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1 INTRODUÇÃO

A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e surgiu de acordo com a


necessidade prática do seu patrimônio, pois seu proprietário, queria elaborar um documento
que pudesse conhecer, controlar, saber quais resultados, obter as informações que mais lhe
rendenssem e fixar os preços de suas mercadorias e/ou serviços. Então para isso criou a
escrituração, pois esta atendia suas necessidades.

Depois de muitas experiências, chegou ao método das partidas dobradas, ou seja, para
todo um crédito, existiria um débito simultaneamente, da mesma forma que a soma dos
débitos seria igual a dos créditos, bem como as dos seus saldos credores e devedores. Dessa
maneira, atendia as necessidades das pessoas para controlar seus patrimônios.

Com crescimento acelerado de empresas, a Contabilidade passou a interessar vários


tipos de indivíduos, desde banqueiros até funcionários públicos, além da sociedade em geral,
pois era um assunto de grande interesse social.

Então, como a contabilidade foi criada em função das necessidades dos usuários, ela
também teve sua própria evolução, igual aos homens.

A Contabilidade Brasileira varia de outros países, pois cada um tem sua própria nação,
sua cultura e seu desenvolvimento econômica. Então seu sistema é de acordo com sua
necessidade.

Este trabalho tem o propósito de falar um pouco sobre a história e evolução da


contabilidade e o sistema de informação contábil, bem como apresentar a obrigatoriedade da
escrituração nas micro e pequenas empresas, mostrando a sua real importância no mundo dos
negócios.

2 CONTABILIDADE

2.1 Origem da Contabilidade

Segundo Morgan¹, as observações do homem em relação à sua riqueza patrimonial,


surgiu há mais de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, quando a civilização ainda era
primitiva.
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De acordo com a história, não há data precisa de quando surgiu a contabilidade. Só se


sabe que foi há mais de 8.000 anos. Ela está ligada com as manifestações do homem, desde a
história da civilização. Quando o homem contava seus rebanhos, utilizava o número de
instrumentos de caça e pesca, ele já estava praticando uma forma de contabilidade. Ele se
manifestava com desenhos nas paredes das grutas (pintura) e também em pedaços de ossos
(riscos e sulcos), utilizando instrumentos que já possuía.

De acordo com a história, os desenhos de coisa ou animal, representava o bem


conquistado e os riscos que quase sempre acompanhavam os desenhos eram as quantidades
deste bem. Então partindo dessa união, desenho e riscos, formou a “conta primitiva”. Mas
com o tempo, começaram a surgir mais riquezas, com mais variedades, e com isso foi ficando
mais difícil de escrever, então o homem foi se aperfeiçoando e aprimorando o critério de
registrar as “contas”, que eram, o registro das coisas e a quantidade delas.

Dessa forma, o homem saberia o que tinha e a quantidade de sua riqueza e de sua
família. Então foi assim que nasceram os registros de uma escrituração contábil.

O comércio, há mais de 6.000 anos, já era muito intenso. O controle religioso sobre o
Estado era muito grande e poderoso, então veio a necessidade de se registrar uma grande
quantidade de fatos, contribuindo também para o desenvolvimento da escrita contábil.

Esses registros eram feitos em pequenas peças de argila e a cada fato inicial,
resumiam-se em uma conta maior, que eram chamados de movimento diário ou de maior
período, e também vinham junto com um acontecimento, que seriam os pagamentos de mão-
de-obra, pagamentos de impostos, colheitas, etc.

Quanto era gasto para se produzir, também tinha sua escrituração e chamava-se de
custos, e as previsões ou cálculos antecipados sobre a movimentação dessa riqueza, chamava-
se de orçamento.

Dessa maneira, o que as pessoas chamavam de o “meu” e o “seu”, na época, deu


origem ao “débito” – o que alguém tem que me pagar e o “credito”, o que receberia de
alguém.

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1. MORGAN, Jacques de. La humanidad prehistorica. Barcelona: Cervantes, 1947. p. 53 ss.
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Com o surgimento do “papiro” (papel) e do “cálamo” (pena de escrever), no Egito, há


milhares de anos, foi dado origem aos livros contábeis, onde já se faziam alguns registros
mais sofisticados, utilizando-se o sistema de matrizes.

Para estudiosos, “a escrita contábil é que deu origem à escrita normal e não o inverso”.

O conhecimento contábil era limitado ao registro e as normas, mas como foi se


aperfeiçoando, era também ensinado em escolas, juntamente com os cálculos matemáticos,
isso na Antiguidade.

Já na Antiguidade Clássica, era utilizado livros para os fatos. Para cada fato
patrimonial de cada atividade desenvolvida (fabricação de azeite, fabricação de vinho, etc.),
era utilizado um livro de escrituração.

A contabilidade teve fases distintas de evolução, e foi de acordo com o cresimento


das necessidades de riqueza do homem.

2.2 Evolução da Contabilidade

A Contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. As práticas contábeis que
conhecemos atualmente, iniciou-se na Idade Média, com a apresentação do raciocínio lógico
na escritura contábil, foi quando todos os registros das operações comerciais, industriais e
públicas tiveram uma sistematização ampla.

A evolução da contabilidade é composta de quatro períodos, que são:

2.2.1 Período Antigo

Inicia-se com as primeiras civilizações e extende-se até o ano de 1202 a.C. Foi nesse
período que surgiu o Líber Abaci (Livro de Ábaco ou do Cálculo), de autoria de Leonardo
Fibonaci, o Pisano. A contabilidade nesse período já tinha como o objeto, o patrimônio. Tudo
era registrado na memória do homem, mas logo ele tratou de encontrar formas mais eficientes
para fazer os registros. Também já existia o inventário, que era a contagem e o controle de
seus bens , tais como: rebanhos, metais, escravos, etc. Foi aí que surgiu a palavra “Conta”,
que era o agrupamento desses bens.

O surgimento das primeiras escritas datam, do término da Era da Pedra Polida, que era
quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
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A contabilidade teve um avanço com a duplicação de documentos e “Selos de Sigilo”


e seus registros tornaram-se diários. Ela teve uma nova sistematização, agrupou-se em
períodos, o que transformou-se em diário, balancete mensal e o balanço anual. Nessa nova
sistematização, havia o confronto de variações positivas e negativas, aplicando-se o Princípio
da Competência, onde a receita era confrontada com a despesa.

A escrita no Egito era feita pelos escriturários que eram zelosos e sérios em sua
profissão. E essa escrita era fiscalizada pelo Fisco Real.

Os egípcios foram os primeiros povos a usar o valor monetário. Eles usavam como
base, uma moeda cunhada em ouro e prata, denominada “Shat”. Isso chamava-se o Princípio
do Denominador Comum Monetário.

2.2.2 Período Medieval

Esse período vai de 1202 a.C. até 1494. Apareceu nesse período, o Tratactus de
Computis et Scriptus (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, que teve
sua publicação em 1494, na Itália, destacando que a teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos. Essa obra contribuiu muito ao colocar
a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

O homem foi se evoluindo cada vez mais nas áreas comercial e financeira. Estudavam
nessa época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc.

Esse período foi muito importante para a história do mundo, principalmente para a
história da Contabilidade, que foi denominada de “Era Técnica”, por causa das invenções.

Com o surgimento do sistema de mineração e metalurgia, criou-se o comércio exterior,


então houve a necessidade de ter um livro caixa, onde recebia registros de pagamentos e
recebimentos em dinheiro.

No século XII e XIII, o processo de produção da necessidade capitalista teve uma


acumulação de capital, alterando as relações de trabalho. O trabalho escravo deu lugar ao
trabalho assalariado.

A Conta de “Capital” apareceu pela primeira vez no final do século XIII, onde
representava o valor dos recursos obtidos pela família proprietária.
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Nesse período surgiu o método das Partidas Dobradas, que teve sua origem na Itália.
Como a contabilidade tornou-se mais analítica, surgiu então o Livro da Contabilidade de
Custos.

Já no século XIV, já existiam registros de custos comerciais e industriais, em diversas


fases, tais como: juros sobre o capital, custos de tributos, custos de transportes, custo de
aquisição, etc.

2.2.3 Período Moderno

Período que vai desde 1494 até 1840. Foi a fase da pré-ciência. Nesse período surge a
obra “La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche”, cujo autor é
Francesco Villa. Essa obra foi premiada pelo governo da Áustria, pois foi muito marcante na
história da Contabilidade. Compreendia o Renascimento Europeu com a Revolução Industrial.

Aconteceram três eventos muitos importantes nesse período, são eles:

- em 1492: é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um


enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;

- em 1493: os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios
bizantinos emigrassem, principalmente para a Itália;

- em 1517: ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,


emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram, nova vida.

No século XIII, os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em


dinheiro, obrigaram a desenvolvimento de escritas especiais. A contabilidade tornou-se uma
necessidade.

2.2.4 Período Científico

Iniciou em 1840 e está até os dias de hoje. Nesse período tiveram dois autores
consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público e Fábio Besta, escritor
veneziano.

Surgiram três escolas do pensamento contábil:

- Escola Lombrada: chefiada por Francisco Villa;


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- Escola Toscana: chefiada por Giusepe Cerboni e;

- Escola Veneziana: tendo como chefia, Fábio Besta.

Apesar de o século XVII ser conhecido como o berço da era científica e Pascal já
tivesse inventado a calculadora, a ciência da contabilidade se confundia com a ciência da
Administração, e o patrimônio se confundia com o Direito. Foi nessa época, na Itália, que
chegou às universidades, a contabilidade. Ela começou a ser lecionada com a aula de
comércio da corte, no ano de 1809.

Nesse ano, Francesco Villa, depois de ser premiado por sua obra pelo governo da
Áustria, teve o cargo de Professor Universitário. Ele dizia que a escrituração e o guarda livros
deveriam ser feitas por qualquer indivíduo inteligente, pois para ele, a contabilidade era
conhecer os detalhes, a natureza, as normas, as leis, as práticas que regiam a matéria
adminsitrada, ou seja, o patrimônio. Esse era um pensamento patrimonialista. Marca o início
da fase científica da Contabilidade.

