > auma {mpar, EntZo y & um homomorfismo, Seja £1 G 4H um homomorfismo, Se a aplicagdo £ 6 inje tora (respectivamente, sobrejetora, bijetora), f é dito um monomor. fismo (respectivamente, epimorfisno, isomorfismo). Definicéo ~ Dois grupos G e H sfo isomorfos se existe um isomer fismo Gon Exere{eio: Mostre que 0 grupo G das simetrias planas do quadrado ¢ © grupo H das simetrias (espaciais) de um ret&ngulo n3o aquadrado nao s&o isomorfos, Exerefeio: Mostre que Sj © o grupo das simetrias (espaciais) do tridngulo equildtero sio isomorfos. Para ilustrar o fato de que um mesmo grupo pode aparecer sob formas aparentemente distintas, consideremos o conjunto G consti tufdo pelas seguintes fungdes de R\{0,1} (reta real menos 0 e 1) em RY {0,1}: mie x =22- Nediante a.composigSo usual de fungdes, G constitui um subgrupo do grupo de todas as bijegdes de R\[0,1) em si mesmo (leitor: veri que esta afixmagho). Consideremos a seguinte aplicayao w: G4 Sy e(1) = 1 5 e(4;) o(F3) = Ry » J1,2 » i= 1,243 # claro que » 6 bijetora. Deixamos ao leitor o cuidado de verifi- car que é um homomorfismo (alguma medida de economia em vista?). Logo, @ 6 um isomorfismo, isto 6, 0 grupo acima é essencialmente © grupo simétrico Sq. Toda a importdncia tedrica dos grupos de permutaydes 8, reside no seguinte resultado, devido ao matemdtico inglés A. Cayley (século XIX): Teorema (Cayley) - Seja’ G um grupo finito, Rntéo G é isomorfo a um subgrupo de 8, para algum on. Demonstragio: Suponhamos que G tem n elementos, Mostraremos que G & isomorfo a um subgrupo de 8, ou, o que 6 o mes- mo, a um subgrupo de Sg = erupo das bijegdes de G em G. Defina- mos gi G4 Sq a seguinte maneira: va) =f, onde £,:646G 6 tal que f,(x) = a.x para todo x € G. Precisa mos, primeiramente, verificar que f, é uma bijegao, Ora, como a ope ragdo de grupo é cancelativa, segue-se que £, € injetora; mas £, & também sobrejetora; mas f, é também sobrejetora como se vé facil, -23- mente. Assim, temos com efeito f, € Sq. Verifiquemos que 9 ¢ um homomorfismo (recordamos que a operayao de Sg é a composigao usual de fungSes). Temos que verifi- car que f, 4 fg+f, Para dois elementos a,b € G quaisquer; mas, isto decorre imediatamente da definiyao de e da associatividade do produto em G, Resta verificar que » 6 injetora, do que decorrerd entdo que G 6 isomorfo ao subgrupo 9(G) ¢ 8, , onde (G) ={p(a) |a€G} (Bxercfcio: verifique que «(G) ¢é efetivamente subgrupo de 5,). Su ponhamos entZo que se tenha (a) = 9(b), isto é, que f, = f, + Se~ gue-se que a.x ~ b.x para todo x € G. Bm particular, com x =e, obtemos a = b, C.Q.D. A vantagem do teorema de Cayley é que permite transplantar questSes sobre um dado grupo finito G para questdes sobre permuta- ySes den objetos. Na prética, porém, tal procedimento pode ofere- cer desvantagens, principalmente se G tem muitos elementos. Para ilustrar esta situagdo, consideremos o seguinte Bxemplo: D, = grupo das simetrias espaciais do quadrado. As simetrias Exemplo: Dy so em numero de 8, como segue. L I = rotagio Ry = rotaglo ao 0 rad’, plana de 0/2 raa®, ~24- Ry rotagio plana do 9°/2 rad® [e a, = retagte My = rotagio don ra® om torno do den vd* om torno da ‘una modiana owtra mediana Dy,D, = rotagdos dom ra® em torno das diagonais; respec tivanonto Pelo teorema de Cayley, sabemos que Dy é isomorfo a um subgrupo de Sg. Mas, Sg é bastante