Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
5-1
ferrítico. Os tipos austeníticos não são magnéti- O 2024-T e o 5052-O são materiais usa-
cos, a menos que excessivamente trabalhados à dos em tubulações de sistemas de uso geral,
frio; considerando que o carbono cromado puro com pressão baixa ou média, como sistema hi-
e as baixas ligas dos aços são fortemente mag- dráulico ou pneumático, com pressões entre
néticos. A figura 5-1, fornece os métodos de 1.000 e 1.500 p.s.i.; e linhas de combustível e
identificação dos cinco materiais metálicos, óleo. Ocasionalmente esses materiais são usados
usando os testes do imã e do ácido nítrico con- em sistemas de alta pressão (3.000 p.s.i.).
centrado. Tubulações feitas com as ligas de alumí-
Material Teste do imã Teste do ácido nítrico nio, 2024-T e 5052-O, resistirão uma moderada
Aço carbono Fortemente Ação química lenta, alta pressão antes de um rompimento. Estes
magnético marron materiais são facilmente flangeados e, são ma-
18-8 Não magnéti- Nenhuma ação cios o bastante, para serem formados com ferra-
co
Níquel puro Fortemente Ação lenta,
mentas manuais.
magnético verde claro Eles devem ser manuseados com cuida-
Monel Ligeiramente Ação rápida, do para evitar arranhões, mossas e cortes.
magnético azul esverdeado A tubulação de aço resistente à corrosão,
Aço níquel Não magnéti- Ação rápida, tanto a recozida como a de 1/4 de dureza, é usa-
co azul esverdeado da extensivamente em sistemas hidráulicos de
alta pressão, para a operação do trem de pouso,
Figura 5-1. Identificação dos materiais metáli- flapes, freios e semelhantes.
cos As linhas de freio externas devem ser
sempre de aço resistente à corrosão, para dimi-
Comparando as marcações em código da nuir o risco de danos causados por pedras, atira-
tubulação substituta com a marcação original da das pelos pneus durante a decolagem e o pouso,
tubulação que está sendo substituída, é possível e pelo manuseio descuidado no solo.
identificar definitivamente o material usado na Embora as marcas de identificação das
instalação original. A designação da liga é es- tubulações de aço sejam diferentes; cada uma,
tampada na superfície das grandes tubulações de normalmente, inclui o nome do fabricante ou
liga de alumínio; enquanto que nas pequenas, a marca registrada, o número SAE, e a condição
designação pode ser estampada na superfície - física do metal.
mas muitas vezes ela é mostrada por um código As tubulações de metal são medidas pelo
de cores. diâmetro externo, sendo indicadas em 16 avos
Faixas com o código de cor e com a lar- de polegada. Então, o tubo número 6 mede 6/16
gura máxima de quatro polegadas são pintadas de polegada (ou 3/8"), e o tubo número 8 mede
nas duas extremidades e aproximadamente, no 8/16 de polegada (ou 1/2"), etc.
meio de algumas tubulações. Quando a faixa é Como acréscimo para outra classificação
composta de duas cores, a metade é usada com ou meio de identificação, as tubulações são fa-
cada uma. Os códigos de cores usados para i- bricadas com várias espessuras de parede.
dentificar a liga de alumínio das tubulações são: Assim, quando um tubo está sendo insta-
Número de liga de alumí- Cor da faixa lado, é importante conhecer não somente o ma-
nio terial e o diâmetro externo, mas também a es-
1100 Branca
pessura da parede do tubo.
3003 Verde
2014 Cinza
2024 Vermelha
2052 Púrpura TUBULAÇÕES FLEXÍVEIS (Mangueiras)
6053 Preta
6061 Azul e Amarelo As tubulações flexíveis são usadas nos
7075 Marron e Amarelo sistemas de tubos, para conectar partes móveis
As tubulações de liga de alumínio, 1100 com partes estacionárias, em locais sujeitos a
(1/2 duro) ou 3003 (1/2 duro), são usadas em li- vibração, ou onde uma grande flexibilidade for
nhas de uso geral com fluidos, sob pressão baixa necessária.
ou desprezível, como as linhas dos instrumentos Elas podem, também, atuar como um
e condutos de ventilação. conector em sistemas de tubulações metálicas.
5-2
Mangueiras sintéticas 3. Alta pressão: todas as medidas até 3.000
p.s.i. de pressões de operação.