O escritor Fábio Besta, que era um seguidor de Francesco Villa, superou os


ensinamentos do mestre. Mostrou que o elemento fundamental da conta, é o valor, chegou
perto de definir como objeto da contabilidade, o patrimônio.

Já a definição do patrimônio como o objeto da contabilidade, foi definido pela


primeira vez por Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Besta.

Nesse período as doutrinas Contábeis foram introduzidas por diversas escolas de


época que conceituaram a Contabilidade sob diversos aspectos. Essas escolas de Época são:

- Contista: define a Contabilidade como a ciência das contas. Conta é o elemento de


registro que reúne lançamentos de débito ou crédito relativos a operações de uma mesma
natureza. A conta em forma de T bastante utilizada na contabilidade. Ela substitui o Razão
contábil e mostra os lançamentos a débito e a crédito em duas contas de algarismos;

- Controlista: limita a Contabilidade em função do controle das entidades. Controle é


uma espécie de fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos,
ou sobre contas, produtos, mercadorias, etc., para que tais atividades, produtos ou mercadorias
não se desviem das normas preestabelecidas;

- Personalista: enfatiza a relação jurídica entre as pessoas como objetivo da


Contabilidade;
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- Aziendalista: define a Contabilidade como a ciência da administração da entidade.


Azienda é o conjunto de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio,
representados em valores ou que podem ser objeto de apreciação econômica, considerado
juntamente com a pessoa natural ou jurídica que tem sobre ele poderes de administração e
disponibilidade;

- Patrimonialista: define a Contabilidade como a ciência que estuda o patrimônio.


Patrimônio ou Passivo Não Exigível é o conjunto dos recursos dos sócios ou acionistas
aplicados numa empresa abrangendo o capital inicial, as reservas constituídas e os lucros
acumulados;

- Neopatrimonialista: consiste em uma nova corrente científica que se aplicou na


direção de classificar e reconhecer especialmente as relações lógicas que determinam a
essência do fenômeno patrimonial, as das dimensões ocorridas e, com ênfase “no porque
ocorrem os fatos”, ou seja, qual a verdadeira influência dos fatores que produzem a
transformação da riqueza.

Depois dessa evolução, surgiu o método das partidas dobradas.. Esse sistema tornou-se
mais apropriado, pois produzia informações úteis e capazes de atender todas as necessidades
da análise de uma situação líquida patrimonial das entidades.

A fase de predominância norte-americana dentro da Contabilidade, iniciou-se a partir


de 1920.

2.2.4.1 Escola Européia, em destaque a Italiana

A escola mais importante dentro da contabilidade européia foi a escola italiana. Os


primeiros escritores contábeis, foram italianos.

A escola italiana foi quem divulgou a ciência contábil para todo o mundo. Mas ela teve
uma queda no século XIX, por, excesso de teoria, excesso de culto à personalidade, pouca
importância à Auditoria, queda nos níveis das principais faculdades.

2.2.4.2 Escola Norte-Americana

As escolas européias tiveram uma queda, já as escolas norte-americanas cresciam com


suas teorias e práticas contábeis, exatamente por causa dessa decadência. O surgimento do
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American Instituto of Certield Public Accountants foi de máxima importância para o


desenvolver da contabilidade. Pelo fato da criação de grandes empresas multinacionais ou
transnacionais, que requeriam grandes capitais, a contabilidade teve um avanço para as teorias
e práticas contábeis. Mas nem tudo foi positivo na Escola Americana, pois apresentava alguns
defeitos, que veremos agora:

- Pouca importância atribuída à sistematização do plano de contas;

- Apresentação dos tópicos dos livros de forma não ordenada;

- Pouca consideração pelo problema inflacionário.

No mundo, atualmente, existe uma vasta quantidade de obras contábeis de origem


norte-americanas.

2.2.4.3 Escola no Brasil

No Brasil houve influências tanto da Escola Americana como da Italiana, mas esta
última foi a que mais influenciou inicialmente o país.

Com a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil, devido ao aumento dos gastos
públicos e da renda dos Estados, houve um aumento nas atividades coloniais, exigindo melhor
um aparato fiscal. Com isso, em 1808, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e
Público, juntamente com o Banco do Brasil.

As tesourarias de Fazenda eram compostas, nas províncias, por um inspetor, um


contador e um procurador fiscal, que eram responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e
administração financeira e fiscal.

A primeira escola especializada no ensino da contabilidade no Brasil foi a Escola de


Comércio Álvares Penteado, e foi criada em 1902. E o primeiro professor de contabilidade no
Brasil, foi José Antonio Lisboa.

Uma das primeiras manifestações de legislação no Brasil, foi o Código Comercial de


1850, que instituiu a obrigatoriedade da escrituração contábil e a elaboração anual da
demonstração do balanço geral, que era composto de bens, direitos e obrigações, das
empresas comerciais.

Em 1870, surgiu a primeira regulamentação contábil realizada em território brasileiro,


que foi reconhecido através do oficial da Associação dos Guarda-Livros da Corte, pelo
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Decreto Imperial nº. 4.475. Este Decreto, caracterizou o guarda-livros como aprimeira
profissão liberal regulamentada no País. Na época representou um grande marco.

O Decreto-Lei nº. 2627 de 1940, instituiu a primeira Lei das S/A, que estabelecia
procedimentos para a contabilidade como:

- Regras para avaliação de ativos;

- Regras para a apuração e distribuição dos lucros;

- Criação de Reservas;

- Determinação de padrões para a publicação do Balanço;

- Determinação de padrões para a publicação dos lucros e perdas.

Foi com a Resolução nº. 321/72, que o CFC – Conselho Federal de Contabilidade,
passou a adotar os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos, como normas resultantes
da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da contabilidade.

Em 1976, foi publicada a nova Lei das S/A nº. 6404. Essa lei deu um novo significado
para o desenvolvimento da contabilidade no Brasil.

Já em 1981, a Resolução do CFC nº. 529, disciplinou as Normas Brasileiras de


Contabilidade e a Resolução nº. 530 – CFC, os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Estes foram atualizados em 1993 pela Resolução n°. 750 do CFC.

A Lei n°. 11638 de 28 de Dezembro de 2007, altera e revova dispositivos da Lei n°.
6404 de 15 de dezembro de 1976, e da Lei n°. 6385 de 07 de dezembro de 1976, estendendo-
se às sociedades de grande porte.

Na metade da década de 70, o profissional do ofício técnico, também era conhecido


como guarda-livros, mas esta expressão caiu em desuso com a Lei n°. 3384/58, que definiu a
denominação da profissão de guarda-livros para integrar a categoria de técnico em
contabilidade.

Hoje os profissionais de contabilidade são chamados de contadores, ou seja, aqueles


que se formam ou concluem os cursos de nível superior de Ciências Contábis recebem o
diploma de Bacharel em Ciências Contábeis, por isso chamamos de contadores. Mas existe
também o título dos técnicos em contabilidade, para aqueles que tem formação de nível
médio/técnico.
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A Contabilidade no Brasil, teve uma evolução gigantesca, Vejamos um breve relato


sobre sua evolução:

* Até 1940,

- O mercado incipiente com economia agrária;

- Profissão ainda muito desorganizada com o predomínio do “guarda-livros”.

* Com o Decreto Lei nº 2.627 de 1940, a contabilidade teve:

- Influência da escola italiana;

- Sociedades formadas por familiares;

- Visão escritural: registro, controle e atendimento ao fisco.

* Houveram necessidades de mudanças, tais como:

- Evolução da economia: abertura do capital das empresas e influências de firmas de


auditoria;

- Ampliação da quantidade e maior confiabilidade nas informações.

* Dentre as mudanças que hourevam, tiveram algumas significativas, que foram:

- Contabilidade vista como sistema de informações;

- Aprimoramento das Demonstrações;

- Introdução da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, mostrando de forma


clara o lucro ou prejuízo do exercício;

- Introdução da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, mostrando a


eficiência da administração;

- Obrigatoriedade das Notas Explicativas para fornecer informações complementares;

- Escrituração e registros desvinculados da legislação fiscal (mais importante);

- Contabilidade elaborada para a entidade;

- Valorização do profissional;

- Novas funções e áreas de atuação: gerencial, custos, auditoria, analista financeiro,


perito contábil, consultoria, tributarista, controller;

- Classificação das contas no Balanço;


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- Horizonte temporal: distinção do curto e longo prazo;

- Definição do Exercício Social.

3 CONTABILIDADE

3.1 Conceitos de Contabilidade

Ao longo dos anos, a contabilidade vem sendo definida como arte, técnica ou ciência.

Podemos dizer que a contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio,


representando-o graficamente, evidenciando suas variações, estabelecendo normas de
interpretação, analisando, auditando e servindo de base para a tomada de decisões em setores
direta e indiretamente nas empresas.

Para o contabilista Hilário Franco, a contabilidade é “a ciência que estuda e pratica,


controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a
demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre
a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da
riqueza econômica”.

A contabilidade, através de suas técnicas, permite manter um controle permanente do


Patrimônio da empresa.

Para Sá², “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais,


preocupando-se com realidades, evid~encias e comportamentos dos mesmos, em relação à
eficácia funcional das células sociais”.

3.2 Funções da Contabilidade

As principais funções da Contabilidade são:

- Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em moeda;

- Organizar: de acordo com a empresa, um sistema de controle adequado;

- Demonstrar: a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa, com base


nos registros realizados, expondo periodicamente por meio de demonstrativos;
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- Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos


resultados obtidos pela empresa;

- Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os


pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para
eventuais problemas.

Essas funções serão vistas, em virtude da atividade econômica ou social que a empresa
exerce no contexto econômico.

3.3 Finalidades da Contabilidade

A finalidade básica do contabilidade desde os seus primórdios, é o acompanhamento


das pessoas, no sentido de controlar seus patrimônios e comparar os resultados obtidos entre
os períodos estabelecidos. Deve ser identificado, classificado e anotado as operações da
empresa e tudo o que afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. São
finalidades de planejamento e de controle.