abusivo j4 que possui Bl = = 40,320 elementos ... . Seré que é poss{vel ter-se um isomorfismo de D4 com um subgrupo de S, , com n< 8? A resposta é afirmativa e na verdade, podemos escolher n = 4. Deixamos a demonstragdo detalhada e rigorosa a cargo do leitor; a idéia em si é a mesma usada no caso das simetrias do trian gulo equildtero. A saber, enumeramos os vértices do quadrado de 1 a 4. Cada simetria pode ent&o ser "representada" por uma permutagao de 4 simbolos. Esta "representagdo" fornece a aplicagao procurada, que é automaticamente injetora. 0 tinico trabalho é verificar que se tra- -25~ ta de um homomorfismo. Exerefeio: Verifique que a aplicagdo D, + Sq explicada acima ¢ um homomorfismo. Seja D, © grupo das simetrias espaciais de um polfgeno regular de n lados; generalize o exemplo anterior para D, Exercfcio: Soja 3 ="(1.23 4) € 84. Mostre que (s"!n@z) 6 um subgrupo de S, com 4 elementos e que tal subgrupo é ise morfo ao grupo das rotagées planas do quadrado. Exerefeio: Verifique que 0 conjunto das rafzos complexas da equayao x"-1 = 0 constitui um grupo mediante a multiplicagso usual de nimeros complexos. Descreva explicitamente os elementos des, se grupo (em termos da aplicagdo exponencial e” ou das fungdes cos e sen), 1.5. Grupos cfelicos. Geradores de um grupo. Aplicacéio As rogras de casamento nas sociedades primitiva: Até agora, nao demos um algoritmo efetivo de construgao dos subgrupos de um grupo. Dado un grupo finito "concrete" (por exen plo, o grupo das simetrias espaciais de um polfgono regular), pode- se Pensar em usar © computador. Em geral, porém, necessitamos de al- gumas técnicas tedricas que permitam construir subgrupos. Surge entdo, naturalmente, a seguinte pergunta: dado um ~26- grupo G e um subeonjunto S de G, qual é 0 menor‘) subgrupo de G que contém os elementos de S? Evidentemente, o primeiro ca~ so a considerer € 0 caso em que $= {a} é constitufdo por um nico elemento. (0 caso S = ¢ admite H={e} como solugdo do problema). Primeiro, é evidente que se existe um tal Subgrupo H de G, entio H deve conter os produtos a-..a, isto 6, H deve con~ ter todas as ponténcias do elemento a: Via se,at, eee an yee Chamemos (a) este conjunto, Por outro lado, verifica-se imediata~ mente que (a) jé constitui um subgrupo de G. Pela condigaéo do pro ea igualdade H = (a). Assim, o menor sub blema, conclufmos que dé grupo de um grupo G que contém o elemento a € G € © subgrupo. (a) das poténcias de a. Dizemos que (a) 6 gerado por a. Salta aos olhos a semelhanya entre os subgrupos (a) © (b), onde a,b $40 dois elementos quaisquer de um grupo G, Na verdade, existem essencialmente dois tais grupos, conforme indica a proposi¢ao seguinte: Proposigao - Se (a) é um grupo gerado por um elemento a, ent&o ou (a) é isomorfo ao grupo dos inteiros % ou (a) é dsomorfo ac grupo das rotayées planas (isto é, simetrias planas) de um polfgono regular de n Jados, para algum n2 1. Demonstracio: Temos, por definig3o, (a) = {+++ ,a 7 ,e,a,+ BE () Menor aqui refere-se,A relagio ©, de inclusdo de conjuntos. Em outras Pglavras, H é tal que esta contido em todo subgrupo de G que conten os elementos de S. =27- dois casos a considerar: tais que (i) Ndo existem némeros inteiros distintos m,, Mm, 7 om, verifique at=a?, Definamos uma fungio y: 2% + (a) da seguinte maneira: w(m) ~a™ , para todo m€Z. Por definigéo