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MBA em PROJETOS

Por
Leonardo Freitas Garcia

Brasília
Maio de 2002
MBA em Projetos
Turma II – 2001

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONCESSÃO PARA A


PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Trabalho apresentado como


requisito indispensável ao
Curso de Pós Graduação
“Lato Sensu”, Nível de
Especialização.

Por
Leonardo Freitas Garcia

Orientador
Prof. Luiz Antönio Cascão

Brasília
Maio de 2002
Dedico este trabalho aos pesquisadores, que de
alguma forma doam momentos de suas vidas para a
construção do conhecimento.
Agradeço
a todos que contribuíram para este
trabalho e
a minha família, pelo carinho, apoio e
compreensão.
Resumo

Esta monografia avalia, do ponto de vista


econômico, a concessão para a prestação dos
serviços de transmissão de energia elétrica das
Instalações de Transmissão, objeto do Edital de
Leilão 002/2002-ANEEL, interligando as
Subestações de Itumbiara e de Marimbondo,
componentes da Rede Básica do Sistema Elétrico
Interligado Brasileiro.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Cronograma 3.1 Resumo das Etapas do Edital de Leilão


Cronograma 7.1 LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo
Cronograma 7.2 Entradas de Linha nas SE’s Itumbiara e de Marimbondo
Cronograma 7.3 Cronograma Físico-financeiro - Edital de Leilão 001/2001
Gráfico 7.1 Evolução dos Investimentos
Gráfico 7.2 Origem dos Investimentos
Gráfico 7.3 Evolução Acumulada dos Investimentos
Gráfico 7.4 Custos Fixos Anuais – Típico
Gráfico 7.5 Custos Variáveis (Ano 1 a 15)
Gráfico 7.6 Custos Variáveis (Ano 16 a 30)
Gráfico 9.1 Discriminação dos Custos Fixos Anuais - Típico
Gráfico 9.17 Método PAYBACK Simples e Descontado
Gráfico 9.2 Análise do Valor Presente Líquido em Função
do Custo de Capital.
Gráfico 9.2 Gráfico 9.2 – Discriminação dos Custos
Variáveis (Ano 1 a 15)
Gráfico 9.3 Custos Variáveis (Ano 16 a 30)
Quadro 2.1 Política Energética do PT
Quadro 4.1 LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo – Estudo do Corredor
Seleção da Diretriz Básica
Quadro 6.1 Quantidades dos Principais Componentes da LT 500 kV
Itumbiara – Marimbondo, 212 km
Quadro 6.2 Equipe sugerida para o Comissionamento
nas SE’s Itumbiara e Marimbondo
Quadro 7.1 Investimentos – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.2 Orçamento dos Principais Equipamentos – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.3 Custos Fixos Anuais – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.4 Custos Variáveis Anuais – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.5 Programa de Apoio Financeiro a Investimentos
Prioritários no Setor Elétrico
Quadro 7.6 Valor para Financiamento – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.7 Plano de Amortização - Financiamento para Capital
Fixo – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 7.8 Plano de Amortização - Financiamento para Capital
de Giro – Edital de Leilão 001/2001
Quadro 8.1 Orçamento de Custo e Receita do Projeto,
Com Financiamento - Edital de Leilão 001/2001
Quadro 8.2 Orçamento de Custo e Receita do Projeto,
Sem Financiamento - Edital de Leilão 001/2001
Quadro 8.3 Método PAYBACK Simples, Com Financiamento
Quadro 8.4 Método PAYBACK Descontado
Com Financiamento
Quadro 8.5 Análise do Valor Presente Líquido
Quadro 8.6 Resumo das Análises Econômicas
Quadro 9.1 Investimentos – Edital 002/2002
Quadro 9.10 Fluxo de Caixa do Projeto, Com Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.11 Orçamento de Custo e Receita do Projeto,
Sem Financiamento – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.12 Fluxo de Caixa do Projeto, Sem Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.13 Método PAYBACK Simples, Com Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.14 Método PAYBACK Simples, Sem Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.15 Método PAYBACK Descontado, Com Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.16 Método PAYBACK Descontado,
Sem Financiamento – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.17 Análise do Valor Presente Líquido – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.18 Resumo das Análises Econômicas – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.2 Orçamento dos Principais Equipamentos – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.3 Cronograma Físico Financeiro – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.4 Custos Fixos Atuais – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.5 Custos Variáveis Anuais – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.6 Valor para Financiamento – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.7 Plano de Amortização - Financiamento para
Capital Fixo – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.8 Plano de Amortização - Financiamento para
Capital de Giro – Edital de Leilão 002/2002
Quadro 9.9 Orçamento de Custos e Receita do Projeto, Com Financiamento –
Edital de Leilão 002/2002
LISTA DE SIGLAS

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BVRJ Bolsa de Valores do Rio de Janeiro
CBLC Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
CCI Contrato de Compartilhamento de Instalações
CCPE Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão do Sistema Elétrico
CCT Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão
CHESF Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
CND Conselho Nacional de Desestatização
COFINS Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
COPAM Conselho Estadual de Política Ambiental
CPST Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica
CRC Conta de Resultados a Compensar
CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro das Empresas
CUST Contrato de Uso do Sistema de Transmissão
CVM Comissão de Valores Imobiliários
DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
DO Diário Oficial do Estado
DOU Diário Oficial da União
EIA Estudo de Impacto Ambiental
ELETROBRÁS Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
ELETRONORTE Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A
ELETROSUL Empresa Transmissora de Energia Elétrica do Sul do Brasil S.A.
EPE Empresa de Propósito Específico
FEAM Fundação Estadual do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais
GCPS Grupo Coordenador de Planejamento do Sistema Elétrico
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
IL Índice de Lucratividade
IRPJ Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas
ISS Imposto Sobre Serviços
kV Kilo Volt
LI Licença de Instalação
LO Licença de Operação
LP Licença Prévia
LT Linha de Transmissão
MAE Mercado Atacadista de Eletricidade
MW Mega Watt
ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico
PBA Projeto Básico Ambiental
PCA Plano de Controle Ambiental
PND Programa Nacional de Desestatização
PT Partido dos Trabalhadores
PV Parcela Variável
RAS Relatório Ambiental Simplificado
RGR Reserva Global de Reversão
RIMA Relatório de Impacto Ambiental
SE Subestação
SGQT Subgrupo Quindenal da Transmissão
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SPE Sociedade de Propósito Específico
TIR Taxa Interna de Retorno
VPL Valor Presente Líquido
LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 001/2001 155


Anexo 2 Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 com receita 157
anual permitida R$26.416.242,71.
Anexo 3 Avaliações do Edital 002/2002, Receita Anual de R$ 29.276.880,00, 159
sem deságio.
Anexo 4 Avaliações do Edital 002/2002, Receita Anual de R$ 26.788.345,20 e 163
deságio equivalente à 8,5%.
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONCESSÃO PARA A
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

SUMÁRIO

RESUMO 5
INTRODUÇÃO 12
1. O Setor Elétrico Brasileiro 15
2. Mercado 21
2.1 Antecedentes 22
2.2 Especificação do serviço a ser prestado 23
2.3 Preços 24
2.4 A Política Econômica 24
3. Leilão 28
3.1 As Etapas do Leilão 29
3.2 Pré-qualificação 30
3.3 Garantia da Proposta 32
3.4 Resultado da Pré-qualificação 32
3.5 O Leilão 32
3.6 Homologação do Leilão 33
3.7 Pagamento de emolumentos 33
3.8 Compromisso de Constituição de EPE 33
3.9 Cronogramas e Orçamentos de Construção 33
3.10 Outorga da Concessão 34
3.11 Contrato de Concessão 34
3.12 Garantia do Fiel Cumprimento do Contrato de Concessão 35
3.13 Constituição da Empresa de Propósito Específico 35
3.14 Elaboração e Assinatura de Contratos 35
4. Localização 38
4.1 A Localização da Linha de Transmissão 39
4.2 A Localização das Subestções 42
5. Meio Ambiente 43
5.1 Licenciamento Ambiental 45
5.1.1 Etapas do Licenciamento 46
5.2 Licenciamento Simplificado 48
5.3 Autorização de Supressão de Vegetação 51
5.4 Projeto Básico Ambiental 52
5.4.1. Programa de Comunicação Social 52
5.4.2 Programa de Educação Ambiental 53
5.4.3 Programa de Saúde 53
5.4.4 Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico 53
5.4.5 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas 54
5.5 Potenciais Impactos Ambientais Negativos 54
5.5.1 Nas Subestações 54
5.5.2 Na Linha de Transmissão 54
6. Engenharia 56
6.1 Aspectos Técnicos 58
6.1.1 Levantamentos de Campo 58
6.1.2 Terrenos e Servidões 58
6.1.4 Aquisição 61
6.2 Características básicas da Linha de Transmissão de 500 kV 62
Itumbiara – Marimbondo
6.3 Características básicas das obras nas Subestações de 64
Itumbiara e de Marimbondo
6.4 Comissionamento das Obras das Subestações 65
6.5 Testes e Ensaios 66
7. Orçamento de Receita e Custos – Edital de Leilão 68
001/2001 ANEEL
7.1 Investimentos para o Edital de Leilão 001/2001 ANEEL 70
7.2 A implementação das Instalações de Transmissão 74
7.3 Receita Anual Permitida 87
7.4 Custos Fixos 90
7.5 Custos Variáveis 93
7.6 O Financiamento 98
8. Avaliação do Edital de Leilão 001/2001 ANEEL 101
8.1 Método do PAYBACK Simples 108
8.2 Método do PAYBACK Descontado 110
8.3 Método do Valor Presente Líquido 112
8.4 Método do Índice de Lucratividade 114
8.5 Método da Taxa Interna de Retorno 115
8.6 Conclusões das avaliações do Edital de Leilão 001/2001 116
9. Avaliação do Edital de Leilão 002/2002 ANEEL 117
9.1 Receita Anual Permitida 123
9.2 Custos Fixos 124
9.3 Custos Variáveis 125
9.4 Fluxo de Caixa 135
9.5 A Avaliação 135
9.5.1 Método do PAYBACK Simples 135
9.5.2 Método do PAYBACK Descontado 138
9.5.3 Método do Valor Presente Líquido 141
9.5.4 Método do Índice de Lucratividade 142
9.5.5 Método da Taxa Interna de Retorno 143
9.6 Conclusões das avaliações do Edital de Leilão 002/2002 145
10. Conclusão 147
Anexos 154
Bibliografia 167
MBA em Projetos

Introdução

12
MBA em Projetos

A anulação, em janeiro de 2002, do resultado do leilão das Instalações de Transmissão


interligando as Subestações de Itumbiara e de Marimbondo por uma Linha de
Transmissão de energia elétrica em 500 mil volts nos instigou à elaboração e análise de
viabilidade econômica considerando, inicialmente, as condições estabelecidas no Edital
de Leilão 001/2001 ANEEL, Lote C.

Com a publicação do Edital de Leilão 002/2002, em abril de 2002, licitando novamente as


instalações, desta vez Lote G, vimos a possibilidade de complementar os nossos estudos
visando a nova composição das instalações e a receita anual permitida para a prestação
dos serviços.

A viabilidade foi avaliada em relação a nossa compreensão e disponibilidade de dados


referente às instalações do gênero. A partir dos editais de leilão foram feitas estimativas
para a implantação, operação e manutenção do sistema de transmissão. Os valores para
a composição dos orçamentos para a elaboração dos projetos e aquisição dos
equipamentos foram objeto de entrevistas com os principais projetistas e fornecedores do
mercado.

Assim, procuramos trazer à luz aspectos gerais e amplos desde a preparação para a
participação do leilão até a decisão final quanto ao lance da proposta de receita para a
prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica.

O Capítulo 1 destaca as inovações introduzidas com o novo modelo do setor elétrico a


partir dos leilões das concessões dos sistemas de transmissão da Rede Básica do
Sistema Elétrico Interligado.

O estudo de mercado num projeto estima a quantidade de bens ou serviços que a


sociedade estaria disposta a consumir. No caso de Instalações de Transmissão do setor
elétrico esse estudo é realizado num momento anterior à publicação do edital de leilão da
concessão. Ao investidor cabe a decisão de participar ou não com os seus recursos. O
Capítulo 2 especifica o serviço a ser prestado, o preço pela prestação dos serviços e
destaca os aspectos da política econômica que podem influenciar a decisão de investir
no projeto.

As condições estabelecidas nos editais de leilão são resumidas no Capítulo 3.

13
MBA em Projetos

As Instalações de Transmissão são compostas de uma linha de transmissão e de suas


entradas nas subestações situadas em suas extremidades. Os estudos locacionais, em
projetos como esse, faz sentido apenas no caso da linha de transmissão, pois as
entradas de linha são previamente determinadas. O Capítulo 4 discorre sobre a
localização do projeto.

O Capítulo 5 – Meio Ambiente esclarece, de forma ampla, as etapas do licenciamento e


dos programas do Projeto Básico Ambiental para a compreensão dos custos e prazos.

O Capítulo 6 – Engenharia aborda os aspectos técnicos relacionados às fases de


implantação, operação e manutenção.

Os investimentos necessários ao edital 001/2001 e como deverão ser compostos são


descritos no Capítulo 7 – Investimentos.

No Capítulo 8 se dá a avaliação econômica do edital 001/2001 e, logo após, no Capítulo


9 do edital 002/2002.

No Capítulo 10 – Conclusão estão expostos os resultados dos nossos estudos.

14
MBA em Projetos

Capítulo 1 – O Setor Elétrico Brasileiro

15
MBA em Projetos

1. O Setor Elétrico Brasileiro

A necessidade de energia elétrica em economia de escala, as dimensões do Brasil e os


recursos hídricos influenciaram a criação, na década de 60, de um sistema elétrico
centralizador. O estado impulsionou a implementação de grandes hidrelétricas e de seus
sistemas de transmissão através das empresas estatais. As dimensões dos projetos para a
geração e transmissão resultaram em grandes dispêndios com ativos fixos e a cooperação
entre as empresas, naquela época, se mostrou mais eficiente.

A ELETROBRÁS foi criada em 1963 para controlar os ativos de geração e transmissão de


quatro empresas estatais, ELETRONORTE, CHESF, FURNAS e ELETROSUL, além de ser
responsável, também, pela expansão da oferta através do planejamento do sistema e pela
coordenação da operação do sistema elétrico interligado.

O modelo de então deixava a distribuição de energia elétrica a cargo dos governos estaduais
enquanto a ELETROBRÁS se concentrava na geração e transmissão.

Em 1965, a regulação do sistema passou a ser feita pelo Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica – DNAEE, respondendo pelas outorgas de concessões para os serviços de
geração, transmissão e distribuição.

As tarifas de energia elétrica foram unificadas no Brasil, a partir de 1974, devido às elevadas
taxas anuais de inflação. Na intenção de controlar a inflação, as tarifas passaram a ser
administradas pelo Ministério da Fazenda em 1975. Para garantir que as pequenas
empresas tivessem um retorno de seus ativos e pudessem sobreviver foi adotado um
mecanismo que assegurava às empresas um retorno mínimo de 10% sobre os ativos. Foi
criado, então, a Conta de Resultados a Compensar, CRC, mecanismo em que os resultados
positivos e negativos eram acumulados para acerto posterior.

As empresas do setor responderam aos incentivos oferecidos impulsionando rapidamente a


oferta de energia e tiveram o seu sucesso espelhado pela capacidade de geração elétrica
instalada 55.512 MW e pelos 153.406 km de linhas de transmissão com mais de 34 kV.

16
MBA em Projetos

Porém, a crise econômica iniciada em meados da década de 70 fez com que o modelo
apresentasse alguns problemas e que refletiram nas necessidades de mudanças no setor
elétrico mais tarde. Foram caracterizados, abaixo, os problemas do setor, reconhecidos
como as principais causas do esgotamento do modelo implantado nos anos 60.

• A eficiência não era motivo de preocupação, pois o retorno do investimento era


garantido.
• As tarifas foram utilizadas como ferramenta antiinflacionária para aliviar o efeito da
crise econômica, especialmente a partir de meados da década de 70.
• A necessidade de alavancagem de empréstimos foi aumentada e as receitas, ao
mesmo tempo, diminuíram.
• Aumento dos custos dos projetos devido ao serviço da dívida.
• Aumento dos custos devido às questões ambientais que o empreendedor passou a
ser obrigado.
• Alguns estados utilizaram suas empresas de energia elétrica para o financiamento
indireto de seus déficits públicos no início dos anos 80, momento em que os bancos
comerciais estaduais tiveram dificuldades.
• Algumas instituições públicas, inclusive grande consumidoras, passaram a não pagar
suas contas de energia elétrica causando grandes dificuldades financeiras aos
prestadores dos serviços.

O início das reformas do setor elétrico brasileiro se deu com o fim da tarifa única1, em 1993,
com a determinação de que as estruturas de custos das empresas formariam a nova base
para a fixação das tarifas, com a eliminação dos créditos acumulados de CRC e com o
estabelecimento de tarifas diferenciadas para o suprimento, geração, e fornecimento,
distribuição.

1 A Lei 8.631, 1993, dispõe sobre a fixação dos níveis das tarifas para o serviço público de energia elétrica e extingue o Regime de
Remuneração Garantida.

17
MBA em Projetos

Porém, a aprovação da Lei Geral de Concessões2 estabelecendo as regras para a licitação


das concessões foi o grande momento da reestruturação e privatização do setor elétrico.
Outro dispositivo legal criado para fortalecer o programa de privatização, estabelecia que as
antigas concessões poderiam ser renovadas ou novas concessões concedidas se a empresa
estatal se submetesse à desverticalização, ou seja, a separação da geração, transmissão e
distribuição3, Este mesmo dispositivo introduziu, também, o conceito de produtor
independente de energia elétrica, permitindo que a empresa produtora pudesse vender sua
energia a consumidores livres, aqueles definidos com carga de 10 MW e tensão de 69kV.

A ELETROBRÁS contratou a consultoria da Coopers & Lybrand para que projetasse o novo
modelo para o setor elétrico no Brasil. Em meados de 1997 a consultora apresentou o seu
relatório recomendando:
• Criação de um Mercado Atacadista de Energia Elétrica, MAE, com a função de
intermediar todas as transações de compra e venda de energia elétrica.
• Estabelecimento de “contratos iniciais”, necessário para a fase de transição para o
mercado competitivo. A idéia dos “contratos iniciais” foi apresentada para resolver o
problema da variação de custo entre a “nova energia” e a “velha energia”. Contrato
mandatório que submete os compradores de energia um mix contratos de preço
diferentes o que tornaria o novo custo médio da aquisição similar ao custo anterior a
tais contratos.
• Desmembramento dos ativos de transmissão.
• Criação do Operador Independente do Sistema.

A implementação do novo modelo demandou, também, uma mudança no ambiente


regulatório. Em 1996, o DNAEE foi substituído pela Agência Nacional de Energia Elétrica4,
ANEEL, com as seguintes tarefas, além de outras:

2 Em 1985, foi sancionada a Lei 8.987, que dispõe sobre o Regime de Concessão e Permissão da Prestação de Serviços Públicos
previsto no art. 175 da Constituição Federal.
3 A Lei 9.074, de 1995, estabeleceu as normas para a outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos.
Disciplinou o regime de concessões de serviços públicos de energia elétrica, criou o “produtor independente de energia elétrica” e,
ainda, estabeleceu a possibilidade de os consumidores livres terem direito à contratação de energia, inicialmente de produtores
independentes e, após cinco anos, de qualquer concessionária ou produtor de energia. Pela lei as concessões terão prazo de 30 anos
para os serviços de distribuição e transmissão e de 35 anos para a geração
4 A Lei 9.427, de 1996, instituiu a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e disciplinou o Regime das Concessões de serviços
públicos de energia elétrica.

18
MBA em Projetos

i. Estabelecimento de parâmetros de qualidade de serviço aos consumidores


ii. Licitar novas concessões de geração, transmissão e distribuição
iii. Garantir a operação do MAE
iv. Estabelecer critérios para os custos de transmissão
v. Proceder a revisões tarifárias no varejo

Assim, calcada no livre mercado, em 1998, foi criado o MAE5, com a previsão de
comercializar quase totalidade, até 2005, da energia gerada. Foi definida, também, a
situação diferenciada do grande consumidor de energia com direito à liberdade de opção
pela fornecedora de energia elétrica, diminuindo o mercado cativo da distribuidora, como
medida de incentivo à abertura crescente do mercado e à maior competição no setor.

O MAE foi criado espelhando a Bolsa de Valores, funcionando através da auto-regulação,


enquanto a agência reguladora faria o papel que tem a CVM, caberia aprovar o Acordo de
Mercado e as medidas de controle e supervisão das atividades do mercado auto-regulado.

Ocorre que os cenários presentes quando da definição desta estrutura regulatória vieram a
modificar-se ao longo dos últimos cinco anos. Um dos principais fatores foi a interrupção da
privatização das geradoras em contraste com a das distribuidoras de energia.

Os reflexos surgiram com os anos, a falta de investimentos em geração de energia, as


estatais estavam impedidas de investir e a iniciativa privada não visualizava condições
seguras para que o investimento apresentasse o retorno esperado, culminou com o
racionamento, a cobrança de sobre-tarifas e os cortes de fornecimento de energia elétrica.

Várias irregularidades ocorreram, no âmbito do MAE, acarretando atrasos na contabilização


das operações de compra e venda de energia elétrica e a não implementação das Regras e
Procedimentos de Mercado necessários à efetiva operação do MAE. Em especial houve
problemas com as normas relacionadas à liquidação financeira, ocasionando sérios

5 O Decreto 2.655, de 1998, regulamentou o Mercado Atacadista de Energia Elétrica e definiu as regras de organização do Operador
Nacional do Sistema Elétrico - ONS, de que trata a Lei 9.648 de 27.05.1998 e revogou os Decretos 73.102 de 07.11.1973 e 1.009 de
22.12.1993.

19
MBA em Projetos

prejuízos aos participantes e várias disputas entre os agentes. Em conseqüência destes


fatos, foi definida pela ANEEL a intervenção no MAE e na sua administradora, ASMAE.

E, dessa vez, a reforma do setor elétrico implicaria na definição de diversos aspectos


relevantes, como a concentração, nas mãos do Ministério de Minas e Energia, da
responsabilidade direta pela implementação dos mecanismos de realocação de energia e de
mitigação do risco energético. Sob a tutela do Poder Público deverá estar o funcionamento
do mercado de compra e venda de energia elétrica, através do novo MAE, incluindo o
arbitramento de preços e a solução de impasses e de divergências entre os agentes.

É nesse novo cenário que as oportunidades para investimentos privados no setor elétrico
estão sendo oferecidas. Fundamentalmente, o setor elétrico deixa de ser impulsionado pelo
Estado e passa a ser impulsionado pelo mercado [Ferreira (1998)] E, com base nos
conceitos de avaliação econômica e financeira foi elaborado este trabalho.

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MBA em Projetos

Capítulo 2 – Mercado

21
MBA em Projetos

2. Mercado.
O estudo de mercado em um projeto consiste em prever a quantidade de bens ou serviços a
serem produzidos em função do que a sociedade está disposta a consumir durante a vida útil
do empreendimento. Assim, o estudo de mercado foi dividido em duas etapas.
• Antecedentes.
• Análise.

2.1 Antecedentes
O estudo de mercado e a determinação do seu tamanho, para as Instalações de
Transmissão do Edital de Leilão 001/2201 e 002/2002 – ANEEL, foram previamente
estimados pelo Subgrupo Quindenal da Transmissão – SGQT, do GCPS, substituído pelo
Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos – CCPE,
vinculado à Secretaria de Energia do Ministério de Minas e Energia – MME.

Com a implantação da Interligação Norte-Sul II, sistema de transmissão em 500 kV entre o


Sistema Elétrico Norte, SE de Imperatriz, situada no Estado do Maranhão, e o Sistema
Elétrico Sul-Sudeste, SE de Samambaia, situada no Distrito Federal, permitido o intercâmbio
de 2.500 MW foi recomendado a implantação das Instalações de Transmissão em 500 kV
entre as Subestações de Itumbiara e Marimbondo1.

Assim, a determinação da demanda pelo investidor apenas teria sentido se os preços pagos
pelos serviços fossem livres, os quais influiriam sobre o montante das receitas estimadas no
orçamento de receitas e despesas do projeto.

Quanto à oferta de energia elétrica, o País passou por um racionamento, com cobrança de
sobre-tarifas e impondo cortes de fornecimento aos consumidores, durante a segunda
metade do ano de 2001 até o mês de fevereiro de 2002. Um dos principais fatores foi a
interrupção da privatização das geradoras em contraste com a das distribuidoras de energia.
A indefinição de uma política energética clara e à ausência de um marco regulatório não
estimulou a iniciativa privada a investir na geração de energia.

1 Para mais detalhes veja “EMPREENDIMENTO ITUMBIARA – MARIMBONDO – ESTUDOS DE SISTEMAS.”

22
MBA em Projetos

Esperando que os investidores apareçam a ANEEL deverá licitar 17 novas usinas


hidrelétricas no ano de 2002, com capacidade para gerar 4.318 MW, megawatts. Estas
usinas deverão entrar em operação entre o final ano de 2006 e início de 2007. E para que
estas usinas forneçam os seus produtos no mercado precisarão contar com a construção de
linhas de transmissão, quer para a sua conexão quer para o reforço do sistema elétrico.

2.2 Especificação do serviço a ser prestado


O Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica é concedido pela União2, através da
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, autarquia federal, responsável pela
regulação, controle, e fiscalização por licitação na modalidade de Leilão.

Os serviços serão prestados pelo prazo de 30 anos e para tanto deverão ser construídos3:
• Linha de Transmissão de 500 kV entre as SE’s de Itumbiara e Marimbondo, ambas
situadas no Estado de Minas Gerais. Com comprimento de 212 km, em estruturas
autoportantes e metálicas, com 3 fases, sendo que cada fase será composta de 3
cabos RAIL.
• Obras de ampliação nas SE’s de Itumbiara e Marimbondo para a construção de duas
Entradas de Linha e demais instalações necessárias.

Porém, são exigidos do empreendedor que os serviços sejam prestados com:


• Continuidade
• Segurança
• Atualidade
• Cortesia
• Modicidade das tarifas
• Integração social
• Preservação da natureza

2 Conforme artigo 2o, inciso I, da Lei número 8.987, de 1995.


3 As especificações técnicas detalhadas fazem parte dos seguintes documentos anexos do Edital de Leilão 001/2001 e 002/2002 –
ANEEL:“EMPREENDIMENTO ITUMBIARA – MARIMBONDO – ESTUDO DE ESCOLHA DO CONDUTOR E
TRANSITÓRIO” e “RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES
EXISTENTES”.

23
MBA em Projetos

Para cumprir com estas exigências deverão ser empregados materiais e equipamentos de
qualidade, efetuar com regularidade manutenção das instalações de forma a garantir
elevados níveis de regularidade, eficiência, segurança.

2.3 Preços
Pela construção, operação e manutenção das Instalações de Transmissão o empreendedor
deverá receber a Receita Anual Permitida, dividida em 12 parcelas mensais. A garantia dos
pagamentos se dará através de vinculações de recebíveis dos usuários do sistema4.

Para o primeiro Leilão, ocorrido em junho de 2001, não seriam aceitas propostas superiores,
ao estabelecido em edital pela ANEEL, de R$ 20.607.560,00, a proposta vencedora foi de
R$ 18.594.000,00, representando um deságio de 10,2271%. O Edital de Leilão 002/2002
estabeleceu o limite teto de R$ 29.276.880,00, um valor 42,0686% superior ao edital
001/2001. A proposta vencedora do Edital de Leilão 002/2002, assim como a do edital
001/2001, deverá ser aquela que ofertar os serviços pela menor Receita Anual.

Receitas advindas de outras atividades, além da prestação dos serviços públicos de


transmissão de energia elétrica, como transmissão de dados, imagens e vídeo, não serão
consideradas neste trabalho. Porém, deve ser levado em consideração pelos investidores
ainda na fase de implantação, pois, os custos serão reduzidos se comparados com aqueles
a serem realizados depois da entrada em operação comercial das Instalações de
Transmissão.

2.4 A Política Econômica


Uma visão adequada do mercado exige uma análise das influências relativas a fatores como
o racionamento de energia em função de crises de abastecimento, a fixação de preços e
impostos e outros que tenham origem em decisões de natureza política.

Fatos políticos recentes permitem que sejam feitas apreciações positivas acerca da
influência que a manutenção da atual a política econômica para o setor elétrico teria sobre o

4 Conforme Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão, CPST, Contrato de Uso do Sistema de Transmissão, CUST, e seu
anexo Contrato de Constituição de Garantia, a serem celebrados entre o Operador Nacional do Sistema Elétrico, ONS,
representando as concessionárias de transmissão e o empreendedor. Para mais detalhes sobre os contratos veja o Glossário.

24
MBA em Projetos

projeto. O último lance positivo para o setor privado foi a conversão em Lei da Medida
Provisória 14, no dia 10 de abril de 2002, que estabelece socorro às empresas do setor
elétrico para compensar as perdas do racionamento e define, também, critérios de
contratação da chamada energia emergencial. Não se pode esquecer que as mudanças no
setor elétrico tiveram início marcante no primeiro mandato do atual Presidente da República.