Então chegamos a conclusão de que a finalidade fundamental da Contabilidade


referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. Então, a
Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica. A
contabilidade possui características essenciais que são: objetividade, transparência,
comparatibilidade, exatidão, oportunidade, confiabilidade e prudência.

3.4 Aplicação da Contabilidade

A Contabilidade pode ser aplicada em diversas entidades, independente do tipo, ramo


de atividade, localização geográfica ou segmento econômico. Assim, ela pode ser relacionada
a uma pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos.

A contabilidade é uma só, ou seja, igual para todas, mas a sua aplicação varia de
acordo com o segmento da entidade, ou seja, apresenta especificidades próprias. Para isso,
devemos observar a legislação que rege para aquele tipo de entidade.

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2. SÁ, Antonio Lopes de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2008. p. 46.
3.5 Áreas de Atuação em Geral da Contabilidade

As áreas de atuação da contabilidade são:

- Fiscal: auxilia na elaboração de informações para os órgãos fiscalizadores, do qual


depende todo o planejamento tributário da entidade;

- Pública: é o principal instrumento de controle e fiscalização que o governo possui


sobre todos os seus órgãos;

- Gerencial: auxilia a administração na otimização dos recursos disponíveis na


entidade, através de um controle adequado do patrimônio;

- Financeira: elabora e consolida as demonstrações contábeis para disponibilizar


informações aos usuários externos;

- Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e


obtenção de informações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio,
objetivando mensurar a exatidão destes registros e das demonstrações contábeis deles
decorrentes;

- Perícia Contábil: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre


organizações com problemas financeiros causados por erros administrativos.

3.6 Áreas de Atuação Específica da Contabilidade

Na área de atuação específica, temos:

- Análise Econômica e Financeira de Projetos: elabora análises, através dos relatórios


contábeis, que devem demonstrar a exata situação patrimonial de uma entidade;

- Ambiental: informa o impacto do funcionamento da entidade no meio ambiente,


avaliando os possíveis riscos que suas atividades podem causar na qualidade de vida local;

- Atuarial: especializada na Contabilidade de empresas de previdência privada e em


fundos de pensão;

- Social: informa sobre a influência do funcionamento da entidade na sociedade, sua


contribuição na agregação de valores e riquezas, além dos custos sociais;
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- Agribusiness: atua em empresas com atividade agrícola de beneficiamento in-loco


dos produtos naturais.

3.7 Usuários da Contabilidade

Quem são os usuários da Contabilidade? São as pessoas que utilizam a contabilidade,


que se interessa, pela situação da empresa e que buscam instrumentos contábeis para suas
respostas. Podem ser:

- Internos: são pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que tem
fácil acesso às informações contábeis, tais como: gerentes, funcionários, diretoria.

- Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas que não possuem facilidade de
acesso direto às informações, mas que as recebem através das demonstrações da empresa, tais
como: bancos, concorrentes, governo, fornecedores, clientes.

3.8 A Contabilidade como Fonte de Informações Fiscais e Gerênciais

O sistema de controle, análise e registro, mais eficiente do que a contabilidade, não


existe. Desde os primórdios até os dias de hoje, ele é o mais completo. Ainda mais agora, em
que a informática vem tendo grandes avanços, o sistema se torna mais ágil o tratamento de
dados contábeis. Com isso, a contabilidade se dá de forma prática e rápida.

Só colocaremos uma observação de que as máquinas não substituem o homem, elas


são feitas para se ter agilidade nas informações. E nesse sentido, elas tem contribuído bastante
com o papel a que estão representando.

4 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

Como vimos, tudo o que acontece na empresa ou entidade, deve ser registrado
contabilmente. E para fazermos esses registros, utilizamos a escrituração, também conhecida
como lançamento. Esse foi o nome escolhido pela legislação para se efetuarem os
lançamentos das contas, geralmente para fins contábeis, para posterior ser compilados para
livros ou fichas.Essa escrituração deve seguir os princípios e as normas da contabilidade, de
onde extrairemos as informações necessárias para a tomada de decisão das entidades. Deve
abranger todas as operações do contribuinte.
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A empresa deve ter um sistema de escrituração contábil, seja ele, manual, mecanizado
ou eletrônico.

Então a escrituração é uma das técnicas contábeis que utilizaremos para registrar, nos
livros próprios, os fatos da empresa, os quais provocam uma modificação no Patrimônio. A
escrituração começa pelo Livro Diário, onde todos os registros dos fatos são feitos. Os
documentos mais comuns são: notas fiscais, recibos de alugueis, contas de luz e água e
duplicatas. E posteriormente ao Livro Diário, utilizaremos outros livros próprios de
escrituração, dentre eles: Razão, Caixa, etc.

Como vimos, tudo o que acontece na empresa ou entidade, deve ser registrado
contabilmente. E para fazermos esses registros, utilizamos a escrituração, também conhecida
como lançamento. Esse foi o nome escolhido pela legislação para se efetuarem os
lançamentos das contas, geralmente para fins contábeis, para posterior ser compilados para
livros ou fichas.Essa escrituração deve seguir os princípios e as normas da

É feita segundo o método das partidas dobradas, e deve ter os preceitos da legislação
comercial, da Lei nº. 6404/76 e aos Princípios de Contabilidade geralmente aceitos, segundo o
Regime de Competência (art. 177 da Lei nº. 6404/76).

“Art. 177 - A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.

§1º. - as demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação


de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em
nota e ressaltar esses efeitos.

§2º. - A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da


escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre atividade que
constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou critérios contábeis
diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações financeiras.

§3º. - As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão,


ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e serão
obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na
mesma comissão.
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§4º. - As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e


por contabilistas legalmente habilitados”.

4.1 Determinações do Conselho Federal de Contabilidade sobre a Escrituração Contábil

De acordo com a Resolução nº. 563 de 28 de outubro de 1983 do Conselho Federal de


Contabilidade, órgão maior da profissão contábil no Brasil, ao perceber as necessidades de
definir regras em relação à escrituração contábil, resolvei aprovar as formalidades da
escrituração através da NBC T 2.1, que rege: as empresas devem manter um sistema de
escrituração uniforme quanto os seus atos e fatos administrativos, através de processo manual,
mecanizado ou eletrônico.

E não é só isso, a emissão de relatórios, análises e mapas demonstrativos e as


demonstrações contábeis, são de responsabilidade exclusiva de comtabilista legalmente
habilitado.

Essa escrituração deve ser executada da seguinte forma:

- em idioma e moeda corrente nacionais;

- em forma contábil;

- em ordem cronológica de dia, mês e ano;

- com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou


transportes para as margens;

- com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em


elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.

Tanto o contabilista como a empresa, pode utilizar códigos ou abreviaturas nos


históricos dos lançamentos, desde que seja uniforme e transcrito para o Livro Diário da
Contabilidade. As demonstrações contábeis devem ser também transcritos no Livro Diário,
bem como deve ser assinado prelo contabilista legalmente habilitado e pelo representante
legal da empresa.

Se a escrituração contábil for informatizada, as folhas, devem ser numeradas, e depois


de impressas deverão ser encadernadas em forma de livro, contendo os termos de abertura e
encerramento sendo assinados pelo contabilista legalmente habilitado e pelo representante
legal da empresa, para logo em seguida ser autenticado em órgão competente.
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Caso as empresas não tenham sua contabilidade devidamente em ordem, estarão


sujeitos a penalidades previstas na legislação.

4.2 Funcionamento da Escrituração Contábil

Os contabilistas devem utilizar o método das partidas dobradas, pois é o mais


desenvolvido. Esse método diz que para cada “débito”, existe um “crédito”, e vice-versa.
Muitos autores classificam o método das partias dobradas como a “arte de Escriturar”.

4.3 Vantagens da escrituração contábil


O Novo Código Civil Brasileiro diz em sua Lei nº. 10406/2002, art. 1179 que: "O
empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade,
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência
com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de
resultado econômico."

Isso significa dizer que a empresa, de acordo com essa norma, deverá realizar seus
serviços por meio da escrituração contábil. Como os pequenos empresários não queriam arcar
com despesas correspondentes aos profissionais contábeis, este por sua vez teve que mostrar
para o empresário porque é vantajoso a entidade ter uma escrituração.

Aqui está algumas das vantagens para que uma empresa tenha escrituração contábil:

a) Contestação de reclamatórias trabalhistas quando as provas a serem apresentadas


dependam de perícia contábil;

b) Base de apuração de lucro tributável e possibilidade de compensação de prejuízos


fiscais acumulados;

c) Oferece maior controle financeiro e econômico à entidade;

d) Distribuição de lucros como alternativa de diminuição de carga tributária;

e) Comprova em juízo fatos cujas provas dependam de perícia contábil.

f) Facilita acesso ás linhas de crédito;

g) Imprescindível no requerimento de recuperação judicial (Lei 11.101/2005);


18

h) Evita que sejam consideradas fraudulentas as próprias falências, sujeitando os


sócios ou titulares ás penalidades da Lei que rege a matéria;

i) Prova, em juízo, a situação patrimonial na hipótese de questões que possam existir


entre herdeiros e sucessores de sócio falecido;

j) Prova a sócios que se retiram da sociedade a verdadeira situação patrimonial, para


fins de apuração de haveres ou venda de participação;

k) Para o administrador, supre exigência do Novo Código Civil Brasileiro quanto á


prestação de contas (art. 1.020).

Com isso, vemos que a escrituração contábil é imprescindível para qualquer empresa,
mas tem que ser feita por um contabilista devidamente habilitado.

4.4 Fundamentação Legal da Escrituração Contábil


A principal finalidade do profissional contábil é fazer contabilidade. E é através dela
que se tem o controle do patrimônio das entidades, pois tem-se o intrumento direto para a
tomada de decisões.
A legislações pertinentes para a exigência da escrituração, está fundamentada:
- Código Comercial – art. 10, inc. I e IV da Lei 556/1850;
- Lei das Sociedades por Ações;
- Lei das Falências – Decreto-Lei 7661/45;
- Legislação do Imposto de Renda (nas empresas tributadas pelo Lucro Real);
- Código Tributário Nacional – art. 195, parágrafo único;
- Princípios Fundamentais de Contabilidade;
- Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC-T-2.