Os materiais sintéticos mais usados na
fabricação de tubos flexíveis são: Buna-N, Neo- As marcas de identificação, consistindo
prene, Butyl e Teflon (marca registrada da Du de linhas, letras e números, são impressas nas
Pont). mangueiras flexíveis (ver a figura 5-2). Essas
O Buna-N é um composto de borracha marcações, em código, fornecem informações
sintética, que tem excelente resistência aos pro- como: medida da mangueira, fabricante, data da
dutos do petróleo. Não deve ser confundido com fabricação e limites de pressão e de temperatura.
Buna-S. Não usar para fluidos hidráulicos com As marcações em código auxiliam na
base fosfato éster (Skydrol). substituição de uma mangueira flexível por ou-
Neoprene é um composto de borracha tra da mesma especificação, ou uma substituta
sintética, que tem uma base de acetileno. Sua recomendada.
resistência aos derivados do petróleo não é tão A mangueira adequada, para o uso com
boa como a Buna-N, mas tem melhor resistência fluido hidráulico de base fosfato éster, é marca-
abrasiva. Não usar para fluidos hidráulicos com da com "Skydrol use".
base fostato éster (Skydrol). Em algumas ocasiões, vários tipos de
Butyl é um composto de borracha sinté- mangueiras podem ser adequados para um uso
tica, feito de materiais do petroleo bruto. Ele é idêntico. Portanto, para uma perfeita seleção de
um material excelente para uso com fluidos hi- mangueiras, consultar sempre o manual de ma-
dráulicos, com base fosfato éster (Skydrol). Não nutenção, ou o de peças, para uma aeronave em
usar com derivados do petróleo. particular.
Teflon é a marca registrada Du Pont,
para a resina de tetrafluoroetileno. Ele tem Mangueiras de Teflon
uma extensa gama de temperaturas de operação
(-54ºC a +230ºC ou -65ºF a +450ºF), é compatí- A mangueira flexível de Teflon é proje-
vel com quase todas as substâncias ou agentes tada para satisfazer às condições de altas tempe-
usados e oferece pequena resistência ao fluxo. raturas e pressões, encontradas nos sistemas das
Materiais viscosos e pegajosos, não aderem ao aeronaves. Ela pode ser usada da mesma ma-
Teflon, que tem menos expansão volumétrica do neira que as mangueiras de borracha. As man-
que a borracha e o período de estocagem e o de gueiras de Teflon são processadas e extrudadas,
serviço, que são praticamente ilimitada. no formato de tubo, para um determinado tama-
nho. Elas são cobertas com fios de aço inoxidá-
Mangueiras de borracha vel, os quais são trançados sobre o tubo, para
resistência e proteção.
A mangueira de borracha flexível, con- A mangueira de Teflon não é afetada por
siste de um tubo interno de borracha sintetica, qualquer combustível conhecido, petróleo ou
sem costura, coberto com camadas de algodão óleos de base sintética, alcools, líquidos de re-
trançado e malha de arame, e uma outra camada frigeração ou os solventes normalmente usados
de borracha, impregnada com malha de algodão. em aeronaves. Embora tenha uma alta resistên-
Este tipo de tubulação é adequado para o cia à vibração e fadiga, a principal vantagem
uso com combustível, óleo, refrigerante do mo- dessa mangueira é a sua resistência de operação.
tor e sistemas hidráulicos. Os tipos de manguei-
ras, são, normalmente, classificados pela quanti- Designação do Tamanho
dade de pressão que elas são destinadas a resis-
tir, sob as condições normais de operação. A medida das mangueiras flexíveis é de-
1. Baixa pressão: qualquer pressão abaixo de terminada pelo seu diâmetro interno. As varia-
250 p.s.i. Reforço de tecido trançado. ções de tamanho são em incrementos de 1/16 de
2. Média pressão: pressões até 3.000 p.s.i. Re- polegada, e são idênticos aos tamanhos corres-
forço de uma malha de arame. Menores me- pondentes das tubulações, com as quais elas
didas suportam pressão até 1.500 p.s.i. podem ser usadas.
5-3
Figura 5-2 Identificação de tubulações flexíveis.
5-4
Figura 5-3 Identificação das linhas de fluídos de aeronaves.