Entretanto, há possibilidade da atual política ser modificada em função do resultado das


eleições de outubro de 2002 para os principais cargos no País. O partido de oposição ao
atual governo, o Partido dos Trabalhadores, tem uma política energética totalmente inversa
do atual modelo que o governo vem tentando implementar. Os principais pontos da proposta
da oposição são mostradas no Quadro 2.1. “Política Energética do PT”. Esta política poderá
afetar investimentos no setor na medida em que os investidores não compreendam
claramente quais seriam os resultados das mudanças.

25
MBA em Projetos

Quadro 2.1. “Política Energética do PT”5

A Política Energética do PT

Planejamento Tarifas
As necessidades de novos investimentos Seriam reguladas pelo governo,
seriam definidos pelo governo, mas conforme os custos do serviço.
haveria espaço para sugestões da Empreendimentos novos, com custos
iniciativa privada maiores que os antigos, teriam
compensação

Leilões Contratos
Blocos de energia seriam disputados em Os contratos em vigor ente geradoras e
licitações por empresas estatais e distribuidoras seriam revistos. A abertura
privadas interessadas em investir. Vence do mercado, prevista para começar em
quem prometer a menor tarifa 2003, seria revogada

Estatais Termelétricas
Livres das amarras hoje existentes, elas Como no modelo atual, atuariam como
poderiam se endividar e usar recursos força de reserva para quando faltasse
próprios para investir sozinhas, ou energia e receberiam pelo período em
associadas a empresas privadas que ficassem desligadas

Privatização Desverticalização
Seria interrompida. O que já foi vendido O governo vai fazer uma cisão nas
ficaria com o setor privado, mas usinas empresas estatais, separando as áreas
passariam a ser tratadas como de geração, transmissão e distribuição.
concessões e teriam novas regras O PT reverteria a cisão

MAE Agências
O Mercado Atacadista de Energia seria O PT quer mais coordenação entre a
extinto. O PT não diz o que faria se o ANA, a ANEEL e a ANP e mecanismos de
governo não achar uma solução para as controle social nas agências. O ONS ,
dívidas acumuladas no mercado hoje privado, seria um órgão público

Por outro lado, segundo o vice-presidente do grupo sueco-suíço ABB, grande fabricante de
equipamentos para o setor e especialista em montagem e manutenção, as indefinições no
setor elétrico não diminui o interesse pelo Brasil. A ABB pretende, sobretudo, elevar as
vendas no Brasil para US$ 500 milhões, em 2002, no ano anterior o montante foi de US$
300 milhões. A ABB quer manter uma participação de 40% a 50% no mercado de construção
de linhas de transmissão6.

5 Balthazar, Ricardo. Proposta do PT para energia retoma investimentos estatal e revê contratos. Jornal Valor Econômico. São Paulo,
11 abr. 2002.
6 Moreira, Tatiana. Faturamento deve atingir US$ 500 milhões este ano, contra US$ milhões em 2001. Jornal Valor Econômico. São
Paulo, 07 mar. 2002.

26
MBA em Projetos

Contudo, as análises deverão ser mais aprofundadas e renovadas constantemente. O que


não poderia ser esgotado neste espaço, até porque foge dos limites desta monografia,
porém, foram apresentados alguns aspectos para exemplificar as análises e opiniões que
devem ser levadas em consideração em avaliações econômicas de projetos.

27
MBA em Projetos

Capítulo 3 – Leilão

28
MBA em Projetos

3. Leilão

Resumiremos as etapas do edital de leilão para que se possam, a partir de agora, ser
visualizados os custos do empreendimento que irão compor a avaliação econômica. Da
mesma forma, as etapas de todo o empreendimento serão descritas de modo a fornecer as
condições e indicações suficientes quanto à decisão de participação do leilão e até que valor
de Receita Anual que se estaria disposto a receber pela prestação dos serviços de
transmissão com as premissas que serão estabelecidas a cada momento.

As Instalações de Transmissão referentes à interligação das Subestações das Usinas


Hidrelétricas de Itumbiara e de Marimbondo foram objeto dos Editais de Leilão 001/2001 e
002/2002 da ANEEL.

O primeiro leilão1 foi realizado no dia 12 de junho de 2.001 na Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro. Coube à PEM ENGENHARIA S.A. a outorga da concessão do Lote C. O Valor de
Tarifa de Transmissão correspondente à Receita Anual que a PEM ENGENHARIA S.A.
estava disposta a receber pelos serviços era de R$ 18.594.000,00. Entretanto, em 31 de
janeiro de 2002, a ANEEL tornou sem efeito a adjudicação à PEM ENGENHARIA S.A. e
determinou a execução da garantia da proposta2.

O segundo leilão3 deverá ser realizado no dia 18 de julho de 2.002. No Edital 002/2002 o
Lote G deverá entrar em operação comercial em maio de 2004, foi mantido o prazo de 18
meses entre a celebração do contrato de concessão e a entrada em operação comercial do
primeiro leilão.

3.1 As Etapas do Leilão


Os editais de leilão são basicamente iguais em suas disposições embora tenham dimensões
diferentes pela quantidade de lotes que os compõem.

1 Edital de Leilão número 001/2001, Lote C, publicado em 30 de março de 2.001.


2 Despachos da ANEEL número 36, de 31 de janeiro de 2002 e número 96, de 26 de fevereiro de 2002.
3 Edital de Leilão número 002/2002, Lote G, publicado em 25 de abril de 2002.

29
MBA em Projetos

O objeto Edital de Leilão 002/2002 ANEEL é a outorga de concessão de serviço público de


transmissão de energia elétrica para a construção, operação e manutenção de Instalações
de Transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado de vários lotes, que serão
leiloados independentes entre si. O Lote G é composto pelas Instalações de Transmissão
que interligarão as Subestações de Itumbiara e de Marimbondo.

Poderão participar empresas nacionais e estrangeiras, isoladamente ou reunidas em


consórcio desde que atendam as condições de pré-qualificação e constituam as garantias de
suas propostas.

As etapas do leilão estão descritas no Cronograma 3.1 – RESUMO DAS ETAPAS DO


EDITAL DE LEILÃO.

3.2 Pré-qualificação
A primeira etapa a ser cumprida é a pré-qualificação jurídica, técnica, econômico-financeira e
comprovação de regularidade fiscal. As empresas deverão entregar os documentos
requisitados à CBLC até 30 dias após a publicação do edital do leilão.

Para participar do leilão, as empresas estatais sob controle direto ou indireto da União e
incluídas no Programa Nacional de Desestatização - PND, além de atender os requisitos
para pré-qualificação, terão que obter autorização do Conselho Nacional de Desestatização -
CND.

As empresas nacionais e estrangeiras, que não tenham sido constituídas com o propósito
específico de explorar concessões de serviços público de transmissão deverão apresentar
compromisso de constituição no prazo de até 45 dias contados da adjudicação do leilão.

30
Cronograma 3.1- Resumo das Etapas do Edital de Leilão
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

2003 2004
Item Atividade A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M
Resumo das Etapas do Leilão n. 002/2002- ANEEL

1 Publicação do Edital de Leilão pela ANEEL 25/04


2 Entrega dos Documentos de pré-qualificação 04/06
3 Publicação do resultado de julgamento da pré-qualificação 13/06
4 Apresentação da Garantia de Proposta 17/07
5 Garantia da Proposta 17/07 10/09
6 Comunicação pela CBLC dos habilitados a participarem do Leilão 17/07
7 Sessão pública de realização do Leilão 18/07
8 Homologação do Leilão pela ANEEL 23/07
9 Constituição de empresa com propósito específico 29/07 06/09
10 Apresentação dos cronogramas e orçamentos de construção 09/09
11 Apresentação da Empresa de Propósito Específico 09/09
12 Outorga da Concessão 09/09
13 Prorrogação da Garantia da Proposta 09/09 29/12
14 Garantia de Fiel Cumprimento do Contrato de Concessão 08/11
15 Assinatura do Contrato de Concessão 08/11
16 Elaboração e Assinatura do CPST 08/11 20/12
17 Elaboração e Assinatura do CCT 08/11
18 Elaboração e Assinatura do CCI 08/11
19 Entrada em operação das Instalações de Transmissão

Preparado por:Leonardo Freitas Garcia


Data de elaboração: 06 Jun 02 Sumário Tarefa Marco
Início do Projeto: 25 Abr 02
MBA em Projetos

3.3 Garantia da Proposta


Todas as empresas, ainda na fase de pré-qualificação, deverão constituir garantias de
cumprimento das suas propostas. A Garantia de Proposta deverá fazer parte dos
documentos a serem entregues na CBLC para a fase da pré-qualificação. Poderão ser
aceitas garantias nas modalidades: depósito em dinheiro, Seguro Garantia e Fiança
Bancária, Títulos Públicos Federais e Internacionais, tendo sua aceitação previamente
informada pela CBLC. Os valores da garantia foram os seguintes:

Edital 001/2001 - de R$ 1.000.000,00


Edital 002/2002 - de R$ 1.321.000,00

O prazo de vencimento da Garantia da Proposta deve ser de pelo menos 60 dias após a
realização do leilão. No caso da proposta ser a vencedora a garantia deverá ser prorrogada
até sete dias após a data de assinatura do Contrato de Concessão.

O descumprimento de obrigações assumidas pela empresa proponente em decorrência dos


termos do edital de leilão habilita a ANEEL ao direito de ser ressarcida pelo depósito,
mediante simples notificação, do respectivo valor da Garantia da Proposta.

3.4 Resultado da Pré-qualificação


A comunicação das empresas habilitadas a participar do leilão ocorre, aproximadamente, 10
dias após a entrega dos documentos para a pré-qualificação. Sua publicação será promovida
pela CBLC.

3.5 O Leilão
O investidor que pretender participar do leilão junto à BVRJ/CBLC deverá firmar contrato de
intermediação com uma corretora de valores4.

4 Conforme foi recomendado no Manual de Instrução da BVRJ e CBLC, componente do Edital de Leilão número 001/2001 –
ANEEL.

32
MBA em Projetos

As propostas deverão ser apresentadas em envelope fechado. Serão abertas e lidas durante
o leilão e havendo lances com valores inferiores ou iguais ao Valor de Corte, que nada mais
é do que o menor valor das propostas contidas nos envelopes acrescentado em 5%, o leilão
terá continuidade com lances sucessivos efetuados a viva-voz. Os lances são efetuados
pelas corretoras contratadas pelas proponentes.

3.6 Homologação do Leilão


A Diretoria ANEEL deve homologar o resultado dentro de um prazo, aproximado, de uma
semana a partir da realização do leilão.

A ANEEL comunica a todos os interessados publicando no Diário Oficial da União a


adjudicação à empresa vencedora do objeto do leilão.

3.7 Pagamento de emolumentos


Vencendo o leilão a empresa deve pagar à CBLC e à BVRJ uma taxa de 0,20% da Receita
Anual Máxima Permitida a título de emolumentos.

O pagamento dos emolumentos deve ser feito no mesmo dia da homologação do leilão.

3.8 Compromisso de Constituição de EPE


A Lei número 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, atualizadas pela 9.648, de 27 de maio de
1999, e a 9.791, de 7 de novembro de 1999, estabelece que o poder concedente pode
determinar que a empresa proponente vencedora do leilão, no caso de consórcio, constitua
Empresa de Propósito Específico para a prestação dos serviços de transmissão de energia
elétrica.

3.9 Cronogramas e Orçamentos de Construção


Estes cronogramas devem ser elaborados com uma estrutura analítica detalhada o suficiente
para o acompanhamento das principais atividades do empreendimento. Outros cronogramas,
como exemplo o cronograma executivo, devem ser elaborados com o nível de detalhe maior
do que aquele entregue na fase de assinatura do contrato de concessão.

33
MBA em Projetos

A confrontação dos cronogramas e orçamentos de construção com outros informativos que


serão elaborados na fase de construção possibilitará ao agente regulador a análise do
andamento das obras das Instalações de Transmissão.

3.10 Outorga da Concessão


O ato da outorga da concessão confere ao proponente do leilão que ofereceu a proposta
vencedora o direito à concessão de prestação de serviço público de transmissão de energia
elétrica.

3.11 Contrato de Concessão


O Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica5 será
celebrado entre a União, poder concedente, e a proponente vencedora do leilão.

O objeto do contrato de concessão é a construção, operação e manutenção das Instalações


de Transmissão que interligam as Subestações de Itumbiara e Marimbondo, através da LT
de 500 kV, com extensão aproximada de 212 km, e das Entradas de Linha nas respectivas
subestações pelo prazo de trinta anos contados a partir da sua celebração. As instalações
de Transmissão deverão entrar em operação comercial dentro de 18 meses a partir da
celebração do contrato de concessão.

Destacamos algumas condições que podem fazer parte do contrato de concessão:


• A operação comercial das Instalações de Transmissão deve ocorrer 18 meses após a
celebração do contrato;
• Pela prestação do serviço público de transmissão o empreendedor terá direito ao
recebimento da Receita Anual Permitida, pagos mensalmente, na razão de 1/12;
• O empreendedor integrará o ONS como Agente de Transmissão com os encargos e
responsabilidades de mantenedor6;

5 Será regido pelo Decreto número 24.643, de 10 de julho de 1934 (Código de Águas), com as alterações introduzidas pelo Decreto
número 852, de 11 de novembro de 1938, pelo Regulamento dos Serviços de Energia Elétrica, aprovado pelo Decreto número
41.019, de 26 de fevereiro de 1957, pelas Leis números 8.987, de 3 de fevereiro de 1995, 9.074, de 7 de julho de 1995, e 9.427, de 26
de dezembro de 1996, 9.648, de 27 de maio de 1998, e Decreto número 2.655, de 2 de julho de 1998, pela legislação superveniente e
complementar, pelas normas e regulamentos expedidos pela União e pela ANEEL.

34
MBA em Projetos

• Celebrar os contratos: CPST, CCT e CCI (estes contratos serão mais detalhados
adiante);
• Poderão ser auferidas receitas pela prestação de serviços de consultoria, construção,
operação e manutenção de instalações de sinais de dados, voz ou vídeo,
dependendo de autorização da ANEEL. Porém, a receita aferida deverá ter parte
destinada a contribuir para a modicidade das tarifas do serviço de transmissão de
energia elétrica.
• Efetuar pagamento da cota anual da Reserva Global de Reversão – RGR7.

3.12 Garantia do Fiel Cumprimento do Contrato de Concessão


A Garantia do Fiel Cumprimento do Contrato de Concessão deverá ser depositada na
ANEEL em substituição à Garantia da Proposta. Deverá vigorar até 90 dais após a entrada
em Operação Comercial das Instalações de Transmissão. A partir de então será devolvida à
empresa empreendedora, neste momento denominado como Transmissora.

Os valores da Garantia do Fiel Cumprimento do Contrato de Concessão foram os seguintes:


Edital 001/2001 – de R$ 8.200.000,00.
Edital 002/2002 – de R$ 10.572.000,00

3.13 Constituição da Empresa de Propósito Específico


Consórcios ou empresas não constituídas para a exploração de concessões de serviço
público de transmissão de energia elétrica deverão providenciar a constituição da Empresa
de Propósito Específico8 com a finalidade de receber a outorga de concessão e celebrar o
Contrato de Concessão.

3.14 Elaboração e Assinatura de Contratos


Serão descritos aqui apenas os contratos referentes à outorga da concessão de serviço
público de transmissão de energia elétrica. Ou seja, não serão objeto os contratos

6 Conforme Resolução ANEEL número 307, de 30 de setembro de 1998, alterada pela 383, de 29 de setembro de 2000.
7 De acordo com as Leis números 8.631/93 e 9.648/98.
8 Conforme Lei número 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 e Edital de Leilão 002/2002 – ANEEL, itens 6.2 e 13.1.

35
MBA em Projetos

comerciais para a elaboração de projetos, aquisição de materiais e equipamentos e


tampouco o contrato para a execução das obras. Estes serão discutidos em outro momento.

Deverão ser elaborados e assinados os seguintes contratos:


• Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST.
É por meio do CPST que é feito a cessão de direitos de controle operacional dos
ativos das Instalações de Transmissão, que serão empreendidos pela Transmissora,
para o ONS, mediante o pagamento de receitas que remunera os custos e os
investimentos realizados. É um contrato padrão, homologado pela ANEEL, onde
estão estabelecidos os termos e as condições para a prestação de serviços de
transmissão de energia elétrica aos usuários, sob a administração e coordenação do
ONS.

O CPST deve vigorar a partir de sua assinatura até a extinção da concessão, no final
de 30 anos.

Este instrumento autoriza o ONS a:


o representar a Transmissora perante os usuários do Sistema de Transmissão,
o cobrar e liquidar os encargos de uso da transmissão e
o representar perante os usuários nos contratos de constituição de garantia.

A partir da operação comercial a Transmissora receberá 1/12 da Receita Anual


Permitida pela prestação dos serviços de transmissão através do Contrato de Uso do
Sistema de Transmissão – CUST9.

• Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão – CCT.


O CCT têm como objeto estabelecer as condições, procedimentos, responsabilidades
técnico-operacionais e comerciais que irão regular a conexão das Instalações de
Transmissão, objeto do leilão de concessão, e o usuário.

9 As condições gerais de contratação do acesso, conexão e uso, aos sistemas de transmissão de energia elétrica estão estabelecidos pela
Resolução da ANEEL número 281, de 01 de outubro de 1999. As tarifas de uso das instalações de transmissão estão estabelecidas
pelas Resoluções da ANEEL números 282 e 286, ambas de 01 de outubro de 1999.

36
MBA em Projetos

O prazo do CCT coincide com o prazo do contrato de concessão

• Contrato de Compartilhamento de Instalações – CCI.


As obras para as Instalações de Transmissão nas subestações serão realizadas em
subestações de outra concessionária, sendo, portanto, necessário a celebração de
contrato de compartilhamento onde serão estabelecidos as condições, os
procedimentos técnico-operacionais e as responsabilidades comerciais e civis das
partes envolvidas. No caso, as SE’s de Marimbondo e de Itumbiara são concessões
de FURNAS Centrais Elétricas S.A.

Além das informações técnicas fundamentais para a elaboração dos projetos


executivos e das modificações que as obras deverão promover deve-se levar em
consideração que para a operação das instalações poderão ser necessários o
compartilhamento de sistemas e facilidades, que se disponíveis pela acessada e
negociadas poderão refletir em um custo menor ao investidor.

O CCI deve vigorar, também, pelo prazo idêntico ao Contrato de Concessão.

37
MBA em Projetos

Capítulo 4 – Localização

38
MBA em Projetos

4. Localização

Os estudos locacionais não serão desenvolvidos com o intuito de manter os limites do


objetivo dessa monografia. Porém, é necessário esclarecer que, no caso das Instalações de
Transmissão dos editais que estão sendo aqui explorados, somente a linha de transmissão
poderá sofrer alteração na sua localização geográfica, no entanto, os orçamentos e as
avaliações serão com base nos estudos da diretriz básica anexada aos editais, as Entradas
de Linha nas duas subestações são definidas e não poderão ser modificadas.

4.1 A Localização da Linha de Transmissão


O estudo para a localização da diretriz básica da linha de transmissão realizado por Furnas1,
parte integrante dos documentos técnicos do Edital de Leilão 001/2001 e 002/2002 –
ANEEL, será considerado para a composição do custo da linha de transmissão.

Para a determinação da localização de uma LT devem ser considerados fatores


multidisciplinares envolvendo profissionais de várias especialidades da engenharia como
geólogos, topógrafos, engenheiros civis e eletricistas além de profissionais especialistas em
meio ambiente. A melhor localização será aquela que agregue as condições mais favoráveis
quanto:
! economicidade
! menores impactos ambientais
! que evita obstáculos naturais e outros de difícil transposição
! oferece melhor apoio viário para a construção e manutenção
! e melhor infra-estrutura

Não obstante reconhecer o grande valor deste estudo, resultado do trabalho de importantes
profissionais do ramo, e de o considerarmos para a composição do custo da LT ele é
indicativo e não compulsório. No decorrer dos levantamentos iniciais das equipes de
topografia a diretriz poderá ser alterada para adequá-la ao menor custo possível, tanto
econômico quanto ambiental.

1 Para detalhes veja: ESTUDO DO CORREDOR – SELEÇÃO DA DIRETRIZ BÁSICA. Brasília: Furnas, 2001.

39
MBA em Projetos

Os custos para a elaboração do estudo da seleção da diretriz básica deverão ser ressarcidos
pela transmissora, ou seja, a empresa que tiver celebrado o contrato de concessão, à
empresa que o elaborou2. O valor a ser ressarcido é de R$ 85.031,80.

A LT percorrerá as regiões do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, cruzando as áreas rurais


dos municípios de Araporã, Centralina, Canápolis, Monte Alegre, Prata, Comendador
Gomes, Frutal e Fronteira. Veja o Quadro 4.1. – LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo – Estudo
do Corredor – Seleção da Diretriz Básica.

2 Item 4.7 do Edital de Leilão número 001/2001 e 002/2002 – ANEEL.

40
MBA em Projetos

4.2 A Localização das Subestações


A SE de Itumbiara está localizada no Município de Araporã, Estado de Minas Gerais, nas
coordenadas: latitude 18o24’33”S e longitude 49o06’58”W.

SE de Marimbondo está localizada no Município Fronteira, também no Estado de Minas


Gerais, sendo as suas coordenadas: latitude 20o17’53”S e longitude 49o11’58“W.

42
MBA em Projetos

Capítulo 5 – Meio Ambiente

43
MBA em Projetos

5. Meio Ambiente

O início da implantação das Instalações de Transmissão como planejado se deve


essencialmente ao sucesso das atividades de licenciamento ambiental. O objetivo, aqui e
como em outros capítulos, é fornecer, de forma ampla, informações sobre as etapas do
licenciamento e dos programas do Projeto Básico Ambiental para que os custos e prazos
envolvidos sejam melhor compreendidos.

É evidente a responsabilidade da futura Transmissora frente a implantação de suas


instalações. Assim, caberá ressaltar a necessidade de incluir nas negociações das
contratações das obras garantias para a conservação das condições sócio-ambientais
vigentes à época anterior às instalações.

No setor elétrico, as obras de engenharia como as usinas para a geração de eletricidade,


com potência acima de 10 MVA, não importando a fonte de energia primária, e as linhas de
transmissão acima de 230 kV são consideradas modificadoras do meio ambiente1.

Ao IBAMA compete o licenciamento de empreendimentos e atividades com impacto


ambiental de âmbito nacional ou que afete o território de duas ou mais unidades da
Federação e ainda aqueles que atravessem parques nacionais. São de competência das
agências governamentais estaduais, integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente –
SISNAMA e do IBAMA em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis, o
licenciamento ambiental daqueles empreendimentos ou atividades que afetem apenas os
respectivos estados.
A outorga de concessão de serviço público de transmissão de energia elétrica para a
construção, operação e manutenção de instalações de transmissão da Rede Básica do
Sistema Elétrico Interligado, Edital de Leilão número 002/2002 – ANEEL, Lote G, deverá ser
licenciada pelo COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental, por intermédio da FEAM

1 O licenciamento ambiental foi estabelecido pela Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pela Lei 7.804 de 18 de julho de 1989,
regulamentado pelo Decreto n. 99.274 de 06 de junho de 1.990. Os procedimentos de licenciamento ambiental atuais foram
estabelecidos pelas Resoluções CONAMA número 001, de 23 de janeiro de 1986, 237 de 19 de dezembro de 1997 e, de forma
complementar, na 006 de setembro de 1987.

44
MBA em Projetos

– Fundação Estadual do Meio Ambiente, ambos órgãos governamentais do Estado de Minas


Gerais2 integrantes do SISNAMA.

5.1 Licenciamento Ambiental


Para a implantação das Instalações de Transmissão de energia elétrica deverão ser
requeridas as seguintes licenças, sucessivamente:
• Licença Prévia, LP. Para a emissão serão necessários o Relatório de Controle
Ambiental, o Estudo de Impacto Ambiental, o Relatório de Impacto Ambiental e,
ainda, a autorização do Instituto Estadual de Florestas para a supressão de
vegetação. Será concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento,
aprovando a sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas
próximas fases do licenciamento, não concede direito de intervenção no meio
ambiente. O prazo de validade da LP deverá ser de, no máximo, quatro anos.

• Licença de Instalação, LI, gera o direito à instalação do empreendimento, ou seja, a


instalação do canteiro de obras, abertura de estradas de acesso, execução das
fundações para as torres, a montagem de equipamentos e o que mais necessário for
para completar todo o sistema de transmissão de energia elétrica de acordo com as
especificações constantes dos planos, programas e projetos para controle ambiental
e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Uma vez
instalado, o empreendimento fica condicionado a uma nova vistoria do órgão
ambiental e divulgação dessa vistoria para os demais agentes sociais envolvidos na
avaliação de impacto ambiental, como forma de confirmar se todas as determinações
foram respeitadas. Serão necessários, além de outros documentos, o Plano de
Controle Ambiental, PCA, cópia da publicação da concessão da Licença Prévia e do
pedido da Licença de Instalação e a certidão negativa de débito de natureza
ambiental, expedida pela FEAM. O prazo de validade da LI deverá ser de, no
máximo, seis anos.

2 As bases legais para o licenciamento e o controle das atividades modificadoras do meio ambiente no Estado de Minas Gerais estão
estabelecidas na Lei número 7.772, de 8 de setembro de 1.980 e regulamentada pelo Decreto número 39.424, de 05 de fevereiro de
1.998.

45
MBA em Projetos

• Licença de Operação, LO. Autoriza o funcionamento do empreendimento, após a


verificação do efetivo cumprimento dos requisitos impostos pela LP e LI, com as
medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.
Relacionamos os documentos mais importantes, sem prejuízo de outros que poderão
ser exigidos: certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental, cópia das
publicações da concessão da Licença de Instalação e do pedido de Licença de
Operação. O prazo de validade de, no máximo, oito anos

5.1.1 Etapas do Licenciamento


Estão previstas, de forma resumida, as seguintes etapas no processo de licenciamento do
projeto, veja também o Cronograma 5.1 - Licenciamento Ambiental:
• Apresentação do empreendimento à FEAM,

• Solicitação da Licença Prévia,

• Solicitação da Licença de Instalação à FEAM.

• Solicitação da Licença de Operação à FEAM.

O projeto para as instalações deverá ser apresentado à FEAM de forma a esclarecer e


assegurar que as etapas de construção, instalação e operação serão objeto de planejamento
adequado e que serão tomadas medidas mitigadoras e compensatórias para os impactos
ambientais que não possam ser evitados.

Os órgãos ambientais do Estado de Minas Gerais, através do COPAM e FEAM, definirão os


estudos ambientais necessários e emitirão o Termo de Referência para que o empreendedor
realize os Estudos de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental das
Instalações de Transmissão.
A partir de então, deverá ser elaborado, por consultoria especializada, os estudos
recomendados.

46
MBA em Projetos

A LP deverá ser requerida à FEAM, através de formulário de pedido de licença,


acompanhada de cópia da publicação do pedido e dos estudos ambientais.

A FEAM poderá requisitar estudos suplementares que deverão ser encaminhados para
análise. A FEAM publicará edital de comunicação de recebimento do EIA/RIMA nos
principais jornais e no Diário Oficial, DO.

Os locais do empreendimento deverão ser vistoriados para verificação da consistência entre


os estudos e a situação no campo antes do início das obras. Poderá ser realizada audiência
pública com o objetivo de expor e discutir com os interessados e a população envolvida as
características e os prováveis impactos ambientais. A audiência deverá ser convocada
através da publicação da Convocação de Audiência Pública nos principais jornais e no DO
do Estado de Minas Gerais.

A FEAM emitirá parecer técnico conclusivo onde poderão ser incorporadas as sugestões e
observações feitas pelos órgãos envolvidos.

Quando da emissão da Licença Prévia pela FEAM, o empreendedor deverá publicar nos
jornais e no DO o aviso de recebimento da LP.

Deverá ser requerida a Licença de Instalação com a devida publicação de sua solicitação
nos jornais e no DO.

O órgão licenciador, FEAM, analisará os documentos apresentados e especialmente o Plano


de Controle Ambiental, confrontando-os com os projetos executivos.
Nova vistoria poderá ser realizada.

Será emitido parecer técnico conclusivo. Se os estudos não estiverem completos o pedido
de LI será indeferido e novos estudos poderão ser necessários.

A FEAM emitirá a LI que deverá ter o seu recebimento comunicado aos interessados através
de publicação nos jornais e DO.

47
MBA em Projetos

A Licença de Operação será requerida na fase final do empreendimento e antes de sua


operação comercial. O requerimento deverá ser publicado nos jornais e no DO. Durante a
fase de construção as obras deverão ser vistoriadas para a observação e confrontação do
projeto aprovado, das medidas mitigadoras e do Plano de Controle Ambiental. Novamente
será emitido parecer técnico conclusivo para o deferimento da solicitação da LO. Quando do
recebimento da LO o empreendedor deverá publicar nos jornais e no DO do Estado de
Minas Gerais o recebimento comunicando aos interessados que aquele empreendimento
está licenciado conforme legislação vigente.

5.2 Licenciamento Simplificado


A necessidade de instalar empreendimentos no setor elétrico com a celeridade requerida
devido a crise de energia elétrica no país, dentro de prazos incompatíveis com o necessário
para o licenciamento conforme o estabelecido pela legislação vigente, motivou o CONAMA a
publicar a Resolução número 279, em 27 de junho de 2001. A partir de então, ficou
estabelecido procedimento simplificado para o licenciamento ambiental em qualquer nível de
competência, o prazo para a expedição das Licenças Prévia, de Instalação e de Operação
foi reduzido para, no máximo, sessenta dias a partir da data de protocolo na FEAM de cada
pedido de licença.