de (a), a” é a forma goral de um elemento de (a). Ig to acarreta ser @ sobrejetora. Por outro lado, » & também injeto- ra pela condig&o (i) em consideragio. Para coneluir que @ é um iso morfismo e que, portanto, (a) e % sao grupos isomorfos, basta de monstrar que p 6 um homomorfismo. Queremos, entéo, mostrar que (m+n) = o(m) + o(n) para todos m,n € 2%; em outras palavras, queremos verificar a regra dos expoentes inteiros num grupo! =a™™ , todos myn € 2, Verifiquemos a validade desta regra. Para m= 0 ou n= 0, a igualdade 6 obviamente verifica- n da. Suponhamos m> 0, n> 0. Neste caso, por definigao, a™a = (atest adr (at seta) —ateset a, usando a associatividade da Bvenes fi vézes man Vezes operayé co perayio de grupo “), Suponhamos m <0, n< 0. Neste caso, temos por definigao: * : (*) opservemos que a+. +a esté definido sem ambiguidade em vir- wm veZss tude ga associatividade por un emprego simples do princ{pio de indugao finita (veja Lista de Exercdcios, Exerc. 4(c)). (-m vezes) (a7hy® (-a vezes) on amin (atm) (0 e n<0 com ne wn ‘ s m > -n. Neste caso, a™ = a™™™ 2 g™M4-M 1019 primeiro caso, 4 que min> 0 e -n> 0. Logo, resulta wn ns ‘ - ama" 2 direita por a+ -n ve- multiplicando a igualdade zes. Observagao: A demonstragio acima envolve, se verificada cuidadosamen te, um argumento de induyao finita. 0 leitor pode tentar uma demonstragao mais elegante e econémica usando o principio de in- dugéo finita, ™ tais que a a’, G4) Existem inteiros distintos m,,m Pela regra dos expoentes (observemos que tal regra 6 sem- Pre vélida, a demonstragZo dada acima nfo usou a condiglo (4) para ¢ elemento a); Supondo, digamos, m) > m, , concluimos assim oue existe um inteiro Positive m tal que a™ =e, Como o conjunto dos inteiros positivos 6 um subconjunto de WN, existe um menor inteiro positivo r tal que a™ =e, ~29- Afirmamos que vale a igualdade (a) ~ie,a,... patty, Com efeito, seja um elemento qualquer de (a). elo algoritmo cuclideano de divisdo (veja Lista de Exere{eios, Exerefcio 4(e)), existem inteiros q e s tais que M=rq+s , OFso » se Q ©, Precisamente, temos a seguinte Proposicao - Se G é um subgrupo finito do grupo ortogonal 6( R’), ent&o ou G-é isomorfo ao grupo cfelico C, , para al- gum n2 1, ou G 6 isomorfo ao grupo das simetrias de um pol{gono regular de n lados, para algun n# 1 (N,.B.: este Ultimo grupo, de signado por D, , é chamado também grupo didrico de grau n). Demonstracgéo: Necessitamos do seguinte Loma - Designemos por R/2™% 0 conjunto quociente de R pele rela gio de equivaléncia ~ definida por: u~b see sé se of = onk, algum k€%. Seja |: R%K/2n% a aplicag&o quociente ca nénica. Entio: (1) R/2nz admite uma Gnica estrutura de grupo tal gue R‘'R/2nZ seja um homomorfismo. (2) Seja @: R+ S9(R?) definida conforme a Proposigdo da pag. 43 A Ginica) aplicagio G: R/anz + 99(R*) talque Gre 6 un isomorfismo de grupos, desde que R/2"Z seja munido da estrutura de grupo da parte (1). DomonstracZo (de Lema): (1) Se +: R+R/2mZ 6 um homomorfismo para una ostrutura de grupo em R/2n% (com operagdo que se- vé designada por +), deve-se ter t(rtr') = t(r) $ t(r') para to- dos r,r' € R. Como todo elemento x de R/2nZ é da forma t(r) para algun r € R, resulta que a tnica operayao poss{vel om R/27Z tal que ' seja um homomorfismo é: xty (nr) feet) = Crt).

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