5-5
Identificação das Linhas de Fluido TÓXICO (TOXIC) no lugar de INFLAMÁVEL
(FLAM). As linhas contendo materiais que pos-
As linhas de fluido das aeronaves, são sam causar danos físicos, tais como oxigênio,
muitas vezes, identificadas por marcações em nitrogênio ou freon, são marcadas PHDAN
código de cores, palavras e símbolos geométri- (physically dangerous).
cos. Essas marcações identificam a função, o Os fabricantes do motor da aeronave são
conteúdo e o principal perigo de cada linha, tão responsáveis pela instalação original das marcas
bem quanto a direção do fluido. A figura 5-3 de identificação, mas o mecânico de aviação é
ilustra os vários códigos de cores e os símbolos responsável pela sua substituição, quando se
usados para designar o tipo de sistema e seu tornar necessário.
conteúdo. Geralmente, fitas adesivas e decalques,
Na maioria das vezes, as linhas de fluido são colocados em ambos os finais de uma linha,
são marcadas com decalques ou tiras de uma e pelo menos um a mais em cada compartimen-
polegada de largura, como mostra a figura 5-4 to, por onde a linha passa. Além disso, marcas
(A). Em linhas de 4 polegadas de diâmetro (ou de identificação são colocadas próximas de cada
maiores), linhas em ambientes gordurosos, li- válvula, regulador, filtro, ou outro acessório,
nhas quentes e em algumas linhas frias, etique- que faça parte de uma linha.
tas de aço podem ser usadas no lugar de fitas Onde pintura ou etiqueta é usada, as exi-
adesivas ou decalques, como é mostrado na fi- gências de localização são as mesmas, para as
gura 5-4 (B). A pintura deve ser usada em tubu- fitas adesivas e os decalques.
lações, nos compartimentos do motor onde po-
derá haver a possibilidade dos decalques, fitas CONEXÕES
adesivas ou etiquetas a serem sugadas pelo sis-
tema de indução do motor. Os conectores de tubulações ou cone-
Além das marcações mencionadas, cer- xões unem um pedaço de tubo ao outro, ou a
tas linhas podem ser identificadas com marca- uma unidade do sistema. Eles são de quatro ti-
ções adicionais, como a função específica de um pos: (1) conexões flangeadas, (2) conexões sem
sistema; por exemplo, DRENO (DRAIN), VEN- flange, (3) friso e braçadeira, e (4) estampadas.
TILAÇÃO (VENT), PRESSÃO (PRESSURE), A quantidade de pressão que o sistema utiliza é
ou RETORNO (RETURN). normalmente o fator de decisão na seleção de
um conector. O tipo de junta frisada, que ne-
cessita de friso, uma seção de tubo flexível (du-
rite) e braçadeiras, é usado somente em sistemas
de baixa ou média pressão, como os sistemas de
vácuo ou refrigeração do motor. Os tipos flan-
geados, sem flange e estampados, podem ser
usados como conectores em todos os sistemas,
independente da pressão.
5-6
deve ser evitado, uma vez que os seus contatos
causarão corrosão.
5-7
ta, em 16 avos da polegada. Esse é a me-
dida do diâmetroexterno (O.D.) do tubo
e o diâmetro interno (I.D.) da mangueira.
Conexões com tubo rosqueado são codi-
ficados por números após o traço, indi-
cando a medida em oitavos da polegada.
A letra de código do material, como in-
dicado acima, vem a seguir do traço.
5-8
Conexões sem Flange tade fecha a válvula, evitando a perda do fluido
e a entrada de ar.
As conexões sem flange MS (Military A porca de união tem uma rosca de a-
Standard), têm obtido ampla aplicação nos sis- vanço rápido, que permite o acoplamento e o
temas de tubulações de aeronaves. Usando este desacoplamento do conjunto pelo giro da porca.
tipo de conexão, elimina-se todo o flangeamento A quantidade de vezes que a porca tem que gi-
de tubos, e ainda proporciona-se uma conexão rar, varia com os diferentes estilos de acopla-
de tubo segura, forte e digna de confiança. A mentos. Um estilo requer um quarto de volta da
conexão consiste de três partes: um corpo, uma porca de união para travar ou destravar o aco-
luva e uma porca. O corpo tem um ressalto con- plamento, enquanto um outro estilo requer uma
tra o qual a extremidade do tubo apóia-se (ver volta completa.
figura 5-9). Alguns acoplamentos requerem uma
O ângulo do ressalto força o bordo cor- chave para o aperto final; outros são conectados
tante da luva a penetrar na parte externa do tu- e desconectados apenas com a mão.
bo, quando o conjunto é unido. A instalação, das O tipo de alguns acoplamentos, é tal,
conexões sem flange, será discutida em outra que eles devem ser frenados com arame; outros
parte deste capítulo. não necessitam frenagem, porque uma trava
positiva é assegurada por um dente da mola de
travamento, que engraza em um entalhe na por-
ca de união quando o acoplamento estiver to-
talmente engrazado.