A Licença Prévia deverá ser requerida à FEAM contendo a declaração de enquadramento do


empreendimento a essa Resolução, acompanhada do cronograma físico-financeiro a partir
da Concessão da Licença de Instalação. No entanto, se a FEAM definir, com base no
Relatório Ambiental Simplificado, que o empreendimento não atende ao disposto na
resolução o licenciamento deverá seguir os tramites na forma da legislação vigente o que,
certamente, inviabilizaria a energização no prazo licitado e pretendido pela ANEEL.

Pelo procedimento simplificado podem ser adotados os seguintes documentos:

! Relatório Ambiental Simplificado – RAS. Reúne as informações relativas aos


estudos relacionados à localização, instalação, operação e ampliação do
empreendimento que subsidiarão a concessão da Licença Prévia a ser requerida.

48
MBA em Projetos

! Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais. Este documento deve


apresentar as medidas mitigatórias e compensatórias e os programas ambientais
propostos no RAS.

! Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais.

O procedimento simplificado, sob a luz da Resolução CONAMA número 279/2001, deverá


seguir o seguinte:

Ao requerer a Licença Prévia à FEAM deverá ser apresentado o registro na Agência


Nacional de Energia - ANEEL e o Relatório Ambiental Simplificado que deverá atender, no
mínimo, o que se segue:

! Descrição do Projeto
- Objetivos e justificativas, em relação e compatibilidade com as políticas setoriais,
planos e programas governamentais;
- Descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, considerando
a hipótese de não realização, especificando a área de influência;

! Diagnóstico e Prognóstico Ambiental


- Diagnóstico ambiental;
- Descrição dos prováveis impactos ambientais e sócio-econômicos da implantação
e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes
de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios
para sua identificação, quantificação e interpretação;
- Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, considerando
a interação dos diferentes fatores ambientais;

! Medidas Mitigadoras e Compensatórias


- Medidas mitigadoras e compensatórias, identificando os impactos que não
possam ser evitados;
- Recomendação quanto à alternativa mais favorável;

49
MBA em Projetos

- Programa de acompanhamento, monitoramento e controle.

O requerimento de licença deverá conter a declaração de enquadramento do


empreendimento à Resolução CONAMA 279/2001, firmada pelo responsável técnico pelo
RAS e pelo responsável principal do empreendimento, bem como apresentação do
cronograma físico-financeiro a partir da Concessão da Licença de Instalação.

À FEAM caberá definir, com base no Relatório Ambiental Simplificado, o enquadramento do


empreendimento elétrico no procedimento de licenciamento ambiental simplificado, mediante
decisão fundamentada em parecer técnico.

Os estudos e documentos juntados ao RAS poderão ser utilizados no Estudo Prévio de


Impacto Ambiental, com ou sem complementação, após manifestação favorável da FEAM.

Ao requerer a Licença de Instalação o empreendedor deverá apresentar a comprovação do


atendimento às condicionantes da Licença Prévia, o Relatório de Detalhamento dos
Programas Ambientais, e outras informações, quando couber.

A Licença de Instalação somente será expedida mediante a comprovação da Declaração de


Utilidade Pública do empreendimento.

O prazo para emissão da Licença Prévia e da Licença de Instalação será de, no máximo,
sessenta dias, contados a partir da data de protocolização do requerimento das respectivas
licenças.

Quando for necessária a realização de estudos complementares, a critério da FEAM,


mediante justificativa técnica, a contagem do prazo será suspensa até a sua entrega. O
prazo de suspensão será de até sessenta dias, podendo ser prorrogado pelo órgão
ambiental mediante solicitação fundamentada.
Se solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por cinqüenta pessoas maiores de
dezoito anos, o órgão de meio ambiente promoverá Reunião Técnica Informativa, que
deverá ocorrer no prazo de até vinte dias após a data de publicação do requerimento das
licenças pelo empreendedor. Será obrigatório o comparecimento do empreendedor, das

50
MBA em Projetos

equipes responsáveis pela elaboração do Relatório Ambiental Simplificado e do Relatório de


Detalhamento dos Programas Ambientais, e de representantes da FEAM.

A Licença de Operação será emitida no prazo máximo de sessenta dias após seu
requerimento, desde que tenham sido cumpridas todas as condicionantes da Licença de
Instalação, antes da entrada em operação do empreendimento.

As publicações tratadas deverão ser feitas em Diário Oficial e em jornal de grande circulação
ou outro meio de comunicação amplamente utilizado na região do empreendimento.

Apesar do CONAMA publicar a Resolução número 279, estabelecendo o procedimento


simplificado para licenciamento ambiental, com o intuito de se reduzir o prazo, o que se tem
notado é o licenciamento pela legislação vigente em seu detrimento. Para efeito de
composição de custo do licenciamento deste empreendimento foi considerado o
procedimento de acordo com a legislação vigente.

5.3 Autorização de Supressão de Vegetação


Para a construção desta LT será necessário a supressão da vegetação para a construção
das estradas de acesso às torres, das áreas das torres, das áreas destinadas à produção de
materiais de construção e das áreas de bota fora, das picadas necessárias para o
lançamento dos cabos condutores e pára-raios, além das praças de lançamento, estes locais
são destinados aos equipamentos e às bobinas de cabos utilizados na LT.

A Autorização de Supressão de Vegetação é precedida de um estudo onde devem conter,


sem prejuízo de outras informações que possam ser solicitadas pelo órgão licenciador, a
exposição de motivos para a supressão, as espécies a serem retiradas, a quantidade e a
delimitação da área e do volume de material a ser suprimido. Este estudo deve, também, dar
uma destinação social ao produto vegetal a ser retirado. A Autorização de Supressão de
Vegetação pode fazer parte do Projeto Básico Ambiental, como um de seus programas,
como veremos adiante.

51
MBA em Projetos

5.4 Projeto Básico Ambiental


O Projeto Básico Ambiental é um documento de responsabilidade do empreendedor
elaborado por especialistas e espelhado no EIA/RIMA. Deverá apresentar as ações
ambientais, agrupadas em programas, que serão desenvolvidas durante a fase de
implantação e operação das Instalações de Transmissão com o objetivo de prevenir,
minimizar ou compensar os impactos ao meio ambiente. O PBA deverá conter programas
para:
• mitigar os impactos ambientais causados durante a implantação,
• controlar e monitorar o ambiente e
• compensar os impactos.

Foram estimados custos para cinco programas voltados à mitigação dos impactos
ambientais:
- Programa de Comunicação Social
- Programa de Educação Ambiental
- Programa de Saúde
- Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico
- Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

5.4.1. Programa de Comunicação Social


A cada dia a sociedade procura conhecer mais sobre as obras para a implantação de um
projeto, quais os processos utilizados, como deverão operar as instalações, quais os riscos a
que estarão expostos, enfim, o quanto suas vidas poderão ser prejudicadas com as futuras
instalações. Aí se insere a comunicação social, suprindo o aumento na demanda por
esclarecimentos sobre as interferências das obras e da operação das instalações no cenário
sócio-ambiental da região onde se insere o empreendimento. A comunicação deverá se dar
nos dois sentidos, esclarecendo a comunidade com capacidade de perceber e analisar
adequadamente o seu retorno ou as suas necessidades para que novas ações sejam
tomadas no momento necessário.
Os programas do Projeto Básico Ambiental deverão ser estruturados de forma integrada e
complementar. Os Programas de Educação Ambiental, de Saúde, de Recuperação do
Patrimônio Histórico e o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas deverão ter um

52
MBA em Projetos

canal de comunicação direto entre si e com o de Comunicação visando fornecer,


antecipadamente, informações sobre as etapas da implantação das instalações, as
restrições de uso da faixa de servidão, os cuidados com a saúde em função do aumento da
população de trabalhadores, as ações de cunho pedagógico relacionadas à implantação do
empreendimento, a conscientização dos empregados das empreiteiras e demais empresas
subcontratadas, com relação aos cuidados com o meio ambiente.

A agilidade na compreensão e nas tomadas de decisão poderão evitar embargos que, se de


fato existirem, poderão afetar a entrada em operação na época planejada, prejudicando o
fluxo de caixa futuro. O contínuo fluxo de informações constitui o elemento principal para que
o empreendedor possa dar continuidade às negociações políticas e sociais.

5.4.2 Programa de Educação Ambiental


As atividades de educação ambiental visam a conscientização dos trabalhadores das
empreiteiras, com relação aos cuidados com o meio ambiente relativos às suas atividades, e
das comunidades de um modo geral.

5.4.3 Programa de Saúde


O Programa de Saúde deverá prever a implementação das Normas Regulamentadoras3,
pertinentes, desenvolvendo o Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional4 e o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais5. No entanto, deverá prever, também,
medidas de caráter educativo visando não só o trabalhador, mas, também, as comunidades
que conviverão temporariamente com os trabalhadores e com os canteiros de obras. Assim,
o Programa de Saúde deverá ter um caráter preventivo e educativo durante o período de
construção do empreendimento.

5.4.4 Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico


Com o objetivo de proteger e preservar o Patrimônio Arqueológico na área do
empreendimento o Programa de Recuperação do Patrimônio Histórico realizará

3 Portaria número 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.


4 NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
5 NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

53
MBA em Projetos

levantamentos arqueológicos, de modo a verificar a ocorrência ou não de sítios ao longo da


linha de transmissão e buscar soluções que viabilizem sua preservação e/ou resgate.

5.4.5 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas


O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas deverá prever e acompanhar a
recomposição topográfica e vegetal das áreas que vierem a ser alteradas durante a
construção. Basicamente, as bases das torres, as praças de lançamento de cabos
condutores de energia e pára-raios, as picadas abertas para o lançamento de cabos, as
áreas de empréstimo e bota-fora e as áreas dos canteiros de obras são as áreas que sofrem
as maiores interferências na época da implantação das Instalações de Transmissão.

A recomposição das áreas que venham a ser degradadas pelo empreendimento deve
procurar o retorno às condições ambientais próximas daquelas por ocasião do início da
obra6.

5.5 Potenciais Impactos Ambientais Negativos

5.5.1 Nas Subestações


A implantação das instalações nas subestações são basicamente ampliações a serem
realizadas nos pátios das SE’s, não devendo provocar prejuízos significativos ao meio
ambiente. As atividades que mais podem contribuir com a degradação do meio ambiente são
as relacionadas com a instalação da estrutura de apoio, como canteiro de obras, e as que
envolvem escavações, corte, aterro e terraplanagem.

5.5.2 Na Linha de Transmissão


As obras de linha de transmissão podem interferir, por outro lado, em vários pontos no eixo
da LT, principalmente no tocante a:

6 O Parágrafo 2º do Artigo 225, Capítulo VI, da Constituição, estabelece que “aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei”

54
MBA em Projetos

• Destruição da camada vegetal nativa nas áreas das bases das torres, das praças de
montagem, praças de lançamento, das áreas de emendas de cabos, das áreas de
produção de materiais de construção, brita, areia e argila, e bota-fora.
• Alteração do uso da terra.
• Modificação no sistema natural de drenagem.
• Interferência na circulação ou movimentação de animais silvestres, com possibilidade
de interromper rotas migratórias de espécies da fauna nativa.
• Geração de resíduos sólidos e de seu acúmulo, especialmente nos canteiros de obra.
• Ocorrência de queimadas acidentais durante a fase de construção.
• Transmissão de doenças infecto-contagiosas dos trabalhadores para a população
local.

A recomposição das possíveis áreas degradadas foi considerada no levantamento dos


custos das ampliações das subestações e da construção da LT.

Além da justificativa legal, o empreendedor do setor de energia elétrica deverá estar atento
aos custos das ações de recuperação que, porventura, venham a ser exigidas pelos órgãos
governamentais competentes. Dessa forma, a postura deverá ser a de levar em
consideração tanto a geração de riquezas quanto a preservação ambiental na época da
implantação das instalações.

55
Cronograma 5.1 - Licenciamento Ambiental - LT ITUMBIARA / MARIMBONDO - 500 kV
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

2003 2004
Item Atividade N D J F M A M J J A S O N D J F M
Licenciamento Ambiental

1 Licença Prévia

1.1 Apresentação do Empreendimento à FEAM 11/11


1.2 Elaboração e entrega do Termo de Referência pela FEAM 11/12
1.3 Contratação do EIA/RIMA e licenciamento 1 25/11
1.4 Entrega do EIA/RIMA pelo empreendedor 10/01
1.5 Análise do EIA/RIMA 11/01 09/02
1.6 Realização de Audiência Pública 10/02 11/03
1.7 Emissão de Parecer Ténico Conclusivo 12/03
1.8 Emissão da Licença Prévia 13/03
1.9 Publicação do Recebimento da LP 14/03
2 Licença de Instalação

2.1 Entrega dos Programas e Proj. de Controle Ambiental e Executivos 15/03


2.2 Checagem dos Documentos Entregues 16/03
2.3 Emissão de Parecer Técnico Conclusivo 01/05
2.4 Emissão da Lincença de Instalação 16/06
2.5 Publicação do Recebimento da LI 17/06
3 Licença de Operação

3.1 Vistoria de Acompanhamento da Implantação do Projeto 18/06 01/03


3.2 Emissão de Parecer Ténico Conclusivo 01/0
3.3 Emissão da Licença de Operação 02/
3.4 Publicação do Recebimento da LO 03/

Preparado por:Eng. Leonardo Freitas Garcia Sumário Tarefa Marco


Datade elaboração: 06 Jun 02
Início do projeto: 11 Nov 02
MBA em Projetos

Capítulo 6 – Engenharia

56
MBA em Projetos

6. Engenharia

Os aspectos técnicos relacionados às fases de implantação, operação e manutenção serão


abordados de forma a proporcionar uma visão superficial da composição do orçamento das
Instalações de Transmissão.

Desde já deve ser reconhecida a necessidade de se contratar profissionais especialistas


para o detalhamento das fases do projeto. Por melhor que seja a equipe do investidor e da
futura Transmissora não se pode pretender que domine todas as especialidades do setor.
Agindo dessa forma se evitará trazer incompreensões econômicas para o projeto que
resultariam em despesas elevadas onerando a empresa.

Áreas a serem consideradas:


• Legal. Serão celebrados inúmeros contratos em épocas diferentes, além daqueles
que fazem parte do Edital de Leilão, CPST, CCT, CCI, deverão ser considerados de
igual importância os relacionados ao fornecimento, projeto e execução das obras.
• Ambiental. A contratação de empresa especializada na área ambiental é de
fundamental importância, pois, todo o empreendimento dependerá da celeridade da
realização dos estudos e com que estas licenças serão concedidas.
• Liberação de Áreas. Para a identificação e o cadastramento, pesquisa de preços e
avaliação dos imóveis e a definitiva liberação das áreas para a construção da Linha
de Transmissão, devem ser consideradas equipes de especialistas da própria região
e que tenham, sobretudo, afinidade com os cartórios de registro de imóveis.
• Técnica – Engenharia. A análise das características técnicas mínimas exigidas pelo
edital de leilão e a correta especificação dos equipamentos, materiais e sistemas a
serem adquiridos exigem equipes de especialistas competentes.
• Comercial. A partir da contratação para o fornecimento dos equipamentos, materiais
e sistemas deverá haver um acompanhamento muito próximo para que sejam
entregues nas datas acordadas e dentro das especificações dos projetos.
• Execução das Obras. A contratação de empreiteiras com capacidade técnica e de
alocação de recursos será de fundamental importância para o cumprimento dos

57
MBA em Projetos

prazos e da qualidade requerida. Eventuais atrasos durante o período da implantação


sujeitará a transmissora a penalidades previstas na legislação, no CCT e CPST1.
• Controle dos Contratos e Autorização dos Pagamentos. Verificação e
acompanhamento da execução dos contratos.

Ainda a fase inicial e logo após a celebração do contrato de concessão, deve-se buscar o
assessoramento para a coordenação geral do empreendimento. O coordenador, ou a sua
equipe, buscará a integração de todos os participantes: projetistas, especialistas ambientais,
construtoras, fornecedores dos equipamentos, materiais e sistemas e acompanhará a
execução de cada etapa e, se necessário, agirá no sentido de controlar os possíveis desvios
e manter a sincronização das datas e obras.

6.1 Aspectos Técnicos

6.1.1 Levantamentos de Campo


A realização de estudos geológicos e levantamento de dados topográficos necessários à
elaboração dos projetos, ainda antes da emissão da Licença de Instalação, deverá estar
calcada na resolução de declaração de utilidade pública, a ser publicada pelo Poder
Concedente, ANEEL, e pela Lei número 6.712, 5 de nov. de 1979, que autoriza o
concessionário de serviço público de transmissão de energia elétrica tais os estudos e
levantamentos.

Estão incluídas as seguintes atividades:


• Implantação do Traçado.
• Levantamento do Perfil e Planta.
• Locação das Estruturas.
• Estudo do Solo.

1 Veja Edital de Leilão 002/2002 ANEEL, item 4.10.

58
MBA em Projetos

6.1.2 Terrenos e Servidões


A construção, operação e manutenção de Linhas de Transmissão restringem o uso e a
ocupação da propriedade rural atravessada. Algumas atividades produtivas são
incompatíveis com as Instalações de Transmissão e, portanto, deverão ser erradicadas,
como por exemplo, as lavouras de cana e os reflorestamentos, apenas espécies rasteiras ou
de pequeno porte poderão ser cultivadas. A passagem da LT poderá, inclusive, acarretar
uma desvalorização imobiliária devido às restrições impostas pelo empreendimento.

Para compensar tais restrições o empreendedor deverá estabelecer uma faixa de área,
tendo a LT como centro, pela qual deverá indenizar os proprietários. No caso da LT de 500
kV Itumbiara – Marimbondo foi estabelecido que esta faixa terá 60 metros. A esta faixa serão
limitados o uso e o gozo, mas não será subtraído o direito dominial do imóvel. A servidão
administrativa é uma das alternativas para o desmembramento do domínio, em geral, para o
serviço público de transmissão de energia elétrica não é necessária a utilização integral da
propriedade do imóvel2.

Caberá a ANEEL, Poder Concedente, o estabelecimento dos procedimentos e das


condições3 para declarar, através de resolução, a utilidade pública visando à constituição de
servidão administrativa, as áreas destinadas à passagem da Linha de Transmissão de
Energia Elétrica4.

Esta etapa do empreendimento envolve as seguintes atividades:


• Elaboração do cadastro dos imóveis da faixa de servidão.
Deverão ser coletados visando a identificação, a delimitação da faixa, a benfeitorias
atingidas e o uso do solo.

• Levantamento sócio-econômico.

2 ALBUQUERQUE, Ronaldo de. Desapropriação e constituição de servidão administrativa. São Paulo: Atlas, 1987, p.132.
3 Conforme Decreto nº 2.335, de 06 de out de 1997, Anexo I, artigo 4o, incisos XXXV e XXXVII. Este é o Decreto de constituição
da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
4 Os princípios para a desapropriação e a instituição de servidão administrativa, que regulamentam os procedimentos necessários à
declaração pública, constam do artigo 151 do Decreto nº 24.643, de 10 de jul de 1934, Código de Águas, do Decreto-Lei nº 3.365,
de 21 de jun de 1941, dispõe sobre desapropriações, e suas modificações, do Decreto nº 35.851, de 16 de jul de 1954, regulamenta o
artigo 151, alínea “c”, do Código das Águas, e da Lei nº 2.786.

59
MBA em Projetos

O objetivo é conhecer a população afetada que deverá será indenizada, identificando a


condição do morador em relação à propriedade, se ele é proprietário, posseiro ou
locatário e quais as suas expectativas.

• Estabelecimento dos critérios de indenização


A indenização justa deverá ser paga aos proprietários, bem como, aos locatários,
posseiros ou ocupantes, dos imóveis afetados pela faixa de servidão conforme os
seguintes fatores 5.
o Riscos e restrições ao uso do solo. A tensão de operação da Linha de
Transmissão e da sua situação em relação às benfeitorias, bem como a
restrição do seu uso pelas limitações impostas devido a presença do potencial
elétrico.
o Qualidade do solo da propriedade.
o Destinação da terra, que poderá ser para: reflorestamento, culturas perenes
com erradicação parcial ou não, culturas anuais com ou sem pulverização
aérea, reserva florestal, pastagem cultivada ou nativa e outros usos.
o Posição da Linha de Transmissão em relação à sede da propriedade rural.
o Quantidade de torres que serão instaladas na propriedade.
o Benfeitorias atingidas.
o Outras situações especiais deverão ser analisadas. Por exemplo, lotes de
terras nas áreas urbanas e chácaras.

• Negociação
Tendo como base os levantamentos, descritos nas fases anteriores, deverá ser iniciada
a fase de negociação individual. É a fase na qual as partes acordarão a importância da
indenização e que culminará na celebração de escritura pública. A negociação não deve
ser entendida como ato de compra e venda, mas, apenas como uma transmissão de
direitos.
Entretanto, poderá ser necessário promover medidas judiciais necessárias à liberação
para a implantação das Instalações de Transmissão. É evidentemente que o acordo traz

5 Normas da ABNT: NBR 8.799, Avaliação de Imóveis Rurais, NBR 5.676, Avaliação de imóveis Urbanos, e NBR 13.830, Avaliação
de Servidões.

60
MBA em Projetos

benefícios às partes: ao expropriado, uma vez que receberão mais rapidamente a


indenização; e ao concessionário a economia de tempo.

• Monitoramento
As Instalações de Transmissão deverão promover as maiores perdas e transtornos na
fase de implantação, principalmente, pela movimentação de caminhões, máquinas e
equipamentos pesados pelas estradas de acesso e pelo interior das propriedades.
Porém, na fase de operação as interferências pela ação do concessionário serão raras e
de pequenas proporções.

Por estes motivos, o concessionário deverá proporcionar o monitoramento das fases


distintamente, de forma a manter uma relação de confiança e parceria com a população
afetada.

6.1.4 Aquisição
Seleção e Especificação de Equipamentos, Materiais e Sistemas
Deverão ser requeridos dos proponentes para o fornecimento dos equipamentos, materiais e
sistemas para as Instalações de Transmissão a inclusão, em suas propostas, de todos os
elementos principais, auxiliares e acessórios, normais ao objeto da aquisição, e que sejam
necessários ao perfeito funcionamento e, principalmente, com segurança, mesmo quando
não forem detalhadas nas especificações.

Deverão ser selecionados, sem exceção, os equipamentos, materiais e sistemas da melhor


qualidade.

Os pagamentos deverão ser realizados em etapas, sintonizados com o andamento da


fabricação e da entrega dos equipamentos, materiais ou sistemas. Para a elaboração do
cronograma físico-financeiro foi adotado o esquema de faturamento, abaixo, referente à
aquisição dos equipamentos, em geral, outros esquemas poderão ser analisados:

61
MBA em Projetos

1a Parcela - Cronograma de Fornecimento.


Nesta fase o fornecedor deverá submeter o cronograma de fornecimento, que
deverá incluir as etapas de fabricação, ensaios e transporte. Após a análise e
aprovação deverá será liberado uma parcela equivalente a 10% do valor do
bem.

2a Parcela - Liberação para Fabricação.


Assim que todos os desenhos e documentos, conforme as especificações de
compra, forem liberados para a fabricação será gerado outra parcela de
faturamento no valor correspondente à 10% do valor do bem.

3a Parcela – Desenhos e Manuais de Instrução.


Quando todos os desenhos e manuais de instrução forem aprovados na forma
final a terceira parcela de faturamento será liberada. Desta feita, a 3a parcela
será liberada referente a 15%.

4a Parcela – Relatório de Ensaios de Rotina, Tipo e/ou Especiais.


Após a fabricação o fornecedor deverá providenciar a execução dos ensaios
de rotina, tipo e/ou especiais. Assim que estes relatórios forem aprovados, na
forma final será liberada a quarta parcela, correspondendo a 40% do bem.

5a Parcela - Montagem, ou instalação, e Comissionamento.


Finalmente, na conclusão dos testes de comissionamento e, somente após,
sanadas todas as pendências serão liberados os 25% restantes.

6.2 Características básicas da Linha de Transmissão de 500 kV Itumbiara -


Marimbondo
Serão apresentadas as informações de caráter técnico, econômico relativas à linha de
transmissão em 500 kV, com extensão aproximada de 212 km, que será construída entre as
subestações de Itumbiara, no Município de Araporã, e de Marimbondo, no Município de
Fronteira, ambas no Estado de Minas Gerais.

62
MBA em Projetos

Informações sobre os principais componentes da LT 500 kV Itumbiara – Marimbondo e de


suas quantidades foram organizadas e disponibilizadas no Quadro 6.1, a seguir.

Estruturas
As estruturas a serem utilizadas na montagem desta linha de transmissão serão de aço
galvanizado, treliçadas e montadas em seções aparafusadas. As estruturas serão
autoportantes e de acordo com a fixação dos cabos poderão ser de suspensão ou de
ancoragem do tipo “cara de gato”. Serão, aproximadamente, 499 estruturas.

Cabo Condutor e Cabo Pára-raios


O feixe condutor, ou cada uma das três fases, deverá ser composto por três cabos CAA de
954 MCM, formação 45/7, código Rail.

Os cabos pára-raios serão fixados no topo das estruturas e destinam-se a interceptar as


descargas elétricas de origem atmosféricas. Serão utilizados cabos de aço galvanizado,
EHS, de bitola de 3/8”, com 7 fios.

QUADRO 6.1

Quantidades dos Principais Componentes da LT 500 kV


Itumbiara – Marimbondo, 212 km

Quantidade
Item Unidade
Por km Total da LT

Torres un 2,35 499

Peso Estrutural t 24,3 5.152,0

Condutor t 19,8 4.197,6

Cabo Pára-Raios Aço t 0,42 89

Isoladores de Disco t 2,31 489,7

63
MBA em Projetos

Isoladores
Os isoladores serão do tipo convencional em vidro temperado. Serão utilizadas em cadeias
do tipo “I” ou “V”, as quantidades indicadas no quadro 6.1 são referentes a cadeias de
isoladores com 26 discos. As cadeias de suspensão deverão ser projetadas sem anéis ou
chifres, e as de ancoragem deverão possuir anéis ou raquetes anti-corona para proteção das
ferragens e dos isoladores contra arcos voltáicos.
Faixa de Passagem
A largura da faixa de passagem da linha foi determinada segundo requisitos de caráter
mecânico, segurança, e de desempenho elétrico, campo elétrico, rádio - interferência e ruído
acústico. Como resultado destas avaliações foi definida a largura de 60 m.

Fundações
Considerando as condições de subsolo que podem ocorrer ao longo da linha, foi prevista a
utilização de fundações em tubulão de concreto armado, sapata em concreto armado e
estacas.

6.3 Características Básicas das Obras nas Subestações de Itumbiara e de Marimbondo


As obras a serem realizadas para as Entradas de Linha de Transmissão de 500 kV nas
subestações foram previstas conforme os arranjos físicos descritos nos “Relatórios das
Características e Requisitos Básicos das Instalações Existentes”6. É preciso frisar esta
avaliação não pretende ser minuciosa e, assim, poderão ser reconhecidas imperfeições
técnicas, não devendo nascer daqui nenhum debate.

Para a elaboração do orçamento deste projeto foram considerados os sistemas, critérios


construtivos e demais características básicas:
Sistemas de proteção, controle e supervisão;
• Religamento automático tripolar dos disjuntores com verificação do sincronismo;
• Esquemas de proteção para faltas com fonte fraca, esquema de proteção de
energização sob defeito e dispositivo de "ECO";
• Esquemas de proteção contra oscilação de potência;
• Sobrecorrente direcional de terra para faltas com alta resitência.

6 Parte integrante do Edital de Leilão 002/2002 ANEEL.

64
MBA em Projetos

Sistema de comunicação.
Estão previstos equipamentos de ondas portadoras, OPLAT, que permitirão funções de
teleproteção, comunicação operativa e telemedição.

Sistema de aterramento e blindagem.


A ampliação da malha de aterramento a ser executada deverá adotar as premissas das
malhas existentes;

Dutos e canaletas.
As canaletas que forem edificadas deverão utilizar blocos e tampas de concreto. Serão
utilizados dutos corrugados e de aço galvanizado.

Cabos de controle e força.


Apenas os cabos dos transformadores de corrente e dos divisores capacitivos de potencial
deverão ser blindados.

Iluminação.
Não está previsto a ampliação do sistema de iluminação do pátio.

Serviços auxiliares
Os serviços auxiliares em corrente alternada e em corrente contínua deverão contar com a
disponibilidade de alimentação das subestações e serão objetos do Contrato de
Compartilhamento de Instalações.

6.4 Comissionamento das Obras das Subestações.


Por ser um dos processos mais complexos daqueles que compõem o empreendimento ele
exigirá um planejamento detalhado envolvendo os fornecedores dos equipamentos, a
empresa contratada para a montagem e a equipe que deverá operar o sistema. As
atividades do comissionamento fazem parte do caminho crítico do empreendimento e a
energização no prazo previsto, com a garantia da qualidade e a confiabilidade na operação

65
MBA em Projetos

comercial do sistema, será alcançada com êxito através da interação e coordenação das
equipes envolvidas.

Para a composição dos custos do comissionamento foi considerado o seguinte:


• Trabalho em horário normal, consideradas 40 horas por semana por profissional;

• Não foram considerados feriados ou paralizações por quaisquer motivos e

• Não foram considerados retrabalhos.