4.5 Forma de Escrituração Contábil

De acordo com a legislação da escrituração, devemos registrar os fatos contendo os


cinco itens que são primordiais para uma boa escrituração. São eles:

- Data;

- Conta (s) Debitada (s);

- Conta (s) Creditada (s);


19

- Histórico;

- Valor.

Existem várias formas de se lançar um registro, mas para cada um lançamento, sempre
terá um débito e um crédito com o mesmo valor, e depois informamos o histórico do
lançamento.

4.6 Responsáveis pela Escrituração Contábil

O profissional responsável pela escrituração de uma empresa, é o contabilista


devidamente habilitado e qualificado. Onde não há esse profissional, ficará a cargo do
contribuinte ou pessoa pelo mesmo designada. No caso de alguma fiscalização, mesmo o
profissional sendo uma pessoa designada, tanto ela como o contribuinte assumem inteira
responsabilidade pela escrituração.
“Art 3º. - A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional
qualificado, nos termos da legislação específica, exceto nas localidades em
que não haja elemento nessas condições.

“Art. 39. Os balanços, demonstrações da conta de lucros e perdas, extratos,


discriminações contas ou lançamentos e quaisquer outros documentos de
contabilidade, deverão ser assinados por atuários, peritos-contadores, ou
guardas-livros legalmente registados, com indicação do número do respectivo
registro.

§1º. Esses profissionais, dentro da âmbito de sua atuação e no que se referir à


parte técnica, serão responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por
qualquer falsidade dos documentos que assinarem e pelas irregularidades de
escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto de renda”.

De acordo com o Decreto-Lei nº. 5.844/43, no art. 39, §1º., diz que “esses
profissionais, dentro da âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão
responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por qualquer falsidade dos
documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido
de fraudar o imposto de renda”.

4.7 Tipos de Livros da Escrituração Contábil


20

A Lei nº. 10406/02 – Código Civil, bem como no RIR/99, e na Lei nº. 6404/76, os
livros contábeis são obrigatórios.

Existem vários tipos de livros de escrituração. Iremos mostrar aqueles utilizados pela
contabilização dos atos e fatos administrativos, ou seja, a história das entidades. São eles, os
livros contábeis - constituem o registro permanente da empresa:

É através dos livros contábeis que saberemos das informações mais precisas para a
tomada de decisões.

4.7.1 Livro Diário

É onde são feitos os lançamentos de todas as operações ocorridas, em ordem


cronológica, com individualização, clareza e referência do documento comprovatório. Essa
escrituração é feita por meio de partidas mensais. Este livro deve ser registrado em Órgão
competente, de acordo com a legislação vigente. O Diário é um livro obrigatório pela
legislação comercial e é o principal livro da contabilidade. Existem algumas formalidades a
serem seguidas para esse livro ser escriturado. Mas, é mais utilizada no caso da escrituração
manual. Algumas das formalidades são:

- Deve ter ecrituração em ordem cronológica de data do lançamento;

- Possuir termos de Abertura e Encerramento;

- Deve conter numeração digitada nas páginas, e não manuscritas, em sequencia ;

- Não conter erros, rasuras, borrões nos lançamentos;

- Ser registrado em Órgão competente;

- Deve conter a asssinatura do represnetante legal da empresa, bem como do


profissional de contabilidade legalmente habilitado.

O art. 12 do Código Comercial coloca que: “no Diário é o comerciante obrigado a


lançar individualização

4.7.2 Livro Razão

É chamado de Razão, Razão Geral, Ficha Razão, Extrato da Conta ou simplesmente


Livro Razão. Utiliza o método das partidas dobradas. É um livro de grande importância para a
21

contabilidade, pois registra o movimento de todas as contas escrituradas no Livro


Diário.Neste livro, deve conter a data, a descrição do lançamento e os saldos de entrada e
saída para cada conta contábil. Em 1991, através do Art. 14 da Lei nº. 8218 de 29 de agosto de
1991, a escrituração no livro Razão passou a ser obrigatoria. É um livro que dispensa a
autenticação no Órgão Competente. Será mostrado em folha individual, o movimento de uma
única conta, contendo, saldo inicial, movimentação do período e o saldo final, sendo credor
ou devedor. Para a Legislação comercial, ele não é um livro obrigatório, mas para fins de
imposto de renda com Base no Lucro Real, ele é obrigatório.
“Art. 14 - A tributação com base no lucro real somente será admitida para as
pessoas jurídicas que mantiverem, em boa ordem e segundo as normas
contábeis recomendadas, livro ou fichas utilizados para resumir e totalizar,
por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário (Livro Razão),
mantidas as demais exigências e condições previstas na legislação.

Parágrafo Único. A não-manutenção do livro de que trata este artigo, nas


condições determinadas, implicará o arbitramento do lucro da pessoa
jurídica.

4.7.3 Livro de Contas Correntes

Este livro é auxiliar do livro Razão. Controla as contas que representam Direitos e
Obrigações da entidade. É dispensada sua autenticação. Registra as operações que apresentam
movimentação contínua, em débitos e créditos, especialmente as contas de natureza pessoal.

4.7.4 Livro Caixa

Ele também é um livro auxiliar. Contém os registros de todos os fatos administrativos


que envolvam entradas e saídas de dinheiro. Não precisa ser autenticado. Deve manter toda a
parte financeira da empresa, incluindo a bancária.

De acordo com Sá³, este livro deve ser escriturado assim: “na parte do débito
escrituram-se as entradas de dinheiro; na parte do crédito as saídas em dinheiro, ou ainda no
débito os recebimentos em dinheiro e no crédito, os pagamentos em dinheiro”. Diz ainda que
“as formas as quais se tem apresentado este livro são variáveis; assemelhando-se, entretanto, a
um Razão com Histórico e não existe um modelo oficial e obrigatório”.

4.8 Autenticação de Livros Contábeis em Papel


22

Por ter seus registros escriturados em livros e por ser a escrituração feita para atender
os interesses da empresa, então para que a tomada de decisão seja muito importante, os livros
obrigatórios deverão ser autenticados em órgão competente, até para poder prestar conta com
o fisco. (CODIGO CILVIL 2002)
“Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o
caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo Único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não
obrigatórios”.

_____________
3. SÁ, Antonio Lopes de. Dicionário de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1994. p. 289.

Citaremos aqui alguns pontos principais que estão na legislação sobre a autenticação
de livros:

1. Lavrados os termos de abertura e de encerramento, os instrumentos de escrituração


dos empresários e das sociedades empresárias, de caráter obrigatório, salvo disposição
especial de lei, deverão ser submetidos à autenticação pela Junta Comercial (art. 1.181 -
CC/2002):

1.1 antes ou após efetuada a escrituração, quando se tratar de livros, conjuntos de


fichas ou folhas contínuas;

1.2 após efetuada a escrituração, quando se tratar de microfichas geradas através de


microfilmagem de saída direta do computador (COM) e de livros digitais.

- O empresário e a sociedade empresária poderão fazer autenticar livros não


obrigatórios (Parágrafo único, art. 1.181 - CC/2002).

- É dispensado das exigências de livros contábeis o pequeno empresário a que se refere


o art. 970, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que não está obrigado a seguir um
sistema de contabilidade com base na escrituração uniforme de seus livros, em
correspondência com a documentação respectiva, nem a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico (art. 1.179 e § 2º - CC/2002).

2. A Junta Comercial procederá às autenticações previstas na INSTRUÇÃO


NORMATIVA Nº 102, DE 25 DE ABRIL DE 2006 do DNRC - DEPARTAMENTO
23

NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO por termo, que conterá declaração expressa


da exatidão dos termos de abertura e de encerramento, bem como o número e a data de
autenticação, do seguinte modo:

2.1 nos livros, será aposto na primeira página numerada (alínea “a”, art. 12 do Decreto
nº 64.567/69);

2.2 nas fichas ou folhas contínuas, será aposto no anverso da primeira dobra de cada
bloco;
2.3 nas fichas avulsas, será aposto na primeira ficha de cada conjunto e todas as
demais serão obrigatoriamente autenticadas com o sinete da Junta Comercial e rubrica do
autenticador sobre esse (art. 9º, Decreto nº 64.567/69);

2.4 nos livros digitais deverá ser observado o LBCD - Leiaute Brasileiro de
Contabilidade Digital.

- Em qualquer das hipóteses, o autenticador deverá ser expressamente identificado,


com indicação do seu nome completo, em letra de forma legível, ou com a aposição de
carimbo.

- Com o objetivo de resguardar a segurança e inviolabilidade dos instrumentos de


escrituração dos empresários e das sociedades empresárias, recomenda-se a autenticação
destes por meio de etiqueta adesiva com requisitos de segurança, atendidos os procedimentos
e requisitos quanto a posição e conteúdo do termo e identificação dos signatários.

3. Quando se tratar de livros digitais, com o objetivo de resguardar a segurança e


inviolabilidade dos instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades
empresárias:

3.1 devem ser assinados por contabilistas legalmente habilitados e pelo empresário ou
sociedade empresária, com certificado digital, de segurança mínima tipo A3, de acordo com
as regras da ICP Brasil, antes de serem submetidos à autenticação pelas Juntas Comerciais;

3.2 após autenticados pelas Juntas Comerciais, devem ser submetidos pelo empresário
ou sociedade empresária, anualmente, pelo menos, à inserção de novo selo cronológico digital
atualizado tecnologicamente, que utilizará certificado digital de segurança mínima de nível 3,
sob pena de não valer como prova.

- As Juntas Comerciais deverão autenticar os livros digitais com certificado digital, de


segurança mínima tipo A3, e inserir, em cada autenticação, selo cronológico digital.
24

- As Juntas Comerciais deverão inserir, anualmente, no conjunto de hash dos livros


digitais autenticados, selo cronológico digital.