A mola de trava automaticamente desen-
graza quando a porca de união é desapertada.
Devido a diferenças individuais, todos os aco-
plamentos de desconexão rápida deverão ser
instalados de acordo com as instruções do ma-
nual de manutenção da aeronave.
Conectores flexíveis
Figura 5-9 Conexão para tubo sem flange.
Os conectores flexíveis podem ser equi-
pados, tanto com terminais estampados como
Acoplamento de desconexão rápida destacáveis, ou eles podem ainda ser usados
com tubos frisados e braçadeiras. Aqueles equi-
Os acoplamentos de desconexão rápida pados com terminais estampados são requisita-
do tipo auto-selante são usados em várias pontas dos pelo comprimento correto ao fabricante e,
de muitos sistemas de fluidos. Os acoplamentos normalmente, não podem ser montados pelo
são instalados em locais onde são freqüentes os mecânico. Eles são estampados e testados na
desacoplamentos de linhas, para inspeção e ma- fábrica, e equipados com terminais padroniza-
nutenção. dos.
Os acoplamentos de desconexão rápida Os terminais dos conectores destacáveis
permitem que uma linha seja desconectada rapi- podem ser separados e reaproveitados enquanto
damente, sem que haja perda de fluido ou entra- não estiverem danificados; quando estiverem,
da de ar no sistema. novos terminais deverão ser usados.
Cada conjunto de acoplamento consiste O conector formado por tubos frisados,
de duas metades, mantidas unidas por uma por- durites e braçadeiras são muitas vezes usados
ca de união. para conectar tubulações de óleo, refrigerante e
Cada metade contém uma válvula, que é manti- sistemas de combustível de baixa pressão.
da aberta quando o acoplamento está conectado, O friso, uma pequena elevação ao redor
permitindo que o fluido saia através do acopla- do tubo ou da conexão, dá uma boa retenção na
mento em qualquer direção. Quando o acopla- borda do tubo que auxilia a manter a durite e a
mento é desconectado, uma mola em cada me- braçadeira em seus lugares.
5-9
O friso pode estar próximo ao final de Coloque o tubo na ferramenta de cortar,
um tubo de metal, ou na extremidade de um com a roda cortante no ponto onde o corte deve
terminal. ser feito. Gire o cortador em torno da tubulação,
aplicando uma leve pressão na roda cortante,
pelo intermitente giro do parafuso de regula-
Processos de Formação de Tubulações gem.
5-10
Faça o corte a aproximadamente meia mais duros. A dobradora de tubos por produção
polegada da ferramenta de flangear. Este proce- é um exemplo desse tipo de máquina.
dimento, mantém as vibrações reduzidas a um A dobradora de tubos por produção mais
mínimo e evita danos ao tubo, se ele, acidental- comum pode acomodar tubulações com o diâ-
mente, golpear o arco de serra ou o cabo da lima metro externo de 1/2 polegada a 1 1/2 de pole-
durante o corte. Assegure-se de que todas as li- gada. Existem dobradoras para medidas maio-
malhas foram removidas do tubo. res, e o princípio de operação é semelhante ao
da dobradora de tubos manual. Os blocos radiais
Dobragem do Tubo são construídos de modo que o raio da curva
varie com o diâmetro do tubo. O raio da curva é,
O objetivo da dobragem de um tubo é normalmente, estampado no bloco.
obter uma curva suave, sem achatamento do Quando uma dobradora de tubos manual,
tubo. Uma tubulação com um diâmetro inferior ou uma dobradora de tubos por produção não
a um quarto de polegada, normalmente pode ser estiverem disponíveis para uma particular ope-
dobrada sem o uso de ferramentas. ração de dobragem, um material de enchimento
Para tamanhos maiores, um dobrador de de composição metálica ou areia seca pode ser
tubo manual, semelhante ao mostrado na figura usado, para facilitar a dobragem. Quando usan-
5-11, é o normalmente usado. do este método, cortamos o tubo ligeiramente
Para dobrar uma tubulação com um do- maior do que o necessário. A medida a mais é
brador manual de tubos, introduza o tubo pelo para fazer uma vedação (pode ser com um peda-
levantamento do cabo da barra corrediça, tanto ço de madeira), em cada extremidade.