As equipes de mão-de-obra especializada para as SE’s de Itumbiara e Marimbondo foram


previstas conforme o Quadro 6.2.

Os instrumentos e ferramentas especiais a serem utilizados no comissionamento deverão


ser fornecidos pelos respectivos fornecedores dos equipamentos, cabendo à empresa
contratada para montagem o fornecimento dos instrumentos e ferramentas de uso comum.

QUADRO 6.2

Equipe sugerida para o Comissionamento nas


SE’s Itumbiara e Marimbondo

SE de Itumbiara e de Marimbondo
Mês / Quantidade
Categoria
Mês 15o Mês 16o Mês 17o Mês 18o
Sup. de Teste 1 1 1 1
Téc. Equip. 2 4 4 2
Téc. Circ. 2 4 4 4
Téc. Calib. 1 1 1 1
Operador 2 2 2 2

66
MBA em Projetos

Partindo da premissa de que os recursos de apoio administrativos do comissionamento


serão compartilhados com os recursos existentes para as obras nas subestações, as
tratativas e regulamentações pertinentes ficam ao encargo das coordenações locais.

6.5 Testes e Ensaios


O objetivo deste tópico é citar, em termos gerais, os testes e ensaios preliminares que
devem estar presentes na fase de implementação das Instalações de Transmissão e,
portanto, na composição do orçamento de investimento. Serão apenas algumas indicações,
porém, adverte-se que deve ser considerada a relativa importância de cada um.
• Ensaios geológicos.
Estes testes e ensaios têm como objetivo determinar em alguns pontos específicos,
identificados preliminarmente, as condições do solo e subsolo para a construção de
fundações para as torres da linha de transmissão ou para os equipamentos de manobra
a serem instalados nos pátios das subestações.

Como exemplo, o ensaio à percussão SPT é largamente utilizado para esta finalidade.

• Testes em fábrica.
Os testes de rotinas dos equipamentos e materiais em fabricação são especificados por
Normas Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT. São testes
para a confirmação de que o que se está testando está conforme as especificações,
devem ser realizados antes do envio para o campo.

Normalmente os custos destes testes e ensaios fazem parte do preço do equipamento ou


do material que se está adquirindo.

• Comissionamento e teste de sistema.


O comissionamento dos equipamentos instalados nas subestações é a etapa final do
empreendimento e precede a operação comercial. A finalidade é avaliar o desempenho
dos equipamentos após a montagem, comparando com os resultados obtidos nos
ensaios de fábrica e os das especificações de compra.

67
MBA em Projetos

Capítulo 7

Orçamento de Receita e Custos

Edital de Leilão 001/2001

68
MBA em Projetos

7. Orçamento de Receita e Custos – Edital de Leilão 001/2001 ANEEL.

Ao se considerar uma proposta que envolva investimentos em bens de capital deve-se


avaliar os fluxos de caixa futuros esperados em relação ao montante do investimento inicial.
E, é isso que pretendemos realizar a partir deste momento. Ressaltamos que o objetivo visa
à aplicação de modelos de avaliação econômica conforme determinadas premissas e não
deve ser esperada a exatidão dos valores e dos detalhes da composição dos orçamentos,
porém, a metodologia utilizada. Todos os dados que participam desta avaliação são dados
estimados, pois o que se tem feito até o momento é a determinação da potencialidade de
uma idéia tentando buscar bons resultados no futuro. Assim, deve-se ter em mente a
existência de um grau de incerteza ou de riscos inerentes a eles.

O método para a avaliação será o seguinte:


• Estimar os investimentos necessários
• Elaborar o cronograma físico financeiro para a implementação das Instalações de
Transmissão
• Estimar os custos fixos e variáveis para a operação comercial
• Determinar os valores dos juros dos empréstimos
• Estimar os fluxos de caixa futuro esperados para as Instalações de Transmissão
• Determinar a taxa de retorno exigida para o desconto dos fluxos de caixa
• Calcular o valor presente dos fluxos de caixa
• Avaliar a exeqüibilidade econômica

69
MBA em Projetos

7.1 Investimentos para o Edital de Leilão 001/2001 ANEEL.


A avaliação se deu para o projeto de uma finalidade única, ou seja, um único produto será
oferecido: a prestação de serviços de transmissão de energia elétrica entre as SE’s de
Itumbiara e Marimbondo. Embora seja permitida a prestação de outros serviços1, o estudo de
projeto múltiplo está fora dos limites deste texto.

Os Investimentos serão classificados em:


• Fixos
• Financeiros

Farão parte do orçamento do Investimento Fixo os seguintes custos:


• Liberação de Áreas para a construção da Linha de Transmissão.
• Despesas Pré Operacionais.
o Elaboração dos EIA - RIMA
o Licenciamento Ambiental
o Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos e
o Outros
! Documentação Técnica
! Emolumentos da CBLC e BVRJ
• Equipamentos, custos referentes a aquisição dos equipamentos e materiais para as:
o Subestações e
o Linha de Transmissão;
• Execução das obras para as Instalações de Transmissão, compreendendo as SE’s e
a LT e o comissionamento2;
• Veículos
• Treinamento
• Outros

1 É prerrogativa da Transmissora prestar serviços de consultoria, construção, operação e manutenção de Instalações de Transmissão
de energia elétrica, de sinais de dados, voz ou vídeo, conforme Cláusula Quinta, da Minuta de Contrato de Concessão de
Transmissão dos Editais de Leilão 001/2001 e 002/2002.
2 Os custos das obras foram levantados a partir da quantificação dos serviços a serem realizados e dos preços praticados em março de
2001.

70
MBA em Projetos

O investimento total necessário ao Edital de Leilão 001/2001 chega a R$ 88.075.541,00. A


partir do quadro 7.1 pode-se notar que a aquisição de equipamentos para as subestações e
linha de transmissão representa 65,7% do total de investimentos fixos necessários à
implantação das instalações, ou seja, R$ 57 milhões. Para as obras civis e de montagem
seriam necessários, aproximadamente, R$ 17,9 milhões, correspondentes a 20,6%, as
Despesas Pré Operacionais somam R$7,2 milhões, ou 8,2% do total dos investimentos fixos.

É clara a importância da negociação e administração da aquisição no sucesso econômico do


projeto, esforços podem traduzir na redução relativa dos custos.

Na rubrica “Outros” foi considerado uma verba de R$ 2 milhões, ou 2,3% do total dos
investimentos fixos, como folga para as imperfeições das estimativas dos valores

Como Investimento Financeiro o Capital de Giro foi composto pelos recursos necessários
para saldar as despesas nos primeiros três meses de operação comercial e soma R$ 1,3
milhões, ou 1,5% do total de investimentos necessários para a implementação das
Instalações de Transmissão. O prazo de três meses foi estimado considerando os ajustes
administrativos necessários para o recebimento das parcelas mensais referentes à Receita
Anual Permitida.

71
MBA em Projetos

Quadro 7.1

Investimentos – Edital de Leilão 001/2001

DISCRIMINAÇÃO TOTAL (R$) %

TOTAL 88.075.541 100,0%

I) FIXOS 86.759.380 98,5% 100,0%

Despesas Pré Operacionais 7.150.696 8,2% 100,0%

Elaboração dos EIA – RIMA 150.000 2,1%

Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540.000 7,6%

Elaboração de Projetos Básicos 125.000 1,7%

Elaboração de Projeto Executivo 1.700.000 23,8%

Administração (6% dos Custos Diretos) 4.492.111 62,8%

Outros 143.586 2,0%

Documentação Técnica * 85.032

Emolumentos da CBLC e BVRJ ** 58.554

Topografia 390.080 0,4%

Geologia 78.000 0,1%

Terrenos e Servidões 1.400.000 1,6%

Equipamentos 57.004.074 65,7% 100,0%

Subestações 11.758.401 20,6%

Linha de Transmissão 44.681.276 78,4%

Outros 564.397 1,0%

Transporte e Seguros 654.510 0,8%

Obras Civis e Montagem Eletromecânica 17.864.436 20,6% 93,6%

Subestações 1.743.843 9,8%

Linha de Transmissão 14.946.000 83,7%

Comissionamento e Testes 34.593 0,2%

Programa Básico Ambiental 1.140.000 6,4%

Veículos 100.000 0,1%

Treinamento 117.584 0,1%

Outros 2.000.000 2,3%

II) CIRCULANTE 1.316.161 1,5%

Capital de Giro 1.316.161 100,0%

TOTAL 88.075.541 100%


Preços referentes a março de 2001.

72
MBA em Projetos

Quadro 7.2

Orçamento dos Principais Equipamentos – Edital de Leilão 001/2001

DISCRIMINAÇÃO UN QTE VLR. UNIT TOTAL %


LINHA DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES 56.504.027,20 100%
SUBESTAÇÕES 11.822.750,95 21% 100%
SE de Itumbiara 4.701.400,47 40% 100%
Secionadores 500 kV - Sem Lâmina de Terra un 2 142.350,00 284.700,00 6%
Secionadores 500 kV - Com Lâmina de Terra un 1 215.475,00 215.475,00 5%
Disjuntores 500 kV un 1 1.652.625,00 1.652.625,00 35%
Transformador de Corrente 500 kV un 3 160.875,00 482.625,00 10%
Divisor de Potencial Capacitivo 500 kV un 4 64.350,00 257.400,00 5%
Pára-raios 500 kV un 3 45.825,00 137.475,00 3%
Painel de Proteção e Controle gl 1 780.000,00 780.000,00 17%
Sistema Carrier gl 1 295.405,85 295.405,85 6%
Estruturas e Suportes Metálicos gl 1 289.377,16 289.377,16 6%
Cabos de Controle gl 1 124.592,95 124.592,95 3%
Isoladores gl 1 73.148,11 73.148,11 2%
Barramentos Rígidos e Flexíveis gl 1 108.576,40 108.576,40 2%
SE de Marimbondo 7.121.350,47 60% 100%
Secionadores 500 kV - Sem Lâmina de Terra un 4 142.350,00 569.400,00 8%
Secionadores 500 kV - Com Lâmina de Terra un 1 215.475,00 215.475,00 3%
Disjuntores 500 kV un 1 1.652.625,00 3.305.250,00 46%
Transformador de Corrente 500 kV un 6 160.875,00 965.250,00 14%
Divisor de Potencial Capacitivo 500 kV un 4 64.350,00 257.400,00 4%
Pára-raios 500 kV un 3 45.825,00 137.475,00 2%
Painel de Proteção e Controle gl 1 780.000,00 780.000,00 11%
Sistema Carrier gl 1 295.405,85 295.405,85 4%
Estruturas e Suportes Metálicos gl 1 289.377,16 289.377,16 4%
Cabos de Controle gl 1 124.592,95 124.592,95 2%
Isoladores gl 1 73.148,11 73.148,11 1%
Barramentos Rígidos e Flexíveis gl 1 108.576,40 108.576,40 2%
LINHA DE TRANSMISSÃO 44.681.276,25 79% 100%
Torres T 5050 3.168,75 16.002.187,50 36%
Cabo RAIL km 1970 9.652,50 19.015.425,00 43%
Cabo 3/8" EAR km 440 1.355,25 596.310,00 1%
Cabo 3/8" SM km 212 1.413,75 299.715,00 1%
Ferragens e Acessórios km 212 33.978,75 7.203.495,00 16%
Isolador un 64170 24,38 1.564.143,75 4%
Preços referentes a março de 2001.

73
MBA em Projetos

São considerados no Quadro 7.2 Orçamento dos Principais Equipamentos – Edital de Leilão
001/2001, os bens que a serem adquiridos durante a implantação das instalações e que
serão utilizados durante a vida útil do projeto. Farão parte do patrimônio fixo da empresa
Transmissora. Estarão sujeitos à depreciação e obsolescência.

O investimento para a aquisição de equipamentos e materiais para as subestações e linha


de transmissão será de R$56.504.027,20. Dos quais aproximadamente, 79 do total%, ou
R$44.681.276,25, deverão ser destinados à linha de transmissão e o investimento em
equipamento para ambas subestações representarão 21%, ou R$11.822.750,95. Sendo que
a SE de Marimbondo deverá receber 50% a mais do que a SE de Itumbiara devido ao seu
arranjo elétrico que exige uma quantidade superior de equipamentos para a entrada da linha
de transmissão. Para a aquisição dos principais equipamentos da SE de Itumbiara serão
necessários R$4.701.400,47 e da SE de Marimbondo R$7.121.350,47.

Os valores considerados para a composição do orçamento foram baseados nas


encomendas de uma empresa do setor elétrico em março de 2001, embora não tenham
variações substanciais dos valores corrigidos das “REFERÊNCIAS DE CUSTOS – LINHAS
DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES DE ALTA TENSÃO E EXTRA-ALTA TENSÃO”,
ELETROBRÁS, Rio de Janeiro, março de 2000.

Ë importante lembrar que os valores do quadro 7.2 podem sofrer alterações significativas
dos valores praticados pelo mercado em função da demanda e, também, pela composição
do consórcio de empresas que deverá elaborar propostas para o leilão.

7.2 A implementação das Instalações de Transmissão

O período para a implementação das Instalações de Transmissão dos Editais de Leilão é o


mesmo, ou seja, ambos editais exigem que em 18 meses a partir da assinatura do Contrato
de Concessão as instalações entrem em operação comercial. Veja os Cronogramas 7.1 – LT

74
MBA em Projetos

500 kV Itumbiara – Marimbondo e 7.2 - Entradas de Linha nas SE’s Itumbiara e de


Marimbondo

O Cronograma 7.3 – Físico-financeiro para o Edital de Leilão 001/2001 representa os


desembolsos a serem realizados.

75
Cronograma 7.2 - Entradas de Linha nas SE’s Itumbmiara e de Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

Ano 2 Ano 3
Id Atividade 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03
0 Entradas de Linha nas SE’s Itumbmiara e de Marimbondo

1 Assinatura do Contrato de Concessão 08/11


2 Projeto Básico

3 Elaboração 24/12
4 Aprovação do Projeto pela ANEEL 25/12 07/02
5 Aquisição

6 Contratação 08/02
7 Estrutura Metálica

8 Análise e Aprovação de Desenhos 09/02


9 Liberação para fabricação 25/02
10 Entrega na Obra 26/07
11 Disjuntor

12 Análise e Aprovação de Desenhos 24/02


13 Liberação para fabricação 27/03
14 Testes em fábrica 24/10
15 Entrega na Obra 09/11
16 Montagem e Comissionamento 10/11
17 Chave Seccionadora

18 Análise e Aprovação de Desenhos 24/02


19 Liberação para fabricação 27/03
20 Testes em fábrica 24/10
21 Entrega na Obra 09/11
22 Montagem e Comissionamento 10/11

Preparado por:Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo


Datade elaboração: 04 Jun 02
Início do empreendimento:08 Nov 02
Cronograma 7.2 - Entradas de Linha nas SE’s Itumbmiara e de Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

Ano 2 Ano 3
Id Atividade 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03
23 Outros Equipamentos

24 Análise e Aprovação de Desenhos 24/02


25 Liberação para fabricação 27/03
26 Testes em fábrica 25/08
27 Entrega na Obra 10/09
28 Montagem e Comissionamento 11/09
29 Painel

30 Análise e Aprovação de Desenhos 24/02


31 Liberação para fabricação 27/03
32 Testes em fábrica 24/09
33 Entrega na Obra 10/10
34 Instalação e Comissionamento 11/10
35 Cabos

36 Aprovação 24/02
37 Verificação em fábrica 25/07
38 Entrega na Obra 10/08
39 Barramentos

40 Aprovação 24/02
41 Verificação em fábrica 25/07
42 Entrega na Obra 10/08
43 Cabos Pára-ráios

44 Aprovação 24/02
45 Verificação em fábrica 25/07

Preparado por:Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo


Datade elaboração: 04 Jun 02
Início do empreendimento:08 Nov 02
Cronograma 7.2 - Entradas de Linha nas SE’s Itumbmiara e de Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

Ano 2 Ano 3
Id Atividade 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03
46 Entrega na Obra 10/08
47 Projeto Executivo

48 Contratação 09/11
49 Projeto Civil

50 Fundações de Estruturas 27/03 25/04


51 Fundações de Equipamentos 27/04 26/05
52 Estruturas de Suporte de Equipamento 27/04 26/05
53 Drenagem 27/05 25/06
54 Dutos e Canaletas 27/05 25/06
55 Malha de Terra 27/05 25/06
56 Obras Complementares 26/06 25/07
57 Projeto Elétrico

58 Planta de Localização e Arranjo Geral 27/05 10/06


59 Diagrama Unifilar 09/02 23/02
60 Diagramas de Interligação 26/05 22/10
61 Construção

62 Contratação 09/11
63 Execução de Obras Civis

64 Drenagem 26/06 09/08


65 Fundações 27/05 23/09
66 Suporte para Equipamentos 26/06 23/10
67 Dutos e Canaletas 26/07 23/09
68 Eletrodutos 25/08 23/10

Preparado por:Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo


Datade elaboração: 04 Jun 02
Início do empreendimento:08 Nov 02
Cronograma 7.2 - Entradas de Linha nas SE’s Itumbmiara e de Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Unidade Brasília
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

Ano 2 Ano 3
Id Atividade 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03
69 Obras Complementares 24/10 21/01
70 Malha de Terra 27/05 10/07
71 Montagem Eletromecânica

72 Estrutura Metálica 24/09 23/10


73 Barramento flexível/Cabos Pára-ráios 24/10 22/11
74 Barramento rígido 24/10 22/11
75 Equipamento de Pátio

76 Disjuntor 10/11 24/11


77 Chave Seccionadora 23/11 22/12
78 Outros Equipamentos 30/11 14/12
79 Painel 15/12
80 Cablagem 22/12 19/02
81 Sistema de Comunicação 20/02 05/0
82 Comissionamento 20/02 1
83 Energização

Preparado por:Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo


Datade elaboração: 04 Jun 02
Início do empreendimento:08 Nov 02
Cronograma 7.1 - LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
Unidade Brasília
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

2003 2004
Item Atividade N D J F M A M J J A S O N D J F M
Cronograma LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo

1 Assinatura do Contrato de Concessão 08/11

2 Projeto Básico
2.1 Elaboração 23/12
2.2 Aprovação pela ANEEL 24/12 06/02

3 Levantamento de Campo
3.1 Topografia

3.1.1 Contratação 22/11


3.1.2 Implantação do traçado 08/12 09/04
3.1.3 Perfil e Planta 07/01 09/07
3.2 Geologia 06/02 05/06
4 Terrenos e Servidões
4.1 Identificação e Cadastro 06/05
4.2 Levantamento Sócio-econômico 03/09
4.3 Pesquisa de Preço e Avaliação 07/10
4.4 Liberação 07/01 21/11

5 Projeto Executivo
5.1 Contratação 23/11
5.2 Plotação Preliminar 17/03 15/05
5.3 Locação deTorres 16/04 14/07
5.4 Plotação Final 16/05 13/08

Preparado por: Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo
Data da elaboração: 06 Jun 02
Início do empreendimento: 08 Nov 02
Cronograma 7.1 - LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo
Fundação Getúlio Vargas
Unidade Brasília
OUTORGA DE CONCESSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
PARA CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE MBA Projetos
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

2003 2004
Item Atividade N D J F M A M J J A S O N D J F M
5.5 Projeto de Travessias 31/05 29/07
5.6 Desenhos de Fundações das Torres 15/06 13/08
5.7 Especificação para Construção 17/03 16/06
5.8 Lista de Construção 31/05 28/08
5.9 Tabela de Flechas e Tensões 16/05 13/08
5.10 Tabela de Grampeamento Deslocado 31/05 28/08

6 Aquisição
6.1 Contratação 22/01
6.2 Torres 05/05 31/10
6.3 Contrapeso 05/05 03/09
6.4 Ferragens 05/05 31/10
6.5 Isoladores 05/05 31/10
6.6 Pára-raios (Aço) 05/05 31/10
6.7 Condutores 05/05 31/10

7 Construção
7.1 Contratação 22/11
7.2 Execução

7.2.1 Estrada de Acesso 17/06 14/09


7.2.2 Limpeza de Faixa 02/07 29/10
7.2.3 Fundações 09/07 09/01
7.2.4 Aterramentos 08/08 23/02

Preparado por: Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo
Data da elaboração: 06 Jun 02
Início do empreendimento: 08 Nov 02
Cronograma 7.1 - LT 500 kV Itumbiara - Marimbondo
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INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO DA REDE BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO

2003 2004
Item Atividade N D J F M A M J J A S O N D J F M
7.2.5 Montagem de Torres 08/08 04/0
7.2.6 Lançamento de Cabos 22/09 09/
7.2.7 Revisão Final 13/12 1

8 Energização

Preparado por: Leonardo Freitas Garcia Tarefa Tarefa crítica Etapa Resumo
Data da elaboração: 06 Jun 02
Início do empreendimento: 08 Nov 02
MBA em Projetos

Cronograma 7.3 – Físico-financeiro - Edital de Leilão 001/2001


Em R$1.000
Etapas a Realizar ( em meses)
Discriminação Total %
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

USOS 88.075,54 99%


I) FIXOS 86.759,38 97,28% 983,37 843,88 786,59 4.214,53 762,19 1.943,76 1.427,25 2.115,55 3.910,10 4.395,70 7.276,43 7.425,17 11.602,29 14.750,59 12.494,86 7.709,63 3.964,10 1.263,38
Despesas Pré Operacionais 7.150,70 8,02%
Elaboração dos EIA - RIMA 150,00 0,17% 75,00 75,00
Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540,00 0,61% 150,00 150,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00
Elaboração de Projetos Básicos 125,00 0,14% 62,50 62,50
Elaboração de Projeto Executivo 1.700,00 1,91% 170,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00
Administração (6% dos Custos Diretos) 4.492,11 5,04% 246,17 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76 249,76
Outros 143,59 0,16%
Documentação Técnica * 85,03 0,10% 85,03
Emolumentos da CBLC e BVRJ ** 58,55 0,07% 58,55
Topografia 390,08 0,44% 39,01 58,51 78,02 78,02 78,02 42,91 15,60
Geologia 78,00 0,09% 11,70 27,30 27,30 11,70
Terrenos e Servidões 1.400,00 1,57% 28,00 42,00 56,00 70,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 92,40 92,40 92,40 86,80 84,00 84,00 84,00
Equipamentos 57.004,07 63,92%
Subestações 11.758,40 13,18% 1.175,84 1.175,84 1.763,76 4.703,36 2.939,60
Linha de Transmissão 44.681,28 50,10% 2.234,06 893,63 2.234,06 2.234,06 4.468,13 4.468,13 6.702,19 6.702,19 6.702,19 5.808,57 2.234,06
Outros 564,40 0,63% 56,44 56,44 84,66 225,76 141,09
Transporte e Seguros 654,51 0,73% 32,73 32,73 65,45 65,45 98,18 65,45 98,18 130,90 32,73 32,73
Obras Civis e Montagem Eletromecânica 17.864,44 20,03%
Subestações 1.743,84 1,96% 97,66 52,32 104,63 174,38 226,70 226,70 261,58 226,70 174,38 101,14 97,66
Linha de Transmissão 14.946,00 16,76% 754,77 367,67 934,13 1.334,68 1.911,59 1.966,89 2.004,26 2.004,26 1.575,31 917,68 802,60 372,16
Comissionamento e Testes 34,59 0,04% 17,30 17,30
Programa Básico Ambiental 1.140,00 1,28% 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 185,00 185,00 185,00 185,00 185,00 185,00
Veículos 100,00 0,11% 33,00 67,00
Treinamento 117,58 0,13% 29,40 29,40
29,40 29,40
Outros 2.000,00 2,24% 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11 111,11
111,11 111,11
II) CIRCULANTE 1.316,16 1,49% 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
658,08 658,08
Capital de Giro 1.316,16 1,48% 658,08 658,08
TOTAL DE USOS 89.185,53 98,76% 983,37 843,88 786,59 4.214,53 762,19 1.943,76 1.427,25 2.115,55 3.910,10 4.395,70 7.276,43 7.425,17 11.602,29 14.750,59 12.494,86 7.709,63 4.622,18 1.921,46
FONTES
I) Recursos Próprios 22.828,51 25,60% 219,07 202,38 202,12 898,91 219,64 455,95 352,65 490,31 849,22 946,34 1.522,49 1.558,95 2.394,38 3.024,04 2.568,42 1.609,13 1.518,10 977,96
II) Financiamento 66.357,03 74,40% 764,30 641,51 584,47 3.315,63 542,55 1.487,81 1.074,60 1.625,24 3.060,88 3.449,36 5.753,94 5.866,22 9.207,91 11.726,56 9.926,45 6.100,50 3.104,08 943,50
TOTAL DE FONTES 89.185,53 100,00% 983,37 843,88 786,59 4.214,53 762,19 1.943,76 1.427,25 2.115,55 3.910,10 4.395,70 7.276,43 7.425,17 11.602,29 14.750,59 12.494,86 7.709,63 4.622,18 1.921,46

83
MBA em Projetos

Ao se observar o “Total de Fontes”, que representa os recursos necessários à implantação


do projeto, pode ser notado que a evolução dos investimentos se dá como uma curva de
distribuição normal deslocada à direita. Isso se deve à ocorrência, nos primeiros 7 meses da
implantação, de eventos preliminares às obras e relativos às Despesas Pré Operacionais,
Topografia e Geologia. Ocorrem, também, neste período dois eventos de pagamentos
referentes à aquisição de equipamentos, no quarto e sexto meses. O Gráfico 7.1 -
EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS nos mostra claramente a curva.

16.000,00
14.000,00
12.000,00
10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
-
11

13

15

17
1

BIMESTRES

INVESTIMENTOS EM R$ 1.000,00

Gráfico 7.1 – Evolução dos Investimentos

84
MBA em Projetos

O Gráfico 7.2 - ORIGEM DOS INVESTIMENTOS detalha as parcelas de recursos


necessárias.

16.000,00
14.000,00
12.000,00
10.000,00
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
-

11

13

15

17
1

9
BIMESTRES

RECURSOS PRÓPRIOS FINANCIAMENTO

Gráfico 7.2 – Origem dos Investimentos

Outro aspecto a ser observado no Cronograma Físico-Financeiro é que as fontes de


recursos serão sobrecarregadas entre o nono e o décimo sétimo mês de implantação devido,
principalmente, aos eventos de pagamentos referentes à aquisição. O período inicial, até o
sétimo mês, é dedicado aos estudos preliminares, elaboração de projetos executivos, das
especificações técnicas para a aquisição, licenciamento ambiental e elaboração do
o
Programa Básico Ambiental. No 4 mês devem ocorrer os primeiros desembolsos para a
aquisição, elevando o total de usos para R$ 4,214 milhões. A partir do oitavo mês o volume
de recursos cresce substancialmente, atingindo o valor máximo de aproximadamente R$
15,9 milhões no décimo quarto mês.

85
MBA em Projetos

O Gráfico 7.3 mostra o comportamento da curva que representa a EVOLUÇÃO


ACUMULADA DOS INVESTIMENTOS.

100.000,00
80.000,00
60.000,00
40.000,00
20.000,00
-
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
BIMESTRES

INVESTIMENTOS EM R$ 1.000,00

Gráfico 7.3 – Evolução Acumulada dos Investimentos

86
MBA em Projetos

7.3 Receita Anual Permitida


A prestação do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica se dará mediante
pagamento da Receita Anual Permitida e terá início contado após a entrada em operação
comercial e será finalizado com o vencimento da concessão da outorga, ou seja, 30 anos
após. A operação comercial é entendida como o momento a partir do qual as Instalações de
Transmissão operam plenamente e sem restrições, portanto, estando aptas a atender o
sistema elétrico interligado.

O modelo utilizado pelo Edital de Leilão 001/2001 ANEEL, e que está delimitando esta
análise, previa que a vencedora do leilão seria a empresa que apresentasse a menor tarifa
para o serviço público de transmissão de energia elétrica3.

O edital estabeleceu, também, um limite superior para a validade das propostas, como
medida de proteção da modicidade das tarifas. Desta forma, as propostas de Receita Anual
Permitida superiores a R$ 20.607.560,00 não seriam aceitas4.

A vida útil do projeto será dividida em dois períodos: o primeiro que compreenderá o período
da energização das instalações e entrada em operação comercial até o final do 15o ano e o
segundo momento que corresponderá ao restante do período da concessão. Para o primeiro
período a Transmissora deverá receber a Receita Anual Permitida, valor da proposta
vencedora do leilão, e no segundo receberá o correspondente à 50% da Receita Anual
Permitida5.

A Receita Anual Permitida será reajustada a partir da assinatura do contrato de concessão,


sempre no mês de junho, pela fórmula6:

RAi = RAi-1 x IVIi

3 Veja o Item 3, DO OBJETO, do edital de leilão.


4 Item 10.3 do Edital de Leilão 001/2001 ANEEL.
5 Item 5.1 e 5.2 do edital.
6 Definida na Terceira Subcláusula da Cláusula Sexta da Minuta de Contrato de Concessão de Transmissão, anexo do Edital de Leilão
001/2001 ANEEL.

87
MBA em Projetos

Onde:
i = Ano de referência para o qual estará sendo calculado o reajuste;
RAi = Receita Anual Permitida para o ano i;
RAi-1 = Receita Anual Permitida para o ano i - 1;
IVIi = Resultado da divisão do IGP-M do segundo mês anterior à data do reajuste
em processamento pelo IGP-M do segundo mês anterior à data de referência, ou
seja, data de entrada em operação comercial;
IGP-M = Índice Geral de Preços de Mercado, da Fundação Getúlio Vargas ou, na
sua extinção, o índice definido pela ANEEL.