- Os certificados digitais e o selo cronológico digital mencionados neste artigo deverão


observar conformidade com as regras da ICP Brasil.

4. A autenticação de instrumentos de escrituração não se fará sem que:

4.1 esteja inscrito o empresário ou registrada a sociedade empresária (parágrafo único,


art. 1.181 - CC/2002);

4.2 os requisitos mencionados, em cada caso, nesta Instrução Normativa, sejam


atendidos;

4.3 seja observada a seqüência do número de ordem do instrumento;

4.4 relativamente ao livro Diário, com escrituração resumida, os respectivos livros


auxiliares:

a) estejam todos presentes no ato da autenticação;

b) no caso do livro digital, tenham sido assinados pelo empresário ou sociedade


empresária e contabilista com certificado digital em conformidade com as regras da ICP-
Brasil, de segurança mínima tipo A3, e os hash obtidos após assinaturas tenham sido
integrados ao livro Diário digital, com escrituração resumida, conforme o LBCD - Leiaute
Brasileiro de Contabilidade Digital.

Destaque-se que a autenticação do instrumento independe da apresentação física à


Junta Comercial de outro(s) anteriormente autenticado(s).

4.9 Conservação de Livros e Comprovantes

De acordo com o Decreto-Lei nº. 486/69, art. 4º., “o comerciante é ainda obrigado a
conservar em ordem, enquanto não prescritas eventuais ações que lhe sejam pertinentes, a
escrituração, correspondência e demais papéis relativos à atividade, ou que se refiram a atos
ou operações que modifiquem ou possam vir a modificar sua situação patrimonial”.

Já no art. 10°. do mesmo Decreto Lei, diz que: ocorrendo o extravio, deterioração ou
destruição de fichas, livros ou papéis de interesse da escrituração, a pessoa jurídica deverá
publicar em jornal de grande circulação na cidade do seu estabelecimento, avisando o fato,
25

infromando com no máximo 48 (Quarenta e Oito) horas, ao órgão competente do Registro do


Comércio, remetendo cópia da comunicação à Secretaria da Receita Federal de sua jurisdição.

Quanto à conservação dos lançamentos contábeis, o art. 37 da Lei nº. 9430/96, diz:

“Art. 37 - Os comprovantes da escrituracao da pessoa juridica,


relativos a fatos que repercutam em lancamentos contabeis de
exercícios futuros, serão conservados até que se opere a
decadência do direito de a Fazenda Pública constituir os creditos
tributários relativos a esses exercícios”.

4.10 Dispensa da Escrituração Contábil completa para fins de Imposto de Renda

De acordo com a tributação, o imposto de renda interfere bastante na escrituração


contábil, pois é ele quem define as regras sobre a tributação.

Perante o imposto de renda, não é só as pessoas jurídicas que estão obrigadas a possuir
a contabilidade, as pessoas físicas também tem que ter uma escrituração contábil completa e
com registro nos órgãos competentes. Essas pessoas físicas denominamos de empresas
individuas.

Para efeito da legislação do imposto de renda, além dos livros obrigatórios existem
outros livros obrigatórios previstos em lei, os quais a pessoa jurídica deve ter. São eles:

- Registro de inventário;

- Registro de Entradas (Compras);

- Registro de Apuração do Lucro Real - LALUR;

- Registro Permanente de Estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem atividades


de compra, venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou desmembramento de
terrenos para venda;

- Registro de Movimentação de Combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto


revendedor.

De acordo com a Constituição Federal, o art. 179 prevê tratamento diferenciadocom


relação à algumas entidades. A Constituição diz:

“Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim
26

definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las


pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio
de lei”.

A lei diz que as microempresas e as empresas de pequeno porte ficam dispensadas da


escrituração comercial desde que matenham em boa ordem e guarda as ações que lhe são
pertinentes, como:

- Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira,
inclusive bancária;

- Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques


existentes no término de cada ano-calendário;

- todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos
livros referidos nas alíneas anteriores.

Já com a pessoa jurídica que tem por opção o regime de tributação com base no lucro
presumido, deverá manter:

- escrituração contábil nos termos da legislação comercial;

- Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques


existentes no término do ano-calendário;

- em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas
eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por
legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base
para escrituração comercial e fiscal.

A dispensa da escrituração contábil completa e a exigência do Livro Caixa, Livro


Diário e o Livro Razão, para as microempresas, empresas de pequeno porte, as enquadradas
no Simples e as tributadas pelo regime de Lucro Presumido, só tem efeito para fins do
imposto de renda, não prevalecendo outro tipo de legislação.

Diante do exposto, todas as empresas devem ter sua escrituração contábil completa,
obedecendo os princípios contábeis geralmente aceitos e às normas brasileiras de
contabilidade.

4.11 Exigência da Escrituração Contábil no Código Civil


27

O principal livro da escrituração é o Diário. Os trabalhos técnicos de contabilidade, de


acordo com o Decreto-Lei nº. 9295/46, são:

“Art. 25 São considerados trabalhos técnicos de contabilidade:


a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral;
b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos
os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos
respectivos balanços e demonstrações;
c) perícias judiciais ou extra-judiciais, revisão de balanços e de contas em
geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas,
regulações judiciais ou extra-judiciais de avarias grossas ou comuns,
assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer
outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de
contabilidade”.

Então a escrituração contábil das empresas, são consideradas trabalhos técnicos de


contabilidade, de exclusividade de profissional legalmente habilitado.

No nosso ponto de vista existe a obrigatoridade da escrituração, pois as normas que


regem a profissão possuem uma ampla legislação que obriga as empresas a terem uma
elaboração em sua contabilidade. Algumas legislações estão no Código Civil, Lei das
Falências, Legislação Previdenciária, e outras mais.

No código Civil, a legislação da escrituração extá exposta nos artigos 1179 a 1195.
Consta que:

“Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir


um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva,
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§1°. Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a
critério dos interessados.
§2°. É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se
refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário,
que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou
eletrônica.
Parágrafo Único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado
para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
28

Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o


caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro
Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo Único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o
empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não
obrigatórios.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a
responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum
houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e
em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos
em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as
margens.
Parágrafo Único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas,
que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e
caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou
reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§1°. Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não
excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações
sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que
utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita
verificação.
§2°. Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado
econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis
legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de
fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes
Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas
para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo
que registre:
I – a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo
respectivo saldo, em forma de balancetes diários;
II – o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do
exercício.
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os
critérios de avaliação a seguir determinados:
29

I – os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de


aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o
uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização
respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a
substituição ou a conservação do valor;
II – os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou
que constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa,
podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço
corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço
corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação,
e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o
preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem
para as percentagens referentes a fundos de reserva;
III – o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com
base na respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as
participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;
IV – os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor
de realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liqüidação,
salvo se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.
Parágrafo Único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se
preceda, anualmente, à sua amortização:
I – as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez
por cento do capital social;
II – os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período
antecedente ao início das operações sociais, à taxa não superior a doze por
cento ao ano, fixada no estatuto;
III – a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento
adquirido pelo empresário ou sociedade.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza,
a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as
disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo Único. Lei especial disporá sobre as informações que
acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de
lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito
e débito, na forma da lei especial.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz
ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para
verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em
seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
30

Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis
de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a
sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de
outrem, ou em caso de falência.
§1°. O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a
requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de
ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade
empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles
se extrair o que interessar à questão.
§2°. Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o
respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo
antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu §1°., ter-se-á
como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo Único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova
documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da
escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades
fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos
termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar
em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis
concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência
no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou
agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país
estrangeiro.

Então, a escrituração contábil bem como o regsitro dos livros e demonstrativos


contábeis, só poderão ser feitos e assinados por um profissional legalmente habilitado, salvo
na hipótese de não ter o profissional registrado.

4.12 Escrituração no Código Comercial Brasileiro

A obrigatoriedade da escrituração vem da legislação contida no Código Comercial,


que estabelece:
“Art. 10 - Todos os comerciantes são obrigados:

1 - a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração, e a ter os


livros para esse fim necessários;
31

2 - a fazer registrar no Registro do Comércio todos os documentos, cujo


registro for expressamente exigido por este Código, dentro de 15 (quinze)
dias úteis da data dos mesmos documentos (artigo nº. 31), se maior ou menor
prazo se não achar marcado neste Código;

3 - a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondências e mais


papéis pertencentes ao giro do seu comércio, enquanto não prescreverem as
ações que lhes possam ser relativas (Título. XVII);

4 - a formar anualmente um balanço geral do seu ativo e passivo, o qual


deverá compreender todos os bens de raiz móveis e semoventes, mercadorias,
dinheiro, papéis de crédito, e outra qualquer espécie de valores, e bem assim
todas as dívidas e obrigações passivas; e será datado e assinado pelo
comerciante a quem pertencer.

Art. 11 - Os livros que os comerciantes são obrigados a ter


indispensavelmente, na conformidade do artigo antecedente, são o Diário e o
Copiador de cartas.

Art. 12 - No Diário é o comerciante obrigado a lançar com individuação e


clareza toda as suas operações de comércio, letras e outros quaisquer papéis
de crédito que passar, aceitar, afiançar ou endossar, e em geral tudo quanto
receber e despender de sua ou alheia conta, seja por que título for, sendo
suficiente que as parcelas de despesas domésticas se lancem englobadas na
data em que forem extraídas da caixa. Os comerciantes de retalho deverão
lançar diariamente no Diário a soma total das suas vendas a dinheiro, e, em
assento separado, a soma total das vendas fiadas no mesmo dia.

No mesmo Diário se lançará também em resumo o balanço geral (artigo nº.


10, nº 4), devendo aquele conter todas as verbas deste, apresentando cada
uma verba a soma total das respectivas parcelas; e será assinado na mesma
data do balanço geral. No Copiador o comerciante é obrigado a lançar o
registro de todas as cartas missivas que expedir, com as contas, faturas ou
instruções que as acompanharem.