quanto possível. Comanda-se a trava sobre o Após vedarmos uma extremidade, en-
tubo e ajusta-se o cabo, para que o total com- chemos o tubo com areia fina e seca e vedamos
primento da luva na barra corrediça esteja em a outra ponta. Ambos os plugues devem estar
contato com a tubulação. firmes para que não sejam expelidos quando o
O zero marcado no bloco radial e a mar- tubo for dobrado. O tubo pode também ser ve-
ca na barra corrediça deverão estar alinhados. A dado amassando as pontas, ou soldando discos
curvatura do tubo, deve ser feita girando o cabo de metal nas extremidades. Após o tubo cheio e
da barra até que o desejado ângulo de curvatura as extremidades fechadas, dobramos o tubo so-
seja obtido, como indicado no bloco radial. bre um bloco com o formato do raio desejado.
Dobramos o tubo, cuidadosamente, para Em outra versão do processo de enchi-
evitar achatamento, pregas ou enrugamento. mento, uma liga fusível é usada no lugar da a-
Um pequeno achatamento em uma cur- reia. Neste método, o tubo é enchido sob água
vatura é aceitável, mas o menor diâmetro de quente com uma liga fusível que derrete a 70º C
uma porção achatada, não pode ser menor do (160º F).
que 75 por cento do diâmetro externo original. Após o enchimento do tubo com a liga,
Tubulações com curvas achatadas, pregueadas ele é retirado da água e, após esfriar, é dobrado
ou irregulares não deverão ser instaladas. Cur- lentamente com a mão em torno de um blo-
vas enrugadas, normalmente resultam de uma co-fôrma ou com a ferramenta dobradora de
dobradura forçada, em um tubo de parede fina, tubos. Após a curva ser feita, a liga é novamente
sem utilizar a ferramenta adequada. Exemplos derretida sob a água quente e removida do tubo.
de curvaturas corretas e incorretas são mostra- Quando usando qualquer um dos méto-
dos na figura 5-12. dos de enchimento, nos certificamos de que
As máquinas dobradoras de tubos, para todas as partículas do enchedor foram removi-
todos os tipo de tubulações, são geralmente usa- das, para que nenhuma delas seja transportada
das em oficinas de reparos e em grandes par- para o sistema no qual o tubo será instalado.
ques de manutenção. Guarda-se a liga fusível de enchimento
Com este equipamento, curvaturas quando estiver livre de pó ou detritos. Ela pode-
adequadas podem ser feitas em tubulações de rá ser derretida e reaproveitada tantas vezes
grandes diâmetros e em tubos feitos de materiais sejam desejadas.
5-11
Figura 5-11 Dobragem de tubos.
Nunca devemos aqueçer esta liga por porque a liga poderá grudar-se no interior do
qualquer outro método que não seja o prescrito, tubo, tornando ambos imprestáveis.
5-12
Figura 5-13 Ferramenta manual de flangear
(flange simples).
Flange Simples
5-13
O diâmetro externo do flange deverá vido e o pino de acabamento encaixado; marte-
estender-se aproximadamente a um dezesseis de lamos o pino até que o seu ressalto encoste no
polegada além da luva, mas não poderá ultra- bloco da braçadeira.
passar em largura ao maior diâmetro externo da
luva. Frisamento
5-14
a - Cortar o tubo no comprimento correto e com c - O aperto final depende da tubulação. Para a
as extremidades perfeitamente em esqua- liga de alumínio acima e, incluindo, 1/2 po-
dro. Remover as rebarbas da parte interna e legada de diâmetro externo, apertar a porca
da externa do tubo. Colocar a porca e a luva em giros de 1/6 de volta (uma face) de cada
sobre o tubo (item 1); vez. Para as tubulações de aço e de liga de
alumínio superiores a 1/2 polegada de diâ-
b - Lubrificar os fios de rosca da conexão e da metro externo, apertar a porca em giros de
porca, com fluido hidráulico. Colocar a co- 1/6 de volta a 1/2 de volta, de cada vez.