O primeiro reajuste a data de referência será a data em que ocorreu o leilão. Os reajustes
dos anos subseqüentes à data de referência anterior serão as datas de início da vigência do
último reajuste.

A Receita Anual seria faturada mensalmente, correspondente a 1/12 da Receita Anual


Permitida, pelos Usuários da Rede Básica, para pagamentos nos prazos e demais condições
estabelecidas no CPST.

A minuta do CPST7 prevê a redução da Receita Anual de uma Parcela Variável, PV, em
função da indisponibilidade das instalações. A PV é calculada em função da duração dos
desligamentos programados ou não, veja a fórmula abaixo:

NP NO
PB PB
PV = × Kp × (−∑ DDPi) + × (−∑ Koi × DODi)
1440 × D i =1 1440 × D i =1

Onde:
PV = Parcela Variável dos pagamentos mensais de uma instalação.
DDP = Duração, em minutos, de cada desligamento programado que
ocorra durante o mês.

7 Cláusula 26a do CPST.

88
MBA em Projetos

DOD = Duração, em minutos, de cada um dos outros desligamentos


que ocorram durante o mês.
PB = Pagamento Base das Instalações de Transmissão.
Kp = Fator para desligamentos programados e igual à Ko/15.
Ko = Fator para outros desligamentos de até 300 minutos após o
primeiro minuto (o fator será reduzido para Ko/15, após o 301o
minuto).
NP = Número de desligamentos programados da instalação ao longo
do mês.
NO = Número de outros desligamentos da instalação ao longo do mês.
D = Número de dias do mês.

Então, se no Mês ocorrer apenas um desligamento intempestivo, não programado, de 4


horas e 48 minutos, ou 288 minutos de duração teremos:

DDP = 0
DDO = 288 minutos
PB = R$1.549.500,00 (Receita Anual dividida por 12 parcelas mensais)
Ko = 1508
NP = 0
NO = 1
D = 30 dias

E o resultado será, PV = - R$1.549.500,00

Com o resultado adiciona-se o PV à Parcela Mensal da Receita Anual e o resultado será o


faturamento devido à Transmissora naquele mês hipotético, ou seja:

Faturamento do Mês = Parcela da Receita Anual + Parcela Variável

Faturamento do Mês = 1.549.500,00 +( - 1.549.500,00)

8 Conforme Parágrafo 5o, Cláusula 26a. da Minuta do CPST.

89
MBA em Projetos

Faturamento do Mês = 0

Apesar de estarem previstos o reajuste anual da receita e a dedução da parcela variável, a


receita anual será considerada como valor fixo para a nossa análise, ou seja, o valor da
proposta do leilão.

7.4 Custos Fixos


Os custos fixos decorrem da estrutura administrativa e operacional que tem que ser formada
para a operação da empresa. Os custos fixos são independentes do volume de produção.
Os custos fixos também podem ser denominados como custos estruturais.

Os custos fixos orçados foram os seguintes:


• Depreciação
• Mão-de-obra
• Encargos sociais referentes à mão-de-obra
• Manutenção e conservação
• Seguros
• Custos Administrativos
• Outros
• Juros

A depreciação é a perda de valor dos equipamentos e instalações em virtude de razões


físicas e econômicas. A deterioração física, ou desgaste pelo uso, é a depreciação
propriamente dita. A perda do valor em função de causas econômicas é denominada como
obsolescência. Na prática, ambos os conceitos serão incluídos sob o título “depreciação”.
Não resta dúvida de que há elementos conceituais comuns à depreciação e obsolescência,
relacionados com a economia. A referência “limite físico da vida útil do equipamento” não
pode ser entendido que os equipamentos e outros acervos funcionem até o momento em

90
MBA em Projetos

que se tornam fisicamente inúteis, mas sim, quando o custo da manutenção e conservação
passem a ser anti-econômico9.

O método utilizado no cálculo foi a depreciação linear. O total do investimento renovável,


equipamentos e instalações, foi dividido pelo número de anos de vida atribuído. A
determinação do prazo de depreciação considerou apenas a vida física provável do
equipamento e instalações10. No caso dessa avaliação foi considerado um prazo de vida útil
de 30 anos e taxa de depreciação de 3,3% ao ano.

A mão-de-obra foi alocada para os serviços administrativos da nova empresa. Pela


composição dos custos fixos pode ser notado que uma variação na quantidade mão-de-obra
poderá afetar os resultados econômicos. Então, procurou-se estimar os recursos apenas o
suficiente para a administração.

Os encargos sociais decorrentes do custeio da mão-de-obra foi estimado em 116% do seu


custo. Estão os seguintes encargos trabalhistas e previdenciários, dentre outros:
- INSS
- FGTS
- PIS
- Contribuição Sindical
- Aviso Prévio
- Férias
- 13º Salário
- Outros

A parcela anual referente a manutenção e conservação está dimensionada em função dos


investimentos necessários à sua aquisição. Foi estimado o montante correspondente a 0,5%

9 MELNICK, Julio. MANUAL DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Rio de Janeiro: Forum, 1972. P.161.
10 A RESOLUÇÃO ANEEL número 44, de 17 de março de 1.999, alterou as taxas anuais de depreciação estipuladas pela
RESOLUÇÃO ANEEL número 002, de 24 de dezembro de 1.997. Contudo, As taxas de depreciação são variadas para os
equipamentos e instalações que compõem o sistema de transmissão, uma chave seccionadora tem taxa de 3,3%, já o disjuntor de
3%, estruturas da linha de transmissão de 2,5%, estrada de acesso de 4%, para mais detalhes veja a resolução.

91
MBA em Projetos

do valor do bem como sendo o custo para a sua manutenção durante o ano. Da mesma
forma o seguro anual foi estimado em 0,5% do valor bem.

Na rubrica “Juros” estão incluídos os montantes devidos ao financiamento do capital fixo e


ao capital de giro, apenas o efetivamente pago pelo crédito. O financiamento deverá ser
tratado com mais detalhes em seção oportuna.

O Quadro 7.3 – Custos Fixos Anuais – Edital de Leilão 001/2001 relaciona os custos exceto
a depreciação e os juros. O Gráfico 7.4 – Custos Fixos Anuais – Típico mostra a relação da
composição.

Quadro 7.3

Custos Fixos Anuais – Edital de Leilão 001/2001

CUSTOS FIXOS ANUAIS


DISCRIMINAÇÃO
(ANO 1 - 30)

MÃO DE OBRA 434.856


ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 504.433
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 378.470
SEGUROS 378.643
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 150.000
OUTROS (5% DO TOTAL) 92.320
TOTAL 1.938.721

92
MBA em Projetos

8% 5%
22%

20%

25%
20%

MÃO DE OBRA ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)


MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO SEGUROS
CUSTOS ADMINISTRATIVOS OUTROS (5% DO TOTAL)

Gráfico 7.4 – Custos Fixos Anuais - Típico

7.5 Custos Variáveis


Os custos variáveis são conceituados como aqueles identificados com o produto ou
serviço11.
Foram orçados como custos variáveis os custos decorrentes, principalmente, da tributação
devido a receita e parcela destinada à mão-de-obra para reparos contingênciais. O Quadro
7.5 mostra a composição dos custos variáveis para os dois períodos.

Foram preparados orçamentos anuais para períodos de tempo durante os quais foi possível
prever que não ocorreriam mudanças fundamentais, o que implicou em dois orçamentos

11 WOILER, Samsão, MATHIAS, Washington Franco. PROJETOS: PLANEJAMENTO, ELABORAÇÃO E ANÁLISE. São
Paulo: Atlas, 1996. P 163.

93
MBA em Projetos

motivados pela variação do regime da receita12, o primeiro compreendendo os 15 anos


iniciais da operação e o segundo para o período seguinte, do 16o ao 30o ano.

Os custos variáveis orçados foram os seguintes:


- Mão-de-obra
- Encargos referente à mão-de-obra
- Comunicação Social
- Programa de Pesquisa de Desenvolvimento do Setor Elétrico
- PIS
- COFINS
- ISS
- CSSL
- Taxa de fiscalização da ANEEL

Comunicação Social
A implementação de Instalações de Transmissão como as relativas à Linha de Transmissão
de 500 kV interligando duas subestações distantes entre si de 212 km e atravessando vários
municípios criam expectativas à população diretamente afetada quanto às restrições de uso
da faixa de servidão, aos transtornos causados durante o período de construção e aos
impactos gerados pela operação.

A Comunicação Social deverá estabelecer um meio de comunicação entre o empreendedor,


Transmissora, e a comunidade de forma que as expectativas de ambos sejam conhecidas.
Evitando, assim, que a desinformação afete a comunidade os objetivos do empreendedor.

Dessa forma, foram orçadas verbas anuais de R$ 300 mil até o décimo quinto ano e a partir
do décimo sexto ao trigésimo ano de R$ 100 mil.

Durante a fase das obras o Plano Básico Ambiental deverá contemplar, também, um
programa de comunicação social. Os orçamentos, acima referidos, foram previstos para o
período de operação.

12 Segundo a Minuta de Contrato de Concessão a receita anual dos últimos quinze anos deverá ser correspondente a 50% da receita
anual dos primeiros quinze anos.

94
MBA em Projetos

Programa de Pesquisa de Desenvolvimento do Setor Elétrico


A Minuta de Contrato de Concessão de Transmissão estipula em sua Décima Segunda
Subcláusula da Cláusula Quarta que deverá ser aplicado anualmente o montante de, no
mínimo, 1% da receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor
elétrico13. Para efeito de análise a Receita Anual será aquela que venceu o leilão, R$
18.594.000,00.

Tarifas e Tributos
As tarifas e tributos incidentes sobre a prestação de serviço de transmissão de energia
elétrica estão relacionados abaixo14.

O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas não pertence à rubrica Custos Variáveis, porém
foi relacionada abaixo apenas para acompanhar o esclarecimento das tarifas e tributos
incidentes sobre a transmissão de energia elétrica.

PIS
A base de cálculo considerada foi a receita bruta total e a alíquota aplicada foi de
0,65%. A periodicidade do recolhimento é mensal.

Contribuição Social Sobre o Lucro das Empresas – CSLL


A base de cálculo é o valor do resultado do exercício antes da provisão da incidência
do imposto de renda, a alíquota considerada foi de 8%.

Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS


A receita bruta mensal é a base de cálculo para a COFINS tendo 3% como alíquota.

Imposto Sobre Serviços – ISS


O tributo municipal incide sobre a prestação de serviços. Foi considerada a alíquota
máxima de 5% aplicada sobre o faturamento da operação de prestação dos serviços.

13 Conforme Lei número 9.991, de 24 de julho de 2000.


14 Para mais detalhes ver CARNEIRO, Daniel Araújo. TRIBUTOS E ENCARGOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO.
Curitiba: Juruá, 2001.

95
MBA em Projetos

Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ


A alíquota do IRPJ é de 15% sobre o lucro com um adicional de 10% sobre a parcela
que exceder o valor anual de R$ 240.000,00. A periodicidade da apuração do IRPJ é
trimestral. Porém, foi utilizado a alíquota de 35% sobre a receita líquida, resultado da
subtração dos custos sobre a Receita Anual.

Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica


A Taxa de Fiscalização deve ser recolhida anualmente, é diferenciada em função da
modalidade e é proporcional ao porte do serviço. A taxa foi calculada em 0,5% do
benefício econômico auferido.

Quadro 7.4

Custos Variáveis Anuais – Edital de Leilão 001/2001

Em R$
CUSTOS VARIÁVEIS ANUAIS
DISCRIMINAÇÃO
ANO 1 ao 15 ANO 16 ao 30
MÃO-DE-OBRA 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 300.000 100.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO 185.940 92.970
PIS (0,65%) 120.861 60.431
COFINS (3%) 557.820 278.910
ISS (5%) 929.700 464.850
CSSL (9%) 400.000 603.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 92.970 46.485
OUTROS (5% DO TOTAL) 90.631 59.016
TOTAL 3.325.922 2.353.661

96
MBA em Projetos

3% 3% 9%
12%
10%

9%

27% 6%
4%
17%

MÃO-DE-OBRA
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)
COMUNICAÇÃO SOCIAL
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO
PIS (0,65%)
COFINS (3%)
ISS (5%)
CSSL (9%)
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL

Gráfico 7.5 – Custos Variáveis (Ano 1 a 15)

2% 3%
13%

25%
15%

4%
4%
3%
19%
12%
MÃO-DE-OBRA ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)
COMUNICAÇÃO SOCIAL PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO
PIS (0,65%) COFINS (3%)
ISS (5%) CSSL (9%)
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL OUTROS (5% DO TOTAL)

Gráfico 7.6 – Custos Variáveis (Ano 16 a 30)

97
MBA em Projetos

Juros
O consórcio formado pela criação de uma Empresa de Propósito Específico – EPE, poderá
captar recursos para desenvolver o projeto das Instalações e Transmissão na modalidade de
“Project Finance”. Nessa modalidade, o financiamento de projetos são estruturados sob a
forma de consórcio e a garantia aos financiadores provém do próprio fluxo de caixa do
projeto.

7.6 O Financiamento
O BNDES definiu condições de financiamento diferenciadas para estimular os investimentos
no setor15 devido o cenário de insuficiência de oferta de energia elétrica.

As condições de apoio financeiro ao investimento nas Instalações de Transmissão, segundo


o BNDES, e consideradas para a avaliação econômica foram as mencionadas do quadro
7.5.

Quadro 7.5
Programa de Apoio Financeiro a Investimentos Prioritários no Setor Elétrico

Participação Limitada a 80%

TJLP (gasto locais) e Cesta


Custo Básico
de Moedas (importados)

Básico: 2,5%
Risco: Varia em função de
Spreads
cada projeto, 0,5% à
2,5%

Amortização Até 12 anos


Fonte: INFORME INFRA-ESTRUTURA, agosto/01, número 57. BNDES

Os valores a serem financiados e os juros correspondentes estão relacionados nos Quadros


7.6 – Valor para Financiamento, 7.7 – Plano de Amortização - Financiamento para Capital
Fixo – Edital de Leilão 001/2001 e 7.8 - Plano de Amortização - Financiamento para Capital
de Giro – Edital de Leilão 001/2001.

15 Para mais detalhes ver BNDES, ÁREA DE PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA. INFORME INFRA-ESTRUTURA,
agosto/01, número 57.

98
MBA em Projetos

Quadro 7.6

Valor para Financiamento – Edital de Leilão 001/2001


Em R$

VALOR DO
PERCENTUAL VALOR
INVESTIMENTOS FIXOS INVESTIMENTO A CONTRAPARTIDA
FINANCIÁVEL FINANCIÁVEL
REALIZAR

I) FIXOS 86.759.380 75,73% 65.698.947 21.060.433


Despesas Pré Operacionais 7.150.696 28,14% 2.012.000 5.138.696

Elaboração dos EIA - RIMA 150.000 80,00% 120.000 30.000

Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540.000 80,00% 432.000 108.000

Elaboração de Projetos Básicos 125.000 80,00% 100.000 25.000

Elaboração de Projeto Executivo 1.700.000 80,00% 1.360.000 340.000

Administração (6% dos Custos Diretos) 4.492.111 80,00% 3.593.688 898.422

Outros 143.586 80,00% 114.868 28.717


Topografia 390.080 80,00% 312.064 78.016
Geologia 78.000 80,00% 62.400 15.600
Terrenos e Servidões 1.400.000 80,00% 1.120.000 280.000
Equipamentos 57.004.074 80,00% 45.603.259 11.400.815

Subestações 11.758.401 80,00% 9.406.721 2.351.680

Linha de Transmissão 44.681.276 80,00% 35.745.021 8.936.255

Outros 564.397 80,00% 451.517 112.879


Transporte e Seguros 654.510 80,00% 523.608 130.902
Obras Civis e Montagem Eletromecânica 17.864.436 0,00% 14.291.549 3.572.887

Subestações 1.743.843 80,00% 1.395.074 348.769

Linha de Transmissão 14.946.000 80,00% 11.956.800 2.989.200

Comissionamento e Testes 34.593 80,00% 27.675 6.919

Programa Básico Ambiental 1.140.000 80,00% 912.000 228.000


Veículos 100.000 80,00% 80.000 20.000
Treinamento 117.584 80,00% 94.067 23.517
Outros 2.000.000 80,00% 1.600.000 400.000

II) CIRCULANTE 1.316.161 50,00% 658.080 658.080


Capital de Giro 1.316.161 50,00% 658.080 658.080

TOTAL 88.075.541 75,34% 66.357.027 21.718.513

99
MBA em Projetos

Quadro 7.7 - Plano de Amortização - Financiamento Para Capital Fixo – Edital de Leilão 001/2001
Em R$

Investimento a realizar R$ 86.759.379,99 Prazo (em anos) 12


Carência (em
Percentual financiável 75,73% anos) 0
Valor financiável R$ 65.698.947,05 Juros a . a . 13,00%
ANO PARCELA (R$) JUROS (R$) AMORTIZAÇÃO (R$) SALDO (R$)
0 65.698.947,05
1 14.015.775,37 8.540.863,12 5.474.912,25 60.224.034,80
2 13.304.036,78 7.829.124,52 5.474.912,25 54.749.122,54
3 12.592.298,19 7.117.385,93 5.474.912,25 49.274.210,29
4 11.880.559,59 6.405.647,34 5.474.912,25 43.799.298,04
5 11.168.821,00 5.693.908,74 5.474.912,25 38.324.385,78
6 10.457.082,41 4.982.170,15 5.474.912,25 32.849.473,53
7 9.745.343,81 4.270.431,56 5.474.912,25 27.374.561,27
8 9.033.605,22 3.558.692,97 5.474.912,25 21.899.649,02
9 8.321.866,63 2.846.954,37 5.474.912,25 16.424.736,76
10 7.610.128,03 2.135.215,78 5.474.912,25 10.949.824,51
11 6.898.389,44 1.423.477,19 5.474.912,25 5.474.912,25
12 6.186.650,85 711.738,59 5.474.912,25

Quadro 7.8 - Plano de Amortização - Financiamento para Capital de Giro – Edital de Leilão 001/2001
Em R$

Investimento a realizar R$ 1.316.160,80 Prazo (em anos) 12


Percentual financiável 50,00% Carência (em anos) 0
Valor financiável R$ 658.080,40 Juros a . a . 13,00%
ANO PARCELA (R$) JUROS (R$) AMORTIZAÇÃO (R$) SALDO (R$)
0 658.080,40
1 140.390,49 85.550,45 54.840,03 603.240,37
2 133.261,28 78.421,25 54.840,03 548.400,33
3 126.132,08 71.292,04 54.840,03 493.560,30
4 119.002,87 64.162,84 54.840,03 438.720,27
5 111.873,67 57.033,63 54.840,03 383.880,23
6 104.744,46 49.904,43 54.840,03 329.040,20
7 97.615,26 42.775,23 54.840,03 274.200,17
8 90.486,06 35.646,02 54.840,03 219.360,13
9 83.356,85 28.516,82 54.840,03 164.520,10
10 76.227,65 21.387,61 54.840,03 109.680,07
11 69.098,44 14.258,41 54.840,03 54.840,03
12 61.969,24 7.129,20 54.840,03

100
MBA em Projetos

Capítulo 8
Avaliação do Edital de Leilão 001/2001

101
MBA em Projetos

8. Avaliação do Edital de Leilão 001/2001 ANEEL.

A avaliação econômica para a implementação das Instalações de Transmissão para a


interligação das Subestações de Itumbiara e de Marimbondo deverá ser realizada em dois
momentos distintos devido à anulação do leilão 001/2001, realizado no dia 12 de junho de
2.001. Assim, nesse capítulo será avaliada a decisão de investir baseada nos investimentos
necessários conforme o do Edital 001/2001 e, logo após, no capítulo seguinte, conforme o
Edital 002/2002.

Será considerado economicamente viável e sua implantação deverá ser recomendada


quando os indicadores forem favoráveis e se mostrarem robustos quanto às incertezas que
podem afetar as premissas assumidas no seu cálculo. Caso contrário, deve-se efetuar um
estudo específico de modo a localizar o ponto fraco do projeto, de modo a permitir que a
alternativa inicialmente proposta seja alterada, devendo o novo projeto passar pelas fases
descritas nesse documento.

O valor da empresa a ser constituída para a construção, operação e manutenção das


Instalações de Transmissão referentes à interligação das Subestações de Itumbiara e de
Marimbondo pode ser medida pelo valor presente do seu fluxo de caixa futuro, que é gerado
pelos ativos novos aproveitando as oportunidades de investimento. A geração de retornos
positivos não deverá ser considerada suficiente, o projeto deverá gerar, sobretudo, bons
resultados.

Assim, dentre os diversos métodos de avaliação utilizamos os seguintes:

• Método do PAYBACK Simples


• Método do PAYBACK Descontado
• Método do Valor Presente Líquido
• Método do Índice de Lucratividade
• Método da Taxa Interna de Retorno

102
MBA em Projetos

Porém, antes de iniciar a análise econômica deveremos conhecer o fluxo de caixa futuro da
empresa. Com base nos orçamentos de custos e receitas foram elaborados os Quadros 8.1
e 8.2, Orçamento de Custo e Receita do Projeto, com e sem Financiamento,
respectivamente.

103
MBA em Projetos

Quadro 8.1

Orçamento de Custo e Receita do Projeto Com Financiamento – Edital de Leilão 001/2001


Em R$

ANO
DISCRIMINAÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CUSTO FIXO 13.041.599 12.322.731 11.603.863 10.884.995 10.166.127 9.447.260 8.728.392 8.009.524 7.290.656 6.571.788 5.852.921 5.134.053 4.415.185 4.415.185 4.415.185
DEPRECIAÇÃO 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
MÃO DE OBRA 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470
SEGUROS 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000
OUTROS (5% DO TOTAL) 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320
JUROS 8.626.414 7.907.546 7.188.678 6.469.810 5.750.942 5.032.075 4.313.207 3.594.339 2.875.471 2.156.603 1.437.736 718.868 0 0 0

CUSTO VARIÁVEL 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321
MÃO-DE-OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940
PIS (0,65%) 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861
COFINS (3%) 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820
ISS (5%) 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700
CSSL (9%) 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970
OUTROS (5% DO TOTAL) 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631
CUSTOS TOTAIS 15.783.920 15.065.052 14.346.184 13.627.316 12.908.448 12.189.581 11.470.713 10.751.845 10.032.977 9.314.109 8.595.242 7.876.374 7.157.506 7.157.506 7.157.506
RECEITAS TOTAIS 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000
LUCRO TRIBUTÁVEL 2.810.080 3.528.948 4.247.816 4.966.684 5.685.552 6.404.419 7.123.287 7.842.155 8.561.023 9.279.891 9.998.758 10.717.626 11.436.494 11.436.494 11.436.494
IMPOSTO DE RENDA (35%) 983.528 1.235.132 1.486.736 1.738.339 1.989.943 2.241.547 2.493.151 2.744.754 2.996.358 3.247.962 3.499.565 3.751.169 4.002.773 4.002.773 4.002.773
LUCRO LÍQUIDO 1.826.552 2.293.816 2.761.080 3.228.344 3.695.609 4.162.873 4.630.137 5.097.401 5.564.665 6.031.929 6.499.193 6.966.457 7.433.721 7.433.721 7.433.721

104
MBA em Projetos

Cont. Quadro 8.1 Em R$

ANO
DISCRIMINAÇÃO
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
CUSTO FIXO 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185
DEPRECIAÇÃO 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
MÃO DE OBRA 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470
SEGUROS 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000
OUTROS (5% DO TOTAL) 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320
JUROS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CUSTO VARIÁVEL 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161
MÃO-DE-OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR
ELÉTRICO * 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970
PIS (0,65%) 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431
COFINS (3%) 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910
ISS (5%) 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850
CSSL (9%) 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485
OUTROS (5% DO TOTAL) 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016
CUSTOS TOTAIS 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346 6.060.346
RECEITAS TOTAIS 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000
LUCRO TRIBUTÁVEL 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654
IMPOSTO DE RENDA (35%) 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829
LUCRO LÍQUIDO 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825 2.103.825

105
MBA em Projetos

Quadro 8.2

Orçamento de Custo e Receita do Projeto Sem Financiamento – Edital de Leilão 001/2001


Em R$

DISCRIMINAÇÃO ANO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CUSTO FIXO 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185
DEPRECIAÇÃO 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
MÃO DE OBRA 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470
SEGUROS 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000
OUTROS (5% DO TOTAL) 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320
JUROS

CUSTO VARIÁVEL 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291 3.235.291
MÃO-DE-OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940 185.940
PIS (0,65%) 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861 120.861
COFINS (3%) 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820 557.820
ISS (5%) 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700 929.700
CSSL (9%) 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970
OUTROS (5% DO TOTAL) 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631 90.631
CUSTOS TOTAIS 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476 7.650.476
RECEITAS TOTAIS 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000
LUCRO TRIBUTÁVEL 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524 10.943.524
IMPOSTO DE RENDA 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233 3.823.233
LUCRO LÍQUIDO 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291 7.120.291

106
MBA em Projetos

Cont. Quadro 8.2 Em R$

DISCRIMINAÇÃO ANO
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
CUSTO FIXO 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185 4.415.185
DEPRECIAÇÃO 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
MÃO DE OBRA 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856 434.856
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433 504.433
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470 378.470
SEGUROS 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643 378.643
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000 150.000
OUTROS (5% DO TOTAL) 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320 92.320
JUROS

CUSTO VARIÁVEL 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646 2.294.646
MÃO-DE-OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO * 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970 92.970
PIS (0,65%) 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431 60.431
COFINS (3%) 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910 278.910
ISS (5%) 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850 464.850
CSSL (9%) 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485 46.485
OUTROS (5% DO TOTAL) 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016 59.016
CUSTOS TOTAIS 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831 6.709.831
RECEITAS TOTAIS 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000
LUCRO TRIBUTÁVEL 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169 2.587.169
IMPOSTO DE RENDA 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509 898.509
LUCRO LÍQUIDO 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660 1.688.660

107
MBA em Projetos

8.1 Método do PAYBACK Simples


Este método mede o prazo necessário para recuperar o investimento realizado.

O Método do PAYBACK Simples apresenta um resultado de fácil interpretação, o projeto


apresentará o melhor resultado quanto menor for o prazo para recuperar o investimento.
Considerando as premissas assumidas, este projeto deverá apresentar o retorno no princípio
do décimo terceiro ano.

Quadro 8.3

Método do PAYBACK Simples – Com Financiamento


Saldo do Ano do
Ano Capitais R$
Projeto R$ Retorno
0 (21.718.513) (21.718.513) -
1 (22.945.249) (44.663.763) -
2 (23.704.722) (68.368.484) -
3 (23.996.930) (92.365.414) -
4 (23.821.873) (116.187.287) -
5 (23.279.553) (139.466.841) -
6 (22.169.969) (161.636.810) -
7 (20.593.121) (182.229.931) -
8 (18.549.009) (200.778.939) -
9 (16.037.632) (216.816.571) -
10 (13.158.992) (229.975.563) -
11 (9.713.087) (239.688.650) -
12 (5.799.919) (245.488.569) -
13 4.110.266 (241.378.302) -
14 14.020.451 (227.357.851) -
15 23.830.636 (203.527.215) -
16 28.410.926 (175.116.289) -
17 32.991.215 (142.125.074) -
18 37.571.504 (104.553.570) -
19 42.151.794 (62.401.776) -
20 46.632.083 (15.769.693) 20,3
21 51.212.372 35.442.679 -
22 55.792.661 91.235.340 -
23 60.372.951 151.608.291 -
24 64.953.240 216.561.531 -
25 69.433.529 285.995.060 -
26 74.013.819 360.008.879 -
27 78.594.108 438.602.987 -
28 83.174.397 521.777.384 -
29 87.754.686 609.532.070 -
30 95.705.646 705.237.717 -

108
MBA em Projetos

Os investimentos nas Instalações de Transmissão representariam um total de R$ 88,1


milhões, de acordo com o Quadro 7.1 – INVESTIMENTOS, a serem aplicados no “ano 0” e o
consórcio formado para a implementação das instalações deveria oferecer uma contrapartida
de R$ 21,7 milhões, uma vez que os empréstimos cobririam o montante de R$ 66,4 milhões
restantes. O Quadro 8.3 – Método do PAYBACK Simples – Com Financiamento indica que
os investimentos seriam cobertos no início vigésimo ano, ou seja, o projeto tem uma liquidez
baixa e elevado risco. A liquidez é indicada pelo prazo, quanto maior o prazo menor será a
liquidez. O risco do projeto, também, pode ser medido também pelo prazo, quanto maior o
prazo do PBS maior será o risco do investimento.

O Método do PAYBACK Simples apenas demonstra que os investimentos estariam cobertos


a partir do ano 20o. Os investidores poderiam definir um prazo para o retorno do capital e
comparar com o resultado obtido através do método, se o prazo arbitrado for menor do que o
encontrado pelo método o projeto poderia ser aceito.

O Método do PAYBACK Simples apresenta a desvantagem de não considerar o valor do


dinheiro no tempo, ou seja, o custo de capital é considerado como zero. Outra desvantagem
do método é que a avaliação pode indicar a aceitação do projeto de retorno rápido, porém,
com baixa rentabilidade.