Art. 13 - Os dois livros sobreditos devem ser encadernados, numerados,


selados e rubricados em todas as suas folhas por um dos membros do
Tribunal do Comércio respectivo, a quem couber por distribuição, com
termos de abertura e encerramento subscritos pelo secretário do mesmo
tribunal e assinados pelo presidente.

Nas províncias onde não houver Tribunal do Comércio, as referidas


formalidades serão preenchidas pela Relação do distrito; e, na falta desta,
pela primeira a autoridade judiciária da comarca do domicílio do
comerciante, e pelo seu distribuidor e escrivão e o comerciante não preferir
antes mandar os seus livros ao Tribunal do Comércio. A disposição deste
artigo só começará a obrigar desde o dia que os Tribunais do Comércio, cada
um no seu respectivo distrito, designarem.

Art. 14 - A escrituração dos mesmos livros será feita em forma mercantil, e


seguida pela ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalo em branco,
nem entrelinhas, bordaduras, raspaduras ou emendas.

Art. 15 - Qualquer dos dois mencionados livros, que for achado com algum
dos vícios especificado no artigo precedente, não merecerá fé alguma nos
lugares viciados a favor do comerciante a quem pertencer, nem no seu todo,
quando lhes faltarem as formalidades prescritas no artigo nº 13, ou os seus
vícios forem tantos ou de tal natureza que o tornem indigno de merecer fé.

Art. 16 - Os mesmos livros, para serem admitidos em juízo, deverão achar-se


escritos no idioma do país; se por serem de negociantes estrangeiros
32

estiverem em diversa língua, serão primeiro traduzidos na parte relativa à


questão, por intérprete juramentado, que deverá ser nomeado a aprazimento
de ambas as partes, não o havendo público; ficando a estas o direito de
contestar a tradução de menos exata.

Art. 17 - Nenhuma autoridade, juízo ou tribunal, debaixo de pretexto algum,


por mais especioso que seja, pode praticar ou ordenar alguma diligência para
examinar se o comerciante arruma ou não devidamente seus livros de
escrituração mercantil, ou neles tem cometido algum vício.

Art. 18 - A exibição judicial dos livros de escrituração comercial por inteiro,


ou de balanços gerais de qualquer casa de comércio, só pode ser ordenada a
favor dos interessados em gestão de sucessão, comunhão ou sociedade,
administração ou gestão mercantil por conta de outrem, e em caso de quebra.

Art. 19 - Todavia, o juiz ou Tribunal do Comércio, que conhecer de uma


causa, poderá, a requerimento da parte, ou mesmo do ex officio, ordenar, na
pendência da lide, que os livros, ou de qualquer ou de ambos os litigantes
sejam examinados na presença do comerciante a quem pertencerem e debaixo
de suas vistas, ou na de pessoa por ele nomeada, para deles se averiguar e
extrair o tocante à questão.

Se os livros se acharem em diverso distrito, o exame será feito pelo juiz de


direito do comércio respectivo, na forma sobredita; com declaração, porém,
de que em nenhum caso os referidos livros poderão ser transportados para
fora do domicílio do comerciante a quem pertencerem, ainda que ele nisso
convenha.

Art. 20 - Se algum comerciante recusar apresentar os seus livros quando


judicialmente lhe for ordenado, nos casos do artigo nº. 18, será compelido à
sua apresentação debaixo de prisão, e nos casos do artigo nº. 19 será deferido
juramento supletório à outra parte. Se a questão for entre comerciantes, dar-
se-á plena fé aos livros do comerciante a favor de quem se ordenar a
exibição, se forem apresentados em forma regular (artigo nºs 13 e 14)”.

4.13 Escrituração no Código Tributário Nacional

O Código Tributário Nacional também fala dos livros de escrituração contábil. Ele
estabelece os dispositivos legais sobre o tempo em que se deve guardar os livros obrigatórios
de escrituração fiscal e comercial e os comprovantes de lançamentos neles efetuados, até que
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações.

O artigo aque fala sobre a lei é:


“Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação
quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de
examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da
obrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os


comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que
se refiram”.
33

4.14 Escrituração para as ME e EPP de acrodo com as Normas Brasileiras de


Contabilidade

A Norma que trata da escrituração das microempresas e empresas de pequeno porte é a


NBC T 19.13, que estabelece critérios e procedimentos específicos para a escrituração
contábil dos atos e fatos das entidades.

5 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

A definição de microempresa foi iniciada em 1979, que agilizava o funcionamento de


pequenos comerciantes.

Já a sua legislação, foi elaborada pela Lei nº. 7256/84, dando uma categoria especial
para ela. De acordo com a legislação, o art. 2º. da Lei, dá a seguinte definição:
“Art. 2°. Para os efeitos desta Lei, ressalvado o disposto no art. 3°.,
considera-se:
I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver
receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00 (Duzentos e Quarenta
Mil Reais);
II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil
individual que, não enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual
superior a R$ 240.000,00 (Duzentos e Quarenta Mil Reais) e igual ou inferior
a R$ 2.400.000,00 (Dois Milhões e Quatrocentos Mil Reais)”.

De acordo com o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, estas,


possuem tratamento diferenciado às empresas optantes pelo sistema. Adquirem também a
sigla “ME” ou “EPP”.
Estas empresas possuem benefícios de isenções tributárias e contribuições diversas,
quando são optantes pelo simples.
Chamamos de pequeno empresário, aquele que obtem receita bruta anual de até R$
36.000,00 (Trinta e Seis Mil Reais) e que exerce sua atividades através de uma firma que
chamamos de “firma individual” caracterizada “microempresa”. Leia-se a Lei Complementar
nº. 123/06, no art. 68:
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do
disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o
empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei
Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (Trinta e
Seis Mil Reais).
34

6 LEGISLAÇÃO VIGENTE SOBRE AS MICROEMPRESA E EMPRESA DE


PEQUENO PORTE

A legislação de microempresa foi regulamentada pela Lei nº. 7256/84. Logo em


seguida teve uma lei complementar nº. 8864/94.

Em 1996, foi editada a Lei nº. 9317, que regulamentava o “SIMPLES”. Foi chamada
de “Lei do Simples Federal”, regulamentando o sistema fiscal e tributário destas..

Em 05 de outubro de 1999, a lei federal nº. 9841, revogou as leis citadas acima,
estabelecendo que fosse criado o “Novo Estatuto Jurídico das Microempresas e das Empresas
de Pequeno Porte”, em atendimento à sociedade.

Logo em seguida, surgiu o Decreto nº. 3474 de 19 de maio de 2000, que regulamentou
o diploma, esclarecendo algumas situações dispostas na lei. Esse decreto juntamente com a
Lei nº… 9841/99, foi um dos acontecimentos mais importantes para as microempresas e
empresas de pequeno porte.

Com a lei do SIMPLES FEDERAL, houve tratamento favorecido às MPEs (Micro e


Pequenas Empresas), no que tange a legislação previdenciária, creditícia, trabalhista,
desenvolvimento empresarial, que antes não eram regidos pela lei do simples.

7 ESCRITURAÇÃO MERCANTIL NA MICROEMPRESA

De acordo com a Lei nº. 9317/96, Lei do Simples, diz em seu art. 7°. Que:
“Art. 7º A microempresa e a empresa de pequeno porte, inscritas no
SIMPLES apresentarão, anualmente, declaração simplificada que será
entregue até o último dia útil do mês de maio do ano-calendário subseqüente
ao da ocorrência dos fatos geradores dos impostos e contribuições de que
tratam os arts. 3º e 4º.

§1º. A microempresa e a empresa de pequeno porte ficam dispensadas de


escrituração comercial desde que mantenham, em boa ordem e guarda e
enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações
que lhes sejam pertinentes:

a) Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação


financeira, inclusive bancária;

b) Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os


estoques existentes no término de cada ano-calendário;

c) todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a


escrituração dos livros referidos nas alíneas anteriores.
35

§2º. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento, por parte da


microempresa e empresa de pequeno porte, das obrigações acessórias
previstas na legislação previdenciária e trabalhista”.

Como vimos, fica um pouco complexo, a empresa não possuir uma contabilidade, pois
como poderemos ter uma ferramenta gerencial e de tomada de decisão sem que se tenha um
informações precisas até para fins fiscais?

É por isso que devemos ter uma escrituração completa, em conformidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade, pois para algumas obrigações, como na legislação trabalhista e
previdenciária, ela é praticamente obrigatória e assim atenderá às exigências.

O art. 26, parágrafo 2º. da Lei Complementar nº. 123/06, frisa o que a legislação
tributária federal diz quando é dispensada a escrituração contábil completa excluisvamente
para fins deapuração da base de cálculo dos tributos, ou seja, relativamente ao imposto de
renda e contribuição social.
“Art. 26. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional ficam obrigadas a:

..............

§2o. As demais microempresas e as empresas de pequeno porte, além do


disposto nos incisos I e II do caput deste artigo, deverão, ainda, manter o
livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária”.

As microempresas e empresas de pequeno porte que tenham optado pelo SIMPLES


NACIONAL, optarão a adotar a contabilidade simplificada, conforme descrito no art. 27, da
mesma lei complementar:
“Art. 27. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada
para os registros e controles das operações realizadas, conforme
regulamentação do Comitê Gestor”.

7.1 Livros Fiscais Exigidos para a ME e a EPP

Os livros fiscais exigidos para as empresas enquadradas como ME e EPP são:

- Livro Registro de Entradas;

- Livros de Serviços Prestados;

- Livro de Serviços Tomados;

- Livro de Movimentação Financeira;


36

- Livro de Inventário.

8 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL – ECD

Como já vimos, a escrituração contábil, pode ser manualmente, mecanizadamente ou


eletrônicamente.

A norma NBC T 2.8, estabelece: critérios e procedimentos para a escrituração contábil


em formato eletrônico e sua certificação digital, sua validação perante terceiros, manutenção
dos arquivos e responsabilidade de contabilista. Também diz que a entidade deve manter um
sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos.

A Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal nº. 787/2007, que instituiu a


Escrituração Contábil Digital – ECD, torna obrigatória, desde 1º. de janeiro de 2008, a
escrituração de atos e fatos contábeis de algumas entidades.

Foi estabelecida essa instrução para fins fiscais e previdenciários e será transmitida
pelo SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, o qual a empresa receberá a
confirmação do arquivo com a validação.

A Escrituração Contábil Digital – ECD é transmitida através do Programa Validador e


Assinador (PVA), desenvolvido somente para esse fim e que está disponibilizado na internet,
na página da Receita Federal Brasileira – RFB.

Na escrituração contábil informatizada, as folhas devem ser numeradas impressas,


deve também ser encadernadas em forma de livro, contendo termos de abertura e
encerramento assinados por contabilista legalmente habilitado e pelo representante legal da
empresa, para ser autenticado no órgão competente.

8.1 Livros da Escrituração Contábil Digital – ECD

De acordo com a lei, os livros que estão inseridos são:

- Livro Diário e seus auxiliares, se houver;

- Livro Razão e seus auxiliares, se houver;

- Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos


assentamentos neles transcritos.
37

Esses livros, deverão ser assinados digitalmente, utilizando-se um certificado de


segurança, emitido por entidade credenciada pela ICP-Brasil – Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira, que dará veracidade ao documento.

9 SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL – SPED

Este é um sistema integ4rado via internet que registra as transações contábeis e fiscais
dos contribuintes. De acordo com o art. 2º. do Decreto nº. Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro
de 2007, o SPED é:

Art. 2o . O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção,


validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que
integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades
empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

É composto por três subprojetos, que representa o Estado, Município e a Federação,


são eles:

- Escrituração Contábil Digital;

- Escrituração Fiscal Digital;

- NF-e – Ambiente Nacional.

Os usuários so SPED são:

a) Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda;

b) As administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal; e

c) Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que


tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos
empresários e das sociedades empresárias.

10 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E O PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE

De acordo com as mudanças ocorridas no decorrer dos anos, o profissional contábil


também teve que se adequar às transformações. Na TI, o importante é a qualidade das
informações. O profissional deve ter seu trabalho com informações de qualidade independente
da quantidade de informação.
38

De acordo com Clóvis Padoveze³, tecnologia da informação “é todo conjunto


tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação e suas
operações”.

11 REVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA PROFISSÃO


CONTÁBIL

A Tecnologia da Informação – TI, tem como conceito: “o conjunto de dispositivos


individuais, como hardware, software, telecomunicações ou qualquer outra tecnologia que,
faça parte ou gere tratamento da informação, ou ainda, que a contenha”. O desenvolvimento
da TI, dá-se à união entre a informática com a telecomunicação, devido à necessidade de
termos as informações precisas no menor tempo possível.

Foi a partir da revolução da tecnologia, que o contador teve direcionamento para as


áreas de auditoria, perícia, controladoria.

O papel do profissional de contabilidade está além do que a Ciência da Contabilidade


proporciona. Ele deve estar de inserido no contexto da atualidade, mas não podem deixar de
lado as informações do passado.

12 IMPLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA PROFISSÃO


CONTÁBIL

Durante o Século XVIII, com a primeira Revolução, surgiram novas tecnologias.


Dentre elas, foi a substituição das ferramentas manuais pelas máquinas. Nesse período surgiu
a máquina a vapor. Já a segunda Revolução, teve como fato histórico, o desenvolvimento das
tecnologias da comunicação, com a invenção do telégrafo e do telefone.
39

Daí o mundo vem passando por várias transformações. Depois da segunda Guerra
Mundial, tiveram descobertas em torno da eletrônica, como o desenvolvimento do primeiro
computador programável e o transistor, fonte da microeletrônica. Este último foi o maior
acontecimento da revolução da tecnologia da formação do século XX.

Por causa dessas transformações, algumas empresas tem ciência de que necessitam
acompanhar as mudanças.

13 ADEQUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE EM FRENTE À


TECNOLOGIA DO SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO

Segurança nas Informações Contábeis

Introduçao

Com a globalização a disseminação das informações tornou-se bastante abrangente,


facilitando a vida dos usuários. Quanto mais facilitador mais prejudicial se tornou. As
informações ficaram mais fáceis de serem interceptadas, gerando risco e receio por parte dos
usuários. E a cada tempo que passa as pessoas ficam mais receosas e acabam retrocedendo no
tempo em prol da própria segurança.

Toda empresa informatizada tem que ser preocupar com segurança da informação. Para isso
tem que estabelecer uma política de segurança, estabelecendo seus riscos, confeccionando seu
plano de contingência, mostrando a integridade. A segurança deve ser exercida por todos da
organização e ter sua coordenação exercida por analista de segurança, entretanto é
responsabilidade de todos podendo responder por dolo ou culpa, pois percorre por todas as
linhas de negócios informatizadas, consoante as características administrativas e operacionais
dos sistemas aplicativos.
40

Deve-se ter um planejamento determinado com algumas diretrizes, definindo suas


responsabilidades, sua política de segurança, seus riscos, desenvolvimento de um plano de
contigencia.

As empresas divulgam suas informações contábeis e financeiras aos interessados pelo seu
desempenho financeiro. Estes usuários podem ser, por exemplo, acionistas, investidores ou
analistas de mercado, que avaliam o valor das ações e outros títulos emitidos pela empresa. A
cada dia a dinâmica do mercado financeiro tem exigido uma maior velocidade das
informações, e a Internet tem sido considerada um canal de divulgação que potencializa as
oportunidades na melhoria da qualidade das informações fornecidas.

O nível de divulgação de informações pela empresa depende de uma série de fatores. Alguns
defendem que as empresas devem divulgar toda informação necessária para os acionistas,
investidores, e público em geral. Outros argumentam que as empresas não fornecem
informações mais completas porque pode haver outras fontes de informação financeira
disponível a um custo mais baixo do que se fosse fornecida pela própria.

De qualquer modo, a divulgação é vital para a tomada de melhores decisões possíveis, e a


divulgação oportuna de informação relevante tende a impedir a ocorrência de surpresas que
poderiam alterar a percepção a respeito do futuro de uma empresa.

Sabemos que a informação contábil deve ser consistente, clara, para alcançar o objetivo pelo
qual foi concebida, no sentido de evitar divergências em suas análises, pois assim,
comprometeria conseqüentemente a própria informação.

Com a evolução da tecnologia da informação o ambiente se tornou bastante competitivo. A


informação é um fator determinante para sobrevivência e desenvolvimento do negócio.

Não estamos limitando a Contabilidade queremos mostrar a essência dos fatos que ocorrem
no patrimônio visando a explicação das mutações patrimoniais e possibilitando assim análises
que levem a soluções alternativas que contribuam com o desenvolvimento da riqueza
patrimonial que é a razão maior da contabilidade.

COMUNICAÇÃO E CONFIABILIDADE

Destacaremos algumas características básicas para garantir sua comunicação e confiabilidade


da informação contábil:

Relevância: a informação deve ser útil e necessária, evitando-se a produção de informações


inúteis, podendo proporcionar sobrecarga desnecessária ao sistema.
41

Tempestividade: a informação deve estar disponível de acordo com a necessidade dos


gestores em tempo hábil para a tomada de decisões. Pois sua eficácia decorre
fundamentalmente em permitir que a informação seja utilizada em condições que permitam a
obtenção de benefícios decorrente do sistema utilizado.

Relação custo-benefício: o custo de obtenção da informação não pode ser maior do que o
benefício produzido. Obviamente não se pode gastar mais do que o benefício proporcionado,
pois tudo reflete no resultado, se não o gestor estaria tomando decisões prejudiciais a
entidade. Além do mais a informação da informação deve ser relevante, caso contrário a
empresa estaria tendo um custo sem a menor necessidade.

Objetividade da informação: a informação deve estar disponível de forma precisa e clara,


evitando-se distorções no processo de tomada de decisão, caso haja alguma imprecisão.

Flexibilidade de adaptação ao usuário: como seu objetivo é auxiliar a tomada de decisões.


Deverá estar disponibilizada de maneira a ser compreendida por seu usuário, permitindo
adaptações que proporcione melhor benefício a medida que o usuário for utilizando e
percebendo que alguns incrementos podem vir a melhorar o manuseio e a divulgação das
informações. Pois os analistas que fazem os sistemas não precisam entender de contabilidade
e, portanto, somente os usuários que têm acesso é que poderia dar um suporte para melhorar.

IMPACTOS NA SOCIEDADE

Hoje é muito difícil a contabilidade viver sem a informática. Pois os benefícios oferecidos são
inúmeros e a sociedade acabou se adequando a consumi-los. A partir do momento em que o
serviço é oferecido com maior rapidez e com mais qualidade. Os erros podem ser mensurados
e detectados com maior rapidez. O contador agora não é mais uma figura de “lançador” de
contas. Pode-se dizer que ele é um analista de contabilidade, pois dispõe de maior tempo para
uma leitura pertinente a área contábil, podendo analisar as contas.

A sociedade valoriza mais o contador na medida em que este gerencia informações para a
tomada de decisões, colocando à disposição em tempo hábil.

Seguem alguns fatores a serem considerados com a ajuda da informática: aumento da


produtividade, melhoria na qualidade dos serviços, facilidade para leitura prévia de relatórios,
atendimento quanto as exigências às informações da empresa, maior segurança nas
informações, menos espaço físico no ambiente de trabalho, guarda dos arquivos em meio
magnético ( CD, disquete, zipdrive ).
42

Temos sistemas de informações vinculados a banco de dados. Integrando informações das


áreas afins, cito: departamento pessoal, recursos humanos, sistema financeiro, sistema
gerencial, estoque, entre outros.

Embora a tecnologia da informação forneça uma acessibilidade e interação maior entre os


usuários, adquire certos riscos que podem ser imensuráveis.

Segundo Riccio (1997:1-13), um impacto imediato que a virtualidade provoca sobre a


Contabilidade é que muitos ativos também podem se tornar virtuais, fazendo sobressair o
problema de que os atuais sistemas contábeis e financeiros não estão aparelhados para lidar
com essa situação. Esse Autor considera que os paradigmas da Contabilidade deverão se
adaptar a essa nova realidade e, para tanto, sugere que alguns Princípios Contábeis sejam
revistos.