nexão em uma morsa (item 2), e manter a
tubulação assentada firmemente e em es- Após a pré-colocação da luva, desconec-
quadro na conexão. O tubo deve apoiar-se tamos a tubulação da conexão e checamos os
firmemente na conexão. Apertar a porca até seguintes pontos, ilustrados no item 3:
que a aresta cortante da luva prenda o tubo. a - O tubo deverá estender-se de 3/32 a 1/8 de
polegada, além da luva piloto; de outro mo-
do o tubo poderá escapar;
b - A luva piloto deverá estar em contato com o
tubo, ou ter uma folga máxima de 0.005 de
polegada nos tubos de liga de alumínio, ou
0.015 de polegada para os tubos de aço;
5-15
Quando reparando linhas danificadas, ser cortado ou flangeado corretamente, para que
seja cuidadoso ao remover todas as rebarbas e possa ser instalado sem dobras e livre de esfor-
limalhas. Qualquer linha aberta que for perma- ços mecânicos. As dobras são também ne-
necer por algum tempo sem utilização, deverá cessárias para permitir a expansão ou contração
ser selada com plugues de metal, madeira, bor- da tubulação, quando exposta a variações de
racha ou plástico; ou então, com tampões. temperatura e, para absorver vibração. Se o tubo
Quando reparando tubulações de baixa for muito fino (abaixo de 1/4 de polegada de di-
pressão, usando um conjunto de conexão flexí- âmetro externo), e puder ser formado com as
vel, deixamos posicionadas cuidadosamente as mãos, curvas ocasionais podem ser feitas para
braçadeiras para evitar que escapem das durites permitir isto. Se o tubo pode ser formado à má-
ou provoquem desgaste; com os parafusos de quina, curvas exatas devem ser feitas para per-
aperto nas partes adjacentes. Se houver a pos- mitir um conjunto perfeito.
sibilidade de desgaste, as braçadeiras devem ser Começamos todas as curvas a uma razo-
mudadas de posição na durite. A figura 5-16, ável distância das conexões, porque as luvas e
ilustra uma conexão flexível e fornece as admis- porcas necessitam ser afastadas durante a fabri-
síveis variações angulares e dimensionais. cação dos flanges e durante as inspeções.
Em todos os casos, um novo conjunto de
Formato das linhas
tubos deve ser formado antes da instalação para
Remove-se a linha do conjunto que esti- que não seja necessário puxar ou torcer o con-
ver danificada ou desgastada, tomando o cuida- junto para conseguir o alinhamento por meio de
do de não aumentar o defeito, ou torcer a tubu- esforço nas porcas de conexão.
la-
ção, para poder usá-la como modelo na fabrica- FABRICAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE
ção da nova peça. TUBOS FLEXÍVEIS
5-16
igual ao diâmetro interno da mangueira, na qual Introduzimos o bocal na porca e aperta-
será instalada. Terminais comuns do tipo luva mos o conjunto (porca e bocal) na ferramenta de
são mostrados na figura 5-17. montagem. Se uma ferramenta de montagem
Para montarmos um conjunto de man- não estiver disponível, um adaptador conjugado,
gueira, selecionamos o tamanho adequado da AN 815, pode ser usado.
tubulação flexível e do terminal. Não devemos Utilizando uma chave na ferramenta de
deixar de cortar a mangueira no comprimento montagem, o bocal é atarrachado, dentro da
correto, usando um arco de serra, equipado com soquete e da mangueira.
uma lâmina de serra de dentes finos. Um espaço de 1/32 a 1/16 de polegada
A seguir prende-se a soquete em uma entre a porca e a soquete, é necessário para
morsa, e a atarraxamos a mangueira no sentido permitir que a porca gire livremente quando a
contrário aos ponteiros do relógio, até que a ferramenta de montagem for removida.
extremidade da mangueira atinja o ressalto ba- Após a montagem, certifique-se de que
tente da soquete (figura 5-18); então, voltamos todo corpo estranho foi removido da parte inter-
um quarto de volta. na da mangueira, após um jato de ar com-
primido.
5-17
A torção do tubo flexível pode ser reco- construção do tubo, bem como a pressão sob a
nhecida pela posição da linha de identificação qual deve operar.
existente ao longo do seu comprimento. Essa li- Curvas que são muito agudas reduzirão,
nha não deve formar uma espiral ao longo da consideravelmente, a pressão de ruptura das
mangueira. tubulações flexíveis abaixo do valor previsto
As tubulações flexíveis devem ser prote- (figura 5-19).
gidas contra o desgaste por meio de um invólu- As tubulações flexíveis deverão ser ins-
cro de material protetor, mas somente onde ne taladas, de tal maneira, que sofram um mínimo
comendável são suportes de fixação mais próxi- de flexão durante a operação. Ainda que as
mos. mangueiras tenham que ser fixadas pelo menos
Uma mangueira nunca deve estar estica- a cada 24 polegadas, o recomendável são supor-
da entre duas conexões. De 5 a 8 por cento do tes de fixação mais próximos.
seu total comprimento, deve ser permitido ter Uma mangueira nunca deve estar estica-
cessário. da entre duas conexões. De 5 a 8 por cento do
O raio mínimo de curva, para tubulações seu total comprimento, deve ser permitido ter
flexíveis, varia de acordo com as medidas e liberdade de movimento, quando sob pressão.