109
MBA em Projetos

8.2 Método do PAYBACK Descontado


O Método do PAYBACK Descontado mede o prazo de recuperação do investimento
remunerado no valor da taxa de juros que representa o custo de capital e se aproxima do
Método do Valor Presente Líquido, VPL. Assim, quanto menor for o prazo, segundo o
método, maior será a chance do VPL ser positivo. O Saldo do Projeto no último ano será
próximo do Valor Futuro Líquido da empresa. O Método do PAYBACK Simples se obtém o
ponto de equilíbrio contábil e quando aplicamos o Método do PAYBACK Descontado se
obtém o ponto de equilíbrio financeiro.

Da mesma forma que o Método do PAYBACK Simples, o investidor deve arbitrar o prazo de
retorno desejado e comparar com o resultado do Método do PAYBACK Descontado. Ele
carrega, também, a desvantagem de indicar projetos de curta duração e baixa rentabilidade
em detrimento de outro de alta rentabilidade e prazo de retorno maior.

A coluna “Capitais” do Quadro 8.4 – Método do PAYBACK Descontado – Com


Financiamento representa o fluxo de caixa após os impostos, a coluna “Valor Presente”
representa o valor relativo ao ano atualizado e a coluna “Saldo do Projeto” expressa o valor
acumulado do investimento atualizado a uma taxa de juros de 12%. O projeto de
investimento nas Instalações de Transmissão não deveria apresentar retorno do capital
investido, de acordo com o Método do PAYBACK Descontado.

110
MBA em Projetos

Quadro 8.4

Método do PAYBACK Descontado – Com Financiamento


Saldo do Ano do
Ano Capitais (R$)
Projeto (R$) Retorno
0 (21.718.513) (21.718.513,33)
1 (22.945.249) (42.205.343,22)
2 (23.704.722) (61.102.602,11)
3 (23.996.930) (78.183.142,57)
4 (23.821.873) (93.322.373,83)
5 (23.279.553) (106.531.817,60)
6 (22.169.969) (117.763.813,93)
7 (20.593.121) (127.079.096,00)
8 (18.549.009) (134.570.729,45)
9 (16.037.632) (140.354.060,38)
10 (13.158.992) (144.590.903,51)
11 (9.713.087) (147.383.183,96)
12 (5.799.919) (148.871.878,58)
13 4.110.266 (147.929.911,60)
14 14.020.451 (145.061.049,46)
15 23.830.636 (140.707.281,28)
16 28.410.926 (136.072.843,87)
17 32.991.215 (131.267.860,11)
18 37.571.504 (126.382.077,10)
19 42.151.794 (121.487.968,21)
20 46.632.083 (116.653.771,03)
21 51.212.372 (111.913.573,75)
22 55.792.661 (107.302.728,15)
23 60.372.951 (102.847.931,53)
24 64.953.240 (98.568.675,46)
25 69.433.529 (94.484.365,68)
26 74.013.819 (90.597.100,02)
27 78.594.108 (86.911.540,95)
28 83.174.397 (83.429.089,85)
29 87.754.686 (80.148.532,29)
30 95.705.646 (76.954.076,52)

Nota: Foi considerada a taxa de juros de 12%

111
MBA em Projetos

8.3 Método do Valor Presente Líquido


Este método compara todas as entradas e saídas de dinheiro na data inicial do projeto,
descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa na taxa de juros desejada.
Considerando a taxa de juros de 12% e o fluxo de caixa e com as premissas assumidas para
a composição do fluxo de caixa, o projeto apresentou o Valor Presente Líquido negativo,
VPL = - R$76.954.076,52, o que significa que o capital não será recuperado e ainda poderá
trazer um prejuízo equivalente. Veja que o valor do VPL calculado é muito próximo do Saldo
do Projeto do Método do PAYBACK Descontado, ano 30. O quadro 8.2 apresenta o saldo
negativo de R$ 76.954.076,52.

Em nossa análise consideramos uma taxa de juros de 12% constante durante todo o projeto,
ou seja, 30 anos. É um cenário simplificado, pois na realidade o mercado deverá operar a
taxas variáveis de juros durante o período. Dessa forma é interessante analisar o
investimento do capital variando o seu custo. A análise de sensibilidade do valor do VPL em
função da taxa de juros pode ser vista no Quadro 8.5 – Análise do Valor Presente Líquido.
Para as análises vindouras será acrescentada a possibilidade de se realizar o
empreendimento sem o financiamento dos recursos.

Quadro 8.5

Análise do Valor Presente Líquido


VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL (R$)
TAXAS DE ATRATIVIDADE
COM FINANCIAMENTO SEM FINANCIAMENTO
0% 95.705,65 121.223,31
2% 59.071,05 76.486,61
4% 35.051,00 45.089,71
6% 18.931,52 22.370,13
8% 7.874,01 5.459,46
10% 131,80 (7.453,37)
12% (5.392,89) (17.541,55)
14% (9.404,42) (25.584,41)

A partir dos resultados apresentados no quadro 8.5, verifica-se a variação do VPL para
diferentes taxas de atratividade, que vão de 0% à 14%. As colunas do VPL, com e sem

112
MBA em Projetos

financiamento, apresentam valores que diminuem em função da elevação da taxa de


atratividade, passando de valores positivos para negativos. Através do processo de
interpolação foram calculados os valores das taxas de juros em que ocorrerão os VPL = 0
,serão de 10,04% ao ano para o projeto com financiamento e de 8,78% ao ano para o projeto
sem financiamento. O quadro 8.5 mostra que o investimento de capital, do ponto de vista
econômico, não seria vantajoso se o custo de capital fosse superior às taxas resultantes da
interpolação.

O Gráfico 8.1 – Análise do Valor Presente Líquido em Função do Custo de Capital expressa
as curvas dos dados do quadro 8.5 e mostra as taxas de atratividade do projeto, com e sem
financiamento.

140.000

120.000

100.000

80.000
Valores em R$ 1.000

60.000

40.000

20.000

0
0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 13% 14%
(20.000)

(40.000)
TAXAS DE ATRATIVIDADE

COM FINANCIAMENTO SEM FINANCIAMENTO

Gráfico 8.1 – Análise do Valor Presente Líquido em Função do Custo de Capital

113
MBA em Projetos

8.4 Método do Índice de Lucratividade


O Método do Índice de Lucratividade mede a relação entre o Valor Presente Líquido e o
valor de todos os investimentos. É evidente que quanto maior o produto da relação maior
poderá ser o lucro. Assim,

IL = Valor Presente Líquido + 1


Investimentos

Se,
VPL = -76.954.076,52 e
Investimentos = 88.075.541,00

Então, IL = 0,1263

Quando o resultado de IL for maior que 1 significará que o valor presente dos retornos será
maior que o valor do investimento, o que resultará na aceitação do projeto. Porém, se o
resultado de IL for menor do que 1 o valor presente dos retornos será menor que o valor do
investimento.

Assim, concluímos que, do ponto de vista econômico, o IL não recomenda a aceitação do


projeto.

114
MBA em Projetos

8.5 Método da Taxa Interna de Retorno


Na Análise de Sensibilidade do Valor Presente Líquido em função da taxa de juros, à medida
em que o custo do capital aumenta o valor do VPL diminui, existindo um valor do custo de
capital que anula o VPL, esse valor é a Taxa Interna de Retorno, TIR.

O GRÁFICO 8.1 – ANÁLISE DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO EM FUNÇÃO DO CUSTO


DE CAPITAL mostra claramente o momento em que ocorre a mudança de sinal do VPL em
função do aumento do custo de capital.

O critério do Método da Taxa Interna de Retorno estabelece que se a TIR for maior que o
custo de capital então o projeto deverá ser aceito. As TIR calculadas para as Instalações de
Transmissão objeto do Edital de Leilão 001/2001, considerando as premissas das
estimativas, foram de 10,04% a.a. para o projeto com financiamento e de 8,78% a.a. para o
projeto sem financiamento. O custo de capital considerado nas análises desse trabalho é de
12% a.a., portanto, maior que as Taxas Interna de Retorno, indicando a não aceitação do
projeto. Uma grande empresa estatal do setor elétrico trabalha com taxa interna de retorno
aproximada de 14,25% a.a..

115
MBA em Projetos

8.6 Conclusões das avaliações do Edital de Leilão 001/2001


Considerando as condições do Edital de Leilão 001/2001, os orçamentos dos investimentos,
as estimativas dos custos, a Receita Anual da proposta vencedora e os fluxos de caixa para
a implementação das Instalações de Transmissão, com e sem financiamento, as análises, do
ponto de vista econômico, resultaram em indicações contrárias à aceitação do projeto. Veja
o resumo das análises no quadro 8.6.

Quadro 8.6

Resumo das Análises Econômicas

Método Indicação

Os investimentos deverão
PAYBACK Simples apresentar retorno a partir do 13o
ano
Não apresentará retorno do capital
PAYBACK Descontado
investido
Não apresentará retorno do capital
Valor Presente Líquido – VPL
investido
Valor presente dos retornos será
Índice de Lucratividade – IL
menor que o investimento
As TIR calculadas são menores do
Taxa Interna de Retorno – TIR
que o custo do capital

Portanto, do ponto de vista econômico, a proposta vencedora do primeiro leilão ofertaria os


serviços públicos de transmissão de energia elétrica pela Receita Anual de R$
18.594.000,00, para o período inicial de 15 anos, e de 50% desse valor, ou seja, R$
9.297.000,00, para o período final da outorga, não recuperaria o capital investido.

Considerando o teto da Receita Anual Permitida de R$ 20.607.560,00 como a proposta


vencedora daquele certame a Taxa Interna de Retorno e permanecendo as mesmas
condições das análises anteriores, a Taxa Interna de Retorno seria de 12,21% para o projeto
financiado.

116
MBA em Projetos

Capítulo 9

Avaliação Edital de Leilão 002/2002


ANEEL

117
MBA em Projetos

9. Avaliação do Edital de Leilão 002/2002 ANEEL.

As Instalações de Transmissão do Edital de Leilão 002/2002 ANEEL são compostas


pelas instalações do Edital 001/2001 acrescidas de um Banco de Reatores
Monofásicos de 100 MVAr e de seus sistemas associados.

Como no Capítulo 7, para estimar o fluxo de caixa será necessário antes estimar os
investimentos, o cronograma físico financeiro e os custos inerentes à operação das
instalações.

Os valores orçados para o Edital de Leilão 001/2001 foram reajustados conforme os


índices abaixo, além, das alterações da composição das instalações, citadas acima.

• Equipamentos: 10,95%
• Obras Civis e Montagem: 12,46%
• Mão-de-obra: 9,5%

Os índices de reajuste foram calculados pela variação dos índices econômicos


referentes ao Ferro, Aço e Derivados, INCC (Mão-de-obra), Máquinas – Veículos e
Equipamentos, Combustíveis e Lubrificantes e Materiais para Construção publicados
pela Revista Conjuntura Econômica da Fundação Getúlio Vargas.

Os investimentos necessários à implementação das Instalações de Transmissão


referentes ao Edital de Leilão 002/2002 ANEEL deverão corresponder à R$ 113,953
milhões, um acréscimo de 24% referente às instalações do edital anterior.

118
MBA em Projetos

Quadro 9.1

Investimentos – Edital 002/2002

DISCRIMINAÇÃO TOTAL (R$) %

TOTAL 110.179.010 100,0%

I) FIXOS 108.578.456 98,5% 100,0%

Despesas Pré Operacionais 8.444.947 7,8% 100,0%

Elaboração dos EIA - RIMA 163.500 1,9%

Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540.000 6,4%

Elaboração de Projetos Básicos 136.250 1,6%

Elaboração de Projeto Executivo 1.785.000 21,1%

Administração (6% dos Custos Diretos) 5.676.611 67,2%

Outros 143.586 1,7%

Documentação Técnica * 85.032

Emolumentos da CBLC e BVRJ ** 58.554

Topografia 427.138 0,4%

Geologia 70.625 0,1%

Terrenos e Servidões 1.400.000 1,3%

Equipamentos 74.120.867 68,3% 100,0%

Subestações 23.813.121 32,1%

Linha de Transmissão 49.573.876 66,9%

Outros 733.870 1,0%

Transporte e Seguros 776.477 0,7%

Obras Civis e Montagem Eletromecânica 20.489.321 18,9% 93,7%

Subestações 2.361.126 11,5%

Linha de Transmissão 16.808.272 82,0%

Comissionamento e Testes 37.880 0,2%

Programa Básico Ambiental 1.282.044 6,3%

Veículos 110.950 0,1%

Treinamento 238.131 0,2%

Outros 2.500.000 2,3%

II) CIRCULANTE 1.600.554 1,5%

Capital de Giro 1.600.554 100,0%

Preços referente a abril de 2002.

119
MBA em Projetos

Quadro 9.2

Orçamento dos Principais Equipamentos – Edital de Leilão 002/2002

DISCRIMINAÇÃO UN QTE VLR. UNIT TOTAL %


LINHA DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES 73.386.996,72 100%
SUBESTAÇÕES 23.813.120,72 32% 100%
SE de Itumbiara 5.216.203,82 22% 100%
Secionadores 500 kV - Sem Lâmina de Terra un 2 157.937,33 315.874,65 6%
Secionadores 500 kV - Com Lâmina de Terra un 1 239.069,51 239.069,51 5%
Disjuntores 500 kV un 1 1.833.587,44 1.833.587,44 35%
Transformador de Corrente 500 kV un 3 178.490,81 535.472,44 10%
Divisor de Potencial Capacitivo 500 kV un 4 71.396,33 285.585,30 5%
Pára-raios 500 kV un 3 50.842,84 152.528,51 3%
Painel de Proteção e Controle gl 1 865.410,00 865.410,00 17%
Sistema Carrier gl 1 327.752,80 327.752,80 6%
Estruturas e Suportes Metálicos gl 1 321.063,96 321.063,96 6%
Cabos de Controle gl 1 138.235,87 138.235,87 3%
Isoladores gl 1 81.157,83 81.157,83 2%
Barramentos Rígidos e Flexíveis gl 1 120.465,51 120.465,51 2%
SE de Marimbondo 18.596.916,90 78% 98%
Secionadores 500 kV - Sem Lâmina de Terra un 5 157.937,33 789.686,63 4%
Secionadores 500 kV - Com Lâmina de Terra un 1 239.069,51 239.069,51 1%
Disjuntores 500 kV un 3 1.833.587,44 5.500.762,31 30%
Reator Monofásico un 4 1.700.000,00 6.800.000,00 37%
Transformador de Corrente 500 kV un 9 178.490,81 1.606.417,31 9%
Divisor de Potencial Capacitivo 500 kV un 4 71.396,33 285.585,30 2%
Pára-raios 500 kV un 7 50.842,84 355.899,86 2%
Painel de Proteção e Controle gl 2 865.410,00 1.730.820,00 9%
Sistema Carrier gl 1 327.752,80 327.752,80 2%
Estruturas e Suportes Metálicos gl 1 321.063,96 321.063,96 2%
Cabos de Controle gl 1 138.235,87 138.235,87 1%
Isoladores gl 1 81.157,83 81.157,83 0%
Barramentos Rígidos e Flexíveis gl 1 120.465,51 120.465,51 1%
Sistema de Proteção Contra Incêndio gl 1 300.000,00 300.000,00 2%
LINHA DE TRANSMISSÃO 49.573.876,00 68% 100%
Torres t 5050 3.515,73 17.754.427,03 36%
Cabo RAIL km 1970 10.709,45 21.097.614,04 43%
Cabo 3/8" EAR km 440 1.503,65 661.605,95 1%
Cabo 3/8" SM km 212 1.568,56 332.533,79 1%
Ferragens e Acessórios km 212 37.699,42 7.992.277,70 16%
Isolador um 64170 27,04 1.735.417,49 4%

Preços referente a abril de 2002.

120
MBA em Projetos

O orçamento para a aquisição dos equipamentos está 30% superior ao do primeiro


leilão, serão necessários R$ 73, 4 milhões para os equipamentos das instalações do
Edital de 2002 contra R$ 56,4 milhões.

O cronograma físico financeiro do Edital de Leilão 002/2002 permanece com os


mesmos prazos e distribuição de recursos no período de implementação que o
cronograma do leilão anterior. Veja Quadro 9.3.

121
MBA em Projetos

Quadro 9.3 - Cronograma Físico Financeiro – Edital de Leilão 002/2002 Em R$ 1.000


Etapas a Realizar ( em meses )
Discriminação Total % 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
USOS 110.179,01 99
I) FIXOS 108.578,46 97,69 1.095,76 955,45 895,03 5.785,15 865,75 3.267,89 1.621,51 2.405,95 4.394,48 4.954,60 8.176,53 8.356,78 14.610,72 20.833,52 16.714,60 8.656,71 4.481,15 1.474,83

Despesas Pré Operacionais 8.444,95 7,60

Elaboração dos EIA - RIMA 163,50 0,15 81,75 81,75

Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540,00 0,49 150,00 150,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00

Elaboração de Projetos Básicos 136,25 0,12 68,13 68,13

Elaboração de Projeto Executivo 1.785,00 1,61 178,50 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10 107,10

Administração (6% dos Custos Diretos) 5.676,61 5,11 311,08 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62 315,62

Outros 143,59 0,13

Documentação Técnica * 85,03 0,08 85,03

Emolumentos da CBLC e BVRJ ** 58,55 0,05 58,55

Topografia 427,1376 0,38 42,71 64,07 85,43 85,43 85,43 46,99 17,09

Geologia 70,62506647 0,06 10,59 24,72 24,72 10,59

Terrenos e Servidões 1.400,00 1,26 28,00 42,00 56,00 70,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 84,00 92,40 92,40 92,40 86,80 84,00 84,00 84,00

Equipamentos 74.120,87 66,69

Subestações 23.813,12 21,42 2.381,31 2.381,31 3.571,97 9.525,25 5.953,28

Linha de Transmissão 49.573,88 44,60 2.478,69 991,48 2.478,69 2.478,69 4.957,39 4.957,39 7.436,08 7.436,08 7.436,08 6.444,60 2.478,69

Outros 733,87 0,66 73,39 73,39 110,08 293,55 183,46

Transporte e Seguros 776,48 0,70 38,82 38,82 77,65 77,65 116,47 77,65 116,47 155,30 38,82 38,82
Obras Civis e Montagem
Eletromecânica 20.489,32 18,43

Subestações 2.361,13 2,12 132,22 70,83 141,67 236,11 306,95 306,95 354,17 306,95 236,11 136,95 132,22

Linha de Transmissão 16.808,27 15,12 848,82 413,48 1.050,52 1.500,98 2.149,78 2.211,97 2.253,99 2.253,99 1.771,59 1.032,03 902,60 418,53

Comissionamento e Testes 37,88 0,03 18,94 18,94

Programa Básico Ambiental 1.282,04 1,15 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 185,00 185,00 185,00 185,00 185,00 185,00

Veículos 110,95 0,10 36,61 74,34

Treinamento 238,13 0,21 59,53 59,53 59,53 59,53

Outros 2.500,00 2,25 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89 138,89
II) CIRCULANTE 1.600,55 1,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 800,28 800,28
Capital de Giro 1.600,55 1,44 800,28 800,28
TOTAL DE USOS 111.146,96 99,13 1.095,76 955,45 895,03 5.785,15 865,75 3.267,89 1.621,51 2.405,95 4.394,48 4.954,60 8.176,53 8.356,78 14.610,72 20.833,52 16.714,60 8.656,71 5.281,43 2.275,11
FONTES
I) Recursos Próprios 28.140,08 25,32 241,55 224,69 223,81 1.213,03 240,35 720,78 391,50 548,39 946,10 1.058,12 1.702,51 1.745,28 2.996,06 4.240,62 3.412,36 1.798,54 1.763,71 1.162,44

II) Financiamento 83.006,88 74,68 854,20 730,76 671,22 4.572,12 625,40 2.547,11 1.230,01 1.857,56 3.448,38 3.896,48 6.474,03 6.611,51 11.614,66 16.592,89 13.302,24 6.858,17 3.517,72 1.112,66
TOTAL DE FONTES 111.146,96 100,00 1.095,76 955,45 895,03 5.785,15 865,75 3.267,89 1.621,51 2.405,95 4.394,48 4.954,60 8.176,53 8.356,78 14.610,72 20.833,52 16.714,60 8.656,71 5.281,43 2.275,11

122
MBA em Projetos

123
MBA em Projetos

Mantidas as premissas para a composição dos orçamentos de despesas também serão


mantidas as semelhanças entre os editais. Assim, não se faz necessário comentário
adicional além, é claro, dos quadros demonstrativos.

9.1 Receita Anual Permitida


Para efeito de cálculo dos custos da operação das instalações será estimado a Receita
Anual permitida com o deságio semelhante ao do Edital de Leilão 001/2001.

A Receita Anual Máxima Permitida pela ANEEL naquele leilão era de R$ 20.607.560,00 e a
proposta vencedora foi de R$ 18.594.000,00, um deságio de 9,771%. A Receita Anual
Máxima Permitida para o Edital de Leilão 002/2002 é de R$ 29.276.880,00 se considerarmos
o deságio equivalente, a receita, para efeito dos cálculos futuros, será de R$ 26.416.242,71,
para o período até o 15o ano e de R$ 13.208.121,36 para o período do 16o ao 30o ano.

123
MBA em Projetos

9.2 Custos Fixos

Quadro 9.4

Custos Fixos Atuais – Edital de Leilão 002/2002

CUSTOS FIXOS ANUAIS


DISCRIMINAÇÃO
(ANO 1 - 30)

MÃO DE OBRA 480.000


ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 556.800
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 477.546
SEGUROS 477.736
CUSTOS ADMINISTRATIVOS 164.250
OUTROS (5% DO TOTAL) 107.817
TOTAL 2.264.149

5%
7% 21%

21%

25%

21%

MÃO DE OBRA ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)


MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO SEGUROS
CUSTOS ADMINISTRATIVOS OUTROS (5% DO TOTAL)

Gráfico 9.1 – Discriminação dos Custos Fixos Anuais - Típico

124
MBA em Projetos

9.3 Custos Variáveis

QUADRO 9.5

Custos Variáveis Anuais – Edital de Leilão 002/2002


Em R$

CUSTOS VARIÁVEIS ANUAIS


DISCRIMINAÇÃO
ANO 1 ao 15 ANO 16 ao 30

MÃO DE OBRA 300.000 300.000


ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL 300.000 100.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO * 264.162 132.081
PIS (0,65%) 171.706 85.853
COFINS (3%) 792.487 396.244
ISS (5%) 1.320.812 660.406
CSSL (9%) 400.000 603.000
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 132.081 66.041
OUTROS (5% DO TOTAL) 108.818 68.109

TOTAL 4.138.066 2.759.733

125
MBA em Projetos

3% 3% 7%
10% 8%

7%

6%

33% 4%

19%

MÃO DE OBRA ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)


COMUNICAÇÃO SOCIAL PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO *
PIS (0,65%) COFINS (3%)
ISS (5%) CSSL (9%)
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL OUTROS (5% DO TOTAL)

Gráfico 9.2 – Custos Variáveis (Ano 1 a 15)

2% 2% 11%

22%
13%

4%

5%
3%

24%
14%
MÃO DE OBRA ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%)
COMUNICAÇÃO SOCIAL PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO *
PIS (0,65%) COFINS (3%)
ISS (5%) CSSL (9%)
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL OUTROS (5% DO TOTAL)

Gráfico 9.3 –Custos Variáveis (Ano 16 a 30)

126
MBA em Projetos

Juros

As condições para o financiamento serão as mesmas descritas no capítulo 7, quadro 7.6.

Quadro 9.6

Valor para Financiamento – Edital de Leilão 002/2002


Em R$

VALOR DO
PERCENTUAL VALOR
INVESTIMENTOS FIXOS INVESTIMENTO A CONTRAPARTIDA
FINANCIÁVEL FINANCIÁVEL
REALIZAR

I) FIXOS 108.578.456 75,71% 82.206.607 26.371.849


Despesas Pré Operacionais 8.444.947 24,86% 2.099.800 6.345.147
Elaboração dos EIA - RIMA 163.500 80,00% 130.800 32.700
Obtenção de Licenças (LP, LI e LO) 540.000 80,00% 432.000 108.000
Elaboração de Projetos Básicos 136.250 80,00% 109.000 27.250
Elaboração de Projeto Executivo 1.785.000 80,00% 1.428.000 357.000
Administração (6% dos Custos Diretos) 5.676.611 80,00% 4.541.289 1.135.322
Outros 143.586 80,00% 114.868 28.717
Topografia 427.138 80,00% 341.710 85.428
Geologia 70.625 80,00% 56.500 14.125
Terrenos e Servidões 1.400.000 80,00% 1.120.000 280.000
Equipamentos 74.120.867 80,00% 59.296.693 14.824.173
Subestações 23.813.121 80,00% 19.050.497 4.762.624
Linha de Transmissão 49.573.876 80,00% 39.659.101 9.914.775
Outros 733.870 80,00% 587.096 146.774
Transporte e Seguros 776.477 80,00% 621.182 155.295
Obras Civis e Montagem Eletromecânica 20.489.321 0,00% 16.391.457 4.097.864
Subestações 2.361.126 80,00% 1.888.901 472.225
Linha de Transmissão 16.808.272 80,00% 13.446.617 3.361.654
Comissionamento e Testes 37.880 80,00% 30.304 7.576
Programa Básico Ambiental 1.282.044 80,00% 1.025.635 256.409
Veículos 110.950 80,00% 88.760 22.190
Treinamento 238.131 80,00% 190.505 47.626
Outros 2.500.000 80,00% 2.000.000 500.000

II) CIRCULANTE 1.600.554 50,00% 800.277 800.277


Capital de Giro 1.600.554 50,00% 800.277 800.277

TOTAL 110.179.010 75,34% 83.006.884 27.172.125

127
MBA em Projetos

Quadro 9.7 – Plano de Amortização - Financiamento para Capital Fixo – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)

Investimento a realizar R$ 108.578.455,74 Prazo (em anos) 12


Percentual financiável 75,71% Carência (em anos) 0
Valor financiável R$ 82.206.607,14 Juros a . a . 13,00%
ANO PARCELA JUROS AMORTIZAÇÃO SALDO
0 82.206.607,14
1 17.537.409,52 10.686.858,93 6.850.550,59 75.356.056,54
2 16.646.837,94 9.796.287,35 6.850.550,59 68.505.505,95
3 15.756.266,37 8.905.715,77 6.850.550,59 61.654.955,35
4 14.865.694,79 8.015.144,20 6.850.550,59 54.804.404,76
5 13.975.123,21 7.124.572,62 6.850.550,59 47.953.854,16
6 13.084.551,64 6.234.001,04 6.850.550,59 41.103.303,57
7 12.193.980,06 5.343.429,46 6.850.550,59 34.252.752,97
8 11.303.408,48 4.452.857,89 6.850.550,59 27.402.202,38
9 10.412.836,90 3.562.286,31 6.850.550,59 20.551.651,78
10 9.522.265,33 2.671.714,73 6.850.550,59 13.701.101,19
11 8.631.693,75 1.781.143,15 6.850.550,59 6.850.550,59
12 7.741.122,17 890.571,58 6.850.550,59 (0,00)

Quadro 9.8 - Plano de Amortização - Financiamento para Capital de Giro – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)

Investimento a realizar R$ 1.600.553,76 Prazo (em anos) 12


Percentual financiável 50,00% Carência (em anos) 0
Valor financiável R$ 800.276,88 Juros a . a . 13,00%
ANO PARCELA JUROS AMORTIZAÇÃO SALDO
0 800.276,88
1 170.725,73 104.035,99 66.689,74 733.587,14
2 162.056,07 95.366,33 66.689,74 666.897,40
3 153.386,40 86.696,66 66.689,74 600.207,66
4 144.716,74 78.027,00 66.689,74 533.517,92
5 136.047,07 69.357,33 66.689,74 466.828,18
6 127.377,40 60.687,66 66.689,74 400.138,44
7 118.707,74 52.018,00 66.689,74 333.448,70
8 110.038,07 43.348,33 66.689,74 266.758,96
9 101.368,40 34.678,66 66.689,74 200.069,22
10 92.698,74 26.009,00 66.689,74 133.379,48
11 84.029,07 17.339,33 66.689,74 66.689,74
12 75.359,41 8.669,67 66.689,74

128
MBA em Projetos

9.4 Fluxo de Caixa

Quadro 9.9 – Orçamento de Custo e Receita do Projeto, Com Financiamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)
DISCRIMINAÇÃO ANOS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CUSTO FIXO 16.186.909 15.287.668 14.388.427 13.489.185 12.589.944 11.690.703 10.791.462 9.892.220 8.992.979 8.093.738 7.194.497 6.295.255 5.396.014 5.396.014 5.396.014

DEPRECIAÇÃO 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865

MÃO DE OBRA 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000

ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546

SEGUROS 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736

CUSTOS ADMINISTRATIVOS 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250

OUTROS (5% DO TOTAL) 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817

JUROS 10.790.895 9.891.654 8.992.412 8.093.171 7.193.930 6.294.689 5.395.447 4.496.206 3.596.965 2.697.724 1.798.482 899.241 0 0 0

CUSTO VARIÁVEL 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066

MÃO DE OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000

ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000

COMUNICAÇÃO SOCIAL 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000

PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO * 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162

PIS (0,65%) 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706

COFINS (3%) 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487

ISS (5%) 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812

CSSL (9%) 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081

OUTROS (5% DO TOTAL) 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818

CUSTOS TOTAIS 20.324.975 19.425.734 18.526.493 17.627.252 16.728.010 15.828.769 14.929.528 14.030.287 13.131.045 12.231.804 11.332.563 10.433.322 9.534.081 9.534.081 9.534.081