De fato, observa-se que a expansão do comércio eletrônico tende a alterar alguns conceitos
importantes como empresa, objetividade, base documental, relações contratuais e outros
assuntos derivados do campo jurídico que se relacionam com a Contabilidade. A tendência é
que se multipliquem as chamadas empresas virtuais, em torno das quais poderão se aglutinar
milhares de pessoas para comprar, vender, trocar, unir empresas ou extingui-las.

Como se vê, a evolução que vem ocorrendo na área da informação tanto pode trazer ameaças
como gerar oportunidades para o desenvolvimento da Contabilidade. Na verdade, são
estímulos ao progresso do conhecimento, a exemplo do que se verificou à época da Revolução
Industrial e em outros momentos da história. Tudo depende da nossa capacidade de reagir e de
procurar os meios adequados para superar as dificuldades que surgem.

CONCLUSÕES

A informação contábil é uma ferramenta extremamente importante para o sucesso


empresarial, mas não deve apenas se restringir ao atendimento das determinações legais, pois,
mais que a legalidade, a informação contábil deve contribuir decisivamente para a tomada de
decisão pelos gestores empresa, bem como dos outros usuários interessados nas informações
como governo, acionistas, investidores, empregados, sócios, diretores. Assim torna-se
necessário proporcionar informações que satisfaçam efetivamente esses usuários.

No atual momento econômico vivido pela humanidade e denominado de globalização, urge


cada vez mais que o sistema de informação contábil seja estruturado de forma a atender os
usuários em todos os objetivos pretendidos e que o produto do sistema seja uma informação
de qualidade, concisa, precisa, relevante que permitam ganho de competitividade daqueles
43

que a utilizam. Mas, constatamos que mesmo às informações estando em conformidade com
as normas vigentes do País, devido a diferentes regras contábeis adotadas pelos países,
ocorrem alterações significativas, o que urge dentro do mercado globalizado maior
harmonização das normas contábeis no intuito de diminuir ou eliminar as discrepâncias
existentes.

Com as novas tecnologias o profissional da contabilidade deve estar mais capaz de se inserir
competitivamente nesse ambiente globalizado, já que o mesmo possui tempo hábil para
realizar estudos, abrangendo a economia, métodos quantitativos e estatísticos para negócios. A
informática veio facilitar a vida dos usuários como um todo.

Assim, a Contabilidade garantirá qualidade nas informações geradas e propiciará aos


profissionais uma inserção competitiva nesse mercado globalizado proporcionando que seus
usuários possuam alto grau de satisfação.

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E A APLICAÇÃO NA CONTABILIDADE DAS


MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

A escrituração contábil é indispensável à empresa, não importando o seu porte, ramo de


negócios ou forma de constituição, visto que, deve ser usada como base para a contabilidade,
como instrumento de controle e gestão do patrimônio na tomada de decisão, promovendo o
crescimento pessoal e o da empresa.

Fica claro que é necessário adotar caminhos para que a contabilidade se transforme em
ferramenta de ação administrativa e se torne um instrumento gerencial.

Os objetivos da contabilidade devem ser aderentes, de alguma forma explícita ou implícita,


àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório.

A informação deve ser tratada como qualquer outro produto que esteja disponível para
consumo. A necessidade da informação é determinada pelos usuários finais dessa informação,
ou seja, seus consumidores. A informação, portanto deve ter como foco as necessidades dos
microempresários usuários dessas informações. Os responsáveis pela contabilidade devem
fazer um estudo básico das necessidades de informação a partir das decisões que precisam ser
tomadas pelos microempresários.
44

Para uma perfeita compreensão da contabilidade como um sistema de informações, se faz


necessário compreender o que vem a ser um sistema. Segundo, CASSARRO(2001) “Sistema
é um conjunto de partes e componentes, logicamente estruturados, com finalidade de atender
a um dado objetivo”. No campo empresarial, CASSARRO(2001) acrescenta: “ Sistema é um
conjunto de funções logicamente estruturadas, com a finalidade de atender a determinados
objetivos”.

Portanto, pode-se afirmar que sistema é um conjunto de elementos organizados que interagem
entre si para atingir um determinado objetivo. Com esse entendimento verifica-se que a
informação pode fazer parte de um sistema.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A atual realidade econômica exige que as organizações empresarias tenham um sistema de


informações capaz de proporcionar-lhes um conhecimento da realidade externa, afim de que
possam otimizar suas atividades internas, conseguindo com isso alcançar um diferencial no
mercado tão competitivo como o atual mundo empresarial.

As Microempresa são responsáveis pela geração de cerca de 60% dos empregos em nosso
pais e conforme se verificou nas Microempresas associadas a ACOPELO – Associação dos
Comerciantes do Centro Histórico de Salvador, amostra da pesquisa realizada, a maioria
(67%), são dirigidas por pessoas do sexo masculino, com escolaridade de nível médio (92%),
são poucos, apenas (8%) possuem curso superior, o que demonstra que pelo meio acadêmico
estes não possuem conhecimento para gerir seus negócios. E embora conheçam informática,
não a considera como fator importe nos seus negócios, pois (66%) das Microempresas
pesquisadas não possuem qualquer sistema de informática, nem mesmo para algum tipo de
controle.

Diante dos dados apresentado, as Microempresas precisam de informações gerências precisas,


que lhes proporcionem um visão sistêmica do ambiente externo que lhes cerca, seus
fornecedores, seus concorrentes, seus clientes, e isso se mostra vital até mesmo para sua
sobrevivência. E para a obtenção dessas informações o Sistema Contábil surge como uma
grande ferramenta capaz de fornecer tais informações necessárias.

Pode-se observar neste trabalho monográfico, que as Micorempresas são definidas por
legislações próprias, as quais utilizam quase sempre o critério quantitativo, por exemplo o
nível de faturamento, exceto quando considera-se o conceito estabelecido pelo MERCOSUL,
45

o qual utiliza também para tal definição um critério qualitativo, mais precisamente o número
de empregas existente na organização.

Conclui-se que sob o aspecto jurídico, tributário, societário, previdenciário, e as normas


profissionais, as Microempresas não estão desobrigadas a realizar a Escrituração Contábil de
forma completa, o que inclui registro no Livro Diário, apuração de resultados e apresentação
de Balancetes e Balanços Patrimoniais.

Verificou-se que apenas (22%) dos Microempresários recebem mensalmente balancetes, e um


pouco mais (30%) recebem Balanços, dados que revelam a falta de Escrituração Contábil
completa. A pesquisa demonstrou ainda, que os escritórios de contabilidade são mais
procurados para a confecção das Declarações de Importo de Renda (78%) e de Guias Fiscais
para pagamento de Impostos (73%).

Cabe destacar, que quando interrogados sobre qual a sua avaliação dos relatórios contábeis,
além dos (27%) dos microempresários que afirmaram não receber nenhum relatório contábil,
(64%) considera fácil a compreensão dos relatórios contábeis, o que mostra que estes também
nem conhecem o que seja um relatório contábil, pois, como mencionado antes, apenas (22%)
recebem balancetes mensais, ou seja, (42%) acreditam que as Guias de impostos são relatórios
contábeis de fácil compreensão.

Recomenda-se portanto, a Escrituração completa, pois somente desta forma, poderá haver um
sistema de informações capaz de gerar informações gerenciais úteis para os Microempresários
tomarem decisões corretas, além de estar em conformidade com as Normas Brasileiras de
Contabilidade, e estar atendendo às exigências societárias, comerciais, fiscais e
providenciarias.

As Microempresas podem se beneficiar com o sistema de Informação Contábil pela utilização


da Demonstração do Fluxo de Caixa, que proporciona informações valiosas, quanto a sua
disponibilidade para realizar compras, efetuar pagamentos e realizar novos investimento. Dos
Microempresários pesquisados (56%) não tem acesso a este tipo de Informação contábil,
recomenda-se que toda Microempresa tenha uma Demonstração do Fluxo de Caixa projetado
e o realizado, afim de que o microempresário tenha conhecimento se suas projeções estão se
desenvolvendo corretamente.

O Sistema Orçamentário, mostra-se uma grande ferramenta de controle financeiro, pois,


produz informações projetadas com um orçamento programado de seus custos totais de
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operações, podendo ser flexível ao ponto de ser modificado a qualquer variação que ocorrer
ou no mercado externo ou mesmo alguma mudanças interna.

Verificou-se também, que em resultado de uma Escrituração Contábil completa, pode-se


apurar Índices Financeiros, que identificarão o desempenho das movimentações financeiras
ocorridos num determinado período, como por exemplo: o seu índice de endividamento, sua
liquidez corrente, e a capacidade que a Microempresa tem de honrar os seus compromisso
financeiros.

Notou-se em resultado à pesquisa realizada, que (36%) das Microempresas instaladas no


Centro Histórico de Salvador, nem sequer conhece tais índices, recomenda-se que seja
confeccionado um relatório auxiliar às Demonstrações Contábeis, demonstrando de maneira
clara, a situação econômica da Microempresa, pois como foi demonstrado no decorrer deste
trabalho, é grande o índice de mortalidade destas. O que se dá quase sempre por problemas de
ordens financeira, portanto, cabe a contabilidade como sistema de informações, tornar
conhecida a situação real da entidade, em tempo hábil, para que haja tempo para uma tomada
de decisão no sentido de concertar desvios de projeção.

Portanto, está nas mãos do profissional contábil a responsabilidade de socializar a Informação


contábil para o Microempresário, por fornecer-lhes informações claras e praticas, como por
exemplos: a Demonstração de Fluxo de Caixa e um relatório auxiliar descrevendo os índices
financeiro, que servirá como termômetro das condições financeiras da Microempresa, que
como observou-se não poderá ser ruim, o que afetará sensivelmente a economia do pais, por
ela ser a maior fatia na geração de emprego e consequentemente renda para o pais.

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