5-18
Remove-se as mossas e arranhões para
nos assegurarmos de que todas as porcas e luvas
estão unidas e, seguramente fixadas pelo flange
da tubulação.
O conjunto de linhas deverá estar limpo
e livre de matérias estranhas.
Conexão e torque
Instalação de tubos sem flange to. Sendo impossível girar a porca com a
mão até o final, usamos uma chave, e ficamos
A porca deve ser apertada com a mão, alertas ao primeiro sinal de chegada ao fim da
até que seja encontrada uma resistência ao aper- rosca.
5-19
É importante que o aperto final comece Algumas instruções de serviço dos fabri-
no ponto em que a porca for atingir o batente. cantes especificam os valores para o torquíme-
Com uma chave, giramos a porca 1/6 de tro e para as instalações de tubulações sem flan-
volta (uma face da porca hexagonal). Usa-se ge (para exemplos, veja a figura 5-22).
uma outra chave na conexão para se evitar um
giro, enquanto aperta-se a porca. TORQUE PARA TUBOS DE AÇO 304 1/8H
Depois que o conjunto de tubos estiver
instalado, o sistema deverá ser testado sob pres-
são. Em uma conexão com vazamento é permi- DIÂMETRO EXTERNO EXPESSURA TORQUE EM
DO TUBO DA PAREDE LBS / POL
tido apertar a porca 1/6 de volta a mais (perfa-
zendo um total de 1/3 de volta). 3/16 0.016 90 110
Se depois de ter apertado 1/3 de volta da 3/16 0.020 90 110
porca, o vazamento persistir, o conjunto deverá 1 /4 0.016 110140
ser removido e, os componentes inspecionados 1 /4 0.020 110140
5/16 0.020 100120
quanto às incisões, rachaduras, presença de ma- 3/8 0.020 170230
teriais estranhos, ou danos causados por aperto 3/8 0.028 200250
demasiado. 1 /2 0.020 300400
1 /2 0.028 400500
1 /2 0.035 500600
Nota: O aperto acima do previsto em uma porca 5/8 0.020 300400
de um tubo sem flange, gira o bordo cor- 5/8 0.035 600700
tante da luva, aprofundando-o no tubo, 5/8 0.042 700850
causando o enfraquecimento naquele 3 /4 0.028 650800
3 /4 0.049 800960
ponto, onde a vibração normal de vôo 1 0.020 800950
causará o cisalhamento do tubo. Após a 1 0.065 16001750
inspeção (se não forem encontradas dis-
crepâncias), reinstale as conexões e repi- TORQUE PARA TUBOS DE AÇO 304-1A OU 347
ta os procedimentos de teste sob pressão. 1A
3/8 0.042 145175
1 /2 0.028 300400
Cuidado: Em nenhuma condição a porca deve- 1 /2 0.049 500600
rá ser apertada além de 1/3 de volta 1 0.035 750900
(duas faces da porca hexagonal); isto
é o máximo de aperto para uma cone- TORQUE PARA TUBOS 6061-T6 OU T4
xão sem que haja a possibilidade de
danos permanentes para a luva e para 1 /4 0.035 110140
a porca. 3/8 0.035 145175
1 /2 0.035 270330
1 /2 0.049 320380
As falhas mais comuns são: 5/8 0.035 360440
5/8 0.049 425525
3 /4 0.035 380-470
1. Flange deformado pelos fios de rosca da 1 0.035 700900
porca. 1 1 /4 0.035 9001100
2. Luva quebrada.
3. Flange quebrado ou cortado. Figura 5-22 Valores de torque para conexões
4. Flange mal feito. sem flange.
5-20
Conexões de latão banhadas com cádmio Uma braçadeira, protegida com Teflon, é
podem ser usadas com tubulações de liga de usada em áreas sujeitas aos efeitos da deteriora-
alumínio. ção causada pelo Skydrol 500, fluido hidráulico
Como prevenção da corrosão, as linhas e (MIL-0-5606), ou combustível.
conexões de liga de alumínio, usualmente são Mas devido a sua pouca flexibilidade,
anodizadas. ele não evita de modo satisfatório o efeito da
As linhas e conexões de aço, se não fo- vibração, como os outros materiais.
rem de aço inoxidável, são banhadas para evitar
ferrugem e corrosão.