RECEITAS TOTAIS 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243
LUCRO TRIBUTÁVEL 6.091.267 6.990.509 7.889.750 8.788.991 9.688.232 10.587.473 11.486.715 12.385.956 13.285.197 14.184.438 15.083.680 15.982.921 16.882.162 16.882.162 16.882.162

IMPOSTO DE RENDA 2.131.944 2.446.678 2.761.412 3.076.147 3.390.881 3.705.616 4.020.350 4.335.085 4.649.819 4.964.553 5.279.288 5.594.022 5.908.757 5.908.757 5.908.757

LUCRO LÍQUIDO 3.959.324 4.543.831 5.128.337 5.712.844 6.297.351 6.881.858 7.466.365 8.050.871 8.635.378 9.219.885 9.804.392 10.388.899 10.973.405 10.973.405 10.973.405

129
MBA em Projetos

Cont. Quadro 9.9

DISCRIMINAÇÃO ANOS
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

CUSTO FIXO 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014
3.131.865
DEPRECIAÇÃO 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865

MÃO DE OBRA 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000

ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546

SEGUROS 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736

CUSTOS ADMINISTRATIVOS 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 164.250

OUTROS (5% DO TOTAL) 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 107.817

JUROS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CUSTO VARIÁVEL 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733

MÃO DE OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000

ENCARGOS DE MÃO DE OBRA (116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000

COMUNICAÇÃO SOCIAL 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

PROG. PESQUISA DES. SETOR ELÉTRICO * 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081

PIS (0,65%) 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853

COFINS (3%) 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244

ISS (5%) 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406

CSSL (9%) 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041

OUTROS (5% DO TOTAL) 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109

CUSTOS TOTAIS 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747 8.155.747

RECEITAS TOTAIS 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121
LUCRO TRIBUTÁVEL 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374

IMPOSTO DE RENDA 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331

LUCRO LÍQUIDO 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043 3.284.043

130
MBA em Projetos

Quadro 9.10 - Fluxo de Caixa do Projeto, Com Financiamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)

DISCRIMINAÇÃO ANOS
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

ENTRADAS 83.006.884 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243

Receitas operacionais 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243

Financiamentos 83.006.884

Valor Residual

SAÍDAS 110.179.010 26.242.294 25.657.787 25.073.280 24.488.773 24.015.217 23.319.760 22.735.253 22.150.746 21.566.239 21.092.683 20.397.226 19.812.719 12.310.972 12.310.972 12.421.922

Investimentos 110.179.010 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950

Custos Variáveis 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066

Custos Fixos - (Dep+juros) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149

Imposto de renda 2.131.944 2.446.678 2.761.412 3.076.147 3.390.881 3.705.616 4.020.350 4.335.085 4.649.819 4.964.553 5.279.288 5.594.022 5.908.757 5.908.757 5.908.757

Serviço Dívida (Am+juros) 17.708.135 16.808.894 15.909.653 15.010.412 14.111.170 13.211.929 12.312.688 11.413.447 10.514.205 9.614.964 8.715.723 7.816.482 (0) (0) (0)

SALDO (27.172.125) 173.949 758.456 1.342.962 1.927.469 2.401.026 3.096.483 3.680.990 4.265.497 4.850.003 5.323.560 6.019.017 6.603.524 14.105.271 14.105.271 13.994.321

SALDO DO PROJETO (27.172.125) (26.998.177) (26.239.721) (24.896.758) (22.969.289) (20.568.263) (17.471.780) (13.790.790) (9.525.294) (4.675.291) 648.270 6.667.287 13.270.810 27.376.081 41.481.352 55.475.673

ANOS
DISCRIMINAÇÃO
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
ENTRADAS 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 16.985.152

Receitas operacionais 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121

Financiamentos
Valor Residual 3.777.031

SAÍDAS 6.792.213 6.792213 6.792.213 6.792.213 6.903.163 6.792.213 6.792.213 6.792.213 6.792.213 6.903.163 6.792.213 6.792.213 6.792.213 6.792.213 6.792.213
Investimentos 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 0

Custos Variáveis 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733

Custos Fixos - (Dep+juros) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149

Imposto de renda 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331
Serviço Dívida (Am+juros) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SALDO 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.304.959 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.304.959 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 10.192.940

SALDO DO PROJETO 61.891.582 68.307.490 74.723.399 81.139.307 87.444.266 93.860.175 100.276.083 106.691.992 113.107.900 119.412.859 125.828.768 132.244.676 138.660.585 145.076.493 155.269.433

131
MBA em Projetos

Quadro 9.11 – Orçamento de Custo e Receita do Projeto, Sem Financiamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)
ANOS
DISCRIMINAÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.396.014 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052
CUSTO FIXO
3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
DEPRECIAÇÃO
480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000
MÃO DE OBRA
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800
(116%)
477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO
477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736
SEGUROS
164.250 164.250 164.250 164.250 164.250 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000
CUSTOS ADMINISTRATIVOS
107.817 107.817 107.817 107.817 107.817 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104
OUTROS (5% DO TOTAL)

JUROS

4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249
CUSTO VARIÁVEL
300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
MÃO DE OBRA
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000
(116%)
300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
COMUNICAÇÃO SOCIAL
PROG. PESQUISA DES. SETOR 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162 264.162
ELÉTRICO *
171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706 171.706
PIS (0,65%)
792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487 792.487
COFINS (3%)
1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812 1.320.812
ISS (5%)
400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000 400.000
CSSL (9%)
132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL
108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818 108.818
OUTROS (5% DO TOTAL)
9.425.263 9.425.263 9.425.263 9.425.263 9.425.263 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300 9.305.300
CUSTOS TOTAIS
26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243
RECEITAS TOTAIS
16.990.980 16.990.980 16.990.980 16.990.980 16.990.980 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942 17.110.942
LUCRO TRIBUTÁVEL
5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830
IMPOSTO DE RENDA
11.051.137 11.051.137 11.051.137 11.051.137 11.051.137 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113 11.129.113
LUCRO LÍQUIDO

132
MBA em Projetos

Cont. Quadro 9.11

DISCRIMINAÇÃO ANOS
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

CUSTO FIXO 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052 5.276.052

DEPRECIAÇÃO 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865

MÃO DE OBRA 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000 480.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA
(116%) 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800 556.800

MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546 477.546

SEGUROS 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736 477.736

CUSTOS ADMINISTRATIVOS 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000

OUTROS (5% DO TOTAL) 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104 102.104

JUROS

CUSTO VARIÁVEL 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624

MÃO DE OBRA 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000 300.000
ENCARGOS DE MÃO DE OBRA
(116%) 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000 348.000

COMUNICAÇÃO SOCIAL 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
PROG. PESQUISA DES. SETOR
ELÉTRICO * 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081 132.081

PIS (0,65%) 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853 85.853

COFINS (3%) 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244 396.244

ISS (5%) 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406 660.406

CSSL (9%) 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000 603.000

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA ANEEL 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041 66.041

OUTROS (5% DO TOTAL) 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109 68.109

CUSTOS TOTAIS 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676 7.967.676

RECEITAS TOTAIS 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121

LUCRO TRIBUTÁVEL 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445 5.240.445

IMPOSTO DE RENDA 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156

LUCRO LÍQUIDO 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290 3.413.290

133
MBA em Projetos

Quadro 9.12 – Fluxo de Caixa do Projeto, Sem Financiamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$)

DISCRIMINAÇÃO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

ENTRADAS 0 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243

Receitas operacionais 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243

Financiamentos

Valor Residual

SAÍDAS 110.179.010 12.233.240 12.233.240 12.233.240 12.233.240 12.344.190 12.155.265 12.155.265 12.155.265 12.155.265 12.266.215 12.155.265 12.155.265 12.155.265 12.155.265 12.266.215

Investimentos 110.179.010 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950

Custos Variáveis 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249 4.029.249
Custos Fixos -
(Dep+juros) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186

Imposto de renda 5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.939.843 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830 5.981.830

Serviço Dívida (Am+juros)

SALDO (110.179.010) 14.183.002 14.183.002 14.183.002 14.183.002 14.072.052 14.260.978 14.260.978 14.260.978 14.260.978 14.150.028 14.260.978 14.260.978 14.260.978 14.260.978 14.150.028

ACUMULADO (110.179.010) (95.996.007) (81.813.005) (67.630.002) (53.447.000)(39.374.947) (25.113.969) (10.852.991) 3.407.987 17.668.965 31.818.993 46.079.971 60.340.949 74.601.927 88.862.905 103.012.933

ANOS
DISCRIMINAÇÃO
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

ENTRADAS 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 16.985.152

Receitas operacionais 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121

Financiamentos

Valor Residual 3.777.031

SAÍDAS 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.773.916 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.773.916 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.662.966 6.662.966

Investimentos 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 110.950 0 0 0 0 0

Custos Variáveis 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624 2.691.624
Custos Fixos -
(Dep+juros) 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186 2.144.186

Imposto de renda 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156 1.827.156

Serviço Dívida (Am+juros)

SALDO 6.545.155 6.545.155 6.545.155 6.545.155 6.434.205 6.545.155 6.545.155 6.545.155 6.545.155 6.434.205 6.545.155 6.545.155 6.545.155 6.545.155 10.322.186

ACUMULADO 109.558.088 116.103.243 122.648.398 129.193.553 135.627.758 142.172.913 148.718.068 155.263.223 161.808.378 168.242.583 174.787.738 181.332.893 187.878.048 194.423.203 204.745.390

134
MBA em Projetos

9.5 A Avaliação Econômica – Edital de Leilão 002/2002.


Da mesma forma como foi realizado para as instalações referentes ao Edital 001/2001 serão
aplicados os métodos de avaliação: PAYBACK Simples e Descontado, do Valor Presente
Líquido – VPL, do Índice de Lucratividade – IL e da Taxa Interna de Retorno.

9.5.1 Método do PAYBACK Simples


O prazo necessário para recuperar os investimentos a serem realizados para a implantação
das Instalações de Transmissão referentes ao Lote G do Edital de Leilão 002/2002 através
do método PAYBACK Simples, para o projeto financiado, será de 9,9 anos e para o projeto
sem financiamento será de 7,8 anos. Veja o quadro 9.13.

135
MBA em Projetos

Quadro 9.13

Método PAYBACK Simples – Com Financiamento


Capitais Saldo do Ano do
Ano
(R$) Projeto (R$) Retorno
0 (27.172.125) (27.172.125) -
1 173.949 (26.998.177) -
2 758.456 (26.239.721) -
3 1.342.962 (24.896.758) -
4 1.927.469 (22.969.289) -
5 2.401.026 (20.568.263) -
6 3.096.483 (17.471.780) -
7 3.680.990 (13.790.790) -
8 4.265.497 (9.525.294) -
9 4.850.003 (4.675.291) 9,9
10 5.323.560 648.270 -
11 6.019.017 6.667.287 -
12 6.603.524 13.270.810 -
13 14.105.271 27.376.081 -
14 14.105.271 41.481.352 -
15 13.994.321 55.475.673 -
16 6.415.909 61.891.582 -
17 6.415.909 68.307.490 -
18 6.415.909 74.723.399 -
19 6.415.909 81.139.307 -
20 6.304.959 87.444.266 -
21 6.415.909 93.860.175 -
22 6.415.909 100.276.083 -
23 6.415.909 106.691.992 -
24 6.415.909 113.107.900 -
25 6.304.959 119.412.859 -
26 6.415.909 125.828.768 -
27 6.415.909 132.244.676 -
28 6.415.909 138.660.585 -
29 6.415.909 145.076.493 -
30 10.192.940 155.269.433 -
Preços referentes à março de 2002.
Nota: Foi considerada a taxa de juros de 12%

136
MBA em Projetos

Quadro 9.14
Método PAYBACK Simples – Sem Financiamento
Saldo do
Capitais Ano do
Ano Projeto
(R$) Retorno
(R$)
0 (110.179.010) (110.179.010) -
1 14.183.002 (95.996.007) -
2 14.183.002 (81.813.005) -
3 14.183.002 (67.630.002) -
4 14.183.002 (53.447.000) -
5 14.072.052 (39.374.947) -
6 14.260.978 (25.113.969) -
7 14.260.978 (10.852.991) 7,8
8 14.260.978 3.407.987 -
9 14.260.978 17.668.965 -
10 14.150.028 31.818.993 -
11 14.260.978 46.079.971 -
12 14.260.978 60.340.949 -
13 14.260.978 74.601.927 -
14 14.260.978 88.862.905 -
15 14.150.028 103.012.933 -
16 6.545.155 109.558.088 -
17 6.545.155 116.103.243 -
18 6.545.155 122.648.398 -
19 6.545.155 129.193.553 -
20 6.434.205 135.627.758 -
21 6.545.155 142.172.913 -
22 6.545.155 148.718.068 -
23 6.545.155 155.263.223 -
24 6.545.155 161.808.378 -
25 6.434.205 168.242.583 -
26 6.545.155 174.787.738 -
27 6.545.155 181.332.893 -
28 6.545.155 187.878.048 -
29 6.545.155 194.423.203 -
30 10.322.186 204.745.390 -
Preços referentes à março de 2002.
Nota: Foi considerada a taxa de juros de 12%

137
MBA em Projetos

9.5.2 Método do PAYBACK Descontado


Os investimentos nas Instalações de Transmissão deverão apresentar retorno do capital
investido, segundo o Método do PAYBACK Descontado, em 14,6 anos.

Quadro 9.15

Método PAYBACK Descontado – Com Financiamento


Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto
Retorno
0 (27.172.125) (27.172.125,49)
1 173.949 (27.016.814,00)
2 758.456 (26.412.177,77)
3 1.342.962 (25.456.283,60)
4 1.927.469 (24.231.342,02)
5 2.401.026 (22.868.935,33)
6 3.096.483 (21.300.160,72)
7 3.680.990 (19.635.067,91)
8 4.265.497 (17.912.305,40)
9 4.850.003 (16.163.345,58)
10 5.323.560 (14.449.301,69)
11 6.019.017 (12.718.978,15)
12 6.603.524 (11.024.018,07)
13 14.105.271 (7.791.454,04)
14 14.105.271 (4.905.236,15)
15 13.994.321 (2.348.526,04)
16 6.415.909 (1.301.952,37)
17 6.415.909 (367.511,59) 17,4
18 6.415.909 466.810,54
19 6.415.909 1.211.741,01
20 6.304.959 1.865.355,67
21 6.415.909 2.459.209,68
22 6.415.909 2.989.436,47
23 6.415.909 3.462.853,25
24 6.415.909 3.885.546,80
25 6.304.959 4.256.425,32
26 6.415.909 4.593.394,03
27 6.415.909 4.894.258,95
28 6.415.909 5.162.888,35
29 6.415.909 5.402.736,02
30 10.192.940 5.742.955,19
Preços referentes à março de 2002.
Nota: Foi considerada a taxa de juros de 12%

138
MBA em Projetos

Quadro 9.16

Método PAYBACK Descontado – Sem Financiamento


Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto
Retorno
0 (110.179.010) (110.179.009,50)
1 14.183.002 (97.515.614,46)
2 14.183.002 (86.209.011,74)
3 14.183.002 (76.113.830,74)
4 14.183.002 (67.100.276,28)
5 14.072.052 (59.115.415,80)
6 14.260.978 (51.890.360,49)
7 14.260.978 (45.439.418,25)
8 14.260.978 (39.679.648,39)
9 14.260.978 (34.536.996,73)
10 14.150.028 (29.981.066,39)
11 14.260.978 (25.881.375,98)
12 14.260.978 (22.220.938,10)
13 14.260.978 (18.952.690,00)
14 14.260.978 (16.034.611,34)
15 14.150.028 (13.449.454,12)
16 6.545.155 (12.381.797,55)
17 6.545.155 (11.428.532,77)
18 6.545.155 (10.577.403,50)
19 6.545.155 (9.817.466,64)
20 6.434.205 (9.150.453,43)
21 6.545.155 (8.544.636,42)
22 6.545.155 (8.003.728,38)
23 6.545.155 (7.520.774,77)
24 6.545.155 (7.089.566,20)
25 6.434.205 (6.711.084,98)
26 6.545.155 (6.367.328,14)
27 6.545.155 (6.060.402,40)
28 6.545.155 (5.786.361,55)
29 6.545.155 (5.541.682,22)
30 10.322.186 (5.197.149,08)
Preços referentes à março de 2002.
Nota: Foi considerada a taxa de juros de 12%

139
MBA em Projetos

180000

160000

140000

120000
Valores em R$ 1.000

100000

80000

60000

40000

20000

0
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
-20000

-40000
ANO

Payback Simples Payback Descontado

Gráfico 9.1
Método PAYBACK Simples e Descontado

140
MBA em Projetos

9.5.3 Método do Valor Presente Líquido


A uma taxa de juros de 12% e com o fluxo de caixa, conforme o quadro 9.10, o projeto
deverá apresentar o Valor Presente Líquido de R$ 5.742.955,19, significa que o capital será
recuperado e ainda poderá trazer um ganho adicional de R$ 5,7 milhões. Como já foi dito o
VPL se aproxima do método PAYBACK Descontado, o quadro 9.14 apresenta um saldo do
projeto para o ano 30 de R$.5.742.955,19

141
MBA em Projetos

9.5.4 Método do Índice de Lucratividade


A relação entre o valor presente líquido e os investimentos resultará no índice de
lucratividade. A fórmula apresentada no capítulo 8 poderá ser aplicada nessa situação, pois
o VPL apresentou um valor positivo, então:

IL = Valor Presente Líquido + 1


Investimentos

Se,
VPL = R$ 5.742.955,19
e
Investimentos = R$ 110.179.010,00

Então:

IL = 1,0521

O resultado mostra que o valor presente dos retornos será maior que o valor do
investimento, indicando na aceitação do projeto, considerando o custo de capital igual a 12%
a.a., e ainda oferece um ganho de 5,21% do montante a ser investido.

Então, do ponto de vista econômico e considerando o método IL recomenda-se a aceitação


do projeto.

142
MBA em Projetos

9.5.5 Método da Taxa Interna de Retorno


As análises até o momento indicaram que o projeto de investimento deverá ser aceito. Pois o
VPL resultou num valor positivo, o que indica que de acordo com as estimativas do fluxo de
caixa o investimento será recuperado, remunerado na taxa de capital usada para calcular o
VPL, que foi de 12% a.a., e ainda será gerado um lucro extra na data de investimento, ou
seja, no ano 0, imediatamente anterior ao início da operação comercial, igual a
R$5.742.955,19.

As análises consideraram o custo de capital igual a 12%a.a.. Mas, e se as taxas de custo de


capital forem maiores do que 12%? Qual será o limite do custo do capital para que o projeto
possa continuar sendo aceito? As respostas podem ser mais facilmente compreendidas a
partir da visualização do quadro 9.17 e do gráfico 9.2.

Quadro 9.17

Análise do Valor Presente Líquido


VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL (R$)
TAXAS DE ATRATIVIDADE
COM FINANCIAMENTO SEM FINANCIAMENTO
0% 155.269,43 204.745,39
3% 82.852,29 111.054,99
6% 43.007,93 54.929,49
9% 19.865,61 19.057,78
12% 5.742,96 (5.197,15)
15% (3.265,86) (22.397,10)
18% (9.242,42) (35.087,23)
21% (13.346,50) (44.762,36)
Preços referentes à março de 2002.

Na Análise de Sensibilidade do Valor Presente Líquido em função da taxa de juros, à medida


em que o custo do capital aumenta o valor do VPL diminui, existindo um valor do custo de
capital que anula o VPL, esse valor é a Taxa Interna de Retorno, TIR. Pelo processo de
interpolação podemos calcular a taxa de juros em que o valor presente líquido a partir da
qual não será vantajoso investir. As taxas calculadas são de 13,76%, para o projeto
financiado, e de 11,26%, para o projeto sem financiamento. O investimento de capital deverá
ser vantajoso, do ponto de vista econômico, se o custo de capital for inferior à taxa de
13,76% para o projeto com financiamento. Já para o projeto sem financiamento não será
recomendado a sua aceitação.

143
MBA em Projetos

Veja o Gráfico 9.2 – Análise do Valor Presente Líquido em Função do Custo de Capital.

250.000

200.000

150.000
Valores em R$ 1.000

100.000

50.000

0
0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%
(50.000)

(100.000)
TAXAS DE ATRATIVIDADE

COM FINANCIAMENTO SEM FINANCIAMENTO

Gráfico 9.2
Análise do Valor Presente Líquido em Função do Custo de Capital

144
MBA em Projetos

9.6 Conclusões das avaliações do Edital de Leilão 002/2002


Considerando as condições do Edital de Leilão 002/2002 ANEEL, os orçamentos dos
investimentos, as estimativas dos custos, a Receita Anual da proposta vencedora e os fluxos
de caixa para a implementação das Instalações de Transmissão, com financiamento, as
análises, do ponto de vista econômico, resultaram na aceitação do projeto. Veja o quadro
9.18.

Quadro 9.18

Resumo das Análises Econômicas – Edital de Leilão 002/2002

Método Indicação

Os investimentos deverão
PAYBACK Simples
apresentar retorno a partir do 9o ano
Apresentará retorno do capital
PAYBACK Descontado investido e gerará lucro de
R$5.742.955,19
Apresentará retorno do capital
Valor Presente Líquido – VPL investido e gerará lucro de
R$5.742.955,19 no ano 0.
Valor presente dos retornos será
maior que o investimento, a cada
Índice de Lucratividade – IL
R$ 1,00 investido gerará um lucro
de R$1,0521

Taxa Interna de Retorno – TIR A TIR é igual a 13,76%

Portanto, do ponto de vista econômico, se a proposta vencedora do primeiro leilão para a


prestação dos serviços públicos de transmissão de energia elétrica for de R$26.416.242,71,
para o período inicial de 15 anos, e de 50% desse valor, ou seja, R$ 9.297.000,00 para o
período final da concessão, os investimentos serão recuperados se a taxa de custo de
capital for menor que 13,76%. Veja no anexo 2 os quadros com a capacidade de pagamento.

Se os serviços forem ofertados por uma receita anual menor do que a receita máxima
permitida em 8,5%, ou seja receita anual de R$26.788.345,20, e se as premissas dos custos
orçados anteriormente forem mantidas a TIR será de 14,26% E, ainda, se considerarmos a
receita anual máxima permitida estabelecida pela ANEEL como sendo a proposta vencedora

145
MBA em Projetos

a TIR será de 17,78% e o VPL deverá ser igual à R$18.062.594,10. Veja o quadro 9.19. O
anexo 4 traz os quadros de condições de pagamento.

Quadro 9.19

Resumo das Possibilidades de Deságios – Edital de Leilão 002/2002


Deságio da ReceitaAnual Máxima Permitida pela
Edital de Leilão
ANEEL
002/2002
0% 8,5% 9,77%

Receita Anual R$29.276.880,00* R$26.788.345,20 R$26.416.242,71


VPL R$18.062.594,10 R$7.354.454,14 R$5.742.955,19
PAYBACK 7,4 anos 9,5 anos 9,9 anos
Simples
PAYBACK 12,2 anos 15,8 anos 17,4 anos
Descontado
Índice de 1,1638% 1,0667% 1,0521%
Lucratividade
TIR 17,78% 14,26% 13,76%
Preços referentes à março de 2002.
* Veja as avaliações e o quadro com a capacidade de pagamento no anexo 3.

146
MBA em Projetos

Capítulo 10 – Conclusão

147
MBA em Projetos

10. Conclusão

A remuneração dos serviços públicos de transmissão de energia elétrica do sistema


interligado da rede básica é feita com base no aluguel das Instalações de Transmissão, não
importando a quantidade de energia transportada.

A concessão é outorgada à empresa que estiver disposta a ofertar os serviços pela menor
tarifa anual pelo aluguel das instalações. O Poder Concedente, a União, licita a concessão
na modalidade de leilão a ser realizada na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A ANEEL,
agente regulador, estabelece em edital de leilão o valor máximo de receita anual para os
serviços como forma de manter a modicidade das tarifas a serem pagas pelo consumidor, as
propostas com valores de receita anual maior da que a estabelecida não serão aceitas e,
portanto, não participarão do leilão.

Nos primeiros quinze anos do período da concessão a tarifa anual será paga integralmente
em parcelas mensais e iguais à duodécima parte. No período final, do décimo sexto ao
trigésimo ano, a tarifa anual será equivalente a 50% da tarifa do período inicial, também,
dividas em doze parcelas mensais.

Os dados para a elaboração das análises consideraram quantidades, valores e premissas de


projetos procurando a maior aproximação com a realidade. Porém, não podem deixar de ser
considerados como estimativas, o que por si só carrega suas imperfeições.

As análises econômicas realizadas para o Edital de Leilão 001/2001 indicaram que o projeto
de investimento não deveria ter sido aceito para a receita anual ofertada, ou seja, além de
não propiciar o retorno do investimento ainda poderia impor prejuízos ao investidor. Os
resultados ainda seriam os mesmos se a oferta vencedora do leilão não tivesse deságio. O
que indicou, que do ponto de vista econômico e considerando os nossos dados e premissas,
que a receita anual máxima permitida pela ANEEL estava aquém do necessário para tornar
o projeto viável economicamente.

148
MBA em Projetos

O Edital de Leilão 002/2002 nos trouxe a possibilidade de novas análises agregando


equipamentos de compensação reativa às Instalações de Transmissão já conhecidas no
primeiro edital e uma receita anual 42,07% superior.

Considerando a receita anual com o mesmo deságio do primeiro leilão, ou seja, de 9,77%,
os resultados econômicos foram tímidos. A Taxa Interna de Retorno encontrada foi de
13,76% com os investimento amortizados a partir do 9o ano de operação, sem que a receita
anual tivesse variações relativas às indisponibilidades do sistema.

Através das nossas análises ficou claro que a atratividade na prestação dos serviços
públicos de transmissão de energia elétrica depende do custo do capital e,
fundamentalmente, da aquisição dos equipamentos e sistemas para as subestações e linha
de transmissão, que por sua vez têm seus custos determinados pela competência na
elaboração dos projetos executivos. Assim, um projeto otimizado e um financiamento de
baixo custo são fundamentais na estratégia do negócio. A aquisição, pesando 68,3% do total
dos investimentos fixos, junto com as obras para a implantação das instalações,
aproximadamente 18,9%, também dos ativos fixos, concentram as reais oportunidades para
alternativas de otimização.

Um projeto competitivo deverá avaliar alternativas de configuração das estruturas metálicas


para a linha de transmissão e de fornecedores para os equipamentos, as premissas para as
avaliações consideraram estruturas padrão, tipo “cara de gato”. As alternativas poderão
determinar o sucesso econômico do projeto.

A ANEEL, visando assegurar a confiabilidade das instalações, exige requisitos mínimos de


desempenho do sistema que são aceitos pelos proponentes ainda na fase da licitação da
concessão. Além disso, o Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão a ser
celebrado com o Operador Nacional do Sistema Elétrico prevê rigorosa penalidade por
falhas no desempenho operacional. A indisponibilização, ou desligamento, da linha de
transmissão por 5 horas corresponde a uma multa equivalente à receita mensal. O CPST
estabelece que a receita a ser paga é o resultado de uma fórmula que considera os prazos

149
MBA em Projetos

de indisponibilidade no período, o que impõe à Transmissora o nível de qualidade esperado


pelos agentes do sistema elétrico.

A partir da concepção e estruturação para as análises econômicas, deste a localização, do


estudo do mercado, das condições para concorrer ao leilão, às estimativas dos
investimentos e dos custos foi possível uma visão global o projeto. As possibilidades de
novas alternativas, visando a otimização, colocará o projeto dentro de novos cenários que
poderão apresentar melhores resultados. Finalmente, para o pleno sucesso especialistas em
gerenciamento de projeto deverão envolver todos, que de alguma forma participarão para a
implantação, operação e manutenção das instalações, como projetistas, consultores
ambientais, fornecedores de equipamentos, construtores e outros, visando o controle na
implantação e o melhor uso dos recursos.

150
MBA em Projetos

BIBLIOGRAFIA

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Adjudicação de 21.06.2001, do Leilão ANEEL 001 de 29.03.2001, referente à PEM Engenharia S.A, e
determina a execução da garantia de proposta, em favor da ANEEL.
ANEEL: Despacho nº 96, de 26 de fevereiro de 2002. Não concede o pedido de efeito suspensivo requerido pelas
empresas PEM Engenharia S.A e Contren, até a decisão de mérito do recurso, posto que a decisão acatada
se vincula estritamente ao estabelecido no Edital de Leilão ANEEL 001 de 29.03.2001 e a suspensão
pleiteada postergaria as providências para implantação da Linha de Transmissão Itumbiara - Marimbondo.
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151
MBA em Projetos

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maio de 1998, e dá outras providências. Publicado no DOU de 3.7.98.
BRASIL: Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1.990. Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei
nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e
Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.
Publicado no DOU de 7.6.90.
BRASIL: Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Publicada no DOU de 2.9.81
BRASIL: Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993. Dispõe sobre a fixação dos níveis das tarifas para o serviço
público de energia elétrica, extingue o regime de remuneração garantida e dá outras providências.
Publicada no DOU de 5.3.93.
BRASIL: Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
providências.. Publicada no DOU de 14.2.95 e republicada em 28.9.98
BRASIL: Lei nº 9.074, de 1995. Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e
permissões de serviços públicos e dá outras providências.. Publicada no DOU de 8.7.95 (Ed. Extra) e
republicada em 28.9.98
BRASIL: Lei Nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996. Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL,
disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências.
Publicada no DOU de 27.12.96 e republicada em 28.9.98
BRASIL: Lei nº 9.648 de 27.05.1998, Altera dispositivos das Leis no 3.890-A, de 25 de abril de 1961, no 8.666,
de 21 de junho de 1993, no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no 9.074, de 7 de julho de 1995, no 9.427,
de 26 de dezembro de 1996, e autoriza o Poder Executivo a promover a reestruturação da Centrais
Elétricas Brasileiras - ELETROBRÁS e de suas subsidiárias e dá outras providências.. Publicada no DOU
de 28.5.98
BRASIL: Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000. Dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e
autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. Publicada no DOU de 25.7.2000
CARNEIRO, Daniel Araújo. TRIBUTOS E ENCARGOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO. Curitiba:
Juruá, 2001.
CONAMA: Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Define as situações e estabelece os requisitos e
condições para desenvolvimento de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de
Impacto Ambiental – RIMA.
CONAMA: Resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997 . Revisa procedimentos e critérios utilizados no
licenciamento ambiental, de forma a incorporar ao sistema de licenciamento os instrumentos de gestão

152
MBA em Projetos

ambiental e a integrar a atuação dos órgãos do SISNAMA na execução da Política Nacional do Meio
Ambiente.
FERREIRA, Carlos Kawal Leal. PRIVATIZAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL. Rio de Janeiro:
BNDES.
FURNAS: EMPREENDIMENTO ITUMBIARA – MARIMBONDO – ESTUDO DE ESCOLHA DO
CONDUTOR E TRANSITÓRIO
FURNAS: RELATÓRIO DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES
EXISTENTES.
MELNICK, Julio. MANUAL DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Rio de Janeiro:
Forum, 1972. P.161.
MOREIRA, Tatiana. Faturamento deve atingir US$ 500 milhões este ano, contra US$ milhões em 2001. Jornal
Valor Econômico. São Paulo, 07 mar. 2002.
PIRES, José Cláudio Linhares. O PROCESSO DE REFORMAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO.
REVISTA DO BNDES, Rio de Janeiro, V.6, N. 12, P. 137-168, dez. 1999.
WOILER, Samsão, MATHIAS, Washington Franco. PROJETOS: PLANEJAMENTO, ELABORAÇÃO E
ANÁLISE. São Paulo: Atlas, 1996. P 163.

153
MBA em Projetos

ANEXOS

154
MBA em Projetos

Anexo 1 – Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 001/2001

Quadro A1
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 001/2001 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1. Receita Operacional 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000 18.594.000
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
4. (-) Custos Variáveis (c) 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321 2.742.321
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 8.626.414 7.907.546 7.188.678 6.469.810 5.750.942 5.032.075 4.313.207 3.594.339 2.875.471 2.156.603 1.437.736 718.868 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 2.810.080 3.528.948 4.247.816 4.966.684 5.685.552 6.404.419 7.123.287 7.842.155 8.561.023 9.279.891 9.998.758 10.717.626 11.436.494 11.436.494 11.436.494
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 983.528 1.235.132 1.486.736 1.738.339 1.989.943 2.241.547 2.493.151 2.744.754 2.996.358 3.247.962 3.499.565 3.751.169 4.002.773 4.002.773 4.002.773
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
(=) DISPONIBILIDADES 4.303.016 4.770.280 5.237.544 5.704.808 6.172.072 6.639.336 7.106.601 7.573.865 8.041.129 8.508.393 8.975.657 9.442.921 9.910.185 9.910.185 9.910.185
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 5.529.752 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) (1.226.736) (759.472) (292.208) 175.056 642.320 1.109.584 1.576.848 2.044.112 2.511.376 2.978.640 3.445.905 3.913.169 9.910.185 9.910.185 9.910.185
Para receita anual permitida de R$18.594.000,00. Valores referentes à março de 2001.

155
MBA em Projetos

Cont.
Quadro A1
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 001/2001 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
1. Receita Operacional 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000 9.297.000
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721 1.938.721
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
4. (-) Custos Variáveis (c) 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161 1.645.161
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654 3.236.654
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829 1.132.829
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464 2.476.464
(=) DISPONIBILIDADES 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289 4.580.289
Valores referentes à março de 2001.

156
MBA em Projetos

Anexo 2 – Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 com receita anual permitida R$26.416.242,71.

Quadro A2
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1. Receita Operacional 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243 26.416.243
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066 4.138.066
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 10.790.895 9.891.654 8.992.412 8.093.171 7.193.930 6.294.689 5.395.447 4.496.206 3.596.965 2.697.724 1.798.482 899.241 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 6.091.267 6.990.509 7.889.750 8.788.991 9.688.232 10.587.473 11.486.715 12.385.956 13.285.197 14.184.438 15.083.680 15.982.921 16.882.162 16.882.162 16.882.162
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 2.131.944 2.446.678 2.761.412 3.076.147 3.390.881 3.705.616 4.020.350 4.335.085 4.649.819 4.964.553 5.279.288 5.594.022 5.908.757 5.908.757 5.908.757
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 7.091.189 7.675.696 8.260.203 8.844.710 9.429.216 10.013.723 10.598.230 11.182.737 11.767.244 12.351.750 12.936.257 13.520.764 14.105.271 14.105.271 14.105.271
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 6.917.240 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 173.949 758.456 1.342.962 1.927.469 2.511.976 3.096.483 3.680.990 4.265.497 4.850.003 5.434.510 6.019.017 6.603.524 14.105.271 14.105.271 14.105.271
Para receita anual permitida R$26.416.242,71, deságio de 9,771%. Valores referentes à março de 2002.

157
MBA em Projetos

Cont.

Quadro A2
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
1. Receita Operacional 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121 13.208.121
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733 2.759.733
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374 5.052.374
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331 1.768.331
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909 6.415.909
Para receita anual permitida R$26.416.242,71, deságio de 9,771%. Valores referentes à março de 2002.

158
MBA em Projetos

Anexo 3 - Avaliações do Edital 002/2002, Receita Anual de R$ 29.276.880,00, sem deságio.


Quadro A3.1 - Método do PAYBACK Simples - Com Quadro A3.2 - Método do PAYBACK Simples - Sem
* *
Financiamento Financiamento
Ano do Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto Retorno Ano Capitais Saldo do Projeto Retorno
0 (27.209.251) (27.209.251) - 0 (110.253.261) (110.253.261) -
1 1.834.078 (25.375.173) - 1 15.853.686 (94.399.575) -
2 2.418.847 (22.956.326) - 2 15.853.686 (78.545.889) -
3 3.003.615 (19.952.711) - 3 15.853.686 (62.692.202) -
4 3.588.383 (16.364.328) - 4 15.853.686 (46.838.516) -
5 4.062.201 (12.302.126) - 5 15.742.736 (31.095.780) -
6 4.757.920 (7.544.207) - 6 15.931.662 (15.164.118) 7,0
7 5.342.688 (2.201.519) 7,4 7 15.931.662 767.543 -
8 5.927.456 3.725.937 - 8 15.931.662 16.699.205 -
9 6.512.224 10.238.162 - 9 15.931.662 32.630.867 -
10 6.986.043 17.224.204 - 10 15.820.712 48.451.579 -
11 7.681.761 24.905.965 - 11 15.931.662 64.383.240 -
12 8.266.529 33.172.494 - 12 15.931.662 80.314.902 -
13 15.771.631 48.944.126 - 13 15.931.662 96.246.564 -
14 15.771.631 64.715.757 - 14 15.931.662 112.178.226 -
15 15.660.681 80.376.439 - 15 15.820.712 127.998.937 -
16 7.249.089 87.625.527 - 16 7.380.497 135.379.434 -
17 7.249.089 94.874.616 - 17 7.380.497 142.759.931 -
18 7.249.089 102.123.705 - 18 7.380.497 150.140.428 -
19 7.249.089 109.372.794 - 19 7.380.497 157.520.925 -
20 7.138.139 116.510.933 - 20 7.269.547 164.790.472 -
21 7.249.089 123.760.022 - 21 7.380.497 172.170.968 -
22 7.249.089 131.009.111 - 22 7.380.497 179.551.465 -
23 7.249.089 138.258.200 - 23 7.380.497 186.931.962 -
24 7.249.089 145.507.288 - 24 7.380.497 194.312.459 -
25 7.138.139 152.645.427 - 25 7.269.547 201.582.006 -
26 7.249.089 159.894.516 - 26 7.380.497 208.962.503 -
27 7.249.089 167.143.605 - 27 7.380.497 216.343.000 -
28 7.249.089 174.392.694 - 28 7.380.497 223.723.496 -
29 7.249.089 181.641.783 - 29 7.380.497 231.103.993 -
30 11.100.371 192.742.154 - 30 11.231.779 242.335.773 -
VPL = 18.062.594,10 VPL = 7.149.310,21
VFL = 541.153.912,46 VFL = 214.192.777,20
VUL = 2.242.356,50 VUL = 887.541,52
IL = 1,1638 IL = 1,0648
i= 12% i= 12%
* Valores referentes à março de 2002.

159
MBA em Projetos

Quadro A3.3 - Método do PAYBACK Descontado - Com Quadro A3.4 - Método do PAYBACK Descontado - Sem
Financiamento* Financiamento*
Ano do Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto Ano Capitais Saldo do Projeto
Retorno Retorno

0 (27.209.251) (27.209.251,19) 0 (110.253.261) (110.253.260,92)


1 1.834.078 (25.571.681,11) 1 15.853.686 (96.098.184,01)
2 2.418.847 (23.643.391,31) 2 15.853.686 (83.459.722,48)
3 3.003.615 (21.505.477,51) 3 15.853.686 (72.175.381,83)
4 3.588.383 (19.224.995,12) 4 15.853.686 (62.100.077,68)
5 4.062.201 (16.919.992,93) 5 15.742.736 (53.167.226,41)
6 4.757.920 (14.509.482,76) 6 15.931.662 (45.095.750,75)
7 5.342.688 (12.092.722,08) 7 15.931.662 (37.889.076,05)
8 5.927.456 (9.698.721,96) 8 15.931.662 (31.454.545,07)
9 6.512.224 (7.350.348,57) 9 15.931.662 (25.709.428,12)
10 6.986.043 (5.101.029,82) 10 15.820.712 (20.615.582,35)
11 7.681.761 (2.892.707,14) 11 15.931.662 (16.035.610,29)
12 8.266.529 (770.895,02) 12,2 12 15.931.662 (11.946.349,53)
13 15.771.631 2.843.555,84 13 15.931.662 (8.295.223,85)
14 15.771.631 6.070.744,12 14 15.931.662 (5.035.290,20)
15 15.660.681 8.931.892,07 15 15.820.712 (2.144.905,31)
16 7.249.089 10.114.375,49 16 7.380.497 (940.986,40) 16,9
17 7.249.089 11.170.164,26 17 7.380.497 133.941,20
18 7.249.089 12.112.832,81 18 7.380.497 1.093.697,98
19 7.249.089 12.954.501,15 19 7.380.497 1.950.623,68
20 7.138.139 13.694.488,92 20 7.269.547 2.704.234,09
21 7.249.089 14.365.461,77 21 7.380.497 3.387.370,01
22 7.249.089 14.964.544,68 22 7.380.497 3.997.312,80
23 7.249.089 15.499.440,12 23 7.380.497 4.541.904,57
24 7.249.089 15.977.025,35 24 7.380.497 5.028.147,23
25 7.138.139 16.396.914,28 25 7.269.547 5.455.766,01
26 7.249.089 16.777.642,29 26 7.380.497 5.843.395,68
27 7.249.089 17.117.578,02 27 7.380.497 6.189.493,60
28 7.249.089 17.421.092,06 28 7.380.497 6.498.509,59
29 7.249.089 17.692.086,75 29 7.380.497 6.774.416,74
30 11.100.371 18.062.594,10 30 11.231.779 7.149.310,21
VPL = 18.062.594,10 VPL = 7.149.310,21
VFL = 541.153.912,46 VFL = 214.192.777,20
VUL = 2.242.356,50 VUL = 887.541,52
IL = 1,1638 IL = 1,0648
i= 12% i= 12%
* Valores referentes à março de 2002.

160
MBA em Projetos

Quadro A3.5
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1. Receita Operacional 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880 29.276.880
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072 4.435.072
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 10.795.721 9.896.078 8.996.434 8.096.791 7.197.148 6.297.504 5.397.861 4.498.217 3.598.574 2.698.930 1.799.287 899.643 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 8.650.073 9.549.716 10.449.359 11.349.003 12.248.646 13.148.290 14.047.933 14.947.577 15.847.220 16.746.864 17.646.507 18.546.150 19.445.794 19.445.794 19.445.794
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 3.027.525 3.342.401 3.657.276 3.972.151 4.287.026 4.601.901 4.916.777 5.231.652 5.546.527 5.861.402 6.176.277 6.491.153 6.806.028 6.806.028 6.806.028
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 8.754.413 9.339.181 9.923.949 10.508.717 11.093.486 11.678.254 12.263.022 12.847.790 13.432.559 14.017.327 14.602.095 15.186.863 15.771.631 15.771.631 15.771.631
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 6.920.334 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 1.834.078 2.418.847 3.003.615 3.588.383 4.173.151 4.757.920 5.342.688 5.927.456 6.512.224 7.096.993 7.681.761 8.266.529 15.771.631 15.771.631 15.771.631
Receita Anual de R$ 29.276.880,00, sem deságio.Valores referentes à março de 2002.

161
MBA em Projetos

Cont.

Quadro A3.5
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (EmR$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
1. Receita Operacional 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440 14.638.440
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236 2.908.236
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190 6.334.190
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966 2.216.966
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089 7.249.089
Receita Anual de R$ 29.276.880,00, sem deságio.Valores referentes à março de 2002.

162
MBA em Projetos

Anexo 4 – Avaliações do Edital 002/2002, Receita Anual de R$ 26.788.345,20 e deságio equivalente à 8,5%.
Quadro A4.1 - Método do PAYBACK Simples - Com Quadro A4.2 - Método do PAYBACK Simples - Sem
* *
Financiamento Financiamento
Ano do Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto Retorno Ano Capitais Saldo do Projeto Retorno
0 (27.176.955) (27.176.955) - 0 (110.188.668) (110.188.668) -
1 389.893 (26.787.061) - 1 14.400.320 (95.788.348) -
2 974.434 (25.812.627) - 2 14.400.320 (81.388.029) -
3 1.558.975 (24.253.653) - 3 14.400.320 (66.987.709) -
4 2.143.516 (22.110.137) - 4 14.400.320 (52.587.389) -
5 2.617.106 (19.493.031) - 5 14.289.370 (38.298.020) -
6 3.312.597 (16.180.433) - 6 14.478.295 (23.819.725) -
7 3.897.138 (12.283.295) - 7 14.478.295 (9.341.429) 7,6
8 4.481.679 (7.801.616) - 8 14.478.295 5.136.866 -
9 5.066.220 (2.735.397) 9,5 9 14.478.295 19.615.161 -
10 5.539.811 2.804.414 - 10 14.367.345 33.982.506 -
11 6.235.301 9.039.715 - 11 14.478.295 48.460.802 -
12 6.819.842 15.859.557 - 12 14.478.295 62.939.097 -
13 14.322.026 30.181.583 - 13 14.478.295 77.417.392 -
14 14.322.026 44.503.609 - 14 14.478.295 91.895.687 -
15 14.211.076 58.714.684 - 15 14.367.345 106.263.032 -
16 6.524.286 65.238.970 - 16 6.653.814 112.916.846 -
17 6.524.286 71.763.256 - 17 6.653.814 119.570.660 -
18 6.524.286 78.287.542 - 18 6.653.814 126.224.473 -
19 6.524.286 84.811.828 - 19 6.653.814 132.878.287 -
20 6.413.336 91.225.164 - 20 6.542.864 139.421.150 -
21 6.524.286 97.749.450 - 21 6.653.814 146.074.964 -
22 6.524.286 104.273.736 - 22 6.653.814 152.728.777 -
23 6.524.286 110.798.022 - 23 6.653.814 159.382.591 -
24 6.524.286 117.322.308 - 24 6.653.814 166.036.405 -
25 6.413.336 123.735.644 - 25 6.542.864 172.579.268 -
26 6.524.286 130.259.930 - 26 6.653.814 179.233.082 -
27 6.524.286 136.784.216 - 27 6.653.814 185.886.895 -
28 6.524.286 143.308.502 - 28 6.653.814 192.540.709 -
29 6.524.286 149.832.788 - 29 6.653.814 199.194.522 -
30 10.310.976 160.143.764 - 30 10.440.503 209.635.026 -
VPL = 7.345.454,14 VPL = -3.591.161,42
VFL = 220.069.233,98 VFL = -107.590.916,36
VUL = 911.891,54 VUL = -445.819,91
IL = 1,0667 IL = 0,9674
i= 12% i= 12%
* Valores referentes à março de 2002.

163
MBA em Projetos

Quadro A4.3 - Método do PAYBACK Descontado - Com Quadro A4.4 - Método do PAYBACK Descontado - Sem
Financiamento* Financiamento*
Ano do Ano do
Ano Capitais Saldo do Projeto Ano Capitais Saldo do Projeto
Retorno Retorno

0 (27.176.955) (27.176.954,68) 0 (110.188.668) (110.188.667,89)


1 389.893 (26.828.835,76) 1 14.400.320 (97.331.239,67)
2 974.434 (26.052.022,95) 2 14.400.320 (85.851.393,05)
3 1.558.975 (24.942.375,47) 3 14.400.320 (75.601.529,99)
4 2.143.516 (23.580.132,54) 4 14.400.320 (66.449.866,55)
5 2.617.106 (22.095.116,06) 5 14.289.370 (58.341.694,48)
6 3.312.597 (20.416.851,20) 6 14.478.295 (51.006.539,54)
7 3.897.138 (18.653.983,85) 7 14.478.295 (44.457.294,05)
8 4.481.679 (16.843.908,92) 8 14.478.295 (38.609.753,44)
9 5.066.220 (15.016.979,31) 9 14.478.295 (33.388.735,04)
10 5.539.811 (13.233.308,59) 10 14.367.345 (28.762.834,39)
11 6.235.301 (11.440.808,46) 11 14.478.295 (24.600.670,48)
12 6.819.842 (9.690.324,85) 12 14.478.295 (20.884.452,71)
13 14.322.026 (6.408.086,20) 13 14.478.295 (17.566.401,13)
14 14.322.026 (3.477.515,98) 14 14.478.295 (14.603.855,07)
15 14.211.076 (881.205,58) 15,8 15 14.367.345 (11.978.994,81)
16 6.524.286 183.046,79 16 6.653.814 (10.893.613,69)
17 6.524.286 1.133.272,13 17 6.653.814 (9.924.523,39)
18 6.524.286 1.981.687,61 18 6.653.814 (9.059.264,20)
19 6.524.286 2.739.201,43 19 6.653.814 (8.286.711,35)
20 6.413.336 3.404.051,23 20 6.542.864 (7.608.433,85)
21 6.524.286 4.007.936,61 21 6.653.814 (6.992.559,45)
22 6.524.286 4.547.119,98 22 6.653.814 (6.442.671,59)
23 6.524.286 5.028.533,71 23 6.653.814 (5.951.700,29)
24 6.524.286 5.458.367,39 24 6.653.814 (5.513.333,06)
25 6.413.336 5.835.621,02 25 6.542.864 (5.128.460,19)
26 6.524.286 6.178.281,80 26 6.653.814 (4.778.996,51)
27 6.524.286 6.484.228,93 27 6.653.814 (4.466.975,38)
28 6.524.286 6.757.396,01 28 6.653.814 (4.188.385,07)
29 6.524.286 7.001.295,18 29 6.653.814 (3.939.643,73)
30 10.310.976 7.345.454,14 30 10.440.503 (3.591.161,42)
VPL = 7.345.454,14 VPL = -3.591.161,42
VFL = 220.069.233,98 VFL = -107.590.916,36
VUL = 911.891,54 VUL = -445.819,91
IL = 1,0667 IL = 0,9674
i= 12% i= 12%
* Valores referentes à março de 2002.

164
MBA em Projetos

Quadro A4.5
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (Em R$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
1. Receita Operacional 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345 26.788.345
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700 4.176.700
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 10.791.523 9.892.229 8.992.936 8.093.642 7.194.348 6.295.055 5.395.761 4.496.468 3.597.174 2.697.881 1.798.587 899.294 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 6.424.108 7.323.402 8.222.696 9.121.989 10.021.283 10.920.576 11.819.870 12.719.163 13.618.457 14.517.750 15.417.044 16.316.338 17.215.631 17.215.631 17.215.631
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 2.248.438 2.563.191 2.877.943 3.192.696 3.507.449 3.822.202 4.136.954 4.451.707 4.766.460 5.081.213 5.395.965 5.710.718 6.025.471 6.025.471 6.025.471
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 7.307.536 7.892.077 8.476.618 9.061.158 9.645.699 10.230.240 10.814.781 11.399.322 11.983.862 12.568.403 13.152.944 13.737.485 14.322.026 14.322.026 14.322.026
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 6.917.643 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 389.893 974.434 1.558.975 2.143.516 2.728.056 3.312.597 3.897.138 4.481.679 5.066.220 5.650.761 6.235.301 6.819.842 14.322.026 14.322.026 14.322.026
Receita Anual de R$ 26.788.345,20, deságio equivalente à 8,5%. Valores referentes à março de 2002.

165
MBA em Projetos

Cont.

Quadro A4.5
Capacidade de Pagamento – Edital de Leilão 002/2002 (EmR$).

ANOS

DISCRIMINAÇÃO 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
1. Receita Operacional 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173 13.394.173
2. (-) Custos Fixos
Monetários (a) 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149 2.264.149
3. (-) Custos Fixos
não Monetários (b) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
4. (-) Custos Variáveis (c) 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050 2.779.050
5. (-) Juros sobre
financiamentos existentes
6. (-) Juros sobre
financiamento pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7. (-) Juros s/ financiamento
Cap. Giro
8. (-) Outras despesas

(=) LUCRO TRIBUTÁVEL 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109 5.219.109
9. (-) Imposto de Renda
Contribuição social 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688 1.826.688
10. (-) Dividendos obrigatórios
Participações
11. (+) Custos Fixos não
Monetários (igual item 3) 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865 3.131.865
(=) DISPONIBILIDADES 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286
12. (-) Reposição financiamentos
existentes
13. (-) Reposição financiamento
pretendido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286 6.524.286
Receita Anual de R$ 26.788.345,20, deságio equivalente à 8,5%. Valores referentes à março de 2002.

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GLOSSÁRIO

ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica, autarquia federal responsável pela


regulação, controle e fiscalização dos serviços e instalações de energia elétrica. Foi
criada pela Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996.

BVRJ. Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

CCI – Contrato de Compartilhamento de Instalações. Contrato a ser celebrado entre


duas Concessionárias de Transmissão, estabelecendo os procedimentos, direitos e
responsabilidades para o uso compartilhado de instalações.

CCPE – Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos.


Vinculado à Secretaria de Energia do Ministério de Minas e Energia – MME.

CCT – Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão. Contrato a ser celebrado


entre uma Concessionária de Trnsmissão e os Usuários, estabelecendo os termos e as
condições para a conexão à Rede Básica através das Instalações de Conexão.

CND. Conselho Nacional de Desestatização. Órgão superior de deliberação do


PROGRAMA NACIONAL DE DESESTATIZAÇÃO - PND.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente, instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto no 99.274/90,

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alterado pelo Decreto nº 2.120/97, é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional


do Meio Ambiente - SISNAMA.

Concessionária de Transmissão. Pessoa Jurídica com delegação do Poder Concedente


para a exploração dos serviços de transmissão de energia elétrica.

Contrato de Concessão. Contrato a ser celebrado entre a União, por intermédio da


ANEEL, e a Transmissora, regulando a concessão do Serviço Público de Transmissão.

Contrato de Constituição de Garantia. Contrato celebrado entre cada Concessionária


de Distribuição, o ONS e as Concessionárias de Transmissão representadas pelo ONS,
para garantir o recebimento dos valores devidos pelas Concessionárias de Distribuição às
Concessionárias de Transmissão e ao ONS pelos serviços prestados.

Corredor. Faixa de terra com extensão igual à distância entre os pontos extremos
previstos, incluindo as áreas das subestações de energia elétrica, com largura suficiente
que possibilite o estudo de alternativas de diretrizes para a implantação de linha de
transmissão.

COPAM. Conselho Estadual de Política Ambiental do Estado de Minas Gerais.

CPST – Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão. Contrato a ser celebrado


entre o NOS e as Concessionárias de Transmissão detentoras de instalações de
transmissão de componentes da Rede Básica, homologado pela ANEEL. Estabelece os
termos e as condições para prestação de serviços de transmissão de energia elétrica aos
usuários, sob a coordenação do ONS.

CUST – Contrato de Uso do sistema de Transmissão. Contrato homologado pela


ANEEL a ser celebrado entre o ONS, representando as Concessionárias de Transmissão,
e usuários, estabelecendo os termos e condições para o uso da Rede Básica pelos
usuários, incluindo a prestação dos serviços de trnamisssão pelas concessionárias,

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mediante controle e supervisão do ONS, bem como a presta;cão pelo ONS dos serviços
de coordenação e controle da operação do Sistema Interligado.

Diretriz. Caminhamento propriamente dito da linha de transmissão, com origem nas


subestações, passando por pontos determinados e de mudança de direção.

FEAM. Fundação Estadual do Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais.

IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Abmiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

Instalações de Conexão. Conjunto de equipamentos de manobra, proteção, controle e


medição destinados a conectar a instalação de um ou mais usuários ao Sistema de
Transmissão.

Instalações de Transmissão. Constitue o conjunto formado pelas Linhas de


Transmissão e respectivas Entradas de Linha, Interligações de Barra e as demais
instalações, equipamentos, serviços e facilidades necessárias à prestação do SERVIÇO
DE TRANSMISSÃO.

Interligação de Barras. Instalações e equipamentos destinados a interligar os


barramentos de uma subestação, compreendendo: disjuntor, secionadores,
transformadores de corrente e potencial, sistemas de proteção, comando e controle,
estruturas e susportes, cabos de controle, isoladores, barramentos, conexões e similares,
e serviços auxiliares.

Leilão. Modalidade de licitação adotada para Outorga de Concessão de Serviço Público


de Transmissão de Energia Elétrica para a Construção, Operação e Manutenção de
Instalações de Transmissão da Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado.

Operação Comercial. Atividade que se iniciar após o comissionamento das Instalações


de Transmissão com a lavratura de termo de liberação e sua disponibilização para o

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Sistema Interligado, credenciando a Transmissora ao recebimento da Receita Anual


Permitida.

ONS. Operador Nacional do Sistema Elétrico, pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, constituído sob a forma de Associação Civil que, conforme disposto a Lei no
9.648, de 27 de maio de 1998, e sua regulamentação, autorizada mediante Resolução da
ANEEL no 351, de 11 de novembro de 1998, é responsável pela coordenação, supervisão
e controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema
Interligado, integrado por titulares de concessão, permissão e autorização, outorgados
pelo Poder Concedente ou pela ANEEL e por consumidores..

Poder Concedente. Ë a União, nos termos do art. 2o, inciso I da Lei no 8.987, de 1995.

Rede Básica. É o conjunto de Instalações de Transmissão classificadas segundo regras


e condições estabelecidas pela ANEEL.

Serviço Público de Transmissão. Ë o Serviço Público de Transmissão de Energia


Elétrica, prestado mediante a construção, operação e manutenção de instalações de
transmissão, incluindo os serviços de apoio e administrativos, provisão de equipamentos
e materiais de reserva, programações, medições e demais serviços complementares
necessários à transmissão de energia elétrica, segundo os padrões estabelecidos na
legislação e regulamentos.

Sistema Interligado. Instalações responsáveis pelo suprimento de energia elétrica a


todas as regiões do país eletricamente interligadas.

Sistema de Transmissão. São as instalações e os equipamentos de transmissão


considerados integrantes da Rede Básica, bem como as conexões e demais instalações
de transmissão pertencentes a uma Concessionária de Transmissão.

SISNAMA. Sistema Nacional do Meio Ambiente, instituído pela Lei n.º 6.938, de 31 de
agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto n.º 99.274, de 06 de junho de 1990, é

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constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção
e melhoria da qualidade ambiental.

Traçado. Demarcação da diretriz da linha de transmissão, assinalando todos os pontos


obrigatórios de passagem, mudança de direção, proximidade e afastamento de
obstáculos.

Transmissora. É a pessoa jurídica que recebe a outorga de concessão para prestação


do Serviço Público de Transmissão mediante construção, operação e manutenção das
Instalações de Transmissão e celebra o respectivo Contrato de Concessão.

Usuários. Todos os agentes conectados ao Sistema de Transmissão ou que façam uso


da Rede Báscia.

Vão de Linha ou Entrada de Linha. Conjunto de equipamentos e da infra-estrutura


destinado à conexão de uma linha de transmissão em uma subestação e à sua operação,
compreendendo disjuntor, secionadores, transformadores de corrente e potencial, pára-
raios, sistemas de comunicação, sistema de proteção, comando e controle, estruturas e
suportes, cabos de controle, isoladores, barramentos, conexões e similares e serviços
auxiliares.

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