Conexões de aço e de latão são, usual-
mente, banhadas com cádmio, ainda que algu- Método de aperto de braçadeiras manualmente
mas possam ser encontradas com banho de ní- Apenas insta- Parafuso de Braçadeira
quel, cromo ou estanhadas. lação inicial. rosca sem fim radial de ou-
Para nos assegurarmos de uma de braçadeiras tros tipos 28
vedação perfeita das conexões flexíveis, e para 10 fios de ros- fios por pole-
evitar que as braçadeiras se quebrem ou danifi- ca por polega- gada.
quem as mangueiras ou durites, seguimos cui- da.
dadosamente as instruções de aperto das braça-
Mangueira de Aperto com a Aperto com a
deiras.
auto-vedação mão. mão.
Quando possível, usamos a chave limi-
aproximadam. 2 voltas com- 2 voltas e
tadora de torque para as braçadeiras. Essas cha-
15 pol./lbs. pletas. meia, comple-
ves são encontradas nas calibrações de 15 e de
tas.
25 polegadas por libras.
Todas as ou- Aperto com a Aperto com a
Na falta das chaves limitadoras de tor-
tras manguei- mão. mão.
que, o método seguido é o de "aperto com a mão
ras aproxi- Mais 1 volta e Mais 2 voltas
mais voltas".
mad- 1/4. completas.
Devido as variações de formato das bra-
25 pol.-lbs.
çadeiras e da estrutura das tubulações flexíveis,
os valores dados na figura 5-23 são aproxima-
dos. REAPERTO DE BRAÇADEIRAS
Um bom julgamento é feito quando se DE MANGUEIRAS
aperta braçadeiras por esse método.
Levando-se em consideração que as co- - Se as braçadeiras não vedarem com o aperto
nexões flexíveis estão sujeitas a cederem ao especificado, examine as conexões e substi-
aperto das braçadeiras ou a um processo de as- tua as partes como necessário.
sentamento, um cheque de verificação do aperto - As instruções acima, são para instalações
deverá ser feito durante alguns dias após a insta- iniciais e não deverão ser usadas para bra-
lação. çadeiras frouxas.
- Para o reaperto de braçadeiras que afrouxa-
ram em serviços, proceda como se segue:
SUPORTES DE FIXAÇÃO 1-Mangueiras sem autovedação - Se a bra-
çadeira não pode ser apertada com os
Braçadeiras de fixação são usadas para dedos não há problema, desde que sem
suportar as diversas linhas dos sistemas da célu- vazamento evidente. Se existe vazamen-
la e do conjunto do motor. Vários tipos de su- to, aperte ¼ de volta.
portes são usados para esta finalidade. A prote- 2-Mangueiras auto-vedantes - Se mais frou-
gida com borracha e a plana são as braçadeiras xas que o aperto manual, aperte e adi-
mais utilizadas. cione mais ¼ de volta.
A protegida com borracha é usada para
fixar linhas em áreas sujeitas a vibração, evitan-
do o desgaste do tubo pelo atrito. Figura 5-23 Aperto de braçadeiras de manguei-
A braçadeira plana é usada para fixar ras.
linhas em áreas não sujeitas a vibração.
5-21
Para a fixação de tubulações metálicas Diâmetro Distância entre suportes (pol.)
de linhas de sistema hidráulico, de combustível externo
e de óleo, usamos braçadeiras sem isolamento O.D (pol.) Liga de Alumínio Aço
para o efeito de continuidade da "massa". Usa-
remos as braçadeiras isoladas apenas para a fi- 1/8 9 1/2 11 1/2
xação de fios. Toda a pintura ou anodização do 3/16 12 14
tubo na parte de contato é removida com a bra- ¼ 13 ½ 16
çadeira. Logo após, verificamos se as braçadei- 5/16 15 18
ras são do tamanho correto. 3/8 16 ½ 20
Braçadeiras e suportes, menores do que ½ 19 23
o diâmetro externo dos tubos flexíveis podem 5/8 22 25 ½
restringir o fluxo do fluido através dele. ¾ 24 27 ½
Todas as tubulações devem estar fixadas 1 26 ½ 30
em intervalos especificados. As distâncias máxi-
mas entre suportes, para tubulações rígidas, são Figura 5-24 Distância máxima entre suportes
apresentadas na figura 5-24. para tubulações de fluidos.
5-22